Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MECÂNICA DOS SOLOS MECÂNICA DOS SOLOS E A ENGENHARIA • Tipos de solos e sua gênese; • Caracterização dos solos; • Sistema de classificação dos solos; • Capilaridade dos solos; • Compressibilidade dos solos; • Tensões devido ao peso próprio do solo; COMPRESSIBILIDADE, ADENSAMENTO E RECALQUES • Conceito de tensão efetiva; • Definição de recalques; • Ensaio edométrico: parâmetros de compressibilidade; • Princípios da teoria do adensamento • Sondagem à percussão (SPT) e rotativa (RQD) MECÂNICA DOS SOLOS MECÂNICA DOS SOLOS Tipos de Solos e sua Origem PROFESSORA: FLAVIA KUSABA MECÂNICA DOS SOLOS MECÂNICA DOS SOLOS E A ENGENHARIA • Estuda o comportamento dos solos quando as tensões são aplicadas (fundações) ou aliviadas (escavações) ou perante o escoamento de água nos seus vazios; • A Engenharia Geotécnica (ou geotecnia) pode ser considerada como a junção da mecânica dos solos, da engenharia de fundações, da mecânica das rochas, da geologia de engenharia e mais recentemente da geotecnia ambiental, que trata de problemas como transporte de contaminantes pelo solo, avaliação de locais impactados, projetos de sistemas de proteção em aterros sanitários, etc. MECÂNICA DOS SOLOS MECÂNICA DOS SOLOS E A ENGENHARIA • Todas as obras de Engenharia Civil são apoiadas sobre o solo, então temos que analisar o comportamento do solo. • Diversidade das atividades – peculiaridade que o solo apresenta em cada local e pela engenhosidade requerida para a solução de problemas. • Conhecimento das propriedades dos solos, da Química, da Física Coloidal e da Geologia; • O comportamento dos solos depende do movimento das partículas sólidas entre si; • o estudo e o desenvolvimento da mecânica dos solos são fortemente amparados em bases experimentais, a partir de ensaios de campo e laboratório. MECÂNICA DOS SOLOS Karl Terzaghi – fundador da Mecânica dos Solos. • Estudo das tensões nos solos; • Solução matemática para a evolução dos recalques das argilas com o tempo após o carregamento. APLICAÇÃO DE CAMPO DA MECÂNICA DOS SOLOS Fundações • As cargas das estruturas são descarregadas no solo através de sua fundação, constituindo parte essencial de qualquer estrutura. Seu tipo e detalhes de sua construção podem ser decididos somente com o conhecimento e aplicação de princípios da mecânica dos solos. Obras subterrâneas e estruturas de contenção • Obras subterrâneas como estruturas de drenagem, dutos, túneis e as obras de contenção como os muros de arrimo, cortinas atirantadas somente podem ser projetadas e construídas usando os princípios da mecânica dos solos e o conceito de "interação solo−estrutura". APLICAÇÃO DE CAMPO DA MECÂNICA DOS SOLOS Escavações, aterros e barragens • A execução de escavações no solo requer frequentemente o cálculo da estabilidade dos taludes resultantes; • Escavações profundas podem necessitar de escoramentos provisórios, cujos projetos devem ser feitos com base na mecânica dos solos. • Para a construção de aterros e de barragens de terra, onde o solo é empregado como material de construção e fundação, necessita−se de um conhecimento completo do comportamento de engenharia dos solos, especialmente na presença de água. • O conhecimento da estabilidade de taludes, dos efeitos do fluxo de água através do solo, do processo de adensamento e dos recalques a ele associados, assim como do processo de compactação empregado é essencial para o projeto e construção eficientes de aterros e barragens de terra. APLICAÇÃO DE CAMPO DA MECÂNICA DOS SOLOS Projeto de pavimentos • o projeto de pavimentos pode consistir de pavimentos flexíveis ou rígidos. Pavimentos flexíveis dependem mais do solo subjacente para transmissão das cargas geradas pelo tráfego. Problemas peculiares no projeto de pavimentos flexíveis são o efeito de carregamentos repetitivos e problemas devidos às expansões e contrações do solo por variações em seu teor de umidade. MECÂNICA DOS SOLOS Tamanho das partículas • Alguns solos possuem grãos perceptíveis a olho nu, como os pedregulhos ou areia do mar, e outros têm os grãos tão pequenos, que quando molhados se transformam numa pasta e não se consegue visualizar as partículas individualmente; MECÂNICA DOS SOLOS Tamanho das partículas SOLO Material resultante da decomposição (processo químico) e desintegração (processo físico) da rocha pela ação de agentes atmosféricos; Material granular composto de rocha decomposta, água, ar (ou outro fluido) e eventualmente matéria orgânica, que pode ser escavado sem o auxílio de explosivos. INTEMPERISMO Conjunto de processos físicos, químicos e biológicos pelos quais a rocha se decompõe para formar o solo; Possui 3 categorias - intemperismo físico, químico e biológico. Na natureza todos estes processos acontecem ao mesmo tempo, de modo que um tipo de intemperismo auxilia o outro no processo de transformação rocha−solo. Os processos de intemperismo físico reduzem o tamanho das partículas, aumentando sua área de superfície e facilitando o trabalho do intemperismo químico. Já os processos químicos e biológicos podem causar a completa alteração física da rocha e alterar suas propriedades químicas. INTEMPERISMO FÍSICO É o processo de decomposição da rocha sem a alteração química dos seus componentes. Os solos originados a partir de uma predominância do intemperismo físico possuem uma composição química semelhante à da rocha mãe. Variações de Temperatura • Todo material varia de volume em função de variações na sua temperatura. • Acontece que uma rocha é geralmente formada de diferentes tipos de minerais, cada qual possuindo uma constante de dilatação térmica diferente, o que faz a rocha deformar de maneira desigual em seu interior, provocando o aparecimento de tensões internas que tendem a fraturá−la. INTEMPERISMO FÍSICO Ciclos gelo/degelo • As fraturas existentes nas rochas podem estar preenchidas com água. Esta água, pode vir a congelar, expandindo−se e exercendo esforços no sentido de abrir ainda mais as fraturas preexistentes na rocha, auxiliando no processo de intemperismo (a água aumenta em cerca de 8% o seu volume devido à arrumação das partículas durante a cristalização). • A água transporta substâncias ativas quimicamente, incluindo sais que ao reagirem com ácidos provocam cristalização com aumento de volume. INTEMPERISMO FÍSICO Alívio de pressões • Ocorre quando num maciço rochoso se dá a retirada de material sobre ou ao lado do maciço, provocando a sua expansão, o que por sua vez, irá contribuir no fraturamento, estricções e formação de juntas na rocha; • Estes processos, isolados ou combinados (caso mais comum) "fraturam" as rochas continuamente, o que permite a entrada de agentes químicos e biológicos, cujos efeitos aumentam a fraturação e tende a reduzir a rocha a blocos cada vez menores. Repuxo coloidal • O repuxo coloidal é caracterizado pela retração da argila devido à sua diminuição de umidade, o que em contato com a rocha gera tensões capazes de fraturá−la. INTEMPERISMO QUÍMICO Processo de decomposição da rocha com a alteração química dos seus componentes. Pode−se dizer, contudo, que praticamente todo processo de intemperismo químico depende da presença da água. Os diferentes minerais constituintes das rochas originarão solos com características diversas, de acordo com a resistência que estes tenham ao intemperismo local. INTEMPERISMO QUÍMICO Alguns minerais têm uma estabilidade química e física tal que normalmente não são decompostos. O quartzo, por exemplo, por possuir uma enorme estabilidade física e química é parte predominante dos solos grossos, como as areias e os pedregulhos. O intemperismo químico possui um poder de desagregação da rocha muito maior do que o intemperismo físico. Logo, solos gerados em regiões onde há a predominância do intemperismo químico tendem a ser mais profundos e mais finos do que aqueles solos formados em locaisonde há a predominância do intemperismo físico. INTEMPERISMO QUÍMICO Hidrólise • Dentre os processos de decomposição química do intemperismo, a hidrólise é a que se reveste de maior importância, porque é o mecanismo que leva a destruição dos silicatos. Hidratação • É a entrada de moléculas de água na estrutura dos minerais. Alguns minerais quando hidratados (feldspatos, por exemplo) sofrem expansão, levando ao fraturamento da rocha. Carbonatação • O ácido carbônico é o responsável por este tipo de intemperismo. INTEMPERISMO BIOLÓGICO É produzido por vegetais através das raízes, por animais através de escavações dos roedores, da atividade de minhocas ou pela ação do próprio homem, ou de ambos, ou ainda pela liberação de substâncias agressivas quimicamente, intensificando assim o intemperismo químico, seja pela decomposição de seus corpos ou através de secreções como é o caso dos ouriços do mar. Pode−se dizer que o intemperismo biológico é uma categoria do intemperismo químico em que as reações químicas que ocorrem nas rochas são propiciadas por seres vivos. TIPOS DE SOLOS - ORIGEM CLASSIFICAÇÃO QUANTO A SUA ORIGEM E FORMAÇÃO • Solos residuais – permanecem no local onde foram transformados; • Solos transportados – são deslocados para um local diferente de onde foram transformados. • Solos orgânicos SOLOS RESIDUAIS São bastante comuns no Brasil; Velocidade de decomposição - temperatura, o regime de chuvas e a vegetação. As condições existentes nas regiões tropicais são favoráveis a degradações mais rápidas da rocha, razão pela qual há uma predominância de solos residuais nestas regiões. Composição – depende do tipo de rocha de origem; • Basalto solo típico “terra-roxa”, argiloarenoso com elevada plasticidade SOLOS RESIDUAIS Decomposição descontínua e heterogênea • Matacões – bloco isolados, englobados por solo, minerais mais resistentes a decomposição; Ex: granitos, gnaisses e basaltos. SOLOS RESIDUAIS Perfil típico de Solo Residual • Solo residual – maduro e jovem; não possui restos de rocha e nem de seus minerais; • Alteração de rocha – possui elementos da rocha matriz, minerais não decompostos; • Rocha alterada – possui parte da estrutura e de seus minerais; solo residual solo de alteração de rocha (saprólito) rocha alterada rocha sã SOLOS TRANSPORTADOS são mais inconsolidados, menos compactados e mais heterogêneo que os residuais; composição bastante variável – agente transportador; Ocorre em áreas mais restritas; Classificação • Solo de aluvião; • Solo coluvial; • Solo eólico. SOLOS DE ALUVIÃO Agente transportador - água; Ocorre ao longo de um curso d’água; Capacidade de transporte – declividade (inclinação) velocidade erosão Transporte de materiais por um curso de água; SOLOS DE ALUVIÃO Solo Fluvial - São constituídos através da deposição de materiais sólidos que são transportados e arrastados pelas águas dos rios. Solo Lacustre - sedimentos em suspensão são transportados por rios e outros cursos d’água e quando deságua num lago há uma perda brusca de velocidade, ocorrendo a deposição de sedimentos. • No período de cheia - sedimentos maiores e em maior quantidade • No período de seca - sedimentos mais finos e em maior quantidade. SOLOS COLUVIAIS Depósitos de coluvião ou depósitos de tálus; Ocorrência – ao pé de elevações e encostas; Composição – depende do tipo de rocha existente nas partes mais elevadas; Agente transportador – ação da gravidade; Para a engenharia, este tipo de solo é desvantajoso pelo fato de serem materiais inconsolidados, permeáveis e sujeitos a escorregamentos; SOLOS COLUVIAIS SOLOS EÓLICOS Agente transportador – ação do vento; Curva granulométrica uniforme; Exemplo: Dunas e Loess; SOLOS EÓLICOS Dunas • São comuns no NE brasileiro; • Formação – a existência de um obstáculo ao caminho natural do vento, o faz diminuir a velocidade e resulta na deposição de partículas de solo. SOLOS EÓLICOS Solos Loéssicos • Formação – deposição sobre vegetais que ao se decomporem deixam seu molde no maciço; • Formam grandes paredões e suportam grandes esforços mecânicos, mas se rompem abruptamente devido ao umedecimento; • geralmente contêm grandes quantidades de cal, a responsável pela resistência inicial; • Ocorrência - comum na Europa oriental SOLOS ORGÂNICOS Ocorrência – bacias e depressões continentais, baixadas marginais dos rios e baixadas litorâneas; Formação - impregnação de matéria orgânica em sedimentos preexistentes ou pela transformação carbonífera de materiais, geralmente, de origem vegetal contida no material sedimentado; • Parte dos produtos da decomposição da matéria orgânica é escuro e relativamente estável que impregna os solos orgânicos – húmus; este só impregna permanentemente solos finos (argila e silte); • Exemplo: manguezais. SOLOS ORGÂNICOS Perfil do solo orgânico de manguezais
Compartilhar