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COVID-19

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COVID-19
A informação clínica correta e disponível exatamente onde é necessária
Última atualização: Mar 09, 2020
Tabela de Conteúdos
Resumo 3
Fundamentos 4
Definição 4
Epidemiologia 4
Etiologia 5
Fisiopatologia 6
Prevenção 8
Prevenção primária 8
Rastreamento 9
Prevenção secundária 9
Diagnóstico 10
Caso clínico 10
Abordagem passo a passo do diagnóstico 10
Fatores de risco 15
Anamnese e exame físico 15
Exames diagnóstico 18
Diagnóstico diferencial 21
Critérios de diagnóstico 24
Tratamento 26
Abordagem passo a passo do tratamento 26
Visão geral do tratamento 29
Opções de tratamento 30
Novidades 37
Acompanhamento 38
Recomendações 38
Complicações 39
Prognóstico 40
Diretrizes 41
Diretrizes de diagnóstico 41
Diretrizes de tratamento 42
Recursos online 45
Referências 46
Imagens 53
Aviso legal 54
Resumo
◊ A Organização Mundial da Saúde declarou emergência de saúde pública de importância
internacional e classificou como muito alta a avaliação do risco global.
◊ A situação está evoluindo com rapidez, e o número global de casos e mortes aumenta a cada dia.
◊ A transmissão de pessoa para pessoa foi confirmada, mas não se sabe ao certo como o vírus é
transmitido entre pessoas.
◊ Há investigações e ensaios clínicos em andamento para obter mais informações sobre o vírus, sua
origem e a forma como ele afeta os seres humanos.
COVID-19 Fundamentos
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Definição
A doença do coronavírus 2019 (COVID-19) é uma infecção respiratória aguda potencialmente grave
causada pela síndrome respiratória aguda grave por coronavírus 2 (SARS-CoV-2). O vírus foi identificado
como a causa de um surto de pneumonia de origem desconhecida na cidade de Wuhan, província de Hubei,
na China, em dezembro de 2019.[1] O quadro clínico é similar ao de uma infecção respiratória e a gravidade
dos sintomas varia de um resfriado comum leve a uma pneumonia viral grave, que leva a uma síndrome do
desconforto respiratório agudo potencialmente fatal.
O Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus confirmou SARS-CoV-2 como o nome do vírus, devido à
sua similaridade genética com o vírus SARS-CoV, mas levando em consideração as possíveis diferenças
no espectro e na transmissão da doença.[2] A Organização Mundial da Saúde confirmou COVID-19 (uma
versão abreviada de doença do coronavírus 2019) como o nome da doença causada pela infecção por
SARS-CoV-2.[3] Antes disso, o vírus e/ou a doença era conhecido por vários nomes, entre eles novo
coronavírus (2019-nCoV), 2019-nCoV ou variações.
Epidemiologia
No dia 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi informada de 44 casos de
pneumonia de etiologia microbiana desconhecida, associada à cidade de Wuhan, província de Hubei, China.
A maioria dos pacientes do surto relatou uma ligação com um grande mercado de frutos do mar e animais
vivos (Mercado Atacadista de Frutos do Mar de Huanan).[12] A OMS anunciou que um novo coronavírus foi
detectado em amostras obtidas desses pacientes. Testes laboratoriais descartaram síndrome respiratória
aguda grave por coronavírus (SARS-CoV), síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS)-CoV, influenza,
gripe aviária e outros patógenos respiratórios comuns.[13]
Desde então, o surto escalou com rapidez, e a OMS declarou emergência de saúde pública de importância
internacional no dia 30 de janeiro de 2020. O surto se disseminou com rapidez de uma única cidade a todo
o país em apenas 30 dias.[11] O número de casos e mortes ultrapassou os números do surto de síndrome
respiratória aguda grave (SARS) de 2002-2003. No mundo todo, foram registrados 87.137 casos (até 1o de
março de 2020).[14]
Casos na China
• Cerca de 80.000 casos e aproximadamente 2800 mortes foram registrados na China (até 1o de março
de 2020). A maioria dos casos se encontra na província de Hubei.[14] [15]
Casos fora da China
• Pelo menos 7000 casos e 104 mortes foram registrados nos seguintes 58 países fora da China (até
1o de março de 2020): Afeganistão, Argélia, Austrália, Áustria, Azerbaijão, Barém, Bielorrússia,
Bélgica, Brasil, Camboja, Canadá, Croácia, Dinamarca, Equador, Estônia, Finlândia, França, Geórgia,
Alemanha, Grécia, Egito, Índia, Irã, Iraque, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Kuwait, Líbano, Lituânia,
Malásia, México, Mônaco, Nepal, Países Baixos, Nova Zelândia, Nigéria, Macedônia do Norte,
Noruega, Omã, Paquistão, Filipinas, Qatar, Romênia, Rússia, San Marino, Singapura, Coreia do
Sul, Espanha, Sri Lanka, Suécia, Suíça, Tailândia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, EUA e
Vietnã. Além disso, 705 casos foram registrados em um meio de transporte (um navio de cruzeiro)
internacional no Japão.[14]
4 Esta versão em PDF da monografia do BMJ Best Practice baseia-se naversão disponível no sítio web actualizada pela última vez em: Mar 09, 2020.
As monografias do BMJ Best Practice são actualizadas regularmente e a versão mais recente disponível de
cada monografía pode consultar-se em bestpractice.bmj.com . A utilização deste conteúdo está sujeita à nossa
declaração de exoneração de responsabilidade. © BMJ Publishing Group Ltd 2020. Todos os direitos reservados.
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COVID-19 Fundamentos
• Pelo menos 20 países registraram transmissão local (até 1o de março de 2020): Austrália, Canadá,
Croácia, França, Alemanha, Irã, Itália, Japão, Malásia, Países Baixos, Noruega, San Marino,
Singapura, Coreia do Sul, Espanha, Tailândia, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, EUA e
Vietnã.[14]
Esses números de casos estão corretos no momento da publicação; no entanto, aumentam a cada dia,
e é aconselhável que você consulte os recursos de contagem de casos abaixo para obter informações
atualizadas, caso necessário:
• [WHO: novel coronavirus (COVID-19) situation dashboard]
• [WHO: coronavirus disease (COVID-2019) situation reports]
• [CDC: coronavirus disease 2019 (COVID-19) in the US]
• [CDC: locations with confirmed COVID-19 cases]
• [National Health Committee of the People’s Republic of China: outbreak report]
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China publicou recentemente dados da maior série de
casos até o momento (72.314 casos de 31 de dezembro de 2019 a 11 de fevereiro de 2020). A maioria
dos casos confirmados (87%) ocorreu em indivíduos entre 30 e 79 anos, 1% em indivíduos com 9 anos ou
menos, 1% em indivíduos com 10 a 19 anos e 3% em indivíduos com 80 anos ou mais. Aproximadamente
51% dos pacientes foram homens e 49% foram mulheres. Quase 4% dos casos ocorreram em profissionais
da saúde.[11]
A infecção em crianças tem sido registrada com bem menos frequência que entre adultos e, até o momento,
todos os casos ocorreram no núcleo familiar ou em crianças que apresentaram história de contato próximo
com um paciente infectado.[8] [9]
Etiologia
A síndrome respiratória aguda grave por coronavírus 2 (SARS-CoV-2) é um betacoronavírus antes
desconhecido, que foi descoberto em amostras de lavagem broncoalveolar obtida nos núcleos de pacientes
com pneumonia de causa desconhecida na cidade de Wuhan, província de Hubei, China, em dezembro
de 2019.[1] SARS-CoV-2 pertence ao subgênero Sarbecovirus da família Coronaviridae e é o sétimo
coronavírus a infectar seres humanos. Descobriu-se que o vírus é similar aos coronavírus do tipo da
síndrome respiratória aguda grave (SARS) de morcegos, mas é diferente do SARS-CoV e do MERS-
CoV.[16] [17] O genoma completo foi determinado e publicado no GenBank. [GenBank]
[Fig-1]
Os coronavírus constituem uma grande família de vírus de RNA envelopados, alguns dos quais causam
doenças em humanos (por exemplo, resfriado comum, SARS, MERS) e outros que circulam entre
mamíferos (por exemplo, morcegos, camelos) e aves. Raramente, os coronavírus de animais passam para
humanos e, em seguida, se disseminam na população, como foi o caso da SARS e da MERS.
A maioria dos pacientes no estágio inicial desse surto relatou uma relação com o Mercado de peixe de
Huanan no Sul da China , um mercado de animais vivos ou "úmido", o que sugere que o vírus tenha origem
zoonótica.[4][5] [18] Embora os potenciais reservatórios animais e hospedeiros intermediários sejam
desconhecidos, estudos sugerem que podem derivar de um vírus recombinante entre o coronavírus do
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https://experience.arcgis.com/experience/685d0ace521648f8a5beeeee1b9125cd
https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/situation-reports/
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/cases-in-us.html
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/locations-confirmed-cases.html#map
http://www.nhc.gov.cn/xcs/yqfkdt/gzbd_index.shtml
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/genbank/
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morcego e um coronavírus de origem desconhecida; no entanto, isso ainda não foi confirmado.[16] [17] [19]
[20]
A dinâmica de transmissão do vírus ainda é desconhecida, e a situação está evoluindo. A transmissão
entre pessoas foi confirmada em ambientes comunitários e estabelecimentos de saúde na China e em
outros países.[14] Uma avaliação inicial da dinâmica de transmissão nos primeiros 425 casos confirmados
constatou que 55% dos casos antes de 1 de janeiro de 2020 foram associados ao Mercado de Peixe do
Sul da China de Huanan; por outro lado, apenas 8.6% dos casos após essa data foram associados ao
mercado. Isso confirma que a transmissão entre pessoas ocorreu entre contatos próximos desde meados
de dezembro de 2019, inclusive infecções em profissionais da saúde. Um estudo em um núcleo familiar de
cinco pacientes em Shenzhen com histórico de viagens recentes à cidade de Wuhan (com poucos familiares
que não viajaram a Wuhan) constatou que a transmissão entre pessoas é possível tanto no ambiente
hospitalar como no ambiente familiar.[18] A transmissão nosocomial em profissionais da saúde e pacientes
foi registrada em 41% dos pacientes de uma série de casos.[6]
Não se sabe ao certo a facilidade de transmissão do vírus entre pessoas, mas a transmissão em cadeia
envolvendo várias ligações é cada vez mais reconhecida. Assim como na SARS e MERS, acredita-se que
a transmissão ocorra por meio de gotículas respiratórias produzidas quando a pessoa espirra ou tosse.[21]
A contribuição para a transmissão pela presença do vírus em outros fluidos corporais é desconhecida; no
entanto, o vírus foi detectado no sangue, e a transmissão fecal também pode ser possível.[22] [23] O vírus
também foi detectado na saliva.[24]
Um relatório inicial sobre transmissão a partir de contato assintomático na Alemanha tem sido criticado.[25]
[26] Entretanto, há evidências crescentes de que pode ocorrer transmissão por contatos assintomáticos, o
que já foi observado em regiões endêmicas.[27]
Relatórios anedóticos sugerem que algumas pessoas podem agir como supertransmissores no início do
ciclo da sua infecção. Esses indivíduos podem transmitir a infecção para um grande número de pessoas,
inclusive para profissionais da saúde. Esse fenômeno está bem documentado para infecções como SARS
e infecção pelo vírus Ebola e, mais recentemente, com a MERS.[28] [29] Alguns desses indivíduos também
são superconcentradores do vírus, mas os motivos por trás dos eventos de supertransmissão costumam ser
mais complexos que a eliminação de partículas virais em excesso e podem incluir uma variedade de fatores
ambientais e comportamentais.[28]
Não se sabe se a transmissão perinatal ou via aleitamento materno é possível, mas, com base em dados
dos surtos de SARS e MERS, é improvável.[8] Revisões retrospectivas de gestantes com COVID-19
constataram que não há evidências de infecção intrauterina causada pela transmissão vertical em mulheres
que desenvolvem a infecção no fim da gravidez. No entanto, atualmente não há dados suficientes sobre o
risco de transmissão ao neonato durante o parto normal.[30] [31]
Fisiopatologia
As estimativas atuais do período de incubação variam de 1 a 14 dias, de acordo com a Organização
Mundial da Saúde e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.[32] [33] Estima-se que
o período médio de incubação seja de 5 dias.[18] A transmissão pode ser possível durante o período de
incubação.[34]
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COVID-19 Fundamentos
Relatórios preliminares sugerem que o número reprodutivo (R₀), o número de pessoas que adquirem a
infecção de uma pessoa infectada, é, aproximadamente, 2.2.[18] [35] No entanto, como a situação ainda
está evoluindo, o R₀ pode ser na realidade maior ou menor.
Embora a fisiopatologia dessa doença seja desconhecida no momento, uma análise estrutural sugere que o
vírus pode conseguir se vincular ao receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) em humanos,
o que sugere uma patogênese similar à da SARS.[17] No entanto, uma característica estrutural única do
domínio de ligação ao receptor de glicoproteína de pico da SARS-CoV-2 (responsável pela penetração
do vírus nas células hospedeiras) confere uma afinidade de ligação potencialmente maior para ECA2 nas
células hospedeiras, comparado à SARS-CoV.[36] Um sítio de clivagem semelhante ao furin foi identificado
na proteína de pico do vírus; isso não existe em outros coronavírus similares à SARS.[37]
Foram detectadas cargas virais altas em swabs de nariz e garganta logo após o início dos sintomas,
e acredita-se que o padrão de eliminação de partículas virais seja similar ao dos pacientes com gripe
(influenza). Constatou-se que um paciente assintomático tem carga viral similar quando comparado a
pacientes sintomáticos.[38]
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COVID-19 Prevenção
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Prevenção primária
Medidas gerais de prevenção
• A única forma de prevenir a infecção é evitar a exposição ao vírus; as pessoas devem ser
aconselhadas a:[41] [42]
• Lavar as mãos com frequência com água e sabão ou produtos de limpeza para mãos à base de
álcool e evitar tocar os olhos, nariz e boca sem lavar as mãos
• Evitar contato próximo com outras pessoas (ou seja, manter distância de, pelo menos, 1 metro
[3 pés]), principalmente de pessoas com febre, tosse ou espirros
• Praticar a higiene respiratória (ou seja, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, descartar
lenços imediatamente em uma lixeira com tampa e lavar as mãos)
• Procurar atendimento médico se apresentarem febre, tosse e dificuldade para respirar, além de
informar ao profissional da saúde seu histórico de viagens recentes e de contato com outras
pessoas
• Evitar contato direto desprotegido com animais vivos e superfícies em contato com animais
vivos ao visitar mercados nas áreas afetadas
• Evitar o consumo de produtos de origem animal crus ou mal passados e manusear carne crua,
leite ou órgãos de animais com cuidados, em conformidadecom as práticas recomendadas de
segurança de alimentos.
• [WHO: coronavirus disease (COVID-19) advice for the public]
Máscaras médicas
• A Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda que as pessoas utilizem máscaras médicas
em cenários comunitários se não apresentarem sintomas respiratórios, pois não há evidências
disponíveis sobre sua utilidade para proteger indivíduos não doentes. No entanto, as máscaras
podem ser usadas em alguns países, de acordo com hábitos culturais locais. Recomenda-se que
os indivíduos com febre e/ou sintomas respiratórios usem máscaras, principalmente em áreas
endêmicas.[43]
• É obrigatório usar máscara médica em público em determinadas áreas da China, e as orientações
locais devem ser consultadas para obter mais informações.
• [BMJ: facemasks for the prevention of infection in healthcare and community settings]
Triagem e quarentena
• As pessoas que viajam partindo de áreas com alto risco de infecção podem ser avaliadas por meio de
questionários sobre sua viagem, contato com pessoas doentes, sintomas de infecção e/ou medição
da temperatura. O rastreamento combinado de passageiros de companhias aéreas na saída de uma
área afetada e na chegada a algum outro lugar foi relativamente ineficaz quando usado em outras
infecções, como infecção pelo vírus Ebola, e foi desenvolvido de forma que não detecta até 50%
dos casos de COVID-19, principalmente aqueles sem sintomas durante o período de incubação, que
pode ultrapassar 10 dias.[44] Foi relatado que os processos de rastreamento com base nos sintomas
são ineficazes para detectar a infecção por SARS-CoV-2 em um pequeno número de pacientes que,
posteriormente, apresentaram evidências de SARS-CoV-2 em swabs de garganta.[45]
• A quarentena obrigatória foi usada em alguns países para isolar coortes de pessoas com risco
potencial de exposição recente facilmente identificáveis (por exemplo, grupos evacuados de áreas
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https://www.bmj.com/content/350/bmj.h694
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COVID-19 Prevenção
afetadas por via aérea ou grupos em navios de cruzeiro com indivíduos infectados a bordo). Os
efeitos psicossociais da quarentena obrigatória podem ter repercussões de longa duração.[46] [47]
Vacina
• Atualmente, não há vacinas disponíveis. Há vacinas em fase de desenvolvimento, mas pode demorar
até 12 meses para serem disponibilizadas.[48] Uma vacina de RNAm (RNAm-1273) foi enviada ao
National Institute of Allergy and Infectious Diseases para ensaios clínicos de fase I nos EUA, com data
de início estimada para 6 de março de 2020.[49]
Rastreamento
Manejo dos contatos
As pessoas que foram expostas a indivíduos com suspeita de COVID-19 (inclusive profissionais da saúde)
devem ser aconselhados a monitorar sua saúde por 14 dias, a partir do dia do último possível contato, e
procurar atendimento médico imediatamente caso apresentem sintomas, principalmente febre, sintomas
respiratórios como tosse ou dispneia ou diarreia.[66]Algumas pessoas podem ser colocadas em quarentena
voluntária ou obrigatória, dependendo das orientações das autoridades de saúde locais.
Triagem de viajantes
A triagem de entrada e de saída pode ser recomendada em alguns países, principalmente ao
repatriar cidadãos das áreas afetadas. Os viajantes que chegam de áreas afetadas devem praticar o
automonitoramento dos sintomas por 14 dias e seguir os protocolos locais do país de chegada. Alguns
países podem exigir que os viajantes fiquem em quarentena. Os viajantes que apresentarem sintomas são
orientados a entrar em contato com um profissional da saúde local, de preferência por telefone.[67]
Prevenção secundária
O reconhecimento precoce de novos casos é essencial para prevenir a transmissão. Isole imediatamente
todos os casos suspeitos e confirmados e implemente os procedimentos recomendados de prevenção
e controle de infecções de acordo com os protocolos locais, inclusive as precauções padrão a todo
momento, e as precauções referentes a contato, gotículas e transmissão pelo ar enquanto o paciente estiver
sintomático.[50] Informe todos os casos suspeitos e confirmados às autoridades de saúde locais.
Uma orientação detalhada sobre as medidas de prevenção e controle da infecção está disponível na
Organização Mundial da Saúde e nos Centros de Controle e Prevenção de Doenças:
• [WHO: infection prevention and control during health care when novel coronavirus (nCoV) infection is
suspected]
• [CDC: interim infection prevention and control recommendations for patients with confirmed
coronavirus disease 2019 (COVID-19) or persons under investigation for COVID-19 in healthcare
settings]
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https://www.who.int/publications-detail/infection-prevention-and-control-during-health-care-when-novel-coronavirus-(ncov)-infection-is-suspected-20200125
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https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/infection-control.html
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/infection-control.html
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/infection-control.html
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COVID-19 Diagnóstico
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Caso clínico
Caso clínico #1
Um homem de 30 anos se apresenta ao clínico geral no dia 14 de janeiro de 2020 com tosse intensa. Ele
está com tosse há 4 dias e, agora, sente um pouco de dispneia. Ele também está com cefaleia e relata
que sente dores musculares. No exame físico, seu pulso é de 100 bpm e sua temperatura é de 38.5°C
(101.3°F). O paciente relata que voltou de uma viagem de negócios à China continental há 6 dias.
Caso clínico #2
Um homem de 61 anos de idade chega ao hospital no dia 3 de fevereiro de 2020 com febre, tosse e
dificuldade em respirar. Ele também relata sentir cansaço e mal estar. Ele tem história de insuficiência
cardíaca congestiva controlada com medicamentos. No exame físico, seu pulso é de 120 bpm e sua
temperatura é de 38.7°C (101.6°F). A radiografia torácica mostra infiltrados pulmonares bilaterais. Ele
é internado no hospital em um quarto isolado e começa a receber oxigênio, fluidoterapia intravenosa,
antibióticos empíricos e paracetamol. Mais tarde, ele recebe o resultado positivo para síndrome
respiratória aguda grave por coronavírus 2 (SARS-CoV-2) em um teste de reação em cadeia da
polimerase via transcriptase reversa em tempo real. O paciente desenvolve desconforto respiratório 7
dias após a internação e é iniciada ventilação mecânica.
Outras apresentações
Outros sintomas leves não específicos podem incluir anorexia, confusão, tontura, faringite, rinorreia
e produção de escarro. Alguns pacientes podem apresentar dor torácica ou hemoptise. Sintomas
gastrointestinais, como diarreia, náuseas, vômitos e dor abdominal, foram relatados em 1% a 10%
dos pacientes em uma série de casos, mas esse número pode ser maior.[4] [5] [6] Uma série de casos
relatou sintomas gastrointestinais em quase 40% dos pacientes.[7] Alguns pacientes podem apresentar
poucos sintomasou podem ser assintomáticos, principalmente crianças.[8] [9] [10]
Aproximadamente 80% dos pacientes se apresentam com doença leve, 14% se apresentam com doença
grave e 5% se apresentam com doença crítica.[11] Os pacientes com doença grave podem apresentar
sinais e sintomas de pneumonia viral ou complicações que incluem síndrome do desconforto agudo,
lesão cardíaca aguda, arritmias, lesão renal aguda, infecção secundária, sepse ou choque.[4] [5] [6]
Podem ocorrer apresentações atípicas, pois o espectro total da doença clínica ainda não foi
caracterizado.
Abordagem passo a passo do diagnóstico
A identificação precoce e o diagnóstico rápido são essenciais para evitar a transmissão e fornecer cuidados
de suporte no momento oportuno. Mantenha um alto índice de suspeita clínica para COVID-19 em todos os
pacientes que apresentam febre e/ou sintomas respiratórios e que informem histórico de viagens recentes a
uma área afetada ou contato próximo com um caso suspeito ou confirmado no período de 14 dias antes do
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COVID-19 Diagnóstico
início dos sintomas. Deve-se realizar uma avaliação de acordo com os índices de gravidade da pneumonia e
diretrizes de sepse (caso haja suspeita de sepse) em todos os pacientes com doença grave.
As informações disponíveis são limitadas para caracterizar o espectro da doença clínica. Muitas
informações contidas nesta seção baseiam-se em evidências iniciais, análises de séries de casos e
relatórios e dados de infecções prévias por betacoronavírus, como síndrome respiratória aguda grave
(SARS) e síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS). Consulte as orientações locais para obter
informações detalhadas, pois a situação evolui com rapidez.
Prevenção e controle de infecção
Faça uma triagem dos pacientes no momento da internação e isole imediatamente todos os casos
suspeitos e confirmados em uma área separada dos demais pacientes. Implemente procedimentos
adequados de prevenção e controle de infecções. Os questionários de triagem podem ser úteis. Informe
todos os casos suspeitos e confirmados às autoridades de saúde locais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda os seguintes princípios básicos:[50]
• Isole imediatamente todos os casos suspeitos em uma área separada dos demais pacientes
• Implemente as precauções padrão a todo momento:
• Pratique a higiene respiratória e das mãos
• Ofereça uma máscara médica aos pacientes que a tolerem
• Use equipamento de proteção individual
• Evite lesões por picada de agulha e por objeto pontiagudo
• Pratique o manejo seguro de resíduos, limpeza ambiental e esterilização dos equipamentos
de cuidados com o paciente e das roupas de cama
• Implemente precauções adicionais relativas a contato e gotículas até que o paciente esteja
assintomático:
• Coloque os pacientes em quartos individuais adequadamente ventilados; caso não haja
quartos individuais disponíveis, coloque todos os casos suspeitos juntos na mesma ala
• Use máscara médica, luvas, avental adequado e proteção ocular/facial (por exemplo, óculos
de proteção ou escudo facial)
• Utilize equipamentos descartáveis
• Considere limitar o número de profissionais da saúde, familiares e visitantes em contato com
o paciente, garantindo os cuidados ideais e apoio psicossocial ao paciente
• Considere colocar os pacientes em salas com pressão negativa, se disponíveis
• Implemente precauções contra transmissão por gotículas ao realizar procedimentos geradores de
aerossol
• Todos os espécimes coletados para investigações laboratoriais devem ser tratados como
potencialmente infecciosos.
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COVID-19 Diagnóstico
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É importante desinfectar superfícies inanimadas do centro cirúrgico ou do hospital, pois os pacientes
podem tocar e contaminar superfícies como maçanetas e mesas.[51]
Uma orientação detalhada sobre a prevenção da infecção e os procedimentos de controle está disponível
na OMS e nos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC):
• [WHO: infection prevention and control during health care when novel coronavirus (nCoV) infection
is suspected]
• [CDC: interim infection prevention and control recommendations for patients with confirmed
coronavirus disease 2019 (COVID-19) or persons under investigation for COVID-19 in healthcare
settings]
História
Obtenha o histórico detalhado para apurar o nível de risco para COVID-19 e avaliar a possibilidade de
outras causas. O histórico de viagens recentes é muito importante; ele é essencial para realizar um
diagnóstico oportuno e evitar a transmissão.
Deve haver suspeita de diagnóstico em pacientes com febre e/ou sinais/sintomas de infecção do
trato respiratório inferior (por exemplo, tosse, dispneia) que residam ou tenham viajado a um país/
área ou território que tenha registrado transmissão local do COVID-19 ou que relatem ter tido contato
próximo com um caso provável ou confirmado de COVID-19 no período de 14 dias antes do início dos
sintomas.[39] [40]
[CDC: flowchart to identify and assess coronavirus disease 2019 (COVID-19)]
Quadro clínico
O quadro clínico se assemelha a uma pneumonia viral, e a gravidade da doença varia de leve a grave.
Aproximadamente 80% dos pacientes se apresentam com doença leve, 14% se apresentam com doença
grave e 5% se apresentam com doença crítica. Relatórios iniciais sugerem que a gravidade da doença
está associada a idade mais avançada e à presença de doenças subjacentes.[11]
Alguns pacientes podem apresentar poucos sintomas ou podem ser assintomáticos. A triagem em
grande escala em áreas não endêmicas pode identificar mais pacientes desse tipo. Uma evolução clínica
mais leve foi relatada em casos identificados fora da China, e a maioria dos pacientes eram adultos
saudáveis.[52]
Com base em uma análise inicial de uma série de casos, os sintomas mais comuns são:[4] [5] [6]
• Febre
• Tosse
• Dispneia
• Mialgia
• Fadiga.
Os sintomas menos comuns incluem:
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https://www.who.int/publications-detail/infection-prevention-and-control-during-health-care-when-novel-coronavirus-(ncov)-infection-is-suspected-20200125
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https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/infection-control.html
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/infection-control.html
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/infection-control.html
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/identify-assess-flowchart.html
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COVID-19 Diagnóstico
• Anorexia
• Produçãode escarro
• Faringite
• Confusão
• Tontura
• Cefaleia
• Rinorreia
• Dor torácica
• Hemoptise
• Diarreia
• Náuseas/vômitos
• Dor abdominal.
Aproximadamente 90% dos pacientes apresentam mais de um sintoma, e 15% dos pacientes
apresentam febre, tosse e dispneia.[5] Aparentemente, um número inferior de pacientes apresenta
sintomas proeminentes gastrointestinais ou do trato respiratório superior, comparado à SARS, MERS
ou influenza.[4] [5] Os pacientes podem apresentar náuseas ou diarreia 1 ou 2 dias antes do início da
febre e da dificuldades respiratória.[6] A maioria das crianças apresenta sintomas leves, sem febre ou
pneumonia. No entanto, podem apresentar sinais de pneumonia em exames de imagem do tórax, apesar
dos sintomas mínimos ou inexistentes.[8] [9] [10] Revisões retrospectivas de gestantes com COVID-19
constataram que as características clínicas em gestantes foram similares àquelas relatadas em mulheres
adultas não gestantes.[30] [31] Uma série de casos retrospectiva de 62 pacientes na província de
Zhejiang constatou que as características clínicas foram menos graves que as dos pacientes inicialmente
infectados da cidade de Wuhan, o que indica que a infecção de segunda geração pode resultar em uma
infecção mais leve. Esse fenômeno também foi relatado com a MERS.[53]
Realizar um exame físico. Os pacientes podem ficar febris (com ou sem calafrios) e apresentar tosse
óbvia e/ou dificuldade para respirar. A ausculta torácica pode revelar estertores inspiratórios, chiados
e/ou sopro tubário em pacientes com pneumonia ou desconforto respiratório. Os pacientes com
desconforto respiratório podem apresentar taquicardia, taquipneia ou cianose que acompanha a hipóxia.
Investigações iniciais
Solicite as seguintes investigações a todos os pacientes com doença grave:
• Oximetria de pulso
• Gasometria arterial (conforme indicado para detectar hipercapnia ou acidose)
• Hemograma completo
• Perfil metabólico completo
• Coagulograma
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COVID-19 Diagnóstico
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• Marcadores inflamatórios (procalcitonina sérica e proteína C-reativa)
• Troponina sérica
• Concentração sérica de lactato desidrogenase
• Creatina quinase sérica.
As anormalidades laboratoriais mais comuns nos pacientes hospitalizados com pneumonia incluem
leucopenia, linfopenia, leucocitose e transaminases hepáticas elevadas. As outras anormalidades
incluem neutrofilia, trombocitopenia, hemoglobina reduzida, albumina reduzida e comprometimento
renal.[4] [5] [6]
A oximetria de pulso pode revelar uma baixa saturação de oxigênio (SpO₂ <90%).
Hemoculturas e culturas de escarro
Colete amostras de escarro e de sangue para cultura em todos os pacientes para descartar outras
causas de infecção do trato respiratório inferior, principalmente pacientes com história epidemiológica
atípica.
As amostras devem ser coletadas antes de iniciar o regime antimicrobiano empírico, se possível.
Teste molecular
É necessário realizar teste molecular para confirmar o diagnóstico. O teste diagnóstico deve ser realizado
de acordo com as orientações emitidas pelas autoridades de saúde locais.
Realize ensaios de reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa (RT-PCR) em tempo real
para síndrome respiratória aguda grave por coronavírus 2 (SARS-CoV-2) em todos os pacientes com
suspeita de infecção:[54]
• Colete amostras do trato respiratório inferior (escarro, aspirado endotraqueal, lavagem
broncoalveolar) sempre que possível, dependendo do quadro clínico do paciente
• Amostras do trato respiratório superior (aspirado nasofaríngeo ou swab orofaríngeo e nasofaríngeo
combinados) podem ser usadas caso não possam ser coletadas amostras do trato respiratório
inferior
• Se o teste inicial for negativo em um paciente com forte suspeita de COVID-19, colete novamente
amostras de vários locais do trato respiratório (nariz, escarro, aspirado endotraqueal) e refaça o
teste
• Amostras de sangue, urina e fezes também podem ser usadas para monitorizar a presença do
vírus; no entanto, a sensibilidade do diagnóstico nesses locais é incerta.
Também descarte a infecção por outros patógenos respiratórios (por exemplo, influenza, patógenos
atípicos). Colete swabs nasofaríngeos para realizar testes.
O teste sorológico ainda não está disponível, mas há ensaios em desenvolvimento.[55]
Exames por imagem
Todos os procedimentos de imagem devem ser realizados de acordo com os procedimentos locais de
prevenção e controle da infecção, para evitar a transmissão.
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COVID-19 Diagnóstico
Radiografia torácica
• Solicite uma radiografia torácica a todos os pacientes com suspeita de pneumonia. Infiltrados
pulmonares unilaterais são encontrados em 25% dos pacientes, e infiltrados pulmonares bilaterais
são encontrados em 75% dos pacientes.[4] [5] [56]
Tomografia computadorizada (TC) torácica
• Considere solicitar uma TC torácica. Ela é particularmente útil em pacientes com suspeita de
pneumonia que apresentaram radiografia torácica normal, para detectar infiltrados com mais
sensibilidade.[56] [57] [58] [59] Evidências de pneumonia viral à TC pode preceder um resultado
positivo de RT-PCR para SARS-CoV-2 em alguns pacientes.[60] TC é a principal modalidade de
exame de imagem na China.[61]
• Quase todos os pacientes do coorte inicial de 41 pacientes apresentaram áreas de condensação
subsegmentares e bilaterais lobulares múltiplas.[4] No entanto, o mosqueamento múltiplo e
a opacidade em vidro fosco só foram identificados em 14% dos pacientes de outro estudo.[5]
Pequenas opacidades nodulares em vidro fosco são o achado mais comum em crianças.[62]
• Em uma série de casos retrospectivos, não houve cavitação pulmonar, nódulos pulmonares
distintos, derrame pleural e linfadenopatia.[63]
Fatores de risco
Fortes
residência/viagem à área afetada 14 dias antes do início dos sintomas
• Deve haver suspeita do diagnóstico em pacientes com febre e/ou sinais/sintomas de infecção do trato
respiratório inferior (por exemplo, tosse, dispneia) que residam ou tenham viajado a um país/área ou
território que tenham registrado transmissão local do COVID-19 no período de 14 dias antes do início
dos sintomas.[39] [40]
• [WHO: novel coronavirus (COVID-19) situation dashboard]
• [CDC: locations with confirmed COVID-19 cases]
contato próximo com uma pessoa infectada
• A transmissão entre pessoas foi confirmada em ambientes comunitários e estabelecimentos de saúde
na China e em outros países.[14] Deve haver suspeita do diagnóstico em pacientes com febre e/ou
sinais/sintomas de infecção do trato respiratório inferior (por exemplo, tosse, dispneia), que relatem
contato próximo com um caso confirmado ou provável de COVID-19 no período de 14 dias antes do
início dos sintomas.[39] [40]
Anamnese e exame físico
Principais fatores de diagnóstico
febre (comum)
• Relatada em 83% a 98% dos pacientes em uma série de casos.[4] [5] [6]
• As crianças podem não apresentar febre.[8]
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COVID-19 Diagnóstico
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• Os pacientes podem apresentar calafrios.
• O ciclo da febre ainda não é completamente compreendido.
tosse (comum)
• Relatada em 59% a 82% dos pacientes em uma série de casos.[4] [5] [6]
• A tosse é, geralmente, seca.
dispneia (comum)
• Relatada em 31% a 55% dos pacientes em uma série de casos.[4] [5] [6]
• O tempo médio do início dos sintomas até o desenvolvimento da dispneia é de 5 a 8 dias.[4] [5] [6]
Outros fatores de diagnóstico
fadiga (comum)
• Relatada em 44% a 69% dos pacientes em uma série de casos.[4] [6]
• Os pacientes também podem relatar mal-estar.
mialgia (comum)
• Relatada em 11% a 44% dos pacientes em uma série de casos.[4] [5] [6]
anorexia (comum)
• Relatada em 40% dos pacientes em uma série de casos.[6]
produção de escarro (comum)
• Relatada em 26% a 28% dos pacientes em uma série de casos.[4] [6]
faringite (comum)
• Relatada em 5% a 17% dos pacientes em uma série de casos e, geralmente, aparece no início da
evolução clínica.[5] [6]
confusão (incomum)
• Relatada em 9% dos pacientes em uma série de casos.[5]
tontura (incomum)
• Relatada em 9% dos pacientes em uma série de casos.[6]
cefaleia (incomum)
• Relatada em 6% a 8% dos pacientes em uma série de casos.[4] [5] [6]
hemoptise (incomum)
• Relatada em 5% dos pacientes em uma série de casos.[4]
rinorreia (incomum)
• Relatada em 4% dos pacientes em uma série de casos.[5]
dor torácica (incomum)
• Relatada em 2% a 5% dos pacientes em uma série de casos.[4] [5]
• Pode indicar pneumonia.
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COVID-19 Diagnóstico
sintomas gastrointestinais (incomum)
• Náuseas, vômitos e diarreia foram relatados em 1% a 10% dos pacientes em uma série de casos,
mas esse número pode ser maior.[4] [5] [6] Uma série de casos relatou sintomas gastrointestinais em
quase 40% dos pacientes.[7]
• Dor abdominal foi relatada em 2% dos pacientes em uma série de casos.[6]
• Os pacientes podem apresentar náuseas ou diarreia 1 ou 2 dias antes do início da febre e da
dificuldades respiratória.[6]
murmúrios brônquicos (incomum)
• Pode indicar pneumonia.
taquipneia (incomum)
• Pode estar presente em pacientes com desconforto respiratório agudo.
taquicardia (incomum)
• Pode estar presente em pacientes com desconforto respiratório agudo.
cianose (incomum)
• Pode estar presente em pacientes com desconforto respiratório agudo.
estertores na ausculta (incomum)
• Pode estar presente em pacientes com desconforto respiratório agudo.
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COVID-19 Diagnóstico
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Exames diagnóstico
Primeiros exames a serem solicitados
Exame Resultado
oximetria de pulso
• Solicitar para pacientes com doença grave.
• Recomendada para pacientes com dificuldade respiratória e cianose.
pode revelar baixa
saturação de oxigênio
(SpO₂ <90%)
gasometria arterial
• Solicitar para pacientes com doença grave, pois é indicada para
detectar hipercapnia ou acidose.
• Recomendada para pacientes com dificuldade respiratória e cianose
que apresentam baixa saturação de oxigênio (SpO₂ <90%).
pode mostrar baixa
pressão parcial de
oxigênio
Hemograma completo
• Solicitar para pacientes com doença grave.
• As anormalidades laboratoriais mais comuns em pacientes
hospitalizados com pneumonia incluem leucopenia, linfopenia
e leucocitose. As outras anormalidades incluem neutrofilia,
trombocitopenia e hemoglobina reduzida.[4] [5] [6]
leucopenia; linfopenia;
leucocitose
coagulograma
• Solicitar para pacientes com doença grave.
• As anormalidades mais comuns são dímero D elevado e
prolongamento do tempo de protrombina.[4] [5] [6]
• Em um estudo, não sobreviventes apresentaram níveis de dímero
D consideravelmente mais altos, e maior tempo de protrombina e
tempo de tromboplastina parcial ativada, quando comparados aos
sobreviventes.[64]
dímero D elevado;
prolongamento do tempo
de protrombina
perfil metabólico completo
• Solicitar para pacientes com doença grave.
• As anormalidades laboratoriais mais comuns em pacientes
hospitalizados com pneumonia incluem transaminases hepáticas
elevadas. As outras anormalidades incluem albumina reduzida e
comprometimento renal.[4] [5]
transaminases
hepáticas elevadas;
albumina reduzida;
comprometimento renal
procalcitonina sérica
• Solicitar para pacientes com doença grave.
• Pode estar elevada em pacientes com infecções bacterianas
secundárias.[4] [5]
pode estar elevada
proteína C-reativa sérica
• Solicitar para pacientes com doença grave.
• Pode estar elevada em pacientes com infecções bacterianas
secundárias.[4] [5]
pode estar elevada
concentração sérica de lactato desidrogenase
• Solicitar para pacientes com doença grave.
• Lactato desidrogenase elevada foi relatada em 73% a 76% dos
pacientes.[4] [5]
• Indica lesão hepática ou lise dos eritrócitos sanguíneos.
pode estar elevada
creatina quinase sérica
• Solicitar para pacientes com doença grave.
pode estar elevada
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COVID-19 Diagnóstico
Exame Resultado
• Creatina quinase elevada foi relatada em 13% a 33% dos
pacientes.[4] [5]
• Indica lesão muscular ou do miocárdio.
nível de troponina sérica
• Solicitar para pacientes com doença grave.
• Pode estar elevado em pacientes com lesão cardíaca.[4]
pode estar elevada
hemoculturas e culturas de escarro
• Colete amostras de escarro e de sangue para cultura em todos
os pacientes para descartar outras causas de infecção do
trato respiratório inferior, principalmente pacientes com história
epidemiológica atípica.
• As amostras devem ser coletadas antes de iniciar o regime
antimicrobiano empírico, se possível.
negativa para infecção
bacteriana
reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa (RT-
PCR) em tempo real
• É necessário realizar teste molecular para confirmar o
diagnóstico.[54]
• Colete amostras do trato respiratório inferior (escarro, aspirado
endotraqueal, lavagem broncoalveolar) sempre que possível,
dependendo do quadro clínico do paciente.
• Amostras do trato respiratório superior (aspirado nasofaríngeo
ou swab orofaríngeo enasofaríngeo combinados) podem ser
usados caso amostras do trato respiratório inferior não possam ser
coletadas.
• Se o teste inicial for negativo em um paciente com forte suspeita
de COVID-19, colete novamente amostras de vários locais do trato
respiratório (nariz, escarro, aspirado endotraqueal) e refaça o teste.
• Amostras de sangue, urina e fezes também podem ser usadas para
monitorar a presença do vírus.
• A Food and Drug Administration dos EUA emitiu uma autorização
para uso emergencial do painel de diagnóstico de RT-PCR dos
Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, que
permite a realização de testes em qualquer laboratório qualificado
pelo CDC nos EUA.[65] Este teste também está disponível em vários
laboratórios do mundo todo e deve ser realizado de acordo com as
instruções das autoridades de saúde locais.
• Colete swabs nasofaríngeos para descartar influenza e outras
infecções respiratórias.
positivo para RNA
viral para síndrome
respiratória aguda grave
por coronavírus 2 (SARS-
CoV-2); negativo para
vírus da influenza A e
B e outros patógenos
respiratórios
radiografia torácica
• Solicitar para todos os pacientes com suspeita de pneumonia.
• Infiltrados pulmonares unilaterais são encontrados em 25% dos
pacientes, e infiltrados pulmonares bilaterais são encontrados em
75% dos pacientes.[4] [5] [56]
infiltrados pulmonares
unilaterais ou bilaterais
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COVID-19 Diagnóstico
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Exames a serem considerados
Exame Resultado
tomografia computadorizada (TC) torácica
• Considere uma TC torácica. Ela é particularmente útil em pacientes
com suspeita de pneumonia que apresentaram radiografia torácica
normal, para detectar infiltrados com mais sensibilidade.[56] [57] [58]
[59] Evidências de pneumonia viral à TC pode preceder um resultado
positivo de RT-PCR para SARS-CoV-2 em alguns pacientes.[60] TC
é a principal modalidade de exame de imagem na China.[61]
• Quase todos os pacientes do coorte inicial de 41 pacientes
apresentaram áreas de condensação subsegmentares e bilaterais
lobulares múltiplas.[4] No entanto, o mosqueamento múltiplo e
a opacidade em vidro fosco só foram identificados em 14% dos
pacientes de outro estudo.[5] Pequenas opacidades nodulares em
vidro fosco são o achado mais comum em crianças.[62]
• Em uma série de casos retrospectivos, não houve cavitação
pulmonar, nódulos pulmonares distintos, derrame pleural e
linfadenopatia.[63]
condensação ou
opacidade em vidro fosco
bilateral
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COVID-19 Diagnóstico
Diagnóstico diferencial
Doença Sinais/sintomas de
diferenciação
Exames de
diferenciação
Síndrome respiratória do
Oriente Médio (MERS)
• Falta de histórico de viagens
recentes à China continental
ou outras áreas afetadas, ou
de contato próximo com uma
pessoa infectada no período
de 14 dias antes do início
dos sintomas.
• Os relatórios iniciais
sugerem que a evolução
clínica do COVID-19 é
menos grave e que a taxa
de fatalidade é mais baixa,
comparadas à MERS
(aproximadamente 2% a
3% para COVID-19 versus
37% para MERS); no
entanto, não há dados para
confirmar, e a situação está
evoluindo com rapidez.[4]
• Os sintomas
gastrointestinais e do
trato respiratório superior
parecem ser menos comuns
no COVID-19, com base nos
dados iniciais.[4] [5]
• Reação em cadeia da
polimerase via transcriptase
reversa (RT-PCR): positiva
para RNA viral de MERS-
CoV.
Síndrome respiratória
aguda grave (SARS)
• Não houve casos de SARS
registrados desde 2004.
• Falta de histórico de viagens
recentes à China continental
ou outras áreas afetadas, ou
de contato próximo com uma
pessoa infectada no período
de 14 dias antes do início
dos sintomas.
• Os relatórios iniciais
sugerem que a evolução
clínica da COVID-19 é
menos grave e que a
taxa de fatalidade é mais
baixa, comparadas à SARS
(aproximadamente 2% a 3%
para COVID-19 versus 10%
para SARS); no entanto, não
há dados para confirmar, e a
situação está evoluindo com
rapidez.[4]
• Os sintomas
gastrointestinais e do
trato respiratório superior
parecem ser menos comuns
• RT-PCR: positiva para RNA
viral da SARS-CoV.
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COVID-19 Diagnóstico
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Doença Sinais/sintomas de
diferenciação
Exames de
diferenciação
no COVID-19, com base nos
dados iniciais.[4] [5]
Pneumonia adquirida na
comunidade
• Falta de histórico de viagens
recentes à China continental
ou outras áreas afetadas, ou
de contato próximo com uma
pessoa infectada no período
de 14 dias antes do início
dos sintomas.
• Não é possível diferenciar
COVID-19 de infecção do
trato respiratório adquirida
na comunidade com base
nos sinais e sintomas.
• Cultura de sangue ou
escarro ou teste molecular:
positivo para o organismo
causador.
Gripe (infecção por
influenza)
• Falta de histórico de viagens
recentes à China continental
ou outras áreas afetadas, ou
de contato próximo com uma
pessoa infectada no período
de 14 dias antes do início
dos sintomas.
• Não é possível diferenciar
COVID-19 de infecção do
trato respiratório adquirida
na comunidade com base
nos sinais e sintomas.
No entanto, os relatórios
iniciais sugerem que a
faringite ´é menos comum na
COVID-19.[5]
• RT-PCR: positiva para RNA
viral da influenza A ou B.
Resfriado comum • Falta de histórico de viagens
recentes à China continental
ou outras áreas afetadas, ou
de contato próximo com uma
pessoa infectada no período
de 14 dias antes do início
dos sintomas.
• Não é possível diferenciar
COVID-19 de infecção do
trato respiratório adquirida
na comunidade com base
nos sinais e sintomas. No
entanto, os relatórios iniciais
sugerem que a coriza e a
faringite são menos comuns
na COVID-19.[5]
• RT-PCR: positiva para
organismo causador, ou
negativa para RNA viral da
SARS-CoV-2.
Infecção pelo vírus da
influenza aviária A (H7N9)
• Pode ser difícil diferenciar
com base na história
epidemiológica, pois a gripe
aviária H7N9 é endêmica na
China.
• RT-PCR: positiva para RNA
viral específico da H7.
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COVID-19 Diagnóstico
Doença Sinais/sintomas de
diferenciação
Exames de
diferenciação
• Contato próximocom aves
infectadas (por exemplo,
agricultor ou visitante de um
mercado de animais vivos
em áreas endêmicas), ou
residir em uma área em que
a gripe aviária é endêmica.
• Os relatórios iniciais
sugerem que a faringite
´é menos comum no
COVID-19.[5]
Infecção pelo vírus da
influenza aviária A (H5N1)
• Falta de histórico de viagens
recentes à China continental
ou outras áreas afetadas, ou
de contato próximo com uma
pessoa infectada no período
de 14 dias antes do início
dos sintomas.
• Contato próximo com aves
infectadas (por exemplo,
agricultor ou visitante de um
mercado de animais vivos
em áreas endêmicas), ou
residir em uma área em que
a gripe aviária é endêmica.
• Os relatórios iniciais
sugerem que a faringite
´é menos comum no
COVID-19.[5]
• RT-PCR: positiva para RNA
viral da H5N1.
Outras infecções
respiratórias virais ou
bacterianas
• Falta de histórico de viagens
recentes à China continental
ou outras áreas afetadas, ou
de contato próximo com uma
pessoa infectada no período
de 14 dias antes do início
dos sintomas.
• Não é possível diferenciar
COVID-19 de infecção do
trato respiratório adquirida
na comunidade com base
nos sinais e sintomas.
• O adenovírus e o
micoplasma devem
ser considerados em
grupos de pacientes com
pneumonia, principalmente
em ambientes fechados,
como acampamentos
militares e escolas.
• Cultura de sangue ou
escarro ou teste molecular:
positivo para o organismo
causador.
Tuberculose pulmonar • Considere o diagnóstico
em áreas endêmicas,
principalmente
• Radiografia torácica:
opacidades fibronodulares
nos lobos superiores com
ou sem cavitação; o padrão
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COVID-19 Diagnóstico
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Doença Sinais/sintomas de
diferenciação
Exames de
diferenciação
em pacientes com
imunocomprometimento.
• O histórico de sintomas é,
geralmente, mais longo.
• A presença de sudorese
noturna e perda de peso
pode ajudar a diferenciar.
atípico inclui opacidades
nos lobos médio e inferior,
linfadenopatia hilar ou
paratraqueal e/ou derrame
pleural.
• Baciloscopia do escarro para
detecção de bacilos álcool-
ácido resistentes e cultura
de escarro: positiva
• Teste molecular: positivo
para Mycoplasma
tuberculosis.
Critérios de diagnóstico
Organização Mundial da Saúde: definições de casos para
vigilância[40]
Caso suspeito
• A. Pacientes com doença respiratória aguda (isto é, febre e pelo menos um sinal/sintoma de doença
respiratória como tosse ou dispneia) E nenhuma outra etiologia que explique totalmente o quadro
clínico E histórico de viagem recente a ou residência em um país/área ou território com transmissão
local da COVID-19 no período de 14 dias antes do início dos sintomas; OU
• B. Pacientes com qualquer doença respiratória aguda E que tiveram contato com um caso provável ou
confirmado de COVID-19 no período de 14 dias antes do início dos sintomas; OU
• C. Pacientes com infecção respiratória aguda grave (isto é, febre e pelo menos um sinal/sintoma de
doença respiratória como tosse ou dispneia) E que precisam de hospitalização E nenhuma outra
etiologia que explique totalmente o quadro clínico.
Caso provável
• Um caso suspeito com teste inconclusivo.
Caso confirmado
• Uma pessoa com confirmação laboratorial de infecção, independentemente dos sinais e sintomas.
[WHO: global surveillance for human infection with coronavirus disease (COVID-19)]
Centros de Controle e Prevenção de Doenças: critérios para orientar
a avaliação de pacientes sob investigação para COVID-19[39]
Pacientes nos EUA que cumprem os seguintes critérios devem ser avaliados como pacientes sob
investigação:
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COVID-19 Diagnóstico
• A. Febre ou sinais/sintomas de infecção do trato respiratório inferior (por exemplo, tosse ou dispneia)
E qualquer pessoa, inclusive profissional da saúde, que tenha tido contato próximo com um caso
confirmado por laboratório no período de 14 dias antes do início dos sintomas; OU
• B. Febre e sinais/sintomas de infecção do trato respiratório inferior (por exemplo, tosse ou dispneia)
que exigem hospitalização E histórico de viagem recente partindo de regiões geográficas afetadas
(regiões em que tenha sido identificada disseminação ou transmissão comunitária sustentada) no
período de 14 dias antes do início dos sintomas; OU
• C. Febre com doença do trato respiratório inferior aguda grave (por exemplo, pneumonia, síndrome
do desconforto respiratório agudo) que requer hospitalização e sem um diagnóstico alternativo
explanatório E sem fonte de exposição identificada.
A febre pode ser subjetiva ou confirmada. Contato próximo é definido como estar a aproximadamente 2
metros (6 pés) de um caso confirmado por um período prolongado sem o uso de equipamento de proteção
individual. Contato próximo também é definido como contato direto com as secreções infecciosas de um
caso sem o uso de equipamento de proteção individual.
[CDC: criteria to guide evaluation of persons under investigation (PUI) for COVID-19]
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COVID-19 Tratamento
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Abordagem passo a passo do tratamento
Ainda não há tratamentos específicos considerados eficazes para a COVID-19; portanto, a base do
tratamento é composta por cuidados de suporte otimizados para aliviar os sintomas e auxiliar a função
dos órgãos nos casos de doença mais grave. Os pacientes devem ser tratados em um contexto hospitalar,
sempre que possível; no entanto, os cuidados em casa podem ser adequados para pacientes selecionados
com doença leve. Muitas informações contidas nesta seção baseiam-se em evidências iniciais, análises de
séries de casos e relatórios e dados de infecções prévias por betacoronavírus, como síndrome respiratória
aguda grave (SARS) e síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS). Consulte as orientações locais para
obter informações detalhadas, pois a situação evolui com rapidez.
Prevenção e controle de infecção
Isole imediatamente todos os casos suspeitos ou confirmados em uma área separada dos demais
pacientes. Implemente procedimentos adequados de prevenção e controle de infecções. Informe todos
os casos suspeitos e confirmados às autoridades de saúde locais.
Uma orientação detalhada sobre a prevenção da infecção e os procedimentos de controle está disponível
na Organização Mundial da Saúde (OMS) e nos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)
dos EUA:
• [WHO: infection prevention and control during healthcare when novel coronavirus (nCoV) infection
is suspected]
• [CDC: interim infection prevention and control recommendations for patients with confirmed
coronavirus disease 2019 (COVID-19) or persons under investigation for COVID-19 in healthcare
settings]
Tratamento dos pacientes com pneumonia ou comorbidades
Interne imediatamente os pacientes com pneumonia ou desconforto respiratório em uma unidade de
saúde adequada e inicie os cuidados de suporte, dependendo do quadro clínico. O tempo médio do
início dos sintomas até a internação hospitalar é de aproximadamente 7 dias.[4] [6] Os pacientes com
insuficiência respiratória iminente ou estabelecida devem ser internados em uma unidade de terapia
intensiva. Entre 23% e 32% dos pacientes hospitalizados precisam de cuidados intensivos para suporte
respiratório.[4] [5] [6] No entanto, essa estimativa pode ser menor com base no número de casos atual.
Os pacientes sintomáticos que não precisam mais de hospitalização podem ser considerados para
cuidados domiciliares, se possível (veja abaixo).
Terapias de suporte
• Oxigênio: administre oxigênio suplementar em uma taxa de 5 L/minuto para pacientes com
infecção respiratória aguda grave e desconforto respiratório, hipoxemia ou choque. Ajuste as taxas
de fluxo para alcançar uma meta de SpO₂ ≥90%.[68]
• Fluidos: maneje os fluidos conservadoramente em pacientes com infecção respiratória aguda
grave quando não houver evidências de choque, pois a ressuscitação agressiva com fluidos pode
agravar a oxigenação.[68]
• Alívio dos sintomas: administre antipirético/analgésico para o alívio da febre e da dor.[68]
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COVID-19 Tratamento
• Antimicrobianos: considere iniciar antimicrobianos empíricos em pacientes com suspeita de
infecção para cobrir outros potenciais patógenos bacterianos que possam causar infecção
respiratória, de acordo com os protocolos locais. Administre no período de 1 hora após a avaliação
inicial para pacientes com suspeita de sepse. A escolha do antimicrobiano empírico deve se
basear no diagnóstico clínico e em dados locais de epidemiologia e suscetibilidade. Considere
o tratamento com um inibidor da neuraminidase até que a influenza seja descartada. Reduza a
terapia empírica com base nos resultados dos testes e nos critérios clínicos.[68] Alguns pacientes
com doença grave podem precisar de terapêutica antimicrobiana contínua após a confirmação do
COVID-19, dependendo das circunstâncias clínicas.
Monitoramento
• Monitore os pacientes rigorosamente em busca de sinais de deterioração clínica, como
insuficiência respiratória de evolução rápida e sepse, e inicie intervenções de cuidados de suporte
conforme indicado (por exemplo, hemodiálise, terapia vasopressora, ressuscitação fluídica,
ventilação, antimicrobianos), de acordo com a necessidade.[68]
Ventilação mecânica
• É importante seguir os procedimentos locais de prevenção e controle para evitar a transmissão
aos profissionais da saúde. A intubação endotraqueal deve ser realizada por um profissional
experiente seguindo as precauções contra transmissão por gotículas.
• A intubação e a ventilação mecânica são recomendadas para pacientes que estão piorando
clinicamente e não puder manter uma saturação de oxigênio (SpO₂) >90% com oxigenoterapia.[68]
Alguns pacientes podem desenvolver insuficiência respiratória hipoxêmica grave, que requer uma
grande fração do oxigênio inspirado e uma alta taxa de fluxo de ar para atender à demanda de
fluxo inspiratório. Os pacientes também podem apresentar aumento do esforço respiratório e
precisar de assistência respiratória de pressão positiva.
• Oxigênio nasal em sistema de alto fluxo e ventilação não invasiva são recomendados para
pacientes selecionados. Os pacientes mecanicamente ventilados com síndrome do desconforto
respiratório agudo devem receber uma estratégia protetora de ventilação pulmonar, com
baixo volume corrente/baixa pressão inspiratória. Aqueles com insuficiência hipoxêmica grave
persistente devem ser considerados para ventilação em posição supina.[68]
• O risco de fracasso no tratamento é alto em pacientes com condições reversíveis não agudas, e
também há preocupações sobre a transmissão nosocomial com sistemas de ventilação abertos e
máscaras faciais ou nasais não invasivas abaixo do ideal. São necessárias outras pesquisas para
definir os riscos e benefícios para os pacientes e profissionais da saúde.
• Alguns pacientes podem precisar de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO), de acordo
com a disponibilidade e a experiência.[68]
Tratamento dos pacientes sem pneumonia ou comorbidades
Embora o tratamento hospitalar seja preferível, algumas vezes os cuidados com o paciente hospitalizado
não estão disponíveis ou não são considerados seguros, ou o paciente se recusa a ser hospitalizado.
Os cuidados domiciliares podem ser considerados de acordo com o caso.[66] O local dos cuidados em
domicílio pode depender das orientações das autoridades de saúde locais, pois a quarentena obrigatória
está sendo adotada em alguns países.
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COVID-19 Tratamento
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Pacientes que podem receber cuidados domiciliares
• Apenas sintomas leves (por exemplo, febre baixa, tosse, fadiga, rinorreia, faringite).
• Nenhum sinal de alerta (por exemplo, dispneia ou dificuldade para respirar, hemoptise, aumento
da produção de escarro, sintomas gastrointestinais, alterações no estado mental).
• Nenhuma doença subjacente.
Medidas de prevenção e controle da infecção domiciliar
• Os procedimentos de prevenção e controle da infecção também são importantes durante os
cuidados domiciliares. Recomenda-se que os pacientes usem um quarto e um banheiro individuais
(se possível), minimizem o contato com outros membros do ambiente familiar e usem máscara
cirúrgica se houver necessidade de contato.[66]
Terapias de suporte
• Recomenda-se o controle dos sintomas com medicamentos como antipiréticos/analgésicos, e os
pacientes devem ser orientados a se manterem hidratados, mas sem ingerir uma quantidade muito
grande de fluidos, pois isso pode agravar a oxigenação.[66]
Monitoramento
• Monitore os pacientes rigorosamente e oriente-os a procurarem atendimento médico se houver
piora dos sintomas, pois a doença leve pode evoluir com rapidez para uma infecção do trato
respiratório inferior.
Orientações mais detalhadas sobre os cuidados domiciliares estão disponíveis na OMS e no CDC:
• [WHO: home care for patients with suspected novel coronavirus (nCoV) infection presenting with
mild symptoms and management of contacts]• [CDC: interim guidance for implementing home care of people not requiring hospitalization for 2019
novel coronavirus (2019-nCoV)]
Grupos de pacientes especiais
Gestantes
• Os dados sobre gestantes são limitados; no entanto, geralmente elas podem ser tratadas com as
mesmas terapias de suporte descritas acima, levando em consideração as mudanças fisiológicas
que ocorrem durante a gravidez.[68]
Crianças
• Os dados sobre crianças são limitados; no entanto, já foram publicadas orientações sobre o
tratamento de crianças.[8]
Terapias experimentais
Terapias medicamentosas (por exemplo, antivirais) têm sido usadas em pacientes com COVID-19; no
entanto, os tratamentos experimentais ou não licenciados só devem ser administrados no contexto de
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https://www.who.int/publications-detail/home-care-for-patients-with-suspected-novel-coronavirus-(ncov)-infection-presenting-with-mild-symptoms-and-management-of-contacts
https://www.who.int/publications-detail/home-care-for-patients-with-suspected-novel-coronavirus-(ncov)-infection-presenting-with-mild-symptoms-and-management-of-contacts
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/guidance-home-care.html
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/guidance-home-care.html
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COVID-19 Tratamento
ensaios clínicos eticamente aprovados.[68] Consulte a seção Novidades para obter mais informações
sobre esses tratamentos.
Corticosteroides
Os corticosteroides têm sido usados em alguns pacientes com COVID-19; no entanto, descobriu-se que
são ineficazes.[4] [69] A OMS (bem como outras diretrizes internacionais de pneumonia) não costuma
recomendar o uso de corticosteroides sistêmicos para o tratamento da pneumonia viral ou da síndrome
do desconforto respiratório agudo, a menos que sejam indicados por outro motivo.[68]
Visão geral do tratamento
Por favor, atente-se que fórmulas, rotas e doses podem se diferenciar de acordo com nomes de
medicamentos e marcas, formulários de medicamentos ou localizações. Recomendações de tratamentos
são específicas para grupos de pacientes. Ver aviso legal
Inicial ( resumo )
suspeita de infecção por SARS-CoV-2
1a procedimentos de prevenção e controle da
infecção
mais cuidados de suporte e monitoramento
adjunto tratamento antimicrobiano empírico
Agudo ( resumo )
infecção confirmada por SARS-CoV-2
com pneumonia ou
comorbidades
1a internação hospitalar e procedimentos de
prevenção e controle de infeção
mais cuidados de suporte e monitoramento
adjunto ventilação mecânica
adjunto terapias experimentais
sem pneumonia ou
comorbidades
1a considere cuidados domiciliares e
isolamento
mais cuidados de suporte e monitoramento
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COVID-19 Tratamento
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Opções de tratamento
Por favor, atente-se que fórmulas, rotas e doses podem se diferenciar de acordo com nomes de
medicamentos e marcas, formulários de medicamentos ou localizações. Recomendações de tratamentos
são específicas para grupos de pacientes. Ver aviso legal
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COVID-19 Tratamento
Inicial
suspeita de infecção por SARS-CoV-2
1a procedimentos de prevenção e controle da
infecção
» Isole imediatamente todos os casos suspeitos
em uma área separada dos demais pacientes
e implemente procedimentos adequados
de prevenção e controle de infecções. Uma
orientação detalhada está disponível na
Organização Mundial da Saúde (OMS) e nos
Centros de Controle e Prevenção de Doenças
(CDC):
» [WHO: infection prevention and control during
health care when novel coronavirus (nCoV)
infection is suspected]
» [CDC: interim infection prevention and control
recommendations for patients with confirmed
coronavirus disease 2019 (COVID-19) or
persons under investigation for COVID-19 in
healthcare settings]
» Informe todos os casos suspeitos às
autoridades de saúde locais.
mais cuidados de suporte e monitoramento
Tratamento recomendado para TODOS os
pacientes do grupo de pacientes selecionado
» Inicie imediatamente os cuidados de suporte
com base no quadro clínico.
» Oxigênio: administre oxigênio suplementar
em uma taxa de 5 L/minuto para pacientes com
infecção respiratória aguda grave e desconforto
respiratório, hipoxemia ou choque. Ajuste as
taxas de fluxo para alcançar uma meta de SpO₂
≥90%.[68]
» Fluidos: maneje os fluidos conservadoramente
em pacientes com infecção respiratória aguda
grave quando não houver evidências de choque,
pois a ressuscitação agressiva com fluidos pode
agravar a oxigenação.[68]
» Alívio dos sintomas: administre antipirético/
analgésico para o alívio da febre e da dor.[68]
» Monitore os pacientes rigorosamente em
busca de sinais de deterioração clínica,
como insuficiência respiratória de evolução
rápida e sepse, e inicie intervenções de
cuidados de suporte conforme indicado
(por exemplo, hemodiálise, terapia
vasopressora, ressuscitação fluídica,
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https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/infection-control.html
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/infection-control.html
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/infection-control.html
https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/hcp/infection-control.html
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COVID-19 Tratamento
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Inicial
ventilação, antimicrobianos), de acordo com a
necessidade.[68]
adjunto tratamento antimicrobiano empírico
Tratamento recomendado para ALGUNS dos
pacientes do grupo de pacientes selecionado
» Considere iniciar o tratamento antimicrobiano
empírico em pacientes com suspeita de
infecção

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