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20 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 1.3.2. Sistema de geração e transmissão de energia • A energia necessária para acionamento dos equipamentos de uma sonda de perfuração é normalmente fornecida por motores à diesel, Figura 07. Figura 07: Motor à diesel responsável pela geração de energia Disponível em: <http://gcaptain.com/wp-content/uploads/2013/03/3516full.jpg> 21 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 • Nas sondas mais modernas, estes motores são conectados à geradores elétricos, que por sua vez geram a energia para alimentar todos os sistemas da sonda. • Em sondas antigas, os motores são ligados diretamente aos equipamentos por meio de correias e utilizava-se pequenos geradores elétricos para alimentar o sistema de iluminação e outros pequenos equipamentos que necessitam de energia elétrica. • As sondas modernas podem chegar a necessitar de mais de 5 MW (megawatts) de potência para sustentar sua operação. 22 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 • Nas sondas marítimas em que exista produção de gás é comum e econômica a utilização de turbinas a gás para geração de energia para toda a plataforma. • Quando disponível, a utilização de energia elétrica das redes públicas pode ser vantajosa, principalmente quando o tempo de permanência da sonda em cada locação for elevado. • A depender do modo de transmissão de energia para os equipamentos, as sondas de perfuração são classificadas em sondas mecânicas e diesel-elétricas. 23 ✓ Sondas Mecânicas • A energia gerada nos motores à diesel é levada a uma transmissão principal (compound) através de acoplamentos hidráulicos (conversores de torque) e embreagens, Figura 08. • O compound é constituído de diversos eixos, rodas dentadas e correntes que distribuem a energia a todos os sistemas da sonda. • As embreagens permitem que os motores sejam acoplados ou desacoplados do compound, propiciando maior eficiência na utilização dos motores à diesel. TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 24 TECNOLOGIA DE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 Figura 08: Esquema de uma sonda mecânica com cinco motores diesel Fonte: Thomas (2004), p.58. 25 ✓ Sondas diesel-elétricas • As sondas diesel-elétricas são do tipo AC/DC, no qual a geração é feita em corrente alternada e a utilização em corrente contínua, Figura 09. TECNOLOGIAS DE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 Figura 09: Esquema de uma sonda AC/DC, típica de sonda marítimas Fonte: Thomas (2004), p.59. 26 • Motores à diesel ou turbinas a gás acionam geradores de corrente alternada (AC) que alimentam um barramento trifásico de 600 V (volts). Este barramento, alternativamente, também pode receber energia da rede pública. • Pontes de retificadores controlados de silício (SCR) recebem a energia do barramento e a transformam em corrente contínua, que alimenta os equipamentos da sonda. TECNOLOGIAS DE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 27 • Os equipamentos auxiliares da sonda ou plataforma, iluminação e hotelaria que utilizam corrente alternada, recebem a energia do barramento após passar por um transformador. • As sondas diesel-elétricas com sistema do tipo AC/AC têm uso incipiente, mas com tendência a aumentar no futuro. • A energia é fornecida por motores à diesel, turbinas a gás ou através da rede pública. TECNOLOGIAS DE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 28 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 1.3.3. Sistema de movimentação de carga • O sistema de movimentação de carga, Figuras 10, 11 e 16, permite movimentar as colunas de perfuração, de revestimento e outros equipamentos. Os principais equipamentos são: ✓ Guincho (Draworks); ✓ Bloco de Coroamento; ✓ Catarina; ✓ Gancho (hook); ✓ Cabo de perfuração; ✓ Elevador. Figura 10: Sistema bloco-catarina Fonte: Thomas (2004), p.62. 29 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 Figura 11: Sistema de movimentação de cargas I Fonte: Manso, Renato Brandão. Notas de aula – Engenharia de Perfuração e Completação e Poços de Petróleo. Florianópolis – SC, 2004. 30 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 ✓ Guincho • O guincho é um dos equipamentos mais importantes de um sonda de perfuração. Sua principal função é sustentar o peso da coluna de perfuração quando esta é descida ou retirada do poço, Figuras 12,13 e 20. • O guincho deve ser movido por um motor de alta potência para que as operações possam ser executadas. Apesar da grande potência do sistema, dependendo do peso da coluna a ser descida no poço, o guincho não é capaz de erguê-la por conta própria. • É por este motivo que é usado um sistema de polias que diminui o peso pelo qual o guincho é responsável por levantar. 31 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 Figura 12: Guincho (Draworks) Disponível em: <http://www.masterrig.com/images/equipPics/eq17.jpg> 32 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 • Então, é imprescindível que o guincho receba a energia mecânica necessária para a movimentação de cargas através da transmissão principal, no caso da sonda diesel, ou diretamente de um motor elétrico acoplado a ele, nas sondas elétricas. • É constituído por: tambor principal, tambor auxiliar ou de limpeza, freios, molinetes e embreagens. Figura 13: Guincho (Draworks) Fonte: Thomas (2004), p.60. 33 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 • O tambor principal tem a função de acionar o cabo de perfuração, movimentado as cargas dentro do poço. • O freio é um mecanismo de grande importância numa sonda. Ele realiza as funções de parar ou retardar o movimento de descida de carga no poço, permitindo ainda a aplicação e controle de peso sobre a broca. • Usualmente são empregados dois tipos de freios numa sonda: o freio principal, que é mecânico por fricção, tem a função de parar e assim manter a carga que está sendo movimentada, e o freio secundário, que é hidráulico ou eletromagnético, e tem a função de apenas diminuir a velocidade de descida da carga, de modo a facilitar a atuação do freio principal. 34 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 • O tambor auxiliar ou de limpeza é instalado no eixo secundário do guincho, ficando posicionado acima do tambor principal. • Tem a função de movimentar equipamentos leves no poço, tais como registradores de inclinação e direção do poço, amostradores de fundo, equipamentos de completação e testes do poço, etc. • O molinete é um mecanismo tipo embreagem que permite tracionar cabos ou cordas. Há dois tipos de molinetes, numa sonda: o molinete das chaves flutuantes, para apertar ou desapertar as conexões da coluna de perfuração ou revestimento, e o giratório (cathead)que permite o içamento de pequenas cargas quando nele for enrolado uma corda(catline). 35 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 • O bloco de coroamento é um conjunto estacionário de 4 a 7 polias permitindo ao guincho levantar um peso muito maior do que ele seria capaz caso fosse utilizada uma única polia. ✓ Bloco de coroamento Figura 14: Bloco de coroamento Disponível em: <http://www.petroleo.ufsc.br/palestras/2004_08_05.pdf> • São montadas em linha num eixo suportado por dois mancais de deslizamento, localizado na parte superior do mastro ou da torre. Vide as Figuras 10 e 11 e Figuras 14,15,16 e 20. 36 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 • Quanto maior o número de polias móveis, menor é a força que o guinchodeverá fazer para sustentar a coluna. ✓ Bloco de coroamento Figura 15: Bloco de coroamento Disponível em: <http://i174.photobucket.com/albums/w117/yeti- monster/work/up%20the%20derrick%2017-08- 09/DSCF3301.jpg> Figura 16: Sistema de movimentação de cargas II Fonte: Manso, Renato Brandão. Notas de aula – Engenharia de Perfuração e Completação e Poços de Petróleo. Florianópolis – SC, 2004. 37 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 • É um conjunto de 3 a 6 polias móveis montados em um eixo que se apoia nas paredes externas em sua própria, Figuras 16 e 17. • Ela fica suspensa pelo cabo de perfuração que passa alternadamente pelas polias do bloco de coroamento e polias da catarina, formando um sistema com 8 a 12 linhas passadas. Em sua parte inferior encontra-se-uma alça pela qual é preso o gancho. ✓ Catarina Figura 17: Catarina Fonte: Thomas (2004), p.61. 4 m Figura 16 38 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 ✓ Gancho (hook) • Consiste de um corpo cilíndrico que internamente contém um sistema de amortecimento para evitar que os golpes causados na movimentação das cargas se propaguem para a catarina, Figuras 16,18 e 20. Figura 16 Figura 18: Gancho Fonte: Manso, Renato Brandão. Notas de aula – Engenharia de Perfuração e Completação e Poços de Petróleo. Florianópolis – SC, 2004. 39 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 ✓ Cabo de perfuração • É um cabo de aço trançado em torno de um núcleo ou alma, sendo que cada trança é formada por diversos fios de pequeno diâmetro de aço especial. • O cabo proveniente do carretel é passado e fixado numa âncora situada próxima a torre, onde se encontra um sensor para medir a tensão no cabo, a qual está relacionada com o peso total sustentado pelo guincho. Daí, ele é passado no sistema bloco- catarina, vide a Figura 10, e enrolado e fixado no tambor do guincho. 40 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 Figura 20: Sistema de movimentação de cargas III Fonte: Leonardo Rezende Malouf. Projeto de graduação: Análise das Operações de Perfuração de Poços Terrestres e Marítimos. Rio de Janeiro: UFRJ/Escola Politécnica, 2013. 41 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 ✓ Elevador • O elevador é o equipamento usado para reduzir drasticamente o tempo das operações de manobra. Sua função é segurar os tubos, sejam eles revestimentos ou tubos da coluna de perfuração, de modo a movê-los com segurança e eficiência. • É um equipamento com a forma de anel bipartido em que duas partes são ligadas por dobradiças resistentes, contendo um trinco especial para o seu fechamento. É utilizado para movimentar elementos tubulares (tubos de perfuração e comandos), conforme mostra a Figura 21. 42 TECNOLOGIA SDE POÇOS E AVALIAÇÂO DAS FORMAÇOES – prof. João Vicente/Silvanito 2020.1 Figura 21: Elevador levantando uma seção de revestimento Fonte: Leonardo Rezende Malouf. Projeto de graduação: Análise das Operações de Perfuração de Poços Terrestres e Marítimos. Rio de Janeiro: UFRJ/Escola Politécnica, 2013.
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