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3 UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE AGRONOMIA THAYNA SCHEIN LACERDA CARTA SOLAR DISCIPLINA DE ECOLOGIA BÁSICA PATO BRANCO 2019 4 THAYNA SCHEIN LACERDA RA: 2034239 CARTA SOLAR Trabalho apresentado ao Curso de Agronomia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Pato Branco, como requisito parcial à aprovação na Disciplina de Ecologia Básica. Prof. Dr. William Cezar Pollonio Machado PATO BRANCO 2019 5 1 INTRODUÇÃO Este trabalho abordará o estudo da técnica da carta solar, contudo, o sistema realizado para que seja possível a observação de onde o Sol estará exatamente no céu em qualquer horário do dia e a qualquer dia do ano. Além disso, irá descrever como o trajeto do sol varia dependendo da latitude do local a ser estudado, pois cada latitude tem a sua própria carta solar. Desse modo, este trabalho tem o intuito de es- clarecer a real importância da utilidade da carta solar. 6 2 A CARTA SOLAR As cartas solares é uma técnica que possibilita a representação do percurso do Sol em diferentes horas do dia e períodos do ano. Nelas são normalmente desenha- das as projeções do Sol em datas específicas – solstícios e os equinócios – e em algumas outras datas intermediárias. Desse modo, sua utilização determina o ângulo de incidência do Sol sobre uma superfície específica, através de representações grá- ficas da trajetória solar, projetadas no plano do horizonte do observador para cada latitude específica em função da data e da hora. Ao analisar os resultados a partir do uso da técnica, obtém-se a identificação das horas de maior incidência da luz solar e de radiação. Assim, oferta a identificação do posicionamento de edifícios em relação a radiação solar. Portanto, a carta solar é uma ferramenta bastante útil para a concretização de projetos, pois contém informa- ções fundamentais para se saber, por exemplo, se o Sol irá penetrar por uma abertura, se vai ser sombreado por uma edificação e se deve ou não ser sombreado por prote- ções solares para determinada orientação. Para as cartas solares serem determinadas, o ângulo de orientação deve ser bem definido, ou seja, o ângulo formado entre o norte verdadeiro e a normal a face em estudo no sentido horário (MARQUES, 2010). Com o diagrama de trajetória solar de projeção estereográfica, sobre as más- caras de obstrução solar, mostra a quantidade de horas a que cada ponto de media- ção estaria exposto nos solstícios de verão e inverno e no equinócio. Faz-se neces- sário o entendimento dos movimentos de rotação e de translação da Terra, para uma melhor compreensão da carta solar. A rotação da Terra, quando considerado um ponto da superfície gera a sequên- cia dos dias e das noites, e a translação é quando a Terra gira em torno do Sol, for- mando uma trajetória elíptica, completando um ciclo por ano. Além disso, existe o eixo de rotação da Terra, que passa pelos polos, e forma um ângulo de 23º 23’ 33“ em relação ao plano que contém a trajetória elíptica (coincidindo com os trópicos). As cartas solares podem ser aplicadas em diversos usos, por exemplo, deter- minar o tempo de insolação, obtenção das sombras projetadas por um edifício sobre seu entorno (o traçado de máscara), ou também no cálculo da real carga térmica em função da presença de outras edificações ou outro elemento que “mascare” parte da abóbada celeste, que interferem na incidência da radiação solar em um ponto. Percurso da Terra em torno do Sol ao longo do ano. 7 Essa inclinação acarreta uma variação no fluxo da energia solar recebida pela Terra e divide o ano em períodos: os solstícios (verão e inverno) e os equinócios (ou- tono e primavera). Na Terra, um observador pode perceber essa relação através do movimento aparente do Sol, que, ao longo do ano o Sol ocupa diferentes posições na abóbada celeste numa região limitada entre os trópicos de Câncer e Capricórnio. Em uma projeção estereográfica da abóbada celeste, num plano horizontal, é possível representar todas as posições do Sol ao longo do ano, dando origem à Carta Solar. Assim sendo, o conhecimento de como o Sol percorre o céu de determinada localidade em função do dia/mês do ano, de quanto tempo ele fica acima do horizonte e como aproveitar o calor solar quando houver interesse em aquecer e evitando ou protegendo as construções quando o clima for quente é fundamental na hora de pro- jetar. 8 4 CONCLUSÃO Através desse trabalho, conclui-se que a ferramenta carta solar é imprescindí- vel para a observação do Sol em determinado local, possuindo então sua latitude cor- respondente específica. Ademais, para cada horário do dia e noite, há uma reação decorrente da posição do Sol que consiste na utilização da carta solar para obter o resultado sobre a radiação e incidência solar. Dessa forma, a utilização da carta solar contribui para diversos ramos dentro da sociedade, desde a arquitetura – construções e pavimentações civis - até o setor ambiental, pois observa-se os locais com maior concentração de insolação solar. Por- tanto, contribui também para a agricultura, direcionando os locais com um benefício melhor em relação ao Sol e a germinação da plantação. 5 REFERÊNCIAS Carta Solar. Análise Geo [online]. Disponível em: https://analisegeo.word- press.com/carta-solar/. Acesso em: 05 jun. 2019. RIBEIRO, C. A. M. Aplicação de técnicas de geoprocessamento para análises das relações entre o fator de visão do céu e as diferentes orientações da malha urbana. João Pessoa. Monografia – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecno- lógica da Paraíba. 2003. https://analisegeo.wordpress.com/carta-solar/ https://analisegeo.wordpress.com/carta-solar/