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Boletimj
Manual de Procedimentos
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Imposto de Renda 
e Legislação Societária
Fascículo No 18/2020
Veja nos Próximos 
Fascículos
a Direito de Empresa - 
Incorporação, fusão e cisão 
das sociedades
a IRPF - Declaração de Ajuste 
Anual - Entrega em atraso e 
retificação
a Simples Nacional - 
Microempreendedor individual
Aviso Importante
Este fascículo contém folha extra do Calendário Mensal de Obrigações e 
Tabelas Práticas IOB referente ao mês de Maio/2020.
/a Tributos e Contribuições Federais
IRPF
Declaração de Ajuste Anual - Dedução das despesas com instrução 01
/a Legislação Societária
Sociedade limitada unipessoal 04
/a IOB Setorial
Indústria
Cofins/PIS-Pasep - Distinções entre produção e fabricação de bens 
ou produtos para fins de créditos das contribuições 10
/a IOB Perguntas e Respostas 
IRPF
DAA - Exercício de 2020, ano-calendário de 2019 - Doação de imóvel 
com cláusula de usufruto 16
DAA - Exercício de 2020, ano-calendário de 2019 - Gastos com men-
salidade escolar de sobrinha - Dedução como despesa com instrução 
- Inadmissibilidade 16
DAA - Exercício de 2020, ano-calendário de 2019 - Indenização por 
rescisão de contrato - Informação na declaração 16
DAA - Exercício de 2020, ano-calendário de 2019 - Saque do FGTS e 
seguro-desemprego - Informação na declaração 16
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer 
meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 
 
 Imposto de renda e legislação societária : IRPF : 
declaração de ajuste anual.... -- 16. ed. -- São 
Paulo : IOB, 2020. -- (Coleção manual de 
procedimentos; 18) 
 
 
 
 ISBN 978-85-379-3617-7 
 
 
 
 1. Imposto de renda - Leis e legislação - 
 Brasil I. Série. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20-34427 CDU-34:336.215(81) 
 Índices para catálogo sistemático: 
 
1. Brasil : Imposto de renda : Direito tributário 
 34:336.215 (81) 
 
Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964 
Bo
le
tim
 IO
B
© 2020 by IOB
Capa:
Marketing IOB
Editoração Eletrônica e Revisão: 
Editorial IOB
0800-724-7900 SAC
Calendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário EXTRA
TribuTário
Anexo à Edição nº 18/2020 IR I
Mantenha esta folha encartada no 
Calendário Tributário Federal para Maio/2020
✂
Indicadores Econômicos e Fiscais
Posteriormente ao envio do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário Federal 
para maio/2020, foram divulgados os seguintes índices que o complementam:
a) TR de abril/2020: 0,0000%;
b) Selic de março/2020: 0,34%;
c) TJLP (2º trimestre/2020): 0,4117%;
d) valor que teria o BTN atualizado pela TR (março/2020): R$ 1,6548. 
Também foram divulgados os índices de inflação do mês de março/2020, conforme a seguinte 
tabela:
ÍNDICES DE INFLAÇÃO - PRINCIPAIS ÍNDICES
MÊS/ANO
ICV (DIEESE) IPC (FIPE) INPC (IBGE) IPCA (IBGE)
VARIAÇÃO VARIAÇÃO VARIAÇÃO VARIAÇÃO
NO MÊS NO ANO NO MÊS NO ANO NO MÊS NO ANO NO MÊS NO ANO
% % % % % % % %
MARÇO/2019 0,54 1,32 0,51 1,64 0,77 1,68 0,75 1,51
ABRIL/2019 0,32 1,64 0,29 1,93 0,60 2,29 0,57 2,09
MAIO/2019 0,20 1,84 (-) 0,02 1,91 0,15 2,44 0,13 2,22
JUNHO/2019 (-) 0,21 1,63 0,15 2,06 0,01 2,45 0,01 2,23
JULHO/2019 0,17 1,81 0,14 2,20 0,10 2,55 0,19 2,42
AGOSTO/2019 0,07 1,88 0,33 2,54 0,12 2,67 0,11 2,53
SETEMBRO/2019 (-) 0,11 1,77 0,00 2,54 (-) 0,05 2,62 (-) 0,04 2,49
OUTUBRO/2019 (-) 0,04 1,73 0,16 2,70 0,04 2,66 0,10 2,59
NOVEMBRO/2019 0,46 2,20 0,68 3,40 0,54 3,21 0,51 3,11
DEZEMBRO/2019 0,87 3,09 0,94 4,37 1,22 4,47 1,15 4,30
JANEIRO/2020 0,64 0,64 0,29 0,29 0,19 0,19 0,21 0,21
FEVEREIRO/2020 0,12 0,76 0,11 0,40 0,17 0,36 0,25 0,46
MARÇO/2020 * * 0,10 0,50 0,18 0,54 0,07 0,53
Nota 
Os índices de inflação acumulados podem variar de acordo com a fonte consultada. Nosso critério de arredondamento é o mesmo utilizado na 
regra aritmética: o resultado final do algarismo igual ou acima de 5 é arredondado para cima.
(*) As pesquisas do Índice de Custo de Vida na cidade de São Paulo, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômi-
cos (DIEESE) estão suspensas em face da crise atual provocada pelo Coronavírus (Covid-19).
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Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
Boletimj
18-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2020 - Fascículo 18 IR/LS
IRPF
Declaração de Ajuste Anual - Dedução 
das despesas com instrução
 SUMÁRIO
 1. Quadro sinótico
 2. Despesas admitidas
 3. Despesas não admitidas
 4. Cônjuges que apresentam declaração separadamente 
- Despesas com instrução de dependente comum
 5. Despesas pagas em cumprimento de acordo ou 
decisão judicial ou de escritura pública
 6. Despesas com educação de menor pobre
 7. Despesas de instrução de deficiente físico ou mental
 8. Valores remetidos ao exterior
1. QUADRO SINÓTICO
Na Declaração de Ajuste Anual (DAA), as pessoas 
físicas que optarem pelas deduções legais permitidas 
poderão, para fins de determinação da base de 
cálculo do imposto anual, deduzir as despesas com 
instrução próprias e/ou de seus dependentes, pagas 
durante o ano-calendário de 2019, exercício de 2020, 
nas hipóteses expressamente admitidas.
No quadro a seguir, destacamos os principais 
dados a serem observados pelo contribuinte na dedu-
ção das despesas com instrução na declaração:
a Tributos e Contribuições Federais
Cabimento da dedução de despesas 
com instrução
A dedução de despesas com instrução na DAA somente será permitida se o contribuinte optar 
pelas deduções legais permitidas.
Limite O limite anual individual de dedução de despesas com instrução é de R$ 3.561,50.
Despesas com instrução admitidas Enquadram-se como despesas com instrução os pagamentos efetuados a instituições de ensino, 
assim consideradas aquelas regularmente autorizadas, pelo Poder Público, a ministrar:
a) educação infantil, compreendendo as creches e as pré-escolas;
b) ensino fundamental;
c) ensino médio;
d) educação superior, compreendendo os cursos de graduação e de pós-graduação (mestrado, 
doutorado e especialização);
e) educação profissional, compreendendo o ensino técnico e o tecnológico;
f) cursos destinados à Educação para Jovens e Adultos (EJA).
Despesas com instrução não admi-
tidas
Não se enquadram como despesas com instrução:
a) as despesas com uniforme, material e transporte escolar, as relativas a elaboração de disserta-
ção de mestrado ou tese de doutorado, contratação de estagiários, computação eletrônica de da-
dos, papel, xerox, digitação, tradução de textos, impressão de questionários e de tese elaborada, 
gastos postais e de viagem;
b) as despesas com aquisição de enciclopédias, livros, revistas e jornais;
c) o pagamento de aulas de música, dança, natação, ginástica, tênis, pilotagem, dicção, corte e 
costura, informática e assemelhados;
d) o pagamento de cursos preparatórios para concursos ou vestibulares;
e) o pagamento de aulas de idiomas estrangeiros;
f) os pagamentos feitos a entidades que tenham por objetivo a criação e a educação de menores 
desvalidos e abandonados;
g) as contribuições pagas às Associações de Pais e Mestres e às associações voltadas para a 
educação; e
h) o valor despendido para pagamento do crédito educativo;
i) passagens e estadas para estudo no Brasil ou no exterior.
18-02 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2020 - Fascículo 18 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
Na DAA, os valores pagos a título de despesas 
com instrução devem ser informados na ficha 
Pagamentos Efetuados. Devem ser informados tam-
bém se a despesa se refere ao titular,dependente ou 
alimentando, o nome da instituição de educação ao 
qual o pagamento foi efetuado e o seu número de ins-
crição no CNPJ, o valor pago, a parcela não dedutível 
ou reembolsada, além do respectivo código:
a) 01 para as despesas com instrução no Brasil; 
ou
b) 02 para as despesas com instrução no exterior.
Importante (*)
(1) No caso dos gastos com instrução de uma 
pessoa (contribuinte ou seu dependente) ficar 
abaixo do limite anual de R$ 3.561,50, a diferença 
não poderá ser aproveitada para compensar gastos 
de valor superior a esse limite efetuado com outra 
pessoa (o declarante ou outro dependente);
(2) o contribuinte fica sujeito a comprovar as 
despesas por meio de recibos, notas fiscais e outros 
documentos idôneos.
(3) O contribuinte que optar pela apresentação 
da declaração no modelo simplificado não pode 
deduzir despesas com instrução porque o desconto 
de 20% dos rendimentos tributáveis (limitado a 
R$ 16.754,34) substitui todas as deduções admitidas 
na legislação.
(4) Consideram-se despesas médicas ou de hos-
pitalização as despesas com instrução de pessoa 
física com deficiência física ou mental, condiciona-
das cumulativamente à existência de laudo médico, 
atestando o estado de deficiência; comprovação de 
que a despesa foi efetuada com entidades destina-
das a deficientes físicos ou mentais.
(Lei nº 13.149/2015, art. 3º; Lei nº 9.250/1995, art. 8º, II, 
letra “b”, item 10, IX; RIR/2018, art. 74; Instrução Normativa RFB 
nº 1.500/2014, arts. 72, II, “c”, 91 e 95; Instrução Normativa RFB 
nº 1.924/2020; Instrução Normativa RFB nº 1.756/2017)
2. DESPESAS ADMITIDAS
As despesas com instrução, do contribuinte e de 
seus dependentes, dedutíveis na DAA restringem-se 
aos valores pagos às instituições de ensino, obser-
vado o limite individual anual de R$ 3.561,50:
a) à educação infantil: é a primeira etapa da edu-
cação básica, tem como finalidade o desen-
volvimento integral da criança de até 5 anos, 
em seus aspectos físico, psicológico, intelec-
tual e social, complementando a ação da famí-
lia e da comunidade. A educação infantil com-
preende:
a.1) creches, ou entidades equivalentes, para 
crianças de até 3 anos de idade;
a.2) pré-escolas, para as crianças de 4 a 5 
anos de idade;
b) ao ensino fundamental: tem duração de 9 
anos, gratuito na escola pública, iniciando-se 
aos 6 anos de idade e terá por objetivo a for-
mação básica do cidadão;
c) ao ensino médio: é a etapa final da educação 
básica, com duração mínima de 3 anos;
d) à educação superior: compreende os cursos de:
d.1) graduação: abertos a candidatos que te-
nham concluído o ensino médio ou equi-
valente e tenham sido classificados em 
processo seletivo;
18-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2020 - Fascículo 18 IR/LS
Imposto de Renda e Legislação Societária
Manual de Procedimentos
d.2) pós-graduação: compreende programas 
de mestrado e doutorado, cursos de es-
pecialização, aperfeiçoamento e outros, 
abertos a candidatos diplomados em 
cursos de graduação e que atendam às 
exigências das instituições de ensino;
e) à educação profissional: compreende:
e.1) ensino técnico: desenvolvida de forma 
articulada com o ensino médio e subse-
quente, em cursos destinados a quem já 
tenha concluído o ensino médio;
e.2) tecnológico: educação profissional tec-
nológica de graduação e pós-graduação;
f) cursos destinados à Educação para Jovens e 
Adultos (EJA), previstos nos arts. 37 e 38 da 
Lei nº 9.394/1996, efetuados em instituições 
de ensino autorizadas e reconhecidas pelo 
Estado, salvo quando se constituam em curso 
meramente preparatório à prestação de exa-
mes supletivos.
Observa-se que as despesas com cursos de 
especialização somente são passíveis de dedução 
quando comprovadamente realizadas com cursos 
inerentes à formação profissional daquele com quem 
foram efetuadas.
Notas
(1) Enquadram-se como instituições de ensino aquelas regularmente 
autorizadas, pelo Poder Público, a ministrar educação infantil, ensino funda-
mental, ensino médio, ensino superior e educação profissional, nos termos 
da Lei nº 9.394/1996, constituídos nas formas previstas no Código Civil e 
inscritas no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).
(2) Considera-se curso de especialização aquele que se realiza após 
a graduação em curso superior e atende às exigências de instituições de 
ensino. Nesse conceito, enquadram-se, por exemplo, os cursos de pós-gra-
duação lato sensu.
(Lei nº 9.250/1995, art. 8º, II, letra “b”; Lei nº 9.394/1996, 
arts. 4º, 29, 31, 32 e 44; Lei nº 12.796/2013; Lei nº 13.149/2015, 
art. 3º; Instrução Normativa RFB nº 1.500/2014, art. 91, §§ 1º e 4º)
3. DESPESAS NÃO ADMITIDAS
Não podem ser deduzidas como despesas com 
instrução:
a) uniforme, material e transporte escolar, elabo-
ração de dissertação de mestrado ou tese de 
doutorado, contratação de estagiários, com-
putação eletrônica de dados, papel, xerox, 
digitação, tradução de textos, impressão de 
questionários e de tese elaborada, gastos pos-
tais e de viagem;
b) aquisição de enciclopédias, livros, revistas e 
jornais;
c) aulas de música, dança, natação, ginástica, 
tênis, pilotagem, dicção, corte e costura, infor-
mática e assemelhados;
d) cursos preparatórios para concursos ou vesti-
bulares;
e) aulas de idiomas estrangeiros;
f) pagamentos feitos a entidades que tenham 
por objetivo a criação e a educação de meno-
res desvalidos e abandonados;
g) contribuições pagas às Associações de Pais 
e Mestres e às associações voltadas para a 
educação;
h) o valor despendido para pagamento do crédi-
to educativo;
i) passagens e estadas para estudo no Brasil ou 
no exterior.
Nota
O crédito educativo caracteriza-se como empréstimo oneroso, com 
ônus e encargos próprios desses contratos, devendo ser observado o se-
guinte:
a) o valor pago à instituição de ensino, ainda que com recursos do 
crédito educativo, pode ser deduzido como despesa com instrução, 
observados os limites previstos na legislação, no ano do efetivo pa-
gamento à instituição de ensino;
b) o pagamento do empréstimo não pode ser deduzido como despesa 
com instrução.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500/2014, arts. 91, § 9º, 92 
e 93, § 1º)
4. CÔNJUGES QUE APRESENTAM DECLARAÇÃO 
SEPARADAMENTE - DESPESAS COM 
INSTRUÇÃO DE DEPENDENTE COMUM
No caso de apresentação da declaração do 
cônjuge separadamente, somente poderá deduzir 
as despesas com instrução de dependente comum 
o cônjuge que estiver pleiteando a dedução do 
dependente na Declaração de Ajuste e, nesse caso, 
a dedução é admitida mesmo que o recibo esteja em 
nome do outro cônjuge.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500/2014, art. 91, § 7º)
5. DESPESAS PAGAS EM CUMPRIMENTO DE 
ACORDO OU DECISÃO JUDICIAL OU DE 
ESCRITURA PÚBLICA
As despesas com instrução de alimentandos, 
quando realizadas pelo alimentante em virtude de 
cumprimento de decisão judicial ou de acordo homo-
logado judicialmente ou de escritura pública a que 
se refere a Lei nº 13.105/2015 (Código de Processo 
Civil - CPC), arts. 731 a 733, poderão ser deduzidas 
pelo alimentante na determinação da base de cálculo 
18-04 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2020 - Fascículo 18 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
do Imposto de Renda na declaração, observados os 
limites e as condições examinadas neste texto.
(RIR/2018, art. 74, § 3º; Instrução Normativa RFB 
nº 1.500/2014, art. 91, § 3º)
6. DESPESAS COM EDUCAÇÃO DE MENOR POBRE
As despesas com educação de menor pobre 
somente serão dedutíveis quando atendidas, cumula-
tivamente, as seguintes condições:
a) o menor tenha até 21 anos de idade;
b) o contribuinte crie, eduque e detenha a guarda 
judicial do menor.
(RIR/2018, arts. 71, § 1º, IV, e 74, § 2º; Instrução Normativa 
RFB nº 1.500/2014, art. 90, IV)
7. DESPESAS DE INSTRUÇÃO DE DEFICIENTE 
FÍSICO OU MENTAL
As despesas de instrução de deficiente físico ou 
mental são dedutíveis como despesas de instrução, 
podendo, alternativamente, ser deduzidas como 
despesa médica,não sujeita ao limite se a deficiência 
for atestada em laudo médico e o pagamento for efe-
tuado a entidade de assistência a deficientes físicos 
ou mentais.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500/2014, art. 91, § 5º)
8. VALORES REMETIDOS AO EXTERIOR
Podem ser deduzidos apenas os valores relativos 
a despesas de instrução, em estabelecimentos de 
ensino regular, comprovadas por meio de documen-
tação hábil, realizadas no exterior com dependentes, 
observados os requisitos e o limite previstos na legis-
lação.
Os pagamentos efetuados em moeda estrangeira 
devem ser convertidos em dólares dos Estados 
Unidos da América, pelo seu valor fixado pela auto-
ridade monetária do país no qual as despesas foram 
realizadas, na data do pagamento e, em seguida, 
em reais mediante utilização do valor do dólar dos 
Estados Unidos da América, fixado para venda pelo 
Banco Central do Brasil para o último dia útil da pri-
meira quinzena do mês anterior ao do pagamento.
Atente-se que o valor do Imposto de Renda 
Retido na Fonte (IRRF) sobre a remessa não pode 
ser computado como despesa com instrução nem 
pode ser considerado para fins de compensação na 
declaração de rendimentos da pessoa que suporta o 
encargo.
(Instrução Normativa RFB nº 1.500/2014, art. 93)
N
a Legislação Societária
Sociedade limitada unipessoal
 SUMÁRIO
 1. Introdução
 2. Constituição
 3. Documentação exigida
 4. Publicação das decisões do sócio único
 5. Firma
 6. Falecimento do sócio único
 7. Extinção
 8. Distrato social
 9. Modelo de instrumento particular de sociedade 
limitada unipessoal
1. INTRODUÇÃO
A sociedade empresária é aquela que atua da 
maneira prevista no art. 966 do Código Civil, ou seja, 
exerce profissionalmente atividade econômica orga-
nizada para produção ou a circulação de bens ou de 
serviços. Na hipótese de a atividade vir a ser exercida 
na forma de uma sociedade empresária, esta deve 
ser levada a registro perante a Junta Comercial do 
Estado onde se localiza o estabelecimento (art. 967 
do Código Civil).
A sociedade empresária pode assumir a forma 
de sociedade em nome coletivo (arts. 1.039 a 1.044 
do Código Civil); sociedade em comandita simples 
(arts. 1.045 a 1.051 do Código Civil); sociedade limi-
tada (arts. 1.052 a 1.087 do Código Civil); sociedade 
anônima (arts. 1.088 e 1.089 do Código Civil); ou so-
ciedade em comandita por ações (arts. 1.090 a 1.092 
do Código Civil).
18-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2020 - Fascículo 18 IR/LS
Imposto de Renda e Legislação Societária
Manual de Procedimentos
Para sua existência da sociedade empresária 
limitada, é exigida a pluralidade de sócios, e a 
responsabilidade de cada um é limitada, restrita 
ao valor de suas quotas, porém todos respondem 
solidariamente pela integralização do capital social, 
ou seja, os sócios não responderão com seus bens 
pessoais se a empresa não possuir bens suficientes 
para honrar seus compromissos. Entretanto, caso os 
sócios tomem decisões contrárias ao interesse da 
sociedade ou manifestadamente visem a prejudicar 
interesses de terceiros, poderão responder com seus 
bens pessoais para cobrir os prejuízos causados.
No entanto, cabe destacar a criação de um novo 
tipo societário, a sociedade limitada de um sócio, ou 
unipessoal. O art. 7º da Lei nº 13.874/2019 (resultante 
da conversão da Medida Provisória nº 881/2019) 
incluiu os §§ 1º e 2º ao art. 1.052 do Código Civil, 
instituindo a sociedade limitada de um único sócio, ou 
unipessoal, observando o documento de constituição 
do sócio único, no que couber, as disposições sobre 
o contrato social.
Essa importante mudança no direito empresarial 
veio resolver um problema relevante no mercado, que 
afetava diversas sociedades, que acabavam se tor-
nando irregulares por falta de um modelo adequado 
no ordenamento jurídico. Até então, a sociedade limi-
tada poderia exercer suas atividades com um único 
sócio, em caráter incidental e temporário, tão somente 
pelo prazo de 180 dias, em conformidade com o 
art. 1.033, IV, do Código Civil, ou seja, a sociedade 
seria dissolvida pela falta de pluralidade de sócios, 
se não fosse reconstituída nesse prazo, nos casos de 
retirada, exclusão ou morte dos demais sócios. Nessa 
hipótese, ela precisaria ser reestruturada, seja pela 
admissão de novos sócios, ou por sua transformação 
em Empresa Individual de Responsabilidade Limitada 
(Eireli), sob pena de dissolução legal.
Todavia, para a transformação de uma limitada em 
Eireli é preciso observar duas importantes exigências 
específicas relativas ao seu capital social previstas no 
art. 980-A do Código Civil:
a) ser totalmente integralizado no momento de 
sua constituição; e
b) ser superior ao limite mínimo de 100 salários-
-mínimos.
Esses dois fatores eram bastante impactantes na 
continuidade da atividade empresarial, tendo em vista 
o prazo exíguo de 180 dias para sua reconstituição; 
no entanto, com a criação da sociedade unipessoal 
limitada, essas questões foram solucionadas, pois, 
diferentemente da Eireli, em que se exige o capital 
social mínimo de 100 salários-mínimos, e sua integra-
lização total, a sociedade limitada unipessoal pode 
ser aberta com capital social de qualquer valor, por 
exemplo, de R$ 1.000,00.
Assim, é de todo oportuno ressaltar que a inova-
ção legislativa goza de extrema relevância no cenário 
econômico atual, tendo em vista que concede a 
oportunidade de efetiva regularização às sociedades 
empresárias que estejam atualmente irregulares, e, 
assim, em risco de dissolução por motivos, muitas 
vezes, de falta de capital necessário à regularização.
A fim de estabelecer regras específicas para 
sociedade unipessoal limitada, o DREI alterou o 
manual de registro das sociedades limitadas, previsto 
no Anexo II da Instrução Normativa DREI nº 38/2017, 
bem como a Instrução Normativa DREI nº 15/2013, 
que dispõe sobre a formação do nome empresarial.
Neste texto, discorremos sobre os aspectos gerais 
relacionados a esse novo tipo societário.
2. CONSTITUIÇÃO
A sociedade limitada pode ser composta por 
uma ou mais pessoas, sendo que a unipessoalidade 
prevista no § 1º do art. 1.052 do Código Civil pode 
decorrer de constituição originária, saída de sócios 
da sociedade por meio de alteração contratual, bem 
como de transformação, fusão, cisão, conversão, etc.
(Instrução Normativa DREI nº 38/2017, Anexo II, subitem 
1.2, com as alterações da Instrução Normativa DREI nº 69/2019)
3. DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA
As sociedades limitadas com dois ou mais sócios 
podem fazer constar suas decisões de ata de Reunião 
ou de Assembleia de Sócios ou de outro documento 
que contenha a(s) decisão(ões) de todos os sócios. 
Por sua vez, nas sociedades limitadas unipessoais, 
as decisões do sócio único serão refletidas em do-
cumento escrito (instrumento particular ou público) 
subscrito pelo próprio sócio único ou por seu procura-
dor com poderes específicos.
Nota
Não se aplica à sociedade limitada unipessoal o requisito aplicável às 
sociedades limitadas em geral previsto no § 1º no art. 1.074 do Código Civil, 
ou seja, a representação em assembleia por outro sócio ou por advogado.
(Instrução Normativa DREI nº 38/2017, Anexo II, subitem 
2.2, com as alterações da Instrução Normativa DREI nº 63/2019)
18-06 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2020 - Fascículo 18 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
4. PUBLICAÇÃO DAS DECISÕES DO SÓCIO ÚNICO
Somente devem ser publicadas as decisões do 
sócio único da sociedade limitada unipessoal no caso 
de redução de capital quando considerado excessivo 
em relação ao objeto da sociedade (§ 1º do art. 1.084 
do Código Civil).
(Instrução Normativa DREI nº 38/2017, Anexo II, subi-
tem 2.2.1, com as alterações da Instrução Normativa DREI 
nº 63/2019)
4.1 Conteúdo
O documento de decisão deve conter:
a) título do documento;
b) nome, CNPJ e endereço;
c) identificação do(s) sócio(s) e/ou do(s) seu(s) 
procurador(es), se for o caso;
d) decisões;
e) data; e
f) assinatura(s).(Instrução Normativa DREI nº 38/2017, Anexo II, subi-
tem 2.2.3, com as alterações da Instrução Normativa DREI nº 
63/2019 e da Instrução Normativa DREI nº 69/2019)
4.2 Arquivamento
O arquivamento da certidão/cópia da Ata de 
Reunião ou de Assembleia de Sócios e o documento 
que contiver a(s) decisão(ões) do(s) sócio(s), mesmo 
que contenha a aprovação e a transcrição do texto da 
alteração contratual, quando as decisões implicarem 
em alteração contratual, não dispensa o arquivamento 
deste instrumento em separado. Observa-se que 
deverão ser arquivados concomitantemente em pro-
cesso separado.
(Instrução Normativa DREI nº 38/2017, Anexo II, subitem 
2.2.4, com as alterações da Instrução Normativa DREI nº 63/2019)
4.3 Alteração do ato constitutivo
A decisão do sócio único que contiver alteração 
do ato constitutivo pode ser efetivada por instrumento 
público ou particular, independentemente da forma de 
que se houver revestido o respectivo ato de constituição. 
As mudanças em dados pessoais dos sócios, como 
mudanças de nome civil, endereço (inclusive CEP) 
e estado civil, nos atos societários levados a registro, 
podem ser realizadas no preâmbulo, sendo desneces-
sário que conste em cláusulas específicas (redação 
dada pela Instrução Normativa DREI nº 69/2019).
(Instrução Normativa DREI nº 38/2017, Anexo II, subitem 
3.2, com as alterações da Instrução Normativa DREI nº 63/2019 
e da Instrução Normativa DREI nº 69/2019)
5. FIRMA
A firma da sociedade limitada unipessoal deve 
conter o nome civil do sócio único, acrescido da pala-
vra “limitada”, por extenso ou abreviada.
Ainda, em relação à firma, deve-se observar o 
seguinte:
a) o nome civil do sócio único da sociedade limi-
tada unipessoal deve figurar de forma comple-
ta, podendo ser abreviados os prenomes;
b) após o nome civil do titular do sócio único 
da sociedade limitada unipessoal, pode ser 
acrescido, se quiser ou quando já existir nome 
empresarial idêntico ou semelhante, designa-
ção mais precisa de sua pessoa ou de sua ati-
vidade; e
c) não constituem sobrenome e não podem ser 
abreviados: FILHO, JÚNIOR, NETO, SOBRI-
NHO, etc., que indicam uma ordem ou relação 
de parentesco.
(Instrução Normativa DREI nº 15/2013, art. 5º, II, “e” e 
§ 1º, com as alterações da Instrução Normativa DREI nº 63/2019)
5.1 Modificação da firma
A sociedade limitada unipessoal pode modifi-
car a sua firma, devendo ser observadas em sua 
composição as regras da Instrução Normativa DREI 
nº 15/2013. Havendo modificação do nome civil 
do sócio único de sociedade limitada unipessoal, 
averbada no competente Registro Civil das Pessoas 
Naturais, deve ser arquivada alteração com a nova 
qualificação do empresário, do titular ou do sócio, 
devendo ser, também, modificado o nome empresarial.
(Instrução Normativa DREI nº 15/2013, art. 12, caput e 
§ 1º, com as alterações da Instrução Normativa DREI nº 63/2019)
6. FALECIMENTO DO SÓCIO ÚNICO
No caso de falecimento do sócio único, pessoa 
natural, a sucessão dar-se-á por alvará judicial ou na 
partilha, por sentença judicial ou escritura pública de 
partilha de bens.
Já no caso de falecimento de algum dos sócios, 
liquidar-se-á a sua quota salvo se:
a) o contrato dispuser diferentemente;
b) os sócios remanescentes optarem pela disso-
lução da sociedade; ou
c) por acordo com os herdeiros, for regulada a 
substituição do sócio falecido (art. 1.028 do 
Código Civil).
18-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2020 - Fascículo 18 IR/LS
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Enquanto não houver homologação da partilha, 
o espólio é representado pelo inventariante, devendo 
ser juntada a respectiva certidão ou ato de nomeação 
de inventariante ao documento a ser arquivado. No 
caso de alienação, cessão, transferência, transfor-
mação, incorporação, fusão, cisão parcial ou total e 
extinção, bem como nas demais hipóteses em que há 
responsabilidade do espólio, é indispensável a apre-
sentação do respectivo alvará judicial ou escritura 
pública de partilha de bens específico para a prática 
do ato. 
Caso o inventário já tenha sido encerrado, deverão 
ser juntadas ao ato a ser arquivado cópia da partilha 
homologada e certidão de trânsito em julgado. Nessa 
hipótese, os herdeiros serão qualificados e compare-
cerão na condição de sucessores do sócio falecido, 
podendo, no mesmo instrumento, haver o recebimento 
das suas quotas e a transferência a terceiros.
(Instrução Normativa DREI nº 38/2017, Anexo II, subi-
tem 3.2.7, com as alterações da Instrução Normativa DREI 
nº 63/2019)
7. EXTINÇÃO
O ato de extinção de sociedade limitada unipes-
soal deve observar as disposições sobre o distrato do 
contrato social.
(Instrução Normativa DREI nº 38/2017, Anexo II, subitem 
9.2, com as alterações da Instrução Normativa DREI nº 63/2019)
8. DISTRATO SOCIAL
O distrato social pode ser efetivado por escritura 
pública ou instrumento particular, independente-
mente da forma de que se houver revestido o ato de 
constituição. O arquivamento do Distrato Social de 
uma sociedade empresária limitada implica extinção 
das filiais existentes, devendo conter, no mínimo, os 
seguintes elementos:
a) Título (Distrato Social);
b) Preâmbulo, do qual devem constar:
b.1) qualificação completa de todos os sócios 
e/ou representante legal;
b.2) qualificação completa da sociedade (ci-
tar nome empresarial, endereço, NIRE e 
CNPJ);
b.3) qualificação completa da sociedade (ci-
tar nome empresarial, endereço e CNPJ);
b.4) a resolução de promover o distrato social;
c) cláusulas obrigatórias:
c.1) a importância repartida entre os sócios, 
se for o caso;
c.2) referência à pessoa ou pessoas que as-
sumirem o ativo e passivo remanescen-
tes, se houver;
d) indicação do responsável pela guarda dos li-
vros; e
e) fecho, seguido das assinaturas.
(Instrução Normativa DREI nº 38/2017, Anexo II, subitens 
9.2.2, 9.2.3 e 9.2.4, com as alterações da Instrução Normativa 
DREI nº 63/2019)
9. MODELO DE INSTRUMENTO PARTICULAR DE 
SOCIEDADE LIMITADA UNIPESSOAL
A título de exemplo, segue modelo simplificado de 
contrato social de sociedade limitada unipessoal, com 
elementos e dados meramente ilustrativos.
Vale lembrar que o contrato deverá conter assi-
natura de advogado, com a indicação do nome e 
do número de inscrição na OAB/Seccional (o visto é 
dispensado para o contrato social de microempresa 
e de empresa de pequeno porte - art. 1º, § 2º, da 
Lei nº 8.906/1994; art. 9º, § 2º, da Lei Complementar 
nº 123/2006).
INstrumeNto PartIcular de socIedade lImItada uNIPessoal 
FulaNo de tal ltda.
FULANO DE TAL, brasileiro, maior, casado, comerciante, residente e domiciliado nesta capital, na Rua Alfa, 
111, Centro, Estado de São Paulo, portador da Cédula de Identidade RG n° 111.111-1, inscrito no CPF sob o 
nº 111.111.111-11, resolve constituir uma sociedade limitada unipessoal, nos termos do art. 1.052 e seguintes 
do Código Civil (Lei nº 10.406/2002), que se regerá pelas seguintes cláusulas e condições:
CLÁUSULA PRIMEIRA - DA DENOMINAÇÃO: A sociedade, constituída sob a forma de sociedade limitada 
unipessoal, adotará o nome empresarial de FULANO DE TAL LTDA.
18-08 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2020 - Fascículo 18 - Boletim IOB
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CLÁUSULA SEGUNDA- DA SEDE SOCIAL: A sociedade limitada unipessoal terá sua sede social nesta 
Capital, na Rua Beta, 222, Parque da Paz, CEP 22222-222, Estado de São Paulo.
CLÁUSULA TERCEIRA- DO OBJETO SOCIAL: A sociedade limitada unipessoal tem por objeto social a 
exploração do ramo de comércio varejista de produtos alimentícios em geral.
CLÁUSULA QUARTA- DA DURAÇÃO: O prazo de duração é indeterminado, iniciando suas atividades a 
partir do registro do presente instrumento.
CLÁUSULA QUINTA- DO CAPITAL SOCIAL: O capital social é na importância de R$ 10.000,00 (dez mil reais) 
divididos em 10.000 (dez mil) quotas de R$ 1,00 (um real) cada uma, totalmente subscritas e integralizadas pelo 
sócioúnico, em moeda corrente do país, fica assim distribuído:
Sócio único Percentual % Quotas Valor R$
Fulano de tal 100 10.000 10.000,00
Total 100 10.000 10.000,00
PARÁGRAFO PRIMEIRO - A responsabilidade do sócio único é restrita ao valor de suas quotas, não havendo 
responsabilidade solidária pelas obrigações sociais, respondendo, no entanto, pela integralização do capital 
social.
PARÁGRAFO SEGUNDO - Sobre as quotas acima, pesa a cláusula restritiva de incomunicabilidade e impe-
nhorabilidade.
CLÁUSULA SEXTA- A administração da sociedade limitada unipessoal caberá ao sócio único, FULANO DE 
TAL, qualificado no preâmbulo deste instrumento, para o que está dispensado da prestação de caução.
PARÁGRAFO PRIMEIRO - Ao administrador da sociedade limitada unipessoal compete o uso da firma 
e a representação da sociedade, podendo para tanto realizar individualmente todos os atos necessários ou 
convenientes para gerenciar, dirigir e orientar os negócios da sociedade e os assuntos relacionados à mesma, 
podendo abrir, encerrar e movimentar contas bancárias, assumir obrigações, assinar e celebrar contratos, firmar 
compromissos profissionais de âmbito nacional ou internacional, confessar dívidas, fazer acordos, transigir, 
renunciar, desistir, adquirir, alienar e onerar bens imóveis, representar a sociedade perante terceiros, no Brasil 
ou no exterior e perante repartições públicas federais, estaduais, e municipais, autarquias, sociedades de eco-
nomia mista, estabelecimentos bancários, instituições financeiras, caixas econômicas, e respectivas agências, 
filiais, sucursais ou correspondentes, bem como para representar a sociedade ativa e passivamente, em juízo e 
fora dele, bem como para representar a sociedade ativa e passivamente, em juízo e fora dele, podendo ainda, 
constituir mandatários e outorgar procurações com poderes específicos.
PARÁGRAFO SEGUNDO - Faculta-se sócio único administrador, nos limites de seus poderes, constituir 
procuradores em nome da sociedade, devendo ser especificados no instrumento de mandato, os atos e ope-
rações que poderão praticar e a duração do mandato, que, no caso de mandato judicial, poderá ser por prazo 
indeterminado.
CLÁUSULA SÉTIMA - DA REMUNERAÇÃO: O sócio único administrador, fixará uma retirada mensal, a título 
de “pró-labore”, observadas as disposições regulamentares pertinentes.
CLÁUSULA OITAVA - DO DESIMPEDIMENTO: O sócio único administrador declara sob as penas da lei, não 
estar incurso em nenhum dos crimes previstos em lei que o impeça de exercer a administração da sociedade 
em virtude de condenação criminal, nem está sendo processado nem condenado em crime falimentar, de pre-
varicação, peita ou suborno, concussão, peculato, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de 
defesa da concorrência, contra as relações de consumo e a fé pública ou a propriedade.
18-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2020 - Fascículo 18 IR/LS
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CLÁUSULA NONA - Esta sociedade poderá a qualquer tempo, abrir e encerrar filiais, agências e escritórios, 
em qualquer parte do território nacional ou no exterior mediante alteração contratual assinada por todos os 
sócios.
CLÁUSULA DÉCIMA - DO EXERCÍCIO SOCIAL E BALANÇO PATRIMONIAL: Ao término de cada exercício 
social, em 31 de dezembro, será procedido à elaboração do inventário, do balanço patrimonial e do balanço de 
resultado econômico, cabendo sócio único, os lucros ou perdas apuradas.
PARÁGRAFO ÚNICO - Fica a sociedade limitada unipessoal autorizada a levantar balanços ou balancetes 
intermediários em qualquer período do ano calendário, observadas as disposições legais, podendo inclusive, 
distribuir os resultados se houver e se for de interesse do titular, inclusive a obrigação da reposição dos lucros, 
se os mesmos forem distribuídos com prejuízo do capital.
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA - RESOLUÇÃO DAS QUOTAS DO SÓCIO ÚNICO EM RELAÇÃO À 
SOCIEDADE: Falecendo ou interditado o sócio único da sociedade, a empresa continuará suas atividades com 
os herdeiros, sucessores e/ou sucessores do incapaz. Não sendo possível ou inexistindo interesse destes, 
o valor de seus haveres será apurado liquidado com base na situação patrimonial da empresa, à data da 
resolução, verificada em balanço especialmente levantado para esse fim.
CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA - DA DISSOLUÇÃO E LIQUIDAÇÃO DA SOCIEDADE: A Sociedade poderá 
ser dissolvida por iniciativa do sócio único, que, nessa hipótese, realizará diretamente a liquidação ou indicará 
um liquidante, ditando-lhe a forma de liquidação. Solvidas as dívidas e extintas as obrigações da sociedade, o 
patrimônio remanescente será integralmente incorporado ao patrimônio do titular.
CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA - Fica eleito o foro desta Comarca para o exercício e o cumprimento dos 
direitos e obrigações resultantes do presente deste contrato, com exclusão de qualquer outro, seja qual for ou 
vier a ser o futuro domicílio do titular.
E por estar assim justo e contratado, assinam o presente instrumento particular em três vias de igual teor, 
juntamente com duas testemunhas e advogado a tudo presentes.
São Paulo, .... de ........................... de ........
________________________
Fulano de tal
________________________
Advogado
OAB/SP nº
________________________
Testemunha 1
________________________
Testemunha 2
N
18-10 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2020 - Fascículo 18 - Boletim IOB
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a IOB Setorial
IndúSTRIA
Cofins/PIS-Pasep - Distinções entre 
produção e fabricação de bens ou produtos 
para fins de créditos das contribuições
1. QUADRO SINÓTICO
É muito comum a utilização dos termos “fabri-
cação” e “produção” como sinônimos. No entanto, 
a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), por 
meio do Parecer Normativo Cosit/RFB nº 5/2018, itens 
30 a 39, estabeleceu sobre a distinção entre os termos 
mencionados.
Vale ressaltar que a distinção entre a “produção” 
e a “fabricação” de bens ou produtos apresenta-se 
muito relevante para fins de creditamento da contri-
buição para o PIS-Pasep e da Cofins, principalmente 
na modalidade de crédito na aquisição de insumos.
O conceito de “fabricação de produtos” deve 
ser analisado com base nas definições de industria-
lização constantes no art. 4º do Regulamento do IPI 
(RIPI/2010). Já a “produção de bens” refere-se às 
atividades que, conquanto não sejam consideradas 
industrialização, promovem a transformação material 
de insumos em um bem novo destinado à venda ou 
o desenvolvimento de seres vivos até alcançarem 
condição de serem comercializados.
No quadro sinótico a seguir, demonstramos os 
principais conceitos relativos ao assunto, conforme as 
particularidades evidenciadas pelo Parecer Normativo 
Cosit/RFB nº 5/2018 e pela Instrução Normativa RFB 
nº 1.911/2019:
Conceitos Exemplos
Fabricação ou 
industrialização
São atividades listadas no Regulamento do IPI, caracteri-
zadas como qualquer operação que modifique a nature-
za, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou 
a finalidade do produto ou o aperfeiçoe para consumo. 
Transformação; beneficiamento; montagem; acondicionamen-
to ou reacondicionamento; renovação ou recondicionamento.
Produção São as atividades que não são consideradas industria-
lização pela legislação do IPI, por disposição normativa 
ou por inadequação típica, e também as que não consti-
tuem revenda de mercadorias.
Preparação de produtos alimentares não acondicionados em 
embalagem de apresentação; operação efetuada fora do es-
tabelecimento industrial, consistente na reunião de produtos, 
peças ou partes e de que resulte edificação (casas, edifícios, 
pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suas coberturas); 
montagem de óculos, mediante receita médica, etc.
Nota
Deverá ser estornado o crédito da contribuição para o PIS-Pasep e da 
Cofins relativo a bens adquiridos para revenda ou utilizados como insumos 
na prestação de serviçose na produção ou fabricação de bens ou produtos 
destinados à venda, que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou 
deteriorados, destruídos em sinistro ou, ainda, empregados em outros produ-
tos que tenham tido a mesma destinação.
2. PRODUÇÃO OU FABRICAÇÃO DE BENS
Para determinação do crédito da contribuição 
para o PIS-Pasep e da Cofins sobre insumos na pro-
dução ou fabricação de bens ou produtos destinados 
à venda, este deve ser analisado de acordo com o 
Regulamento do Imposto sobre Produtos Industriali-
zados (RIPI/2010).
2.1 Fabricação ou industrialização
Caracteriza-se industrialização qualquer ope-
ração que modifique a natureza, o funcionamento, 
o acabamento, a apresentação ou a finalidade do 
produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tais como:
a) transformação: a que, exercida sobre maté-
rias-primas ou produtos intermediários, impor-
te na obtenção de espécie nova;
b) beneficiamento: a que importe em modificar, 
aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o 
funcionamento, a utilização, o acabamento ou 
a aparência do produto;
c) montagem: a que consista na reunião de pro-
dutos, peças ou partes e de que resulte um 
novo produto ou unidade autônoma, ainda que 
sob a mesma classificação fiscal;
d) acondicionamento ou reacondicionamento: 
a que importe em alterar a apresentação do 
produto, pela colocação da embalagem, ainda 
que em substituição da original, salvo quando 
a embalagem colocada se destine apenas ao 
transporte da mercadoria; ou
e) renovação ou recondicionamento: a que, exer-
cida sobre produto usado ou parte remanes-
cente de produto deteriorado ou inutilizado, 
renove ou restaure o produto para utilização.
Atente-se que são irrelevantes para caracteri-
zar a operação como industrialização o processo 
utilizado para obtenção do produto, a localização e 
18-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2020 - Fascículo 18 IR/LS
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as condições das instalações ou dos equipamentos 
empregados. Portanto, tratando-se de “fabricação de 
produtos” para fins das referidas contribuições, deve 
ser conduzido ao conceito e às hipóteses de indus-
trialização firmadas na legislação do IPI. Assim, deve 
ser entendido por “fabricação de produtos” como 
hipótese específica, e a “produção de bens” como 
hipótese geral.
Nota
Para efeitos da consolidação das normas do PIS-Pasep e da Cofins, a 
Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI) cor-
responde àquela aprovada pelo Decreto nº 8.950/2016. Eventuais alterações 
da TIPI, que acarretem modificação da classificação fiscal dos produtos 
mencionados neste Regulamento, ou em seus Anexos, não afetarão as dis-
posições a eles aplicadas com base na classificação anterior.
(Instrução Normativa RFB nº 1.911/2019, arts. 2º e 3º)
2.2 Produção
A produção de bens refere-se às atividades que 
promovem a transformação de material de insumo 
em um bem novo destinado à venda ou o desenvol-
vimento de seres vivos até alcançarem condição de 
serem comercializados, porém não são consideradas 
industrialização de acordo com o RIPI/2010 (veja 
o subtópico 2.1). Nesse sentido, podemos afirmar 
que se consideram “produção” as atividades que 
promovam a reunião de insumos para produção de 
um bem novo que não sejam consideradas como 
industrialização, mas que podem ser consideradas 
produção de bens para fins de apuração de créditos 
da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins.
A título de exemplo, podemos citar as hipóte-
ses de preparação de produtos alimentares não 
acondicionados em embalagem de apresentação; 
operação efetuada fora do estabelecimento industrial, 
consistente na reunião de produtos, peças ou partes 
e de que resulte edificação (casas, edifícios, pontes, 
hangares, galpões e semelhantes, e suas coberturas); 
montagem de óculos, mediante receita médica, etc.
Portanto, conclui-se que, para o correto enqua-
dramento dos termos “produção” e “fabricação”, 
por exclusão, considera-se “produção” as diversas 
atividades que não são consideradas industrialização 
pela legislação do IPI, por disposição normativa ou 
por inadequação típica, e as que não constituem 
revenda de mercadorias (tópico 4).
2.3 Zona intermediária
Existem atividades que se encontram em zona 
intermediária entre a mera revenda e a produção de 
bens e, em razão disso, oferecem dificuldades de 
interpretação acerca da modalidade de crédito da 
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins a ser apli-
cada à hipótese (aquisição de bens para revenda ou 
de insumos produtivos, incisos I e II do caput do art. 3º 
da Lei nº 10.637/2002, e da Lei nº 10.833/2003). Nes-
ses casos, o enquadramento somente pode ser feito a 
partir da análise do caso concreto para verificação da 
atividade efetivamente desenvolvida.
Como exemplo, podemos citar as atividades 
que promovem o desenvolvimento de seres vivos até 
alcançarem condição de serem comercializados, tais 
como a agricultura, a pecuária, a piscicultura, entre 
outras.
Segundo consta dos votos de diversos ministros 
participantes do julgamento em questão, um dos 
fundamentos para a formação da tese acordada na 
Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça acerca 
do conceito de insumos foi exatamente a asserção de 
que tal conceito influenciaria na concretização da não 
cumulatividade da contribuição para o PIS-Pasep e 
da Cofins, que representaria uma aplicação do prin-
cípio constitucional da capacidade contributiva. Daí, 
evidentemente, padeceria de ilegalidade eventual 
interpretação do inciso II do caput do art. 3º da Lei 
nº 10.637/2002 e da Lei nº 10.833/2003, que res-
tringisse sua aplicação às atividades industriais, 
excluindo-se de seu alcance diversas outras ativi-
dades que promovem a produção de bens, como 
demonstrado anteriormente.
Nesse contexto, a interpretação pugnada (distin-
ção de significados, dos termos “produção” e “fabri-
cação”) é a única capaz de fazer contemplar na não 
cumulatividade das contribuições diversas atividades 
que não são consideradas industrialização pela 
legislação do IPI (por disposição normativa ou por 
inadequação típica) e que também não constituem 
revenda de mercadorias.
(Lei nº 10.637/2002, art. 3º, II; Lei nº 10.833/2003, art. 3º, 
II, § 13; Decreto nº 7.212/2010, arts. 4º e 5º; Parecer Normati-
vo RFB nº 5/2018, itens 7, 30 a 39; Instrução Normativa RFB 
nº 1.911/2019, art. 172, § 1º)
3. CONCEITO DE INSUMOS
O conceito de insumo deve ser aferido à luz dos 
critérios, a seguir:
a) essencialidade: quando o item do qual depen-
da, intrínseca e fundamentalmente, o produto 
ou o serviço:
a.1) constituindo elemento estrutural e in-
separável do processo produtivo ou da 
execução do serviço; ou
a.2) a sua falta lhes prive de qualidade, quan-
tidade e/ou suficiência;
18-12 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2020 - Fascículo 18 - Boletim IOB
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b) relevância: quando é identificável no item cuja 
finalidade, embora não indispensável à elabo-
ração do próprio produto ou à prestação do 
serviço, integre o processo de produção, seja 
pela singularidade de cada cadeia produtiva, 
ou por imposição legal.
Conclui-se, pois, que os critérios da essencialidade 
ou da relevância devem ser analisados considerando-
-se a imprescindibilidade ou a importância de determi-
nado item - bem ou serviço - para o desenvolvimento da 
atividade econômica desempenhada pelo contribuinte.
Nota
O conceito de insumos para fins geradores de créditos da contribuição 
para o PIS-Pasep e da Cofins foi alterado, por força do acórdão do Supe-
rior Tribunal de Justiça (STJ) - REsp 1.221.170/PR, e endossado pelo Parecer 
Normativo RFB nº 5/2018, que considerou o conceito de insumos na forma 
definida pela Instrução Normativa SRF nº 247/2002 e pela Instrução Normativa 
SRF nº 404/2004, ambas da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), 
com propósito restritivo e desvirtuador do alcance legal estatuído no art. 3º, II, 
da Lei nº10.637/2002 e na Lei nº 10.833/2003, que contém rol exemplificativo. 
Com base no venerando acórdão, o conceito de insumo passou a ser aferido à 
luz dos critérios da essencialidade ou relevância, na forma supramencionada.
O advento da Instrução Normativa RFB nº 1.911/2019, que consolidou a 
legislação do PIS-Pasep e da Cofins, dispôs no art. 172 sobre o conceito de 
insumos, assim considerados os bens ou serviços essenciais ou relevantes, 
que integram o processo de produção ou fabricação de bens destinados à 
venda ou de prestação de serviços.
(Lei nº 10.637/2002, art. 3º; Lei nº 10.833/2003, art. 3º; Ins-
trução Normativa RFB nº 1.911/2019, art. 172)
3.1 Atividade comercial
Para fins de apuração de créditos da contribuição 
para o PIS-Pasep e da Cofins, não há insumos na ati-
vidade de revenda de bens, haja vista que, para essa 
atividade, existe a previsão de apuração de créditos 
em relação aos bens adquiridos para revenda. Em 
razão disso, exemplificativamente, não constituem 
insumos geradores de créditos para pessoas jurídicas 
dedicadas à atividade de revenda de bens:
a) combustíveis e lubrificantes utilizados em veí-
culos próprios de entrega de mercadorias;
b) transporte de mercadorias entre centros de 
distribuição próprios;
c) embalagens para transporte das mercadorias, 
etc.
Não obstante, nada impede que a mesma pessoa 
jurídica desempenhe atividades distintas conco-
mitantes, como, por exemplo, “revenda de bens” e 
“produção de bens”, e possa apurar créditos da não 
cumulatividade das contribuições na modalidade 
aquisição de insumos em relação a essa atividade, 
conquanto lhe seja vedada a apuração de tais crédi-
tos em relação àquela atividade.
(Lei nº 10.637/2002, art. 3º, II; Lei nº 10.833/2003, art. 3º, II 
e § 13; Parecer Normativo RFB nº 5/2018, itens 40 a 44; Instru-
ção Normativa RFB nº 1.911/2019, art. 172, § 2º, VII)
3.2 Insumo necessário à produção do insumo
A apuração de créditos da contribuição para o 
PIS-Pasep e da Cofins na modalidade aquisição de 
insumos em relação a dispêndios necessários à pro-
dução de um “bem-insumo” utilizado na produção de 
bem destinado à venda ou na prestação de serviço a 
terceiros (“insumo do insumo”).
Tendo em vista que, no processo de produção 
como um todo, é permitido o crédito das referidas 
contribuições, então retroage no processo produtivo 
de cada pessoa jurídica para alcançar os insumos 
necessários à confecção do “bem-insumo”, desde que 
utilizado na produção de bem destinado à venda ou na 
prestação de serviço a terceiros, beneficiando espe-
cialmente aquelas que produzem os próprios insumos. 
Isso porque o “insumo do insumo” constitui elemento 
estrutural e inseparável do processo produtivo ou da 
execução do serviço, cumprindo o critério da essen-
cialidade para enquadramento no conceito de insumo.
Nota
Essa conclusão, trazida no Parecer Normativo RFB nº 5/2018, é de 
suma importância, uma vez que, até então, sob a premissa de que somen-
te geravam créditos os insumos do bem destinado à venda ou do serviço 
prestado a terceiros, a RFB vinha sendo contrária à geração de créditos em 
relação a dispêndios efetuados em etapas prévias à produção do bem efe-
tivamente destinado à venda ou à prestação de serviço a terceiros (insumo 
do insumo).
(Lei nº 10.637/2002, art. 3º, II; Lei nº 10.833/2003, art. 3º, II, 
§ 13; Parecer Normativo RFB nº 5/2018, itens 45 a 48)
3.3 Bens e serviços utilizados por imposição legal
No conceito de insumos geradores de créditos da 
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, em razão 
de sua relevância, os itens cuja finalidade, embora 
não indispensável à elaboração do próprio produto 
ou à prestação do serviço, integra o processo de 
produção, por imposição legal.
Como itens considerados relevantes em razão de 
imposição legal, podemos citar os equipamentos de 
proteção individual (EPI), que constituem itens destina-
dos a viabilizar a atuação da mão de obra e que são 
considerados essenciais à atividade de uma pessoa 
jurídica prestadora de serviços de mão de obra, tais 
como aqueles fornecidos a trabalhadores alocados pela 
pessoa jurídica nas atividades de produção de bens 
ou de prestação de serviços. Nesses casos, podem 
ser considerados insumos para fins de apuração de 
créditos da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins.
Também são exemplos de itens utilizados no 
processo de produção de bens ou de prestação de 
serviços pela pessoa jurídica por exigência da legis-
lação, que podem ser considerados insumos para fins 
de creditamento da contribuição para o PIS-Pasep e 
da Cofins:
18-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2020 - Fascículo 18 IR/LS
Imposto de Renda e Legislação Societária
Manual de Procedimentos
a) no caso de indústrias: os testes de qualidade de 
produtos produzidos exigidos pela legislação;
b) tratamento de efluentes do processo produtivo 
exigido pela legislação;
c) no caso de produtores rurais: as vacinas apli-
cadas em seus rebanhos exigidas pela legis-
lação, etc.
De outro lado, não podem ser considerados para 
fins de creditamento das contribuições:
a) itens exigidos pela legislação relativos à pes-
soa jurídica como um todo, como alvarás de 
funcionamento, etc.;
b) itens relativos a atividades diversas da produ-
ção de bens ou prestação de serviços.
Nota
Os uniformes fornecidos aos empregados não podem ser considera-
dos insumos, para fins de apuração de créditos da contribuição para o PIS-
-Pasep e da Cofins, salvo se destinados à pessoa jurídica que explore as 
atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção.
(Lei nº 10.637/2002, art. 3º, II e X; Lei nº 10.833/2003, 
art. 3º, II e X; Parecer Normativo RFB nº 5/2018, itens 49 a 54; 
Solução de Consulta Cosit nº 183/2019)
3.4 Gastos realizados após finalização do processo 
de produção
Em regra, somente podem ser considerados 
insumos para fins de apuração de créditos da 
contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins bens e 
serviços utilizados pela pessoa jurídica no processo 
de produção de bens e de prestação de serviços. 
Portanto, excluem-se do conceito de insumos os dis-
pêndios realizados após a finalização do processo de 
produção de bens ou da prestação de serviços, salvo 
exceções justificadas.
Nessas hipóteses, não poderão ser considerados 
insumos os gastos com transporte (frete) de produtos 
acabados (mercadorias) de produção própria entre 
estabelecimentos da pessoa jurídica, para centros 
de distribuição ou para entrega direta ao adquirente, 
como:
a) combustíveis utilizados em frota própria de 
veículos;
b) embalagens para transporte de mercadorias 
acabadas;
c) contratação de transportadoras.
No entanto, pode ocorrer de a legislação especí-
fica de alguns setores exigir a adoção pelas pessoas 
jurídicas de medidas posteriores à finalização da 
produção do bem e anteriores a sua efetiva dispo-
nibilização à venda, como, por exemplo, no caso de 
exigência de testes de qualidade a serem realizados 
por terceiros (por exemplo, o Instituto Nacional de 
Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro), aposi-
ção de selos, lacres, marcas, etc., pela própria pes-
soa jurídica ou por terceiro. Nesses casos, como se 
trata de bens e serviços exigidos da pessoa jurídica 
pela legislação específica de sua área de atuação, 
conclui-se que tais itens são considerados insumos, 
desde que sejam exigidos para que o bem ou serviço 
possa ser disponibilizado à venda ou à prestação.
Assim, somente são considerados insumos bens 
e serviços utilizados pela pessoa jurídica durante o 
processo de produção de bens ou de prestação de 
serviços, excluindo-se de tal conceito os itens utiliza-
dos após a finalização do produto para venda ou a 
prestação do serviço. Todavia, no caso de bens e ser-
viços que a legislação específica exige que a pessoa 
jurídica utilize em suas atividades, a permissão de cre-
ditamento pela aquisição de insumos estende-se aos 
itens exigidos para que o bem produzido ou o serviço 
prestado possa ser disponibilizado para venda, aindaque já esteja finalizada a produção ou prestação.
(Lei nº 10.637/2002, art. 3º, II; Lei nº 10.833/2003, art. 3º, 
II; Parecer Normativo RFB nº 5/2018, itens 55 a 59; Solução de 
Consulta Cosit nº 183/2019)
3.5 Conceitos de custos de produção de bens e de 
prestação de serviços e das despesas: contábil 
e legislação federal
Para entendermos a mecânica do conceito de 
insumos para fins de créditos da contribuição para 
o PIS-Pasep e da Cofins, faz-se necessário entender 
também alguns conceitos contábeis, até porque a 
legislação tributária federal utiliza-os em diversas 
definições e a RFB se vale da contabilidade para 
acompanhar o cumprimento das obrigações tributá-
rias por parte dos sujeitos passivos (cruzamento de 
informações entre ECD, ECF, EFD-Contribuições, etc.).
Após o entendimento firmado pelo STJ, o qual 
fixou critérios próprios para a identificação de insu-
mos que permitem a apuração de créditos da não 
cumulatividade da contribuição para o PIS-Pasep e 
da Cofins, é certo que o conceito de insumos não se 
confunde com o conceito de custos de produção.
De conformidade com o quadro a seguir, é evi-
dente a proximidade da definição entre os custos de 
produção e o conceito de insumos, de maneira que 
a caracterização do item como custo serve de indício 
forte para sua caracterização como insumo. Já em 
relação aos conceitos contábeis e o de insumos, se, de 
um lado, este não se confunde com o de custos de pro-
dução, por outro lado, até mesmo algumas despesas 
podem nele se enquadrar. Veja os conceitos a seguir:
18-14 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2020 - Fascículo 18 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
Imposto de Renda PIS-Pasep/Cofins Contabilidade
O custo de produção dos bens ou dos servi-
ços vendidos compreende, obrigatoriamente 
(RIR/2018, art. 302):
a) o custo de aquisição de matérias-primas e 
de outros bens ou serviços aplicados ou con-
sumidos na produção, observado o disposto 
no art. 301;
b) o custo do pessoal aplicado na produção, 
inclusive de supervisão direta, na manutenção 
e na guarda das instalações de produção;
c) os custos de locação, manutenção e reparo 
e os encargos de depreciação dos bens apli-
cados na produção;
d) os encargos de amortização diretamente 
relacionados com a produção; e
e) os encargos de exaustão dos recursos na-
turais utilizados na produção.
Portanto, considera-se custo de produção 
dos bens ou serviços vendidos quaisquer ou-
tros bens ou serviços aplicados ou consumi-
dos na produção.
Consideram-se insumos os bens e 
serviços utilizados na prestação de 
serviços e na produção ou fabri-
cação de bens ou produtos desti-
nados à venda (veja o conceito de 
insumos no tópico 3).
Para fins contábeis, o custo de produção pode 
abranger algumas despesas (em termos contábeis, 
a despesa faz contraponto ao custo). De acordo com 
as próprias definições de custo e despesa firmadas 
pela contabilidade de custos, são raras as hipóteses 
em que um item classificado como despesa (e não 
custo) possa se enquadrar como insumo, tendo em 
vista a relação de essencialidade ou relevância com 
a produção de bens destinados à venda ou à presta-
ção de serviços.
Conforme o CPC 16 (R1), consideram-se:
a) custo: todos os custos de aquisição e de transfor-
mação, bem como outros custos incorridos para tra-
zer os estoques à sua condição e localização atuais. 
Portanto, o custo é o valor gasto com bens e serviços 
necessários à produção de outros bens e serviços;
b) despesa: itens não incluídos no custo e reconhe-
cidos como despesa do período em que são incorri-
dos, tais como despesas administrativas ou comer-
ciais, de armazenamento, etc.
(Lei nº 10.637/2002, art. 3º, II; Lei nº 10.833/2003, art. 3º, II; Decreto-lei nº 1.598/1977, art. 13, § 1º, “a”; Parecer Normativo RFB 
nº 5/2018, itens 62 a 69)
3.6 Insumos e ativo imobilizado
O art. 3º da Lei nº 10.637/2002 e a Lei nº 10.833/2003 
preveem, ao lado da modalidade de creditamento em 
relação à aquisição de insumos (inciso II), a moda-
lidade de creditamento em relação à aquisição ou à 
construção de ativo imobilizado (inciso VI).
As duas referidas modalidades de creditamento 
diferem substancialmente, visto que:
a) a apuração de créditos relativos à aquisição 
de insumos ocorre com base no valor mensal 
das aquisições; e
b) a apuração referente ao ativo imobilizado ocor-
re, como regra, com base no valor mensal dos 
encargos de depreciação ou de amortização 
do ativo (atualmente, essa regra está bastante 
relativizada pelo creditamento imediato permi-
tido pelo art. 1º da Lei nº 11.774/2008, mas ain-
da permanece a regra geral da modalidade).
(Lei nº 10.637/2002, art. 3º, VI; Lei nº 10.833/2003, art. 3º, 
VI; Parecer Normativo RFB nº 5/2018, itens 70 a 80)
3.7 Mão de obra
Acerca dos dispêndios da pessoa jurídica com 
mão de obra paga a pessoa física, a legislação da 
não cumulatividade da contribuição para o PIS-Pasep 
e da Cofins é expressa em vedar a possibilidade de 
apuração de créditos. Todavia, tratando-se de dispên-
dios da pessoa jurídica com mão de obra, poderão 
gerar créditos nas hipóteses mencionadas nos subtó-
picos a seguir.
3.7.1 Terceirização
É vedado o aproveitamento de crédito da contri-
buição para o PIS-Pasep e da Cofins, cujo pagamento 
for feito pela pessoa jurídica diretamente à pessoa 
física. Diferentemente do que ocorre quando do paga-
mento feito a uma pessoa jurídica contratada para dis-
ponibilizar mão de obra à pessoa jurídica contratante 
(terceirização de mão de obra), caso em que afasta a 
aplicação da mencionada vedação de creditamento.
Nessa hipótese (contratação de pessoa jurídica 
fornecedora de mão de obra), desde que os serviços 
prestados pela pessoa jurídica contratada sejam con-
siderados insumo na forma mencionada no tópico 3 e 
inexistam outros impedimentos normativos, será possí-
vel a apuração de créditos em relação a tais serviços.
Na hipótese de contratação de pessoa jurídica 
fornecedora de mão de obra (terceirização de mão de 
obra), somente se vislumbra que o serviço prestado 
por esta pessoa jurídica (disponibilização de força 
de trabalho) seja considerado insumo se a mão de 
obra cedida for aplicada diretamente nas atividades 
de produção de bens destinados à venda (ou na 
produção de insumos utilizados na produção de tais 
bens - insumo do insumo) ou de prestação de serviços 
desempenhadas pela pessoa jurídica contratante.
Nesse ponto, sempre houve discussão jurídica 
acerca da possibilidade de terceirização da atividade-
-fim da pessoa jurídica. Exatamente por isso, a 
Solução de Consulta Cosit nº 105/2017 esclareceu que 
somente reconhecia como enquadrada no conceito de 
insumos a contratação, em conformidade com a Lei 
nº 6.019/1974, de empresa de trabalho temporário para 
disponibilização de mão de obra temporária utilizada na 
atividade-fim da pessoa jurídica contratante. Entretanto, 
o Supremo Tribunal Federal decidiu, na Arguição de 
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 
18-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2020 - Fascículo 18 IR/LS
Imposto de Renda e Legislação Societária
Manual de Procedimentos
nº 324 e no Recurso Extraordinário nº 958252/MG, 
que “é lícita a terceirização ou qualquer outra forma de 
divisão do trabalho entre pessoas jurídicas distintas, 
independentemente do objeto social das empresas 
envolvidas, mantida a responsabilidade subsidiária da 
empresa contratante”.
Nesses termos, segundo o Parecer Normativo 
Cosit/RFB nº 5/2018, pode-se concluir que, na hipótese 
de contratação de pessoa jurídica fornecedora de mão 
de obra, somente haverá a subsunção ao conceito de 
insumos geradores de créditos da contribuição para 
o PIS-Pasep e da Cofins se a mão de obra cedida 
pela pessoa jurídica contratada atuar diretamente 
nas atividades de produção de bens destinados à 
venda ou de prestação de serviços protagonizadas 
pela pessoa jurídica contratante. Diferentemente, não 
haverá insumos:
a) se a mão de obra cedida pela pessoa jurídicacontratada atuar em atividades-meio da pessoa 
jurídica contratante (setor administrativo, vigi-
lância, preparação de alimentos para funcioná-
rios da pessoa jurídica contratante, etc.); e
b) se, por qualquer motivo, for declarada irregu-
lar a terceirização de mão de obra e reconhe-
cido vínculo empregatício entre a pessoa jurí-
dica contratante e as pessoas físicas.
3.7.2 Dispêndios para a viabilização da mão de 
obra
Na modalidade de creditamento da contribuição 
para o PIS-Pasep e da Cofins pela aquisição de insu-
mos de dispêndios da pessoa jurídica, destinados à 
viabilização da atividade de sua mão de obra:
a) não podem ser considerados insumos para 
fins de apuração de créditos das contribui-
ções os dispêndios da pessoa jurídica com 
itens destinados a viabilizar a atividade da 
mão de obra empregada em seu processo de 
produção de bens ou de prestação de servi-
ços, tais como alimentação, vestimenta, trans-
porte, educação, saúde, seguro de vida, etc. 
(sem prejuízo da modalidade específica de 
creditamento instituída no inciso X do art. 3º da 
Lei nº 10.637/2002 e da Lei nº 10.833/2003);
b) podem ser creditados os itens destinados a via-
bilizar a atividade da mão de obra utilizada em 
qualquer área da pessoa jurídica (produção, 
administração, contabilidade, jurídica, etc.).
Não obstante, as vedações de creditamento não 
se aplicam caso o bem ou serviço sejam especifica-
mente exigidos pela legislação, conforme mencionado 
no tópico 6.
3.7.3 Subcontratação de serviços
Na atividade de prestação de serviços, é recor-
rente que uma pessoa jurídica, contratada por seu 
cliente para uma prestação de serviços principal, 
subcontrate outra pessoa jurídica para a realização 
de parcela dessa prestação. Evidentemente, a sub-
contratação se enquadra no conceito de insumos 
geradores de créditos da contribuição para o PIS- 
-Pasep e da Cofins, pois o serviço subcontratado se 
torna relevante para a prestação principal “pelas sin-
gularidades de cada cadeia produtiva”, nesse caso 
por opção do prestador principal.
(Lei nº 10.637/2002, art. 3º, § 2º, I; Lei nº 10.833/2003, 
art. 3º, § 2º, I; Parecer Normativo RFB nº 5/2018, itens 121 a 137 
e 153 e 154)
3.8 Combustíveis e lubrificantes
Compõem a base de cálculo dos créditos a des-
contar da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins, 
no regime de apuração não cumulativa, os valores das 
aquisições, efetuadas no mês, de bens e serviços, 
utilizados como insumo na produção ou fabricação de 
bens ou produtos destinados à venda:
a) incluem-se os combustíveis e lubrificantes, 
mesmo aqueles consumidos em geradores 
da energia elétrica utilizada nas atividades de 
produção ou fabricação de bens ou de presta-
ção de serviços;
b) não se incluem entre os combustíveis e lubrifi-
cantes de que trata a letra “a” aqueles utiliza-
dos em atividades da pessoa jurídica que não 
sejam a produção ou fabricação de bens e a 
prestação de serviços;
c) consideram-se insumos os combustíveis e lu-
brificantes consumidos em máquinas, equipa-
mentos ou veículos responsáveis por qualquer 
etapa do processo de produção ou fabricação 
de bens ou de prestação de serviços.
(Lei nº 10.637/2002, art. 3º, II; Lei nº 10.833/2003, art. 3º, II; 
Instrução Normativa RFB nº 1.911/2019, art. 171; Parecer Nor-
mativo RFB nº 5/2018, itens 138 a 144)
4. BASE DE CÁLCULO DO CRÉDITO
O valor a ser considerado no cálculo do mon-
tante do crédito da contribuição para o PIS-Pasep e 
da Cofins, referente à aquisição de insumos, a ser 
apurado pela pessoa jurídica beneficiária, será deter-
minado mediante a aplicação da alíquota modal das 
contribuições, em regra geral de 1,65% e de 7,6%, 
respectivamente, sobre o valor de aquisição do bem.
(Lei nº 10.637/2002, art. 3º, II; Lei nº 10.833/2003, art. 3º, II; 
Instrução Normativa RFB nº 1.911/2019, arts. 166 e 167; Pare-
cer Normativo RFB nº 5/2018, itens 155 a 163)
N
18-16 IR/LS Manual de Procedimentos - Abr/2020 - Fascículo 18 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária
a IOB Perguntas e Respostas 
IRPF
DAA - Exercício de 2020, ano-calendário de 2019 - 
Doação de imóvel com cláusula de usufruto
1) Como informar na Declaração de Ajuste Anual 
(DAA) a doação de bens imóveis com cláusula de usu-
fruto?
Na Declaração de Bens e Direitos do donatário, 
no campo “Discriminação”, devem ser informados a 
situação ocorrida, o nome e o Cadastro de Pessoas 
Físicas (CPF) do usufrutuário. No campo “Situação 
em 31/12/2019 (R$)” e também em “Rendimentos 
Isentos e Não tributáveis”, o valor correspondente à 
nua-propriedade.
Além disso, na DAA do doador:
a) se o imóvel doado já era do doador no ano an-
terior à doação, ele deve ser baixado da sua 
Declaração de Bens e Direitos, informando no 
campo “Discriminação” o nome e o CPF do be-
neficiário da doação, bem como, se o usufruto 
foi instituído para terceiros, o nome e o CPF 
do usufrutuário (nessa hipótese, o usufrutuário 
deve informar essa situação na sua Declara-
ção de Bens e Direitos, bem como o nome e o 
CPF do proprietário da nua-propriedade);
b) se o imóvel doado foi adquirido pelo doador 
no ano da doação, ele deve ser incluído em 
sua Declaração de Bens e Direitos, informan-
do no campo “Discriminação” os dados da 
aquisição, o nome e o CPF do beneficiário da 
doação, bem como, se o usufruto foi instituído 
para terceiros, o nome e o CPF do usufrutuário 
(nessa hipótese, o usufrutuário deve informar 
essa situação na sua Declaração de Bens e 
Direitos e, ainda, o nome e o CPF do proprietá-
rio da nua-propriedade).
Em ambos os casos, quando o doador permane-
ceu com o usufruto, essa situação deve ser informada 
em novo item da Declaração de Bens e Direitos, no 
campo “Discriminação”, sem indicação de valor, salvo 
se foi atribuído valor ao usufruto no documento de 
transmissão, correspondente ao valor efetivamente 
pago como parte total da aquisição ou que deve ser 
calculado pela proporção relativa ao usufruto cons-
tante deste documento aplicada sobre o valor total 
declarado ou de aquisição do imóvel doado.
(Perguntas e Respostas IRPF 2020, questão nº 456)
DAA - Exercício de 2020, ano-calendário de 2019 - 
Gastos com mensalidade escolar de sobrinha - Dedução 
como despesa com instrução - Inadmissibilidade
2) Os gastos com educação de sobrinha podem 
ser deduzidos na Declaração de Ajuste Anual (DAA)?
Não. Mesmo que o contrato da escola esteja em 
nome do tio, a legislação do Imposto de Renda não per-
mite a dedução das despesas com instrução efetuadas 
com a sobrinha, por ela não ser considerada sua depen-
dente. A legislação somente permite essa dedução, se o 
titular for detentor da guarda judicial dela. Para requerer 
essa guarda, faz-se necessário requerer judicialmente o 
pedido, e, uma vez concedido, observar os limites indi-
viduais de dedução de R$ 2.275,08 para dependente e 
de R$ 3.561,50 para os gastos com instrução.
(Perguntas e Respostas IRPF 2020, questão nº 383)
DAA - Exercício de 2020, ano-calendário de 2019 - 
Indenização por rescisão de contrato - Informação na 
declaração
3) Como deve ser informada na Declaração de 
Ajuste Anual (DAA) a indenização por rescisão anteci-
pada do contrato de locação recebida por pessoa físi-
ca de outra pessoa física?
A indenização recebida por pessoa física de outra 
pessoa física, por rescisão antecipada da locação, 
é considerada rendimento tributável, e o valor deve 
integrar a base de cálculo do Imposto de Renda 
devido sob a forma do carnê-leão no mês do recebi-
mento e informado na ficha “Rendimentos Tributados 
Recebidos de PF/Exterior” da DAA.
(Perguntas e Respostas IRPF 2020, questão nº 191)
DAA - Exercício de 2020, ano-calendário de 2019 - 
Saque do FGTS e seguro-desemprego - Informação na 
declaração
4) Como informar na Declaração de Ajuste Anua 
(DAA) o saque do FGTS e o seguro-desemprego rece-
bidos após a demissão?
Os valores do saque do FGTS e do seguro-
-desemprego são rendimentos isentos do Imposto de 
Renda , devendo ser informados, respectivamente,na 
linha “04 - Indenizações por rescisão de contrato de 
trabalho, inclusive a título de PDV, e por acidente de 
trabalho; e FGTS”, e na linha “26 - Outros”, da ficha 
“Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”.
(Manual de Preenchimento da DAA 2019)
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