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Manual 3º Setor

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Prévia do material em texto

DANIELA KRONE DOMINSKI
LARISSA GUEDES DOS SANTOS
SIMONE DA SILVEIRA MADALENA
CONTAILIDADE DE EMPRESAS
DIVERSAS II
Manual: Terceiro Setor
Prof. Felipe Webber
Cachoeirinha
2020
Manual 
Entidade Terceiro Setor
	O intuito deste trabalho é apresentar de formar simplificadas as etapas necessárias para a constituição formal de uma entidade do terceiro setor. Estaremos expondo os passos para criação e regularização, este manual contempla os seguintes aspectos: Aspectos societários (registro, documentos, valores, órgãos responsáveis), Aspectos Contábeis (plano de Contas e diretrizes de contabilização por evento), Aspectos de RH (tratamento da folha de pagamento), Aspectos Gerenciais (prestação de contas a órgãos públicos e a Sociedade Civil) e Aspectos Regulatórios (elementos de transformação em OSCIP e obtenção do registro CEBAS).
ASPECTOS SOCIETÁRIOS
1° Passo: Objetivo deTrabalho de Interesse Público
· A união de interesse em comum de um determinado grupo de pessoas (comunidade, bairro, clube, entre outros) que possua como objetivo um trabalho de interesse público em comum estarão aptas a criar uma organização sem fins lucrativos. 
2° Passo: Comissão Organizadora da Entidade, Convocação e Assembléia
· Deve ser formada uma Comissão Organizadora que se responsabilizará por providenciar a documentação necessária e convocaçãoda 1ª Assembléia Geral.
· A convocação deve ser divulgada no mínimo 15 dias antes da data de realização da assembléia, indicando os motivos da reunião que poderão ser: Fundação, Aprovação de Estatuto, Eleição E Posse Á Diretoria.
· A Comissão Organizadora deve providenciar e apresentar na assembleia os documentos: Livro de Presença; Livro de Atas e Anteprojeto do Estatuto. 
3° Passo: Elaboração do Estatuto e Posse da Diretoria
É necessário elaborar o estatuto da entidade, devendo apresentar cláusulas que contemplem os seguintes itens: 
· Nome e sigla da entidade;
· Sede e foro;
· Finalidades e objetivos;
· Se os sócios respondem pelas obrigações da sociedade;
· Quem responde pela entidade;
· Os sócios e seus tipos, entrada e saída, direitos e deveres;
· Poderes, tais como assembléia, diretoria, conselho fiscal;
· Tempo de duração;
· Como os estatutos são modificados;
· Como a entidade é dissolvida;
· Qual o destino do patrimônio, em caso de dissolução.
Deve ser realizada a votação para a escolha da diretoria conforme aprovado no estatuto.
4° Passo:Registro Legal
O registro legal da entidade deve ser realizado no Cartório de Registro Civil dePessoas Jurídicas, em que serão registrados o Livro de Atas, o Estatuto e publicarum extrato dos mesmos, aprovados no Diário Oficial.
Para o registro é necessário os seguintes documentos:
· 3 cópias dos estatutos em papel timbrado
· 3 cópias da Ata de Fundação datilografada, assinadas pelo presidente e demais diretorescom firma reconhecida;
· Livro de atas original;
· Pagamento de taxas do cartório (se houver);
· 3 cópias da Relação Qualificada da Diretoria (nome, cargo, estado civil, nascimento,endereço, profissão, identidade e CPF);
· 3 cópias da relação de sócios fundadores;
· um resumo contendo os principais pontos dos Estatutos, que às vezes, é solicitado pelocartório para que seja apresentado no Diário Oficial.
OBS.: Todos os documentos devem ser originais ou cópias autenticadas, assinado por um Advogado, citando o número de inscrição na OAB;
4° Passo: Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ
Para o devido cadastro junto a Receita Federal o processo pode ser feito pelo site www.redesim.gov.br, os documentos necessários são o DBE/Protocolo de transmissão original e procuração caso o DBE for assinado por procurador.
Primeiramente deverá preencher a FCPJ (Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica) e/ou QSA (Quadro de Sócios e Administradores) de acordo com os dados que constam no estatuto; gravar a FCPJ/QSA, transmiti-la pelo Receitanet ou pelo Aplicativo de Coleta WEB e após imprimir o Recibo de Entrega; anexar o DBE/Protocolo de Transmissão ao processo de constituição da pessoa jurídica encaminhado para ao Cartório de Registro Civil de Pessoa Jurídica conveniada.
Após a validação do processo de constituição pelo Cartório de Registro Civil de Pessoa Jurídica, será disponibilizado no site da Receita Federal,o "Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral" que é o documento hábil para o contribuinte comprovar a condição de inscrito no CNPJ. Esse comprovante de inscrição pode levar em torno de 7 dias úteis para ser emitido.
5° Passo: Demais Registro Órgãos Competentes
Cadastro Previdência Social - Independente de a entidade possuir funcionários, é obrigatória a realização do cadastro na Previdência Social. Para solicitar a matrícula o representante deverá dirigir-se a uma Agência da Previdência mais próxima de seu domínio e solicitar o cadastramento da entidade e de seus representantes legais. O prazo para cadastramento é de 30 dias após a constituição da empresa.
Alvará de Funcionamento - O Alvará de Funcionamento será realizado na Prefeitura,devendo o representante da entidade comparecer munido das seguintes informações: dados pessoais e da entidade, a atividade que irá exercer e em qual endereço deseja estabelecer a atividade. Após é realizado o encaminhamento dos documentos exigidos no setor de licenciamento, tendo o ingresso com um protocolo de Alvará. A retirada do alvará leva em média de 7 a 10 dias úteis dependendo da necessidade e fluxo de processos. Valor da taxa de Licença depende da metragem do imóvel.
Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros - O Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros deverá ser realizado no site do CBM-RS - Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul. Será solicitado o requerimento do Plano de Proteção Contra Incêndios (PPCI), após será emitido, via internet, o Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros (CLCB).A retirada do alvará leva em torno de 30 dias úteis.Taxa de Licença do Corpo de Bombeiros: em média R$200,00.
Licença Ambiental - Alicença ambientaldeverá ser emitida na Secretaria Municipal de Meio Ambiente no município de localização, ondeseráprotocolado os formulários de requerimento juntamente com os documentos de identificação da empresa. O processo de licenciamento é constituído de três tipos de licenças: a LP - Licença Prévia - em que o órgão licenciador irá fazer uma avaliação do local do empreendimento,atestando a sua viabilidade ambiental bem como os critérios para as etapas seguintes; a LI - Licença de Instalação-o licenciador fará o consentimento da construção do empreendimento; e por fim a LO - Licença de Operação -onde será realizado a autorizaçãodo funcionamento da atividade empreendedora.A retirada do comprovante delicença ambientalleva em média de 80 dias úteis. As taxas de Licenciamento Ambiental variam de acordo com o porte, o potencial poluidor do estabelecimento, bem como a fase em que se encontra o processo de licenciamento. 
Licença Sanitária – A licença sanitária deverá ser emitida na Secretaria Municipal de Saúde, no município de localização, devendo apresentar os seguintes documentos:
· Cópia do estatuto com a comprovação do Registro;
· Documento de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) bem como o CNAE pertinente ao seu ramo de atividade;
· Cópia do protocolo do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) no Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS);
· Cópia da Licença Ambiental e do Alvará de Localização.
A emissão dalicença sanitárialeva em torno de 30 dias úteis após o requerimento de licença. Taxa de Licença Sanitária: em média R$124,00.
ASPECTOS CONTÁBEIS
Plano de Contas e diretrizes de contabilização por evento
Entidades sem Finalidade de Lucros: estabelece critérios e procedimentos específicos de avaliação, de reconhecimento das transações e variações patrimoniais, de estruturação das demonstrações contábeis e as informações mínimas a serem divulgadas em notas explicativas de instituições sem finalidade de lucros. Sendo assim, seu resultado superavitário deve ser reinvestido naexecução de suas finalidades.
A contabilidade das Entidades sem a finalidade de lucros deve obedecer aos: 
• Princípios de Contabilidade 
• ITG 2002 (R-1) 
• NBC TG 1000 – Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas ou as normas completas (IFRS completas) naqueles aspectos não abordados por esta Interpretação 
Os registros contábeis devem evidenciar as contas de receitas e despesas, com e sem gratuidade, superávit ou déficit, de forma segregada, identificáveis por tipo de atividade, tais como educação, saúde, assistência social e demais atividades.
Procedimentos Aplicáveis
• Receitas - Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos que resultem em aumento do patrimônio líquido (social) e que não sejam provenientes de aporte dos associados da entidade. A definição de receita abrange tanto receitas propriamente dita como ganhos. A receita surge no curso das atividades ordinárias de uma entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros, dividendos, royalties e aluguéis.
• Despesas - Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou incremento em passivos, que resultem em decréscimo do patrimônio líquido (social) e que não sejam provenientes de distribuição aos associados da entidade.
• As palavras Lucro e Prejuízo não são utilizadas, sendo substituídas por Superavit ou Deficit para apontar desempenho no período.
• Depreciação - Depreciação corresponde, resumidamente, à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos (tangíveis) sujeitos a desgastes ou por perda de utilidade, ou por uso, ou por ação da natureza ou mesmo por obsolescência. Contabilmente, é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo de sua vida útil. Existem várias razões para que as entidades do Terceiro Setor registrem, a cada período, as despesas com depreciação. Conforme já enfatizado, as Normas Brasileiras de Contabilidade
devem ser aplicadas a todo tipo de entidade, incluindo aquelas sem fins econômicos, a começar pelos Princípios de Contabilidade. A não depreciação dos bens patrimoniais tem sido apontada como um dos principais problemas contábeis dos órgãos de regulação.
Doações, Subvenções e outras contribuições
Receitas de doação, contribuição, convênio, parceria, auxílio e subvenção (para aplicação específica) mediante constituição ou não de fundos e as respectivas despesas, devem ser registradas em contas próprias, inclusive as patrimoniais, segregadas das demais contas da entidade. 
Classificação das contas
Conta Capital → Patrimônio Social, integrante do grupo Patrimônio Líquido. 
Lucro ou prejuízo → superávit ou déficit do período. 
Demonstrações contábeis no terceiro setor:
 – Balanço patrimonial ao final do período;
 – Demonstração do resultado do período;
 – Demonstração do resultado abrangente do período;
 – Demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;
 – Demonstração dos fluxos de caixa do período;
 – Demonstração do valor adicionado do período; e
 – Notas explicativas (Onde se destaca os serviços voluntários recebidos e doações, contribuições além das aplicações de recurso detalhados)
Estrutura das demonstrações contábeis 
Destacar que os modelos, ou exemplos de demonstrações como trata a referida ITG, não tem a pretensão de padronizar um modelo único do conjunto das demonstrações contábeis, mas, tão somente, de subsidiar a sua elaboração. 
1. Balanço Patrimonial
2. Demonstração do Resultado do Exercício
3. Demonstração do Resultado Abrangente
4. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
5. Demonstração dos Fluxos de Caixa
6. Demonstração do Valor Adicionado
7. Notas explicativas
(a) contexto operacional da entidade, incluindo a natureza social e econômica e os objevos sociais; (b) os critérios de apuração da receita e da despesa, especialmente com gratuidade, doação, subvenção, contribuição e aplicação de recursos; 
(c) relação dos tributos objeto de renúncia fiscal;
(d) as subvenções recebidas pela entidade, a aplicação dos recursos e as responsabilidades decorrentes dessas subvenções; 
(e) os recursos de aplicação restrita e as responsabilidades decorrentes de tais recursos; 
(f) os recursos sujeitos a restrição ou vinculação por parte do doador; 
(g) eventos subsequentes à data do encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da entidade; 
(h) as taxas de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações em longo prazo; 
(i) informações sobre os seguros contratados;
(j) a entidade educacional de ensino superior deve evidenciar a adequação da receita com a despesa de pessoal, segundo parâmetros estabelecidos pela Lei das Diretrizes e Bases da Educação e sua regulamentação; 
(k) os critérios e procedimentos do registro contábil de depreciação, amortização e exaustão do ativo imobilizado, devendo ser observado a obrigatoriedade do reconhecimento com base em esmava de sua vida útil; 
(l) segregar os atendimentos com recursos próprios dos demais atendimentos realizados pela entidade;
(m) todas as gratuidades praticadas devem ser registradas de forma segregada, destacando aquelas que devem ser utilizadas na prestação de contas nos órgãos governamentais, apresentando dados quantitativos, ou seja, valores dos benefícios, número de atendidos, número de atendimentos, número de bolsistas com valores e percentuais representativos;
(n) a entidade deve demonstrar, comparadamente, o custo e o valor reconhecido quando este valor não cobrir os custos dos serviços prestados. 
Plano de Contas
O modelo de plano de contas a seguir é aplicável às entidades sindicais, associações e clubes, observando que se deve proceder às adaptações necessárias, para que o mesmo satisfaça às exigências específicas de cada entidade. 
1.1 ATIVO CIRCULANTE
1.1.1. Disponibilidades
1.1.1.1. Caixa
1.1.1.2. Bancos conta Movimento
1.1.1.3. Aplicações Financeiras
1.1.2. Créditos de atividades sociais/lazer
1.1.2.1. Mensalidades
1.1.2.2. Promoções
1.1.2.3. Cheques em Cobrança
1.1.3. Almoxarifado
1.1.3.1. Material de escritório
1.1.3.2. Material de limpeza
1.1.3.3. Material esportivo
1.1.3.4. Medicamentos
1.1.4. Adiantamentos a funcionários
1.1.4.1. Adiantamento p/ Viagens
1.1.4.2. Adiantamento p/ Despesas
1.1.4.3. Adiantamento de Salários
1.1.4.4. Adiantamento de 13º Salário
1.1.4.5. Adiantamento de Férias
1.1.5. Adiantamentos a Terceiros
1.1.6. Tributos a Recuperar
1.1.6.1. COFINS a Recuperar
1.1.6.2. PIS a Recuperar
1.1.6.2. CSLL a Recuperar
1.1.7. Despesas a Apropriar
1.1.7.1. Prêmios de Seguros
1.1.7.2. Encargos Financeiros
1.1.7.3. Assinaturas de Publicações
1.1.7.4. Aluguéis e Arrendamentos
1.2. ATIVO NÃO CIRCULANTE
1.2.1. Valores a Receber
1.2.1.1. Créditos c/ Associados
1.2.1.2. Créditos c/ Diretores
1.2.2. Depósitos Judiciais
1.2.3 Investimentos
1.2.3.1 Participações Societárias
1.2.4. Imobilizado
1.2.4.1 Imóveis
1.2.4.2 Móveis e Utensílios
1.2.4.3 Veículos
1.2.4.4 Máquinas e Equipamentos
1.2.4.5 Recursos Naturais
1.2.4.99 (-) Depreciação, Amortização e Exaustão Acumuladas
1.2.5 Intangível
1.2.5.1 Softwares
1.2.5.2 Marcas e Patentes
1.2.5.3 Direitos de Passes de Atletas
1.2.5.99 (-) Amortizações Acumuladas
2.1. PASSIVO CIRCULANTE
2.1.1. Empréstimos e Financiamentos
2.1.2. Fornecedores
2.1.3. Obrigações Tributárias
2.1.3.1. PIS
2.1.3.2. CSLL
2.1.3.3. COFINS
2.1.3.4. IRRF
2.1.3.5. INSS
2.1.3.6. FGTS
2.1.3.7. Contribuição Sindical
2.1.4. Contas a Pagar
2.1.4.1. Salários
2.1.4.2. Honorários
2.1.4.3. Fretes e Carretos
2.1.4.4. Gratificações
2.1.4.5. Aluguéis
2.1.4.6. Energia Elétrica
2.1.4.7. Telefone
2.1.4.8. Água e Esgoto
2.1.4.9. Seguros 2.1.5. Provisões
2.1.5.1. Provisão p/ Férias
2.1.5.2. Provisão p/ 13º Salário
2.1.5.3. Provisão para Verbas Rescisórias
2.2. PASSIVO NÃO CIRCULANTE
2.2.1. Obrigações com Terceiros
2.2.2. TributosParcelados
2.4. PATRIMÔNIO SOCIAL
2.4.1. Fundo Patrimonial
2.4.2. Reservas 2.4.2.1. Imóveis 
ASPECTOS DE RH
Tratamento da folha de pagamento 
Pagamento de serviços 
Todo pagamento deve ser feito através de transferência eletrônica com identificação dos beneficiários. Entretanto, excepcionalmente, pode ser feito através de cheque nominal devidamente justificado na nota explicativa, que se constitui em uma importante e obrigatória demonstração contábil, conforme ITG 2002, aprovada pela Resolução nº 1409/2012, do CFC 
Demonstrativo de pagamento
Atualmente, as associações e as fundações privadas sem fins lucrativos, independentes de atuarem com educação, saúde ou assistência social, são isentas do recolhimento do Imposto de Renda, e da CSLL, desde que cumpram alguns requisitos estabelecidos na legislação. Por isso é necessário que atendam as exigências legais para que não percam estes benefícios, regidos pela Lei nº 9.532/97 (Art. 15), que concede o benefício às instituições de caráter:
· Filantrópico
· Recreativo
· Cultural e científico, e
· As associações civis que prestem serviços para os quais houverem sido instituídas e os coloquem à disposição do grupo de pessoas a quem se destinam, sem fins lucrativos.
Para o gozo da isenção, as instituições estão obrigadas a:
· Não remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos serviços prestados, exceto no caso de associações, fundações ou organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos, cujos dirigentes poderão ser remunerados, desde que atuem efetivamente na gestão executiva e desde que cumpridos os requisitos previstos nos Arts. 3° e 16° da Lei n° 9.790/99 (Lei das OSCIP), respeitados como limites máximos os valores praticados pelo mercado na região correspondente à sua área de atuação, devendo seu valor ser fixado pelo órgão de deliberação superior da entidade, registrado em ata, com comunicação ao Ministério Público, no caso das fundações; 
· Aplicar integralmente seus recursos na manutenção e desenvolvimento dos seus objetivos sociais.
· Manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das formalidades que assegurem a respectiva exatidão;
· Conservar em boa ordem, pelo prazo de cinco anos, contado da data da emissão, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivação de suas despesas, bem assim a realização de quaisquer outros atos ou operações que venham a modificar sua situação patrimonial;
· Apresentar, anualmente, Declaração de Rendimentos, em conformidade com o disposto em ato da Secretaria da Receita Federal;
Previdência social
· É a contribuição social destinada a financiar a seguridade social, de caráter obrigatório, devida pelo empregador, empresa ou entidade a ela equiparada e pelo trabalhador, empregado ou não;
· As entidades que obtenham Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social -CEBAS têm regime especial, podendo desfrutar de isenção de pagamento das contribuições sociais incidentes sobre a remuneração paga ou creditada aos empregados e trabalhadores avulsos, desde que atendam os demais requisitos exigidos pela legislação tributária. 
· Para as que não se enquadram na situação anterior, as contribuições sociais previdenciárias são: I. 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, durante o mês, aos trabalhadores avulsos que lhe prestam serviços. II. para o financiamento dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de acidentes do trabalho, correspondente à aplicação dos seguintes percentuais, de 1%, para risco leve; 2% para risco médio e de 3% para risco de acidentes considerados graves, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos trabalhadores avulsos. III. 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados contribuintes individuais que lhe prestam serviços. IV. 15% (quinze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços, relativamente a serviços que lhe são prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho. 
· A base de cálculo da contribuição previdenciária é o salário de contribuição, sobre o qual incidirá a alíquota correspondente de acordo com a Tabela de Contribuição. 
· Salário de contribuição é a remuneração auferida em uma ou mais empresas, ou seja, a totalidade dos rendimentos que são pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês. 
· A entidade deverá reter e recolher ao Instituto Nacional de Seguridade Social INSS sobre valores pagos ou creditados aos contribuintes individuais (autônomos) que lhe prestem serviço. 
· A alíquota aplicada à remuneração paga, devida ou creditada ao contribuinte individual a seu serviço, observado o limite máximo do salário decontribuição, é de 20% (vinte por cento) quando se tratar de entidade beneficente de assistência social isenta das contribuições sociais patronais. 
· A entidade que não possuir o CEBAS deverá reter e recolher 11% (onze por cento) sobre a remuneração que for paga ao contribuinte individual e recolher 20% (vinte por cento) sobre o total das remunerações pagas no mês a título de cota patronal. 
· É vedado o recolhimento de valor inferior a R$ 10,00 (dez reais). 
· Em geral, a entidade que contratar empresas optantes pelo Simples Nacional não efetuará a retenção dos 11% (onze por cento) sobre a nota fiscal. 
· O prazo de recolhimento do INSS sobre a prestação de serviço é até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência (antecipa-se em caso de dia não útil). 
· A entidade deve preencher e enviar a GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social), referente a prestações de serviços de pessoa física, conforme Lei nº. 8.212, Art 32, IV. 
Modelo de recibo de prestação de serviço Pessoa Física 
• Emitir o RPA, descrevendo os serviços prestados, todos os dados cadastrais do prestador dos serviços, incluindo RG, CPF, PIS, e colher a assinatura do prestador de serviço, pois essas informações serão necessárias no preenchimento da GFIP, DIRF, bem como no fornecimento do informe de rendimentos obrigatórios. 
• No que se refere às legislações trabalhista e previdenciária, a contratação de prestador de serviço com habitualidade poderá ser configurada como vínculo empregatício se a relação apresentar as características próprias para tanto, implicando sérios riscos de ações trabalhistas ou autuações administrativas, sendo necessários cuidados especiais na administração desses casos.
ASPECTOS GERENCIAIS
Prestação de contas a órgãos públicos e a Sociedade Civil
Prestação de contas Todas as entidades privadas sem fins lucrativos que assinarem convênios ou Termo de Parceria com órgãos públicos para executarem políticas públicas, devem observar atentamente estas orientações. Uma prestação de contas é o resultado de como o recurso foi aplicado, pois se o dinheiro foi utilizado respeitando-se o que está escrito no Termo do Convênio e na Legislação, com certeza os responsáveis não terão dificuldades em terem suas contas aprovadas pelo Ministério Público. Fazer prestação de contas é provar com documentos onde foi gasto o dinheiro do Convênio. 
Por isso, é muito importante ficar atento desde o recebimento dos recursos até o momento em que a prestação de contas seja entregue e aprovada. 
Aprendendo a prestar contas:
Os documentos que compõem a Prestação de contas são exigidos pelos Órgãos Públicos interessados, de acordo com seus atos normativos, no entanto, o responsável pela elaboração da Prestação de Contas deve observar quais as exigências de cada Órgão. Portanto, para prestar contas ao Ministério Público as Entidades deverão encaminhar os seguintes documentos:
· Cópias de Convênios ou Termos de Parceria celebrados;
· Cópia do Plano de Trabalho com a aprovação do Órgão repassador do Recurso;
· Cópia do Estatuto e das Atas da entidade;
· Comprovante de inscrição da Pessoa Jurídica junto à Receita Federal;
· Cópias dos extratos bancáriosda conta corrente específica pelo qual foram movimentados os recursos recebidos juntamente com a conciliação bancária no exercício;
· Cópias Notas de Empenho e/ou Subempenho dos recursos recebidos no exercício;
· Cópias das Notas Fiscais ou Cupons Fiscais acompanhados dos respectivos Recibos correspondentes as despesas realizadas com o Convênio ou Termo de Parceria; 
· Cópias das Notas Fiscais Avulsa ou dos Recibos de Prestação de Serviços;
· Cópias da Folha de Pagamento (emissão obrigatória para fins de fiscalização trabalhista e 6 previdenciáriae recibos de pagamento de salários, quando houver relação trabalhista;
· Cópias dos comprovantes de recolhimento dos tributos (guias de recolhimento): ISS, Contribuição Previdenciária (INSS), IRRF e do FGTS, conforme o caso; 
· Cópias de Recibos e Notas Fiscais referentes às despesas efetuadas relacionadas aos serviços voluntários;Cópia do Termo de Adesão ao Serviço Voluntário;Cópias das escriturações contábeis de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas as Entidades sem Fins Lucrativos do Conselho Federal Contabilidade;
A Entidade deverá anexar à Prestação de contas Demonstrativo de Pagamentos relativo a cada parcela recebida do Convênio celebrado, conforme modelo a seguir.
Procedimentos para a entidade seguir na execução do convênio: 
 As entidades devem executar as ações em conformidade com o disposto no Convênio ou Termo de Parceria e no Plano de Trabalho aprovado, não se desviando da finalidade original do acordo entre as partes; 
 Devem realizar a movimentação dos recursos recebidos do ente público em conta bancária específica para o Convênio ou Termo de Parceria; 
 Caso os recursos não sejam imediatamente utilizados na finalidade a que se destinam e a previsão de seu uso seja em período igual ou superior a um mês, deverá a Entidade aplicar os recursos em caderneta de poupança, fundo de aplicação financeira de curto prazo, entre outros, devendo utilizar os rendimentos provenientes da aplicação financeira exclusivamente no objeto do Convênio ou do Termo de Parceria; 
 Observar as disposições contidas na Lei 8.666/93 (Lei de Licitações e Contratos); 
 Sempre solicitar, no mínimo, 03 (três) propostas de preços (elaborar mapa comparativo) para realizar suas compras de forma a assegurar a obtenção do menor preço; 8 Procedimentos para a entidade seguir na execução do convênio: 
 Não admitir práticas atentatórias aos princípios fundamentais da Administração Pública (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência, Probidade Administrativa e Transparência), nas contratações e demais atos praticados, sob pena de suspensão das parcelas; 
 Todos os valores a débito na conta corrente devem corresponder a um comprovante de despesa (nota fiscal e/ou cupom fiscal) de igual valor; 
 As despesas serão comprovadas mediante documentos fiscais, devendo as faturas, recibos, notas fiscais e quaisquer outros documentos comprobatórios serem emitidos em nome do convenente devidamente identificado com referência ao título e número do convênio.
Procedimentos para a entidade seguir quando efetuar os pagamentos das compras ou dos serviços:
 Exigir Nota Fiscal de qualquer material adquirido ou serviço executado; 
 Quando houver Prestação de Serviço a Entidade deverá verificar as situações de retenção e recolhimento do ISS, de acordo com o Código Tributário Municipal vigente;
Modelo de Recibo de Prestação de Serviço:
Procedimentos para a entidade seguir quando efetuar os pagamentos das compras ou dos serviços: 
 A Nota Fiscal deve estar legível e não pode conter erros nem rasuras e deve ser observado o seguinte:
· A Nota Fiscal deve ter a data do dia da compra e o selo fiscal; 
· A entidade deve atestar na Nota Fiscal com carimbo ou escrevendo, o recebimento do material colocando a data e assinando; 
· O pagamento deve ser feito através de cheque nominal; 
· Observar o prazo de validade da nota fiscal que está sendo emitida. Nota fiscal com data vencida, não tem validade e é inidônea;
Procedimentos para a entidade seguir quando houver serviço voluntário:
O serviço voluntário de acordo com a Lei do Voluntariado (Lei nº 9.608/98) é a atividade não remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade;
 As atividades desenvolvidas pelos voluntários são espontâneas e não remuneradas, portanto, não gera vínculo empregatício, nem obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim, desde que assim seja tratado;
Procedimentos para a entidade seguir quando houver serviço voluntário: 
 O Voluntário somente poderá iniciar suas atividades na entidade após a assinatura do Termo de Adesão ao Serviço Voluntário – TASV, devendo nele constar o objeto e as condições em que deve prestar o serviço voluntário; 
 O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que realizar no desempenho das atividades voluntárias, mediante comprovação através de Notas Fiscais, Cupons Fiscais e Recibos. As despesas a serem ressarcidas deverão estar expressamente autorizadas pela entidade no Termo de Adesão; 
 O Termo de Adesão ao Serviço Voluntário deverá elencar de forma detalhada as despesas (alimentação, transporte, etc.) que justifiquem o recebimento de ajuda de custo, conforme modelo.
SICAP 
Sistema de Cadastro e Prestação de Contas 
 A FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – USP) diante da necessidade de fomentar a pesquisa e estudar os aspectos sócioeconômicos das instituições sem fins lucrativos e contribuir para o fortalecimento do Terceiro Setor criou no ano 2000 o Centro de Estudos de Fundações e Entidades de Interesse Social – CEFEIS que desenvolveu o Sistema de Cadastro e Prestação de Contas – SICAP; 
 O SICAP - É o instrumento de coleta de dados e informações, desenvolvido pelo CEFEIS e utilizado por diversos Ministérios Públicos estaduais, no velamento das fundações, conforme dispositivo legal previsto no Art. 66 do Código Civil brasileiro. 
 Devem prestar contas ao Ministério Público, através do programa SICAP, as instituições privadas, classificadas juridicamente como fundações de direito privado e são, ainda, passíveis de prestarem contas ao Ministério Público as Associações e outras entidades de interesse social; 18
 A Entidade deverá utilizar o SICAP Coletor para prestar contas ao Ministério Público do Estado, quando houver Recomendação da Promotoria de Justiça do município onde estiver sediada; 
 Vantagens na utilização do SICAP: 
 Padroniza as prestações de contas; 
 Facilita o preenchimento das prestações de contas; 
 Aumenta a rapidez com que a prestação de contas circula entre a Instituição e o Ministério Público; 
 Colabora na organização das informações da Instituição (contábeis, controle de empregados e voluntariado, relatório de atividades, documentação, entre outros); 
 Recupera parte das informações do ano anterior; 
 Facilita a prestação de contas dos anos seguintes. 
Para obter o Programa do SICAP Coletor basta acessar a página http://www.fundata.org.br e instalar no computador da entidade.
Metodologia de Gestão:
ASPECTOS TRIBUTÁRIOS 
• Não incidência, isenção e imunidade • IMPOSTOS •FEDERAIS - IR, IPI, II, IE, IOF, IOC 
• ESTADUAIS - IPVA, ICMS, ITCMD • MUNICIPAIS - ISS, IPTU, ITBI CONTRIBUIÇÕES - CSLL, COFINS, QUOTA PATRONAL, PIS •SPED – Contábil - ECD – ECF
RECURSOS RESTRITOS OU VINCULADOS 
•RECURSOS PÚBLICOS (Convênios, Termos de Parcerias) •RECURSOS PRIVADOS INCENTIVOS FISCAIS PATROCÍNIOS - ISS •RECURSOS INTERNACIONAIS – ITCMD
CONTROLE CONTÁBIL
• A Contabilidade é um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de sua contabilização
• A entidade deverá criar PLANO DE CONTAS CONTÁBIL, ESPECÍFICO às suas finalidades e em perfeita consonância com seu EstatutoSocial, suas Atividades e às Normas Técnicas. Esse plano deverá contemplar as Receitas, Despesas e Gratuidades de forma segregada e detalhada.
•A ENTIDADE deverá manter um sistema contábil adequado ao porte e ao volume das informações produzidas. Deverá, portanto, investir em bons profissionais e em sistemas que sejam capazes de trazer informações e agregar valores
RELATÓRIO DE GESTÃO
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 
Balanço Patrimonial - Demonstração do Resultado -Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido - Demonstração dos Fluxos de Caixa - Notas Explicativas
ÓRGÃOS CONTROLADORES 
ASSEMBLÉIA GERAL -CONSELHO FISCAL - MINISTÉRIOS RECEITA FEDERAL - INSS 
MINISTÉRIO PÚBLICO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA – www.mj.gov.br
CONSELHO MUNICIPAL ASSISTÊNCIA SOCIAL TRIBUNAL DE CONTAS – www.tce.sp.gov.br
CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO – www.cgu.gov.br
TENDÊNCIAS DE INFORMATIZAÇÃO
 Títulos, Registros e Qualificações 
Sped contábil 
E - Social 
SICONV
 Investidores Sociais – Públicos e Privados -SICAP - COAF – Lei 9.613/98 e 12/683/12 -Lei 12.527/11 – Decreto 7.724/12 artigo 63 - Lei da Transparência 82 83 
CAPTAÇÃO DE RECURSOS 
Estatutos -Regimento Interno - Legislação Aplicável - SICONV 
Tribunal de Contas – IN 2 do TC-SP -Normas de execução e prestação de contas 
Orçamento -Contra-Partida - Contrato/ Convênio
EXECUÇÃO DO CONTRATO 
Planejamento -Contratação de Terceiros - Processo Seletivo - Contrato - Funcionários CLT - Licitações
FINANCEIRO
Desembolsos -Conta corrente específica - Tributos na fonte -Identificação e controle dos desembolsos -Conciliação bancária Permissões legais e contratuais
CONTABILIDADE
Normas e critérios contábeis – Passivo ou Receita -Contabilização de convênios 
Plano de contas -Centros de custos - Conciliações - Balancetes mensais 
Integração com o financeiro
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Padrões -Prazos - Conciliações – Bancos/Contabilidade - Documentos suporte Notas Explicativas -Suporte contábil (diário/razão) - Eficiência na aplicação dos recursos
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Investimento Social -Público - Privado - Associados -Órgãos Reguladores - Órgãos Tributários
Demonstrações Contábeis
Finalidade das Demonstrações Contábeis
As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da posição patrimonial, financeira e do desempenho financeiro de uma entidade. O objetivo das demonstrações contábeis destinadas a atender propósitos gerais é o de proporcionar informações acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho financeiro e dos fluxos de caixa da entidade, demaneira que essas informações sejam úteis a um grande número de classes de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas sobre alocação de recursos.
Para a apresentação adequada, é necessária a representação confiável dos efeitos das transações, outros eventos e condições de acordo com as definições e critérios de reconhecimento para ativos, passivos, receitas e despesas como estabelecidos na Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis (Resolução CFC n.º 1.121/08).
Presume-se que a aplicação das normas, interpretações e comunicados técnicos, com divulgação adicional quando necessária, resulta em demonstrações contábeis que representam apropriadamente o que se propõe a retratar.
Especificamente, o objetivo das demonstrações contábeis destinadas a atender a propósitos gerais sob a ótica do Terceiro Setor deve ser o de proporcionar informação útil para a tomada de decisão e para demonstrar a existência da accountability da entidade quanto aos recursos que lhe foram confiados, fornecendo informações:
(a) sobre fontes, destinação e uso de recursos financeiros;
(b) sobre como a entidade financiou suas atividades e reuniu os recursos financeiros necessários;
(c) que são úteis na avaliação da habilidade da entidade de financiar suas atividades e cumprir com suas obrigações e compromissos;
(d) sobre a condição financeira da entidade e mudanças adotadas que contribuíram para a consolidação dessa condição;
(e) úteis e agregadas para a avaliação do desempenho da entidade em termos de custos
de seus serviços, eficiência e realizações.
Regime de Competência
Com a finalidade de atingir seus objetivos, demonstrações contábeis são preparadas conforme o regime contábil de competência. Segundo esse regime, os efeitos das transações e outros eventos são reconhecidos quando ocorrem (e, não, quando caixa ou outros recursos financeiros são recebidos ou pagos) e são lançados nos registros contábeis e reportados nas demonstrações contábeis dos períodos a que se referem. As demonstrações contábeis preparadas pelo regime de competência informam aos usuários não somente sobre transações passadas envolvendo o pagamento e o recebimento de caixa ou outros recursos financeiros, mas também sobre obrigações de pagamento no futuro e sobre recursos que serão recebidos no futuro. Dessa forma, apresentam informações sobre transações passadas e outros eventos que sejam as mais úteis aos usuários na tomada de decisões econômicas. O regime de competência pressupõe a confrontação entre receitas e despesas.
Pressuposto da Continuidade Normal das Operações
Ao elaborar as demonstrações contábeis, a administração deve fazer uma avaliação da capacidade de a entidade continuar em operação em futuro previsível. A entidade está em continuidade a menos que a administração tenha intenção de cessar suas atividades, ou ainda não possua alternativa realista senão a descontinuação de suas atividades. Ao avaliar se o pressuposto de continuidade é apropriado, a administração deve levar em consideração toda a informação disponível sobre o futuro, que é o período mínimo, mas não limitado, de doze meses a partir da data de divulgação das demonstrações contábeis. Os estatutos das Entidades do Terceiro Setor normalmente disciplinam qual será a destinação do seu patrimônio em caso
de descontinuidade. Via de regra, em caso de descontinuidade, o patrimônio é revertido para outra entidade de finalidade comum, algumas vezes identificada no próprio estatuto. Quando a administração, ao fazer sua avaliação, tiver conhecimento de incertezas relevantes relacionadas com eventos ou condições que possam lançar dúvidas significativas acerca da capacidade de a entidade permanecer em continuidade, essas incertezas devem ser divulgadas.
Quando as demonstrações contábeis não forem elaboradas no pressuposto da continuidade, esse fato deve ser divulgado juntamente com as bases com as quais as demonstrações contábeis foram elaboradas e a razão pela qual não se pressupõe a continuidade da entidade. 
Principais Demonstrações Contábeis
O conjunto completo de demonstrações contábeis das Entidades do Terceiro Setor deve incluir, no mínimo, as seguintes demonstrações:
a) balanço patrimonial ao final do período;
b) demonstração do resultado do período de divulgação;
c) demonstração das mutações do patrimônio líquido para o período de divulgação;
d) demonstração dos fluxos de caixa para o período de divulgação;
e) notas explicativas compreendendo o resumo das políticas contábeis significativas e outras informações explanatórias.
As entidades do Terceiro Setor são incentivadas também a evidenciar informação sobre a conformidade com a legislação, regras ou outras regulamentações impostas externamente. Por exemplo, a entidade imune isenta de impostos e de contribuições para a Seguridade Social são requeridas, para gozo desses benefícios, a apresentarem outras demonstrações contábeis. Para esses casos, a utilização de modelos adotados por outras organizações, inclusive as que exploram atividades econômicas com finalidades lucrativas, pode ser válida.
As entidades do Terceiro Setor podem apresentar informações adicionais para auxiliar os usuários na avaliação do desempenho da entidade e na sua administração dos recursos (ativos), assim como auxiliar os usuários a tomarem decisões e a avaliarem decisões sobre a alocação de recursos. Essa informação adicional pode incluir detalhes sobre os produtos, serviços e resultados da entidade na formade 
(a) indicadores de desempenho, 
(b) demonstrativos de desempenho dos serviços prestados, 
(c) revisões de programas e 
(d) outros relatóriosda gestão sobre as realizações da entidade durante o período evidenciado.
Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial tem por finalidade principal evidenciar a situação financeira e patrimonial da entidade em dado momento. Representa, portanto, uma posição estática. Compõe-se de ativos, passivos e patrimônio líquido.
a) Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido
Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade. O benefício econômico futuro do ativo é o seu potencial de contribuir, direta ou indiretamente, para com o fluxo de caixa e equivalentes de caixa para a entidade. Esses fluxos de caixa podem vir do uso de ativo ou de sua liquidação. Muitos ativos, por exemplo, bens imóveis e imobilizados, têm forma física. Entretanto, a forma física não é essencial para a existência de ativo. Alguns ativos são intangíveis. Ao determinar a existência do ativo, o direito de propriedade não é essencial. Assim, por exemplo, bens imóveis mantidos em regime de arrendamento mercantil são um ativo se a entidade controla os benefícios que se espera que fluam do bem imóvel.
Passivo é uma obrigação atual da entidade como resultado de eventos já ocorridos cuja liquidação se espera resulte na saída de recursos econômicos. Uma característica essencial do passivo é que a entidade tem a obrigação presente de agir ou se desempenhar de certa maneira. A obrigação pode ser uma obrigação legal ou uma obrigação não formalizada (também chamada de obrigação construtiva). A obrigação legal tem força legal como conseqüência de contrato ou exigência estatutária. A obrigação não formalizada (construtiva) é uma obrigação que decorre das ações da entidade quando:
i) por via de um padrão estabelecido por práticas passadas, de políticas publicadas ou de declaração corrente, suficientemente específica, a entidade tenha indicado a outras partes que aceitará certas responsabilidades; e
ii) em consequência disso, a entidade tenha criado uma expectativa válida, nessas outras partes, de que cumprirá com essas responsabilidades.
As obrigações construtivas decorrem de iniciativa da entidade, propondo-se, espontaneamente, a cumprir, não se restringindo às exigências legais, mas as extrapolando. Quase sempre estão relacionadas à responsabilidade social, com o objetivo de proporcionar o bem-estar da comunidade em que a entidade atua ou, também, para manter sua reputação perante a comunidade externa em geral.São exemplos de obrigações construtivas: certos tipos de benefícios aos empregados, não previstos em legislação, mas decorrentes de práticas comuns da entidade, redução de uma contaminação para níveis inferiores aos exigidos pela legislação, porque a entidade considera como sendo de sua responsabilidade fazê-lo.A liquidação de obrigação presente geralmente envolve pagamento em caixa, transferência de outros ativos, prestação de serviços, substituição daquela obrigação por outra obrigação, ou conversão da obrigação em patrimônio líquido. A obrigação pode ser extinta, também, por outros meios, como o credor que renuncia a, ou perde seus direitos.
Patrimônio líquido é o valor residual dos ativos da entidade após a dedução de todos os seus passivos. Ele pode ter subclassificações no balanço patrimonial. Nas Entidades do Terceiro Setor, por exemplo, alguns fundos de capital (endowment), reservas, superávits ou déficits acumulados.
b) Distinção entre Circulante e Não Circulante
A entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos circulantes e não circulantes como grupos de contas separados no Balanço Patrimonial. Qualquer que seja o método de apresentação adotado, para cada item de ativo e de passivo que reúne valores esperados a serem realizados ou pagos: 
(a) em até doze meses após a data-base das demonstrações contábeis e 
(b) mais do que doze meses após a data-base das demonstrações contábeis, a entidade deverá evidenciar o montante esperado a ser realizado ou pago após mais de doze meses.
Quando a entidade fornece bens ou serviços dentro de um ciclo operacional claramente identificável, a classificação separada de ativos e de passivos circulantes no Balanço Patrimonial proporciona informação útil ao distinguir os ativos líquidos que estejam continuamente em circulação como capital circulante dos que são utilizados nas operações de longo prazo da entidade. Essa classificação também deve destacar os ativos que se espera que sejam realizados dentro do ciclo operacional corrente, bem como os passivos que devam ser liquidados dentro do mesmo período.
O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer a qualquer dos seguintes critérios:
(a) espera-se que esse ativo seja realizado ou pretende-se que seja mantido com o propósito de ser vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade;
(b) o ativo está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado;
(c) espera-se que o ativo seja realizado até doze meses após a data das demonstrações contábeis; ou 
(d) o ativo seja caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para liquidação (pagamento) de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze meses após a data das demonstrações contábeis.
Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. 
O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer a qualquer dos seguintes critérios:
(a) espera-se que o passivo seja liquidado (pago) durante o ciclo operacional normal da entidade;
(b) o passivo está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado;
(c) o passivo deve ser liquidado (pago) no período de até doze meses após a data das demonstrações contábeis; ou
(d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação (pagamento) do passivo durante pelo menos doze meses após a data das demonstrações contábeis.
Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes.
c) Instrumentos Financeiros
Os seguintes instrumentos financeiros podem ser considerados como básicos:
(a) caixa;
(b) instrumento de dívida (tal como uma conta, título ou empréstimo a receber ou a pagar) que atenda às condições do item 11.9;
(c) compromisso de receber um empréstimo que:
(i) não pode ser liquidado em dinheiro; e
(ii) quando o compromisso é executado, espera-se que o empréstimo atenda àscondições do item 11.9;
(d) investimento em ações preferenciais não conversíveis e ações ordinárias ou preferenciais não resgatáveis por ordem do portador.
Um instrumento de dívida que satisfaça a todas as condições de (a) a (d) a seguir é contabilizado como instrumento básico se:
(a) retornos ao detentor são:
(i) uma quantia fixa;
(ii) uma taxa de retorno fixa ao longo da vida do instrumento;
(iii) um retorno variável que, por toda a vida do instrumento, é igual a uma taxa de juros observável ou cotada (tal como a Libor); ou
(iv) uma combinação de tal taxa fixa e da taxa variável (tal como a Libor, acrescida de 200 pontos-base), desde que ambas as taxas, fixa e variável, sejam positivas (por exemplo, swap de taxa de juros com taxa fixa positiva e taxa variável negativa não atenderia a este critério). Para retornos de juros de taxa fixa e variável, o juro é calculado, multiplicando-se a taxa aplicável pela quantia principal em aberto durante o período;
(b) não há disposição contratual que possa, por si só, resultar na perda do titular da quantia principal ou quaisquer juros atribuíveis ao período corrente ou aos períodos anteriores. O fato de o instrumento de dívida estar subordinado a outros instrumentos de dívida não é um exemplo de tal disposição contratual;
(c) as disposições contratuais que permitem que o emissor (devedor) pague antecipadamente um instrumento de dívida, ou permitem que o titular (credor) resgate antecipadamente, não são contingentes em relação a eventos futuros;
(d) não há retornos condicionais ou disposiçõesde reembolso, exceto para o retorno da taxa variável descrita em (a) e pelas disposições de pagamento antecipado descritas em (c).
A entidade mensura ativos financeiros básicos e passivos financeiros básicos ao custo amortizado deduzido de perda por redução ao valor recuperável, exceto investimentos em ações preferenciais e ações ordinárias não resgatáveis por decisão do portador que são negociadas em mercados organizados (em bolsa de valores, por exemplo) ou cujo valor justo possa ser mensurado de modo confiável, que são avaliadas a valor justo com as variações do valor justo reconhecidas no resultado;
A entidade geralmente mensura todos os outros ativos financeiros e passivos financeiros a valor justo, com as mudanças no valor justo reconhecidas no resultado.
Demonstração do Resultado e Demonstração do Resultado Abrangente
A Demonstração do Resultado, algumas vezes denominada Demonstração do Desempenho Financeiro ou também Demonstração de Receitas e Despesas, nas Entidades do Terceiros Setor são denominadas, normalmente, Demonstração do Superávit ou Déficit do Período.
Na Demonstração do Resultado, as palavras lucro ou prejuízo devem ser substituídos por superávit ou déficit.
As receitas e as despesas devem ser reconhecidas, mensalmente, respeitando o regime contábil de competência. O recebimento de subvenção, contribuição, doação ou outros instrumentos assemelhados que se destine a cobrir custo ou perda já incorridos, ou com o propósito de dar imediato suporte financeiro, sem custo futuro relacionado, deve ser reconhecido em conta de receita.
a) Receitas e Despesas
Receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de passivos que resultem em aumento do patrimônio líquido (social) e que não sejam provenientes de aporte dos associados da entidade. A definição de receita abrange tanto receitas propriamente dita como ganhos. A receita surge no curso das atividades ordinárias de uma entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros, dividendos, royalties e aluguéis.
Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou incremento em passivos, que resultem em acréscimo do patrimônio líquido (social) e que não sejam provenientes de distribuição aos associados da entidade.
Quanto ao registro contábil, a minuta da NBC TE recomenda:
• a doação, a subvenção, a contribuição para custeio e investimento, bem como a isenção e o incentivo fiscal são contabilizados em conta de receita;
• os registros contábeis devem evidenciar as contas de receitas e despesas, com ou sem gratuidade, superávit ou déficit, de forma segregada, identificáveis por tipo de atividade, tais como educação, saúde, assistência social e demais atividades;
• as receitas e as despesas decorrentes de doação, subvenção e contribuição recebidas para aplicação específica, mediante constituição, ou não, de fundos, devem ser registradas em contas próprias, segregadas das demais contas da entidade;
• todas as gratuidades praticadas devem ser registradas de forma segregada, destacando-se aquelas que devem ser utilizadas em prestações de contas perante os órgãos governamentais;
Quanto ao registro contábil de subvenção e assistência governamental, a NBC TG 07 – Subvenção e Assistência Governamental (Resolução CFC n.º 1.305/10) estabelecem (item 15): O tratamento contábil da subvenção governamental como receita deriva dos seguintes principais argumentos:
(a) uma vez que a subvenção governamental é recebida de uma fonte que não os acionistas e deriva de ato de gestão em benefício da entidade, não deve ser creditada diretamente no patrimônio líquido, mas, sim, reconhecida como receita nos períodos apropriados;
(b) subvenção governamental raramente é gratuita. A entidade ganha efetivamente essa receita quando cumpre as regras das subvenções e cumpre determinadas obrigações. A subvenção, dessa forma, deve ser reconhecida como receita na demonstração do resultado nos períodos ao longo dos quais a entidade reconhece os custos relacionados à subvenção que são objeto de compensação;
(c) assim como os tributos são despesas reconhecidas na demonstração do resultado, é lógico registrar a subvenção governamental, que é, em essência, uma extensão da política fiscal, como receita na demonstração do resultado.
Enquanto não atendidos os requisitos para reconhecimento da receita com subvenção na demonstração do resultado, a contrapartida da subvenção governamental registrada no ativo deve ser feita em conta específica do passivo.
b) Depreciação
Depreciação corresponde, resumidamente, à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos (tangíveis) sujeitos a desgastes ou por perda de utilidade, ou por uso, ou por ação da natureza ou mesmo por obsolescência. Contabilmente, é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo de sua vida útil. O método de depreciação utilizado deve refletir o padrão de consumo pela entidade dos benefícios econômicos futuros; deve ser revisado ao final de cada exercício e, havendo alteração significativa no padrão de consumo previsto, o método deve ser alterado para refletir essa mudança.Vários métodos de depreciação podem ser utilizados para apropriar de forma sistemática o valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método da linha reta, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas.
A despesa de depreciação de cada período deve ser reconhecida diretamente no resultado. A primeira forma de análise é o método da natureza da despesa. As despesas são agregadas na Demonstração do Resultado de acordo com a sua natureza, por exemplo: depreciações, consumos de materiais, despesas com transporte, benefícios aos empregados e despesas de publicidade, não sendo realocadas entre as várias funções dentro da entidade. Esse método pode ser simples de aplicar porque não são necessárias alocações de gastos em classificações funcionais, conforme exemplo a seguir.
Receitas X - Despesas com benefícios a empregados X - Despesas c/ Depreciações e amortizações X - Outras despesas X - Total das despesas (X) -Superávit/Déficit X A segunda forma de análise é o método da função da despesa, classificando-se as despesas de acordo com o programa ou propósito para o qual elas foram incorridas. Esse método pode proporcionar informação mais relevante aos usuários do que a classificação de gastos por natureza, mas a alocação de despesas às funções pode exigir alocações arbitrárias e envolver considerável capacidade de julgamento. A seguir exemplo de classificação pelo método da função das despesas.
Receitas X - Despesas: - Despesas com Saúde (X) - Despesas com Educação (X) Outras despesas (X) - Superávit/Déficit X As despesas associadas às principais funções empreendidas pela entidade são apresentadas separadamente. Nesse exemplo, a entidade tem funções relacionadas ao fornecimento de serviços de saúde e educação. A entidade deve apresentar linhas de itens de despesa para cada uma dessas funções. A escolha entre o método da função das despesas e o método da natureza das despesas depende de fatores históricos e regulatórios e da natureza da entidade. Ambos os métodos proporcionam uma indicação daquelas despesas que podem variar, diretamente e indiretamente, com nível de vendas ou de produção (outputs) da entidade, dado que cada método de apresentação tem seu mérito conforme características de diferentes tipos de entidade. Assim,cabe à administração eleger o método de apresentação mais relevante e confiável. 
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
As alterações no patrimônio líquido da entidade entre duas datas de demonstrações contábeis refletem o aumento ou a redução nos seus valores durante o período. A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido apresenta o resultado (superávit ou déficit) da entidade para um período contábil; os itens de receita e despesa reconhecidosdiretamente no patrimônio líquido no período; os efeitos das mudanças de práticas contábeis e correção de erros reconhecidos no período; os aumentos ou diminuições nos fundos estatutários eventualmente existentes; e as dotações integralizadas pelos associados.
Demonstração dos Fluxos de Caixa
A informação sobre fluxos de caixa proporciona aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar (a) a capacidade da entidade para gerar caixa e seus equivalentes e (b) as necessidades da entidade para utilizar esses fluxos de caixa. Quanto à apresentação dos fluxos de caixa das atividades operacionais, cabe à entidade optar pelo método direto ou pelo método indireto. Pelo método direto, são apresentadas as principais classes de recebimentos brutos e pagamentos brutos. Pelo método indireto, o resultado, superavitário ou deficitário, é ajustado pelos efeitos de quaisquer diferimentos ou apropriações por competência sobre recebimentos de caixa ou pagamentos em caixa operacionais passados ou futuros, e pelos efeitos de itens de receita ou despesa associados com fluxo de caixa das atividades de investimento ou de financiamento. Entretanto, o método direto é recomendado e incentivado pelo IASB.
ASPECTOS REGULATÓRIOS
 ORGANIZAÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PUBLICO (OSCIP) 
É uma qualificação jurídica atribuída a diferentes tipos de entidades privadas atuando em áreas típicas do setor público com interesse social, que podem ser financiadas pelo Estado ou pela iniciativa privada sem fins lucrativos. Ou seja, as entidades típicas do terceiro setor. A OSCIP está prevista no ordenamento jurídico brasileiro como forma de facilitar parcerias e convênios com todos os níveis de governo e órgãos públicos (federal, estadual e municipal) e permite que doações realizadas por empresas possam ser descontadas no imposto de renda.
Para se qualificar como OSCIP, a entidade deve: 
· Não ter fins lucrativos, conforme art. 1º da Lei 9.790/99; 
· Não ter nenhuma das formas de pessoas jurídicas listadas no art. 2º da Lei 9.790/99; 
· Ter objetivos sociais que atendam a pelo menos uma das finalidades estabelecidas no art. 3° da Lei 9.790/99; 
· Expressar em seu estatuto todas as determinações do art. 4° da Lei 9.790/99; 
· Apresentar cópias autenticadas dos documentos exigidos (art. 5º da Lei 9.790/99). A esse respeito ver capítulo 4 adiante. 
Quanto à remuneração de dirigentes, a entidade para se qualificar como OSCIP deve expressar em seu estatuto uma das duas opções possíveis: 
· Não remunera os dirigentes, sob nenhuma forma; 
· Remunera os dirigentes que efetivamente atuam na gestão executiva da entidade ou lhe prestam serviços específicos, de acordo com os valores praticados no mercado da região onde atua. 
Segundo legislação tributária em vigor, se a entidade remunerar seus dirigentes não terá a isenção do Imposto de Renda (Lei 9.532/97).
A entidade que deseje se qualificar como OSCIP deve fazer uma solicitação formal ao Ministério da Justiça, na Coordenação de Outorga e Títulos da Secretaria Nacional de Justiça. 
Anexando ao pedido cópias autenticadas em cartório de todos os documentos relacionados a seguir, conforme art. 5º da Lei 9.790/99: 
· Estatuto registrado em Cartório (ver sugestão de estatuto no Modelo I);
· Ata de eleição de sua atual diretoria; 
· Balanço patrimonial; 
· Demonstração do resultado do exercício; 
· Declaração de Isenção do Imposto de Renda (Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ), acompanhada do recibo de entrega, referente ao ano calendário anterior; 
· Inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes/Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CGC/CNPJ).
Como solicitar a qualificação como OSCIP: A entidade poderá encaminhar seu pedido de qualificação como OSCIP pelo correio ou apresentá-lo ao Protocolo Geral do Ministério da Justiça, que deverá indicar data e hora do recebimento. 
	O endereço é: Ministério da Justiça Secretaria Nacional de Justiça/Coordenação de Outorga e Títulos Esplanada dos Ministérios, Bloco T, Anexo II, Brasília, Distrito Federal, CEP 70064-900. Informações: oscip@mj.gov.br
Certidão de qualificação como OSCIP: Os pedidos de certidão de qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), para fins de Termo de Parceria com o Poder Público deverão ser acompanhados da documentação relacionada abaixo:
· Requerimento assinado pelo representante legal;
· Estatuto registrado em cartório;
· Ata da Assembleia de alteração estatutária, se for o caso;
· Ata da eleição da atual diretoria; 
· Declaração de que a entidade não possui título de Utilidade Pública, OSCIP e OS, todos estaduais ou municipais, Certificação de Entidade Beneficente de Assistência Social em qualquer das áreas de concessão (saúde, educação ou assistência social), ou qualquer outro título ou qualificação incompatível com a legislação. 
· Comprovante CNPJ atual - http://www.receita.fazenda.gov.br/PessoaJuridica/CNPJ/cnpjreva/Cnpjreva_Solicitacao.asp.
A prestação de contas anual da OSCIP (Lei 9.790/99, inciso VII do art. 4º e Decreto 3.100/99, art. 11).
No caso da prestação de contas anual da OSCIP, ela deve ser feita sobre a totalidade das operações patrimoniais e resultados da entidade, devendo ser apresentados os seguintes documentos: 
· Relatório anual de execução de atividades;
· Demonstração de resultados do exercício;
· Balanço patrimonial; 
· Demonstração das origens e aplicações de recursos; 
· Demonstração das mutações do patrimônio social; 
· Notas explicativas das demonstrações contábeis, caso necessário; 
· Parecer e relatório de auditoria independente, somente para os casos em que os recursos recebidos pela OSCIP, por meio de Termos de Parceria, for maior ou igual a R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais). 
Perda ou cancelamento de qualificação como OSCIP: A entidade está sujeita à perda da qualificação como OSCIP, seja pela perda (mediante decisão proferida em processo administrativo ou judicial, de iniciativa popular ou do Ministério Público, no qual serão assegurados, ampla defesa e o devido contraditório ou pelo cancelamento (a pedido ou por ofício)
Quando a entidade solicitar o cancelamento da qualificação a pedido, deverão ser apresentados os seguintes documentos:
· Requerimento de cancelamento assinado pelo representante legal;
· Ata de eleição da atual diretoria registrada em cartório; e
· Declaração quanto ao recebimento de recursos públicos:
- Negativa, informando o não recebimento de recursos público durante o período em que esteve qualificada como OSCIP
ou
- Positiva, caso tenha recebido recursos públicos durante o período em que esteve qualificada como OSCIP, devendo comprovar a transferência do respectivo acervo patrimonial à outra entidade que tenha, de preferência, o mesmo objeto social, nos termos do inciso V do art. 4º da Lei nº 9.790, de 1999..
CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – CEBAS
É uma ação que contribui de maneira efetiva para o processo de inclusão social no país por meio da garantia de oferta de bolsas de estudo, integrais ou parciais, constituindo-se em uma política pública de acesso à Educação Básica e Superior. 
· Concedida no âmbito federal, pelo Conselho Nacional de Assistência Social.
· Possibilita isenção de pagamento da cota patronal de seguridade social; imprescindível para a celebração de convênio com a União; 
· Sua concessão depende da apresentação de vasta documentação, inclusive registro anterior no CNAS e no Conselho Municipal de Assistência Social do município de sua sede e Declaração de Utilidade Pública Federal, entre outros; 
· A entidade deve estar em funcionamento contínuo e efetivo por 3 (três) anos, tendo sido constituída no Brasil; 
· Abrange somente entidades que trabalhem com a promoção da proteção da família, infância, maternidade, adolescência e velhice;
· Amparo às crianças e adolescentes carentes; prevenção, habilitação, reabilitação e integração das pessoas com deficiência; 
· Integração ao mercado de trabalho; assistência educacionalou de saúde; 
· Desenvolvimento da cultura; 
· Atendimento e assessoramento aos beneficiários da Lei Orgânica da Assistência Social; 
· Os dirigentes da entidade não podem ser remunerados; 
· Os fundos públicos são despendidos de forma bastante rígida e o
controle sobre a realização dos objetivos do projeto é exercido em grande parte em relação à forma de aplicação dos recursos; em caso de mal-uso da verba, a responsabilização se dá pela devolução do montante e aplicação de multa.
O objetivo aqui é apresentar orientações básicas para que uma entidade que se interesse em obter ou renovar o CEBAS, de forma ágil, possa estruturar o seu processo com todos os elementos necessários.
1º Passo: Saber se a entidade pode solicitar o CEBAS
Apenas as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, constituídas há pelo menos um ano, e que prestem serviços nas áreas de educação, assistência social e/ou saúde, podem solicitar o CEBAS junto ao ministério responsável por sua área de atuação preponderante.
2º Passo: Verificar qual a área de atuação preponderante
A entidade deve verificar qual a sua área de atuação preponderante (educação, assistência social ou saúde) identificando a atividade na qual aplica o maior volume de recursos.
3º Passo: Apropriar-se das informações básicas a respeito do CEBAS
A página do CEBAS apresenta várias informações importantes das quais a entidade deve se apropriar antes de montar seu requerimento de CEBAS.
É importante que a entidade conheça as principais ferramentas do CEBAS, quais sejam: a legislação, a cartilha explicativa sobre o CEBAS e a calculadora de bolsas (cálculo de gratuidade).
Esse instrumental está disponível na página do CEBAS (http://cebas.mec.gov.br/) e deve ser conhecido por todos que pretendem pleitear o certificado.
Ao apresentar o processo de maneira adequada, a entidade colabora para reduzir o tempo de análise e minimiza a possibilidade de ter o seu processo indeferido.
4º Passo: Cadastrar e manter os dados da entidade atualizados no SisCEBAS
A entidade deve fazer o seu cadastro exclusivamente no Sistema de Certificação de Entidade Beneficente de Assistência Social na Área de Educação – SisCEBAS Educação, disponível no endereço eletrônico http://siscebas.mec.gov.br.
Observar que existe nesta página o Manual do Usuário, onde a entidade encontrará todas as informações sobre como acessar o sistema.  
5º Passo: Prestar informações sobre as instituições educacionais no Censo
Todas as instituições educacionais vinculadas à entidade mantenedora devem prestar informações regularmente ao Censo da Educação Básica e/ou no Censo da Educação Superior do Inep. Para maiores informações a respeito do Censo Educacional, sugere-se acessar o endereço eletrônico http://portal.inep.gov.br/basica-censo , para o Censo da Educação Básica, e http://portal.inep.gov.br/web/censo-da-educacao-superior , para o Censo da Educação Superior.
6º Passo: Juntar os documentos e instruir o processo
Após certificar-se que a entidade está devidamente cadastrada no SisCEBAS e inscrita no Censo de Educação, a entidade deverá reunir os documentos para compor o processo de requisição CEBAS.
A entidade que atua em mais de uma área (educação, assistência social e/ou saúde) deve apresentar em um único processo todos os documentos definidos na legislação, referentes a todas as suas áreas de atuação.
Quais são os documentos essenciais à análise técnica pelo Ministério da Educação?
1. CADASTRO NO SISCEBAS
Efetuar e manter sempre atualizado o cadastro no SisCEBAS (art. 2º da Portaria do Gabinete do Ministro da Educação nº 920, de 20/07/2010).
Atenção: Recomenda- se o uso dos navegadores Mozilla Firefox ou Google Chrome. Caso a entidade encontre alguma dificuldade, recomenda-se registrar demanda no FALE CONOSCO (http://cebas.mec.gov.br) ou na Central de Atendimento do MEC 0800 61 61 61.
2. ATO CONSTITUTIVO DA ENTIDADE
Encaminhar cópia autenticada do ato constitutivo da entidade, devidamente registrado no Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, na forma da lei. Em se tratando de fundações, deverá também ser atendido o art. 62 do Código Civil Brasileiro, que trata da apresentação da escritura pública ou testamento (art. 3º da Lei 12.101/2009 e art. 3º, inciso III, do Decreto nº 7.237/2010).
Atenção: A identificação do Cartório deve constar em todas as folhas dos documentos. A transcrição dos dados de registro devem constar no próprio documento ou em certidão.
Caso o ato constitutivo autenticado conste do cadastro do SisCEBAS, não há necessidade de envio desse documento impresso. Nesse caso é importante que seja possível verificar a originalidade da autenticação.
3. CLÁUSULA DE EXTINÇÃO DA ENTIDADE
No Ato Constitutivo deverá constar cláusula que preveja, em caso de dissolução ou extinção da entidade, a destinação do eventual patrimônio remanescente a entidade sem fins lucrativos congênere ou a entidade pública (art. 3º, inciso II, da Lei nº 12.101/2009).
4. INDICAÇÃO DA CNAE NA ÁREA DA EDUCAÇÃO
Comprovar a inscrição da entidade no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, com indicação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) na área da educação (art. 22, parágrafo único, da Lei nº 12.101/2009 c/c art. 3º, inciso I, e art. 10, §§ 1º a 7º, do Decreto nº 7.237/2010).
Atenção: Para que a entidade faça jus ao CEBAS na área da Educação, é necessário que o código da atividade econômica principal da CNAE, na inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, seja compatível com a área da educação e esteja de acordo com estatuto e as atividades desenvolvidas pela entidade (art. 22, parágrafo único, da Lei nº 12.101/2009; art. 3º, inciso I, e art. 10, §§ 1º a 7º, do Decreto nº 7.237/2010).
5. ATA DE ELEIÇÃO DOS DIRIGENTES DA ENTIDADE
Encaminhar cópia autenticada da ata de eleição do mandato vigente dos dirigentes da entidade, e cópia do instrumento comprobatório de representação legal nos casos em que se aplica (art. 3º, inciso II, do Decreto nº 7.237/2010).
Atenção: Caso a ata atualizada conste do cadastro do SisCEBAS, não há necessidade de envio desse documento impresso.
6. AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Encaminhar a cópia do ato vigente de credenciamento/autorização de funcionamento de todas as instituições de educação vinculadas à mantenedora, tendo em vista atender ao art. 29, inciso II, alínea "a", do Decreto nº 7.237/2010.
Atenção: Esse documento, regularmente expedido pelo órgão normativo do sistema de ensino (Conselho ou Secretaria de Educação), deve conter a autorização de funcionamento da escola, bem como os níveis de ensino que está habilitada a ofertar. É necessário encaminhar o documento que comprove tais informações (autorização, resolução, portaria, ou publicação do Diário Oficial). Salienta-se que não se trata do documento de utilidade pública municipal, nem do alvará de funcionamento.
7. IDENTIFICAÇÃO DO CORPO DIRIGENTE DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Encaminhar a relação com identificação dos integrantes do corpo dirigente de cada instituição de ensino vinculada à mantenedora, destacando a experiência acadêmica e administrativa de cada membro (art. 29, inciso II, alínea "e", do Decreto nº 7.237/2010);
Atenção: A entidade deve descrever a experiência acadêmica e administrativa dos integrantes do corpo dirigente de cada instituição de ensino ou pode optar por encaminhar o currículo desses profissionais.
8. REGIMENTO ESCOLAR DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO
Encaminhar o regimento escolar ou estatuto de todas as instituições de ensino vinculadas à mantenedora (art. 29, inciso II, alínea "d", do Decreto nº 7.237/2010).
9. RELATÓRIO DE ATIVIDADES DESEMPENHADAS PELA MANTENEDORA
Apresentar o relatório de atividades desempenhadas tanto pela mantenedora quanto por todas as suas instituições vinculadas no exercício (ano) anterior ao do protocolo do requerimento (art. 3º, inciso IV, do Decreto nº 7.237/2010);
O Relatório de Atividades deve conter a descrição, de forma clara, das atividades desenvolvidas:
     - Descrição das atividades realizadas(na área de Educação, Assistência Social e Saúde, conforme o caso);
     - Indicação do total de alunos matriculados e das bolsas de estudo integrais e parciais, e demais benefícios destinados a alunos bolsistas durante o período;
     - Montante de recursos destinado a benefícios, ações e serviços de apoio a alunos bolsistas, de forma discriminada;
Atenção: Esse documento dever ser consolidado pela mantenedora, mas deve referir-se a cada uma das instituições mantidas.
10. RELATÓRIO SINTÉTICO DA OFERTA DE GRATUIDADE
Apresentar relatório sintético de concessão de bolsas (por nível de ensino – Educação Básica e Ensino Superior) que contenha o quantitativo de alunos matriculados, pagantes e de bolsistas integrais e parciais (discriminado por tipo de percentual) para a devida apuração da proporção de distribuição de bolsas de estudo referente ao exercício (ano) anterior ao do protocolo do requerimento (art. 13, §1º, art. 13-A e do art.13-B, §1º, inciso I, da Lei n.º 12.101 de 2009, art. 26 do Decreto nº 7.237 de 2010);
Atenção: Esse relatório deve conter as informações sobre o total de alunos matriculados e o quantitativo de bolsas ofertadas, sejam bolsas de 100% e 50% concedidas de acordo com o perfil socioeconômico definido pela legislação CEBAS, e demais bolsas de estudo. Devem ser igualmente informados os recursos destinados a cada tipo de bolsa.
É importante frisar que TODOS os alunos das instituições educacionais que prestem serviços totalmente gratuitos são considerados bolsistas integrais. No entanto, somente os bolsistas selecionados especificamente pelos critérios socioeconômicos, definidos na Lei nº 12.101/2009 e no Decreto nº 8.242/2014, serão os identificados como bolsistas CEBAS.
Compete à entidade de educação avaliar se a condição socioeconômica do aluno candidato à bolsa se enquadra nos critérios definidos em lei, quais sejam: renda familiar per capita que não exceda um salário mínimo e meio, para concessão de bolsas integrais (100%); e renda familiar per capita que não exceda três salários mínimos, para concessão de bolsas parciais (50%). Quaisquer outras formas complementares de seleção do bolsista podem ser definidas a critério da instituição, desde que devidamente explicitadas.
Salienta-se que as entidades de educação que prestem serviços integralmente gratuitos, sem a cobrança de mensalidades/semestralidades/anuidades, TAMBÉM devem adotar os critérios de seleção e as proporções previstas na legislação pertinente ao CEBAS.
11. RELAÇÃO DE BOLSAS DE ESTUDO, DEMAIS AÇÕES SOCIOASSISTENCIAIS E PROGRAMAS DE APOIO A ALUNOS BOLSISTAS
Encaminhar relação de bolsas de estudo, demais ações socioassistenciais e programas de apoio a alunos bolsistas, com identificação precisa dos beneficiários (art. 29, inciso II, alínea "b", do Decreto nº 7.237, de 2010, e art. 35, inciso II, alínea "b", do Decreto nº 8.242, de 2014).
12. ANÁLISE DO PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS ALUNOS BOLSISTAS
Encaminhar os modelos de documentos empregados no processo de seleção de bolsistas e na análise do perfil socioeconômico que esclareçam a metodologia adotada pela instituição para concessão de bolsas (art. 27 do Decreto nº 7.237/2010).
Atenção: Esse documento não possui um formato padrão pré-definido, bastando que a entidade descreva de forma clara quais são os critérios utilizados para selecionar os bolsistas. 
Esse documento poderá ser um edital de seleção, uma ficha de análise socioeconômica, um parecer de profissional da assistência social ou quaisquer outros documentos que demonstrem que a seleção dos bolsistas foi realizada de acordo com os critérios estabelecidos nos arts. 14 e 15 da Lei nº 12.101/2009 e art. 33 do Decreto nº 8.242/2014.
É importante ressaltar que, para o atendimento desse item, não é necessário encaminhar a lista nominal dos alunos que foram contemplados com bolsas.
Compete à entidade de educação avaliar se a condição socioeconômica do aluno candidato à bolsa se enquadra nos critérios definidos em lei, quais sejam: renda familiar per capita que não exceda um salário mínimo e meio, para concessão de bolsas integrais (100%); e renda familiar per capita que não exceda três salários mínimos, para concessão de bolsas parciais (50%). Quaisquer outras formas complementares de seleção do bolsista podem ser definidas a critério da instituição, desde que devidamente explicitadas.
13. REGIME CONTÁBIL ADOTADO
Informar o regime contábil adotado nas práticas contábeis da entidade, para que seja possível a verificação do atendimento às Normas Brasileiras de Contabilidade, em especial a NBC T 10.19.2.1. e ITG 2002 (item 8).
Atenção: É importante observar que, de acordo com a NBC T 10.19.2.1 e ITG 2002 (item 8), as receitas e despesas devem ser reconhecidas, mensalmente, respeitando os Princípios Fundamentais de Contabilidade, em especial o princípio da Oportunidade e o regime de Competência. Esta informação deve ser parte integrante das Notas Explicativas.
14. RELATÓRIOS DE NATUREZA CONTÁBIL
Apresentar Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, Demonstração dos Fluxos de Caixa e Notas Explicativas, todos eles referentes ao exercício (ano) anterior ao do protocolo do requerimento, condizentes com as Normas Brasileiras de Contabilidade e devidamente assinados pelo representante legal da entidade e pelo responsável técnico contábil (conforme inciso I, alínea "b" do art. 29, do Decreto n.º 7.237 de 20 de julho de 2010).
Atenção: A título de contribuição, encaminha-se anexo, em particular, modelo de Demonstração do Resultado do Exercício, que tem por finalidade apenas subsidiar a entidade na confecção da demonstração contábil a fim de que sejam incluídos elementos essenciais à análise técnica pelo Ministério da Educação. O referido modelo não pretende tratar exaustivamente o assunto, nem tampouco impõe uma forma específica de apresentação dos dados.
15. DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL DA GRATUIDADE DE FORMA SEGREGADA
Apresentar demonstrações contábeis contendo as informações de gratuidades de forma segregada, por área de atuação, em contas de receitas e despesas próprias, conforme as Normas Brasileiras de Contabilidade, em especial a NBC T 10.19.2.5 e 10.19.2.6 e ITG 2002, (itens 10, 13, 24 e 26);
Atenção: A escrituração contábil da gratuidade consiste em registrar as receitas, despesas e aplicação de recursos em gratuidade de forma segregada por área de atuação (educação, assistência social e saúde), de modo a evidenciar o patrimônio, as receitas, os custos e as despesas de cada atividade desempenhada.
16. PARECER DE AUDITORIA INDEPENDENTE
Remeter parecer de auditoria independente do exercício em análise, ou seja, ano anterior ao do protocolo do requerimento (art. 29, inciso I, alínea "b" do art. 29, do Decreto n.º 7.237/2010)
Atenção: As entidades cuja receita bruta anual for superior ao limite máximo estabelecido no inciso II do caputdo art. 3o da Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, deverão submeter sua escrituração a auditoria independente realizada por instituição credenciada junto ao Conselho Regional de Contabilidade.
17. RECEITA EFETIVAMENTE RECEBIDA
Para o cálculo da receita efetivamente recebida, deve-se apresentar nas demonstrações contábeis os valores das mensalidades a receber no início e no final do exercício (ano) em análise (art. 13 da Lei 12.101/2009 e/ou art. 10 da Lei 11.096/2005, antes das alterações promovidas pela Lei 12.868/2013.
Atenção: Essa informação deverá ser apresentada apenas por instituições que cobram valores pelos serviços educacionais. Tais valores a receber deverão ser escriturados no Balanço Patrimonial, no grupo do Ativo Circulante ou no grupo do Ativo não Circulante, subgrupo Realizável a Longo Prazo.
18. PLANO DE ATENDIMENTO NA ÁREA DE EDUCAÇÃO
Apresentar o plano de atendimento na área de educação, para o período pretendido de vigência da certificação a ser concedida. Este plano deve indicar as bolsas de estudo a serem concedidas, bem como as possíveis benefícios, ações e serviços de

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