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INTRODUÇÃO AO PLANEJAMENTO DE OBRAS

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UFPB – Departamento de Eng Civil e Ambiental
Período suplementar - 2020
PLANEJAMENTO DE OBRA – MÓDULO 1
Prof. Dr. Claudino Lins Nóbrega Júnior
UFPB – Departamento de Eng Civil e Ambiental
Período suplementar - 2020
1. POR QUE PLANEJAR
 
UFPB – Departamento de Eng Civil e Ambiental
Período suplementar - 2020
CARACTERÍSTICAS DE UM EMPREENDIMENTO:
 Cada empreendimento é único na empresa.
 O terreno muda, a legislação varia, o projeto é diferente ...
 A obra sempre possui objetivos de custos, prazos, qualidade e benefício social.
 Cultura do improviso.
 
VANTAGENS DO PLANEJAMENTO
 a)	Conhecimento total da obra
b)	Identificação de situações desfavoráveis
c)	Agilidade de decisões
d)	Relação como orçamento
e)	Otimização da alocação de recursos
f)	Referência para acompanhamento
g)	Padronização
h)	Referência para metas
i)	Documentação e rastreabilidade
j)	Criação de dados históricos
k)	Profissionalismo
 
UFPB – Departamento de Eng Civil e Ambiental
Período suplementar - 2020
CONHECIMENTO TOTAL DA OBRA
 A elaboração do planejamento impõe ao profissional:
o estudo dos projetos, 
a análise do método construtivo, 
a identificação das produtividades consideradas no orçamento, 
a determinação do período trabalhável em cada frente ou tipo de serviço {área interna, externa, concreto, terraptenagem etc}.
 
UFPB – Departamento de Eng Civil e Ambiental
Período suplementar - 2020
b) IDENTIFICAÇÃO DE SITUAÇÕES DESFAVORÁVEIS
A previsão oportuna de situações desfavoráveis e de indícios de desconformidade permite ao gerente da obra:
tomar providências a tempo, 
adotar medidas preventivas e corretivas, 
tentar minimizar os impactos no custo e no prazo.
 
c) AGILIDADE DE DECISÕES
O planejamento e o controle permitem uma visão real da obra, servindo de base confiável para decisões gerenciais, como:
mobilização e desmobilização de equipamentos, 
redirecionamento de equipes, 
aceleração de serviços, 
introdução do turno da noite, 
aumento da equipe, 
alteração de métodos construtivos, 
terceirização de serviços, 
substituição de equipes pouco produtivas etc.
 
d) RELAÇÃO COM O ORÇAMENTO
Ao usar as premissas de índices, produtividades e dimensionamento de equipes empregadas no orçamento, o engenheiro casa orçamento com planejamento, tornando possível avaliar inadequações e identificar oportunidades de melhoria.
 
e) OTIMIZAÇÃO DA ALOCAÇÃO DE RECURSOS
Por meio da análise do planejamento, o gerente da obra pode jogar com as folgas das atividades e tomar decisões importantes como nivelar recursos, protelar a alocação de determinados equipamentos etc.
O entendimento do conceito de folga é essencial para o engenheiro saber quais tarefas podem ter seu início postergado, em qual data mais tarde se deve mobilizar certo recurso e, também, até quando determinadas despesas podem ser adiadas sem atrasar a obra.
 
f) REFERÊNCIA PARA ACOMPANHAMENTO
O cronograma desenvolvido no planejamento é uma ferramenta importante para o acompanhamento da obra:
Permite comparar o previsto com o realizado. 
Estabelece o planejamento original, planejamento referencial ou linha de base (baseline).
Permite tomar as medidas corretivas cabíveis para retomar a obra para o baseline.
Auxilia na gestão de pessoas — o planejamento é a meta que todos devem seguir na condução de suas tarefas diárias.
 
g) PADRONIZAÇÃO
O planejamento disciplina e unifica o entendimento da equipe, tornando consensual o plano de trabalho da obra e melhorando a comunicação.
A falta de planejamento e controle gera desentendimentos frequentes, porque o engenheiro tem uma obra na cabeça, o mestre outra e o fiscal ainda outra.
 
h) REFERÊNCIA PARA METAS
Programas de metas e bônus por cumprimento de prazos podem ser facilmente instituídos porque há um planejamento referencial bem construído, sobre o qual as metas podem ser definidas.
 
i) DOCUMENTAÇÃO E RASTRABILIDADE
Por gerar registros escritos e periódicos, o planejamento e o controle propiciam a criação de uma história da obra, útil para:
resolução de pendências, 
resgate de Informações, 
elaboração de pleitos contratuais, 
defesa de pleitos de outras partes, 
mediação de conflitos e arbitragem.
A falta de administração contratual é um problema sério nas construtoras. Muitas vezes, as empresas perdem a oportunidade de reivindicar reajustes de prazo e valor por pura falta de registros.
 
j) CRIAÇÃO DE DADOS HISTÓRICOS
O planejamento de uma obra pode servir de base para o desenvolvimento de cronogramas e planos de ataque para obras similares. A empresa passa a ter memória.
k) PROFISSIONALISMO
O planejamento dá ares de seriedade e comprometimento à obra e à empresa. Ele causa boa impressão, inspira confiança nos clientes e ajuda a fechar negócios.
 
O PLANEJAMENTO NÃO É:
 uma técnica de previsão ou predição;
 uma projeção ou repetição do passado;
 uma ação sobre o futuro, visando controlá-lo;
 imutável ou estático;
 determinístico, prescritivo ou reducionista.
UFPB – Departamento de Eng Civil e Ambiental
Período suplementar - 2020
 
DEFICIÊNCIA DAS EMPRESAS:
Uma realidade na construção civil é a ausência ou a inadequação do planejamento das obras. 
Ocorre mais nas obras de pequeno e médio portes, efetuadas por empresas pequenas, por profissionais autônomos, ou mesmo pelos seus proprietários. 
Há empresas que planejam, mas o fazem mal; outras que planejam bem, mas não controlam; e aquelas que funcionam na base da total improvisação. 
UFPB – Departamento de Eng Civil e Ambiental
Período suplementar - 2020
 
CAUSAS DA DEFICIÊNCIA:
As causas da deficiência em planejamento e controle podem ser agrupadas em função dos seguintes aspectos existentes de longa data:
• Planejamento e controle como atividades de um único setor
• Descrédito por falta de certeza nos parâmetros
• Planejamento excessivamente informal
• Mito do tocador de obras
UFPB – Departamento de Eng Civil e Ambiental
Período suplementar - 2020
 
2. SEQUÊNCIA OU ROTEIRO DO PLANEJAMENTO
UFPB – Departamento de Eng Civil e Ambiental
Período suplementar - 2020
 
A sequência no trabalho de planejamento e replanejamento segue sempre a lógica:
Programação
Carregamento
Monitoramento e controle
Sequenciamento de atividades
PLANEJAMENTO
Programação
Carregamento
Sequenciamento
Monitoramento e controle
Quando fazer?
Em que ordem fazer?
Quanto fazer?
As atividades estão 
conforme o plano?
PLANEJAMENTO
2. CARREGAMENTO E ESTIMATIVA DE TEMPO
UFPB – Departamento de Eng Civil e Ambiental
Período suplementar - 2020
 
É a quantidade de trabalho e trabalhadores alocados para um determinado centro/especialidade de trabalho.
CARREGAMENTO
A estimativa de tempo em um determinado trabalho na construção civil se faz com base no tempo médio para desenvolvimento do mesmo trabalhoem experiências anteriores.
ESTIMATIVA DE TEMPO
Na estimativa de tempo deve-se considerar fatores que possam reduzir ou aumentar o tempo do serviço.
Um exemplo de aspecto que pode aumentar o tempo de um serviço é uma planta baixa com maiores dificuldades de execução.
Um exemplo de aspecto que pode reduzir o tempo de um serviço é a inserção de equipamentos mais adequados ao trabalho.
Tempo disponível máximo
TEMPO DISPONÍVEL MÁXIMO PARA O SERVIÇO
 Tempo operacional útil
Perdas
de
qualidade
Equipam.
lento
Falha por
quebra
Equip.
ocioso
Equipamento
não trabalhou
Preparação
e trocas
3. SEQUENCIAMENTO
UFPB – Departamento de Eng Civil e Ambiental
Período suplementar - 2020
É a decisão sobre a ordem em que as tarefas serão executadas.
SEQUENCIAMENTO
As prioridades dadas ao trabalho em uma operação são frequentemente estabelecidas por um conjunto predefinido de regras (restrições ou prioridades).
A natureza física dos materiais e elementos processados pode determinar a prioridade do trabalho.
Por exemplo: A montagem da estrutura precede a execução da alvenaria.
RESTRIÇÕES FÍSICAS
As prioridades são dadas a montagem de uma unidade cujo consumidor esteja contrariado, por exemplo.
PRIORIDADE AO CONSUMIDOR
Priorizar pela data prometida significa que o trabalho á sequenciado de acordo com a data prometida das unidades.
DATA PROMETIDA
As operações podem ser obrigadas a sequenciar seus trabalhos mais longos em primeiro lugar, a fim de terminarem iguais com outras.
PRIORIDADE PARA OPERAÇÃO MAIS LONGA
As 04 prioridades (ou regras) de sequenciamento podem ser utilizadas. Entretanto, sua escolha se faz pelos objetivos:
 atender na data prometida ao consumidor (confiabilidade);
 minimizar o tempo que o trabalho gasta no processo (rapidez);
 minimizar o estoque do material em processo (redução de custo);
 minimizar o tempo ocioso das equipes de trabalho (redução de custo).
ESCOLHA DAS PRIORIDADES DE SEQUENCIAMENTO
4. PROGRAMAÇÃO
UFPB – Departamento de Eng Civil e Ambiental
Período suplementar - 2020
 
	Após determinado a sequência em que o trabalho será desenvolvido, desenvolve-se o cronograma detalhado, mostrando em que momento os trabalhos devem começar e quando eles devem terminar.
PROGRAMAÇÃO
	A atividade de programação é uma das mais complexas tarefas do gerenciamento da obra. Os programadores precisam lidar com diversos aspectos diferentes:
 Clima
 Máquinas com diferentes capacidades
 Operários com diferentes habilidades
 Escassez de material
 Logística de fornecimento para a obra
COMPLEXIDADE NA PROGRAMAÇÃO
5. ROTEIRO DO PLANEJAMENTO DE ACORDO COM DÓREA MATTOS (2010)
UFPB – Departamento de Eng Civil e Ambiental
Período suplementar - 2020
 
	ROTEIRO DE PLANEJAMENTO
	1. Identificação das atividades
	2. Definição das durações
	3. Definição da precedência
	4. Montagem do diagrama de rede
	5. Identificação do caminho crítico
	6. Geração do cronograma e cálculo das folgas
1. 	IDENTIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES
É a identificação das atividades que integrarão o planejamento e irão compor o cronograma da obra. Se algum serviço não for contemplado, o cronograma ficará inadequado e ocasionará atrasos na obra.
Se identifica as atividades por meio da elaboração da Estrutura Analítica do Projeto (EAP), que é uma estrutura hierárquica, em níveis, mediante a qual se decompõe a totalidade da obra em pacotes de trabalho progressivamente menores. 
CASA
Superestrutura
Paredes
Cobertura
Instalações
Alvenaria
Revestimento
Pintura
Madeiramento
Telhas
Inst. Elétrica
Inst. Hidráulica
Escavação
Sapatas
Infraestrutura
CASA
Fundação
Acabamento
Estrutura
Telhado
Instalações
Alvenaria
Sapatas
Pintura
Revestimento
2. 	DEFINIÇÃO DAS DURAÇÕES
Toda atividade do cronograma tem uma duração associada a ela A duração é a quantidade de tempo — em horas, dias, semanas ou meses — que a atividade leva para ser executada.
Há tarefas que têm duração fixa, independentemente da quantidade de recursos humanos e equipamentos alocados — por exemplo, cura do concreto e outras cuja duração depende da quantidade de recursos. 
Assim, por exemplo, uma atividade pintura pode ser feita por 2 pintores em 20 dias, ou por 4 pintores em 10 dias (o trabalho total é o mesmo: 40 dias de pintor).
A duração depende, portanto, da quantidade de serviço, da produtividade e da quantidade de recursos alocados.
Cabe ao planejador definir a relação prazo/equipe mais conveniente e adotá-la na montagem do cronograma.
Esse passo é de suma importância porque amarra as produtividades estabelecidas no orçamento com as durações atribuídas no planejamento. A obra passa a contar com uma integração orçamento-planejamento.
O ideal é que cada empresa-construtora tenha os registros de produtividade (os chamados indicadores de produtividade) de cada serviço da obra. Esses indicadores são padrões de desempenho para os serviços utilizados comumente.
Utilizando o exemplo de uma construção de uma casa pequena, pode-se elaborar uma planilha de duração de atividades conforme a tabela abaixo:
	Quadro de sequenciamento e duração de atividades		
	Atividade		Duração
	FUNDAÇÃO		
	A	Escavação	1 dia
	B	Sapatas	3 dias
	ESTRUTURA		
	C	Alvenaria	5 dias
	D	Telhado	2 dias
	E	Instalações	9 dias
	ACABAMENTO		
	F	Esquadrias	1 dia
	G	Revestimento	3 dias
	H	Pintura	2 dias
2. 	DEFINIÇÃO DE PRECEDÊNCIA
Consiste no sequenciamento das atividades. A precedência é a dependência entre as atividades ["quem vem antes de quem"), com base na metodologia construtiva da obra.
 
Nessa fase, é importante que a equipe da obra chegue a um consenso sobre a lógica construtiva e a sequência de serviços mais coerente e exequível.
Para cada atividade são atribuídas suas predecessoras imediatas.
A precedência é feita por meio do quadro de sequenciamento. Utilizando novamente o exemplo da obra da casa, podemos elaborar o exemplo de quadro::
	Quadro de sequenciamento			
	Atividade		Duração	Predecessora
	FUNDAÇÃO			
	A	ESCAVAÇÃO	1 dia	-
	B	SAPATAS	3 dias	Escavação
	ESTRUTURA			
	C	ALVENARIA	5 dias	Sapatas
	D	TELHADO	2 dias	Alvenaria
	E	INSTALAÇÕES	9 dias	Sapatas
	ACABAMENTO			
	F	ESQUADRIAS	1 dia	Alvenaria
	G	REVESTIMENTO	3 dias	Telhado, Instalações
	H	PINTURA	2 dias	Esquadrias, Revestimento
Uma vez criado o quadro de sequenciamento com a lógica da obra e a duração de cada atividade, o passo seguinte é a representação gráfica das atividades e suas dependências lógicas por meio de um diagrama de rede.
O diagrama de rede permite a visualização clara do Inter-relacionamento entre as atividades e serve de matriz para o cálculo do caminho crítico e das folgas pela técnica do Gráfico de Gantt e pelo PERT/CPM.

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