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TCC JACKSON PEREIRA

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ARREBATAMENTO: PRÉ, PÓS OU MID TRIBULACIONISTAS?
SANTOS, Jackson Pereira dos
LIMA, Adriano Sousa
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo explorar a diversidade de interpretações sobre o período de tribulação. A pesquisa discorre em torno do arrebatamento, tendo como objetivos específicos esboçar o conceito de tribulação, especificar o conceito de igrejas neopentecostais e comparar as diferentes correntes teológicas sobre o período de tribulação, bem como refletir sobre o porquê que as igrejas neopentecostais têm dificuldades em abordar esses temas. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica fundamentada em poucos referenciais teóricos, visto ser um tema não muito explorado pelos escritores. Teve como base um questionamento realizado num site no qual, segundo a visão de Romildo Ribeiro Soares, fundador da Igreja Internacional da Graça de Deus ao ser questionado: se o arrebatamento pré- tribulacionistas estiver certo então não haverá salvação na grande tribulação? Ele respondeu convictamente dizendo: de todo o modo, o que menos importa é saber se os pré ou pós tribulacionistas estão certos, mas sim estar pronto para ir com o Senhor seja lá quando for o arrebatamento. Dessa maneira, observou-se a importância das igrejas explorarem o conceito de tribulação, comparando as diferentes correntes teológicas sobre este período escatológico.
Palavras - chave: Arrebatamento. Tribulação. Neopentecostalismo.
INTRODUÇÃO
	Para muitos cristãos, quando se fala em arrebatamento, somente sabem relatar sobre a vinda de Jesus, não demonstrando nem um pouco do conhecimento em relação as correntes teológicas existentes sobre o tema. As igrejas nos dias de hoje, pouco se referem à esse tema, principalmente as igrejas neopentecostais, cujas agregam um grande número de fiéis.
	De acordo com o dicionário, o significado de “Arrebatamento” é o efeito ou ação de arrebatar, ou seja; retirar algo repentinamente de um lugar. Porém, este termo é utilizado em diversas situações. Uma das versões mais comuns e conhecida é descrita na Bíblia Sagrada. Se nos basearmos nos estudos de escatologia, o termo “arrebatamento” está relacionado à estudos referentes aos últimos acontecimentos e a segunda vinda de Jesus Cristo.
	Sendo assim, a pesquisa discorre em torno do tema “arrebatamento”, tendo como objetivo maior explorar a diversidade de interpretação sobre o período de tribulação, bem como refletir sobre o porquê que as igrejas neopentecostais têm dificuldades em abordar temas referentes à tribulação.
CONCEITO DE TRIBULAÇÃO
	Segundo o dicionário, o significado de tribulação é: evento ou situação aborrecida, desagradável, aflição, tormento, adversidade, sensação de tristeza, ocasionada por um dissabor ou por um desgosto, dor, infelicidade e amargura.
	O conceito de tribulação mencionado na Bíblia, é de um período de tremendo sofrimento, sendo citado como “a grande tribulação”, retratando os últimos acontecimentos. Praticamente todas as correntes teológicas concordam que haverá um período de grande tribulação, entretanto; divergem em relação à sua cronologia e finalidade.
Como será a grande tribulação?
	Conforme os ensinamentos de Jesus registrados por Mateus(24:25) “E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias”, Jesus nos avisou que a grande tribulação será um período de tormenta tão grande como nunca foi visto desde o início do mundo. Ele ainda ressaltou que se esses dias atribulados não fossem abreviados, ninguém escaparia.
	Analisando esta passagem bíblica, podemos entender que a grande tribulação será muito intensa, porém; também relativamente curta. Em 2 Tessalonicenses (2:3) diz “Ninguém de modo algum vos engane, porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição”. O apóstolo Paulo, também nos orientou sobre esses dias que antecedem a vinda de Cristo alertando sobre o período de intensa apostasia.
	Este período, para ele nada mais é, do que o abandono da fé. Para o apóstolo Pedro, os dias que antecederão a segunda vinda de Cristo serão marcados por pessoas descrentes que zombam da Palavra de Deus.
“Sabendo primeiro isto, que nos últimos dias virão escarnecedores com zombaria andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação” (2 Pedro 3: 3-4).
	Sabemos que esse tipo de comportamento não é algo novo, sempre existiu, porém segundo os apóstolos, irão se intensificar no período final e muitos já estão “frios na fé” pois deixaram de buscar a segunda vinda de Cristo, como os pais apostólicos, os quais divergiam de como se daria a segunda vinda e como seria, entretanto; tinham uma fé, ou seja; uma certeza em seus corações que ela aconteceria em sua época.
	A igreja nos tempos de hoje, precisa voltar a pregar sobre “a segunda vinda de Cristo” e ensinar seus fiéis a estarem preparados para este dia, como os primeiros cristãos.
 Moltmann em um de seus debates com Bloch, diz que “a esperança cristã não é uma utopia da fé”. Pelo contrário, ela apresenta-se a este mundo em direção à verdade. Ela não se alia apenas a esperanças terrenas, mas confia que o bem e a justiça de Deus virão. Por essa razão, ela produz um pensamento crítico sobre o passado e o presente, pois conhece a realidade e sabe que a mesma não se mantém sozinha. Ele afirma:
“A confiança cristã deve encontrar forças para derrubar as imagens de uma esperança utópica, não para se resignar perante a realidade, mas em função da verdadeira miséria do mundo e de horizontes utopicamente fechados. Nos horizontes utopicamente abertos a todas as possibilidades, ela reconhecerá e mostrará o necessário. Dessa forma, a esperança escatológica se torna a força impulsionadora da história para a criação das utopias do amor ao ser humano sofredor e seu mundo malogrado, ao encontro do futuro desconhecido, mas prometido de Deus. Nesse sentido, a escatologia cristã se pode abrir ao “princípio esperança”, e receber ao mesmo tempo desse princípio o impulso para a projeção de um perfil próprio e mais perfeito (pag,452,453).
Moltmann afirma que, a esperança não pode ser uma mera utopia, como bem ele aponta no texto acima, mas, obviamente, não sobrevive sem elas. A esperança cristã movimenta-se em torno a estas utopias, insere-se na imanência da história, mas respira a transcendência para qual é chamada. Busca o futuro antecipado pela ressurreição de Cristo, mas se compromete em transformar o mundo presente, na perspectiva do Reino de Deus. Só assim, a esperança escatológica se tornará a força impulsionadora da história rumo às utopias do amor, em direção ao futuro “ainda” desconhecido, mas prometido por Deus e “já” possível de ser experimentado na fé.
IGREJAS NEOPENTECOSTAIS X IGREJAS PENTECOSTAIS
Ao consultarmos o dicionário, temos como definição de neopentecostalismo o: movimento religioso evangélico iniciado nos anos 70 do século XX e composto por igrejas derivadas do pentecostalismo ou de igrejas cristãs tradicionais.
O Neopentecostalismo, pseudopentecostalismo ou Terceira Onda do Pentecostalismo é uma vertente do evangelicalismo, que congrega denominações oriundas do pentecostalismo clássico ou mesmo das igrejas cristãs tradicionais. Fora do Brasil, essas igrejas são chamadas também de carismáticas, aqui esse termo é reservado a um movimento da Igreja Católica. Essa vertente toma como base ideias do Pentecostalismo e Carismatismo americanos. O termo neopentecostalismo foi aplicado pela primeira vez na década de 1970, para as igrejas que adotaram muitas das doutrinas e práticas das igrejas pentecostais e do movimento carismático, mas não se tornaram formalmente alinhados com algum deles. 
Os fiéis neopentecostais acreditam nos dons do Espírito Santo, incluindo glossolalia (falar em línguas), cura e realização de profecias. Tendo como prática a imposição de mãos buscando a atuação do Espírito Santo.Todavia, uma experiência específica do batismo com o Espírito Santo não pode ser requisito para experimentar tais dons. As igrejas também pregam ensinamentos que também são comuns em igrejas neopentecostais, como a batalha espiritual que é o confronto espiritual diretamente contra os demônios e outras forças malignas. 
Existem aproximadamente 19.000 denominações ou grupos neopentecostais, com aproximadamente 295 milhões de seguidores, Os princípios e práticas neopentecostais são encontrados em muitas congregações independentes, sem denominação. No Brasil, as igrejas com maior representação no movimento neopentecostal são: a Igreja Universal do Reino de Deus, a Igreja Internacional da Graça de Deus, a Igreja Renascer em Cristo, a Igreja Batista Nacional, a Igreja Fonte da Vida de Adoração, a Igreja Mundial do Poder de Deus, a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, o Ministério Nova Jerusalém, a Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo e o Ministério Internacional da Restauração. Fazem parte ou se aproximam do Protestantismo Apostólico, que aceitam apóstolos, bispos e pastores ou missionários presidentes que norteiam o rumo de suas igrejas no País e pelo mundo. Essas igrejas realizam a prática do evangelismo midiático massivo, a maior parte delas utilizam, ou até mesmo possuem, canais de TV, rádios, jornais, editoras ou literaturas próprias e portais ou sites, participando, inclusive, de atividades comerciais como a venda de TVs por assinatura ou produtos da ideologia religiosa que suportam a corrente neopentecostal. 
No caso do movimento Neopentecostal que, como vimos, é fruto do próprio Pentecostalismo, ele também traz em si alguma de suas características, que é o forte apelo popular e capacidade de conseguir a simpatia por parte desse público. No entanto, uma grande diferença dos movimentos Neopentecostais em relação ao Pentecostalismo, de primeira e segunda ondas, é que esses têm como carro-chefe a teologia da prosperidade, que afirma que ser abençoado por Deus é o mesmo que ter bênçãos materiais e prosperidade, estabelecendo uma relação direta entre o beneplácito divino e as ofertas e dízimos que são depositadas no gazofilácio.
Diante disso, saber separar o movimento Neopentecostal do movimento Pentecostal também se torna uma tarefa importante. Ainda que o segundo seja fruto do primeiro, é possível perceber certo distanciamento de um em relação ao outro. Apesar de suas ambiguidades e distorções, o movimento Pentecostal tem muito a ensinar ao Protestantismo atual ao propor questões que surgem a partir de baixo, no chão da comunidade simples, longe dos gabinetes e escritórios teológicos, que, muitas vezes, produzem uma teologia que mata e tira a liberdade de ação do Espírito. Ao mesmo tempo, esse movimento relativamente jovem, também pode se enriquecer com os aprofundamentos teológicos que surgem por parte das igrejas reformadas, a fim de crescer com consistência e alcançar meios nos quais ainda é visto com certa discriminação.
Segundo Freston, podemos classificar o pentecostalismo brasileiro em três ondas:
A primeira onda é a década de 1910, com a chegada quase simultânea da Congregação Cristã (1910) e da Assembléia de Deus (1911). (...) A segunda onda pentecostal é dos anos 50 e início de 60, na qual o campo pentecostal se fragmenta, a relação com a sociedade se dinamiza e três grandes grupos (em meio a dezenas de menores) surgem: a Quadrangular (1951), Brasil para Cristo (1955) e Deus é Amor (1962). (...) A terceira onda começa no final dos anos 70 e ganha força nos anos 80. Sua representante máxima é a Igreja Universal do Reino de Deus (1977), e um outro grupo expressivo é a Igreja Internacional da Graça de Deus (1980). Novamente, essas igrejas trazem uma atualização inovadora da inserção social e do leque de possibilidades teológicas, litúrgicas, éticas e estéticas do pentecostalismo (1996, p.71).
DIFERENTES CORRENTES TEOLÓGICAS SOBRE O PERÍODO DE TRIBULAÇÃO
	Como se trata de questões proféticas e simbólicas acerca do fim dos tempos, não há apenas uma única visão e compreensão acerca do fim, mas uma diversidade de interpretações acerca da ordem dos acontecimentos bíblicos. Sendo classificadas em Pré – tribulacionistas, Pós – tribulacionistas e Mid – tribulacionistas.
	Em vários livros da Bíblia, especialmente no Apocalipse, encontramos referências concernentes aos acontecimentos finais da história da humanidade. Enquanto o livro de Gênesis se preocupa com as narrativas do “começo dos tempos”, o último livro narra os acontecimentos dos finais dos tempos, na descrição de um ciclo pelo qual a humanidade tem que passar. Entretanto, em toda a Bíblia encontramos referências ao fim dos tempos. Jesus nos ensinou também sobre esse assunto nos Evangelhos.
Conteúdo do Livro do Apocalipse
	A palavra Apocalipse vem do grego “apokalypsis” e significa “retirar o véu” (daí o termo revelação). Em outros termos, é como se aquilo que obstruísse a nossa visão fosse retirado, para que pudéssemos conhecer o que estava oculto: “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer, e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo.
“Respondi-lhe: Meu Senhor, tu sabes. Disse-me ele: estes são os que vêm da grande tribulação, e levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que está assentado sobre o trono estenderá o seu tabernáculo sobre eles. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem cairá sobre eles nem o sol, nem calor algum, porque o Cordeiro que está no meio, diante do trono, os apascentará e os conduzirá as fontes das águas da vida, e Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima” (Apocalipse, 7: 14-17).
	O Livro do Apocalipse, é um texto cristão, não judaico, pois aos poucos revela Jesus não como um mero personagem, mas sim como o Redentor, o Filho do Homem, glorificado e exaltado, como vencedor e juiz. Apesar de tratar do período final da história do mundo, da derrota final das forças do mal, das visões de paraísos bem –aventurados e do inferno dos condenados, ele é mais do que um simples manual para se prever o futuro. Foi escrito durante um período de crise para a igreja, devido as inúmeras referências a perseguições e martírios realizados pelas autoridades romanas. Todavia, as perseguições que antes conduziam a igreja a crises de fé, agora trazem no livro do Apocalipse a esperança por salvação e juízo de Deus, pois o perseguidor cairá, mas o povo de Deus sempre prevalecerá e não será destruído.
	A utilização de símbolos e alegorias, são características dos escritos de revelação e constituiu o principal material do livro do Apocalipse.
“Regozijemo-nos, e exultemos, e demos lhe a glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva se preparou, e foi lhe permitido vestir-se de linho fino, resplandecente e puro, pois o linho fino são as obras justas dos santos” (Apocalipse, 19: 7-8).
	Algumas vezes o simbolismo é explicado, porém; em outras vezes é deixado sem explicações. O uso de símbolos enigmáticos é bem comum e abundante no livro do Apocalipse que sugere a existência de uma linguagem simbólica conhecida tanto pelo autor quanto pelos seus leitores. Ao lermos este livro, se tem a sensação de que o fim pode chegar a qualquer momento. O mundo é ameaçador e perigoso, as forças do mal cercam as pessoas e a sociedade. Entretanto, tanto a realidade da ameaça do mal como as promessas de Deus em conservar sua Igreja são válidas para todos os tempos, por isso; o Apocalipse não deve ser visto como um manual para o fim dos tempos, pois é notável sua relevância tanto no cristianismo do início da igreja, como nos dias de hoje.
	Para uma melhor compreensão do tema abordado, será exposto a historicidade de entendimento Pré, Pós e Mid – tribulacionistas, bem como os propagadores dessas correntes escatológicas.
Pré - Tribulacionismo
	Ganhou maior força a partir do século XX, principalmente por meio da elaboração daBíblia de estudos, “A Bíblia de Estudo Scofiled”, a qual para muitos foi o único auxílio ao estudo bíblico. A doutrina Pré-Tribulacionista defende a tese de que a Igreja de Cristo será arrebatada, retirada da terra antes que se inicie o período de grande tribulação, onde interpretam as profecias bíblicas de forma literal e têm grande base no dispensacionalismo (Dispensação), crendo que Israel e Igreja são dois grupos distintos, havendo um plano de Deus exclusivo tanto para Israel como para a Igreja, e que a Grande tribulação é uma dispensação onde Deus tem como objetivo trabalhar com Israel e não com a Igreja, que já teve o seu período de salvação na dispensação da graça.
No Pré-Tribulacionismo, geralmente existe uma completa distinção entre a Igreja e Israel. Os pré-tribulacionistas dizem que, basicamente, Jesus veio para os judeus, porém os judeus O rejeitaram, e, então, ele suspendeu temporariamente seus planos para Israel, e é aí que aparece a Igreja, como uma espécie de “parêntese” na história. Segundo Pentecost:
“A igreja e Israel são dois grupos distintos para os quais Deus tem um plano divino. A igreja é um mistério não revelado no Antigo Testamento. Essa era de mistério presente insere-se no plano de Deus para com Israel por causa da rejeição ao Messias na Sua primeira vinda. Esse plano de mistério deve ser completado antes que Deus possa retomar seu plano com Israel e completa-lo. Tais considerações surgem do método literal de interpretação” (pág.217, 2006).
Portanto, como existe um plano especial para Israel, a Igreja será tirada da terra antes da grande tribulação, que será um período onde a ira de Deus será derramada sobre os ímpios que ficaram na terra, e também um momento especifico no tratamento de Deus com Israel.
No Pré-Tribulacionismo, como existe essa distinção entre os dois povos, e a Igreja não tem nada a ver com o tratado de Deus a respeito de Israel, então ela não poderá estar na terra nesse momento. Esse período de grande tribulação durará sete anos, considerando uma abordagem das setenta semanas de Daniel (Dn: 9) e um esquema de leitura do livro do Apocalipse (principalmente o capítulo 13), que no caso seria propriamente a septuagésima semana.
Os textos mais utilizados para defender o arrebatamento pré-tribulacionista são: Romanos 8:1, 1 Coríntios 15:51, 1 Tessalonicenses 1:10; 4:17; 5:9 e Apocalipse 3:10. Outro argumento muito usado é que, após o capítulo 3, a palavra “Igreja” não é mais encontrada no livro de Apocalipse até aparecer novamente no final do livro. Dentro dessa linha de interpretação, durante o período de grande tribulação a Igreja estará no céu participando das Bodas do Cordeiro.
Pós Tribulacionismo
A doutrina do Pós-Tribulacionismo vem ganhando espaço entre os estudiosos da Escatologia, este movimento ensina que a Igreja continuará na terra durante a grande tribulação e até a Segunda vinda de Cristo, onde será arrebatada até as nuvens e se encontrará com Cristo, e retornará imediatamente a terra.
Suas principais características são: o seu Método de interpretação alegórico, segundo essa corrente a igreja passará pela grande tribulação, porém não estará sujeita a Ira de Deus, crêem que a ira de Deus será derramada sobre os gentios, e a igreja apenas passará por tribulações na grande tribulação.
Baseiam-se na negação do dispensacionalismo, onde só desta forma podem crer que a Igreja poderá passar pela Grande Tribulação, que de acordo com o estudo das Dispensações é um período chamado de angústia de Jacó, ou seja, a tribulação é para Israel e não para a Igreja, por esta razão negam o dispensacionalismo.
De acordo com os estudos, dizem não haver distinção entre Israel e Igreja, eles crêem que as profecias dadas a Israel podem se cumprir com a Igreja, isto é, tanto a Igreja como Israel não serão poupados da Angústia de Jacó, isso é relatado no Livro do Profeta Jeremias(30:7) “Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! É tempo de angústia para Jacó; todavia, há de ser livre dela”.
Negam o ensinamento à natureza e ao propósito do período de grande tribulação, que segundo os Pré-tribulacionistas o maior objetivo de Deus neste período será de disciplinar os Judeus preparando-os para aceitar o Messias, porém os Pós-tribulacionistas defendem apenas que Deus irá derramar um julgamento sobre o pecado.
Também desacreditam no cumprimento futuro das setentas semanas de anos de Daniel 9:24-27, alegando ser um cumprimento histórico, e sem grandes valores para a Escatologia, e que já se cumpriu em sua totalidade. Um grande argumento desta doutrina é a promessa de tribulação dada a igreja tais como Lucas 23:27-31 e Mateus 24:9-11, Marcos 13:9-13, não diferenciando em nada e que estes textos na verdade são para Israel e não para a Igreja.
Não fazem distinção entre Tribulação e Grande Tribulação, e textos como Romanos 8:18, em que o apóstolo Paulo fala da tribulação do tempo presente, são interpretados como sendo a grande tribulação e não somente aquele período ruim que todo mundo passa a qualquer dia e o texto de I Tes 3:3, entendem que a igreja foi destinada para passar pela grande tribulação, quando na verdade o Apóstolo fala sobre o período presente de tribulação e não a grande tribulação visto que no versículo 2 do mesmo texto o mesmo apóstolo diz enviar Timóteo para confortar a igreja de Tessalônica que na ocasião muitas pessoas temendo estar tão próximo do arrebatamento chegaram até a deixar o trabalho para aguardar a vinda de Cristo. Aquela era uma tribulação momentânea, e não a grande tribulação. Temos que ter muito cuidado para não confundir tribulação com a grande tribulação. 
Mid-Tribulacionismo ou Meso-tribulacionismo
A teoria do arrebatamento mid-tribulacionistas ou meso-tribulacionista é essencialmente uma via média entre as posições pós-tribulacionista e pré-tribulacionista. Concorda com o pré-tribulacionismo ao afirmar que o arrebatamento da igreja é um acontecimento distinto da segunda vinda de Cristo. Tem em comum com o pós-tribulacionismo as crenças de que a igreja tem promessas de tribulação aqui na terra e necessita de purificação. Defendem que a Igreja será arrebatada no meio da grande tribulação. Sendo a tribulação um período de sete anos, então haverá três anos e meio de paz e três anos e meio de muita dificuldade. Esse sistema tem muita similaridade com o Pré-Tribulacionismo, porém se difere na ideia de que o arrebatamento ocorrerá quando os três anos e meio de paz terminarem. Existem meso-tribulacionistas que defendem que a grande tribulação não terá necessariamente sete anos de duração.
A principal defesa do Meso-Tribulacionismo é uma cronologia dada em 2 Tessalonicenses 2:1-3, onde o Anticristo parece ser revelado antes do arrebatamento da Igreja, além de uma combinação entre a trombeta de 1 Coríntios 15:52 com a trombeta de Apocalipse 11:15. De acordo com a interpretação desta corrente doutrinária do arrebatamento, a igreja passará por parte da grande tribulação, ou seja, pela primeira parte, 42 meses( Ap 11:1-2 e 13:5), 1260 dias( Ap 12:6), ou tempos e um tempo e metade de um tempo (Ap 12:14), que é o período em que não haverá o chamado derramamento da ira de Deus, e assim a Igreja não estaria exposta a nenhum juízo ou castigo divino, visto que foi socorrida a tempo. 
Os pontos principais desta corrente teológica são: A última trombeta, mencionada com relação ao arrebatamento em 1 Coríntios 15.52, é identificada com a sétima trombeta tocada em Apocalipse 11.15, que ocorre em meio à Tribulação (Ap 11.2-3). Se as duas trombetas são a mesma coisa, o arrebatamento ocorre então em meio à Tribulação; a Igreja é arrebatada antes da Grande Tribulação (os últimos três anos e meio), a Igreja escapa da “ira” de Tessalonicenses 5.9 e da “hora da provação” de Apocalipse 3.10. E por fim, a ressurreição das duas testemunhas em Apocalipse 11.11,12 é declarada como sendo uma referência ao arrebatamento e à ressurreição dos santos, ou como acontecendo simultaneamente com o arrebatamento
	
METODOLOGIA
	Para o desenvolvimento desse trabalhoacadêmico as orientações aconteceram inicialmente no ambiente do polo presencial UNINTER em Curitiba e através de vídeo aulas online, sob a orientação dos excelentes professores, mestres e doutores.
	A pesquisa utilizada para a produção desse trabalho foi a Bibliográfica, num primeiro momento, foi feito um levantamento de autores que escrevem sobre o tema pesquisado. Entende-se por pesquisa bibliográfica a revisão da literatura sobre as principais teorias que norteiam o trabalho científico. Essa revisão é o que chamamos de levantamento bibliográfico ou revisão bibliográfica, a qual pode ser realizada em livros, periódicos, artigo de jornais, sites da Internet entre outras fontes. Conforme esclarece Boccato:
“...a pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica. Para tanto, é de suma importância que o pesquisador realize um planejamento sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a definição temática, passando pela construção lógica do trabalho até a decisão da sua forma de comunicação e divulgação” (2006, p. 266).
	A revisão de literatura tem vários objetivos, entre os quais podemos citar: proporcionar um aprendizado sobre uma determinada área do conhecimento; facilitar a identificação e seleção dos métodos e técnicas a serem utilizados pelo pesquisador e oferecer subsídios para a redação da introdução e revisão da literatura e redação da discussão do trabalho científico.
Segundo Lima e Mioto (2007) quando uma pesquisa bibliográfica é bem feita, ela é capaz de gerar, especialmente em temas pouco explorados, a postulação de hipóteses ou interpretações que servirão de ponto de partida para outras pesquisas.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica fundamentada em poucos referenciais teóricos, visto ser um tema não muito explorado pelos escritores.
	A elaboração desse trabalho procurou seguir os padrões rigorosos de metodologia científica, que permitem ao autor refletir sobre a relação estabelecida entre o que foi pesquisado e o que se tinha como base de investigação, bem como apropriar-se de conhecimentos com a interação e colaboração dos profissionais competentes da UNINTER.
	
CONSIDERAÇÕES FINAIS  
Segundo a visão de Romildo Ribeiro Soares, fundador da Igreja internacional da Graça de Deus ao ser questionado no site oficial da igreja com a seguinte questão: “se o arrebatamento pré-tribulacionista estiver certo então não haverá salvação na grande tribulação?”. Ele respondeu convictamente “... de todo o modo, o que menos importa é saber se os pré ou pós tribulacionistas estão certos, mas sim estar pronto para ir com o Senhor seja lá quando for o Arrebatamento”. Desta maneira, observou-se a importância das igrejas explorarem o conceito de tribulação, comparando as diferentes correntes teológicas sobre este período escatológico.
Para muitos cristãos, quando se fala em arrebatamento, somente sabem relatar sobre a vinda de Jesus, não demonstrando nem um pouco do conhecimento em relação as três correntes teológicas existentes sobre o tema.
Ao considerar qualquer questão envolvendo a escatologia (o estudo do fim dos tempos), é importante lembrar-se de que quase todos os cristãos concordam com estas três coisas: que está chegando um momento de grande Tribulação tal como o mundo nunca viu; que depois da Tribulação Cristo voltará para estabelecer o Seu reino na terra; e que haverá um Arrebatamento -- "repentina transição" da mortalidade para a imortalidade -- para os crentes, assim como descrito em João 14:1-3, 1 Coríntios 15:51-52 e 1 Tessalonicenses 4:16-17. A única questão em relação ao tempo do Arrebatamento é a seguinte: quando ele ocorrerá em relação à Tribulação e à Segunda Vinda? Existem basicamente três teorias sobre o momento do Arrebatamento: a crença de que ocorrerá antes da Tribulação (Pré-tribulacionismo), a crença de que ocorrerá na metade da Tribulação (Mid ou Meso-tribulacionismo) e a crença de que ocorrerá no final da Tribulação (Pós-tribulacionismo). 
Portanto, chegamos à conclusão de que as igrejas neopentecostais não abordam sobre o “arrebatamento e o período de tribulação que a terra irá passar” pois muitas vezes dão maior enfoque na teologia da prosperidade, e também por não haver um consenso sobre qual das vertentes teológicas estão corretas sobre o período de tribulação. Acabam optando por ficarem longe desta polêmica escatológica.
Sendo assim, esquecem de preparar seus fiéis para o dia vindouro de Cristo, deveriam se atentar que embora há divergência quando Cristo virá, nenhuma dessas vertentes teológicas do arrebatamento negam a Segunda Vinda de Cristo, desta maneira, deveriam sim apresentar as três correntes teológicas aos fiéis e destacar que o mais importante não é qual corrente teológica está correta, mas sim estarem preparados para a Segunda Vinda de Cristo. Pois, não sabemos quando se dará, entretanto, temos a convicção que ela ocorrerá, e devemos nos preparar e almejar este dia.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, João Ferreira de. Edição Revista e Atualizada. Barueri -São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 1993.
ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia Shedd – Informações específicas. Editora Vida Nova, 1998.
BOCCATO, V. R. C. Metodologia da pesquisa bibliográfica na área odontológica e o artigo científico como forma de comunicação. Rev. Odontol. Univ. Cidade São Paulo, São Paulo, v. 18, n. 3, p. 265-274, 2006. 
DAVINDSON, Francis (editor). O Novo Comentário da Bíblia. Editora Vida Nova, são Paulo, 2003.
ERIKSON, Millard J. Opções contemporâneas na escatologia: Um estudo do milênio. São Paulo: Vida Nova, s.d.
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