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Estruturas de Mercado

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1 Estruturas de Mercado
As diferentes estruturas de mercado estão condicionadas por três variáveis principais: número de firmas produtoras no mercado; diferenciação do produto; existência de barreiras à entrada de novas empresas.
No mercado de bens e serviços, as formas e mercado, segundo essas três características, são as seguintes: concorrência perfeita, monopólio, concorrência monopolística (ou imperfeita) e oligopólio.
No mercado de fatores de produção, é definido as formas de mercado em concorrência perfeita, concorrência imperfeita, monopólio e oligopólio no fornecimento de insumos.
· Cartel, Truste e Holding
· Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado
2 Formação de Preços
Existe uma série de modelos sobre o comportamento das empresas na formação de preços de seus produtos. A diferença maior entre esses modelos está condicionada ao objetivo ao qual a firma se propõe: maximizar lucros, maximizar participação no mercado, maximizar margem de rentabilidade sobre os cursos, etc.
Quanto aos seus objetivos, as empresas defrontam-se com duas possibilidades principais: maximizar lucro e maximizar mark-up (margem sobre os custos diretos). Dentro da teoria neoclássica ou marginalista, o objetivo da firma é sempre maximizar o lucro total.
Se a empresa aumenta a produção e a recita adicional for maior que o custo adicional, o lucro estará aumentando e a empresa neste caso, não encontra seu ponto ideal de equilíbrio. Se a receita adicional for menor  que o custo adicional, o lucro estará caindo e o prejuízo aumentando. A recita marginal deve ser igualada ao custo marginal.
As hipóteses do modelo refletem o funcionamento de um mercado completamente livre, sem barreiras e totalmente transparente.
Hipótese da atomicidade: é um mercado com infinitos vendedores e compradores, de forma que um agente isolado não tem condições de afetar o preço no mercado. Assim, o preço no mercado é um dado fixado para empresas e consumidores;
Hipótese da homogeneidade: Todas as firmas oferecem produto semelhante, homogêneo. Não há diferenças de embalagem, qualidade nesse mercado;
Hipótese da mobilidade de firmas (livre entrada e saída de firmas e compradores no mercado): mercado sem barreiras à entrada e saída, tanto de compradores como de vendedores.
Hipótese da racionalidade: Os empresários sempre maximizam lucro e os consumidores maximizam satisfação ou utilidade derivada do consumo de um bem, ou seja, os agentes agem racionalmente.
Transparência de mercado: consumidores e vendedores têm acesso a toda informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, a qualidade, os custos, as receitas e os lucros dos concorrentes;
Hipótese da mobilidade de bens: Existe completa mobilidade de produtos entre regiões, o seja, não existem transporte; não considera a localização espacial de vendedores e consumidores.
Inexistência de externalidades: representam influências de fatores externos nos cursos das firmas e na satisfação dos consumidores. No modelo de concorrência perfeita, supõe-se ainda que não existam externalidades, ou seja, nenhuma firma influi no custo das demais e nenhum consumidor afeta o consumo dos demais.
Hipótese da divisibilidade: é uma hipótese matemática, não essencial, que objetiva auxiliar a compreensão do funcionamento do modelo, trabalhando com curvas contínuas e diferenciáveis, facilitando a utilização dos conceitos marginalistas por mio de técnicas matemáticas de diferenciação e derivação.
Mercado de fatores de produção também em concorrência perfeita:Todas as hipótese anteriores também valem para o mercado de fatores de produção.
Para que seja determinado o ponto de produção ideal para uma empresa em concorrência perfeita, o ponto em que o lucro é máximo, é necessário determinar como se comporta a demanda desse mercado, que permitirá uma previsão das receitas da firma, e como se comportam seus custos.
A longo prazo, não existem custos fixos, ou seja, todos são variáveis. O lucro normal reflete o real custo de oportunidade do capital empregado na atividade empresarial. É o valor que o mantém na atividade; se ele fosse mais baixo, o empresário sairia do mercado, porque ganharia mais em outro ramo. O lucro normal pode ser associado a uma espécie de taxa de rentabilidade média do mercado. O que exceder ao lucro normal é chamado de lucro extraordinário: o empresário recebe mais do que deveria receber, de acordo com seu custo de oportunidade. A longo prazo, em concorrência perfeita, só existem lucros normais. Em concorrência perfeita, supõe-se que os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas empresas para esse mercado. Dessa forma, em concorrência perfeita, a longo prazo, com a atração de novas firmas, a oferta de mercado aumenta, e a tendência é de que os lucros extraordinários tendam a zero, existindo apenas os lucros normais.
3 Monopólio
Uma estrutura de mercado monopolista apresenta três características principais: uma única empresa produtora do bem ou serviço, não há produtos substitutos próximos, existem barreiras à entrada de firmas concorrentes.
As barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado podem ocorrer de três formas: monopólio puro ou natural (devido à alta escola de produção requerida, exige um levado montante de investimentos), proteção de patentes (direito único de produzir o bem); controle sobre o fornecimento de matérias primas chaves e tradição no mercado.
Uma hipótese implícita no comportamento do monopolista é que ele não acredita que os lucros elevados que obtém a curto prazo possam atrair concorrentes, ou que os preços elevados possam afugentar os consumidores, ou seja, acredita que, mesmo a longo prazo, permanecerá como monopolista.
Uma categoria diferenciada de monopólio é o estatal ou institucional, protegido pela legislação, normalmente em setores estratégicos ou de infra-estrutura.
Como em uma concorrência perfeita, o ponto de equilíbrio do monopolista, ou seja, no qual ele maximiza o lucro, também ocorre quando a receita marginal e o custo marginal são iguais.
A firma monopolista não tem curva de oferta, pois não tem uma curva que mostre uma relação estável dente determinados preços de venda correspondentes a determinadas quantidades produzidas, pois podemos ter vários preços para apenas uma quantidade vendida. Na realidade, a oferta é um ponto único sobre a curva de demanda.
A existência de barreiras à entrada de novas firmas permitirá a persistência de lucros extraordinários também a longo prazo, sendo suposto que o monopólio não será afetado no longo prazo.
4 Concorrência Imperfeita
A concorrência imperfeita é uma estrutura de mercado com as seguintes características principais: muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço; cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos próximos; cada empresa tem certo poder sobre os preços, dado que os produtos são diferenciados, e o consumidor tem opções de acordo ce acordo com sua preferência.
A diferenciação dos produtos dá-se via: características físicas, embalagens, promoção de vendas, manutenção, atendimento pós-venda, etc.
Como não existem barreiras para a entrada de firmas, a longo prazo há tendência apenas para lucros normais, como em concorrências perfeitas, ou seja, os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas firmas para o mercado, aumentando a oferta do produto, até chegar-se a um ponto em que persistirão os lucros normais, quando então cessa a entrada de concorrentes.
5 Oligopólio
O oligopólio é um tipo de estrutura de mercado que pode ser definido de duas formas: oligopólio concentrado (pequeno número de empresas no setor) e oligopólio competitivo (pequeno número de empresas domina um setor com muitas empresas).
Devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder de fixar preços de venda em seus termos, defrontando-se normalmente com demandas relativamente inelásticas, em que os consumidores têm baixo poder de reação a alteração de preços.
Ocorre basicamente devido à existência de barreiras à entrada de novas empresas no setor, como a proteção de patentes, controle de matériasprimas chaves, tradição, oligopólio puro ou natural.
Diferentemente da estrutura concorrencial, e de forma semelhante ao monopólio, a longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à entrada de novas firmas persistirão, principalmente no oligopólio natural, em que a alta escala de operações propicia uma produção a custos relativamente baixos, dificultando a entrada de firmas concorrentes.
No oligopólio, podemos encontrar duas formas de atuação das empresas: concorrem entre si, via guerra de preços ou de promoções; formam cartéis. Cartel é uma organização formal ou informal de produtores dentro de um setor, que determina a política de todas as empresas do cartel, fixando preços e a repartição (cota) do mercado entre empresas.
As cotas podem ser:
Perfeitas (cartel perfeito): todas as empresas têm a mesma participação. A administração do cartel fixa um preço comum e divide igualmente o mercado, agindo como um bloco monopolista. É a chamada “solução de monopólio”.
Imperfeitas (cartel imperfeito): existem empresas líderes que fixam os preços, ficando com a maior cota. As demais empresas concordam em seguir os preços do líder.
O oligopólio tem como modelo econômico o modelo clássico, que tem o objetivo de maximização dos lucros, devendo ter um conhecimento adequado se suas receitas e de seus custos. O preço é determinado apenas pela oferta, enquanto que na teoria marginalista, o preço é determinado pela intersecção entre demanda e oferta de mercado.
6 Mark-Up
O mark-up é definido pelas variantes receita de vendas menos custos diretos de produção. A taxa mark-up deve ser suficiente para cobrir os cursos fixos e a margem de rentabilidade desejada pela empresa. O nível de mark-up depende da força dos oligopolistas de impedir a entrada de novas firmas, o que depende do grau de monopólio de cada setor. Quanto mais alto o poder do monopólio, mais limitado o acesso de novas empresas e, portanto, maior a taxa de mark-up que as empresas oligopolistas podem auferir.
A demanda de uma empresa pelos fatores de produção é uma demanda derivada, ou seja, depende da demanda pelo produto dessa empresa. O mercado de fatores de produção pode operar em concorrência perfeita, concorrência monopolista, monopólio ou oligopólio, como o mercado de bens e serviços.
A regra geral para a empresa demandar fatores de produção é que a recita marginal (adicional) deve ser propiciada pela aquisição, devendo ser igual ao custo marginal para se obter esses fatores.
Monopsônio/oligopsônio é o monopólio/oligopólio na compra de fatores de produção. Monopólio bilateral trata de um mercado em que um monopsonista, na compra de insumo, defronta-se com um monopolista na venda desse insumo. O único comprador defronta-se com um único vendedor de insumo no mercado.
7 Teoria dos Jogos
A teoria dos jogos tem como objetivo a análise de problemas em que existe uma interação dos agentes, na qual as decisões de um indivíduo, firma ou governo afetam e são afetados pela decisões dos demais agentes ou jogadores, ou seja, é o estudo das decisões em situação interativa. A firma em concorrência perfeita apresenta um comportamento paramétrico (baseado nos preços de mercado de produtos e insumos), sendo que esses dados não podem ser alterados.
No comportamento estratégico, o agente percebe que é capaz de afetar variáveis relevantes para sua decisão e que essas variáveis também podem ser afetadas pela decisão de outros agentes.
Podemos caracterizar um jogo como um conjunto de regras em que estão presentes os seguintes elementos: os jogadores ou agentes econômicos; o conjunto de ações disponíveis para cada jogador, as informações que são disponíveis para cada jogador, as informações que são disponíveis que são relevantes ao resultado do jogo e os próprios resultados (payoffs).
Um dos problemas mais interessantes quando se trabalha com jogo diz respeito à identificação dos prováveis resultados. O equilíbrio ou Narsh consiste na ideia de que cada empresa adote estratégias ótimas dada as estratégias adotadas pelo outro jogador.
8 Economia da informação
Na Economia da Informação, trabalha-se com a probabilidade de que alguns agentes detém mais informações que outros, conferindo-lhes uma posição diferenciada no mercado, o que pode fazer com que não seja possível encontrar uma situação de equilíbrio como nos modelos convencionais.
Todas as transações econômicas são realizadas por meio de contratos, que sendo formal ou informal, tem como objetivo garantir que a transação ocorra de forma que os benefícios sejam usufruídos por ambas as partes contratantes. Existem situações, entretanto, que numa relação contratual, uma das partes possui informação privilegiada, ou seja, não observada pela outra parte, a não ser mediante custo e tempo, sendo essa informação importante para o resultado a transação, sendo este fator caracterizado como problema de informação assimétrica, em que uma das partes tira proveito da transação em detrimento à outra. O problema caracterizado como seleção adversa, decorrentes das informações assimétricas, pode ser considerado um problema pré-contratual. Já o problema de risco moral pode ser considerado como um problema pós-contratual.
Tanto na Teoria dos Jogos como a Economia da Informação mantém alguns pressupostos básicos da Teoria Neoclássica, ou seja, o do comportamento maximizador, em que o agente toma as decisões procurando maximizar seus objetivos, e o do princípio da racionalidade, no sentido de que as ações tomadas pelos agentes são consistentes com a busca desses objetivos.
9 Teoria da Organização Industrial
A Teoria da Organização Industrial parte do pressupostos diferentes da teoria tradicional, particularmente no que se refere aos mercados concentrados, como oligopólios. O paradigma Estrutura-Conduta-desempenho, analisa em que medida as imperfeições do mercado limitam a capacidade deste em atender às aspirações de demandas da sociedade por bens e serviços, o que contribui para a Teoria da Organização Industrial. Essa teoria tenta cobrir as lacunas da teoria tradicional na interpretação do mundo real, particularmente no estudo de mercados que operam em concorrência imperfeita.
Uma medida comumente utilizada para verificar o grau de concentração econômica no mercado é calcular a proporção do valor do faturamento das quatro maiores empresas de cada ramo de atividade sobre o total faturado no ramo respectivo. Quanto mais próximo de 100%, significa que o setor tem alto grau de concentração, quanto mais próximo de 0%, menor o grau de concentração do setor.
Bibliografia:
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Economia: micro e macro. 3ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2002.
Introdução
O presente trabalho visa elucidar as características que identificam a microeconomia, destarte, seria impossível falar de Economia se não entendermos as Estruturas de Mercado. Sendo nosso objeto de estudo, buscaremos entender quais são estas estruturas, o que são e como isso interfere no sistema econômico de um Estado, além é claro, entender em que isso afetaria nossas vidas, nosso dia-a-dia e como reagiria a economia se caso, o Estado, não intervisse de alguma maneira nesta estrutura.
Primeiramente devemos entender o que é “mercado” no que se refere à microeconomia, para somente então, poder nos aprofundar neste contexto e desmembrar suas estruturas. De antemão, sabemos que a microeconomia é a parte que estuda as relações entre as famílias e as empresas, e as formas em que este relacionamento acontece.
Voltada à uma análise mais superficial, a microeconomia estuda as formas de preços baseados nos mercados de bens e serviços, além das formas de serviços e fatores de produção. Este estudo não foca especificamente nas empresas, mas a forma em que empresas e consumidores se relacionam entre si, assim, enfoca-se na amplitude de como as empresas operam.
Sintetizando, podemos dizer então que, mercado pode ser entendido como uma instituição empírica onde ofertantes (empresas) e demandantes (compradores) estabelecem uma relação comercial com o objetivo de serrealizar transações comerciais. Entendendo então o que é mercado, podemos evoluir no estudo para conhecer suas estruturas, as quais, influenciam diretamente nesta relação e em que ponto estas estruturas podem ser benéficas ou prejudiciais ao consumidor final desta relação.
As estruturas que formam o mercado de bens e de consumo são:
· Concorrência Perfeita: número infinito de empresas, produto homogêneo e não existem barreiras para entrada de novas empresas;
· Monopólio: uma única empresa, produto sem substitutos, com barreiras à entrada de novas empresas;
· Concorrência Monopolística (ou imperfeita): inúmeras empresas, produto diferenciado, livre acesso de empresas ao mercado;
· Oligopólio: pequeno número de empresas que dominam o mercado, os produtos podem ser homogêneos ou diferenciados, com barreiras à entrada de novas empresas.
Observamos que cada estrutura tem sua particularidade, sendo umas mais benéficas ao consumidor, e outras, extremamente prejudiciais. Tendo então conhecimento destas características do mercado, passamos a estudar cada uma delas em suas principais características.
1.Desmembrando as estruturas
Entendemos que cada estrutura tem um estilo próprio de organizar o mercado, desta forma, resultar em benefícios ao consumidor, como a quantidade de marcas disponíveis de um produto, tornando seu valor, então, mais baixo, ou então, nos casos de outros sistemas, onde a falta de opções, ou demanda, resultam em valores extremamente elevados ao consumidor final.
1.1 Concorrência Perfeita
Como o próprio nome diz, trata-se de um sistema considerado perfeito devido ao fato da existência de inúmeras empresas produzindo determinados produtos, sem barreiras ou restrições para outras empresas produzirem de forma a beneficiar o mercado com maior demanda e transparência.
Este sistema possui características que podem ser divididas da seguinte maneira:
I.Atomicidade: um mercado formado por infinitos vendedores e compradores, de forma que, isoladamente, nenhuma das partes deste sistema influenciarão sobre os preços praticados;
II.Homogeneidade: todas as empresas oferecem produtos semelhantes, não existindo grandes diferenças entre embalagens ou qualidade entre seus produtos;
III.Mobilidade: não há nenhum tipo de restrição, pelo mercado, para entrada de novas empresas ou consumidores;
IV.Racionalidade: empresas maximizam lucros, e consumidores, maximizam satisfação, assim, cada uma das partes buscam elevar suas vantagens sem detrimento ou prejuízos uns aos outros;
V.Transparência: todas as informações relevantes deste relacionamento como: preços, qualidade, custos ou lucro são de livre acesso;
VI.Mobilidade de Bens: teoricamente, os preços não mudam conforme as regiões, ou seja, o morador de uma região paga o mesmo valor que o morador de outra região, sem considerar custo de transporte, no entanto, podemos facilmente verificar que, na prática, isso não acontece;
VII.Inexistência de externalidades: no sistema de concorrência perfeita, externalidades não influenciam nos custos das empresas ou na satisfação do consumidor;
VIII.Divisibilidade: uma hipótese matemática não essencial, objetivando apenas auxiliar a compreensão deste sistema;
IX.Mercado de fatores de produção: os preços dos fatores de produção são fixados, ou seja, as curvas dos custos de produção são iguais para as empresas do mercado de bens e serviços.
O sistema de concorrência perfeita pode, então, ser visto como um “ideal”, já que se trata de um sistema sem barreiras, interferências, podendo ser, com isso, pouco realista. Podemos notar facilmente que, algumas empresas dominam, notavelmente, determinados mercados, interferindo diretamente nos preços praticados, no entanto, não existe nenhuma restrição à outras empresas em disponibilizar seus produtos ao consumidor final.
1.2 Monopólio
Este tipo de sistema apresenta três características:
a)Uma única empresa produtora do bem, ou serviço;
b)Não há produtos substitutos
c)Existem barreiras à entrada de empresas concorrentes.
Atualmente, no Brasil, encontramos raros mercados onde o sistema monopolista predomine, isso se deve ao fato da constante intervenção do estado regulamentando as relações de mercado. A seguir, veremos algumas características deste sistema:
I.Monopólio Puro (ou Natural): Devido à elevada escala de produção, exige altos índices de investimento. Assim, torna-se muito difícil alguma empresa oferecer um produto com preço equivalente ao da empresa já estabelecida. Geralmente, observamos este sistema aplicado em serviços públicos como: água, esgoto, energia elétrica, etc.
II.Proteção de Patentes: a empresa detém a exclusividade na produção de determinado produto que foi, por ela, desenvolvido. Ex: Xerox, porém, devido às intervenções do governo, atualmente, o direito de patente se dá por um determinado período, após este período, a patente se torna domínio público, permitindo, então, que outras empresas possam produzir este produto;
III.Tradição no mercado: Se dá quando determinada empresa, ou mesmo região, domina de maneira tácita determinado mercado, à exemplo da suíça na produção de relógios.
Pode nos parecer que mercado monopolista seja uma realidade apenas no passado, no entanto, o Brasil tem um péssimo exemplo do que é mercado monopolista, uma vez que a estatal Petrobrás, é a única empresa com direitos para explorar as reservas petrolíferas no país, além de ser, basicamente, a única fornecedora de combustíveis ao povo brasileiro, o resultado disso vemos muito bem em nosso dia-a-dia, com preços totalmente desproporcionais ao que seria no caso de um mercado com a devida ampla concorrência.
Além do fato de ser monopolista, a Petrobrás é uma empresa estatal, ou seja, controlada pelo governo, a grande “vantagem” disso, está na moeda de troca em que se tornou a administração desta, favorecendo enormemente a corrupção e, como podemos ver, nos últimos anos tamanho prejuízo e danos que isto vem acarretando aos cidadãos brasileiros.
1.3 Oligopólio
O sistema oligopolista pode ser definido de duas formas:
· Oligopólio Concentrado: Pequeno grupo de empresas dominando um determinado setor;
· Oligopólio Competitivo: um pequeno grupo de empresas que domina um setor com muitas empresas
Primeiramente, devemos entender o que é um mercado oligopolista, em que este sistema, pouco conhecido pela população, afeta o mercado de bens de consumo e porque, mesmo parecendo diferente do mercado monopolista, prejudica exponencialmente o consumidor brasileiro.
Pelo fato de existir empresas dominantes, estas controlam o mercado, determinando os valores de venda dos produtos conforme seus termos e condições numa negociação unilateral, no qual, o consumidor tem baixíssimo poder de reação sobre as alterações de preços, em suma, as empresas impõem suas condições e o consumidor não tem nenhum poder de influir acerca disto.
Vejamos, então, quais setores são controlados e por quais tipos de empresas:
           1.3.1 Oligopólio Concentrado
Como mencionado anteriormente, no sistema oligopolista concentrado, temos apenas um pequeno grupo de empresas que dominam determinados setores na produção de bens de consumo, ou também, na prestação de serviços de alto consumo.
O primeiro exemplo é o setor automobilístico. No Brasil, existem apenas algumas poucas montadoras que detém a maior fatia do mercado, estas, até poucos anos atrás, controlavam integralmente o mercado, são elas: Ford, VW, Fiat, Chevrolet. Estas empresas formavam o que, conforme o estudo da economia, os chamados cartéis, ou seja, conluio de produtores que determinam a “política” que deverá ser adotada por toas as empresas do setor, fixando preços e a cota do mercado de cada uma delas.
Além do setor automotivo, temos também os setores de comunicação. Vejamos o mercado de telefonia, por exemplo, quatro empresas dominam quase que integralmente a prestação do serviço no país. Este domínio de mercado se mostra ainda mais grave, se desmembrarmos cada setor, ficando então divido da seguinte forma:
Telefonia fixa: No estado de São Paulo, por exemplo, a telefoniafixa é fornecida por, basicamente, duas únicas empresas:
· Vivo fixo
· NET fone (que tem o serviço oferecido pela empresa Embratel)
Telefonia móvel: Também em São Paulo, o serviço é oferecido por apenas quatro empresas:
· Vivo
· Claro
· Oi
· Nextel
Internet Fixa: Ressalvado algumas poucas fornecedoras que utilizam o sistema via satélite, ou rádio (que são ainda piores que os sistemas tradicionais) o serviço é oferecido por apenas duas empresas:
· Net
· Vivo
TV por Assinatura: Apesar da diferença na entrega do serviço, trata-se do mesmo produto e, como o item acima, a qualidade está muito longe do que é oferecido em outros países, são elas:
· Vivo TV
· NET TV
· Sky TV
Como podemos observar, na maioria das prestações, o serviço conta com duas empresas que dispõe de todos os serviços citados e, algumas poucas, participando de apenas um ou dois serviços. Notamos que, a qualidade destes serviços está muito longe do ideal e, mais ainda, do preço que pagamos, isso se deve ao fato de estas empresas manipularem o mercado, controlando os preços e as condições para o oferecimento dos produtos.
Apesar da aparente briga comercial, onde as empresas se mostram como a que oferecerá maior vantagem e melhor serviço ao consumidor, podemos notar que, o número de reclamações que estas empresas recebem nos órgãos de proteção e defesa do consumidor, demonstra que essas empresas realizam acordos para controlar o mercado e, mesmo com tantas reclamações, permanecem praticamente isentas de responsabilidades, uma vez que o consumidor, não dispõe de opções para que possam se resguardar e optar por um serviço realmente com a devida qualidade e respeito que se deve ao consumidor.
O mesmo acontece nos setores de chocolate (Nestlé e Garoto), cerveja (Ambev, Heineken), rede de supermercados (Carrefour, Wal-Mart, Pão de Açúcar), refrigerantes (Coca-Cola, Antártica), setores de fabricação de insumos e matéria prima (Votorantim, no setor de cimento e papel e celulose, Mineradoras, sendo cada uma detentora de um determinado minério), ou seja, notamos que na maioria dos bens de consumo do qual o cidadão mais dispõe, os preços são controlados pelas empresas, e obviamente, com isso, o cidadão paga um preço mais caro do que realmente pagaria se o sistema não fosse controlado desta maneira. Neste caso, temos o sistema: Oligopólio Competitivo.
1.4 Concorrência Monopolística (ou Concorrência Imperfeita)
A concorrência monopolística é o oposto da Concorrência Perfeita, por isso, é também chamada de Concorrência Imperfeita. Isto se deve ao fato de existir numerosas empresas no mercado, mas que oferecem serviços, ou produtos, não homogêneos, ou seja, não totalmente substituíveis. Deste modo, essas empresas detêm, de alguma forma, o poder de influir diretamente no valor de seus produtos ou serviços.
As características principais características que definem o sistema de concorrência monopolística são:
· Muitas empresas produzindo determinado bem ou serviço;
· Cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos próximos;
· Cada empresa tem certo poder sobre preços, considerando que, por ser diferenciado, influirá diretamente na preferência do consumidor, que dispõe de produto diferente caso opte por produto oferecido pela empresa concorrente.
Trata-se de um sistema mais realista, pois reflete o devido livre poder de escolha do consumidor pelo produto de sua preferência e permiti à empresa potencializar seus lucros. Este sistema se parece muito com o sistema monopolista, mas, neste caso, não existe apenas uma empresa produzindo ou oferecendo determinado serviço, ou produto.
Conclusão
Após estudarmos cada uma das estruturas de mercado dentro do sistema da microeconomia, pudemos conhecer a atuação da empresa no mercado econômico, e como as empresas, através destas estruturas influenciam na relação com os consumidores. Por outro lado, entendemos também como as famílias são atingidas devido a formação de preços baseado nestas condições que as estruturas definem.
Vimos que nesta relação empresa/consumidor, quando a balança é favorável para um, a grosso modo, é desfavorável para o outro, ou seja, se uma empresa atinge elevados lucros se for um mercado monopolista, em consequência, o consumidor arcará com preços exorbitantes, muito além do que deveria ser. Em contrapartida, se o mercado oferecer maiores benefícios ao consumidor, oferecendo, à este, preços extremamente baixo, significa que as empresas sofreriam com baixíssimas margens de lucro. Então fica claro para entendermos que, para equilibrar esta balança, seria sensato existir um mercado onde ambos se beneficiem, mas isso é, definitivamente, impossível.
Concluímos então que, um mercado com uma estrutura de concorrência perfeita, se trata de uma visão utópica, visto que, cada lado desta contenda buscará sempre as vantagens que melhor lhe favoreça, impedindo que se equilibre para o outro lado as vantagens. Por fim, não devemos, jamais, deixar buscar tornar o mercado o mais próximo possível do ideal, pois, apenas desta forma é que será possível tornar uma economia forte e crescente.

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