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UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA 
UNOESC CAMPUS DE XANXERÊ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juliana Cavalech 
 
 
 
 
 
 
O DESIGN EMOCIONAL APLICADO À 
 AMBIENTAÇÃO DE UMA LOJA INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Xanxerê – SC, 2011 
 
JULIANA CAVALECH 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O DESIGN EMOCIONAL APLICADO À 
 AMBIENTAÇÃO DE UMA LOJA INFANTIL 
 
 
 
 
 
Monografia de conclusão de Curso, apresentada 
ao Curso de Design, como quesito parcial para a 
obtenção do título de Bacharel em Design pela 
Universidade do Oeste de Santa Catarina - 
Unoesc Campus de Xanxerê. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador (a) Profa.Esp.: Karina Tissiani. 
 
 
 
 
 
Xanxerê – SC, Novembro 2011 
 
JULIANA CAVALECH 
 
 
 
O DESIGN EMOCIONAL APLICADO À 
 AMBIENTAÇÃO DE UMA LOJA INFANTIL 
 
 
 
 
 
 
Monografia de conclusão de Curso, apresentada 
ao Curso de Design, como quesito parcial para a 
obtenção do título de Bacharel em Design pela 
Universidade do Oeste de Santa Catarina - 
Unoesc Campus de Xanxerê. 
 
 
Aprovado em............de.............................de 2011. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
 
 
Prof. Esp. Karina Tissiani 
Orientador – Avaliador 
 
 
 
 
 Prof. Esp. Aleteonir José Tomasoni Júnior 
Avaliador 
 
 
 
 
 
Prof. Me. Luiz Claudio Mazolla Vieira 
Avaliador 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Primeiramente agradeço a Deus por iluminar meus dias, pois mesmo nos momentos 
difíceis me deu força para seguir em frente. 
Aos meus pais Reynaldo e Noeli Cavalech pelo amor mais sincero desse mundo, 
por me acompanharem e me ensinarem os valores mais preciosos dessa vida. 
Ao meu irmão Rodrigo Cavalech meu maior orgulho, exemplo de persistência e 
conquista. 
Agradeço principalmente ao meu namorado Lucas Lorenzoni por tanta paciência e 
dedicação, obrigada por acrescentar sempre em minha vida e me mostrar que 
sempre haverá um caminho mais fácil para se chegar aonde deseja. 
À minha amiga Maikeli Zotti pela grande amizade e companheirismo de todos os 
dias. 
À minha orientadora Karina Tissiani que em muitas orientações me deixava quase 
maluca de tanta informação, no entanto só foi possível chegar a este resultado 
satisfatório através de seus ensinamentos e dedicação. 
Às minhas colegas de orientação pela amizade e risadas mesmo em momentos 
difíceis. 
A todos, agradeço de todo meu coração por fazerem diferença em minha vida, e que 
possamos continuar sempre juntos nessa nova jornada. Muito obrigada! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É melhor atirar-se à luta em busca de dias 
melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, 
do que permanecer estático, como os pobres de 
espírito, que não lutam, mas também não vencem 
que não conhecem a dor da derrota, nem a glória de 
ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, 
ao final de sua jornada na Terra não agradecem a 
Deus por terem vivido, mas desculpam-se perante 
Ele, por terem apenas passado pela vida. 
 (Bob Marley) 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
O design em sua atuação lida com fatores formais, funcionais e conceituais, que 
visam gerar produtos ou serviços que satisfaçam os consumidores, criam diferencial 
e solucionem problemas cotidianos. Uma das áreas do design que tem ganho 
destaque na atualidade é o design emocional que possui como característica básica 
o envolvimento emocional do cliente com o produto. Partindo deste foco, este projeto 
objetivou desenvolver a ambientação de uma loja infantil, a qual buscou criar novas 
experiências para os consumidores, a ponto de não apenas realizar um ato de 
compra, mas sim lhe proporcionar novas emoções. Dessa forma, primou-se pelo 
desenvolvimento de uma loja conceitual no qual os aspectos sensoriais foram 
envolvidos no ambiente com o intuito de encantar e conquistar o consumidor, 
também desenvolveu-se a identidade visual seguindo este mesmo conceito. O 
grande diferencial é a infra-estrutura a qual visa ser um local de entretenimento para 
as crianças e um espaço agradável para os pais, através das cores, revestimentos, 
acabamentos e elementos visuais que fazem parte do ambiente criou-se um mundo 
encantado que emociona, atrai e conquista o consumidor, assim, fica evidente que 
o design gera diferencial, agrega valor e traduz em seus resultados aspectos 
capazes de emocionar e seduzir. 
Palavras chaves: Design. Emoção. Identidade. Loja infantil. 
 
 
ABSTRACT 
 
 
 
The design, in its work, deals with formal, functional and conceptual factors, 
which aim products or services generating that satisfy consumers, 
they create differential and solve everyday problems. One of the areas of design 
that has gained distinction in recent times is the emotional design that’s based on 
the client's emotional involvement with product. 
Given this focus, this project intended to develop the setting of a children's store, 
which sought to create new experiences for consumers, and not only perform an act 
of purchase, but provide them with new emotions. So, it was excelled by the 
development of a concept store in which the sensorial aspects were involved in the 
environment in order to charm and attain these consumer, it was also developed the 
visual identity following this same concept. The major distinction is 
its infrastructure that is intended to be an entertainment place for children 
and a pleasant area for parents, through the colors, coatings, finishes and visual 
elements that are part of this environment. It was created a wonderland that 
delights, attracts and overthrows the customer, so it is evident that the design creates 
differential, adds value and translates in its results aspects that amaze and seduce. 
Keywords: Design. Emotion. Identity. Children’s Store 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Desdobramentos mínimos obrigatórios.....................................................388 
Figura 2: Pré concepção...........................................................................................40 
Figura 3: Concepção.................................................................................................41 
Figura 4: Concepção.................................................................................................41 
Figura 5: Marca Lilica Ripilica...................................................................................49 
Figura 6: Marca Tigor T. Tigre ..................................................................................50 
Figura 7: Logo marca Tree for kids..........................................................................51 
Figura 8: Fachada da loja Camú-Camú....................................................................52 
Figura 9: Fachada da loja Petit.................................................................................53 
Figura 10: Fachada da loja Tree for kids..................................................................564 
Figura 11: Ambientacao da loja 
Catimini...................................................................575 
Figura 12: Ambientacao da loja Petit Bazaar………………………………………..…..56 
Figura 13: Ambientação da loja El conte de La Pilar……………………………..…….57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DOS PAINEIS 
 
Painel 1: Painel imagético do público-
alvo.................................................................466 
Painel 2: Público 
consumidor.....................................................................................477 
Painel 3: Painel imagético dos aspectos formais.......................................................60 
Painel 4: Painel imagético dos aspectos simbólicos..................................................63 
Painel 5: Painel cromático 
feminino...........................................................................711 
Painel 6: Painel cromático 
masculino.........................................................................722Painel 7: Painel imagético, tendências de revestimentos 
arquitetônicos...................733 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1: Organograma dos setores da loja 
infantil..................................................611 
Quadro 2: Short list de 
naming...................................................................................855 
Quadro 3: Geração de alternativa para 
logotipo........................................................866 
Quadro 4: aprimoramento para 
logotipo....................................................................877 
Quadro 5: Manual de identidade 
visual....................................................................1044 
Quadro 6: Manual de identidade 
visual....................................................................1055 
Quadro 7: Memorial 
descritivo.................................................................................1066 
Quadro 8: Assinatura 
visual.....................................................................................1077 
Quadro 9: 
Símbolo...................................................................................................1088 
Quadro 10: 
Logotipo................................................................................................1099 
Quadro 11: Padrão 
cromático..................................................................................11010 
Quadro 12: Marca em monocromia.........................................................................112 
Quadro 13: O alfabeto padrão.................................................................................113 
Quadro 14: Malha construtiva e margem de segurança..........................................114 
Quadro 15: Redução máxima...................................................................................115 
Quadro 16: Dimensões da marca.............................................................................116 
Quadro 17: Marca sobre fundos irregulares............................................................117 
Quadro 18: Marca sobre fundos irregulares............................................................118 
Quadro 19: Aplicação da marca em elementos constitucionais...............................119 
Quadro 20: Cartão de visita.....................................................................................120 
Quadro 21: Cartão de visita.....................................................................................121 
Quadro 22: Sacola...................................................................................................122 
Quadro 23: Papel de carta.......................................................................................123 
Quadro 24: Papel timbrado......................................................................................124 
Quadro 25: Papel 
timbrado……………………………………………………………....12424 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE DESENHOS 
 
 
Desenho 1: Esboço da planta baixa........................................................................666 
Desenho 2: Esboço aprimorado da planta baixa.....................................................677 
Desenho 3: Esboços da fachada.............................................................................688 
Desenho 4: 3d aprimorado de fachada....................................................................699 
Desenho 5: Esboço aprimorado de fachada............................................................70 
Desenho 6: Estudo de cores e revestimentos..........................................................755 
Desenho 7: Estudo de cores e revestimentos..........................................................766 
Desenho 8: Geração de alternativas de expositores 
masculino...............................788 
Desenho 9: Geração de alternativas de expositores feminino.................................80 
Desenho 10: Geração de alternativas de caixa........................................................811 
Desenho 11: Geração de alternativas de provadores masculino e brinquedos.......822 
Desenho 12: Geração de alternativas de provadores femininos e 
passarela...........844 
Desenho 13: Geração de alternativas do 
símbolo....................................................888 
Desenho 14: Geração de alternativas da 
logomarca................................................899 
Desenho 15: Proposta final para a marca.................................................................90 
Desenho 16: 
Fachada................................................................................................922 
Desenho 17: Planta 
baixa..........................................................................................933 
Desenho 18: Ambientação 
interna.............................................................................955 
Desenho 19: Ambientação 
interna.............................................................................966 
Desenho 20: Ambientação 
interna.............................................................................977 
Desenho 21: Ambientação 
interna.............................................................................988 
Desenho 22: Ambientação 
interna.............................................................................999 
Desenho 23: Ambientação 
interna...........................................................................1011 
Desenho 24: Ambientação 
interna...........................................................................1022 
Desenho 25: Ambientação 
interna...........................................................................1033 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................14 
1.1 TEMA.......................................................................................................14 
1.2 OBJETIVOS………………………………………………..……….………….14 
1.2.1 Objetivo Geral …………………………………………………………….…..14 
1.2.2 Objetivos específicos …………………………………………….……….…14 
1.3 
JUSTIFICATIVA.......................................................................................155 
1.4 METODOLOGIA DO PROJETO DE DESIGN E PESQUISA...................16 
1.5 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA............................................................17 
2 BASES DO 
CONHECIMENTO…………………………………………….…188 
2.1 
DESIGN……………………………………………………………...…….…...188 
2.2 DESIGN EMOCIONAL.............................................................................20 
2.3 ASPECTOS DE AMBIENTAÇÃO DE UMA LOJA....................................22 
2.3.1 Layout .....................................................................................................24 
2.3.2 Vitrina ......................................................................................................25 
2.3.3 Iluminação em ambientes comerciais ..................................................27 
2.3.4 A cor em ambientes ..............................................................................28 
2.4 MARCA E IDENTIDADE 
VISUAL.............................................................333 
3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE 
DESIGN.................................377 
3.1 METODOLOGIA DO PROJETO DE 
DESIGN..........................................377 
3.2 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DO PROJETO DE 
DESIGN..............399 
3.3 PROJETO DE 
DESIGN…………………………………..………………..….422 
3.3.1 Pré-
concepção ………………………….………………….…………………422 
3.3.1.1 Planejamento do Projeto.........................................................................42 
3.3.1.1.1 Objetivo...................................................................................................4223.3.1.1.2 Delineamentos Projetuais........................................................................42 
3.3.1.1.3 Empresa..................................................................................................42 
3.3.1.1.4 Mercado e Público- alvo..........................................................................433 
3.4 PESQUISA E ANÁLISE 
PROJETUAIS……………………………….……488 
3.4.1 Necessidades Projetuais …………………………………………..………48 
3.4.2 Análise de similares ……………………………………………….………..48 
3.4.2.1 Marcas....................................................................................................48 
3.4.2.2 Fachadas e vitrinas................................................................................51 
3.4.2.3 Ambientação Interna de Lojas................................................................54 
3.4.2.4 Análise Geral..........................................................................................57 
3.5 ASPECTOS CONCEITUAIS...................................................................59 
3.5.1 Aspectos Formais ................................................................................59 
3.5.2 Aspectos Funcionais ...........................................................................61 
3.5.3 Aspectos Simbólicos ...........................................................................62 
3.6 CONCEPÇÃO.........................................................................................64 
3.6.1 Geração alternativas, avaliação e adequaç ão...................................64 
3.6.1.1 Geração para ambiente interno e fachada..............................................64 
3.6.1.2 Geração de alternativas para o ambiente interno...................................77 
3.6.1.3 Geração para o expositor masculino.......................................................77 
3.6.1.4 Geração de expositor feminino...............................................................79 
3.6.1.5 Geração de caixa....................................................................................80 
3.6.1.6 Geração para provadores masculinos.....................................................81 
3.6.1.7 Geração para provadores femininos.......................................................83 
3.6.2 Geração de alternativas para o naming ..............................................84 
3.6.3 Geração de alternativas para identidade vi sual .................................86 
4 RESULTADO DO PROJETO...................................................................90 
4.1 PÓS- CONCEPÇÃO................................................................................90 
4.1.1 Marca ......................................................................................................90 
4.1.2 Fachada .................................................................................................91 
4.1.3 Planta baixa ...........................................................................................93 
4.1.4 Ambienteção Interna ............................................................................95 
4.1.5 Identidade visual e aplicações ..........................................................104 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................125 
REFERÊNCIAS…………………………………………………………………………...126 
ANEXOS A ........................................................................................................... 130 
16 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
1.1 TEMA 
 
 
O design emocional como estratégia de identidade e ambientação visual 
aplicado a uma loja infantil. 
 
 
1.2 OBJETIVOS 
 
 
1.2.1 Objetivo Geral 
 
 
Desenvolver a identidade e a ambientação visual de uma loja infantil usando 
como estratégia o design emocional. 
 
 
1.2.2 Objetivos específicos 
 
 
- Pesquisar sobre design e o design emocional; 
- Estudar os aspectos de ambientação de uma loja; 
- Fundamentar o desenvolvimento de identidade visual; 
- Investigar a aplicabilidade do design em ambientes infantis; 
- Desenvolver a identidade e a ambientação visual de uma loja infantil; 
 
 
 
 
 
17 
 
 
1.3 JUSTIFICATIVA 
 
 
Atualmente, o comportamento do consumidor vem se modificando, o ato de 
comprar deixou, a muito tempo, de ser apenas por necessidade, atualmente ir às 
compras se tornou um modo de satisfazer desejos. Para as empresas, o 
acompanhamento desse perfil dos consumidores é de fundamental importância, pois 
a partir destes dados, as empresas podem empregar estratégias e ações 
direcionadas à esse novo mercado. Dessa forma: 
O conhecimento das variáveis de influência sobre o comportamento de 
compra é importante para que os empresários qualifiquem seus produtos e 
serviços, considerando efetivamente os desejos e as necessidades do 
consumidor e orientando suas ofertas para o mercado (ENGEL; 
BLACKWELL; MINIARD, 2000). 
 
 
 
Produzir, vender e se manter no mercado é uma verdadeira batalha nos 
tempos atuais, neste contexto, empresas estão procurando cada me vez mais 
estratégias para atingir um diferencial competitivo, pois se consolidar no mercado 
não se tornou uma tarefa fácil, não basta apenas apresentar um bom preço e 
condições de pagamento, o consumidor precisa ser analisado conforme seus 
desejos, bem como suas necessidades, desta forma, é preciso entender como 
ocorre essa transição entre consumo em massa da modernidade para o consumo 
emocional da pós-modernidade. 
Conforme Baudrillard (1981, apud FAGGIANI, 2006, p. 28) ‘’A necessidade, 
neste caso específico, não é a necessidade do objeto, mas a necessidade da 
diferenciação ‘’. Dessa forma se entende porque nunca existe satisfação completa. 
No entanto Faggiani (2006, p. 26 ) completa dizendo que: o desejo pode ser visto 
como um capricho da alma, para muitos, natural e imprescindível, ou seja, a maioria 
dos produtos tem valor porque satisfazem vontades do espírito. 
Nota-se desta forma que é de suma importância buscar e compreender o que 
o público-alvo ou consumidor de determinado produto/serviço, precisa ou deseja. A 
partir desta percepção é possível suprir essa necessidade, na qual muitas vezes 
nem o próprio consumidor havia se dado conta. 
18 
 
Neste meio, o design e a publicidade tornaram-se estratégias cruciais para as 
empresas, através de suas ferramentas é possível bombardear os consumidores de 
informações, os levando a terem novos estímulos, os quais alimentam seu ego e 
consolidam o consumo, gerando novas necessidades e apresentando os mais 
variáveis sonhos de consumo. 
Quanto mais informações forem transmitidas, consequentemente se terá mais 
acesso a novidade, criando-se assim mais necessidades de se obter novos 
produtos. Essa evidente euforia publicitária leva o consumidor a desejar o luxo e o 
glamour, leva-os à compulsão pela compra e a constante busca pelo novo, 
acreditando que ao realizar a comprar será mais feliz. 
 Surge então a necessidade de pensar estratégias para este novo contexto 
mercadológico, onde o design é usado como diferencial para emocionar e atrair o 
público. Partindo deste principio, este projeto visa desenvolver a identidade e 
ambientação visual de uma loja infantil. Sendo um espaço especialmente planejado 
e projetado para interpretar as necessidades e anseios do público-alvo: crianças e o 
público consumidor: as mães. Onde todos os elementos fundem-se para atingir o 
intuito de proporcionar, sobretudo, uma experiência e a interação do público com a 
mesma. 
Nada mais estimulante para o consumidor que ao entrar em uma loja, os seus 
sentidos sejam despertados, os levando ao encantamento, dessa forma além do 
ponto de venda, os vendedores, asdisposições dos produtos, o cheiro, a trilha 
sonora a iluminação, enfim, tudo deve fazer parte de uma harmoniosa sintonia com a 
proposta da loja, criando um ambiente adorável ao ato da compra. 
 
 
1.4 METODOLOGIA DO PROJETO DE DESIGN E PESQUISA 
 
 
A metodologia da pesquisa caracteriza-se como sendo exploratória, 
utilizando-se de meios bibliográficos pertinentes ao trabalho, envolvendo assim o 
design emocional, os aspectos de ambientação de uma loja comercial, marca e 
identidade visual. As informações necessárias para o desenvolvimento e construção 
das pesquisas envolvidas no projeto foram retiradas de livros, internet, revistas e 
entrevistas informais a campo para melhor compreensão das reais necessidades e 
19 
 
comportamento do mercado, para então buscar uma solução utilizando das 
ferramentas do design. 
A metodologia utilizada para a elaboração do projeto será o método MD3E 
(Método de Desdobramento em 3 Etapas), proposta pelo autor Flávio Anthero dos 
Santos, este método é considerado um método aberto, pois possibilita fazer 
intervenções ao longo de seu processo. Através de sua forma radial o autor 
comenta que a metodologia é dividida em três etapas básicas que são a pré- 
concepção, concepção e pós- concepção. 
 
 
1.5 ESTRUTURA DA MONOGRAFIA 
 
 
Para melhor compreensão deste projeto, a monografia será apresentada em 
forma de capítulos, obtendo os seguintes itens: 
 
- Capítulo 1: Introdução; 
- Capítulo 2: Bases do conhecimento; 
- Capítulo 3: Metodologia do projeto de design; 
- Capítulo 4: Resultado do projeto; 
- Capítulo 5: Considerações finais. 
 
No capitulo 1 encontra-se uma introdução ao assunto e uma breve panorama 
sobre mercado e a importância do design emocional, apresenta-se também ao 
objetivos, tema, problema, justificativa e a metodologia utilizada. A partir do capitulo 
2, busca-se referenciais bibliográficas, com o objetivo de aprofundar estudos sobre 
design, design emocional, aspectos de ambientação de uma loja, marca e identidade 
visual. Para a estruturação do trabalho utilizou-se a metodologia MD3E (Método de 
Desdobramento em 3 Etapas), proposta pelo autor Flávio Anthero dos Santos, dessa 
forma no capitulo 3 é apresentado e aplicado a metodologia de design. No capitulo 4 
apresenta-se os resultados do projeto como os modelos em 3d e o manual de 
identidade visual. Por fim, no capitulo 5 apresenta-se as considerações finais 
introduzindo um breve comentário sobre o resultado do projeto. 
20 
 
2 BASES DO CONHECIMENTO 
 
 
2.1 DESIGN 
 
Em tempos atuais o termo design vem sendo comumente aplicado a vários 
ramos e segmentos, definindo estilo e estética dos produtos, no entanto, o termo vai 
muito além da primeira impressão, o design tem o poder transformador de uma 
sociedade, alem de estilo, atribui ao entorno do homem funcionalidade, conceito e 
emoção. 
Independente da classe social, o design está presente no dia-a-dia de todas as 
pessoas, seja nas embalagens, sinalizações, móveis, ambientes, objetos, 
propagandas, comunicações, no desenvolvimento de uma caneta até um avião, 
assim mesmo de forma inconsciente o design é utilizado por todos. 
A confusão da terminologia tem origem com a cultura do design no Brasil, que 
conforme Manzatto e Tissiani (2006, p.4) 
 
No Brasil, o design foi introduzido nas empresas quando a política 
econômica abriu as portas aos produtos importados, frente a grande 
concorrência na década de 1990, a saída encontrada pelas empresas foi 
investir em design. O objetivo era desenvolver produtos funcionais, de 
qualidade e competitivos. Com isso, o design passou a receber atenção 
especial dos empresários brasileiros, pois não conseguiam mais concorrer 
com igualdade de condições com os produtos estrangeiros disponibilizados 
no mercado. 
 
A fim de definir o design em sua origem, Denis (2004, p. 17) apresenta que 
A origem mais remota da palavra design está no latim designare, verbo que 
abrange ambos os sentidos, o de designar e o de desenhar. Percebe-se 
que, do ponto de vista etimológico, o termo já contém nas suas origens uma 
ambigüidade, uma tensão dinâmica, entre um aspecto abstrato de 
conhecer/projetar/atribuir e outro concreto de registrar/configurar/formar. 
 
Para Silva (2002, p.100), “Design é o processo criativo, inovador e provedor 
de soluções para problemas de produção, problemas tecnológicos e problemas 
econômicos, como também, para problemas de cunho social, ambiental e cultural.” 
Assim como a definição do termo, a história do design também gera muitas 
21 
 
controvérsias. Sabe-se que o design surgiu a partir da Revolução industrial, e se 
fortaleceu na Alemanha com a Bauhaus. 
 STRUNCK (2007, p. 23) enfatiza que: 
 
O ensino e a prática institucionalizados do design são historicamente muito 
recentes (A primeira escola de design foi a Bhauhaus, na Alemanha, 
fundada em 1919; no Brasil, foi a ESDI- Escola Superior de Desenho 
Industrial, criada em 1963, no Rio de Janeiro.) 
 
 
Dentro desse contexto, o design começa a ser visto como uma novidade, uma 
ferramenta adequada para impulsionar vendas, adquirindo grande importância para 
o mundo capitalista. Faggiani (2006, p. 47) aponta que: 
Sendo assim, [...] o design, e suas diversas modalidades, são poderosas 
ferramentas e estratégias de marketing, pois pode fazer com que um artigo 
sobressaia e apareça tecnicamente superior a da sua concorrência, 
demonstrar qualidade, credibilidade e, principalmente, pode inspirar o 
desejo do consumidor. 
 
Santos (2000, p. 21) complementa dizendo que “ [...] o design é responsável 
por satisfazer necessidades das pessoas que muitas vezes não são tangíveis”. 
Ainda sob o ponto de vista do designer americano IVAN CHERMAYEFF às 
vezes, fazer design não é fazer muita coisa, apenas identificar um problema e torná-
lo mais simples. Seguindo a linha de que o design deve ser objetivo e prático [...]. 
(1996, apud SANTOS 2000, p. 20) 
Nota-se neste contexto que a terminologia e o conceito da profissão vão muito 
alem do visual dos produtos, design envolve projeto, plano, propósito, estratégias e 
soluções que vão ao encontro aos desejos, anseios e emoções das pessoas. 
Seguindo este contexto, o design se tornou um artefato decisivo para o novo 
cenário competitivo, agregando valores e significados a produtos/serviços, tornando-
os assim mais prezados pelos consumidores. ‘’Em virtude deste novo cenário de 
competição mercadológica, a procura pelo design parece cada vez mais estar 
presente nas estratégias das empresas brasileiras’’. FAGGIANI (2006, p. 62) 
Desta forma nota-se que o mercado do design é amplo e cada vez mais 
propício para aqueles que se propuserem a atuar com eficiência sobre ele, deste 
modo, é possível abordar a importância da atuação do design dentro dos processos 
22 
 
de qualidade e diferenciação no mercado em geral. Neste sentido Faggiani (2006, p. 
63) diz que: 
Para estimular um verdadeiro designer, o profissional deve ter experiência 
ou conhecimentos em diversos fatores atuais como a ergonomia, 
conceituação, programação visual, ecodesign, entre outras; assim como ter 
uma visão holística, adotar o processo de ‘’benchmarking’’, tornar a dianteira 
e antecipar as expectativas e necessidades do consumidor, conhecer todo 
processo de produção e comportamento dos materiais a serem utilizados e 
comunicar estética e forma. 
 
 
Sendo assim, é necessário que o design esteja presente no inicio do processo 
de concepção do produto, até a reciclabilidade passando assim por todas as etapas 
necessárias. Fazendo com que o design esteja atuando, dentro deste sistema 
completo e altamente multidisciplinar, fazendo parte de um elemento de integração. 
Santos (2000, p. 26). 
 Percebe-se desta forma que o designer deve estar integrado à empresa para 
então propor alternativas condizentes com a realidade a qual ele está projetando. 
Para FAGGIANI (2006, p. 62) 
O designdeve ser visto como uma parte integrante do desenvolvimento de 
um produto, tornando-o cada vez mais competitivo, constituindo em última 
análise, a imagem da empresa e do mesmo no mercado. O que faz, nos 
dias de hoje, com que seu produto seja selecionado em detrimento de 
outros, num mercado de tantas ofertas é o design. 
 
 
 É evidente deste modo que o design apresenta-se como diferencial 
competitivo e agrega valor às empresas e produtos, atributos estes que vão alem da 
forma e função, são carregados de conceito e emoção. Dessa forma o design atua 
em vários campos, fazendo parte da cultura e da economia. 
 
 
 
2.2 DESIGN EMOCIONAL 
 
 
É notável a percepção de que o mundo não para de evoluir. Recursos que 
ontem representavam um grande diferencial, hoje simulam apenas mercadorias. 
Neste contexto as empresas precisam inovar e diferenciar consecutivamente, 
23 
 
criando assim novas experiências para os consumidores, a ponto de não apenas 
invocar um ato de compra, mas sim lhe proporcionar novas emoções. 
Em relação à linguagem popular, pode-se proferir que o funcional deve ser 
aliado ao estético-formal, partindo dessa premissa, cabe ao designer aliar 
adequadamente esses fatores gerando diferenciais competitivos. 
De acordo com Iida (2006, p. 5, ) os prazeres estão relacionados diretamente 
com os aspectos funcionais e emocionais dos produtos, que assim os define: 
 
Aspectos Funcionais. São aqueles associados ao bom desempenho do 
produto. Por exemplo, uma máquina de lavar eficiente está associada ao 
prazer da roupa limpa, cheirosa e sem danos. Uma roupa bem 
confeccionada pode proporcionar conforto e auto-confiança. 
Aspectos Emocionais. Estão relacionados às sensações provocadas pelo 
produto, como a excitação, interesse e alegria. Elas resultam de 
determinadas características como a beleza, odor ou maciez no contato 
físico. Um barbeador elétrico, além de ser funcionalmente eficiente, pode 
proporcionar prazer visual pelas suas formas e cores, e um tato agradável 
durante o manuseio. 
 
Complementando Norman (2008, p.25), coloca que existem três aspectos 
envolvidos no design: “O design visceral diz a respeito às aparências. O design 
comportamental diz a respeito ao prazer e à efetividade no uso. E o design refletivo 
considera a racionalização e a intelectualizarão de um produto’’. 
Sendo assim, a respeito do design visceral, pode-se considerar como sendo o 
primeiro ato do consumidor, o de estar buscando por algum produto, e no momento 
em que se depara com o mesmo, ele desperta no consumidor o desejo pela compra 
fazendo com que o consumidor entre em contato com a loja, se deparando assim 
com um ambiente agradável, que lhe proporcione boas vibrações e um sentimento 
de bem estar. 
A segunda etapa é o momento da compra, em que o consumido se depara 
diretamente com o vendedor, analisa o produto, e de imediato se encanta como o 
produto, efetuando assim a compra. A ultima etapa se resume na oportunidade em 
que consumidor use o produto, comprovando que realmente o produto satisfez suas 
necessidades atingindo assim suas expectativas. 
Ainda de acordo com Norman, (2008, p.102) “A sensação física é muito 
importante. Afinal somos criaturas biológicas, com corpos físicos, braços e pernas. 
Uma parte enorme do cérebro é ocupada pelos sistemas sensoriais, continuamente 
investigando e interagindo com o ambiente’’. Dessa forma, fica evidente que as 
24 
 
empresas precisam estar cada vez mais ligadas em maneiras de despertar as 
emoções em seus consumidores, atraindo-os e envolvendo-os. 
Sobre essa relação emocional do consumidor com o ato da compra, 
Guimarães (2008) comenta: 
 
Comprar, hoje significa muito mais do que adquirir produtos: as pessoas 
adquirem imagens idealizadas, sonhos, projeções, felicidades, praticidades, 
emoções variadas. [...] Diante deste cenário, para vender melhor seus 
produtos e buscar um sucesso mais equilibrado, para vender uma imagem, 
os gestores e empresários do varejo precisam construir uma imagem 
consistente das suas lojas, capaz de despertar, atrais, envolver, sensibilizar 
e conquistar afetivamente e efetivamente, os seus consumidores. 
 
 
Assim, é de suma importância que a organização de uma loja esteja 
diretamente interligada em todos os aspectos sensoriais, além dos vendedores, da 
disposição dos produtos, da ambientação, cores, iluminação, cheiros até mesmo a 
trilha sonora, estejam completamente conectados, com o intuito de emocionar o 
consumidor, fazendo com que o mesmo se sinta confortável e satisfeito na hora de 
realizar a compra. Dessa forma, a fidelização do consumidor será mais eficaz, pois 
além de lhe fornecer o produto desejado. 
 
 
2.3 ASPECTOS DE AMBIENTAÇÃO DE UMA LOJA 
 
 
O ato de vender e expor as mercadorias faz parte da história da humanidade 
a anos, essa concepção vem desde feiras, mercados, vendedores ambulantes, lojas 
comerciais entre outros. 
 No entanto atualmente é evidente a mudança nos modelos de exposição, os 
empresários buscam cada vez mais um diferencial competitivo, e a maneira de se 
expor os produtos se tornaram uma grande estratégia, tornando-se de fundamental 
importância conquistar os consumidores antes mesmo de eles entrarem em suas 
lojas. Diante de um mercado altamente competitivo inovar se tornou mais do que 
uma necessidade, é necessário envolver e emocionar o consumidor, para que 
desperte no mesmo o desejo pela compra. 
25 
 
O ato de comprar deixou de ser apenas uma necessidade, e se tornou um 
modo de satisfazer desejos, dessa forma, as emoções começam a controlar as 
atitudes dos consumidores, fazendo com que o consumo se torne mais frequente e 
impulsivo, estimulando assim, um mercado mais competitivo. 
De acordo com Newton (2000, p. 77), “o ponto de venda, é o lugar onde o 
produto está exposto de forma a ser apreciado, tocado e comprado”. Atualmente é 
possível encontrar no mercado muitas marcas e diversas possibilidades de compra, 
dessa forma, são de extrema importância que os empresários busquem cada vez 
mais um diferencial para seu ponto de venda. Conforme Mowen (2003, p.248) “ o 
ambiente físico é o aspecto físico e espacial concreto do ambiente que circunda uma 
atividade de consumo”. 
De fato a necessidade de se diferenciar dos demais concorrentes hoje em dia 
é primordial, assim, apresentar ao consumidor um ambiente planejado e projetado, 
não apenas supre suas necessidades de compra, mas sim, faz com que o mesmo se 
torne envolvido com o ambiente, estímulos que resultam para o comerciante a 
fidelização de seu público. Quanto ao exposto. Mowen (2003, p.252) afirma que: 
 
 O ambiente da loja influencia o estado emocional do consumidor, o que 
leva ao aumento ou diminuição da compra. Quando o ambiente 
proporcionar emoções positivas, os clientes tendem mais tempo na loja, 
onde esta pode resultar em um aumento de compras. Em contrapartida, se 
o ambiente não for agradável, as compras também devem diminuir. 
 
O autor complementa dizendo que, para isso, primeiramente é necessário 
distinguir e focar nos conceitos em que loja deseja transmitir, para então analisar 
detalhadamente as necessidades e anseios do público alvo. Ressalta Mowen (2003) 
que é de extrema importância que todos os aspectos sensoriais da loja façam 
ligação com o seu consumidor, as cores, iluminação, disposição das mercadorias, a 
trilha sonora, o cheiro, enfim, tudo que envolva a percepção do cliente deve estar em 
plena harmonia, condizendo com que a loja tem a oferecer. 
Neste sentido, Niemeyer (2002, p.46) diz que é necessário alguns aspectos 
para que esta comunicação se torne eficiente, como: 
 
- Identidade: a loja deve se destacar dos concorrentes através de um nome 
e identidade que reflita sua imagem e o produto que é oferecido; 
- Sinalização: Os grafismos que ajudam o consumidor a perceber a loja e a 
localizar o que procura com facilidade, expondo-o a outros produtos com o 
objetivode seduzi-lo ao consumidor; 
26 
 
-Informação: no ponto de venda (displays): informa o consumidor sobre 
promoções e objetivam iniciar o impulso de compra; 
- Grafismos decorativos: fotos ou imagens que trazem emoção para a loja e 
devem motivar o consumidor ao ato consumo. 
 
Dessa forma, se tornam de extrema importância a compreensão e análise do 
público-alvo, pois é através dessa percepção que se torna possível traçar um 
diagnostico mais eficiente das necessidades projetuais no que se refere aos 
aspectos formais, funcionais e simbólicos. 
Na sequencia serão abordados alguns aspectos necessários para 
desenvolver uma ambientação comercial. 
 
 
2.3.1 Layout 
 
 
 Um dos fatores mais relevantes para um estabelecimento é a elaboração de 
sua imagem e seu conceito, o qual a empresa deseja transmitir. Dessa forma, é 
através do layout que serão organizadas todas as informações a serem 
comunicadas. 
No que se refere ao design de interiores, Las Casas (2004, p. 173) diz que 
layout se define como as partes essenciais ou elementos que auxiliam a loja a ter 
uma produtividade máxima. Para o autor é necessário organizar uma maneira, em 
que a clientela, mercadoria e funcionários se estabeleçam de uma forma agradável. 
Dessa forma o layout, além de definir o fluxo de circulação das pessoas 
dentro da loja, possibilita a organização do espaço, determinado corretamente a 
disposição dos móveis e mercadorias, para que se possa ter uma boa visualização 
dos produtos oferecidos pala loja. Sendo assim, Las Casas (2004, p.175) comenta 
que: “A chave do layout é melhorar o serviço ao consumidor, aumentar a 
produtividade da loja e reduzir os custos promocionais”. 
Sendo assim, se tratando de loja no varejo é necessário desenvolver uma 
analise e planejamento do ambiente interno de modo com que o layout ajude na 
organização e distribuição da loja. Este é visualizado a partir da planta baixa do 
projeto arquitetônico, que alinhará o interno da loja da melhor maneira para 
circulação, exposição de mercadorias e atendimento ao cliente, planejando assim 
uma organização interna. 
27 
 
As mercadorias devem ser expostas de acordo com o fluxo da loja, 
geralmente as áreas de maior transição se encontram perto de portas, escadas ou 
elevadores. Mercadorias de compra por impulso, devem estar localizadas em 
lugares de maior transição, já a mercadoria de compra comparada são colocadas 
em áreas de menor fluxo para facilitar o processo decisório.(LAS CASAS, 2004) 
 
Por fim, conforme Las Casas (2004, p. 180) 
 
[...] O interior das lojas deve ter um apelo aos consumidores. O material 
empregado deve ser o mais diferenciado possível; prateleiras, racks, 
manequins, elevadores, papel de parede etc; Estes são os componentes de 
uma instalação varejista. 
 
Nota-se que são através de pequenos elementos que determinadas lojas se 
destacam e se tornaram as preferidas dos consumidores. Fidelizar um cliente 
através de emoções, é oferecer a ele muito mais do que ele necessita e espera de 
um determinado ambiente, é lhe oferecer momentos de euforia e completo prazer. 
 
 
2.3.2 Vitrina 
 
 
A vitrina faz parte do layout do ambiente e pode ser considerado o primeiro 
contato que o consumidor tem com a loja, sua função primordial é expor os produtos 
e ao mesmo tempo representar o estilo e o conceito do ponto de venda para seus 
clientes, oferecendo informações rápidas diretas dos produtos encontrados na loja, 
no entanto deve surpreender e emocionar as pessoas, criando cenários que 
envolvam perspectivas fantasiosas de sonhos e realidade, buscando sempre um 
diferencial na exposição de seus produtos fazendo com que desperte no consumidor 
o desejo pela compra de uma forma rápida e direta e o conduza para o interior da 
loja. 
Conforme Demestresco (2000 apud SECCATTO, 2007, p. 57) : 
 
A vitrina é uma manifestação discursiva que não se restringe apenas à 
comunicação, ela abrange uma construção textual de um mundo no qual um 
produto passa a existir por se colocar em relação com os que o percebem. 
Portanto, a vitria é um espaço aonde se cria encenações, as quais 
28 
 
carregadas de significados têm vida própria, aproximando-se dos olhos dos 
consumidores. Assim, exposto na vitrina, o produto entra no mundo dos 
consumidores, os quais investem nele, grandes valores. 
 
 
 
Dessa forma o responsável por criar cenários espetaculares que levam o 
consumidor a olhar para dentro de seus sonhos é o vitrinista que de acordo com o 
autor Demestresco (2000, p. 14) é um profissional detalhista e peculiar, que precisa 
ter um olhar amplo, para dentro e para fora de si, para o mundo, visando atrair, 
surpreender, chocar seduzindo os olhares instantaneamente. 
 
Para compreender as diversidades das vitrinas Demetresco (2000 apud 
PAGNOT, 2011) pontua vários tipos de Vitrina. 
 - Vitrina de prestígio é aquela que prestigia uma linha de produtos que costumam 
ser luxuosos. 
- De lançamento no qual exibe um novo produto a fim de promove-lo. 
- Institucional apresenta o estilo ou conceito da marca, não exibe produtos. 
- Publicitária ocorre ao mesmo tempo em que a campanha publicitária veiculada. 
- De Impulso é responsável por gerar vendas de última hora, pois sua localização 
geográfica é privilegiada, geralmente próxima aos caixas. Podemos ver esse tipo de 
vitrina claramente no corredor para o caixa nas Lojas Americanas. 
 - Comemorativa é a vitrina utilizada para comemorar datas, como dia dos 
namorados, dia das mães, entre outras. 
- Temática utiliza uma história no momento da divulgação do produto, suas atitudes 
e conceitos. 
- Minimalista é bem simples e gera foco especial em um produto geralmente 
sofisticado. 
- Expositiva apenas expõe os produtos, não tendo foco. 
- Promocional é a vitrina de liquidação. Cenográfica cria dramaticidade, trazendo um 
lugar imaginário. 
- Viva traz uma pessoa ou várias, que fazem o papel do manequim. 
- Cinética é a vitrina com movimentos gerados por equipamentos mecânicos. 
- Luminosa tem como decoração a iluminação, chamando a atenção pela disposição 
de luzes coloridas. 
- Conceitual traz o conceito de um produto ou marca de forma bem especificada. 
- Gráfica tem como decoração desenhos, grafismos, painéis, grafites, fotografias. 
29 
 
- Aérea apresenta a decoração ou os produtos de forma suspensa, como se 
estivessem voando. 
- Técnica/Informativa é a vitrina educativa, como a farmacêutica. 
 
 
2.3.3 Iluminação em ambientes comerciais 
 
 
A iluminação é de suma importância para o ponto de venda, pois é através 
dela que a fachada e os produtos expostos na vitrina e no interior da loja se tornam 
ainda mais valorizados. Dessa forma as atenções devem estar voltadas de maneira 
especial para esse item, pois a iluminação irá transmitir as sensações do espaço. 
 
De acordo com Demestresco (2000, p. 124) A luz participa da construção do 
cenário, iluminado ou colorido de maneira diferente cada elemento conforme 
o planejado no projeto, com o intuito de realçar um produto, um material, 
uma cor ou, ainda, as qualidades dos objetos ali instalados. 
 
Sendo assim, cada tipo de loja necessita de uma iluminação determinada, 
levando em conta o tipo de mercadoria e o perfil de seu público- alvo, é possível 
notar que uma boa iluminação ajuda a transformar diferentes atmosferas, ao mesmo 
tempo em que uma iluminação inadequada despeça os consumidores, causando 
assim uma sensação de desconforto, que muitas vezes acaba impedindo vendas. 
Dessa maneira é evidente a importância de uma iluminação adequada, pois além de 
trazer benefícios à loja, ela se relaciona inteiramente com o cliente, lhe 
proporcionando conforto e bem-estar. 
 
A iluminação de uma loja deve estar sempre em plena harmonia com a 
arquitetura e conceitos, transmitindo diretamente seus valores. Uma boa iluminação 
ajuda atrair os olhares de seus consumidores, isto trará como consequênciaum 
incremento nas vendas e satisfação dos clientes. 
 
 
 
 
 
30 
 
2.3.4 A cor em ambientes 
 
 
 A cor deve ser uma ferramenta muito utilizada em projetos de interiores, desta 
forma é necessário que ela seja vista como uma estratégia e não apenas como 
elemento de decoração. Através das cores é possível transformar atmosferas e 
transmitir diferentes sentimentos ao consumidor e aos colaboradores. Para Gurgel 
(2005) a escolha correta das cores em um ambiente pode significar o sucesso de um 
projeto, tanto na sua concepção espacial alterando suas dimensões, e formas 
quanto nos estímulos à nas sensações. 
 Segundo Farina (1990, p. 29) 
 
A cor pode ser um elemento de peso. Uma composição pode ser equilibrada 
ou desequilibrada, dentro de um espaço bidimensional, pelo jogo das cores 
que nele atuam. Esse equilíbrio pode ser proporcionado pelas sensações 
suscitadas pela cor, adequando cada uma ao espaço que deve ocupar. 
 
 A grande importância das cores em ambientes e aos produtos se dá através 
da tentativa de provocar estímulos que levem o consumidor a compra. Dessa forma 
se torna necessário o entendimento da psicologia das cores que exerce uma grande 
influencia no estado espírito e emocional do consumidor. Adentrando mais sobre a 
psicologia das cores Gurgel (2005, p.71) define alguns significados: 
 
- O branco está ligado à higiene e à saúde. É a cor da paz, mas pode deprimir, pois 
está associada a hospitais. 
- O preto é escuridão e pode deprimir se utilizado em excesso. Para alguns pode 
significar sofisticação e para outros, tristeza. 
- O cinza é a mistura do branco e preto e está associado à sabedoria, ao estresse e 
à fadiga. 
- O azul, o verde-azulado e o verde, em tons claros, acalmam, relaxam e refrescam, 
combatendo o estresse. Tons vivos de azul podem transmitir paz. Já o azul-marinho, 
se utilizado em grandes áreas, pode deprimir e estimular introspecção. 
- O verde está associado à harmonia, à honestidade, a estabilidade, e à 
confiabilidade. Pode estimular o silêncio e a concentração e não favorece 
31 
 
discussões. Em locais de trabalho mais dinâmicos, associe-o com sua cor 
complementar, o laranja. 
- O violeta ajuda a desenvolver a percepção, mas, em tons fortes, pode deprimir 
deve ser evitado em ambientes em que se realizam atividades que exijam 
dinamismo. Se utilizado para estimular a intuição, deve ser combinado com sua cor 
complementar, o amarelo, para estimular o cérebro e consequentemente criar uma 
atmosfera mais dinâmica. O tom lavanda ajuda na auto-estima, além de tranqüilizar 
e refrescar. 
- O vermelho é dramático e vibrante. Pode estressar, irritar ou transmitir sensações 
claustrofóbica se utilizado em tons fortes e em grandes áreas. Possui a propriedade 
de atuar no plano racional das pessoas, deixando-as mais diretas e objetivas. Pode 
estimular demais a agressividade e discussões fervorosas. Aumenta o apetite e 
acelera as ações, já que se estimula fortemente nosso cérebro. 
- O magenta é a cor de maior vibração e com maior energia de transformação, 
induzindo a mudanças. 
- O amarelo é infantil, alegre e divertido. Estimula a criatividade, e comunicação 
entre as pessoas, o intelecto e o poder. Matizes puros e vivos devem ser evitados 
em ambientes muito pequenos, pois podem estimular demais nosso cérebro. 
- O laranja possui a energia do vermelho e a intelectualidade do amarelo, sendo 
aconchegante, estimulando o otimismo e a socialização e elevando o espírito. O 
laranja é considerado a cor da criatividade, da alegria e do humor. É antidepressivo, 
mas deve ser utilizado com cuidado em pessoas que se estressam ou que se agitem 
facilmente. Ajuda a digestão e acelera o raciocínio. 
Complementando Caballero e Cuizzetti comentam sobre os efeitos das cores 
através da ótica do Feng Shui, cromoterapia e decoração: 
-Branco 
Decoração: Um ambiente todo branco, para algumas pessoas, pode trazer prazer e 
calma, e para outras, frieza, tristeza e impessoalidade. O branco nos passa também 
uma sensação de limpeza, até exagerada. O branco só é branco, quando recebe 
uma luz intensa direta. 
Cromoterapia : Ela potencializa as demais cores. Representa a luz divina. 
32 
 
Feng Shui: É uma cor neutra, que pode ser usada em qualquer ambiente. Muito 
cuidado quando o branco aparece em demasia em um ambiente, pois nos passa 
uma sensação de infinito, frieza, vazio e hostilidade. Deve-se quebrar o branco com 
quadros e móveis bem coloridos. 
-Preto e cinza 
Decoração: É usado em pequenos detalhes, principalmente quando queremos fazer 
um "efeito especial", tanto dentro, como fora da casa. Ainda na área interna, é usado 
para fazer contrastes, principalmente com o branco. Muito usado no teto com pé 
direito muito alto, para dar a sensação de rebaixo. 
Cromoterapia: É o oposto da luz, a escuridão total. 
Feng Shui: É opressivo e depressivo. Representa o elemento água e deve se usar 
com muito cuidado. Em geral, é usado em pequenos detalhes na casa. 
-Verde 
Decoração: É uma cor muito usada. No chão, nos lembra a natureza. Não incide 
muita luz, mantendo a cor original. Em locais abertos, complementa madeira e 
jardins. 
Cromoterapia: É a cor da natureza, traz força equilibrada e progresso mental e 
corporal. Acalma o sistema nervoso e os sentidos. Também significa esperança e 
satisfação. 
Feng Shui: É uma cor neutra que representa o elemento madeira. Muito cuidado em 
usar a cor verde em locais que predomina o vermelho, pois teremos um local muito 
quente. Deve-se usar nos banheiros para elevar a energia deste local. Para casas 
que abrigam pessoas com problemas de saúde, o verde é uma ótima opção. 
- Lilás/violeta 
Decoração: Tons mais claros podem ser usados em todos os ambientes. Se for uma 
cor monocromática, pode cansar. 
33 
 
Cromoterapia: Tem efeito purificador, tranforma as energias negativas em positivas. 
Ótimo para a saúde. Acalma o coração, a mente e os nervos. 
Feng Shui: Traz tranquilidade, sossego e calma. Estimula a espiritualidade. Nas 
casas, deve ser aplicado em locais de meditação e oração. Em excesso, pode trazer 
depressão e ansiedade. 
-Laranja 
Decoração: Inconscientemente, lembra sabores agradáveis, sendo muito usado em 
cozinhas. Abre e estimula o apetite. Pode ser usado na sala de jantar, em uma só 
parede, em tons bem suaves. Em tons mais escuros, sugere estabilidade. 
Cromoterapia: Auxilia a mente a assimila novas idéias, mas deve ser usado com 
certo cuidado. 
Feng Shui: Em pequenas doses, estimula os sentidos, a criatividade e a 
comunicação. Boa para áreas da casa que quer se estimular o diálogo, como sala 
de visitas, de jantar e cozinhas. Em excesso, pode provocar conversas demais e até 
rebeldia. 
-Vermelho 
Decoração: Muita atenção em seu uso, pois, por ser uma cor muito energética e 
vibrante, pode provocar excitação e nervosismo, quando aparece em excesso nos 
ambientes. Em pequenas doses, traz aos ambientes um ar de glamour e até exótico. 
Em demasia, cai para a vulgaridade. 
Cromoterapia: Muito indicado para pessoas tímidas e retraídas porque estimula a 
atividade mental e quebra barreiras. Revigora a coragem e a força de vontade. 
Feng Shui: Cor que ativa e estimula as áreas de relacionamento afetivo, sucesso, 
auto-estima, fama e prosperidade. Deve ser usado com muito cuidado e em 
pequenas doses, pois é uma cor excitante e estimulante. No quarto de casal, ativa a 
sexualidade. Na sala ou cozinha, estimula o apetite e a fala. Em excesso, provoca 
brigas, confusões e explosões de humor. 
34 
 
- Azul 
Decoração: Pode ser usado em grandes áreas sem tornar-se cansativo, mas deve 
ser combinado com outras cores para evitar a monotonia. Mais escuro, transmite 
autoridade. Deve ser usado em ambientes formais. 
Cromoterapia: Nos passa calma e serenidade. Também é asséptico e 
desestressante. 
Feng Shui: É uma cor calmante e traz tranquilidade aos ambientes. Deve-se tomar 
muitocuidado em locais cujas paredes são pintadas de azul claro, pois pode 
provocar sono em excesso. Já, para quem é muito agitado, é uma boa opção. 
- Amarelo 
Decoração: É muito usado para esquentar áreas escuras e para dar mais 
iluminação. Em pisos, provoca sensação de avanço. Em grandes áreas e 
superfícies, pode incomodar por causa da incidência de luz. 
Cromoterapia: É uma cor que atua diretamente sobre o mental. É animador, 
inspirador e estimula o raciocínio. Ajuda no auto-controle. Fortalece os ouvidos e os 
olhos. 
Feng Shui: É a cor da luz. Estimula a comunicação, atividades mentais e abre o 
apetite. Deve ser usado no quarto de estudo ou na criança. Na cozinha, em doses 
equilibradas. Em excesso, provoca muita conversa e pensamentos acelerados e 
confusos, provocando preocupação. 
 Por tanto, fica evidente que desenvolver um estudo de cores ao projetar um 
ambiente é de suma importância, pois cada cor possui um estimulo e um significado 
próprio, que ao ser aplicado transmitirá diferentes sensações, gerando mais 
harmonia ao ambiente. 
 
 
 
 
35 
 
2.4 MARCA E IDENTIDADE VISUAL 
 
 
Comumente denomina-se marca como sendo a forma com que uma 
empresa representa simbolicamente um nome, produto ou serviço. No entanto, o 
conceito de marca vai além de sua representação gráfica, ela consiste em transmitir 
os valores da empresa para seus consumidores. Sendo assim, uma marca não é 
apenas caracterizada pelo seu símbolo gráfico, mas sim por todos os elementos que 
o acompanham, podendo ser um produto, uma imagem, cores, sons, um símbolo, 
enfim, qualquer elemento que remeta e faça lembrança a empresa, mesmo que 
muitas vezes sendo mais intangível do que tangível. 
 Strunck (2007, p.18) define marca como: 
 
Marca é o nome, normalmente representado por um desenho (logotipo e/ ou 
símbolo), que, com o tempo, devido às experiências reais ou virtuais, 
objetivas ou subjetivas que vamos relacionando a ela, passa a ter um valor 
especifico. Quando nos referimos a marcas, quase sempre nos lembramos 
de empresas, seus produtos ou serviços, mas elas são igualmente 
importantes para designar religiões, partidos políticos, instituições, clubes 
esportivos, e até pessoas (Pelé, Xuxa etc.) além de uma infinidade de 
outras virtudes humanas. 
 
Conforme Ribeiro (1998, p.241) 
 
A marca é um símbolo publicitário, muito superior em força expressiva ao 
próprio nome. Ela tem capacidade de destacar, num conjunto de produtos 
semelhantes, aquele de nossa referencia. Sua importância está na 
formação gráfica, cujo motivo deve ser simples e expressivo, facilmente 
identificável, levando-se em conta o seu alto valor de permanência e 
significação. 
 
Ainda para Wheeler (2008, p. 12) ‘’A marca é a promessa e as expectativas 
que residem na mente de cada consumidor a respeito de um produto, de um serviço 
ou de uma empresa’’. 
Sendo assim, é possível compreender as dimensões de uma marca e o 
quanto ela se torna poderosa ao ser aplicada de maneira correta. É fácil perceber o 
quanto as pessoas estão envolvidas pelo mundo das marcas, pois são através delas 
que são diferenciamos certos produtos e serviços. Com a grande expansão 
mercadologia, obter uma marca de sucesso hoje em dia, significa se destacar em 
um contexto de produtos semelhantes, se tornando a preferência de seus 
consumidores. 
36 
 
Tamanha é a importância das marcas no contexto social atual que o 
marketing faz uso de seus recursos buscando associar às marcas a uma 
personalidade ou uma imagem mental (logotipos e símbolos). Assim, pretende 
“marcar” a imagem na mente do consumidor, isto é, associar a imagem aos valores 
atribuídos ao produto ou serviço. Em função disto, uma marca forma um importante 
elemento temático para a publicidade, pois ela serve como uma forma rápida para 
mostrar e dizer aos consumidores o que um fornecedor oferece ao mercado. 
 Para o reconhecimento as marcas precisam conquistar seus consumidores e 
ostentar um posicionamento. Para Strunck (2001, p.36) “O posicionamento é a 
síntese da concepção estratégica da marca, a criação e o desenvolvimento de 
diferenciais competitivos percebidos pela sociedade e pelos consumidores.” 
O autor ainda comenta que, marca pode incorporar “valores” correlatos a 
significado, atributos, benefícios, cultura, personalidade e perfil do usuário. Por isso, 
marca não é apenas um nome apesar de o nome da marca ser muito importante, ela 
envolve fatores tangíveis e intangíveis. Assim, o maior desafio para as empresas 
está em desenvolver uma marca com escolhas que formem bases para a identidade 
visual, é impossível promover uma marca em apenas um nível, pois a concorrência 
pode superá-la deixando-a sem opções. 
Diante de um cenário cada vez mais informatizado, são evidentes as 
consequências da globalização, que invadem de maneira eminente a vida das 
pessoas, desta forma, quase todos os segmentos de negócios sofrem com a grande 
competição global. Essa invasão tecnológica e comunicacional globalizada cada vez 
mais acelerada no mercado, faz com que as empresas que não forem capazes de 
transmitir diferenciais competitivos em seus serviços/produtos, tenham que competir 
meramente por preços com seus concorrentes. 
Por essas questões, Strunck (2007, p. 18) apresenta que “nos negócios 
vencedores, as marcas vêm cada vez mais se relevando como um grande 
patrimônio, capazes de transferir valores ao que é oferecido ao público”. A marca 
transmite muitas informações e associações ao consumidor, fazendo com que a 
mesma se torne uma ferramenta de grande diferenciação em relação à sua 
concorrência. 
Diante de uma sociedade em que as pessoas não têm tempo a perder, a 
marca se torna um diferencial fundamental, que deverá criar uma estrutura mental 
37 
 
no consumidor que fará uma grande diferença na hora da decisão da compra 
mediante seus concorrentes. Além disso, Strunck (2007, p.52) menciona que: 
 
O ser humano pensa visualmente. As imagens agem 
diretamente sobre a percepção do cérebro, impressionando 
primeiro para serem depois analisadas, ao contrario do que 
acontece com as palavras. Tudo que vemos nos comunica 
alguma coisa. Cores, formas, texturas. 
 
Desta forma, é de suma importância para uma empresa apresentar sua marca 
envolvida em um sistema de identidade visual, para que consequentemente a 
mesma transmita uma boa impressão à primeira vista. De acordo, com Strunck 
(2007, p.57) 
 
A identidade visual é o conjunto de elementos gráficos que irão 
informatizar a personalidade visual de um nome, idéia, produto 
ou serviço. Esses elementos agem mais ou menos como as 
roupas e as formas de as pessoas se comportarem. Devem 
informar, substancialmente, à primeira vista. Estabelecer com 
quem os vê um nível ideal de comunicação 
 
 
Complementando, o autor HEILBRUNN (2004, p. 83) diz que: 
 
A elaboração de uma logomarca tem a ver essencialmente com 
a instalação de um sistema de identidade visual, isso é, com a 
escolha, a hierarquização e o uso de signos que vão 
representar visualmente a empresa junto a seus diferentes 
públicos. 
 
Para tanto, Strunck (2001) define como sendo parte de um sistema de 
identidade visual, os elementos principais: logotipo e símbolo. Logotipo é modo com 
que a marca é escrita, representado por algum tipo de letra, de certa forma toda 
marca terá um logotipo. Símbolo se trata de um sinal gráfico que, irá identificar 
determinada marca, produto ou serviço, no entanto nem todas as marcas possuem 
um símbolo. Elementos secundários como: cor (ou cores) padrão e alfabeto padrão. 
Cor (ou cores) padrão é utilizada nas identidades visuais das marcas, representadas 
por uma ou mais cores, fazendo parte de uma personalidade visual, que muitas 
vezes acabam obtendo mais reconhecimento do que a logotipo e símbolo. Alfabeto 
padrão é utilizado para escrever todas as informações complementares numa 
identidade visual. 
38 
 
Possuir uma identidadevisual moderna e contemporânea, que transmita os 
valores e conceitos da empresa é um dos grandes fatores de sucesso no mundo dos 
negócios hoje em dia. Saber comunicar e atingir diretamente o seu público faz quem 
a empresa emocione o consumidor. A fidelização dos clientes consequentemente 
refletirá em uma empresa de sucesso que consegue transmitir de forma clara e 
objetiva os seus ideais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
3 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE DESIGN 
 
 
3.1 METODOLOGIA DO PROJETO DE DESIGN 
 
Para o desenvolvimento de um projeto de design é necessário a utilização de 
uma metodologia, a qual consiste em orientar e organizar as etapas projetuais que 
serão necessárias para resolver certo problema, é através dela que o profissional 
descreve os caminhos pelo qual deverá percorrer ao longo de um projeto ajudando 
assim a obter um resultado mais aprimorado e eficaz. Munari (1998, p. 10) relata que 
“O método de projeto não é mais do que uma série de operações necessárias, 
dispostas em ordem lógica, ditada pela experiência.” O autor ainda comenta que o 
método de projeto pode ser alterado conforme suas necessidades. 
Ainda, Matté ([20--], p. 02), define metodologia projetual como: 
 
 
 
A metodologia projetual é um instrumento que auxilia o desenhista-industrial 
a realizar o desenho do projeto do produto industrial, seja ele de artefato, de 
comunicação ou de ambiente. O projeto, por sua vez, encontra-se inserido 
num contexto mais amplo, o planejamento de produto industrial, onde o 
desenhista-industrial desempenhará suas tarefas juntamente com outros 
profissionais – de Mercado e de Produção. Assim, a metodologia projetual 
deve estar em integração com o processo de planejamento, não 
considerando o projeto isoladamente, sem influências ou consequências, 
requisitos ou restrições. 
 
 
Sendo assim a metodologia escolhida para o desenvolvimento deste projeto, 
é a MD3E (Método de Desdobramento em 3 Etapas) proposta pelo autor Flávio 
Anthero dos Santos, se trata de um método conhecido como aberto, pois possibilita 
fazer alterações ao longo de seu processo. Ela é representada graficamente em uma 
forma radial. Dessa forma Santos (2005, p. 76) complementa que: 
 
A estrutura radial pretende mostrar ao aluno que o projeto traz em si uma 
relação de causa e efeito, como uma propagação de ondas. Mesmo não 
havendo indicativos pré-definidos das relações que existem entre as etapas 
e atividades do método, na medida em que estas são desdobradas e 
definidas tem-se uma visão geral do projeto, identificando-se possíveis 
dependências entre elas. 
 
40 
 
Através desta forma radial o autor comenta que em seu centro localiza-se o 
problema do projeto, e a sua relação com a necessidade humana, após há um 
desdobramento obrigatório, no qual a metodologia será dividida em três etapas 
básicas que são a pré- concepção, concepção e pós- concepção. 
 
 
Pré- concepção: 
• O planejamento do projeto; esta é a etapa onde se da inicio ao 
desenvolvimento do projeto, define-se o cronograma investimentos e 
tecnologias, nesta etapa planeja-se as ações envolvidas para se obter o 
resultado de forma mãos eficiente e eficaz. 
• A análise do problema; trata-se do desenvolvimento de pesquisas como 
concorrentes, cliente, tecnologias entre outras que se fazem necessárias 
para o desenvolvimento do projeto. 
• A definição dos atributos do produto; envolve os atributos funcionais, estético-
formais e simbólicos que serão atribuídos ao projeto. 
Concepção: 
 
 
 
 
Figura 1: Desdobramentos mínimos obrigatórios 
Fonte: Santos (2005) 
 
41 
 
• Definição dos Caminhos; refere-se às ferramentas que serão utilizadas para 
estimular e auxiliar no desenvolvimento da geração de alternativas. 
• Geração de Alternativas; através dos conceitos atribuídos ao projeto 
desenvolvem-se alternativas através de croquis, esboços entre outros para 
seleção e confecção posterior. 
• Seleção e Adequação; é feito a seleção da alternativa que atenda os critérios 
e conceitos levantados ao longo do projeto, e em sequência uma análise 
criteriosa a qual possibilite adequações caso seja necessário. 
Pós-Concepção: 
 Detalhamento de Sub-Sistemas e Componentes; 
Definição dos Processos Produtivos; 
Mercado. 
A partir destas três etapas desdobra-se os demais processos necessários para 
o gerenciamento de projeto, que irá auxiliar no desenvolvimento de cada etapa para 
obter em um bom resultado de projeto. 
 
 
3.2 APLICAÇÃO DA METODOLOGIA DO PROJETO DE DESIGN 
 
 
Utilizando o método MD3E (Método de Desdobramento em 3 Etapas) para o 
desenvolvimento do projeto, definiu-se a partir do problema/necessidade, a estrutura 
necessária para o desenvolvimento, sendo necessário ramificar as etapas de: pré-
concepção, concepção e pós-concepção, envolvendo outras atividades que 
auxiliaram no desenvolvimento projetual. No entanto para a representação da 
metodologia optou-se pela representação em forma de tabela para melhor 
entendimento e visualização das atividades. 
Desta forma, para a pré- concepção encontra-se as seguintes etapas: 
 
42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Pré- concepção. 
Fonte: O autor. 
 
43 
 
Para a fase de concepção, elencam-se as seguintes etapas: 
 
 
Na fase da pós- concepção, encontra- se as seguintes etapas: 
 
 
 
 
 
Figura 4: Pós-Concepção. 
Fonte: O auto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Concepção. 
Fonte: O autor. 
44 
 
3.3 PROJETO DE DESIGN 
 
 
3.3.1 Pré- concepção 
 
 
3.3.1.1 Planejamento do projeto 
 
 
3.3.1.1.1 Objetivo 
 
 
Desenvolver a identidade e a ambientação visual de uma loja infantil usando 
como estratégia o design emocional. 
 
 
3.3.1.1.2 Delineamentos Projetuais 
 
 
Tendo em vista que este projeto tem fins acadêmicos faz-se necessário traçar 
alguns delineamentos fictícios, a fim de estruturar bases que possibilitem a 
condução projetual. Desta forma apresentam-se os seguintes dados: 
 
 
3.3.1.1.3 Empresa 
 
 
A loja está localizada no centro da cidade de Chapecó, Santa Catarina. O 
município é pólo econômico do oeste e firma-se também como pólo turístico, possui 
aproximadamente 183.533 habitantes (2011). A empresa está sendo implantada no 
segmento de moda infantil feminina e masculina, e tem como público-alvo crianças 
de 2 a 8 anos, pertencentes a classe A. 
A loja posiciona-se como sendo um lugar certo para vestir o público infantil de 
uma forma mais criativa e divertida, abrindo seu espaço as crianças e seus pais, 
45 
 
oferecendo um conceito lúdico e moderno em moda infantil, pensado inteiramente 
em proporcionar uma experiência única e divertida para toda família. 
O seu grande diferencial é sua infro- estrutura a qual visa ser um local de 
entretenimento para as crianças e um espaço agradável para os pais. Em seus 
valores estão presentes a motivação de uma equipe qualificada, alegre e dedicada 
inteiramente em transformar sonhos em realidade. 
 
 
3.3.1.1.4 Mercado e Público- alvo 
 
. 
Uma nova experiência de varejo vem chamando atenção nos últimos tempos. 
Um novo nicho de mercado surge. A indústria de vestuário infantil evoluiu tanto, que 
a cada dia aumenta a grande quantidade de produtos desenvolvidos para as 
crianças, fazendo com que os mesmos se tornem cada vez mais presente na hora 
da compra. A diversidade de produtos e informações direcionadas para esse público 
é tão grande que se torna fácil entender por que as crianças querem ter o direito à 
escolha. 
As crianças são estimuladas a ingressar cada vez mais cedo no universo 
adulto, observando modas e hábitos. Dessa forma, de acordo com Montigneaux 
(2003, p.18): 
 
Trata-se de uma população fortemente influenciadora, participante das 
decisões de compra de produtos e serviços que lhe dizem respeito 
diretamente ou que fazem parte do conjunto familiar. A criança não se 
contentaapenas em escolher os objetos para o seu próprio uso, ela 
influencia também o consumo de toda família. Sua influencia ultrapassa de 
longe, sua própria esfera de consumo. 
 
 
Segundo Trindade (2002) atualmente ha uma importância cada vez maior 
com as crianças, o contexto familiar evoluiu consideravelmente, dando aos filhos um 
lugar muito mais importante. A relação entre pais e filhos, antes apontada pela 
autoridade, vem se modificando aos poucos, tornando-se hoje em dia uma relação 
de negociação. Esse procedimento ocorre pela mudança de educação e 
relacionamento com a criança. 
 Neste cenário as marcas infantis oferecem cada vez mais uma gama de 
46 
 
variedades e estilos, foi-se o tempo em que somente os pais definiam as roupas 
para seus filhos, hoje em dia as crianças sabem exatamente o que é tendência e o 
que realmente os agradam, dessa forma as crianças estão mais autônomas e 
acabam decidindo por si próprias. 
Diante disso esse público se torna um consumidor distinto dos adultos, pois 
precisam ser tratados de uma forma adequada para cada fase do seu 
desenvolvimento cognitivo. Sendo assim, as empresas se dedicam cada vez mais 
em atrair esses pequenos consumidores, transformando suas lojas em um mundo de 
sonhos infantis, onde provadores se transformam em um modo divertido de se 
provar as roupas, as cores do ambiente condizem com os estímulos de prazer da 
criança, o som ambiente integra a diversão com a permanência da criança no 
estabelecimento, ainda, já é possível encontrar em algumas lojas monitores que 
auxiliam a as mães com seus filhos na hora da compra. 
Conforme Santos (2000, p. 63-64): A criança apresenta três etapas diferentes 
se tratando a faixas de idade. De 0 a 2 anos, inicia-se uma fase de observações, no 
qual a criança descobre e acompanha as compras acompanhada pelos pais, sem 
identificar e compreender marcas e produtos. Aos 3 a 5 anos, a criança desenvolve 
a manifestação de indagação, demonstrando seus desejos pela compra, e 
solicitando aos seus pais suas vontades. Já são capazes de diferenciar marcas, 
produtos e encontrar as mercadorias nas prateleiras. No entanto entre os 6 a 12 
anos, a criança já começa a participar mais das compras, entrando em um universo 
racial, no qual ela passa a imitar seus pais, e efetuar suas compras sozinhas ou com 
amigos. 
O autor ainda destaca que é em sua própria casa, associando o 
comportamento de sua família que a criança começa a adquirir a percepção de 
consumo. A sociedade de alto padrão utiliza a moda como um posicionamento de 
status, sucessivamente seus filhos tendem a agir conforme as atitudes dos pais, pais 
modernos e vaidosos se preocupam com sua aparência sucessivamente com a dos 
filhos também, os influenciando assim, a consumirem produtos de marca. 
Dessa forma é nítido o desenvolvimento da personalidade infantil referente ao 
consumo, isso tudo se concretizou através da urbanização pós-moderna e do novo 
perfil familiar. 
Define-se público alvo como sendo crianças do sexo feminino e masculino, de 
faixa etária entre 2 e 8 anos, já o público consumidor é definido como pais jovens e 
47 
 
modernos pertencentes a classe A1. Trabalham o dia todo e em suas horas vagas 
priorizam a família, no entanto praticam esportes, pilates, yoga,vão ao teatro, cinema 
e bons restaurantes. São apreciadores de musicas clássicas e do velho rock and roll. 
Este é um público que possui acesso rápido e múltiplo às informações referentes 
à moda infantil, pois se preocupam com o bem estar e confortos de seus filhos por 
estarem sempre informados sobre as novidades do mercado se tornam 
consumidores cada vez mais exigentes, tendo por preferência lojas famosas e 
roupas de marcas, que além de oferecer conforto a seus filhos irão lhe proporcionar 
status. 
Por pertenceram a classe A essas crianças dês de cedo já possuem sua própria 
personalidade, se tornam tão exigentes quanto seus pais, já não participam muito de 
brincadeiras infantis antigas como brincar de pega-pega, jogar bola na rua, subir em 
arvores entre outras, preferem estar no conforto de suas casas usufruindo de novas 
tecnologias que de certa forma substituem as meneias antigas de brincar, assistem a 
programas por assinatura como Cartoon Network, discovery kids ,disney Chanel e 
Nickelodeon. 
Estudam em colégios particulares, e nas horas vagas as meninas participam de 
aulas de inglês, espanhol, balé e natação, os meninos também frequentam escolas 
de idiomas, praticam tênis, futebol, e natação tornando-se assim crianças com mais 
independência, atitudes e personalidade própria. Para Belloni e Gomes (2008) 
“temos hoje, crianças autodidatas que fazem diversas coisas ao mesmo tempo e 
aprendem tudo com as TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação), fazendo 
com que o professor e os pais percam a função de mediadores”. 
 As crianças já fazem parte de um universo tecnológico, pois mesmo não 
sabendo usar já possuem celulares. Ao acompanharem seus pais as compras já se 
identificam e escolhem roupas de marcas, possuem o domínio total das compras, no 
entanto nem precisam insistir ou sonhar em objetar alguma coisa, pois tudo lhes é 
dado fartamente. 
A criança por sua vez, é um público muito emotivo, desse modo utiliza suas 
lembranças afetivas para influenciar e escolher em que loja deseja fazer suas 
compras, no qual certamente seus desejos e anseios serão realizados . O perfil do 
público- alvo pode ser visualizado através do painel 1. 
 
1 De acordo com IBGE a classe A possui a renda acima de 30 salários mínimos. 
48 
 
 
 
Painel 1: Painel imagético do público-alvo. 
Fonte: O autor. 
 
 
 
 
 
49 
 
 
 
Painel 2: Público consumidor. 
Fonte: O autor. 
 
 
 
 
50 
 
3.4 PESQUISA E ANÁLISE PROJETUAIS 
 
 
3.4.1 Necessidades Projetuais 
 
 
Diante da problemática exposta, o desenvolvimento deste projeto de 
ambientação de uma loja infantil irá necessitar: 
 
• Marca e sua identidade visual; 
• Fachada, layout externo da loja; 
• Layout interno; cor, iluminação, revestimentos, sugestão de móveis. 
 
 
3.4.2 Análise de similares 
 
 
Tendo em vista o desenvolvimento deste projeto, se fez necessário o estudo 
de similares, sendo possível fazer uma análise pessoal dos aspectos negativos e 
positivos que se encontra hoje no mercado. Buscaram-se então analisar marcas, 
fachadas de lojas, cor e iluminação de ambientes, móveis e vitrina, elementos estes 
envolvidos nas necessidades projetuais. 
 
 
3.4.2.1 Marcas 
 
 
• Lilica Repilica 
 
A Lilica Repilica é uma marca da empresa Marisol destinada ao público 
infantil feminino. Seu logotipo é representado por uma fonte manuscrita grossa, 
remetendo assim os traços de uma letra infantil, enfatizando em algumas letras o 
preenchimento em cor rosa transmitindo a feminilidade da marca, seu símbolo é 
representado por uma coala estilosa e romântica com um grande laço rosa na 
51 
 
cabeça, mexendo com a imaginação das crianças idealizando um mundo de fantasia 
aonde é divertido se vestir e estar sempre na moda. A Lilica é posicionada para a 
classe A e tem todo um planejamento de expansão internacional. 
 
 
 
Figura 5: Marca Lilica Ripilica 
Fonte: www.lilicaripilica.com.br 
 
 
• Tigor T. Tigre 
 
É uma marca infantil desenvolvida para meninos, pertencente à empresa 
Marisol. Seu logotipo é representado por uma fonte desenhada, com formas 
geométricas e em algumas letras a simbologia do tigre, sua cor predominante é o 
amarelo, uma cor vibrante que transmite muita energia, o logotipo remete os 
espertos radicais. Seu símbolo é um tigre super descolado, que usa um boné, sua 
marca transmite o amor pelo esporte, aventura, música, vídeo game e computador. 
Despertando em todos os meninos a euforia de se vestir bem em todos os 
momentos de seu dia. 
 
52 
 
 
Figura 6: Marca Tigor T. Tigre 
Fonte: www.verruganagordura.com/tigorttigre-com-br-site-tigor-t-tigre

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