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atividade adesao aos tecidos dentinarios

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ATIVIDADE PROPOSTA: 
Discuta as diferenças existentes entre as estratégias adesivas de condicionamento ácido total e 
autocondicionante, bem como as limitações de cada uma delas. 
 
 
Dentística 5 - Adesão aos tecidos dentários 
Cleber J Silva 
Um sistema adesivo odontológico tem três funções essenciais : promover resistência à 
separação de um substrato aderente (Ou seja, esmalte, dentina, metal, compósito, cerâmicas) de um 
material restaurador ou de cimentação, distribuir tensão (estresse) ao longo da superfície de colagem , 
selar a interface através da colagem adesiva entre a dentina e/ ou esmalte e o material restaurador, 
aumentando assim a resistência a microinfiltração e diminuindo o risco de sensibilidade pós operatória, 
manchamento marginal e cárie secundária. 
Dentre os diferentes tipos de sistemas adesivos disponibilizados no mercado, estudos mostram 
que os denominados de convencionais de três passos apresentam melhor relação quando comparada a 
relação que há entre a espessura da camada híbrida e a resistência adesiva (AGUIAR; DI 
FRANCESCANTONIO; AMBROSANO, 2008; CARRILHO et al., 2002; DANTAS et al., 2008; MOURA; 
SANTOS; BALLESTER, 2006; XAVIER, 2005). Por sua vez, os sistemas adesivos autocondicionantes 
se mostram menos sensíveis às variações da técnica de aplicação e dos substratos. Entretanto, 
também demonstram limitações em relação à interação com o esmalte dental decorrente da baixa 
capacidade em desmineralização do tecido, quando em comparação aos efeitos conseguidos com o 
ácido fosfórico. Isto resulta num esmalte com padrões de condicionamento pouco profundos e com 
menores valores de força de adesão (AGUIAR; DI FRANCESCANTONIO; AMBROSANO, 2008; 
DANTAS et al., 2008). 
 
Condicionamento Ácido Total: 
Condicionamento do Esmalte​: 
O ácido fosfórico é o mais amplamente utilizado em procedimentos adesivos em esmalte e 
dentina. Dependendo de sua concentração, es e remove a smear layer e aproximadamente 10 microns 
de esmalte, expondo prismas de esmalte e criando uma superfície com alta energia, altamente retentiva 
com formato semelhante ao de uma colmeia. A maior superfície de energia garante que os monômeros 
resinosos consigam molhar a superfície prontamente, infiltrar -s e nos microporos e, depois de 
polimerizados , criar prolongamentos (tags) de resina. O condicionamento do esmalte pode variar de 
acordo com a dissolução seletiva, s e ela ocorrer no centro do prisma será de tipo I e se ocorrer na 
cauda de tipo II. 
condicionamento em dentina: 
Ao contrário do esmalte que deve ser mantido seco para assegurar altos valores de resistência 
de união com resinas hidrofóbicas , a dentina deve ser mantida úmida para formação da camada 
híbrida. 
A técnica do condicionamento total está indicada em cavidades que apresentam estruturas 
remanescentes suficientes de dentina na paredes de fundo das cavidades, uma espessura de 0,5 mm e 
1 mm de dentina remanescente pode reduzir a toxicidade dos materiais restauradores em até 75% e 
90% respectivamente. ( MERYON) 
FUSAYAMA recomenda que a superfície de dentina deva ser condicionada com ácido fosfórico 
antes da aplicação do agente de união, com isso obtém um aumento potencial na adesividade entre o 
agente de união e a superfície dentinária sem nenhum problema relacionado à sensibilidade pós 
operatória ou necrose pulpar. O ácido fosfórico a 37% quando aplicado na superfície do esmalte 
provoca dissolução parcial dos prismas de esmalte, criando uma superfície irregular, aumentando a 
energia livre de superfície da mesma e aumentando a área de contato com o adesivo. 
o uso de ácidos fortes nas superfície da dentina remove de forma agressiva o esfregaço ( Smear Layer) 
abre os túbulos e remove parte da dentina peritubular. Caso essa superfície não sejam completamente 
vedadas, a possibilidade de invasão bacteriana torna-se uma preocupação muito séria. Falhas na 
indicação clínica e a utilização de técnicas apropriadas prontamente resultam em invasão bacteriana a 
qual ocasiona necrose pulpar. Convém lembrar , uma vez mais, que até agora nenhum sistema 
restaurador sela hermeticamente um preparo cavitário, quando muito se consegue um bom vedamento 
marginal. 
 
Sistema Adesivo Autocondicionante 
Diferentemente dos convencionais, os sistemas adesivos autocondicionantes não apresentam 
um passo prévio e isolado de condicionamento ácido, uma vez que contêm um primer acídico, composto 
essencialmente por monômeros funcionais de baixo pH, que atuam simultaneamente como 
condicionador e primer. Consequentemente, há uma redução do tempo de trabalho e do risco da 
ocorrência de erros durante a aplicação e manipulação do material. 
Outra importante vantagem dos sistemas adesivos autocondicionantes é que a infiltração dos 
monômeros funcionais acontece simultaneamente ao processo de autocondicionamento, com isso, a 
possibilidade de discrepância entre a profundidade de condicionamento e de infiltração dos monômeros 
é baixa ou inexistente. 
Os sistemas adesivos autocondicionantes estão disponíveis para o uso em dois passos ou em 
um passo clínico. Nos sistemas adesivos de dois passos, primer acídico e adesivo são aplicados 
separadamente, enquanto que nos sistemas de um passo, primer acídico e adesivo são aplicados em 
um mesmo tempo clínico ("all-in-one"). 
Todos os adesivos que se utilizam da técnica autocondicionante, incluindo os adesivos 
universais, contêm grande quantidade de água e solventes em sua composição. A água é necessária 
para a ionização dos monômeros funcionais, enquanto os solventes facilitam a penetração dos 
monômeros por entre os espaços interfibrilares, além de diminuírem a viscosidade do adesivo. Embora 
sejam componentes essenciais, água e solventes devem ser completamente removidos durante a 
aplicação clínica do adesivo. A presença de água e solventes residuais acelera a degradação da 
interface adesiva. 
 
 
Conclusão 
Com o passar dos tempos, os fabricantes adotaram a estratégia de simplificar o número de 
passos clínicos para os sistemas adesivos. Surgiram, então, os adesivos convencionais de dois passos 
e os autocondicionantes de um passo clínico. No sentido mais estrito, estas novas gerações são 
produtos de conveniência para o cirurgião-dentista, visto que apresentam como maior vantagem a 
redução do número de passos operatórios. A introdução dos adesivos universais torna clara essa busca 
por simplificação, uma vez que estes representam mais um exemplo de adesivo de frasco único. 
Por uma perspectiva de marketing, os adesivos universais são produtos altamente inovadores, 
pois oferecem aos clínicos a liberdade de escolha do seu modo de aplicação sobre a estrutura dental 
sem, teoricamente, comprometer a sua efetividade adesiva. Entretanto, devemos refletir: essa 
versatilidade no modo de aplicação foi acompanhada de avanços tecnológicos que levaram à superação 
de problemas associados às gerações anteriores de adesivos? Estes avanços incluiriam, por exemplo, a 
inibição da presença de água residual na interface adesiva e o combate à degradação das fibras de 
colágeno, entre outros. Os resultados da maioria dos estudos disponíveis sobre adesivos universaissugerem que estes não apresentam uma performance diferente daquelas apresentadas por gerações 
anteriores de adesivos convencionais e autocondicionantes.

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