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Prof. Dra. Ana Paula Azevedo UNIDADE II Fisiologia Aplicada à Atividade Motora Controle nervoso do movimento: Estrutura e função do sistema nervoso; Impulso nervoso, potencial de ação e sinapses; Substâncias transmissoras excitatórias e inibitórias, e somação espacial e temporal; Órgãos sensoriais proprioceptivos; Sistema nervoso e habilidades motoras. Conteúdos da aula SISTEMA NERVOSO: 3 porções Sensorial Nervos sensoriais Receber estímulos da pele, olhos, etc. Central Medula espinhal + Cérebro Integrar, modificar e responder aos estímulos, acumular informação e gerar pensamentos/ideias. Motora Órgãos efetores Responder aos estímulos e controlar movimentos. Estrutura e função do sistema nervoso SN autônomo: Autocontrolado, funciona independentemente. Considerado à parte. Setor responsável por auxiliar no controle das atividades dos órgãos internos (temperatura corporal, frequência cardíaca, produção de urina, etc.). Apesar de involuntárias, são influenciadas pelas emoções. Estrutura e função do sistema nervoso CÉLULAS DO SISTEMA NERVOSO Células da glia (gliais ou neuróglias) Células neurais (neurônios) Estrutura e função do sistema nervoso 1. Excitabilidade Resulta em um sinal proveniente de um receptor. Exemplo: retina excitada por fonte luminosa. 2. Condução Estímulo/sinal é transmitido através das fibras nervosas para o SNC sensorial ou motor. 3. Integração e regulação Se processam dentro do SNC e tornam possíveis as respostas motoras controladas e organizadas. Funções das células da Glia: suporte (células auxiliares). Sustentação; Isolamento; Produção de mielina; Remoção de detritos; Direção do crescimento dos neurônios; Revestimento de capilares e vênulas (barreira hematoencefálica); Nutrição dos neurônios (sugere-se). Estrutura e função do sistema nervoso Nervo: elemento com estrutura semelhante a um cabo e que compõe o sistema nervoso – transmissão de informações. Unidade funcional e anatômica básica = célula nervosa ou neurônio. Neurônio composto por: 1. Corpo celular (ou soma); 2. Dendritos (fibras nervosas curtas); 3. Axônio (fibra nervosa longa). * Fibras nervosas: utilizado para referenciar geralmente o axônio. Estrutura e função do sistema nervoso Estrutura e função do sistema nervoso Fonte: Adaptado de: Foss & Keteyian, 2000. Dendritos Núcleo Corpo celular Nucléolo Corpúsculos de Nissl Botão sináptico Terminal axônico Bainha de mielina Nódulo de Ranvier Axônio Proeminência axônica Estrutura e função do sistema nervoso Fonte: Adaptado de: Foss & Keteyian, 2000. Classificação funcional dos neurônios: Sensoriais (percepção e coordenação motora) Motores (músculos e glândulas) Interneurônios (função integradora) Neurônio sensorial Neurônio motor Interneurônio local Interneurônio de projeção Célula neuroendócrina Músculo Capilar Grandes fibras nervosas (inervação da maioria dos músculos esqueléticos): axônios circundados por bainha de mielina. Bainha formada basicamente por lipídeos e proteínas. Fibras nervosas podem ser: Mielinizadas. Não mielinizadas. Bainha não é contínua por toda a extensão da fibra. Intervalos denominados Nódulos de Ranvier. Papel importante de ambos na transmissão do impulso nervoso. Estrutura e função do nervo Informação enviada da periferia para o SNC pelos nervos aferentes, relaciona-se com as sensações. Conexões desses nervos com o SNC permitem perceber as sensações e desencadear respostas apropriadas: Efetuação da resposta: motoneurônios (neurônios motores – nervos eferentes); Originam-se no SNC e terminam em órgãos efetores (músculo esquelético); Estímulo acarreta a contração muscular. Exemplo: reflexos de dor (objeto quente ou pontiagudo). Estrutura e função do nervo Identifique a alternativa que completa corretamente a afirmação a seguir: “A unidade funcional e anatômica básica do sistema nervoso é o _____________. “ a) Impulso nervoso. b) Nervo. c) Neurônio. d) Axônio. e) Dendrito. Interatividade Fonte: http://psicologiacasadecarton.blogspot.com/2014/ 10/orientacion-vocacional-autoconocimiento.html Identifique a alternativa que completa corretamente a afirmação a seguir: “A unidade funcional e anatômica básica do sistema nervoso é o _____________. “ a) Impulso nervoso. b) Nervo. c) Neurônio. d) Axônio. e) Dendrito. Resposta Fonte: https://pt.dreamstime.com/ Informação transmitida e retransmitida pelos nervos sensitivos e motores. Ocorre na forma de energia elétrica. Considerado como um distúrbio elétrico no ponto de estimulação de um nervo que se autorregenera e autopropaga ao longo de toda a extensão do axônio. Resposta a um estímulo (mudança no meio, que é capaz de modificar a atividade das células). Estrutura e função do nervo: impulso nervoso Existência de um gradiente ou diferença elétrica entre interior e exterior da fibra nervosa – denominado potencial de repouso da membrana (PRM). Íons Na+ maciçamente concentrados fora da membrana nervosa. Interior do nervo eletricamente negativo. Quando há estímulo suficiente/adequado ao nervo: Membrana da célula nervosa sofre despolarização. Torna-se altamente permeável ao íons sódio (Na+), que penetram o interior do nervo. Resultado: Parte externa = - (ou menos +) Parte interna = + (ou menos -) Inversão de polaridade = potencial de ação (PA) Estrutura e função do nervo: impulso nervoso Estrutura e função do nervo: Potencial de Repouso da Membrana (PRM) Fonte: Adaptado de: Foss & Keteyian, 2000. Axônio Estado de repouso Membrana celular Igual +.- Igual +.- Interior Exterior Fig. 2.9 – O potencial de membrana resulta da separação das cargas positivas e negativas através da membrana celular. O excesso de cargas positivas, na face externa, e de cargas negativas, na face interna da membrana da célula neural em repouso, representa pequena fração do número total de íons dentro e fora da célula. Diferença iônica faz com que o interior da célula nervosa tenha, em média, uma diferença de carga elétrica de -70mV em relação ao exterior. Essa diferença pode variar em diferentes células neurais e estar entre -40 mV e -80 mV. Nas células musculares o PRM é de -90 mV. Um estímulo chega à célula aumenta permeabilidade da sua membrana (abertura de canais) entrada ou saída de íons: Quando se abrem canais de Na+ entrada de Na+ na célula torna o potencial menos negativo (exemplo: -70 mV para -55 mV) = Despolarização. Quando se abrem canais de K+ e Cl- saída de K+ e entrada de Cl- torna o potencial da membrana mais negativo (exemplo: -70mV para -80 mV) = Hiperpolarização. Estrutura e função do nervo: o que causa o potencial de ação? Despolarização acima de ~11 mV (15 a 20mV) é necessária para gerar um potencial de ação. Ou seja, uma despolarização que leve o potencial de repouso da membrana de -70 mV para -55 a -50 mV. Limiar de excitação Potencial de ação Despolarizações abaixo do limiar não geram PAs. Estrutura e função do nervo: o que causa o potencial de ação? Depende de dois fatores: Mielinização: Nódulos de Ranvier condução saltatória Em fibras mielinizadas a velocidade pode ser 10 vezes maior que em não mielinizadas. Diâmetro do neurônio: Quanto maior o diâmetro do neurônio, maior a velocidade de propagação do potencial de ação. Estrutura e função do nervo: propagação do potencial de ação? Sinapses! = conexão entre as células neurais. Conexão do axônio de uma célula nervosa com corpo celular ou dendritos de outra. Na realidade, não há contato entre as células envolvidas em uma sinapse. De que maneira a informação nervosa (através do PA) é transferida de uma célula nervosa para outra? Fonte: Adaptado de: Foss & Keteyian, 2000. Fibra terminal inibitória de um axônio Corpo celular NúcleoNodo de Ranvier Bainha de mielina Axônio Fibra terminal excitatória de um axônio Axônio (segmento inicial) Cone axônico Dendritos basais C é lu la p ré -s in á p ti c a C é lu la p ó s - s in á p ti c a Sinapse Terminal pré-sináptico Fenda sináptica Dendrito pós-sináptico Axônio de neurônio pré-sináptico aproxima-se do soma ou dendritos de neurônio pós-sináptico. Informação nervosa transmitida por meio da fenda sináptica (lacuna entre os neurônios) através de uma substância química transmissora. Transmissor produzido e armazenado em vesículas dentro dos botões sinápticos. * (Mitocôndrias dentro dos botões sinápticos - Necessidade de ATP para ressíntese contínua da substância transmissora.) Sinapses Quando o impulso alcança a fenda sináptica, há liberação do transmissor químico. Dependendo do tipo de transmissor, a membrana pós-sináptica (neurônio) será: 1.Excitada, propagando o estímulo / potencial de ação ou; 2. Inibida, e é dita como hiperpolarizada. Sinapses Fonte: Adaptado de: Foss & Keteyian, 2000. Terminal axônico do neurônio pré-sináptico Vesícula sináptica Fenda sináptica Receptor pós-sinápticoNeurônio pós-sináptico Neurotransmissor Sendo assim, as sinapses podem ser: Excitatórias: Potencial Pós-Sináptico Excitatório (PPSE): abertura de canais de Na+ despolarização supralimiar P.A. Inibitórias: Potencial Pós-Sináptico Inibitório (PPSI): abertura dos canais de K+ e Cl- hiperpolarização NÃO há P.A. Sinapses Identifique a alternativa que completa corretamente a afirmação a seguir: “Informação transmitida e retransmitida sob forma de energia elétrica pelos nervos sensitivos e motores é chamada de _____________ e depende de um evento elétrico conhecido como _________________.” a) Limiar de excitação, impulso nervoso. b) Impulso nervoso, potencial de ação. c) Potencial de ação, limiar de excitação. d) Potencial de repouso da membrana, potencial de ação. e) Potencial de ação, impulso nervoso. Interatividade Fonte: http://psicologiacasadecarton.blogspot.com/2014/ 10/orientacion-vocacional-autoconocimiento.html Identifique a alternativa que completa corretamente a afirmação a seguir: “Informação transmitida e retransmitida sob forma de energia elétrica pelos nervos sensitivos e motores é chamada de _____________ e depende de um evento elétrico conhecido como _________________.” a) Limiar de excitação, impulso nervoso. b) Impulso nervoso, potencial de ação. c) Potencial de ação, limiar de excitação. d) Potencial de repouso da membrana, potencial de ação. e) Potencial de ação, impulso nervoso. Resposta Fonte: https://pt.dreamstime.com/ Chegada do estímulo. Aumento no potencial elétrico no neurônio pós-sináptico (em relação ao PRM) – despolarização. Esse aumento é chamado de potencial pós-sináptico excitatório (PPSE). Se aumento adequado (11 a 15 mV acima do PRM de -70 mV), neurônio dispara, enviando e propagando o estímulo. Se NÃO é adequado (< 11 mV), neurônio não emitirá descarga e o estímulo se perderá. Adequação do estímulo (nível elétrico mínimo para disparo do impulso) = limiar para excitação. Sinapses – Situação 1 Chegada do estímulo. Transmissor químico produz diminuição no potencial elétrico do neurônio pós-sináptico (em relação ao PRM) – hiperpolarização. Neurônio pós-sináptico é impedido de produzir potencial de ação. Esse aumento é chamado de potencial pós-sináptico inibitório (PPSI). Fortalecimento do potencial da membrana (exemplo: de -70 a -75 mV) – maior dificuldade de atingir o limiar de excitação e desencadear potencial de ação. Sinapses – Situação 2 Excitatórias: Acetilcolina (Ach) – principal substância; Noradrenalina, dopamina e serotonina. Inibitórias: Ácido gama-aminobutírico (GABA) – principal substância; Glicina. Substâncias neurotransmissoras Neurônios bombardeados constantemente por estímulos excitatórios e inibitórios. Efeito global = determinado pela soma algébrica dos dois tipos de estímulo. Se diferença SUFICIENTE para atingir limiar de excitação do neurônio pós-sináptico = PA desencadeado e propagação do impulso. Se diferença NÃO é suficiente para atingir o limiar = neurônio não dispara e o estímulo não avança. Principal exemplo de excitação: contração muscular. Estímulos inibitórios: Superar conscientemente estímulos excitatórios indesejados. Excluir estímulos inconscientes triviais. Exemplo: sensações táteis produzidas pelas vestimentas; incontáveis sons; etc. Excitação x Inibição Cada estímulo recebido na fenda sináptica insuficientemente forte para afetar neurônio pós-sináptico… Porém, se recebido número mínimo de estímulos provenientes de vários terminais pré-sinápticos (axônios), simultaneamente ou em curtos intervalos de tempo, eles se somarão = excitação ou inibição. Efeito aditivo dos vários estímulos = somação espacial. Descargas sucessivas do mesmo terminal pré-sináptico dentro de 15 ms, intensas e suficientes = somação temporal. Princípio do “tudo ou nada”: o estímulo único ou combinado: Ou é adequado, e o nervo “dispara”; Ou é inadequado, e o nervo “não dispara”. Somação espacial e temporal e princípio do “tudo ou nada” União entre nervo motor e fibra muscular. Junção neuromuscular (ou junção mioneural, ou ainda, placa motora terminal) Fonte: Adaptado de: Foss & Keteyian, 2000. Neurônio motor Botões da terminação pré-sináptica Junção neuromuscular Fibra muscular Mitocôndrias Vesícula sináptica (ACh) Zona ativa Membrana pré-sináptica Membrana pós-sináptica Fenda sináptica Canal de Ca²+ Membrana basal Prega juncional Várias fibras musculares são inervadas por um único neurônio. O músculo recebe somente entradas excitatórias. A excitação muscular é mediada por um único neurotransmissor, a acetilcolina, que ativa o mesmo tipo de canal. A sinalização neurônio/músculo é mais eficiente, quase sempre produz um potencial de ação no músculo. Diferenças entre sinapse e junção neuromuscular É composta por um neurônio motor e pelas fibras musculares inervadas por ele: Podem apresentar diferentes relações de fibra muscular: nervo. Exemplo: 10:1, 1000:1 Determinada pela precisão necessária no movimento. É a via de potência final do sistema motor. Transferência de estímulo semelhante à das sinapses (“tudo ou nada”): Chegada do impulso, liberação de Ach, PPSE; Se despolarização suficiente: contração (possibilidade de somação espacial e temporal); Se despolarização ineficiente: não há contração. Unidade motora (UM) É feita em função da tensão produzida em um único abalo e pela fatigabilidade do músculo: lenta e resistente à fadiga; rápida e resistente à fadiga; rápida e fatigável. Unidade motora (UM) Conduzem a informação para o SNC através dos neurônios sensoriais. Os neurônios sensoriais, por sua vez, recebem a informação de cinco tipos principais de receptores sensoriais. Mecanorreceptores (pressão, toque, vibração e estiramento). Termorreceptores (alterações da temperatura). Nociceptores (respondem aos estímulos dolorosos). Fotorreceptores (respondem à radiação). Quimiorreceptores (respondem a estímulos químicos). Órgãos sensoriais Estão localizados nas articulações e músculos. Têm como função conduzir informações sensoriais para o SNC a partir dos músculos, tendões, ligamentos e articulações. Órgãos relacionados à cinestesia: sinalização inconsciente de onde as partes do nosso corpo estão em relação ao meio ambiente. Órgãos sensoriais proprioceptivos Órgãos sensoriais proprioceptivos Existem 3 importantes órgãos sensoriais musculares: Fusos musculares: velocidade e magnitude de estiramento muscular. Órgãos tendinosos de Golgi: tensão do músculo sobre o tendão durante a contração. Receptores articulares cinestésicos (bulbos terminais de Krause, corpúsculosde Pacini e órgãos terminais de Ruffini): ângulos articulares, taxa de modificação dos ângulos. De acordo com o princípio de disparo do tipo “tudo ou nada”, é correto afirmar que: a) Sempre que há despolarização, há disparo de potenciais de ação para transmissão do impulso. b) Dependendo da intensidade da despolarização, o neurônio pode disparar o potencial de forma mais ou menos intensa. c) Se há despolarização, o nervo não dispara. Por outro lado, se há hiperpolarização, o nervo dispara o potencial de ação. d) O nervo só dispara se houver despolarização na intensidade adequada. Caso a despolarização seja menor que o limiar de excitação, não há disparo. e) Ele só é verdadeiro para a junção muscular. Interatividade Fonte: http://psicologiacasadecarton.blogspot.com/2014/ 10/orientacion-vocacional-autoconocimiento.html De acordo com o princípio de disparo do tipo “tudo ou nada”, é correto afirmar que: a) Sempre que há despolarização, há disparo de potenciais de ação para transmissão do impulso. b) Dependendo da intensidade da despolarização, o neurônio pode disparar o potencial de forma mais ou menos intensa. c) Se há despolarização, o nervo não dispara. Por outro lado, se há hiperpolarização, o nervo dispara o potencial de ação. d) O nervo só dispara se houver despolarização na intensidade adequada. Caso a despolarização seja menor que o limiar de excitação, não há disparo. e) Ele só é verdadeiro para a junção muscular. Resposta Fonte: https://pt.dreamstime.com/ Tipo mais abundante de proprioceptor encontrado no músculo. Enviam informações ao SNC acerca do grau de estiramento do músculo. Exemplo: número de UM que devem contrair (quanto maior o estiramento, maior é o número de UMs necessárias). Órgãos sensoriais proprioceptivos: fusos musculares Cápsula Fibras intrafusais Terminações sensoriais Contrátil Axônios aferentes Contrátil Terminações motoras gama Axônios eferentes Fonte: Adaptado de: Foss & Keteyian, 2000. Motoneurônios gama Contração Estiramento Motoneurônios alfa Fibras extrafusais Fibras intrafusais Receptores musculares Fusos musculares Detectam a variação do comprimento muscular É sensível ao estiramento (distensão). Estiramento ativa o nervo sensorial, que envia impulso para o SNC. Impulsos ativam os neurônios motores alfa e o músculo se contrai – fusos facilitatórios à contração. Ao encurtar-se, o fuso também se encurta – interrupção do fluxo de impulsos sensoriais = relaxamento. Sensível tanto à velocidade de encurtamento quanto ao comprimento final. Órgãos sensoriais proprioceptivos: fusos musculares Tônus muscular: característica de rigidez/resistência no músculo relaxado ou em repouso. Mantido através de atividade reflexa do SNC – não constitui uma característica intrínseca do próprio músculo. Dois componentes: Ativo: contração parcial dos músculos através do SNC. Passivo: elasticidade e rigidez natural dos tecidos musculares e conjuntivos (independe da inervação). Órgãos sensoriais proprioceptivos: fusos musculares Contração estável para sustentar uma carga: distensão moderada (baixa descarga de impulsos – poucas UMs solicitadas) – estiramento tônico. Aumento inesperado de carga = novo estiramento: contração reflexa (quanto mais brusco o aumento, maior é a frequência de disparos, contração e supercompensação) – estiramento fásico. Ativação do fuso sem a participação do músculo – sistema gama. Órgãos sensoriais proprioceptivos: fusos musculares Proprioceptores encapsulados nas fibras tendinosas e localizados próximos da junção musculotendinosa. Também sensíveis ao estiramento, porém, menos que os fusos – necessidade de um estímulo mais poderoso para ativação. Com o estiramento, informação sensorial é enviada ao SNC = relaxamento do músculo contraído. Ou seja: estimulação dos OTG resulta em inibição dos músculos. Função protetora. Órgãos sensoriais proprioceptivos: Órgãos Tendinosos de Golgi (OTGs) Órgãos sensoriais proprioceptivos Fusos e OTG trabalham juntos: grau apropriado de tensão muscular (FUSO) e relaxamento muscular quando carga potencialmente lesiva (OTG). REFLEXOS Fonte: Adaptado de: Foss & Keteyian, 2000. A. Receptores sensoriais no músculo esquelético Axônio motor alfa Fuso muscular Fibra muscular extrafusal Tendão Órgão tendinoso de Golgi Aferentes e eferentes do fuso Aferentes do órgão tendinoso PRINCIPAIS ESTRUTURAS Encéfalo Tronco cerebral Cérebro Gânglios da base Cerebelo Medula espinhal Sistema nervoso e habilidades motoras: controle voluntário das ações motoras Manutenção da postura: um dos papéis mais importantes! Recebimentos de informações de várias modalidades sensoriais. Lesão em qualquer parte = comprometimento do controle dos movimentos. Encéfalo: tronco cerebral FUNÇÕES RELACIONADAS AOS MOVIMENTOS Controle dos movimentos oculares Controle do tônus muscular Equilíbrio Suporte contra a gravidade Maior porção do encéfalo – dividida em hemisférios direito e esquerdo. Camada mais externa = córtex cerebral – composta por neurônios intimamente arranjados (+ de 8 milhões!). Encéfalo: cérebro CÓRTEX 3 funções motoras importantes: Organização de movimentos complexos Armazenamento das experiências aprendidas Recepção de informações sensoriais Região mais envolvida nos movimentos voluntários = córtex motor: Estímulo ao córtex a partir de estruturas subcorticais é essencial para o movimento coordenado. Córtex motor = ponto final de revezamento para onde os estímulos corticais estão voltados. Após somar estímulos, planejamento do movimento final é formulado e comandos motores enviados à medula espinhal. Córtex motor primário (M1 – Área 4): pela estimulação elétrica dessa área (células piramidais) são desencadeadas as ações motoras. Encéfalo: cérebro – córtex Área pré-motora para o aprendizado de HMs especializadas: imediatamente adiante da área motora (área cortical 6). Área das “habilidades desportivas” do cérebro. Área pré-motora (APM) na porção lateral (UMs proximais) e área motora suplementar (AMS) na porção medial (UMs distais). Relacionadas especialmente à aquisição de habilidades motoras especializadas. Encéfalo: cérebro – córtex Fonte: Adaptado de: Foss & Keteyian, 2000. Córtex pré-frontal Córtex parietal posterior AMS AMP M1 Área 4Área 6 Sulco central S1 Área 5 Área 7 Danos nessas áreas = dificuldade na elaboração de movimentos que exigem habilidades coordenadas. Área 6: junção onde os sinais que codificam as ações desejadas são transformados em sinais que especificam como essas ações devem ser compreendidas. Sinais oriundos do córtex pré-frontal e parietal proporcionam influxo relacionado com a tomada de decisões, o pensamento abstrato e a antecipação de consequências. Encéfalo: cérebro – córtex Fonte: Adaptado de: Foss & Keteyian, 2000. Córtex pré-frontal Córtex parietal posterior AMS AMP M1 Área 4Área 6 Sulco central S1 Área 5 Área 7 Importante papel na coordenação e monitoração de movimentos complexos: Realizado por meio de conexões que vão do cerebelo ao córtex, tronco cerebral e medula espinhal; Auxiliar controle de movimento em resposta à retroalimentação dos proprioceptores (feedback). Encéfalo: cerebelo FUNÇÕES RELACIONADAS AOS MOVIMENTOS Coordenação dos padrões de movimento Execução apropriada dos movimentos voluntários, planejados e de múltiplas articulações Instruir córtex motor primário (força, momento e direção) “Comparador” – AJUSTES (relacionado ao aprendizado motor) Lesão: mau controle dos movimentos e tremores musculares severos (movimentos rápidos). Movimentos reflexos. No entanto, contribui significativamente para o controle demovimentos voluntários: Prepara os centros medulares para a realização do movimento desejado; Embora padrão geral do movimento controlado por centros superiores, refinamento ocorre pela interação de neurônios da medula espinhal e os centros superiores. Medula espinhal Sobre o funcionamento dos órgãos sensoriais proprioceptivos, é incorreto afirmar que: a) Os fusos musculares são sensíveis ao grau de estiramento do músculo. b) Tanto os fusos musculares quanto os OTG se localizam nas fibras musculares. c) O fuso muscular é o tipo de proprioceptor mais abundante no músculo. d) Os OTG também são sensíveis ao estiramento, porém, menos que os fusos musculares. e) Fusos musculares e OTG trabalham juntos. Interatividade Fonte: http://psicologiacasadecarton.blogspot.com/2014/ 10/orientacion-vocacional-autoconocimiento.html Sobre o funcionamento dos órgãos sensoriais proprioceptivos, é incorreto afirmar que: a) Os fusos musculares são sensíveis ao grau de estiramento do músculo. b) Tanto os fusos musculares quanto os OTG se localizam nas fibras musculares. c) O fuso muscular é o tipo de proprioceptor mais abundante no músculo. d) Os OTG também são sensíveis ao estiramento, porém, menos que os fusos musculares. e) Fusos musculares e OTG trabalham juntos. Resposta Fonte: https://pt.dreamstime.com/ ATÉ A PRÓXIMA!
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