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Disciplina: Bases da Biomedicina Aula 1: História da Biomedicina Apresentação Toda pro�ssão tem origem na falta de determinada atividade de suporte, atenção ou cuidado à população. No caso da Biomedicina ainda hoje muitas dúvidas permanecem quanto ao seu início, e por isso é fundamental começarmos esse curso conhecendo as referências históricas que con�rmaram existir na época um nicho de mercado para a sua implementação. Reconhecer as regulações que sustentam a atividade do pro�ssional derruba de uma vez a associação da nossa atividade ao médico de laboratório. Temos uma história de conquistas e estamos espalhados em todo o país e no mundo atuando em várias esferas do cuidado à saúde humana e ao bem-estar. Nesta aula, a de�nição do per�l biomédico como um pro�ssional generalista, humanista, crítico e re�exivo adquire um contexto dinâmico conforme conhecemos as suas áreas de atuação e as inovações no mercado de trabalho. Objetivos Nomear os protagonistas do surgimento do curso de Ciências Biológicas – modalidade médica (atual Biomedicina); Reconhecer os primeiros obstáculos do pro�ssional para o exercício de sua pro�ssão na área da Saúde; Analisar na linha do tempo as resoluções para a de�nição das competências básicas do biomédico. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Histórico A Biomedicina já completou mais de 50 anos de existência. Desde a sua implementação foram muitas mudanças, atuações curriculares para que as 35 habilitações possíveis do pro�ssional biomédico pudesse atuar no diagnóstico e prevenção de muitas doenças humanas e atualmente para animais. Vimos também nesses anos o papel do pro�ssional empreendedor e atuante em equipes multipro�ssionais. En�m, estamos vivendo, para a grande maioria dos pro�ssionais no país, uma fase de reconhecimento das nossas competências. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online 1950 A segunda Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) em Curitiba. Consideramos essa reunião cientí�ca o embrião do nosso curso, pois no dia 10 de novembro daquele ano, o Dr. Leal Prado , participante de um simpósio sobre seleção e treinamento técnico, esboçou a necessidade de um novo pro�ssional de Saúde. 1 Figura 1: Dr. Leal Prado, médico pesquisador No mesmo ano, em 7 de dezembro ele e o Dr. Ribeiro do Vale, entre outros participantes do Instituto Biológico, da Universidade São Paulo e do Instituto Butantã de�niram os objetivos do novo curso. Infelizmente, essa ideia foi abandonada principalmente pelas di�culdades �nanceiras pelas quais a Escola Paulista de Medicina, uma instituição particular, estava enfrentando à época. Entretanto, os objetivos de formar docentes especializados para ministrarem disciplinas básicas do curso de Medicina e Odontologia, além de pesquisadores das ciências básicas continuaram nos esforços do Dr. Leal Prado e Dr. Ribeiro do Vale para garantir a formação adequada aos que trabalhavam ou buscavam oportunidades em seus laboratórios. http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula1.html 1956 A Escola Paulista de Medicina torna-se pública e com a mudança do seu regime a discussão sobre o novo curso reacendeu, prevendo-se abrir uma graduação Biomédica, além de pós- graduação, nível mestrado e doutorado em Ciências Biomédicas destinado a formar pesquisadores e docentes nessa área. 1966 Por meio do parecer número 174 �cou estabelecido o currículo de bacharelado do curso de Ciências Biomédicas — modalidade médica. Nesse documento de�niram-se as atividades laboratoriais aplicadas à Medicina, com formação de pro�ssionais com sólida base cientí�ca, de comportamento e espírito crítico capazes de operar equipamentos mais avançados de laboratório. E assim surgiu o primeiro curso, em março de 1966, na Escola Paulista de Medicina e também no Rio de Janeiro com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Figura 2: Professores e pesquisadores (UERJ) Comentário Muitos ainda pensam que os biomédicos da época só poderiam atuar nas universidades e nos centros de pesquisa, pois o aluno ao �nal do quarto ano poderia atuar no mercado privado, em laboratórios de análises biológicas, em industrias de fermentação, farmacêutica e de alimentação. 1967 A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP) e a Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (UNESP) também ofereceram o curso de Ciências Biológicas — modalidade médica. 1970 Foi a vez da Faculdade de Filoso�a, Ciências e Letras de Barão de Mauá, (atual Centro Universitário Barão de Mauá), em Ribeirão Preto. Figura 3: A antiga Escola Paulista de Medicina, atual UNIFESP Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online De forma natural, os alunos egressos foram absorvidos, como era esperado, nas escolas e nos institutos, mas o campo de atuação no mercado privado tornou-se preocupante, pois a pro�ssão ainda não estava regulamentada. Assim teve início a árdua luta para regulamentar a nossa pro�ssão. Com a participação ativa, principalmente dos egressos, além de alunos, docentes e diretores das escolas de São Paulo, da Universidade de Mogi das Cruzes e da Universidade Federal de Pernambuco junto ao Ministério do Trabalho, Ministério da Educação, e na classe política em ações nas Câmara dos Deputados e no Senado Federal. 1975 O resultado desse trabalho resultou no Projeto de Lei nº 1.660 , que aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado Federal foi substituído pelo de número 101 em 1977. Esse documento regulamentou ambas as pro�ssões de biomédico e de biólogo. 2 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula1.html Por meio de ações pela nossa regulamentação, �nalmente as leis nº 6.684/1979, nº 6.686/1979 e posterior alteração para a lei nº 7.135/1983 garantiram, de maneira gradual, os nossos direitos pro�ssionais. Tudo bem até aqui? Vamos continuar conhecendo os marcos da Biomedicina no Brasil. Clique nos botões para ver as informações. Fazendo um breve resumo, a Lei nº 6.684/79 trata, no capítulo 1, das questões pertinentes ao biólogo e, no capítulo 2, ao biomédico. E é o artigo 4º que diz que podemos atuar em âmbito tecnológico em atividades complementares de diagnósticos; e no artigo 5º, dos incisos I ao IV essa lei diz que podemos: I. realizar análises físico-químicas e microbiológicas de interesse para o saneamento do meio ambiente; II. realizar serviços de radiogra�a, mas não é permitida a interpretação; III. atuar na hemoterapia e radiodiagnóstico, desde que supervisionados por um médico habilitado; IV. planejar e executar pesquisas cientí�cas em instituições públicas e privadas, na área de sua especialidade pro�ssional. No mesmo ano, uma nova lei, de nº 6.686 a�rmava no artigo 1 que: “[...] os atuais portadores de diploma de Ciências Biológicas, modalidade médica, e os que venham a concluir o mesmo curso até julho de 1983 poderão realizar análises clínico-laboratoriais, assinando os respectivos laudos, desde que comprovem a realização de disciplinas indispensáveis ao exercício desta atividade”. A alteração a qual se refere a lei nº 7.135/83 acrescentou que “os diplomados que ingressaram no curso, em vestibular realizado até julho de 1983, poderão realizar análises clínico-laboratoriais”. 1979 Foi omitida a lei que separou as pro�ssões da Biomedicina e Biologia, isso ocorreu por meio da lei nº 7.017 (30/08/82). 1982 O Decreto nº 88.439, de 28 de junho de 1983, no capítulo das Disposições Transitórias mantinha os limites impostos ao exercício das análises clínico-laboratoriais na lei nº 6.686, de 11 de setembro de 1979. Isso signi�cou uma injustiça com a nossa pro�ssão. Para tentar resolver essa questão, foi aprovada a lei nº 7.135, de 26 de outubro de 1983, mas considerada somente um paliativo. Veja o texto legal: “Art. 1º. Os atuais portadores de diploma de Ciências Biológicas — modalidade médica, bem como os diplomados que ingressarem nesse curso em vestibular realizado até julho de 1983, poderão realizar análises clínico-laboratoriais,assinando os respectivos laudos, desde que comprovem ter cursado as disciplinas indispensáveis ao exercício dessas atividades”. Com isso, e numa ação conjunta e de grande comoção por parte dos alunos e das várias instituições, a inconstitucionalidade das leis 6.686 e 7.135 foram levadas ao Supremo Tribunal Regional. 1983 No dia simbólico de 20 de novembro de 1985, por meio da representação nº 1.256-5/DF, foram corrigidas algumas expressões que limitavam a nossa atividade pro�ssional, e por ser uma data tão importante para a nossa pro�ssão comemora-se todo 20/11 o dia do Biomédico. Segue o texto na íntegra: “Decisão: Julgou-se procedente a Representação e declarou-se a inconstitucionalidade: I) da expressão "atuais" e das expressões "bem como os diplomados que ingressarem nesse curso em vestibular até julho de 1983", todas contidas no art. 1º. da Lei 6.686 de 11 de setembro de 1979, na redação que lhe deu o art. 1º. da Lei 7.135 de 26 de outubro de 1983; II) do artigo 2º. da Lei 7.135 de 26 de outubro de 1983. Decisão unânime. Votou o Presidente. Plenário, 20/11/85”. 1985 Com a justiça feita, em 24 de junho de 1986 o Senado Federal promulgou a Resolução nº 86 cujo artigo único contém a seguinte redação: “Artigo Único - É suspensa, por inconstitucionalidade, nos termos do artigo 42, inciso VII, da Constituição Federal e, em face da decisão de�nitiva do Supremo Tribunal Federal, proferida em sessão plenária de 20 de novembro de 1985, nos autos da Representação nº 1256-5, do Direito Federal, a execução da expressão atuais e das expressões bem como os diplomados que ingressarem nesse curso em vestibular realizado até julho de 1983, todas contidas no artigo 1º. da Lei nº 6686, de 11 de setembro de 1979, da redação que lhe deu o artigo 1º. da Lei nº 7135, de 26 de outubro de 1983 e a execução do artigo 2º. desta última Lei”. Foi assim, de forma de�nitiva assegurado a nós o direito ao biomédico de exercer as análises clínico-laboratoriais, passando a ser �scalizado pelos conselhos federais (CFBM) e regionais de Biomedicina (CRBM). 1986 Outra data muito importante foi a conquista do biomédico em ser enquadrado no serviço público federal em 16 de junho de 1988. Pelas mesmas leis e decreto citados anteriormente também foram criados o Conselho Federal de Biomedicina e os Conselhos Regionais, mas as suas atribuições serão discutidas em outra aula. Por ora, devemos saber que o Conselho Federal e os Regionais de Biomedicina foram incumbidos legalmente de exercer natureza jurídica de autarquia federal para orientar, disciplinar e �scalizar o exercício da pro�ssão biomédico. 1988 A lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998, garantiu aos conselhos a natureza de pessoas jurídicas de Direito Privado, por delegação do Poder Público, continuando com a incumbência de �scalizar o exercício da pro�ssão de biomédico. 1998 E a�nal, quem é o biomédico? Biomédico (Fonte: ... / Shutterstock) É o pro�ssional a serviço da saúde e da ciência, com um espectro de ações bem diversi�cado, e por isso capaz de atingir todos os campos de atenção à saúde humana, sempre perseguindo as inovações tecnológicas que possam melhorar a qualidade de vida do brasileiro. Além disso, o biomédico integra com todos os pro�ssionais da área da Saúde nas equipes multipro�ssionais, agregando cada vez mais valores éticos à sua competência. A grande vantagem do pro�ssional biomédico é o número de habilitações, mas com o mercado cada vez mais competitivo é importante que tanto o aluno como o pro�ssional desde o início busquem valorizar a sua formação por meio de cursos e atualizações. A habilitação em análises clínicas ainda responde pela escolha da maioria dos pro�ssionais, na qual as nossas referências históricas nos tornam cada vez mais respeitados no diagnóstico laboratorial. Em cidades com centros de pesquisa reconhecidos como a Fundação Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro e o Instituto Butantã em São Paulo observamos que a especialidade de pesquisa/docência ainda é líder na escolha de atuação. Mesmo assim, e provavelmente por conta da saturação e diferencial salarial, veri�camos que outras habilitações cresceram muito nos últimos anos, como é o caso da Biomedicina Estética. Tem se destacado também a procura por novos nichos ainda pouco ocupados, como a acupuntura e a perfusão. De qualquer forma, em todas encontramos o mesmo per�l ético e responsável que tem se tornado a marca registrada da nossa pro�ssão. Não demora muito e a frase que mais se ouvirá no mercado de trabalho será: Aqui tem um biomédico, pode confiar!” Dr. Sílvio José Cecchi Saiba mais Antes de �nalizar esta aula, acesse a lista de habilitações possíveis do biomédico <galeria/aula1/anexo/doc1.pdf> . Na próxima aula, vamos aprender sobre o pro�ssional de Saúde e a importância do biomédico no controle da saúde humana. Até lá! Atividade 1. A possibilidade de um novo curso de graduação para a Saúde surgiu durante a II reunião da SBPC em 1950, mas somente em 1963 foi iniciado o primeiro curso de Ciências Biológicas — modalidade médica na antiga Escola Paulista de Medicina. Com certeza devemos o início da nossa pro�ssão ao empenho de(o): a) Alunos interessados em seguir a carreira científica. b) Técnicos de laboratório que desejavam estudar em um curso de nível superior. c) Dr. Silvio José Cecchi que presidiu as primeiras reuniões para a elaboração do curso junto com representantes da USP e do Instituto Butantã. d) Dr. Leal Padro que entendia a necessidade de um curso voltado para formação de docentes especializados nas disciplinas básicas. e) Dr. Leal Ribeiro que estimulava a entrada de alunos para realizar estágio em no seu laboratório. 2. O dia 20 de novembro é considerado Dia do Biomédico, pois em 20/11/1985 conquistamos de�nitivamente o direito de exercer a análise clínica. Isso só foi possível pelo embasamento legal da(o): a) Lei nº 7.135. b) Lei nº 6.685. c) Supremo Tribunal Federal (nº 1256-5/DF). d) Decreto nº 88.439. e) Manual do Biomédico. http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/galeria/aula1/anexo/doc1.pdf 3. (2013 - CFBio) Assinale a alternativa incorreta a respeito da pro�ssão de biomédico, de acordo com o disposto na lei n° 6.684/79 e legislação atualizada sobre o tema: a) O exercício da profissão de biomédico é privativo dos portadores de diploma de nível superior. b) O diploma deve ser devidamente registrado, de curso oficialmente reconhecido de Ciências Biológicas, modalidade médica. c) O diploma pode ser emitido por instituições estrangeiras de ensino superior, devidamente revalidado por meio de complementação de carga horária, curso e capacitação, registrado como equivalente ao diploma. d) Ao biomédico compete atuar em equipes de Saúde, em âmbito tecnológico, nas atividades complementares de diagnósticos. e) Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros profissionais igualmente habilitados na forma da legislação específica, o biomédico poderá: realizar análises físico-químicas e microbiológicas de interesse para o saneamento do meio ambiente; realizar serviços de radiografia, excluída a interpretação; atuar, com supervisão médica, em serviços de hemoterapia, de radiodiagnóstico e de outros para os quais esteja legalmente habilitado; e planejar e executar pesquisas científicas em instituições públicas e privadas, na área de sua especialidade profissional. Notas Dr. Leal Prado1 O Dr. Leal Prado já era um médico pesquisador líder em pesquisas básicas da antiga Escola Paulista de Medicina, e na época estimulava fortemente que os alunos tivessem o aprendizado prático em atividades de laboratório. Projeto de Lei nº 1.6602 No entanto, algumas modi�cações acabaram prejudicando a nossa classe, com consideráveis limitações às nossas atividades pro�ssionais. Essa situação resultou em graves prejuízos aos biomédicos e em ações junto ao Supremo Tribunal Federal. Referências BRASIL. Artigo único da Resolução número 86 do senado federal 24 de junho de 1986. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Congresso/RSF/ResSF86-1986.htm<//www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Congresso/RSF/ResSF86-1986.htm> . Acesso em: 11 dez. 2018. BRASIL. Casa Civil. Lei nº 6.684, de 3 de setembro de 1979 – Regulamentação da pro�ssão Biomédico. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6684.htm <//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6684.htm> . Acesso em: 11 dez. 2018. BRASIL. Casa Civil. Lei Nº 6.686, de 11 de setembro de 1979 - Dispõe sobre o exercício da análise clínico-laboratorial. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6686.htm <//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6686.htm> . Acesso em: 11 dez. 2018. BRASIL. Casa Civil. Lei nº. 7.017 de 30 de agosto de 1982. Dispõe sobre o desmembramento dos Conselhos Federal e Regionais de Biomedicina e de Biologia. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7017.htm <//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7017.htm> . Acesso em: 11 dez. 2018. BRASIL. Casa Civil. Decreto nº. 88.439/1983. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da pro�ssão de Biomédico de acordo com a lei nº 6.684, de 3 de setembro de 1979 e de conformidade com a alteração estabelecida pela lei nº 7.017, de 30 de agosto de 1982. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D88439.htm <//www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D88439.htm> . Acesso em: 11 dez. 2018. CONSELHO Regional de Biomedicina. Manual do Biomédico. Disponível em: //www.crbm1.gov.br/MANUAL_BIOMEDICO.pdf <//www.crbm1.gov.br/MANUAL_BIOMEDICO.pdf> . Acesso em: 11 dez. 2018. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Congresso/RSF/ResSF86-1986.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6684.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6686.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7017.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D88439.htm http://www.crbm1.gov.br/MANUAL_BIOMEDICO.pdf Próxima aula Conceito de saúde de acordo com a Organização Mundial de Saúde; Competências do pro�ssional da área da Saúde; Contribuições da Biomedicina para as ações de melhoria da qualidade de vida da população. Explore mais Assista às entrevistas com os protagonistas da luta pela pro�ssão de biomédico: Institucional Biomedicina <https://www.youtube.com/watch?v=kO7z-yfL1Ys> https://www.youtube.com/watch?v=kO7z-yfL1Ys Disciplina: Bases da Biomedicina Aula 2: Saúde no Brasil e papel do pro�ssional biomédico Apresentação O conceito de saúde mudou radicalmente nas últimas décadas. Primeiro o avanço tecnológico da época nos permitiu cada vez mais identi�car novos patógenos e consequentemente o seu ciclo na natureza. Uma revolução, e assim muitos ecossistemas e suas relações com o homem foram cada vez mais esclarecidas. Além disso, paralelo ao conhecimento biológico e cientí�co associados à saúde e à doença, hoje tomamos posse da palavra saúde no seu sentido mais completo, integral e profundo. Saúde, já há algum tempo, não é o mesmo que não ter doença. No Brasil esse conceito foi implementado em um projeto nacional que ainda é referência para muitos países: o Sistema Único de Saúde (SUS) — planejado para atender a todos os níveis de cuidado do brasileiro, em um trabalho com todos os pro�ssionais de Saúde. O biomédico está inserido nessa grande teia de atendimentos, con�rmando que atualmente ele não é mais o pro�ssional de laboratório, isolado. Estamos participando ativamente do diagnóstico e de muitas ações tanto públicas quanto privadas. A residência multipro�ssional é uma realidade de sucesso que muitos biomédicos especializam. Vamos agora aprender um pouco mais sobre saúde e a contribuição do biomédico para a saúde da população. Objetivos Listar os conceitos atualizados de saúde universal; Identi�car os princípios do Sistema Único de Saúde; Reconhecer o biomédico na cadeia de atenção multipro�ssional. A�nal o que é saúde? Quando pensamos em saúde, algumas imagens imediatamente vêm à mente como, por exemplo, um suco de melancia em um lindo dia de sol; uma salada vegana, a esteira de academia; alguém suado depois de uma corrida, com uma toalha em volta do pescoço bebendo uma garrafa d´água, certo? Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Sim, essas são imagens relacionadas ao estado saudável, e nas propagandas de venda de produtos relacionados ao bem-estar e à saúde. Mas, saúde não é só isso. A saúde pode ser considerada uma das metas mais difíceis de se alcançar. Por isso, pensarmos em um estado físico livre de doenças ou de qualquer interferência que nos impeçam de exercer as nossas tarefas ou os nossos compromissos do dia a dia é importante, sem dúvida, mas limitado. Primeiro a de�nição de saúde ou estado saudável varia de acordo com os parâmetros de conscientização e educação em determinada população, e difere entre regiões e mesmo entre países. A saúde representa uma conjuntura social, cultural e até religiosa de uma população em um período de tempo, sob muitas in�uências, e o mais complexo ainda é a de�nição de doença. Na história das civilizações humanas, veri�camos períodos de mais ou menos consciência sobre as transmissões e doenças, e com isso períodos de grandes epidemias, mas sempre empenhado em decifrar o que seria a�nal a doença (e com isso saúde). Exemplo Você já ouviu falar de Pompeia, uma cidade italiana que foi totalmente destruída pela erupção do vulcão Vesúvio em 79 d. C.? Assim como muitas cidades do século I, Pompeia prezava o cuidado ao corpo e à mente. Os banhos ou as termas eram monumentos ricamente adornados, espaços voltados à higiene, ao prazer e ao otium (ócio) construídos pela in�uência da Grécia que permaneceu durante todo o Império romano. A importância desses banhos públicos era tão grande que estavam situados geralmente na encruzilhada de enormes avenidas das cidades. Os banhos públicos podiam ter a dimensão de um quarteirão, pois muito utilizavam �cando normalmente por horas para controle de pragas, sendo a higiene considerada até um sinal de virtude entre os romanos. E o que os romanos faziam de diferente? Pode imaginar saneamento no século I? Para você ter uma ideia, o sistema de esgoto é utilizado até os dias atuais, claro que com aperfeiçoamentos. Ruinas de um aqueduto na Itália Eles construíam aquedutos para fornecer água para as cidades e o campo, e muitos abaixo da superfície. Banheiro na cidade de Pompeia, Itália Foram responsáveis por várias ações de saneamento básico, pois muitas casas romanas tinham vasos sanitários e descarga! Além disso, construíram um sistema de esgoto muito evoluído chamado Cloaca Máxima que transportava os resíduos para o rio Tibre. Com o passar dos séculos as civilizações foram substituídas por outras, com novos costumes e novas crenças. Na Idade Média, o que se viu foi o aumento da in�uência da Igreja católica na política, modi�cando de uma forma geral as leis e também os costumes. Com isso, gradativamente o cuidado com o corpo na época dos romanos foi substituído pela atenção espiritual. O número de banhos reduziu drasticamente, chegando a um único por ano! Os indivíduos de uma mesma família podiam banhar-se todos na mesma água. En�m, podemos então imaginar que muitas doenças apareceram. Para explicar as epidemias que surgiam cada vez mais elas foram associadas à suposta ira de Deus. A passagem de um cometa em 1664 foi a explicação para o aparecimento de uma epidemia, a a peste negra .1 Pintura medieval de uma bíblia alemã (1411) representando um casal com a peste negra (peste bubônica). (Fonte: Shutterstock) http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula2.html Existem outros fatores capazes de provocar desequilíbrios tão graves como a presença de agentes patogênicos no nosso corpo. Por isso, dizemos que, no século XXI, o conceito de saúde está bem mais completo e real. Essa nova lógica chama-se Saúde Universal, de�nida pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e Organização Mundial de Saúde (OMS). Ela é a garantia de que todas as pessoas tenham acesso aos serviços desaúde sem qualquer tipo de descriminação por motivos �nanceiros, e todos têm direito a atividades de promoção, prevenção, tratamento, cuidados paliativos e reabilitação. Saúde Universal, celebrada no dia 7 de abril. A OMS propôs adotar inovações que auxiliassem no tratamento de doenças crônicas, e o Brasil introduziu a prática de yoga em 2011, no Sistema Único de Saúde, como um recurso terapêutico viável e favorável ao cuidado de pessoas com câncer e diabetes. A prática de yoga é um recurso terapêutico viável e favorável a pacientes com câncer. Os resultados indicaram que a prática de yoga estimula o enfrentamento e reconhecimento positivo dos pacientes diante das adaptações no estilo de vida no curso da doença. Ainda pensando sobre novos conceitos para saúde/doença podemos abordar a depressão. Antes tratada como uma “doença de rico”, ela está no topo da lista das causas de problemas de saúde. A OMS a�rma que mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão, e preocupada com o avanço em jovens lançou a campanha “Depressão: vamos conversar?”. O Sistema Único de Saúde O SUS, criado na Constituição Federal de 1988, teve a sua implantação gradativa até a década de 1990. É um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, tendo como base o acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. O objetivo do SUS, podemos dizer a meta desse sistema, é sempre trabalhar no sentido de promoção da saúde. Fornece vários serviços à população, independente do poder aquisitivo. São ações de prevenção, educacionais para que os pacientes conheçam seus direitos e os riscos à saúde. Vem do SUS: Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online 1 O controle da ocorrência de doenças para veri�car o aumento dos exames. 2 A higiene. 3 As instalações para atendimento etc. Clique nos botões para ver as informações. Centros e postos de saúde; Hospitais universitários; Laboratórios; Bancos de sangue; Acesso a consultas, exames, internações e tratamentos; Centros de pesquisa Fiocruz (Rio de Janeiro - RJ) e Instituto Vital Brazil (Niterói – RJ). Eles são �nanciados pelos recursos dos impostos e das contribuições sociais pagos pela população, compondo os investimentos do governo federal, estadual e municipal, como também privadas contratadas por um gestor público de saúde. Quem controla o SUS? Os níveis de direção são o Ministério da Saúde, as Secretarias de Saúde dos estados e do Distrito Federal e as secretarias de Saúde dos municípios. Cada uma envia periodicamente seus relatórios de ações para a direção superior. A Secretaria Municipal de Saúde deve relatar para a Secretaria de Saúde, e o panorama é acompanhado pelo Ministério da Saúde. As equipes de trabalho que atendem no SUS são multipro�ssionais preparados para isso, e essa dinâmica não é fácil. Por isso mesmo, existe a pós-graduação lato sensu (especialização) em residência multipro�ssional em Saúde, uma referência para a para educação e capacitação dos seus membros. Para nós, da Biomedicina, é uma aquisição recente fazer parte desse preparo para cooperação dos pro�ssionais nas áreas prioritárias do Sistema Único de Saúde. Participam do SUS A rede SUS também implementou o Programa Nacional de Humanização (PNH) para identi�car e melhorar a atenção e a gestão nos postos de atendimento. Nesse programa são trabalhados os conceitos de acolhimento, ouvindo as queixas e histórias de vida do paciente, as práticas interdisciplinares para que todas as pro�ssões se unam para entender o signi�cado do adoecimento e tratar essa doença no contexto de vida. É muito importante que a equipe de pro�ssionais de diferentes áreas seja integrada com o objetivo de buscar ações de cuidado e tratamento conforme cada caso, e assim criar vínculo com o usuário. Como a saúde é vista na sua forma mais abrangente e real, a vulnerabilidade e o risco do indivíduo devem ser considerados e o diagnóstico feito não só pelo conhecimento dos especialistas, mas também levando em conta a história de quem está sendo cuidado. Rede SUS Programa Nacional de Humanização Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online O biomédico na saúde pública Diante do visto em termos de prevenção, tratamento e todas as ações de cuidado à saúde é fácil colocar a nossa pro�ssão nesse contexto? Não, se pensarmos nas pro�ssões clínicas, como Medicina, Odontologia, Psicologia, Fisioterapia, Nutrição e todas as demais. Mas se pensarmos, por exemplo, em vacinas e medicamentos, controle epidemiológico também identi�camos as ações do biomédico. Continue lendo...2 Cabe ao biomédico alertar as autoridades, como coordenador e supervisor de laboratórios públicos. O Ministério da Saúde tem ampliado o incentivo aos laboratórios nacionais para produção de vacinas e medicamentos, além de formação tecnológica. Continue lendo...3 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula2.html http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula2.html a E por falar em pro�laxia, o Brasil é referência em imunizações. Participamos da Cooperação Tripartite Haiti-Brasil-Cuba, para contribuir no programa de imunizações do Haiti. Participamos também de ações estratégicas na Palestina e Cisjordânia, além de possuir cooperação técnica com países como China, Estados Unidos, Paraguai, Uruguai e Argentina, entre outros. Nesse sentido Fiocruz, Instituto Adolfo Lutz (SP), Instituto Butantã (SP), Instituto Vital Brazil também são protagonistas nos intercâmbios de saúde global, participando de conselhos da ONU e OMS. Formação de um pro�ssional em Saúde Talvez, a educação interpro�ssional (EPI) seja um campo novo para você, mas nos últimos trinta anos essa prática tem aprimorado muito o cuidado em saúde em países como Estados Unidos e Canadá. A OPAS/OMS considera essa metodologia urgente para que doenças como Aids, tuberculose e malária possam contar com todos os tipos de pro�ssionais, conscientizando, educando e adaptando os programas de gerenciamento de doenças. Parece simples, mas as formações pro�ssionais não estimulam as trocas de experiências. Ela deve ocorrer ainda nas salas de aula, e seguir durante todo o processo de formação pro�ssional. Em sala, os alunos participam de diálogos críticos para a solução de problemas. São formadas situações interativas objetivando que o aluno assuma o controle da sua educação e o professor seja um participante tutor. Comentário Você já deve estar reconhecendo, ou logo irá reconhecer a semelhança com a sua formação. Estamos falando das metodologias ativas, nas quais o aluno é convidado a resolver alguns conceitos, como observamos na Estácio. Essa nova metodologia de ensino busca justamente esse diferencial para a sua formação. Uma base crítica e dinâmica para o pro�ssional em Saúde. Assim, todos aprendem juntos as especi�cidades de cada pro�ssão para o bem do paciente. Essa interação dinâmica é fundamental para a primeira pergunta: “A�nal, o que é importante para um pro�ssional de saúde aprender?”. Na próxima aula, vamos aprender um pouco mais sobre a interdisciplinaridade e as necessárias habilidades do pro�ssional biomédico. Bons estudos! Atividade 1. A Organização Mundial da Saúde (OMS) de�ne a saúde como sendo o estado de completo bem-estar físico, mental e social. Nos últimos anos, essa de�nição tem adquirido conotações mais reais de�nindo que todos indivíduos de uma população devam ter acesso aos serviços de saúde, sem qualquer tipo de descriminação por motivos �nanceiros, além do direito a atividades de promoção, prevenção, tratamento, cuidados paliativos e reabilitação. Estamos nos referindo à de�nição de: a) Políticas públicas de saúde. b) Políticas sanitárias. c) Sistema Único de Saúde. d) Saúde universal. e) Saúde integral. 2. Sabemos que para o Sistema Único de Saúde a participação coletiva de todos os pro�ssionais da área é o que sustenta, a longo prazo, o estado de bem-estar e saúde da população. São as denominadas equipes multipro�ssionais, e com o ensino cada vez mais especializado desdecedo na graduação, essa dinâmica em um ambiente de trabalho nem sempre é fácil. Para isso, existe um curso de especialização cujo objetivo pro�ssional é a educação e capacitação dos pro�ssionais para atendimento às exigências do SUS. Assinale o tipo de especialização envolvida nessa formação pro�ssional: a) Residência multiprofissional. b) Mestrado em Saúde Pública. c) Especialização no Programa Nacional de Humanizações. d) Estágio curricular em análises clínicas. e) Mestrado em Vigilância Sanitária. 3. Historicamente o pro�ssional biomédico sempre esteve associado a atividades em análises clínicas, muitas vezes em empresas particulares. No entanto, o que aprendemos em termos de prevenção, tratamento e diagnóstico com toda a certeza nos permite atuar em esferas de gestão importantes para a melhoria da qualidade de vida. Assinale as atividades que o biomédico pode exercer para contribuir na atenção à saúde, dentro do contexto público: a) Análises clínicas e docência. b) Pesquisa científica e docência. c) Somente análises clínicas.. d) Analista ambiental, no sentido de prevenção de danos à saúde causado por poluições. e) Análises clínicas e pesquisa científica. Notas Peste Negra1 A peste negra (peste bubônica) foi uma epidemia que durou séculos e matou mais da metade da população na Europa. Os sintomas eram inchações com formação de pus geralmente nas axilas e virilhas chamados de bubões. A doença evoluía rapidamente e em poucos dias o paciente morria com muitas dores. Os estudos mostraram que a peste bubônica era provocada por uma bactéria, Yersinia pestis presente nas pulgas que infestavam os ratos. A proximidade dos roedores nas casas, e os poucos hábitos higiênicos culminaram em um quadro sem controle. Desde que os avanços tecnológicos permitiram a identi�cação de agentes causadores de doenças, e com isso os estudos sobre as estreitas relações hospedeiro-parasito, as epidemias foram cada vez mais rapidamente controladas. Isso não signi�ca que estamos protegidos, mas agora de certo que muitas técnicas sorológicas e moleculares, como a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR), auxiliam no controle da disseminação da doença. Um bom exemplo foi a identi�cação do vírus Zika durante a epidemia de 2016. Os séculos passaram, e com eles os muitos avanços nas áreas de Microbiologia, Genética, Farmacologia, entre outras, e todas auxiliaram a de�nir a saúde. Porém, não bastava somente identi�car os agentes patogênicos e sua transmissão para produzir vacinas. Planejamento de vacinas 2 O planejamento de vacinas e medicamentos faz parte da pesquisa básica e aplicada na qual gerações de biomédicos trabalham em universidades e institutos de pesquisa do Brasil. Além disso, o forte vínculo do diagnóstico laboratorial em organizações privadas muitas vezes não nos deixa pensar na contribuição do biomédico em laboratórios de saúde pública. Per�l biomédico3 O per�l biomédico em diagnóstico é fundamental as ações de vigilância sanitária. Nesse sentido, as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) que ocorrem entre os laboratórios públicos e também privados são muito importantes. Essas ações incluem medicamentos, vacinas, insumos e incentivo à pesquisa em desenvolvimento, contribuindo a uma economia e independência considerável para o nosso país. Referências AGÊNCIA Brasil. Experiência em saúde no Brasil é destaque em conferências sobre AIDS. Brasília: Agência Brasil, 2018. Disponível em: //agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2018-07/experiencia-em-saude-no-brasil-e-destaque-em-conferencia- sobre-aids <//agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2018-07/experiencia-em-saude-no-brasil-e-destaque-em-conferencia-sobre- aids> . Acesso em: 29 out. 2018. ASHENBURG, K. Passando a limpo – o banho da Roma Antiga até hoje. [s./l.] Larousse, 2008. BARR, H. Competent to collaborate: towards a competency-based model for interprofessional education. In: Journal of Interprofessional Care, v. 12, n. 2, p. 181-188, 1998. BARR, H. et al. Effect interprofessional education: arguments, assumption and evidence. Oxford: Blackwell, 2005a. Eff t i t f i l d ti d l t d li d l ti O f d Bl k ll 2005b http://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2018-07/experiencia-em-saude-no-brasil-e-destaque-em-conferencia-sobre-aids ______. Effect interprofessional education: development, delivery and evaluation. Oxford: Blackwell, 2005b. BATISTA, N. A. Educação interpro�ssional em saúde: concepções e práticas. In: Caderno FNEPAS, v. 2, p. 25-28, 2012. BRASIL. Ministério da Saúde. Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDP). Brasília: MS, 2018a. Disponível em: //portalms.saude.gov.br/ciencia-e-tecnologia-e-complexo-industrial/complexo-industrial/parceria-para-o-desenvolvimento- produtivo-pdp <//portalms.saude.gov.br/ciencia-e-tecnologia-e-complexo-industrial/complexo-industrial/parceria-para-o- desenvolvimento-produtivo-pdp> . Acesso em: 29 out. 2018. ______. Ministério da Saúde. Sistema Único de Saúde (SUS): estrutura, princípios e como funciona. Brasília: MS, 2018b. Disponível em: //portalms.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude <//portalms.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude> . Acesso em: 29 out. 2018. IMPERATO, P. J. The convergence of a virus, mosquitoes and human travel in Globalizing the Zika epidemic. In: J Community Health, v. 41, n. 3, p. 674-679, jun. 2016. ORGANIZAÇÃO Mundial da Saúde. Constituição da Organização Mundial da Saúde. Nova Iorque: OMS/WHO, 1946. Disponível em: //www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organização-Mundial-da-Saúde/constituicao-da-organizacao-mundial-da- saude-omswho.html <//www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organização-Mundial-da-Saúde/constituicao-da- organizacao-mundial-da-saude-omswho.html> . Acesso em: 29 out. 2018. ______. Marco para ação em educação interpro�ssional e prática colaborativa. Genebra: OMS, 2010. Disponível em: //www.paho.org/bra/images/stories/documentos/marco_para_acao.pdf%20 <//www.paho.org/bra/images/stories/documentos/marco_para_acao.pdf%20> . Acesso em: 29 out. 2018. ORGANIZAÇÃO Pan-Americana da Saúde. Organização Mundial da Saúde. Com depressão no topo da lista de causas de problemas de saúde, OMS lança campanha “Vamos conversar”. Brasília: OPAS/OMS, 2017. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5385:com-depressao-no-topo-da-lista-de-causas-de- problemas-de-saude-oms-lanca-a-campanha-vamos-conversar&Itemid=839 <https://www.paho.org/bra/index.php? option=com_content&view=article&id=5385:com-depressao-no-topo-da-lista-de-causas-de-problemas-de-saude-oms-lanca-a- campanha-vamos-conversar&Itemid=839> . Acesso em: 29 out. 2018. ______. Organização Mundial da Saúde. Dia Mundial da Saúde 2018 – Saúde universal: para todos, em todos os lugares. Brasília: OPAS, OMS, 2018. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5620:dia-mundial- da-saude-2018-saude-universal-para-todos-em-todos-os-lugares&Itemid=1036 <https://www.paho.org/bra/index.php? option=com_content&view=article&id=5620:dia-mundial-da-saude-2018-saude-universal-para-todos-em-todos-os- lugares&Itemid=1036> . Acesso em: 29 out. 2018. REEVES, S. et al. Interprofessional education: effects on professional practice and health care outcomes. Cochrane Database of Systematic Reviews, v. 1, 2008. UNAIDS Brasil. Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS. Brasília: UNAIDS Brasil, 2018. Disponível em: https://unaids.org.br/ <https://unaids.org.br/> . Acesso em: 29 out. 2018. Próxima aula http://portalms.saude.gov.br/ciencia-e-tecnologia-e-complexo-industrial/complexo-industrial/parceria-para-o-desenvolvimento-produtivo-pdp http://portalms.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Mundial-da-Sa%C3%BAde/constituicao-da-organizacao-mundial-da-saude-omswho.html http://www.paho.org/bra/images/stories/documentos/marco_para_acao.pdf%20 https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5385:com-depressao-no-topo-da-lista-de-causas-de-problemas-de-saude-oms-lanca-a-campanha-vamos-conversar&Itemid=839https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5620:dia-mundial-da-saude-2018-saude-universal-para-todos-em-todos-os-lugares&Itemid=1036 https://unaids.org.br/ Orientação do MEC para o currículo da Biomedicina; Habilidades gerais e especí�cas do biomédico; Vantagens dos estágios curriculares e não curriculares; Condições para o aluno egresso. Explore mais Para entender melhor os assuntos estudados nesta aula, sugerimos a seguinte leitura: PAIM, J. S. O que é o SUS. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2015. (Coleção Temas em Saúde). Disciplina: Bases da Biomedicina Aula 3: Órgãos reguladores da Biomedicina e educação continuada Apresentação A importância dos conselhos, das associações e dos sindicatos do biomédico é imensa se entendermos a enorme competitividade no mercado pro�ssional. O Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) foi criado com o objetivo de �scalizar e normatizar as atividades especi�cas da pro�ssão, sendo representado pelos conselhos regionais distribuídos pelo Brasil. A Associação Brasileira de Biomedicina atua na formação técnica e cientí�ca dos seus associados, por meio de cursos, simpósios e atividades que garantem a qualidade para as questões relacionadas ao emprego do biomédico, como insalubridade e a jornada semanal de trabalho. Os sindicatos e a Federação Nacional de Biomedicina atuam na defesa do nicho de mercado e na valorização pro�ssional. Nesta aula, você aprenderá que estar bem informado sobre as funções e orientações de cada entidade é um grande passo para uma atuação pro�ssional de qualidade. Bons estudos! Objetivos Anunciar o Conselho Federal e suas competências; Identi�car os conselhos regionais da Biomedicina e suas responsabilidades; Reconhecer as funções da Associação Brasileira de Biomedicina na educação continuada e do sindicato do biomédico. De�nições conceituais Você sabe a diferença entre conselho, associação e sindicato? Realização de acordo em reunião (Fonte: ... / Shutterstock) Em linhas gerais, provavelmente sim, porque conselhos de classe pro�ssional estão frequentemente na mídia. E também algum grau de confusão entre as funções do conselho e do sindicato, não? Talvez pelo fato dos dois atuarem protegendo a pro�ssão, naturalmente existe alguma di�culdade em identi�car quem faz o quê. Nesta aula vamos aprender as competências de cada um e nos aproximar ainda mais da realidade da nossa pro�ssão. Só por curiosidade, o Brasil começou a regulamentação das pro�ssões na década de 1930 com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A partir da OAB foi criado o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (CONFEA), e durante as décadas todos os pro�ssionais passaram a ter um órgão representativo das suas atribuições e um código de identi�cação de ocupação. Conselho Federal de Biomedicina Os biomédicos criaram o Conselho Federal de Biomedicina em 1979 com a Lei 6.684, lembra-se disso? Foi a lei que regulamentou, no mesmo documento, as pro�ssões do biomédico e do biólogo criando os conselhos federais e regionais .1 Comentário Uma autarquia é um serviço autônomo, criado por lei, e possuindo personalidade jurídica e patrimônio próprio. O patrimônio é construído com a contribuição de todos os pro�ssionais registrados. Os conselhos executam atividades de administração pública, por meio de uma gestão eleita entre os pro�ssionais legalmente registrados. Para os funcionários são realizados concursos, que você já deve ter observado em sites especializados. O CFBM é formado por dez membros eleitos para um mandato de quatro anos. Um pro�ssional registrado no conselho tem como uma das suas obrigações votar nas eleições para o conselho, e isso faz todo sentido, não é? Estamos escolhendo os nossos representantes, e por isso cada chapa candidata é avaliada por um colégio eleitoral formado só para essa validação. Ao tomar posse, o CFBM deve supervisionar e �scalizar a pro�ssão em todo o Brasil. Como não teria sentido estudarmos cada artigo e inciso que regulamenta o Conselho Federal de Biomedicina, e porque esse documento está disponível no site do CFBM para todos acessarem, vamos extrair alguns pontos para discutir e fundamentar as ações do conselho federal. http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula3.html Primeiro e importante é a deliberação de normas que devem ser seguidas por todos os pro�ssionais biomédicos, a�nal elas foram pensadas visando ao per�l pro�ssional, suas competências, inserção no mercado de trabalho a �m de que possa garantir o cumprimento das nossas atribuições. Além de supervisionar o exercício pro�ssional o Conselho Federal propõe a instalação dos conselhos regionais. Dá para perceber que, no Brasil, tão grande e complexo, a representatividade regional é fundamental para estabelecer os padrões da pro�ssão. E o Conselho Federal supervisiona e �scaliza cada Conselho Regional, examinando suas prestações de contas e intervindo quando necessário. Ele também apresenta a sua prestação e encaminha de todos para o Tribunal de Contas. 2 Como órgão máximo, o CFBM deve prestar assistência técnica permanente aos conselhos, tirando todas as suas dúvidas. E quando são necessárias alterações na legislação da prática pro�ssional, apenas o conselho é que deve propor ao Ministério da Economia essas mudanças fundamentadas. Conselhos Regionais Os conselhos regionais de Biomedicina foram criados para supervisionar regionalmente o exercício da pro�ssão, e a sua estrutura é bem parecida com a do CFBM: uma diretoria renovada a cada quatro anos, formada por dez membros efetivos e dez suplentes. O rendimento dos conselhos é estruturado a partir de 80% do produto da arrecadação de anuidades, taxas, emolumentos e multas; doações, rendas patrimoniais. E quais são as competências, ou ações de�nidas para os conselhos regionais? http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula3.html Primeiro o conselho deve possuir um regimento aprovado pelo Conselho Federal, sendo responsáveis para que se cumpram as resoluções e normas baixadas pelo CFBM. Para que isso ocorra eles funcionam como conselhos regionais de ética, conhecendo, processando e decidindo os casos que forem submetidos à análise. São eles que aplicam as infrações e aplicam as penalidades previstas pelo Código de Ética. E, muitas vezes, havendo a necessidade de alterações nos serviços de �scalização os conselhos regionais devem propor as mudanças ao CFBM a �m de aprimorar e dar mais agilidade aos serviços de �scalização. Cabe ao Conselho Regional da sua jurisdição o ato de �scalizar o exercício pro�ssional como representantes legais, e se o conselho for a uma local e detectar qualquer obstrução para realizar as análises, o estabelecimento poderá ser penalizado, inclusive os pro�ssionais envolvidos. Nesse caso, os conselhos regionais atuam em câmaras especializadas encarregadas de julgar e decidir sobre os assuntos de �scalização e as infrações ao Código de Ética. Os conselhos trabalham também em colaboração com as sociedades de classe e faculdades/universidades de Biomedicina nos assuntos relacionados ao regulamento da pro�ssão. Quem emite a Carteira de Identidade Pro�ssional e o Cartão de Identi�cação dos pro�ssionais registrados é o Conselho Federal, por isso a mudança para outro estado ou até mesmo país deve ser automaticamente comunicada, presencialmente, ao conselho da nova jurisdição para a entrega de documentos e a confecção de um novo documento. Dica Todas as competências dos conselhos você pode ler acessando o endereço no Explore + ao �nal desta aula. Resumindo, podemos ver que hierarquicamente é o Conselho Federal que determina as resoluções a serem seguidas pelos representantes regionais. Existem espalhados pelo Brasil seis conselhos. O primeiro, que denominados primeira região, é o CRBM-1. A sua sede �ca em São Paulo (capital) e, certamente, sua formação se mistura com a história da Biomedicina. Todos os conselhos são igualmente determinantes por manter a qualidade da nossa pro�ssão. Não é difícil imaginar que o nosso país,gigantesco, precisa entender às peculiaridades de cada região. Clique nos botões para ver as informações. O CRBM-1 cobre todos os assuntos pro�ssionais dos estados de São Paulo (onde está a sede), Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Espírito Santo. CRBM-1 O CRBM-2 é responsável pelos biomédicos nos estados de Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Paraíba e Maranhão, com sede no Recife. CRBM-2 O CRBM-3 comporta os estados de Goiás onde se localiza a sede, Tocantins, Distrito Federal, Mato Grosso e Minas Gerais. CRBM-3 O CRBM-4 responde aos estados do Pará, Amazonas, Roraima, Acre, Amapá, Rondônia, e a sede �ca em Belém. CRBM-4 O CRBM-5 representa o Rio Grande do Sul, com a sede em Porto Alegre e Santa Catarina. CRBM-5 O CRBM-6 é o último conselho a ser formado, representando o Paraná. CRBM-6 Todos têm o mesmo per�l de supervisionar e �scalizar, mas claramente cada região representa um desa�o e demandas in loco. E quais são os documentos exigidos para o registro pro�ssional? Para adquirir a habilitação, o formando deve apresentar cópias e originais dos documentos de identi�cação individual, foto, e preencher um requerimento que constará a especialização pro�ssional. Para isso deve ser incluído o histórico escolar com a área do estágio supervisionado e o certi�cado de conclusão do curso. Apresentação de documentos (Fonte: ... / Shutterstock) O estágio supervisionado deve ter a duração mínima de 500 horas com duração igual ou superior a 500 horas cursadas em instituições o�ciais ou particulares, reconhecidas pelo órgão competente do Ministério da Educação ou em laboratório conveniado com instituições de nível superior ou cursos de especialização ou pós-graduação, reconhecidos pelo MEC. O biomédico pode: 1 Capacitar-se em mais de uma habilitação desde que cumpra os requisitos do CFBM. 2 Concluir um curso de especialização, mestrado ou doutorado em uma das habilitações, respeitando as normas do MEC. 3 Realizar o exame de Título de Especialista oferecido pela Associação Brasileira de Biomedicina (ABBM). 4 Apresentar também um certi�cado de aprimoramento pro�ssional em instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC e da residência multipro�ssional, sempre ofertado por IES ou instituições reconhecidas pelo MEC. E quando um concurso não oferece uma vaga para biomédico mesmo que o per�l esteja contemplado no edital? Infelizmente ainda encontramos organizadores que desconhecem as habilitações da Biomedicina. Isso ocorre por sermos mais novos no campo da Saúde, ao compararmos com a Medicina, Enfermagem, Nutrição e outras. Não podemos negar, entretanto que existe a competição natural por nichos de mercado, mas o CFBM e os conselhos regionais sempre atuam juridicamente para que essas situações se revertam, e os pro�ssionais atentos devem entrar em contato com esses órgãos para esse �m. Quando procurar o conselho regional? Situações nas quais o pro�ssional executa tarefas não contempladas na Biomedicina, em casos de demissões ou afastamento por entender que determinadas práticas estão em oposição às normas do Código de Ética, en�m, são muitas as causas que o pro�ssional pode entrar em contato com o conselho para pedir orientações. De qualquer forma, quanto mais cedo você conhecer melhor a nossa pro�ssão estaremos mais seguros para Exercer a Biomedicina .3 http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula3.html Associações São responsáveis pela formação e atualização pro�ssional aprimorando o biomédico com informações de cunho cientí�co. Cabe à Associação Brasileira de Biomedicina organizar e divulgar cursos, simpósios, congressos e outras atividades para que o pro�ssional atue em uma sociedade cada vez mais exigente. A ABBM também dá apoio ao biomédico proprietário na gestão da sua empresa, a�nal o per�l empreendedor do pro�ssional é mais recente e faz uma enorme diferença no meio de atuação. Profissional de biomedicina (Fonte: ... / Shutterstock) Além da oportunidade de oferecer empregos a outros biomédicos, fortalecendo cada vez mais a nossa classe, esse novo biomédico está mais bem inserido nas novas demandas do mercado que antes, quando se pensava que a saúde só poderia ser de caráter assistencial. E diante da facilidade na formação a distância, a ABBM também disponibiliza webinários com pro�ssionais especialistas. Está tudo lá, informações sobre documentos para exame de especialista, cursos, divulgação de estágios e novidades no meio cientí�co. O sindicato é o representante de categorias de trabalhadores ou econômicas, defendendo os direitos e interesses individuais e coletivos da categoria. Orientam sobre os direitos trabalhistas e a maioria conta com um departamento jurídico para a defesa dos seus associados. O sindicato colabora como um órgão técnico consultivo, com poder de realizar acordos, convenções e contratos coletivos de trabalho ou suscitar os dissídios coletivos. O início dos sindicatos dos biomédicos foi em 2003, com o Sindicato de Biomédicos Pro�ssionais do Estado de São Paulo (SINBIESP). A partir desse todas as regiões do Brasil possuem sindicatos representando os interesses da classe. Em 2012 os representantes dos sindicatos criaram a Federação Nacional dos Biomédicos <//www.fenabio.com.br/historia.html> . Profissionais biomédicos. Os sindicatos são especializados nas condições de trabalho dos profissionais biomédicos. Depois desta aula acreditamos que algumas dúvidas acabaram e que surgiu a vontade de participar mais dos encontros de biomédicos, não é verdade? Então, comece logo porque com 35 especialidades, não vão faltar novidades para você! Na próxima aula, vamos aprender sobre o principal pilar da Biomedicina, o Código de Ética. Atividade 1. O Conselho Federal de Biomedicina, proposto na lei 6.684, em 1979, é o órgão máximo de representação dos biomédicos, e a sua principal competência é: a) Impor o número máximo de instituições de ensino superior capacitadas para oferecer o curso de Biomedicina. b) Ser o órgão responsável pela emissão de um diploma padrão para a Biomedicina. c) Elaborar as questões para a prova de título de especialista. d) Deliberar as normas que devem ser seguidas pelo código de ética. e) Orientar o profissional biomédico em relação a sua carga horária de trabalho. http://www.fenabio.com.br/historia.html 2. Caso exista a necessidade de alterações na legislação da prática pro�ssional, o CFBM deve enviar a proposta fundamentada ao: a) Ministério da Educação. b) Ministério do Trabalho. c) Sindicato do Biomédico da Jurisdição. d) Ministério da Saúde. e) Ministério da Economia. 3. Em relação ao estágio supervisionado as condições para obter um certi�cado a ser incluído no registro de habilitação deve conter, principalmente: a) O CNPJ da empresa. b) O período de início e fim do estágio supervisionado. c) A carga horária que deve ser condizente à exigida pelo conselho para um profissional biomédico. d) O diploma devidamente registrado do curso oferecido por uma instituição de Educação Superior reconhecida pelo MEC. 4. Para que os conselhos de Biomedicina, federal ou regional sejam mantidos em suas jurisdições, cada pro�ssional registrado deve obrigatoriamente manter em dia a anuidade do conselho. Qual o percentual do valor total será destinado aos conselhos regional e federal? a) 20% para CRBM e 80% para CFBM. b) 80% para CRBM e 20% para CFBM. c) 50% para CRBM e 50% para CFBM. d) 70 % para CFBM e 30% para CFBM. e) 10 % para CRBM e 90% para CFBM. 5. A Associação Brasileira de Biomedicina é responsável por: a) Fornecer o aprimoramento técnico-cientifica aos seus associados. b) Empregar os candidatos aptos aos cargos disponíveis no banco de empregos. c) Orientar o profissional biomédico quanto aos acordos coletivos de trabalho. d) Emitir a carteira profissional, caso o conselho não esteja apto para tal. e) Participar de diligências de fiscalização caso ocorra alguma denúncia de irregularidade profissional. Notas Conselhos federais e regionais1O Conselho Federal e os conselhos regionais constituem uma autarquia federal com personalidade jurídica de direito público e autonomia administrativa e �nanceira. Conselho Federal2 É também responsabilidade do conselho promover a realização de congressos anuais e seminários sobre a pro�ssão. O conselho deve elaborar a sua prestação de contas. O valor das anuidades, taxas, multas e dos emolumentos aos pro�ssionais e às empresas aos conselhos regionais também são de�nidos pelo Conselho Federal que se mantém com a renda de 20% do total dessas arrecadações. E todas as suas atividades devem ser publicadas em um relatório anual, assim como o orçamento e a prestação de contas. O CFBM deve também estimular o exercício pro�ssional da Biomedicina, garantindo dessa forma o prestigio da nossa classe. Exercer a Biomedicina3 Entre no site do seu conselho e acompanhe as resoluções, e mesmo sendo ainda aluno de graduação observe como o conselho estimula a sua atividade nos eventos. Com certeza ter a oportunidade de assistir a palestras de pro�ssionais atuantes é um bom começo para entender a Biomedicina, conhecer pessoas, conversar sobre os desa�os e até futuros contatos para estágios e empregos! Existe também um banco de pro�ssionais que divulgam o seu currículo e a sua especialização. Nas páginas do conselho estão artigos, campanhas de divulgação para a sociedade, como o Dia do Biomédico com encontros em praças. En�m, muita coisa que você pode acompanhar ainda na graduação. Siga também pelas redes sociais, como o Facebook e Twitter. Referências ASSOCIAÇÃO brasileira de Biomedicina. Manual do Biomédico. Disponível em: //www.crbm1.gov.br/MANUAL_BIOMEDICO.pdf <//www.crbm1.gov.br/MANUAL_BIOMEDICO.pdf> . Acesso em: 01 fev. 2019. CONSELHO Regional de Biomedicina. 1ª Região. Disponível em: //crbm1.gov.br <//crbm1.gov.br> CONSELHO Regional de Biomedicina. 2ª Região. Disponível em: //www.crbm2.gov.br <//www.crbm2.gov.br> . Acesso em: 01 fev. 2019. CONSELHO Regional de Biomedicina. 3ª Região. Disponível em: //www.crbm3.gov.br <//www.crbm3.gov.br> . Acesso em: 01 fev. 2019. CONSELHO Regional de Biomedicina. 4ª Região. Disponível em: //portal.crbm4.org.br <//portal.crbm4.org.br> . Acesso em: 01 fev. 2019. CONSELHO Regional de Biomedicina. 5ª Região. Disponível em: //www.crbm5.gov.br <//www.crbm5.gov.br> . Acesso em: 01 fev. 2019. CONSELHO Regional de Biomedicina. 6ª Região. Disponível em: //www.crbm6.gov.br <//www.crbm6.gov.br> . Acesso em: 01 fev. 2019. RUSSOMANO, Mozart Victor. Princípios gerais de direito sindical. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1997. Próxima aula Ética pro�ssional; http://www.crbm1.gov.br/MANUAL_BIOMEDICO.pdf http://crbm1.gov.br/ http://www.crbm2.gov.br/ http://www.crbm3.gov.br/ http://portal.crbm4.org.br/ http://www.crbm5.gov.br/ http://www.crbm6.gov.br/ Situações irregulares para o biomédico; Objetivos do Código de Ética do pro�ssional biomédico. Explore mais Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, acesse o portal do Conselho Federal de Biomedicina <https://cfbm.gov.br/category/destaques/> . https://cfbm.gov.br/category/destaques/ Disciplina: Bases da Biomedicina Aula 4: Código de ética do biomédico e Ato Biomédico Apresentação Podemos a�rmar que, atualmente, a ética é um dos requisitos do sucesso pro�ssional, sendo cada vez mais discutida e debatida em palestras e técnicas de coaching em empresas. São regras que determinam as ações pro�ssionais positivas, mas que acabam propagando para o coletivo no sentido de provocar mudanças em todos tornando o ambiente mais harmonioso. Nesse sentido, você vai aprender sobre o código de ética do biomédico e o Ato Pro�ssional do Biomédico, e como atuam com objetivo de preservar a identidade do pro�ssional biomédico na sua participação ativa no cuidado à saúde humana e animal. Objetivos Identi�car o código de ética como instrumento de boas práticas pro�ssionais; Descrever as infrações e penalidades atribuídas a cada caso; Reconhecer o Ato Pro�ssional Biomédico. Ética e moral: conceito e de�nição Você sabe a diferença entre a ética e a moral? O sentido geral todos sabem, e muitas vezes essas palavras aparecem juntas em um texto ou conversa, mas de�nitivamente elas não apresentam o mesmo signi�cado. Ética está associada a “propriedades de caráter” e, no sentido pro�ssional, a sua atuação individual na pro�ssão; enquanto a moral amplia para a sociedade. A moral é o conjunto de costumes, padrões de comportamento, regras, tradição, opiniões, e podemos dizer que algumas características podem variar entre regiões, mas mudam mesmo em relação ao tempo. Conceito de ética (Fonte: Stoatphoto / Shutterstock) Quem nunca teve acesso a arquivos do século passado e �cou espantado com algumas informações? Pois é, faziam parte da moral da época. O termo “segundo os costumes da época”, ou ainda “segundo a moral e os bons costumes” se encaixa bem nesse sentido. A ética representa os conceitos da sociedade no cidadão, os seus valores que estão em harmonia com os determinados em sociedade. No caso da ética pro�ssional o mesmo conceito para a conduta pro�ssional e, por dedução, interferindo no ambiente de trabalho. É por isso que todas as organizações que representam o biomédico, além dos conselhos, a�rmam que suas atividades e de seus associados baseiam-se no Código de Ética do Biomédico. O código para o biomédico é o documento o�cial que reúne as normas de prevenção e práticas biomédicas visando ao interesse ético como também protege a população que sempre respeitou esse pro�ssional. Ética, honestidade e integridade. Fonte: Shuttestock Comentário Ética e os valores de honestidade e integridade são cada vez mais valorizados no per�l pro�ssional. Desde 1984 o código de ética é atualizado no sentido de acompanhar as necessidades da pro�ssão. Esse documento é dividido basicamente: 1. Nos deveres do pro�ssional biomédico, do exercício pro�ssional; 2. Nos seus direitos, as relações com os colegas e com a coletividade; 3. Nas relações com o conselho federal e regionais de Biomedicina; 4. Nas infrações disciplinares; 5. nas competências do Conselho Federal e conselhos regionais e membros das comissões; 6. Nas sanções éticas e disciplinares; e 7. Nas infrações éticas disciplinares. Comentário Como você pode ver é um documento extenso e detalhado, e fará parte do dia a dia do biomédico. Por ora é importante que alguns pontos do código sejam abordados para que você, desde já, se sinta familiarizado, mas a integra está disponível ao �nal da aula. A escolha desses pontos foi no sentido de usar algumas situações para você exercitar o conceito de ética pro�ssional desde cedo. Ainda no preâmbulo do Código de Ética, o inciso III determina que é obrigatória a inscrição no Conselho Regional, e isso faz todo o sentido, pois os direitos pro�ssionais só podem ser assegurados se o pro�ssional estiver registrado. Em relação aos deveres pro�ssionais de�nidos do artigo 4º, destaca-se logo o primeiro inciso que é: o biomédico deve zelar pela existência dos conselhos de Biomedicina, dos mandatos e encargos que lhe forem con�ados e cooperar com os que forem investidos de tais mandatos e encargos. Se estamos entendendo a importância das condutas pro�ssionais, então a primeira é votar e apoiar a diretoria. Esse processo democrático deve ser cada vez mais participativo, pois juntos estamos mais fortes e seguros das nossas atividades. É preciso apoiar os representantes eleitos que deverão nos orientar, �scalizar e proteger a nossa pro�ssão. O código nos lembra de que ele serve para aqueles que assumem essas novas atribuições, que zelem pela responsabilidade dos cargos que lhe foram con�ados nos conselhos de Biomedicina. Segundo o código, espera-se também que o pro�ssional biomédico respeite as normas e as leis atribuídas ao exercício da Biomedicina. Para isso deve exercer a pro�ssão com zelo e honestamente, cuidando da própria reputação, mesmo fora do exercício pro�ssional descrito nos incisos V e VI do artigo 4º. Éimportante que o biomédico tenha consciência do dever do sigilo pro�ssional, conforme o inciso IV na citação: “guardar sigilo”. Entende-se por qualquer fonte a ele acreditada, tanto no âmbito de pesquisa cienti�ca quanto nas informações de pacientes ou empresas. Qualquer ato que possa ser caracterizado como quebra de sigilo pro�ssional, sem justa causa, será quali�cado, de acordo com o artigo 15, uma infração disciplinar. Esse fato pode levar à suspensão do exercício pro�ssional em até três meses, segundo o inciso II, do artigo 30 que trata das infrações éticas e disciplinares. E no caso de identi�car qualquer situação caracterizada como infração pelo Código de Ética? Também é um dever pro�ssional, baseado no inciso XII do artigo 4. O biomédico deve comunicar às autoridades sanitárias e aos pro�ssionais, mas sempre com discrição e fundamento. Sigilo profissional. Fonte: Shuttestock Comentário O biomédico é impedido de compartilhar ou expor qualquer resultado de pacientes ou discussão pro�ssional fora do ambiente cientí�co. Clique nos botões para ver as informações. Ainda sobre deveres, o inciso XII a�rma que o pro�ssional deve comunicar ao conselho quando houver afastamento de um cargo, demissão ou qualquer atitude de represália quando o biomédico entender a necessidade de preservar os interesses da pro�ssão, da sociedade ou da saúde pública; bem como também denunciar quaisquer formas de poluição, deterioração do meio ambiente ou riscos inerentes ao trabalho, prejudiciais à saúde e à vida conforme determina o inciso XIV do mesmo artigo. O artigo 4º Considera os direitos do pro�ssional biomédico, entre eles o de exercer com liberdade e dignidade a Biomedicina sem discriminação por religião, sexo, raça, nacionalidade, opção sexual, idade, condição social ou opinião política conforme o inciso I. Como também o direito de suspender as suas atividades pro�ssionais quando a instituição pública ou privada não oferecer condições mínimas ao exercício da pro�ssão, ou oferecer remuneração inferior, garantido pelo inciso IV. Outro ponto que chama a atenção no código de ética é sobre os limites da divulgação e propaganda pro�ssional no capitulo V. O artigo 6º Você sabia que é proibido oferecer os serviços, por intermédio de qualquer mídia, para promover-se pro�ssionalmente? Tampouco anunciar preços de serviços? Atualmente, com a utilização maciça da internet nem sempre algumas atitudes consideradas comuns estão de acordo com o código de ética e todas estão listadas no artigo 10. Considera-se infração qualquer situação identi�cada como irregular e que sofre sanções éticas e disciplinares. As infrações disciplinares do pro�ssional biomédico estão listadas no artigo 15 do capitulo IX. Para seu conhecimento serão colocadas aqui, por exemplo, a falta a qualquer dever pro�ssional como também di�cultar a ação �scalizadora das autoridades sanitárias ou pro�ssionais do conselho. Nesse último caso, inclusive, ela é considerada infração grave. Agora que você já aprendeu com alguns exemplos as normas do conselho de ética, o passo seguinte é entender que toda falta será analisada por meio de um processo. O artigo 17, inciso I, do capitulo X a�rma que o presidente do Conselho Federal e dos regionais de Biomedicina, assim como conselheiros e membros de comissões deverão instaurar um processo para análise da situação, seja um ato ou uma matéria que con�gure, em tese, uma infração ao princípio ou à norma de ética pro�ssional. Dica Você pode acessar a página do Conselho Federal onde está o Código de Processo explicando todas as etapas que deverão ser cumpridas durante a análise de um processo. Nesse processo são de�nidas as sanções éticas e disciplinares. Você sabe o que signi�cado de sanção? É uma penalidade, a condenação de um ato. Para essas penalidades as infrações são classi�cadas em gravíssimas, graves e leves conforme mostradas no capítulo 21 do código de ética. No código de ética uma infração gravíssima é quando são veri�cadas a existência de duas ou mais circunstâncias agravantes. Uma delas está no inciso III quando o pro�ssional tem conhecimento do fato e se omite, sendo que deveria tomar alguma providência para evitar ou sanar o fato. Se o pro�ssional coagir alguém para executar uma infração essa é outra circunstância descrita no inciso IV. As infrações são consideradas graves quando é veri�cada uma circunstância agravante, e as leves quando o infrator foi bene�ciado por uma circunstância atenuante. Segundo o artigo 22, são circunstâncias atenuantes quando, por exemplo o infrator procurar reparar, de espontânea vontade e imediatamente, as consequências do ato ou a própria ação. Lembra-se da situação agravante de coação? O pro�ssional coagiu alguém para a execução da infração? Pois bem, no caso que for provado que o pro�ssional foi coagido sem condições de resistir à prática em questão, a circunstância será caracterizada como uma infração leve. Se o pro�ssional acumular infrações no momento que for caracterizar a infração, ou se ele possuir antecedentes dessa mesma infração, isso tornará mais grave a situação irregular do pro�ssional porque é reincidente. Foi dada a decisão de�nitiva no processo, mas o pro�ssional continua na infração. Ele pode também ser considerado reincidente se cometer uma nova infração, ou seja, continuar desrespeitando as normas de ética do Conselho Federal, e será enquadrado na penalidade máxima e a caracterização da infração é gravíssima. Em resumo, a partir dos fatos, a aplicação e o grau de penalidade ao infrator deverão ser levados em conta as circunstâncias atenuantes e agravantes, como também as consequências do fato para a classe de biomédicos, para a saúde pública e a coletividade. Penalidades do código de ética do biomédico Livro de leis (Fonte: R.classen / Shutterstock) No artigo 27, o código apresenta os tipos de penalidades dadas ao infrator. Pode ser: 1. Uma advertência; 2. Uma repressão; 3. Uma multa, equivalente a até 10 vezes o valor da anuidade devida a esse Conselho; 4. A suspensão do exercício pro�ssional pelo prazo de até 3 anos; 5. O cancelamento do registro pro�ssional; e 6. Se for o caso, a inscrição na sociedade. Agora, veja alguns exemplos de penalidades descritos no capitulo 30: 1. Se o pro�ssional exercer a atividade biomédica sem condições dignas de trabalho e remuneração ele será advertido pelo conselho, com base no inciso III; 2.Quando o biomédico não comunicar ao conselho algum fato, de seu conhecimento, considerado infrator segundo o código de ética. Você se lembra do dever do biomédico em manter o sigilo pro�ssional? Se ele violar o sigilo de fatos que tenha tomado conhecimento, exceto os previstos por lei, segundo o inciso II sofrerá uma pena de suspensão de 3 meses de qualquer atividade pro�ssional. E se praticar ato pro�ssional que cause, comprovadamente, por decisão judicial, qualquer dano físico, moral ou material ao usuário do serviço caracterizado por imperícia, negligência ou imprudência, o inciso V determina uma penalidade de suspensão por até 3 anos do exercício pro�ssional ou o cancelamento do seu registro. Um dos pontos importantes discutidos no código é sobre a responsabilidade na emissão de laudos técnicos e realizar perícias técnico-legais. O biomédico responsável técnico é considerado uma das nossas principais competências, e por isso mesmo o Conselho Federal determina, no inciso VIII, que se isso ocorrer sem observância ou obediência à legislação vigente o pro�ssional receberá uma pena de multa e/ou suspensão de 3 a 12 meses. 1 Exemplo O exercício da atividade pro�ssional incompatível com a sua habilitação conferida pelo CRBM, mostrada no inciso XIII. Por conta disso o conselho tem se empenhado em manter informações e orientações a respeito dessa infração. Conforme o inciso II, �ca proibido ao biomédico recusar qualquer assistência pro�ssional. Salvo se for um motivo relevante e justi�cado. Da mesma forma, esse pro�ssional não pode permanecer associado a empresasque desrespeitam os princípios éticos, mesmo como prestador de serviços, registrado no inciso IV. Ao biomédico é proibido recusar colaborar com as autoridades sanitárias nas campanhas de saúde pública e de meio ambiente como está de�nido no inciso VI. Merece destaque o inciso X que proíbe ao biomédico qualquer discriminação do ser humano, de qualquer forma ou sob qualquer pretexto. Além de considerado crime, qualquer ato discriminatório fere o juramento do biomédico de usufruir da con�ança dos homens em prol da evolução cientí�ca. Discriminação. Fonte: Shuttestock http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula4.html Transparência. Fonte: Shuttestock Ainda no contexto da atenção à saúde humana e coletividade, o inciso XII proíbe o biomédico de fornecer instrumentos, substâncias, ou qualquer outro meio que possa ser utilizado como tortura ou outras formas de procedimentos degradantes, humilhantes, desumanas e cruéis, em relação à pessoa. Como você sabe, a Biomedicina possui um grande número de pro�ssionais vinculados a atividades de pesquisa. O Conselho Regional, atento ao papel do biomédico, na evolução cientí�ca para �ns de diagnóstico, tratamento e vacinas, proíbe, por meio do inciso XV, falsear dados estatísticos ou deturpar sua interpretação cientí�ca. Comentário Ao biomédico é exigido o compromisso em publicar ou veicular os verdadeiros resultados de seu trabalho. O conhecimento do código de ética é um verdadeiro exercício que nos auxilia nas orientações das boas condutas que devemos ter em nossa pro�ssão. É por isso que esse material foi disponibilizado desde o início da sua formação. Muitas atitudes acabam sendo punidas por falta de conhecimento ou omissão da real gravidade e os desdobramentos que podem causar sobre o ser humano e a sociedade. A Biomedicina rea�rma o seu papel no cuidado da população humana por meio do seu código de ética, e esse material merece sempre ser pesquisado. Todas as pro�ssões possuem documentos denominados atos pro�ssionais que servem para delimitar as atribuições ocupando nichos de mercado. A resolução número 78 do CFBM, que dispõe sobre o nosso ato pro�ssional, foi publicada no Diário O�cial da União em 29 de abril de 2002. Os objetivos principais desse documento são a preservação das atividades pro�ssionais e o mercado de trabalho. Com os avanços da ciência muitas pro�ssões se desdobraram e todas as suas atribuições devem ser igualmente divididas para a melhoria dos serviços sem privilégios ou prejuízo de nenhuma delas. 2 Percebeu como esse texto de�ne muito bem aonde podemos atuar? É um marco na nossa pro�ssão, garantindo o�cialmente todas as nossas 35 competências. http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula4.html Atividade 1. O Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) institui o Código de Ética, sabendo que o pro�ssional biomédico, pela sua natureza em cuidar do interesse da saúde humana e animal, norteia seus princípios sempre na busca da verdade, jamais deixando-se aniquilar por atos que não sejam �éis ao seu juramento. Diante disso, no Capítulo II do código de ética dos biomédicos, que trata dos Deveres Pro�ssionais do Biomédico, onde se obriga o biomédico a: Marque apenas a resposta errada: a) Zelar pela existência, pelos fins e pelo prestígio dos conselhos de Biomedicina, dos mandatos e encargos que lhe forem confiados e cooperar com os que forem investidos de tais mandatos e encargos. b) Respeitar as leis e normas estabelecidas para o exercício da profissão. c) Guardar sigilo profissional. d) Exercer a profissão com zelo e honestidade, observando as prescrições legais. e) Poder pagar uma vez atrasado as contribuições devidas ao Conselho. 2. (Concurso do Conselho Regional de Biomedicina – 6ª Região – PR (CRBM/PR) – Cargo: Fiscal Biomédico – Instituto Quadrix – 2018) À luz da Resolução nº 198/2011 (Código de Ética do Pro�ssional Biomédico), os meios de comunicação poderão ser utilizados pelo biomédico para conceder entrevistas sobre assuntos da Biomedicina, com �nalidade lucrativa, sendo de responsabilidade do Conselho Regional de Biomedicina os assuntos divulgados. Esta a�rmação está certa ou errada? Justi�que sua resposta. 3. (Concurso do Conselho Regional de Biomedicina – 6ª Região – PR (CRBM/PR) – Cargo: Fiscal Biomédico – Instituto Quadrix – 2018) À luz da Resolução nº 198/2011 (Código de Ética do Pro�ssional Biomédico), o respeito, a urbanidade e a solidariedade deverão ser observados pelo biomédico nas relações com os colegas de pro�ssão. Contudo, é permitido criticá‐los em público por razões apenas de ordem pro�ssional. Esta a�rmação está certa ou errada? Justi�que sua resposta. 4. Considera-se classi�car uma infração leve o fato de o pro�ssional biomédico coagir alguém no ato de infração, e o pro�ssional coagido participa da ação de sua própria vontade. Esta a�rmação está certa ou errada? Justi�que sua resposta. 5. A responsabilidade técnica é uma das atribuições mais importantes do pro�ssional biomédico, exigindo que os laudos técnicos sejam realizados com responsabilidade e obediência a legislação vigentes. Se for identi�cada irregularidade no exercício pro�ssional, ao biomédico poderá ser aplicada a seguinte penalidade: a) Suspensão do registro por três anos. b) Cassação do registro. c) Suspensão do registro em período que varia de três a doze meses. d) Advertência. e) Advertência e/ou multa de três a doze meses. Notas Pontos importantes discutidos no código1 Veja essa situação: Se o biomédico aceitar participar de qualquer tipo de experiência em seres humanos com �ns bélicos, raciais, eugênicos ou em que se observe desrespeito aos direitos humanos, o inciso IV determina que ele sofrerá multa e/ou cancelamento do seu registro. Por mais óbvio que possa parecer, os estudos cientí�cos em humanos, e devemos ampliar para aqueles realizados com animais, devem obrigatoriamente ser acompanhados por comitês de ética dos projetos de pesquisa. Como já foi comentado aqui na disciplina a educação continuada é fator impar para o bom exercício pro�ssional. Agora, imagine um biomédico que declara ter títulos de pós-graduação, mas não possui. Isso seria considerado uma infração? Com certeza mentir sobre a sua especialização coloca em cheque a credibilidade do pro�ssional como da instituição que é conivente com esse caso. Assim, o biomédico será multado ou repreendido pelo conselho, conforme o inciso XIV. Da mesma forma, o inciso XIX também aplica multa e repreensão se o pro�ssional que publicar um trabalho cientí�co não sendo de sua autoria, ou deixar de incluir a participação de subordinados ou outros pro�ssionais, biomédicos ou não. O código de ética normatiza que todo pro�ssional biomédico deve encaminhar ao Conselho Regional denúncias de circunstâncias consideradas irregulares, desde que devidamente fundamentadas. E se não for possível denunciar sem oferecer os documentos comprobatórios? Nesse caso, segundo inciso XXIV, o pro�ssional será multado e/ou suspenso pelo período de 6 a 12 meses. Na primeira aula, os termos saúde e saúde da população foram bem abordados, você se lembra? Pois, no capitulo 12, o código de ética regulariza as relações do biomédico com a coletividade. São 15 situações distintas, mas todas atuam proibindo qualquer atividade que possa prejudicar quem depende das ações do pro�ssional biomédico. Atos pro�ssionais2 O Ato Pro�ssional do Biomédico é de�nido “como todo procedimento técnico-pro�ssional praticado por biomédico, na área que em que esteja legalmente habilitado/capacitado, que envolvam as atividades em procedimentos de apoio diagnóstico; atividades de coordenação, direção, che�a, perícia, auditoria, supervisão e ensino; e atividades de pesquisa e investigação.” Referências Ato pro�ssional do Biomédico. Disponível em: //www.crbm1.gov.br/bio47/rev16.asp <//www.crbm1.gov.br/bio47/rev16.asp> . Acesso em: 25 fev. 2019. Código de Ética da Pro�ssão de Biomédico. Disponível em: https://cfbm.gov.br/legislacao/codigo-de-etica-da-pro�ssao-de- http://www.crbm1.gov.br/bio47/rev16.asp
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