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BASES DA BIOMEDICINA

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Prévia do material em texto

Disciplina: Bases da Biomedicina
Aula 1: História da Biomedicina
Apresentação
Toda pro�ssão tem origem na falta de determinada atividade de suporte, atenção ou cuidado à população. No caso da
Biomedicina ainda hoje muitas dúvidas permanecem quanto ao seu início, e por isso é fundamental começarmos esse curso
conhecendo as referências históricas que con�rmaram existir na época um nicho de mercado para a sua implementação.
Reconhecer as regulações que sustentam a atividade do pro�ssional derruba de uma vez a associação da nossa atividade
ao médico de laboratório. Temos uma história de conquistas e estamos espalhados em todo o país e no mundo atuando em
várias esferas do cuidado à saúde humana e ao bem-estar.
Nesta aula, a de�nição do per�l biomédico como um pro�ssional generalista, humanista, crítico e re�exivo adquire um
contexto dinâmico conforme conhecemos as suas áreas de atuação e as inovações no mercado de trabalho.
Objetivos
Nomear os protagonistas do surgimento do curso de Ciências Biológicas – modalidade médica (atual Biomedicina);
Reconhecer os primeiros obstáculos do pro�ssional para o exercício de sua pro�ssão na área da Saúde;
Analisar na linha do tempo as resoluções para a de�nição das competências básicas do biomédico.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Histórico
A Biomedicina já completou mais de 50 anos de existência. Desde a sua implementação foram muitas mudanças, atuações
curriculares para que as 35 habilitações possíveis do pro�ssional biomédico pudesse atuar no diagnóstico e prevenção de muitas
doenças humanas e atualmente para animais.
Vimos também nesses anos o papel do pro�ssional empreendedor e atuante em equipes multipro�ssionais. En�m, estamos
vivendo, para a grande maioria dos pro�ssionais no país, uma fase de reconhecimento das nossas competências.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
1950
A segunda Reunião Anual da Sociedade Brasileira
para o Progresso da Ciência (SBPC) em Curitiba.
Consideramos essa reunião cientí�ca o embrião
do nosso curso, pois no dia 10 de novembro
daquele ano, o Dr. Leal Prado , participante de
um simpósio sobre seleção e treinamento
técnico, esboçou a necessidade de um novo
pro�ssional de Saúde.
1
 Figura 1: Dr. Leal Prado, médico pesquisador
No mesmo ano, em 7 de dezembro ele e o Dr.
Ribeiro do Vale, entre outros participantes do
Instituto Biológico, da Universidade São Paulo e do
Instituto Butantã de�niram os objetivos do novo
curso. Infelizmente, essa ideia foi abandonada
principalmente pelas di�culdades �nanceiras pelas
quais a Escola Paulista de Medicina, uma
instituição particular, estava enfrentando à época.

Entretanto, os objetivos de formar docentes
especializados para ministrarem disciplinas básicas
do curso de Medicina e Odontologia, além de
pesquisadores das ciências básicas continuaram
nos esforços do Dr. Leal Prado e Dr. Ribeiro do Vale
para garantir a formação adequada aos que
trabalhavam ou buscavam oportunidades em seus
laboratórios.
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula1.html
1956
A Escola Paulista de Medicina torna-se pública e
com a mudança do seu regime a discussão
sobre o novo curso reacendeu, prevendo-se abrir
uma graduação Biomédica, além de pós-
graduação, nível mestrado e doutorado em
Ciências Biomédicas destinado a formar
pesquisadores e docentes nessa área.
1966
Por meio do parecer número 174 �cou
estabelecido o currículo de bacharelado do curso
de Ciências Biomédicas — modalidade médica.
Nesse documento de�niram-se as atividades
laboratoriais aplicadas à Medicina, com
formação de pro�ssionais com sólida base
cientí�ca, de comportamento e espírito crítico
capazes de operar equipamentos mais
avançados de laboratório. E assim surgiu o
primeiro curso, em março de 1966, na Escola
Paulista de Medicina e também no Rio de
Janeiro com a Universidade Estadual do Rio de
Janeiro (UERJ).
 Figura 2: Professores e pesquisadores (UERJ)
Comentário
Muitos ainda pensam que os biomédicos da época só poderiam atuar nas universidades e nos centros de pesquisa, pois o aluno
ao �nal do quarto ano poderia atuar no mercado privado, em laboratórios de análises biológicas, em industrias de fermentação,
farmacêutica e de alimentação.
1967
A Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP)
e a Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas
de Botucatu (UNESP) também ofereceram o
curso de Ciências Biológicas — modalidade
médica.
1970
Foi a vez da Faculdade de Filoso�a, Ciências e
Letras de Barão de Mauá, (atual Centro
Universitário Barão de Mauá), em Ribeirão Preto.
 Figura 3: A antiga Escola Paulista de Medicina, atual
UNIFESP
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
De forma natural, os alunos egressos foram absorvidos, como era esperado, nas escolas e
nos institutos, mas o campo de atuação no mercado privado tornou-se preocupante, pois a
pro�ssão ainda não estava regulamentada.
Assim teve início a árdua luta para regulamentar a nossa pro�ssão. Com a participação ativa, principalmente dos egressos, além
de alunos, docentes e diretores das escolas de São Paulo, da Universidade de Mogi das Cruzes e da Universidade Federal de
Pernambuco junto ao Ministério do Trabalho, Ministério da Educação, e na classe política em ações nas Câmara dos Deputados e
no Senado Federal.
1975
O resultado desse trabalho resultou no Projeto
de Lei nº 1.660 , que aprovado na Câmara dos
Deputados e no Senado Federal foi substituído
pelo de número 101 em 1977. Esse documento
regulamentou ambas as pro�ssões de
biomédico e de biólogo.
2
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula1.html
Por meio de ações pela nossa regulamentação, �nalmente as leis nº 6.684/1979, nº
6.686/1979 e posterior alteração para a lei nº 7.135/1983 garantiram, de maneira gradual,
os nossos direitos pro�ssionais.
Tudo bem até aqui? Vamos continuar conhecendo os marcos da
Biomedicina no Brasil.
Clique nos botões para ver as informações.
Fazendo um breve resumo, a Lei nº 6.684/79 trata, no capítulo 1, das questões pertinentes ao biólogo e, no capítulo 2, ao
biomédico. E é o artigo 4º que diz que podemos atuar em âmbito tecnológico em atividades complementares de
diagnósticos; e no artigo 5º, dos incisos I ao IV essa lei diz que podemos:
I. realizar análises físico-químicas e microbiológicas de interesse para o saneamento do meio ambiente;
II. realizar serviços de radiogra�a, mas não é permitida a interpretação;
III. atuar na hemoterapia e radiodiagnóstico, desde que supervisionados por um médico habilitado;
IV. planejar e executar pesquisas cientí�cas em instituições públicas e privadas, na área de sua especialidade pro�ssional.
No mesmo ano, uma nova lei, de nº 6.686 a�rmava no artigo 1 que:
“[...] os atuais portadores de diploma de Ciências Biológicas, modalidade médica, e os que venham a concluir o mesmo curso
até julho de 1983 poderão realizar análises clínico-laboratoriais, assinando os respectivos laudos, desde que comprovem a
realização de disciplinas indispensáveis ao exercício desta atividade”.
A alteração a qual se refere a lei nº 7.135/83 acrescentou que “os diplomados que ingressaram no curso, em vestibular
realizado até julho de 1983, poderão realizar análises clínico-laboratoriais”.
1979 
Foi omitida a lei que separou as pro�ssões da Biomedicina e Biologia, isso ocorreu por meio da lei nº 7.017 (30/08/82).
1982 
O Decreto nº 88.439, de 28 de junho de 1983, no capítulo das Disposições Transitórias mantinha os limites impostos ao
exercício das análises clínico-laboratoriais na lei nº 6.686, de 11 de setembro de 1979. Isso signi�cou uma injustiça com a
nossa pro�ssão. Para tentar resolver essa questão, foi aprovada a lei nº 7.135, de 26 de outubro de 1983, mas considerada
somente um paliativo. Veja o texto legal:
“Art. 1º. Os atuais portadores de diploma de Ciências Biológicas — modalidade médica, bem como os diplomados que
ingressarem nesse curso em vestibular realizado até julho de 1983, poderão realizar análises clínico-laboratoriais,assinando
os respectivos laudos, desde que comprovem ter cursado as disciplinas indispensáveis ao exercício dessas atividades”.
Com isso, e numa ação conjunta e de grande comoção por parte dos alunos e das várias instituições, a inconstitucionalidade
das leis 6.686 e 7.135 foram levadas ao Supremo Tribunal Regional.
1983 
No dia simbólico de 20 de novembro de 1985, por meio da representação nº 1.256-5/DF, foram corrigidas algumas
expressões que limitavam a nossa atividade pro�ssional, e por ser uma data tão importante para a nossa pro�ssão
comemora-se todo 20/11 o dia do Biomédico.
Segue o texto na íntegra:
“Decisão: Julgou-se procedente a Representação e declarou-se a inconstitucionalidade: I) da expressão "atuais" e das
expressões "bem como os diplomados que ingressarem nesse curso em vestibular até julho de 1983", todas contidas no art.
1º. da Lei 6.686 de 11 de setembro de 1979, na redação que lhe deu o art. 1º. da Lei 7.135 de 26 de outubro de 1983; II) do
artigo 2º. da Lei 7.135 de 26 de outubro de 1983. Decisão unânime. Votou o Presidente. Plenário, 20/11/85”.
1985 
Com a justiça feita, em 24 de junho de 1986 o Senado Federal promulgou a Resolução nº 86 cujo artigo único contém a
seguinte redação:
“Artigo Único - É suspensa, por inconstitucionalidade, nos termos do artigo 42, inciso VII, da Constituição Federal e, em face
da decisão de�nitiva do Supremo Tribunal Federal, proferida em sessão plenária de 20 de novembro de 1985, nos autos da
Representação nº 1256-5, do Direito Federal, a execução da expressão atuais e das expressões bem como os diplomados
que ingressarem nesse curso em vestibular realizado até julho de 1983, todas contidas no artigo 1º. da Lei nº 6686, de 11 de
setembro de 1979, da redação que lhe deu o artigo 1º. da Lei nº 7135, de 26 de outubro de 1983 e a execução do artigo 2º.
desta última Lei”.
Foi assim, de forma de�nitiva assegurado a nós o direito ao biomédico de exercer as análises clínico-laboratoriais, passando
a ser �scalizado pelos conselhos federais (CFBM) e regionais de Biomedicina (CRBM).
1986 
Outra data muito importante foi a conquista do biomédico em ser enquadrado no serviço público federal em 16 de junho de
1988.
Pelas mesmas leis e decreto citados anteriormente também foram criados o Conselho Federal de Biomedicina e os
Conselhos Regionais, mas as suas atribuições serão discutidas em outra aula. Por ora, devemos saber que o Conselho
Federal e os Regionais de Biomedicina foram incumbidos legalmente de exercer natureza jurídica de autarquia federal para
orientar, disciplinar e �scalizar o exercício da pro�ssão biomédico.
1988 
A lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998, garantiu aos conselhos a natureza de pessoas jurídicas de Direito Privado, por
delegação do Poder Público, continuando com a incumbência de �scalizar o exercício da pro�ssão de biomédico.
1998 
E a�nal, quem é o biomédico?
 Biomédico (Fonte: ... / Shutterstock)
É o pro�ssional a serviço da saúde e da ciência, com um espectro de ações bem diversi�cado, e por isso capaz de atingir todos os
campos de atenção à saúde humana, sempre perseguindo as inovações tecnológicas que possam melhorar a qualidade de vida
do brasileiro.
Além disso, o biomédico integra com todos os pro�ssionais da área da Saúde nas equipes multipro�ssionais, agregando cada vez
mais valores éticos à sua competência.
A grande vantagem do pro�ssional biomédico é o número
de habilitações, mas com o mercado cada vez mais
competitivo é importante que tanto o aluno como o
pro�ssional desde o início busquem valorizar a sua
formação por meio de cursos e atualizações.
A habilitação em análises clínicas ainda responde pela
escolha da maioria dos pro�ssionais, na qual as nossas
referências históricas nos tornam cada vez mais
respeitados no diagnóstico laboratorial. Em cidades com
centros de pesquisa reconhecidos como a Fundação
Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro e o Instituto Butantã em
São Paulo observamos que a especialidade de
pesquisa/docência ainda é líder na escolha de atuação.
Mesmo assim, e provavelmente por conta da saturação e
diferencial salarial, veri�camos que outras habilitações
cresceram muito nos últimos anos, como é o caso da
Biomedicina Estética.
Tem se destacado também a procura por novos nichos
ainda pouco ocupados, como a acupuntura e a perfusão.
De qualquer forma, em todas encontramos o mesmo per�l
ético e responsável que tem se tornado a marca registrada
da nossa pro�ssão.

Não demora muito e a frase que mais se ouvirá no mercado de trabalho será: Aqui tem
um biomédico, pode confiar!”
Dr. Sílvio José Cecchi
Saiba mais
Antes de �nalizar esta aula, acesse a lista de habilitações possíveis do biomédico <galeria/aula1/anexo/doc1.pdf> .
Na próxima aula, vamos aprender sobre o pro�ssional de
Saúde e a importância do biomédico no controle da saúde
humana. Até lá!
Atividade
1. A possibilidade de um novo curso de graduação para a Saúde surgiu durante a II reunião da SBPC em 1950, mas somente em
1963 foi iniciado o primeiro curso de Ciências Biológicas — modalidade médica na antiga Escola Paulista de Medicina. Com
certeza devemos o início da nossa pro�ssão ao empenho de(o):
a) Alunos interessados em seguir a carreira científica.
b) Técnicos de laboratório que desejavam estudar em um curso de nível superior.
c) Dr. Silvio José Cecchi que presidiu as primeiras reuniões para a elaboração do curso junto com representantes da USP e do Instituto
Butantã.
d) Dr. Leal Padro que entendia a necessidade de um curso voltado para formação de docentes especializados nas disciplinas básicas.
e) Dr. Leal Ribeiro que estimulava a entrada de alunos para realizar estágio em no seu laboratório.
2. O dia 20 de novembro é considerado Dia do Biomédico, pois em 20/11/1985 conquistamos de�nitivamente o direito de exercer
a análise clínica. Isso só foi possível pelo embasamento legal da(o):
a) Lei nº 7.135.
b) Lei nº 6.685.
c) Supremo Tribunal Federal (nº 1256-5/DF).
d) Decreto nº 88.439.
e) Manual do Biomédico.
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/galeria/aula1/anexo/doc1.pdf
3. (2013 - CFBio) Assinale a alternativa incorreta a respeito da pro�ssão de biomédico, de acordo com o disposto na lei n°
6.684/79 e legislação atualizada sobre o tema:
a) O exercício da profissão de biomédico é privativo dos portadores de diploma de nível superior.
b) O diploma deve ser devidamente registrado, de curso oficialmente reconhecido de Ciências Biológicas, modalidade médica.
c) O diploma pode ser emitido por instituições estrangeiras de ensino superior, devidamente revalidado por meio de complementação de
carga horária, curso e capacitação, registrado como equivalente ao diploma.
d) Ao biomédico compete atuar em equipes de Saúde, em âmbito tecnológico, nas atividades complementares de diagnósticos.
e) Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros profissionais igualmente habilitados na forma da legislação específica, o
biomédico poderá: realizar análises físico-químicas e microbiológicas de interesse para o saneamento do meio ambiente; realizar serviços
de radiografia, excluída a interpretação; atuar, com supervisão médica, em serviços de hemoterapia, de radiodiagnóstico e de outros para
os quais esteja legalmente habilitado; e planejar e executar pesquisas científicas em instituições públicas e privadas, na área de sua
especialidade profissional.
Notas
Dr. Leal Prado1
O Dr. Leal Prado já era um médico pesquisador líder em pesquisas básicas da antiga Escola Paulista de Medicina, e na época
estimulava fortemente que os alunos tivessem o aprendizado prático em atividades de laboratório.
Projeto de Lei nº 1.6602
No entanto, algumas modi�cações acabaram prejudicando a nossa classe, com consideráveis limitações às nossas atividades
pro�ssionais. Essa situação resultou em graves prejuízos aos biomédicos e em ações junto ao Supremo Tribunal Federal.
Referências
BRASIL. Artigo único da Resolução número 86 do senado federal 24 de junho de 1986. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Congresso/RSF/ResSF86-1986.htm<//www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Congresso/RSF/ResSF86-1986.htm> . Acesso em: 11 dez. 2018.
BRASIL. Casa Civil. Lei nº 6.684, de 3 de setembro de 1979 – Regulamentação da pro�ssão Biomédico. Disponível em:
//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6684.htm <//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6684.htm> . Acesso
em: 11 dez. 2018.
BRASIL. Casa Civil. Lei Nº 6.686, de 11 de setembro de 1979 - Dispõe sobre o exercício da análise clínico-laboratorial. Disponível
em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6686.htm <//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6686.htm> .
Acesso em: 11 dez. 2018.
BRASIL. Casa Civil. Lei nº. 7.017 de 30 de agosto de 1982. Dispõe sobre o desmembramento dos Conselhos Federal e Regionais
de Biomedicina e de Biologia. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7017.htm
<//www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7017.htm> . Acesso em: 11 dez. 2018.
BRASIL. Casa Civil. Decreto nº. 88.439/1983. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da pro�ssão de Biomédico de acordo
com a lei nº 6.684, de 3 de setembro de 1979 e de conformidade com a alteração estabelecida pela lei nº 7.017, de 30 de agosto
de 1982. Disponível em: //www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D88439.htm
<//www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D88439.htm> . Acesso em: 11 dez. 2018.
CONSELHO Regional de Biomedicina. Manual do Biomédico. Disponível em: //www.crbm1.gov.br/MANUAL_BIOMEDICO.pdf
<//www.crbm1.gov.br/MANUAL_BIOMEDICO.pdf> . Acesso em: 11 dez. 2018.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Congresso/RSF/ResSF86-1986.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6684.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6686.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7017.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/D88439.htm
http://www.crbm1.gov.br/MANUAL_BIOMEDICO.pdf
Próxima aula
Conceito de saúde de acordo com a Organização Mundial de Saúde;
Competências do pro�ssional da área da Saúde;
Contribuições da Biomedicina para as ações de melhoria da qualidade de vida da população.
Explore mais
Assista às entrevistas com os protagonistas da luta pela pro�ssão de biomédico: Institucional Biomedicina
<https://www.youtube.com/watch?v=kO7z-yfL1Ys>
https://www.youtube.com/watch?v=kO7z-yfL1Ys
Disciplina: Bases da Biomedicina
Aula 2: Saúde no Brasil e papel do pro�ssional biomédico
Apresentação
O conceito de saúde mudou radicalmente nas últimas décadas. Primeiro o avanço tecnológico da época nos permitiu cada
vez mais identi�car novos patógenos e consequentemente o seu ciclo na natureza. Uma revolução, e assim muitos
ecossistemas e suas relações com o homem foram cada vez mais esclarecidas.
Além disso, paralelo ao conhecimento biológico e cientí�co associados à saúde e à doença, hoje tomamos posse da palavra
saúde no seu sentido mais completo, integral e profundo.
Saúde, já há algum tempo, não é o mesmo que não ter doença. No Brasil esse conceito foi implementado em um projeto
nacional que ainda é referência para muitos países: o Sistema Único de Saúde (SUS) — planejado para atender a todos os
níveis de cuidado do brasileiro, em um trabalho com todos os pro�ssionais de Saúde.
O biomédico está inserido nessa grande teia de atendimentos, con�rmando que atualmente ele não é mais o pro�ssional de
laboratório, isolado. Estamos participando ativamente do diagnóstico e de muitas ações tanto públicas quanto privadas. A
residência multipro�ssional é uma realidade de sucesso que muitos biomédicos especializam.
Vamos agora aprender um pouco mais sobre saúde e a contribuição do biomédico para a saúde da população.
Objetivos
Listar os conceitos atualizados de saúde universal;
Identi�car os princípios do Sistema Único de Saúde;
Reconhecer o biomédico na cadeia de atenção multipro�ssional.
A�nal o que é saúde?
Quando pensamos em saúde, algumas imagens imediatamente vêm à mente como, por exemplo, um suco de melancia em um
lindo dia de sol; uma salada vegana, a esteira de academia; alguém suado depois de uma corrida, com uma toalha em volta do
pescoço bebendo uma garrafa d´água, certo?
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Sim, essas são imagens relacionadas ao estado saudável,
e nas propagandas de venda de produtos relacionados ao
bem-estar e à saúde. Mas, saúde não é só isso. A saúde
pode ser considerada uma das metas mais difíceis de se
alcançar. Por isso, pensarmos em um estado físico livre de
doenças ou de qualquer interferência que nos impeçam de
exercer as nossas tarefas ou os nossos compromissos do
dia a dia é importante, sem dúvida, mas limitado.
Primeiro a de�nição de saúde ou estado saudável varia de
acordo com os parâmetros de conscientização e
educação em determinada população, e difere entre
regiões e mesmo entre países. A saúde representa uma
conjuntura social, cultural e até religiosa de uma
população em um período de tempo, sob muitas
in�uências, e o mais complexo ainda é a de�nição de
doença.
Na história das civilizações humanas, veri�camos
períodos de mais ou menos consciência sobre as
transmissões e doenças, e com isso períodos de grandes
epidemias, mas sempre empenhado em decifrar o que
seria a�nal a doença (e com isso saúde).
Exemplo
Você já ouviu falar de Pompeia, uma cidade italiana que foi totalmente destruída pela erupção do vulcão Vesúvio em 79 d. C.?
Assim como muitas cidades do século I, Pompeia prezava o cuidado ao corpo e à mente. Os banhos ou as termas eram
monumentos ricamente adornados, espaços voltados à higiene, ao prazer e ao otium (ócio) construídos pela in�uência da Grécia
que permaneceu durante todo o Império romano.
A importância desses banhos públicos era tão grande que
estavam situados geralmente na encruzilhada de enormes
avenidas das cidades.
Os banhos públicos podiam ter a dimensão de um quarteirão,
pois muito utilizavam �cando normalmente por horas para
controle de pragas, sendo a higiene considerada até um sinal
de virtude entre os romanos.
E o que os romanos faziam de diferente?
Pode imaginar saneamento no século I? Para você ter uma ideia, o sistema de esgoto é utilizado até os dias atuais, claro que com
aperfeiçoamentos.
Ruinas de um aqueduto na Itália
Eles construíam aquedutos para fornecer água para as
cidades e o campo, e muitos abaixo da superfície.
Banheiro na cidade de Pompeia, Itália
Foram responsáveis por várias ações de saneamento
básico, pois muitas casas romanas tinham vasos
sanitários e descarga!
Além disso, construíram um sistema de esgoto muito evoluído chamado
Cloaca Máxima que transportava os resíduos para o rio Tibre.
Com o passar dos séculos as civilizações foram substituídas por outras, com novos costumes e novas crenças. Na Idade Média,
o que se viu foi o aumento da in�uência da Igreja católica na política, modi�cando de uma forma geral as leis e também os
costumes. Com isso, gradativamente o cuidado com o corpo na época dos romanos foi substituído pela atenção espiritual.
O número de banhos reduziu drasticamente, chegando a um único por ano! Os indivíduos de
uma mesma família podiam banhar-se todos na mesma água. En�m, podemos então
imaginar que muitas doenças apareceram.
Para explicar as epidemias que surgiam cada vez mais elas
foram associadas à suposta ira de Deus.
A passagem de um cometa em 1664 foi a explicação para o
aparecimento de uma epidemia, a a peste negra .1
 Pintura medieval de uma bíblia alemã (1411) representando um casal com a peste
negra (peste bubônica). (Fonte: Shutterstock)
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula2.html
Existem outros fatores capazes de provocar desequilíbrios tão graves como a presença de agentes patogênicos no nosso corpo.
Por isso, dizemos que, no século XXI, o conceito de saúde está bem mais completo e real.
Essa nova lógica chama-se Saúde Universal, de�nida pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e Organização Mundial
de Saúde (OMS). Ela é a garantia de que todas as pessoas tenham acesso aos serviços desaúde sem qualquer tipo de
descriminação por motivos �nanceiros, e todos têm direito a atividades de promoção, prevenção, tratamento, cuidados paliativos
e reabilitação.
Saúde Universal, celebrada no dia 7 de abril.
A OMS propôs adotar inovações que auxiliassem no tratamento de doenças crônicas, e o Brasil introduziu a
prática de yoga em 2011, no Sistema Único de Saúde, como um recurso terapêutico viável e favorável ao
cuidado de pessoas com câncer e diabetes.
A prática de yoga é um recurso terapêutico viável e favorável a pacientes com câncer.
Os resultados indicaram que a prática de yoga estimula o enfrentamento e reconhecimento positivo dos
pacientes diante das adaptações no estilo de vida no curso da doença.
Ainda pensando sobre novos conceitos para saúde/doença
podemos abordar a depressão. Antes tratada como uma
“doença de rico”, ela está no topo da lista das causas de
problemas de saúde.
A OMS a�rma que mais de 300 milhões de pessoas vivem com
depressão, e preocupada com o avanço em jovens lançou a
campanha “Depressão: vamos conversar?”.
O Sistema Único de Saúde
O SUS, criado na Constituição Federal de 1988, teve a sua implantação gradativa até a década de 1990. É um dos maiores
sistemas públicos de saúde do mundo, tendo como base o acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país.
O objetivo do SUS, podemos dizer a meta desse sistema, é sempre trabalhar no sentido de promoção da saúde. Fornece vários
serviços à população, independente do poder aquisitivo. São ações de prevenção, educacionais para que os pacientes conheçam
seus direitos e os riscos à saúde.
Vem do SUS:
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
1
O controle da ocorrência de doenças
para veri�car o aumento dos exames.
2
A higiene.
3
As instalações para atendimento etc.
Clique nos botões para ver as informações.
Centros e postos de saúde;
Hospitais universitários;
Laboratórios;
Bancos de sangue;
Acesso a consultas, exames, internações e tratamentos;
Centros de pesquisa Fiocruz (Rio de Janeiro - RJ) e Instituto Vital Brazil (Niterói – RJ).
Eles são �nanciados pelos recursos dos impostos e das contribuições sociais pagos pela população, compondo os
investimentos do governo federal, estadual e municipal, como também privadas contratadas por um gestor público de
saúde.
Quem controla o SUS? Os níveis de direção são o Ministério da Saúde, as Secretarias de Saúde dos estados e do Distrito
Federal e as secretarias de Saúde dos municípios. Cada uma envia periodicamente seus relatórios de ações para a direção
superior.
A Secretaria Municipal de Saúde deve relatar para a Secretaria de Saúde, e o panorama é acompanhado pelo Ministério da
Saúde.
As equipes de trabalho que atendem no SUS são multipro�ssionais preparados para isso, e essa dinâmica não é fácil. Por
isso mesmo, existe a pós-graduação lato sensu (especialização) em residência multipro�ssional em Saúde, uma referência
para a para educação e capacitação dos seus membros. Para nós, da Biomedicina, é uma aquisição recente fazer parte
desse preparo para cooperação dos pro�ssionais nas áreas prioritárias do Sistema Único de Saúde.
Participam do SUS 
A rede SUS também implementou o Programa Nacional de Humanização (PNH) para identi�car e melhorar a atenção e a
gestão nos postos de atendimento. Nesse programa são trabalhados os conceitos de acolhimento, ouvindo as queixas e
histórias de vida do paciente, as práticas interdisciplinares para que todas as pro�ssões se unam para entender o signi�cado
do adoecimento e tratar essa doença no contexto de vida.
É muito importante que a equipe de pro�ssionais de diferentes áreas seja integrada com o objetivo de buscar ações de
cuidado e tratamento conforme cada caso, e assim criar vínculo com o usuário. Como a saúde é vista na sua forma mais
abrangente e real, a vulnerabilidade e o risco do indivíduo devem ser considerados e o diagnóstico feito não só pelo
conhecimento dos especialistas, mas também levando em conta a história de quem está sendo cuidado.
Rede SUS Programa Nacional de Humanização 
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
O biomédico na saúde pública
Diante do visto em termos de prevenção,
tratamento e todas as ações de cuidado à saúde é
fácil colocar a nossa pro�ssão nesse contexto?
Não, se pensarmos nas pro�ssões clínicas, como
Medicina, Odontologia, Psicologia, Fisioterapia,
Nutrição e todas as demais. Mas se pensarmos,
por exemplo, em vacinas e medicamentos, controle
epidemiológico também identi�camos as ações do
biomédico. Continue lendo...2

Cabe ao biomédico alertar as autoridades, como
coordenador e supervisor de laboratórios públicos.
O Ministério da Saúde tem ampliado o incentivo
aos laboratórios nacionais para produção de
vacinas e medicamentos, além de formação
tecnológica. Continue lendo...3
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula2.html
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula2.html
a
E por falar em pro�laxia, o Brasil é referência em imunizações.
Participamos da Cooperação Tripartite Haiti-Brasil-Cuba, para
contribuir no programa de imunizações do Haiti. Participamos
também de ações estratégicas na Palestina e Cisjordânia,
além de possuir cooperação técnica com países como China,
Estados Unidos, Paraguai, Uruguai e Argentina, entre outros.
Nesse sentido Fiocruz, Instituto Adolfo Lutz (SP), Instituto
Butantã (SP), Instituto Vital Brazil também são protagonistas
nos intercâmbios de saúde global, participando de conselhos
da ONU e OMS.
Formação de um pro�ssional em Saúde
Talvez, a educação interpro�ssional (EPI) seja um campo novo para você, mas nos últimos trinta anos essa prática tem
aprimorado muito o cuidado em saúde em países como Estados Unidos e Canadá.
A OPAS/OMS considera essa metodologia urgente para que doenças como Aids,
tuberculose e malária possam contar com todos os tipos de pro�ssionais, conscientizando,
educando e adaptando os programas de gerenciamento de doenças. Parece simples, mas as
formações pro�ssionais não estimulam as trocas de experiências.
Ela deve ocorrer ainda nas salas de aula, e seguir durante todo o processo de formação pro�ssional. Em sala, os alunos
participam de diálogos críticos para a solução de problemas. São formadas situações interativas objetivando que o aluno assuma
o controle da sua educação e o professor seja um participante tutor.
Comentário
Você já deve estar reconhecendo, ou logo irá reconhecer a semelhança com a sua formação. Estamos falando das metodologias
ativas, nas quais o aluno é convidado a resolver alguns conceitos, como observamos na Estácio. Essa nova metodologia de
ensino busca justamente esse diferencial para a sua formação. Uma base crítica e dinâmica para o pro�ssional em Saúde. Assim,
todos aprendem juntos as especi�cidades de cada pro�ssão para o bem do paciente.
Essa interação dinâmica é fundamental para a primeira pergunta: “A�nal, o que é importante para um pro�ssional de saúde
aprender?”.
Na próxima aula, vamos aprender um pouco mais sobre a
interdisciplinaridade e as necessárias habilidades do pro�ssional biomédico.
Bons estudos!
Atividade
1. A Organização Mundial da Saúde (OMS) de�ne a saúde como sendo o estado de completo bem-estar físico, mental e social.
Nos últimos anos, essa de�nição tem adquirido conotações mais reais de�nindo que todos indivíduos de uma população devam
ter acesso aos serviços de saúde, sem qualquer tipo de descriminação por motivos �nanceiros, além do direito a atividades de
promoção, prevenção, tratamento, cuidados paliativos e reabilitação.
Estamos nos referindo à de�nição de:
a) Políticas públicas de saúde.
b) Políticas sanitárias.
c) Sistema Único de Saúde.
d) Saúde universal.
e) Saúde integral.
2. Sabemos que para o Sistema Único de Saúde a participação coletiva de todos os pro�ssionais da área é o que sustenta, a
longo prazo, o estado de bem-estar e saúde da população. São as denominadas equipes multipro�ssionais, e com o ensino cada
vez mais especializado desdecedo na graduação, essa dinâmica em um ambiente de trabalho nem sempre é fácil.
Para isso, existe um curso de especialização cujo objetivo pro�ssional é a educação e capacitação dos pro�ssionais para
atendimento às exigências do SUS. Assinale o tipo de especialização envolvida nessa formação pro�ssional:
a) Residência multiprofissional.
b) Mestrado em Saúde Pública.
c) Especialização no Programa Nacional de Humanizações.
d) Estágio curricular em análises clínicas.
e) Mestrado em Vigilância Sanitária.
3. Historicamente o pro�ssional biomédico sempre esteve associado a atividades em análises clínicas, muitas vezes em
empresas particulares. No entanto, o que aprendemos em termos de prevenção, tratamento e diagnóstico com toda a certeza nos
permite atuar em esferas de gestão importantes para a melhoria da qualidade de vida.
Assinale as atividades que o biomédico pode exercer para contribuir na atenção à saúde, dentro do contexto público:
a) Análises clínicas e docência.
b) Pesquisa científica e docência.
c) Somente análises clínicas..
d) Analista ambiental, no sentido de prevenção de danos à saúde causado por poluições.
e) Análises clínicas e pesquisa científica.
Notas
Peste Negra1
A peste negra (peste bubônica) foi uma epidemia que durou séculos e matou mais da metade da população na Europa. Os
sintomas eram inchações com formação de pus geralmente nas axilas e virilhas chamados de bubões. A doença evoluía
rapidamente e em poucos dias o paciente morria com muitas dores.
Os estudos mostraram que a peste bubônica era provocada por uma bactéria, Yersinia pestis presente nas pulgas que infestavam
os ratos. A proximidade dos roedores nas casas, e os poucos hábitos higiênicos culminaram em um quadro sem controle.
Desde que os avanços tecnológicos permitiram a identi�cação de agentes causadores de doenças, e com isso os estudos sobre
as estreitas relações hospedeiro-parasito, as epidemias foram cada vez mais rapidamente controladas. Isso não signi�ca que
estamos protegidos, mas agora de certo que muitas técnicas sorológicas e moleculares, como a Reação em Cadeia da
Polimerase (PCR), auxiliam no controle da disseminação da doença. Um bom exemplo foi a identi�cação do vírus Zika durante a
epidemia de 2016.
Os séculos passaram, e com eles os muitos avanços nas áreas de Microbiologia, Genética, Farmacologia, entre outras, e todas
auxiliaram a de�nir a saúde. Porém, não bastava somente identi�car os agentes patogênicos e sua transmissão para produzir
vacinas.
Planejamento de vacinas 2
O planejamento de vacinas e medicamentos faz parte da pesquisa básica e aplicada na qual gerações de biomédicos trabalham
em universidades e institutos de pesquisa do Brasil. Além disso, o forte vínculo do diagnóstico laboratorial em organizações
privadas muitas vezes não nos deixa pensar na contribuição do biomédico em laboratórios de saúde pública.
Per�l biomédico3
O per�l biomédico em diagnóstico é fundamental as ações de vigilância sanitária.
Nesse sentido, as Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) que ocorrem entre os laboratórios públicos e também
privados são muito importantes. Essas ações incluem medicamentos, vacinas, insumos e incentivo à pesquisa em
desenvolvimento, contribuindo a uma economia e independência considerável para o nosso país.
Referências
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Disponível em: //agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2018-07/experiencia-em-saude-no-brasil-e-destaque-em-conferencia-
sobre-aids <//agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2018-07/experiencia-em-saude-no-brasil-e-destaque-em-conferencia-sobre-
aids> . Acesso em: 29 out. 2018.
ASHENBURG, K. Passando a limpo – o banho da Roma Antiga até hoje. [s./l.] Larousse, 2008.
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BARR, H. et al. Effect interprofessional education: arguments, assumption and evidence. Oxford: Blackwell, 2005a.
Eff t i t f i l d ti d l t d li d l ti O f d Bl k ll 2005b
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produtivo-pdp <//portalms.saude.gov.br/ciencia-e-tecnologia-e-complexo-industrial/complexo-industrial/parceria-para-o-
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saude-omswho.html <//www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organização-Mundial-da-Saúde/constituicao-da-
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ORGANIZAÇÃO Pan-Americana da Saúde. Organização Mundial da Saúde. Com depressão no topo da lista de causas de
problemas de saúde, OMS lança campanha “Vamos conversar”. Brasília: OPAS/OMS, 2017. Disponível em:
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problemas-de-saude-oms-lanca-a-campanha-vamos-conversar&Itemid=839 <https://www.paho.org/bra/index.php?
option=com_content&view=article&id=5385:com-depressao-no-topo-da-lista-de-causas-de-problemas-de-saude-oms-lanca-a-
campanha-vamos-conversar&Itemid=839> . Acesso em: 29 out. 2018.
______. Organização Mundial da Saúde. Dia Mundial da Saúde 2018 – Saúde universal: para todos, em todos os lugares. Brasília:
OPAS, OMS, 2018. Disponível em: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5620:dia-mundial-
da-saude-2018-saude-universal-para-todos-em-todos-os-lugares&Itemid=1036 <https://www.paho.org/bra/index.php?
option=com_content&view=article&id=5620:dia-mundial-da-saude-2018-saude-universal-para-todos-em-todos-os-
lugares&Itemid=1036> . Acesso em: 29 out. 2018.
REEVES, S. et al. Interprofessional education: effects on professional practice and health care outcomes. Cochrane Database of
Systematic Reviews, v. 1, 2008.
UNAIDS Brasil. Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS. Brasília: UNAIDS Brasil, 2018. Disponível em:
https://unaids.org.br/ <https://unaids.org.br/> . Acesso em: 29 out. 2018.
Próxima aula
http://portalms.saude.gov.br/ciencia-e-tecnologia-e-complexo-industrial/complexo-industrial/parceria-para-o-desenvolvimento-produtivo-pdp
http://portalms.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude
http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Mundial-da-Sa%C3%BAde/constituicao-da-organizacao-mundial-da-saude-omswho.html
http://www.paho.org/bra/images/stories/documentos/marco_para_acao.pdf%20
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https://unaids.org.br/
Orientação do MEC para o currículo da Biomedicina;
Habilidades gerais e especí�cas do biomédico;
Vantagens dos estágios curriculares e não curriculares;
Condições para o aluno egresso.
Explore mais
Para entender melhor os assuntos estudados nesta aula, sugerimos a seguinte leitura:
PAIM, J. S. O que é o SUS. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2015. (Coleção Temas em Saúde).
Disciplina: Bases da Biomedicina
Aula 3: Órgãos reguladores da Biomedicina e educação
continuada
Apresentação
A importância dos conselhos, das associações e dos sindicatos do biomédico é imensa se entendermos a enorme
competitividade no mercado pro�ssional.
O Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) foi criado com o objetivo de �scalizar e normatizar as atividades especi�cas da
pro�ssão, sendo representado pelos conselhos regionais distribuídos pelo Brasil.
A Associação Brasileira de Biomedicina atua na formação técnica e cientí�ca dos seus associados, por meio de cursos,
simpósios e atividades que garantem a qualidade para as questões relacionadas ao emprego do biomédico, como
insalubridade e a jornada semanal de trabalho. Os sindicatos e a Federação Nacional de Biomedicina atuam na defesa do
nicho de mercado e na valorização pro�ssional.
Nesta aula, você aprenderá que estar bem informado sobre as funções e orientações de cada entidade é um grande passo
para uma atuação pro�ssional de qualidade.
Bons estudos!
Objetivos
Anunciar o Conselho Federal e suas competências;
Identi�car os conselhos regionais da Biomedicina e suas responsabilidades;
Reconhecer as funções da Associação Brasileira de Biomedicina na educação continuada e do sindicato do biomédico.
De�nições conceituais
Você sabe a diferença entre conselho, associação e sindicato?
 Realização de acordo em reunião (Fonte: ... / Shutterstock)
Em linhas gerais, provavelmente sim, porque conselhos de classe pro�ssional estão frequentemente na mídia.
E também algum grau de confusão entre as funções do conselho e do sindicato, não? Talvez pelo fato dos dois atuarem
protegendo a pro�ssão, naturalmente existe alguma di�culdade em identi�car quem faz o quê. Nesta aula vamos aprender as
competências de cada um e nos aproximar ainda mais da realidade da nossa pro�ssão.
Só por curiosidade, o Brasil começou a regulamentação das pro�ssões na década de 1930 com a Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB). A partir da OAB foi criado o Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura (CONFEA), e durante as décadas todos os
pro�ssionais passaram a ter um órgão representativo das suas atribuições e um código de identi�cação de ocupação.
Conselho Federal de Biomedicina
Os biomédicos criaram o Conselho Federal de Biomedicina em
1979 com a Lei 6.684, lembra-se disso?
Foi a lei que regulamentou, no mesmo documento, as pro�ssões do biomédico e do biólogo criando os conselhos federais e
regionais .1
Comentário
Uma autarquia é um serviço autônomo, criado por lei, e possuindo personalidade jurídica e patrimônio próprio. O patrimônio é
construído com a contribuição de todos os pro�ssionais registrados.
Os conselhos executam atividades de administração pública,
por meio de uma gestão eleita entre os pro�ssionais
legalmente registrados. Para os funcionários são realizados
concursos, que você já deve ter observado em sites
especializados.
O CFBM é formado por dez membros eleitos para um mandato
de quatro anos. Um pro�ssional registrado no conselho tem
como uma das suas obrigações votar nas eleições para o
conselho, e isso faz todo sentido, não é?
Estamos escolhendo os nossos representantes, e por isso
cada chapa candidata é avaliada por um colégio eleitoral
formado só para essa validação.
Ao tomar posse, o CFBM deve supervisionar e �scalizar a pro�ssão em todo o Brasil. Como
não teria sentido estudarmos cada artigo e inciso que regulamenta o Conselho Federal de
Biomedicina, e porque esse documento está disponível no site do CFBM para todos
acessarem, vamos extrair alguns pontos para discutir e fundamentar as ações do conselho
federal.
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula3.html
Primeiro e importante é a deliberação de normas que devem
ser seguidas por todos os pro�ssionais biomédicos, a�nal elas
foram pensadas visando ao per�l pro�ssional, suas
competências, inserção no mercado de trabalho a �m de que
possa garantir o cumprimento das nossas atribuições.
Além de supervisionar o exercício pro�ssional o Conselho
Federal propõe a instalação dos conselhos regionais. Dá
para perceber que, no Brasil, tão grande e complexo, a
representatividade regional é fundamental para estabelecer os
padrões da pro�ssão. E o Conselho Federal supervisiona e
�scaliza cada Conselho Regional, examinando suas
prestações de contas e intervindo quando necessário. Ele
também apresenta a sua prestação e encaminha de todos
para o Tribunal de Contas.
2
Como órgão máximo, o CFBM deve prestar assistência técnica permanente aos conselhos,
tirando todas as suas dúvidas. E quando são necessárias alterações na legislação da prática
pro�ssional, apenas o conselho é que deve propor ao Ministério da Economia essas
mudanças fundamentadas.
Conselhos Regionais
Os conselhos regionais de Biomedicina foram criados para supervisionar regionalmente o exercício da pro�ssão, e a sua estrutura
é bem parecida com a do CFBM: uma diretoria renovada a cada quatro anos, formada por dez membros efetivos e dez suplentes.
O rendimento dos conselhos é estruturado a partir de 80% do produto da arrecadação de anuidades, taxas, emolumentos e
multas; doações, rendas patrimoniais.
E quais são as competências, ou ações de�nidas para os conselhos
regionais?
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula3.html
Primeiro o conselho deve possuir um regimento
aprovado pelo Conselho Federal, sendo
responsáveis para que se cumpram as resoluções e
normas baixadas pelo CFBM. Para que isso ocorra
eles funcionam como conselhos regionais de ética,
conhecendo, processando e decidindo os casos
que forem submetidos à análise. São eles que
aplicam as infrações e aplicam as penalidades
previstas pelo Código de Ética.
E, muitas vezes, havendo a necessidade de
alterações nos serviços de �scalização os
conselhos regionais devem propor as mudanças ao
CFBM a �m de aprimorar e dar mais agilidade aos
serviços de �scalização.

Cabe ao Conselho Regional da sua jurisdição o ato
de �scalizar o exercício pro�ssional como
representantes legais, e se o conselho for a uma
local e detectar qualquer obstrução para realizar as
análises, o estabelecimento poderá ser penalizado,
inclusive os pro�ssionais envolvidos. Nesse caso,
os conselhos regionais atuam em câmaras
especializadas encarregadas de julgar e decidir
sobre os assuntos de �scalização e as infrações ao
Código de Ética.
Os conselhos trabalham também em colaboração
com as sociedades de classe e
faculdades/universidades de Biomedicina nos
assuntos relacionados ao regulamento da
pro�ssão.
Quem emite a Carteira de Identidade Pro�ssional e o Cartão de
Identi�cação dos pro�ssionais registrados é o Conselho
Federal, por isso a mudança para outro estado ou até mesmo
país deve ser automaticamente comunicada, presencialmente,
ao conselho da nova jurisdição para a entrega de documentos
e a confecção de um novo documento.
Dica
Todas as competências dos conselhos você pode ler acessando o endereço no Explore + ao �nal desta aula.
Resumindo, podemos ver que hierarquicamente é o Conselho Federal que determina as resoluções a serem seguidas pelos
representantes regionais.
Existem espalhados pelo Brasil seis conselhos. O primeiro, que denominados primeira região, é o CRBM-1. A sua sede �ca em São
Paulo (capital) e, certamente, sua formação se mistura com a história da Biomedicina.
Todos os conselhos são igualmente determinantes por manter a qualidade da nossa pro�ssão. Não é difícil imaginar que o nosso
país,gigantesco, precisa entender às peculiaridades de cada região.
Clique nos botões para ver as informações.
O CRBM-1 cobre todos os assuntos pro�ssionais dos estados de São Paulo (onde está a sede), Rio de Janeiro, Mato Grosso
do Sul e Espírito Santo.
CRBM-1 
O CRBM-2 é responsável pelos biomédicos nos estados de Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte,
Ceará, Piauí, Paraíba e Maranhão, com sede no Recife.
CRBM-2 
O CRBM-3 comporta os estados de Goiás onde se localiza a sede, Tocantins, Distrito Federal, Mato Grosso e Minas Gerais.
CRBM-3 
O CRBM-4 responde aos estados do Pará, Amazonas, Roraima, Acre, Amapá, Rondônia, e a sede �ca em Belém.
CRBM-4 
O CRBM-5 representa o Rio Grande do Sul, com a sede em Porto Alegre e Santa Catarina.
CRBM-5 
O CRBM-6 é o último conselho a ser formado, representando o Paraná.
CRBM-6 
Todos têm o mesmo per�l de supervisionar e �scalizar, mas claramente cada região representa um desa�o e demandas in loco.
E quais são os documentos exigidos para o registro pro�ssional?
Para adquirir a habilitação, o formando deve apresentar cópias e originais dos documentos de identi�cação individual, foto, e
preencher um requerimento que constará a especialização pro�ssional. Para isso deve ser incluído o histórico escolar com a área
do estágio supervisionado e o certi�cado de conclusão do curso.
 Apresentação de documentos (Fonte: ... / Shutterstock)
O estágio supervisionado deve ter a duração mínima de 500 horas com duração igual ou superior a 500 horas cursadas em
instituições o�ciais ou particulares, reconhecidas pelo órgão competente do Ministério da Educação ou em laboratório
conveniado com instituições de nível superior ou cursos de especialização ou pós-graduação, reconhecidos pelo MEC.
O biomédico pode:
1
Capacitar-se em mais de uma
habilitação desde que cumpra os
requisitos do CFBM.
2
Concluir um curso de especialização, mestrado ou doutorado
em uma das habilitações, respeitando as normas do MEC.
3
Realizar o exame de Título de Especialista oferecido pela
Associação Brasileira de Biomedicina (ABBM).
4
Apresentar também um certi�cado de aprimoramento
pro�ssional em instituição de ensino superior reconhecida pelo
MEC e da residência multipro�ssional, sempre ofertado por IES
ou instituições reconhecidas pelo MEC.
E quando um concurso não oferece uma vaga para biomédico mesmo que o
per�l esteja contemplado no edital?
Infelizmente ainda encontramos organizadores que desconhecem as habilitações da Biomedicina. Isso ocorre por sermos mais
novos no campo da Saúde, ao compararmos com a Medicina, Enfermagem, Nutrição e outras. Não podemos negar, entretanto
que existe a competição natural por nichos de mercado, mas o CFBM e os conselhos regionais sempre atuam juridicamente para
que essas situações se revertam, e os pro�ssionais atentos devem entrar em contato com esses órgãos para esse �m.
Quando procurar o conselho regional?
Situações nas quais o pro�ssional executa tarefas não contempladas na Biomedicina, em casos de demissões ou afastamento
por entender que determinadas práticas estão em oposição às normas do Código de Ética, en�m, são muitas as causas que o
pro�ssional pode entrar em contato com o conselho para pedir orientações. De qualquer forma, quanto mais cedo você conhecer
melhor a nossa pro�ssão estaremos mais seguros para Exercer a Biomedicina .3
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula3.html
Associações
São responsáveis pela formação e atualização pro�ssional aprimorando o biomédico com informações de cunho cientí�co. Cabe
à Associação Brasileira de Biomedicina organizar e divulgar cursos, simpósios, congressos e outras atividades para que o
pro�ssional atue em uma sociedade cada vez mais exigente.
A ABBM também dá apoio ao biomédico proprietário na gestão da sua empresa, a�nal o per�l empreendedor do pro�ssional é
mais recente e faz uma enorme diferença no meio de atuação.
 Profissional de biomedicina (Fonte: ... / Shutterstock)
Além da oportunidade de oferecer empregos a outros biomédicos, fortalecendo cada vez mais a nossa classe, esse novo
biomédico está mais bem inserido nas novas demandas do mercado que antes, quando se pensava que a saúde só poderia ser
de caráter assistencial.
E diante da facilidade na formação a distância, a ABBM também disponibiliza webinários com pro�ssionais especialistas. Está
tudo lá, informações sobre documentos para exame de especialista, cursos, divulgação de estágios e novidades no meio
cientí�co.
O sindicato é o representante de categorias de trabalhadores ou econômicas, defendendo os direitos e interesses individuais e
coletivos da categoria.
Orientam sobre os direitos trabalhistas e a maioria
conta com um departamento jurídico para a defesa
dos seus associados. O sindicato colabora como
um órgão técnico consultivo, com poder de realizar
acordos, convenções e contratos coletivos de
trabalho ou suscitar os dissídios coletivos. 
O início dos sindicatos dos biomédicos foi em 2003,
com o Sindicato de Biomédicos Pro�ssionais do
Estado de São Paulo (SINBIESP). A partir desse
todas as regiões do Brasil possuem sindicatos
representando os interesses da classe.
Em 2012 os representantes dos sindicatos criaram
a Federação Nacional dos Biomédicos
<//www.fenabio.com.br/historia.html> .
 Profissionais biomédicos. Os sindicatos são especializados nas condições de trabalho dos profissionais biomédicos.
Depois desta aula acreditamos que algumas dúvidas acabaram e que surgiu a vontade de
participar mais dos encontros de biomédicos, não é verdade?
Então, comece logo porque com 35 especialidades, não vão faltar novidades para você! Na
próxima aula, vamos aprender sobre o principal pilar da Biomedicina, o Código de Ética.
Atividade
1. O Conselho Federal de Biomedicina, proposto na lei 6.684, em 1979, é o órgão máximo de representação dos biomédicos, e a
sua principal competência é:
a) Impor o número máximo de instituições de ensino superior capacitadas para oferecer o curso de Biomedicina.
b) Ser o órgão responsável pela emissão de um diploma padrão para a Biomedicina.
c) Elaborar as questões para a prova de título de especialista.
d) Deliberar as normas que devem ser seguidas pelo código de ética.
e) Orientar o profissional biomédico em relação a sua carga horária de trabalho.
http://www.fenabio.com.br/historia.html
2. Caso exista a necessidade de alterações na legislação da prática pro�ssional, o CFBM deve enviar a proposta fundamentada
ao:
a) Ministério da Educação.
b) Ministério do Trabalho.
c) Sindicato do Biomédico da Jurisdição.
d) Ministério da Saúde.
e) Ministério da Economia.
3. Em relação ao estágio supervisionado as condições para obter um certi�cado a ser incluído no registro de habilitação deve
conter, principalmente:
a) O CNPJ da empresa.
b) O período de início e fim do estágio supervisionado.
c) A carga horária que deve ser condizente à exigida pelo conselho para um profissional biomédico.
d) O diploma devidamente registrado do curso oferecido por uma instituição de Educação Superior reconhecida pelo MEC.
4. Para que os conselhos de Biomedicina, federal ou regional sejam mantidos em suas jurisdições, cada pro�ssional registrado
deve obrigatoriamente manter em dia a anuidade do conselho. Qual o percentual do valor total será destinado aos conselhos
regional e federal?
a) 20% para CRBM e 80% para CFBM.
b) 80% para CRBM e 20% para CFBM.
c) 50% para CRBM e 50% para CFBM.
d) 70 % para CFBM e 30% para CFBM.
e) 10 % para CRBM e 90% para CFBM.
5. A Associação Brasileira de Biomedicina é responsável por:
a) Fornecer o aprimoramento técnico-cientifica aos seus associados.
b) Empregar os candidatos aptos aos cargos disponíveis no banco de empregos.
c) Orientar o profissional biomédico quanto aos acordos coletivos de trabalho.
d) Emitir a carteira profissional, caso o conselho não esteja apto para tal.
e) Participar de diligências de fiscalização caso ocorra alguma denúncia de irregularidade profissional.
Notas
Conselhos federais e regionais1O Conselho Federal e os conselhos regionais constituem uma autarquia federal com personalidade jurídica de direito público e
autonomia administrativa e �nanceira.
Conselho Federal2
É também responsabilidade do conselho promover a realização de congressos anuais e seminários sobre a pro�ssão. O conselho
deve elaborar a sua prestação de contas.
O valor das anuidades, taxas, multas e dos emolumentos aos pro�ssionais e às empresas aos conselhos regionais também são
de�nidos pelo Conselho Federal que se mantém com a renda de 20% do total dessas arrecadações. E todas as suas atividades
devem ser publicadas em um relatório anual, assim como o orçamento e a prestação de contas.
O CFBM deve também estimular o exercício pro�ssional da Biomedicina, garantindo dessa forma o prestigio da nossa classe.
Exercer a Biomedicina3
Entre no site do seu conselho e acompanhe as resoluções, e mesmo sendo ainda aluno de graduação observe como o conselho
estimula a sua atividade nos eventos. Com certeza ter a oportunidade de assistir a palestras de pro�ssionais atuantes é um bom
começo para entender a Biomedicina, conhecer pessoas, conversar sobre os desa�os e até futuros contatos para estágios e
empregos!
Existe também um banco de pro�ssionais que divulgam o seu currículo e a sua especialização. Nas páginas do conselho estão
artigos, campanhas de divulgação para a sociedade, como o Dia do Biomédico com encontros em praças. En�m, muita coisa que
você pode acompanhar ainda na graduação. Siga também pelas redes sociais, como o Facebook e Twitter.
Referências
ASSOCIAÇÃO brasileira de Biomedicina. Manual do Biomédico. Disponível em: //www.crbm1.gov.br/MANUAL_BIOMEDICO.pdf
<//www.crbm1.gov.br/MANUAL_BIOMEDICO.pdf> . Acesso em: 01 fev. 2019.
CONSELHO Regional de Biomedicina. 1ª Região. Disponível em: //crbm1.gov.br <//crbm1.gov.br>
CONSELHO Regional de Biomedicina. 2ª Região. Disponível em: //www.crbm2.gov.br <//www.crbm2.gov.br> . Acesso em: 01 fev.
2019.
CONSELHO Regional de Biomedicina. 3ª Região. Disponível em: //www.crbm3.gov.br <//www.crbm3.gov.br> . Acesso em: 01 fev.
2019.
CONSELHO Regional de Biomedicina. 4ª Região. Disponível em: //portal.crbm4.org.br <//portal.crbm4.org.br> . Acesso em: 01 fev.
2019.
CONSELHO Regional de Biomedicina. 5ª Região. Disponível em: //www.crbm5.gov.br <//www.crbm5.gov.br> . Acesso em: 01 fev.
2019.
CONSELHO Regional de Biomedicina. 6ª Região. Disponível em: //www.crbm6.gov.br <//www.crbm6.gov.br> . Acesso em: 01 fev.
2019.
RUSSOMANO, Mozart Victor. Princípios gerais de direito sindical. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1997.
Próxima aula
Ética pro�ssional;
http://www.crbm1.gov.br/MANUAL_BIOMEDICO.pdf
http://crbm1.gov.br/
http://www.crbm2.gov.br/
http://www.crbm3.gov.br/
http://portal.crbm4.org.br/
http://www.crbm5.gov.br/
http://www.crbm6.gov.br/
Situações irregulares para o biomédico;
Objetivos do Código de Ética do pro�ssional biomédico.
Explore mais
Para saber mais sobre os assuntos estudados nesta aula, acesse o portal do Conselho Federal de Biomedicina
<https://cfbm.gov.br/category/destaques/> .
https://cfbm.gov.br/category/destaques/
Disciplina: Bases da Biomedicina
Aula 4: Código de ética do biomédico e Ato Biomédico
Apresentação
Podemos a�rmar que, atualmente, a ética é um dos requisitos do sucesso pro�ssional, sendo cada vez mais discutida e
debatida em palestras e técnicas de coaching em empresas.
São regras que determinam as ações pro�ssionais positivas, mas que acabam propagando para o coletivo no sentido de
provocar mudanças em todos tornando o ambiente mais harmonioso.
Nesse sentido, você vai aprender sobre o código de ética do biomédico e o Ato Pro�ssional do Biomédico, e como atuam
com objetivo de preservar a identidade do pro�ssional biomédico na sua participação ativa no cuidado à saúde humana e
animal.
Objetivos
Identi�car o código de ética como instrumento de boas práticas pro�ssionais;
Descrever as infrações e penalidades atribuídas a cada caso;
Reconhecer o Ato Pro�ssional Biomédico.
Ética e moral: conceito e de�nição
Você sabe a diferença entre a ética e a moral?
O sentido geral todos sabem, e muitas vezes essas palavras aparecem juntas em um texto ou conversa, mas de�nitivamente elas
não apresentam o mesmo signi�cado.
Ética está associada a “propriedades de caráter” e, no sentido pro�ssional, a sua atuação individual na pro�ssão; enquanto a
moral amplia para a sociedade.
A moral é o conjunto de costumes, padrões de comportamento, regras, tradição, opiniões, e podemos dizer que algumas
características podem variar entre regiões, mas mudam mesmo em relação ao tempo.
 Conceito de ética (Fonte: Stoatphoto / Shutterstock)
Quem nunca teve acesso a arquivos do século passado e �cou espantado
com algumas informações?
Pois é, faziam parte da moral da época. O termo “segundo os costumes da época”, ou ainda “segundo a moral e os bons
costumes” se encaixa bem nesse sentido.
A ética representa os conceitos da sociedade no cidadão, os seus valores que estão em harmonia com os determinados em
sociedade. No caso da ética pro�ssional o mesmo conceito para a conduta pro�ssional e, por dedução, interferindo no ambiente
de trabalho. É por isso que todas as organizações que representam o biomédico, além dos conselhos, a�rmam que suas
atividades e de seus associados baseiam-se no Código de Ética do Biomédico.
O código para o biomédico é o documento o�cial que reúne as
normas de prevenção e práticas biomédicas visando ao
interesse ético como também protege a população que
sempre respeitou esse pro�ssional.
 Ética, honestidade e integridade. Fonte: Shuttestock
Comentário
Ética e os valores de honestidade e integridade são cada vez mais valorizados no per�l pro�ssional.
Desde 1984 o código de ética é atualizado no sentido de acompanhar as necessidades da pro�ssão. Esse documento é dividido
basicamente:
1. Nos deveres do pro�ssional biomédico, do exercício pro�ssional;
2. Nos seus direitos, as relações com os colegas e com a coletividade;
3. Nas relações com o conselho federal e regionais de Biomedicina;
4. Nas infrações disciplinares;
5. nas competências do Conselho Federal e conselhos regionais e membros das
comissões;
6. Nas sanções éticas e disciplinares; e
7. Nas infrações éticas disciplinares.
Comentário
Como você pode ver é um documento extenso e detalhado, e fará parte do dia a dia do biomédico. Por ora é importante que
alguns pontos do código sejam abordados para que você, desde já, se sinta familiarizado, mas a integra está disponível ao �nal da
aula. A escolha desses pontos foi no sentido de usar algumas situações para você exercitar o conceito de ética pro�ssional desde
cedo.
Ainda no preâmbulo do Código de Ética, o inciso III determina que é obrigatória a inscrição no Conselho Regional, e isso faz todo o
sentido, pois os direitos pro�ssionais só podem ser assegurados se o pro�ssional estiver registrado.
Em relação aos deveres pro�ssionais de�nidos do
artigo 4º, destaca-se logo o primeiro inciso que é: o
biomédico deve zelar pela existência dos conselhos
de Biomedicina, dos mandatos e encargos que lhe
forem con�ados e cooperar com os que forem
investidos de tais mandatos e encargos.
Se estamos entendendo a importância das
condutas pro�ssionais, então a primeira é votar e
apoiar a diretoria. Esse processo democrático deve
ser cada vez mais participativo, pois juntos
estamos mais fortes e seguros das nossas
atividades.

É preciso apoiar os representantes eleitos que
deverão nos orientar, �scalizar e proteger a nossa
pro�ssão. O código nos lembra de que ele serve
para aqueles que assumem essas novas
atribuições, que zelem pela responsabilidade dos
cargos que lhe foram con�ados nos conselhos de
Biomedicina.
Segundo o código, espera-se também que o
pro�ssional biomédico respeite as normas e as leis
atribuídas ao exercício da Biomedicina. Para isso
deve exercer a pro�ssão com zelo e honestamente,
cuidando da própria reputação, mesmo fora do
exercício pro�ssional descrito nos incisos V e VI do
artigo 4º.
Éimportante que o biomédico tenha consciência do dever do sigilo pro�ssional, conforme o
inciso IV na citação: “guardar sigilo”. Entende-se por qualquer fonte a ele acreditada, tanto
no âmbito de pesquisa cienti�ca quanto nas informações de pacientes ou empresas.
Qualquer ato que possa ser caracterizado como quebra de sigilo pro�ssional, sem justa causa, será quali�cado, de acordo com o
artigo 15, uma infração disciplinar. Esse fato pode levar à suspensão do exercício pro�ssional em até três meses, segundo o
inciso II, do artigo 30 que trata das infrações éticas e disciplinares.
E no caso de identi�car qualquer situação caracterizada como infração pelo
Código de Ética?
Também é um dever pro�ssional, baseado no inciso XII do
artigo 4. O biomédico deve comunicar às autoridades
sanitárias e aos pro�ssionais, mas sempre com discrição e
fundamento.
 Sigilo profissional. Fonte: Shuttestock
Comentário
O biomédico é impedido de compartilhar ou expor qualquer resultado de pacientes ou discussão pro�ssional fora do ambiente
cientí�co.
Clique nos botões para ver as informações.
Ainda sobre deveres, o inciso XII a�rma que o pro�ssional deve comunicar ao conselho quando houver afastamento de um
cargo, demissão ou qualquer atitude de represália quando o biomédico entender a necessidade de preservar os interesses
da pro�ssão, da sociedade ou da saúde pública; bem como também denunciar quaisquer formas de poluição, deterioração
do meio ambiente ou riscos inerentes ao trabalho, prejudiciais à saúde e à vida conforme determina o inciso XIV do mesmo
artigo.
O artigo 4º 
Considera os direitos do pro�ssional biomédico, entre eles o de exercer com liberdade e dignidade a Biomedicina sem
discriminação por religião, sexo, raça, nacionalidade, opção sexual, idade, condição social ou opinião política conforme o
inciso I. Como também o direito de suspender as suas atividades pro�ssionais quando a instituição pública ou privada não
oferecer condições mínimas ao exercício da pro�ssão, ou oferecer remuneração inferior, garantido pelo inciso IV.
Outro ponto que chama a atenção no código de ética é sobre os limites da divulgação e propaganda pro�ssional no capitulo
V.
O artigo 6º 
Você sabia que é proibido oferecer os serviços, por intermédio de qualquer
mídia, para promover-se pro�ssionalmente? Tampouco anunciar preços de
serviços?
Atualmente, com a utilização maciça da internet nem sempre algumas atitudes consideradas comuns estão de acordo com o
código de ética e todas estão listadas no artigo 10.
Considera-se infração qualquer situação identi�cada como irregular e que sofre sanções éticas e disciplinares. As infrações
disciplinares do pro�ssional biomédico estão listadas no artigo 15 do capitulo IX.
Para seu conhecimento serão colocadas aqui, por exemplo, a falta a qualquer dever pro�ssional como também di�cultar a ação
�scalizadora das autoridades sanitárias ou pro�ssionais do conselho. Nesse último caso, inclusive, ela é considerada infração
grave.
Agora que você já aprendeu com alguns exemplos as normas do conselho de ética, o passo
seguinte é entender que toda falta será analisada por meio de um processo. O artigo 17,
inciso I, do capitulo X a�rma que o presidente do Conselho Federal e dos regionais de
Biomedicina, assim como conselheiros e membros de comissões deverão instaurar um
processo para análise da situação, seja um ato ou uma matéria que con�gure, em tese, uma
infração ao princípio ou à norma de ética pro�ssional.
Dica
Você pode acessar a página do Conselho Federal onde está o Código de Processo explicando todas as etapas que deverão ser
cumpridas durante a análise de um processo.
Nesse processo são de�nidas as sanções éticas e disciplinares.
Você sabe o que signi�cado de sanção? É uma penalidade, a condenação de um ato.
Para essas penalidades as infrações são classi�cadas em gravíssimas, graves e leves conforme mostradas no capítulo 21 do
código de ética.
No código de ética uma infração gravíssima é quando são veri�cadas a existência de duas ou mais circunstâncias agravantes.
Uma delas está no inciso III quando o pro�ssional tem conhecimento do fato e se omite, sendo que deveria tomar alguma
providência para evitar ou sanar o fato.
Se o pro�ssional coagir alguém para executar uma infração
essa é outra circunstância descrita no inciso IV.
As infrações são consideradas graves quando é veri�cada uma
circunstância agravante, e as leves quando o infrator foi
bene�ciado por uma circunstância atenuante. Segundo o
artigo 22, são circunstâncias atenuantes quando, por exemplo
o infrator procurar reparar, de espontânea vontade e
imediatamente, as consequências do ato ou a própria ação.
Lembra-se da situação agravante de coação? O pro�ssional coagiu alguém
para a execução da infração?
Pois bem, no caso que for provado que o pro�ssional foi coagido sem condições de resistir à prática em questão, a circunstância
será caracterizada como uma infração leve.
Se o pro�ssional acumular infrações no momento que for caracterizar a infração, ou se ele possuir antecedentes dessa mesma
infração, isso tornará mais grave a situação irregular do pro�ssional porque é reincidente. Foi dada a decisão de�nitiva no
processo, mas o pro�ssional continua na infração.
Ele pode também ser considerado reincidente se cometer uma nova infração, ou seja, continuar desrespeitando as normas de
ética do Conselho Federal, e será enquadrado na penalidade máxima e a caracterização da infração é gravíssima.
Em resumo, a partir dos fatos, a aplicação e o grau de penalidade ao infrator
deverão ser levados em conta as circunstâncias atenuantes e agravantes,
como também as consequências do fato para a classe de biomédicos, para a
saúde pública e a coletividade.
Penalidades do código de ética do biomédico
 Livro de leis (Fonte: R.classen / Shutterstock)
No artigo 27, o código apresenta os tipos de penalidades dadas ao infrator. Pode ser:
1. Uma advertência;
2. Uma repressão;
3. Uma multa, equivalente a até 10 vezes o valor da anuidade devida a esse
Conselho;
4. A suspensão do exercício pro�ssional pelo prazo de até 3 anos;
5. O cancelamento do registro pro�ssional; e
6. Se for o caso, a inscrição na sociedade.
Agora, veja alguns exemplos de penalidades descritos no capitulo 30:
1. Se o pro�ssional exercer a atividade biomédica sem condições dignas de
trabalho e remuneração ele será advertido pelo conselho, com base no inciso III;
2.Quando o biomédico não comunicar ao conselho algum fato, de seu
conhecimento, considerado infrator segundo o código de ética.
Você se lembra do dever do biomédico em manter o sigilo pro�ssional?
Se ele violar o sigilo de fatos que tenha tomado conhecimento, exceto os previstos por lei, segundo o inciso II sofrerá uma pena de
suspensão de 3 meses de qualquer atividade pro�ssional.
E se praticar ato pro�ssional que cause, comprovadamente, por decisão judicial, qualquer dano físico, moral ou material ao
usuário do serviço caracterizado por imperícia, negligência ou imprudência, o inciso V determina uma penalidade de suspensão
por até 3 anos do exercício pro�ssional ou o cancelamento do seu registro.
Um dos pontos importantes discutidos no código é sobre a responsabilidade na emissão
de laudos técnicos e realizar perícias técnico-legais. O biomédico responsável técnico é
considerado uma das nossas principais competências, e por isso mesmo o Conselho
Federal determina, no inciso VIII, que se isso ocorrer sem observância ou obediência à
legislação vigente o pro�ssional receberá uma pena de multa e/ou suspensão de 3 a 12
meses.
1
Exemplo
O exercício da atividade pro�ssional incompatível com a sua habilitação conferida pelo CRBM, mostrada no inciso XIII. Por conta
disso o conselho tem se empenhado em manter informações e orientações a respeito dessa infração.
Conforme o inciso II, �ca proibido ao biomédico recusar qualquer assistência pro�ssional. Salvo se for um motivo relevante e
justi�cado.
Da mesma forma, esse pro�ssional não pode permanecer associado a empresasque desrespeitam os princípios éticos, mesmo
como prestador de serviços, registrado no inciso IV.
Ao biomédico é proibido recusar colaborar com as autoridades sanitárias nas campanhas de saúde pública e de meio ambiente
como está de�nido no inciso VI.
Merece destaque o inciso X que proíbe ao biomédico qualquer
discriminação do ser humano, de qualquer forma ou sob
qualquer pretexto. Além de considerado crime, qualquer ato
discriminatório fere o juramento do biomédico de usufruir da
con�ança dos homens em prol da evolução cientí�ca.
 Discriminação. Fonte: Shuttestock
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula4.html
 Transparência. Fonte: Shuttestock
Ainda no contexto da atenção à saúde humana e coletividade,
o inciso XII proíbe o biomédico de fornecer instrumentos,
substâncias, ou qualquer outro meio que possa ser utilizado
como tortura ou outras formas de procedimentos degradantes,
humilhantes, desumanas e cruéis, em relação à pessoa.
Como você sabe, a Biomedicina possui um grande número de
pro�ssionais vinculados a atividades de pesquisa. O Conselho
Regional, atento ao papel do biomédico, na evolução cientí�ca
para �ns de diagnóstico, tratamento e vacinas, proíbe, por
meio do inciso XV, falsear dados estatísticos ou deturpar sua
interpretação cientí�ca.
Comentário
Ao biomédico é exigido o compromisso em publicar ou veicular os verdadeiros resultados de seu trabalho.
O conhecimento do código de ética é um verdadeiro exercício que nos auxilia nas orientações das boas condutas que devemos
ter em nossa pro�ssão. É por isso que esse material foi disponibilizado desde o início da sua formação.
Muitas atitudes acabam sendo punidas por falta de conhecimento ou omissão da real gravidade e os desdobramentos que
podem causar sobre o ser humano e a sociedade. A Biomedicina rea�rma o seu papel no cuidado da população humana por meio
do seu código de ética, e esse material merece sempre ser pesquisado.
Todas as pro�ssões possuem documentos denominados atos pro�ssionais que servem para delimitar as atribuições ocupando
nichos de mercado. A resolução número 78 do CFBM, que dispõe sobre o nosso ato pro�ssional, foi publicada no Diário O�cial da
União em 29 de abril de 2002. Os objetivos principais desse documento são a preservação das atividades pro�ssionais e o
mercado de trabalho.
Com os avanços da ciência muitas pro�ssões se desdobraram e todas as suas atribuições devem ser igualmente divididas para a
melhoria dos serviços sem privilégios ou prejuízo de nenhuma delas.
2
Percebeu como esse texto de�ne muito bem aonde podemos atuar?
É um marco na nossa pro�ssão, garantindo o�cialmente todas as nossas 35 competências.
http://estacio.webaula.com.br/cursos/go0046/aula4.html
Atividade
1. O Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) institui o Código de Ética, sabendo que o pro�ssional biomédico, pela sua natureza
em cuidar do interesse da saúde humana e animal, norteia seus princípios sempre na busca da verdade, jamais deixando-se
aniquilar por atos que não sejam �éis ao seu juramento. Diante disso, no Capítulo II do código de ética dos biomédicos, que trata
dos Deveres Pro�ssionais do Biomédico, onde se obriga o biomédico a:
Marque apenas a resposta errada:
a) Zelar pela existência, pelos fins e pelo prestígio dos conselhos de Biomedicina, dos mandatos e encargos que lhe forem confiados e
cooperar com os que forem investidos de tais mandatos e encargos.
b) Respeitar as leis e normas estabelecidas para o exercício da profissão.
c) Guardar sigilo profissional.
d) Exercer a profissão com zelo e honestidade, observando as prescrições legais.
e) Poder pagar uma vez atrasado as contribuições devidas ao Conselho.
2. (Concurso do Conselho Regional de Biomedicina – 6ª Região – PR (CRBM/PR) – Cargo: Fiscal Biomédico – Instituto Quadrix –
2018)
À luz da Resolução nº 198/2011 (Código de Ética do Pro�ssional Biomédico), os meios de comunicação poderão ser utilizados
pelo biomédico para conceder entrevistas sobre assuntos da Biomedicina, com �nalidade lucrativa, sendo de responsabilidade do
Conselho Regional de Biomedicina os assuntos divulgados.
Esta a�rmação está certa ou errada? Justi�que sua resposta.
3. (Concurso do Conselho Regional de Biomedicina – 6ª Região – PR (CRBM/PR) – Cargo: Fiscal Biomédico – Instituto Quadrix –
2018)
À luz da Resolução nº 198/2011 (Código de Ética do Pro�ssional Biomédico), o respeito, a urbanidade e a solidariedade deverão
ser observados pelo biomédico nas relações com os colegas de pro�ssão. Contudo, é permitido criticá‐los em público por razões
apenas de ordem pro�ssional.
Esta a�rmação está certa ou errada? Justi�que sua resposta.
4. Considera-se classi�car uma infração leve o fato de o pro�ssional biomédico coagir alguém no ato de infração, e o pro�ssional
coagido participa da ação de sua própria vontade.
Esta a�rmação está certa ou errada? Justi�que sua resposta.
5. A responsabilidade técnica é uma das atribuições mais importantes do pro�ssional biomédico, exigindo que os laudos técnicos
sejam realizados com responsabilidade e obediência a legislação vigentes. Se for identi�cada irregularidade no exercício
pro�ssional, ao biomédico poderá ser aplicada a seguinte penalidade:
a) Suspensão do registro por três anos.
b) Cassação do registro.
c) Suspensão do registro em período que varia de três a doze meses.
d) Advertência.
e) Advertência e/ou multa de três a doze meses.
Notas
Pontos importantes discutidos no código1
Veja essa situação:
Se o biomédico aceitar participar de qualquer tipo de experiência em seres humanos com �ns bélicos, raciais, eugênicos ou em
que se observe desrespeito aos direitos humanos, o inciso IV determina que ele sofrerá multa e/ou cancelamento do seu registro.
Por mais óbvio que possa parecer, os estudos cientí�cos em humanos, e devemos ampliar para aqueles realizados com animais,
devem obrigatoriamente ser acompanhados por comitês de ética dos projetos de pesquisa.
Como já foi comentado aqui na disciplina a educação continuada é fator impar para o bom exercício pro�ssional. Agora, imagine
um biomédico que declara ter títulos de pós-graduação, mas não possui. Isso seria considerado uma infração?
Com certeza mentir sobre a sua especialização coloca em cheque a credibilidade do pro�ssional como da instituição que é
conivente com esse caso. Assim, o biomédico será multado ou repreendido pelo conselho, conforme o inciso XIV. Da mesma
forma, o inciso XIX também aplica multa e repreensão se o pro�ssional que publicar um trabalho cientí�co não sendo de sua
autoria, ou deixar de incluir a participação de subordinados ou outros pro�ssionais, biomédicos ou não.
O código de ética normatiza que todo pro�ssional biomédico deve encaminhar ao Conselho Regional denúncias de circunstâncias
consideradas irregulares, desde que devidamente fundamentadas. E se não for possível denunciar sem oferecer os documentos
comprobatórios? Nesse caso, segundo inciso XXIV, o pro�ssional será multado e/ou suspenso pelo período de 6 a 12 meses.
Na primeira aula, os termos saúde e saúde da população foram bem abordados, você se lembra? Pois, no capitulo 12, o código de
ética regulariza as relações do biomédico com a coletividade. São 15 situações distintas, mas todas atuam proibindo qualquer
atividade que possa prejudicar quem depende das ações do pro�ssional biomédico.
Atos pro�ssionais2
O Ato Pro�ssional do Biomédico é de�nido “como todo procedimento técnico-pro�ssional praticado por biomédico, na área que
em que esteja legalmente habilitado/capacitado, que envolvam as atividades em procedimentos de apoio diagnóstico; atividades
de coordenação, direção, che�a, perícia, auditoria, supervisão e ensino; e atividades de pesquisa e investigação.”
Referências
Ato pro�ssional do Biomédico. Disponível em: //www.crbm1.gov.br/bio47/rev16.asp <//www.crbm1.gov.br/bio47/rev16.asp> .
Acesso em: 25 fev. 2019.
Código de Ética da Pro�ssão de Biomédico. Disponível em: https://cfbm.gov.br/legislacao/codigo-de-etica-da-pro�ssao-de-
http://www.crbm1.gov.br/bio47/rev16.asp

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