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DISCIPLINA: Controle de Constitucionalidade PERÍODO: 10º A NOITE O controle de constitucionalidade difuso passou a ser adotado pelo Brasil, a partir da Constituição Federal de 1891. Também denominado sistema concreto, no qual não se verifica a atribuição de controle de constitucionalidade concentrado em um órgão superior do poder judiciário, mas sim, a todo e qualquer julgador investido do cargo jurisdicional. O sistema difuso, é o sistema tradicional norte-americano. Advindo do caso Marbury x Madison (1803), que adota o common-law (o direito surge por meio de decisões dos tribunais e não mediante atos legislativos), atribui ao controle de constitucionalidade difuso verdadeiro efeito erga omnes, não se limitando a aplicar a decisão judicial a determinado caso concreto, vinculando, em regra, juízes e tribunais inferiores. Já no Brasil, este sistema, tinha eficácia inter partes, não vinculando as esferas judiciais inferiores. Diferente deste sistema, o sistema concentrado, também conhecido como abstrato, adveio dos ideais de Hans Kelsen, e tem como uma de suas principais características, o controle de constitucionalidade como o próprio nome já sugere, concentrado nas mãos de um órgão superior hierarquicamente, que diferentemente do modelo difuso adotado pelo Brasil, produz efeitos erga omnes. Como já visto, no Brasil era adotado o modelo difuso por influência do caso Marbury x Madison, que introduziu este mesmo modelo ao ordenamento jurídico norte-americano. Ocorre que, com a Emenda Constitucional nº 16/65, responsável pela criação da representação de inconstitucionalidade, nota-se indícios de mudança no sistema em vigor no ordenamento jurídico brasileiro, que seguia em direção ao modelo concentrado. A representação por exemplo, levava ao Supremo Tribunal Federal questões de inconstitucionalidade em teses, ou seja, de interesse comum, não mais vinculado a casos concretos isolados. Assim, no Brasil, o que se observa, até mesmo da redação da própria Constituição Federal de 1988, é que o Supremo Tribunal Federal, tem como atribuição ser o guardião da Constituição (art. 102, CR/88), cabendo destacar os instrumentos que compõe o controle de constitucionalidade concentrado no Brasil, quais sejam: i) ação direta de inconstitucionalidade (ADIN); ii) a ação direta de inconstitucionalidade por omissão (AIO); iii) arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF); iv) a ação declaratória de constitucionalidade (ADC); e v) ação direta de inconstitucionalidade interventiva (ADI Interventiva). No entanto, ainda se verifica elementos caracterizadores do modelo difuso, no qual se permite que mesmo em um processo individual ou coletivo, questões envolvendo ofensa a constitucionalidade, sejam arguidos de maneira incidental seja pelo autor ou pelo réu, perante qualquer juiz ou tribunal. Portanto, nota-se que no Brasil vigora um sistema híbrido, ou misto, convivendo tanto o sistema difuso do controle de constitucionalidade, como o sistema concentrado.
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