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LÚDICO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

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LÚDICO NO PROCESSO DE ESNINO APRENDIZAGEM
 
 
 
Daiane Ramos Simonato 
Paula dos Santos Manoel 
Prof. Orientador: Juliana Sanches Grichi
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI- Pedagogia Curso (PED 1656) – Trabalho de Graduação 
18/07/2020 
 
 
RESUMO 
 
Os termos relativos ao lúdico variam de país para país e são considerados polissêmicos, diante do uso indiscriminado dos vocábulos como jogo, brinquedo e brincadeiras para se referir a um mesmo objetivo, prezando ainda assim pela a aprendizagem. A explicitação dos termos neste texto não pretende limitá-los, mas iluminar nossa reflexão diante de diferentes categorias que podem fazer parte do cotidiano de nossas crianças. O professor obtém em suas mãos o papel fundamental de trabalhar com as crianças através do lúdico em busca do ensino e aprendizagem de forma eficaz. A partir do exposto, aposta-se no espirito lúdico dos profissionais para possibilitar situações interativas e lúdicas entre crianças e entre crianças e adultos, na curiosidade em buscar mais informações sobre o tema e na seriedade em incluir tal espirito lúdico definitivamente em suas discussões, reflexões, estudos.
 
Palavras-chave: Lúdico; Ensino Aprendizagem; Professor. 
 
1 INTRODUÇÃO
Nos dias de hoje o lúdico com certeza tornou-se um recurso fundamental de ampliação e representação do conhecimento. O uso do lúdico nas aulas mostra como o mesmo se torna uma atividade que rompe barreiras disciplinares, torna possível as suas fronteiras e caminha na busca de uma direção a uma postura interdisciplinar para compreender e transformar a realidade em benefício da melhoria da qualidade de vida pessoal, grupal e global. A ludicidade é fundamental ao ser humano a o seu desenvolvimento, uma vez que é o modo de expressar-se, pois consegue realizar um paralelo entre os jogos e as brincadeiras com as situações do cotidiano. 
Deste modo, entende-se que as práticas educativas lúdicas começam na educação infantil que é a primeira etapa da educação na vida de uma criança e contribui para o processo de ensino aprendizagem, possibilita a criança a ter um rendimento maior na educação e na sua interação de forma espontânea, onde o lúdico transmite noções de conhecimentos acerca de qualquer assunto, utilizando-se de recursos alternativos que estejam inseridos no contexto social da criança.
			A temática foi escolhida devido a trajetória do Curso de Pedagogia e do Estágio Supervisionado, como meio de conhecer as possiblidades relevantes acerca do lúdico e da música e suas contribuições no desenvolvimento das crianças na educação infantil, pois é através do ambiente lúdico que esse processo ocorre, a produção de conhecimento acerca da brincadeira é importante e se faz necessária para que os profissionais que estão envolvidos com essa faixa etária da educação infantil podendo estimular um ambiente em que o brincar seja feito de forma enriquecedora. Pois, compreender como a ludicidade através de recursos didáticos alternativos, como os jogos, as brincadeiras, as cantigas de roda e as cantigas em geral contribui para o processo de formação do conhecimento e aprendizagem na etapa da educação infantil, participar do desenvolvimento das crianças através do lúdico, desenvolver a espontaneidade e iniciativa das crianças, aprimorar as diferentes formas de comunicação através do lúdico e constatar se as crianças compreendem o lúdico como agente facilitador do desenvolvimento e a aprendizagem. 
2 LÚDICO
 O lúdico quando usado como ferramenta de atividades exerce papel fundamental no processo de ensino aprendizagem, uma vez que sua utilização em sala de aula traz resultados positivos e muito mais eficiente do que os meios tradicionais de ensino. A educação apropria-se de um papel de suma importância e indispensável no processo global, constantemente precisamos sempre buscar diversas formas de estudos para o seu aperfeiçoamento, pois em qualquer meio sempre haverá diferenças individuais, diversidade das condições ambientais que são originários dos alunos e que necessitam de um tratamento diferenciado e adaptado as suas necessidades. Focando nesse sentido devem-se desencadear atividades que contribuam para o desenvolvimento da inteligência e pensamento crítico da criança, como exemplo: práticas ligadas à música e a dança, pois a música torna-se uma fonte para transformar o ato de aprender em atitude prazerosa no cotidiano do professor e do aluno, onde o aluno aprende cantando e dançando. A criança precisa ser incentivada para o mundo dos sons, pois, é pelo órgão da audição que ela possui o contato com os fenômenos sonoros e com o som. 
A atividade e a brincadeira lúdica nas escolas, mesmo depois de muitos estudos e pesquisas ainda não ocupa um lugar de destaque, mas é um importante meio de aprendizagem, sendo que estudos já feitos comprovam que o lúdico é uma estratégia positiva para a aprendizagem infantil, pois ao mesmo tempo que a criança brinca, ela se desenvolve e se socializa, descobrindo assim seu papel na sociedade. 
FIGURA 1: AS CRIANÇAS APRENDEM ATRAVÉS DAS BRINCADEIRAS
FONTE: Disponível em: http://clinicamedkids.com.br/brincadeiras-indicadas-para-cada-faixa-etaria
As aulas se tornam mais atraentes quando a criança cria uma relação com lúdico, fazendo despertar a criatividade e a imaginação, pois o lúdico é uma atividade de entretenimento e faz a criança sentir prazer e aprender sem que ela mesma se dê conta disso, fazendo com que o lúdico se torne uma ferramenta pedagógica que contribui na construção do conhecimento e da aprendizagem da criança, tornando mais lúdico e prazeroso o desenvolvimento infantil. 
É através do lúdico que toda criança aprende, seja com as brincadeiras, músicas e jogos. Assim, todas são motivadas a participar e interagir quando as atividades que lhes são proposta fazem sentido para elas e possuem significados. Dentro deste contexto, de que forma pode ser estabelecido um paralelo entre os conteúdos de aprendizagens e uma proposta lúdica, levando em consideração de que a criança adquire e constrói seu conhecimento assimilando e participando ativamente do processo de ensino aprendizagem através do lúdico. Além disso é papel do educador a difícil tarefa de não ser mero transmissor de conteúdo, mas alguém que qualifica sua ação, desenvolvendo o significado de cada exercício de sua prática. 
Quanto mais é permitido que a criança use experiências diretas, com seu objeto de estudo, tanto melhor aprenderá a aprender, quanto mais possa participar da organização e da coletividade escolar, mais poderá enfrentar a solução de problemas em relação à tomada de decisões e a colaboração com os outros e o brincar proporciona isso para a criança. Para que a aula tenha características lúdicas, não precisa necessariamente, ter jogos ou brinquedos, pois o lúdico perpassa o sinônimo de diversão, já que faz parte das atividades dinâmicas inerentes ao ser humano em qualquer idade, propiciando momentos de fantasias, imaginações, criatividades e até a ressignificação das realidades. Portanto considera-se que a realização de atividades com dinâmicas diferenciadas aumenta a participação e o interesse das crianças na realização das atividades propostas, e mediante isso é enriquecedor aprender a utilizar práticas lúdicas para ensinar, direcionar a práxis por este caminho. 
O lúdico é uma oportunidade de desenvolvimento, por isso torna-se muito importante a cada dia em que a criança cresce, sendo que ao brincar a criança desenvolve muitas habilidades tais como, o pensar, o agir, o falar, o concentrar e o cooperar.
Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem. Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança. Irá contribuir, no futuro, para a eficiência e o equilíbrio do adulto. 
Brincar é um momento de auto - expressão e auto - realização. As atividades livres com blocos e peças de encaixe, as dramatizações, amúsica e as construções desenvolvem a criatividade, pois exige que a fantasia entra em jogo. Já o brinquedo organizado, que tem uma proposta e requer desempenho, como os jogos (quebra-cabeça, dominó e outros) constituem um desafio que promove a motivação e facilita escolhas e decisões à criança em, do pensamento e da concentração e atenção. 
	 	 	 	 	 	 	 	 	 	 
3 A CRIANÇA, A EDUCAÇÃO E O LÚDICO
Historicamente falando podemos dizer a concepção de criança é construída continuamente e vem mudando ao logo dos tempos, não se apresentando de forma homogênea. Grande parte das crianças brasileiras defronta-se com um cotidiano muito adverso que as conduz desde muito cedo a precárias condições de vida, se submeter ao trabalho infantil, ao abuso e exploração por parte dos adultos. Enquanto, outras crianças são protegidas de todas as maneiras, recebendo de suas famílias e da sociedade em geral cuidados necessários ao seu desenvolvimento. Conhecer, reconhecer e compreender a maneira particular as crianças serem e estarem no mundo torna-se o maior desafio da educação infantil. Apesar de os conhecimentos vindos da psicologia, antropologia e sociologia possam serve grande valia para desvendar o universo infantil apontando algumas características comuns do ser, elas permanecem únicas em suas individualidades e diferenças.
 Rosamilha (1979,p77), alerta que: 
“A criança é, antes de tudo, em ser feito para brincar: O jogo, eis aí um artificio que a natureza encontrou para levar a criança a empregar uma atividade útil ao seu desenvolvimento físico e mental. Usemos um pouco mais esse artificio, coloquemos o ensino mais ao nível da criança, fazendo de seus instintos naturais, aliados e não inimigos”. 
 
As crianças possuem a capacidade de brincar que as possibilita a criar um espaço para resolver os problemas que as rodeiam. A literatura que realiza o estudo do crescimento e no desenvolvimento infantil avalia que o ato de brincar é muito mais que a simples satisfação de desejos. O brincar é o fazer em si, um fazer que requer tempo e espaço próprio, um fazer que se constitui de experiências culturais, que são universais, e próprio da saúde porque facilita o crescimento, conduz aos relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação consigo mesmo e com os outros. 
Salienta-se então, que o lúdico é extraído do mundo em que vivemos através do universo infantil. Infelizmente, as crianças estão brincando cada vez menos por infinitas razões: uma delas é o amadurecimento precoce, outra é a redução violenta do espaço físico e do tempo de brincar, ou seja, o excesso de atividades atribuídas, tais como escola, natação, inglês, computação, ginastica, dança, pintura, etc. 
O professor é um dos principais motivadores e responsáveis em auxiliar as crianças a obterem conhecimentos necessários para que cresçam como cidadãos plenos. A escola possui papel fundamental no processo de construção de saberes dos alunos, a fim de garantir a ampliação da leitura de mundo e autonomia do sujeito, para que ele possa intervir em seu próprio contexto. Segundo Velasco (1996, p. 78): 
 
...brincando a criança desenvolve suas capacidades físicas, verbais ou intelectuais. Quando a criança não brinca, ela deixa de estimular, e até mesmo de desenvolver as capacidades inatas podendo vir a ser um adulto inseguro, medroso e agressivo. Já quando brinca a vontade tem maiores possibilidades de se tornar um adulto equilibrado, consciente e afetuoso. VELASCO (1996, P. 78) 
Utilizar o lúdico como ferramenta de auxilio no processo de aprendizagem é de suma importância para as crianças, não importando a idade ou classe social, estas atividades precisam constar no contexto político pedagógico da escola. 
O lúdico abrange, as brincadeiras e os jogos e os próprios brinquedos, assim como as brincadeiras de antigamente, bem como as atuais, sendo que todas de certa forma estimulam a aprendizagem das crianças e também através do convívio social as crianças alcançam também a aprendizagem. É através da socialização que as crianças vão desenvolvendo suas criatividades e liberdades. Reconhece-se a importância do uso de jogos e brincadeiras na educação infantil, já que estes são uma forma de integração, recreação e instrução não sistematizada. Vygotsky (1994, p.131) ressalta que: 
 
“... o brinquedo cria na criança uma nova forma de desejos. Ensina a desejar, relacionando seus desejos a um “eu” fictício, ao seu papel no jogo e suas regras. Dessa maneira as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade. ” VYGOTSKY (1994, P.131) 
 
	As brincadeiras não podem ser vistas apenas como passatempo, pois vai muito mais além do que isso, é uma das formas de comunicação e relacionamento entre as crianças, consigo mesmas e com as outras. Os adultos possuem o papel fundamental de estimular a criança a brincar com a criança favorecendo a descoberta e com o passar do tempo vai evoluindo conforme o interesse da criança e o valor que o objeto lhe interesse.
			A respeito do lúdico Gomes escreve que: 
 
Como expressão de significados que tem o brincar como referência, o lúdico representa uma oportunidade de (re) organizar a vivência e (re) elaborar valores, os quais se comprometem com determinado projeto de sociedade. Pode contribuir, por um lado, com a alienação das pessoas: reforçando estereótipos, instigando discriminações, incitando a evasão da realidade, estimulando a passividade, o conformismo e o consumismo; por outro, o lúdico pode colaborar com a emancipação dos sujeitos, por meio do diálogo, da reflexão crítica, da construção coletiva e da contestação e resistência à ordem social injusta e excludente que impera em nossa realidade. (GOMES, 2004, p. 146) 
 As metodologias adotadas na Educação Infantil devem contemplar de forma didática e prazerosa, com a responsabilidade do educador, de renovação das suas práticas através do replanejamento das aulas, flexibilizando e revendo erros, e antes de qualquer coisa, saber diferir que cada criança é única e que cada sala têm especificidades diferentes umas das outras. As rotinas escolares são de grande relevância para as crianças, dentre elas é imprescindível respeitar as rotinas, como por exemplo, a hora do brincar, a hora da chegada, onde as crianças necessitam de acolhimento, as rotinas ligadas à hora da leitura (contação de história) sempre de forma lúdica, estimulando a criança a ter contato com livros, onde elas possam folheá-los, observar as imagens e perceber o que elas transmitem perceber as frases escritas, poder questionar, e com isso irem adentrando no universo da leitura, enfim, possibilitar aprendizado em todos os momentos e em todos os sentidos. Tudo que está ligado a ludicidade deve ser aproveitado, cada momento, desde a rotina do cuidado até as práticas de atividades pedagógicas precisam envolver jogos e brincadeiras, pois é dessa forma que a criança consolida a aprendizagem. 
	 	 	
4 O LÚDICO E O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM 
	As reflexões desenvolvidas aqui se voltam para uma perspectiva na educação contemporânea para a educação infantil e essa perspectiva vem de encontro com o lúdico. O tempo da infância é o tempo de aprender e de ensinar com as crianças, através das brincadeiras e dos brinquedos. Esses recursos pautados na solidariedade, no respeito à diversidade, na formação social e pessoal, não assumam posição de levá-los a conhecer o mundo através das experiências, modelos e interações, as quais vão se modelando de acordo com as necessidades, realidade, mediação de conflitos e principalmente na construção do próprio conceito de ser e estar no mundo.
	 Para tanto o jogo e a brincadeira são processos que apresentam especificidades de acordo com o grupo em que está inserido. Isso acontece porque em cada grupo estão envolvidos os indivíduos e a sua cultura. A maneira que as crianças jogam ou brincam é um meio que constrói sua identidade cultural. Reflita, por exemplo, numa criança indígena, com seusanimais, mas, para a cultura indígena, esse ato representa a forma de ensinar os animais perigosos que podem ser encontrados na floresta. Nota-se aí, a necessidade de conhecer a cultura em que estamos inseridos.
	 O mesmo acontece com a criança. Quando ela compreende sua cultura, é capaz de aprender, conhecer, identificar e se constituir como um ser pertencente a um determinado grupo. Ao mesmo tempo, o jogo e a brincadeira são ações humanas, ocorrem trocas, partilhas, negociações e confrontos de ideias. Portanto, a brincadeira e o jogo são atividades que envolvem emoções, afetividades, estabelecimento e ruptura de laços e compreensão da dinâmica interna que perpassa entre as pessoas. Esse tipo de atitude nos leva a entender de que o ensino aprendizagem baseado no lúdico é o momento em que a criança reconstrói o processo vivido com o grupo, num contexto de reflexão que encontra significado na possibilidade de compartilhar com sua família e com seus próximos. Podemos dizer que, no exato momento em que a criança brinca, muitas coisas sérias acontecem. 
	Quando ela está envolta na atividade lúdica, organiza todo o ser em função da ação. Quanto mais brinca, mais a criança está exercitando sua capacidade de concentração e atenção, descobrindo o gesto de criar e permanecer em uma atividade. Desde os primeiros anos de vida a criança realiza a tarefa de se inserir e compreender seu grupo, de explorar e conhecer o mundo físico, de desenvolver a função simbólica e a linguagem. As crianças brincam e aprendem muito sem se dar conta do que está acontecendo. 
5 VISÃO DO PROFESSOR SOBRE O LÚDICO 
O profissional que atua na educação infantil tem uma visão de que o lúdico é de suma importância e age positivamente nos jogos e brincadeiras, e fica claro quando a atividade é para confeccionar os jogos com materiais reciclados. Buscando sempre enfatizar a relevância das atividades lúdicas na educação infantil, proporciona a criança, divertimento e aprendizagem, pois durante a atividade a criança precisa pensar e agir assim se desenvolve e aprende brincado. 
Brincadeira é coisa séria pois, quando a criança brinca, ela se reequilibra, recicla suas emoções e sacia sua necessidade de conhecer e reinventar a realidade. Brincar é coisa séria, também, por que na brincadeira não há trapaça, há sinceridade e engajamento voluntário e doação. Brincando nos reequilibramos, reciclamos nossas emoções e nossa necessidade de conhecer e reinventar. E tudo isso desenvolvendo atenção, concentração e muitas habilidades. É brincando que acriança mergulha na vida, sentindo-a na dimensão de possibilidades. No espaço criado pelo brincar nessa aparente fantasia, acontece a expressão de uma realidade interior que pode estar bloqueada pela necessidade de ajustamento às expectativas sociais e familiares.
Podemos dizer que, a brincadeira é uma maneira de ensinar utilizando o raciocínio para assim possibilitar uma aprendizagem de qualidade, uma vez que ao brincar a criança aprende as regras fundamentais para o desenvolvimento pessoal. 
É nesse processo de aprendizagem que o professor tem papel fundamental de instruir e preparar para jogar e competir de forma sadia. No momento em que o professor consegue criar um clima dentro da sala de aula de respeito e cooperação, a criança está preparada emocionalmente para aceitação do ganhar ou perder como algo natural. 
Na educação infantil, as atividades lúdicas proporcionam as crianças ao mesmo tempo que divertimento e aprendizagem, pois durante essas atividades a criança pensa e age ao mesmo tempo e se desenvolve e aprende brincando. É nesse momento que o professor atua como mediador explorando de forma consciente e direcionando todas as atividades de maneira a estimular a aprendizagem, valorizando não só o resultado da atividade lúdica, mas a própria brincadeira, o simples ato de brincar, a experiência vivida e as descobertas realizadas durante todo o processo. 
 Brincar deixa de ser visto como uma atividade física e passa a ser privilegiada porque é necessária para o ensino aprendizagem e o desenvolvimento da criança.  É através das brincadeiras que a criança realiza podemos entender como ela percebe e constrói o mundo e a maneira que utiliza para expressar suas dificuldades. A brincadeira possibilita a criança resolver de forma figurada problemas não resolvidos anteriormente e enfrentar direta ou simbolicamente questões atuais. 
 Brincando, a criança compreende as características dos objetos, como funcionam, os elementos da natureza e os acontecimentos da sociedade. A brincadeira compõe o ato privilegiado de desenvolvimento da criança. Nela, afeto, linguagem, percepção, memória entre outras funções cognitivas, são aspectos intimamente interligados. A brincadeira cria condições para uma transformação significativa da consciência infantil por permitir formas mais complexa de relacionamento com o mundo. 
Os momentos em que as crianças passam nos centros de educação infantil precisam ser prazerosos, e para reter a atenção e o interesse das crianças, o educador precisa ser criativo para proporcionar possibilidades variadas de atividades que desperte a atenção para o processo de ensino-aprendizagem, de forma participativa e interativa uma com as outras, desenvolvendo assim habilidades que são próprias da infância como: a socialização, habilidades motoras, capacidade de aprendizagem das cores, letras, números, entre outras, conforme a capacidade intelectual e a maturidade de cada criança, respeitando as fases do desenvolvimento cognitivo da criança, que se apresenta em uma sequência de etapas, as quais não devem ser interrompidas, já que uma etapa prepara a outra A autora afirma ainda que: 
”A educação lúdica contribui na formação da criança, possibilitando um crescimento sadio, um enriquecimento permanente, integrando-se ao mais alto espírito democrático enquanto investe em uma produção séria do conhecimento. A sua prática exige a participação franca, criativa, livre, critica, promovendo a interação social e tendo em vista o forte compromisso da transformação e modificação do meio “(ALMEIDA, 1995, p. 41). 
Somente na prática é que se adquire a noção da dimensão do que é ser educador no contexto da educação infantil. Para o exercício dessa prática é necessário um planejamento organizado e dinâmico, além de flexível e criativo para dar conta dos processos de cuidado e de educação, propostos através de temáticas e atividades adequadas, de tal forma que elas possam suprir o tempo e espaços adequados e compartilhados, construindo possibilidades de aprendizagens significativas e avanços nos diferentes níveis de domínio dos processos físicos, afetivos e psíquicos da criança. 
O simples ato de brincar com peças de encaixe faz com que a criança aprenda a dividir os objetos, os tamanhos, as cores, formas geométricas sem que ela perceba sua aprendizagem. A brincadeira facilita a aprendizagem e o desenvolvimento integral das crianças nos aspectos físico, social, cultural, afetivo e cognitivo, e faz com que ela se desenvolva como um todo, considerando que a educação infantil deve sempre utilizar o lúdico para atuar no desenvolvimento e na aprendizagem da criança.
6 MATERIAL E MÉTODOS 
 
	Este estudo foi realizado através de pesquisa bibliográfica para a formulação deste trabalho de conclusão de curso, no qual as pesquisas foram efetuadas em diversas fontes que contribuíram significativamente para elaboração e conclusão do tema abordado. 
	Ao analisar todo esse procedimento de pesquisa pode-se constatar que o professor que atua diretamente com crianças de zero a seis anos deve planejar a atividade utilizando o lúdico como recurso, na busca dos objetivos que quer alcançar, possibilitando assim, que a criança aprenda de forma prazerosa. 
	Com a realização do Estágio na Educação Infantil, pode-se ter um conhecimento mais profundo sobre o tema escolhido e assim resolvemos aprofundar nossos estudos para assim adquirir mais conhecimentos e estar ciente de que o lúdico faz parte do dia a dia das crianças, onde as mesmasaprendem de forma lúdica sem que percebam. 
	A atividade lúdica não é somente um momento de diagnóstico da aprendizagem, mas é ele mesmo, um canal de aprendizagem. Assim, este trabalho vem corroborar através dos resultados obtidos, com as considerações apresentadas por pesquisas realizadas, enfatizando a importância de utilizar os jogos e brincadeiras na metodologia pedagógica para desenvolver as potencialidades das crianças na educação infantil. 
 
7 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 Com relação ao desenvolvimento de trabalhos pedagógicos que envolvam crianças de tão pouca idade e que já frequentam o contexto escolar é, sem dúvida, uma relação de responsabilidade com a educação. 
Percebe-se nas práticas educativas, o ensejo de proporcionar aprendizagem que contemple a educação totalitária, libertadora, e livre de pré-conceitos, consolidando o direito da criança de ser livre onde as crianças possam descobrir, criar, explorar, perceber, mexer-se, imitar e encontrar seu lugar, no seu pleno direito de ser criança. 
Podemos dizer que no percurso da graduação e dos estágios conseguimos definir o nosso tema que é o Lúdico e também pode-se observar que o mesmo é muito importante na trajetória da aprendizagem das crianças.
8 CONCLUSÃO
A criança faz uma ligação entre o presente, o passado e o futuro, contextualizando no lúdico essa vivencia graças a habilidade de representar. Tanto que, ao longo de todo esse estudo, compreende-se a importância do olhar do professor frente ao desenvolvimento das crianças e ao trabalho que pode e deve ser executado através da ludicidade. Precisa-se garantir espaços para que o aprendizado a partir do lúdico possa ter o aprimoramento da representação da realidade e da consciência crítica da transformação pessoal e social. O lúdico é o estimulante do encantar as ações pedagógicas que efetivam o conhecimento envolvendo elementos do cotidiano, o prazer, a imaginação e a emoção.
Para a criança, o lúdico é a mais valiosa oportunidade de aprender a conviver com pessoas muito diferentes entre si, de compartilhar ideias, regras, objetos e brinquedos, de solucionar os conflitos que, tornando-a autônoma e capaz de experimentar papéis desenvolvendo as bases da sua personalidade. Tem-se a ludicidade como a mais segura das formas de desenvolvimento de nossas crianças, pois é interminável a luta pelo conhecer, aprender e ensinar. Isso se torna possível quando esse circuito de interesses vem acrescido no prazer em fazer e saber. 
O aprendizado contínuo construirá as características e um repertório de habilidades que vão demonstrando o modo de agir, de pensar, de sentir e transformar o mundo o qual a criança se insere, pois, o lúdico dá significado a essas interações, levando a exercer o papel e parceiro e autor do seu próprio desenvolvimento, adquirindo uma representação de seu contexto através da brincadeira de faz de conta, do desenho e da capacidade de modelar o pensamento da realidade vivida. 
Ao pesquisar e analisar o lúdico como forma de aprendizagem na educação infantil é importante ressaltar e concluir que as experiências vividas pelas crianças são representadas em suas relações e interações de forma tão intensa, que é a partir dele que os conceitos e significados das situações cotidianas tomam forma e se contextualizam. O lúdico reconhece o trabalho pedagógico a partir das expressões e informações que a criança apresenta. A mesma realidade pode ser refletida de modos diferentes por diferentes crianças, por isso sempre que se estabelecem espaços lúdicos e tempos destinados a brincadeira nas instituições de educação infantil, é afetiva a materialização do desenvolvimento pleno da criança. 
Enfim, podemos concluir que o lúdico é de suma importância para o desenvolvimento das crianças na educação infantil em todos os aspectos, pois o mesmo proporciona o pleno desenvolvimento integral das crianças e proporciona momentos prazerosos envolvendo brincadeiras, jogos, brinquedos, faz de conta e tudo que faz parte da imaginação das crianças, surgindo assim o aprendizado ente criança/criança e professor/criança. Portanto, o brincar é de fundamental relevância para que a criança se descubra, se teste, se conheça. É através das brincadeiras que as crianças expressam seus sentimentos e emoções. 
10 REFERÊNCIAS 
 
ALMEIDA, P. N. de. Educação lúdica: Técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: 
Loyola, 1995. 
CORRÊA, Leidniz Soares ; BENTO, Raquel Matos de Lima . A importância do lúdico para a aprendizagem na educação infantil.  [s/d]. Disponível em: http://unijipa.edu.br/media/files/54/54_
218.pdf acesso em 04 de abril de 2017.
GOMES, C. L. (org.). Dicionário Crítico do Lazer. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. 
 
ROSAMILHA. Nelson. Psicologia do jogo e aprendizagem infantil. São Paulo: pioneira, 1979. 
 
VELASCO, Calcida Gonsalves. Brincar: o despertar psicomotor. Rio de Janeiro: Sprit, 1996. 
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. 
 
 
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