Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE APX1 Consórcio CEDERJ Curso: Tecnólogo em Segurança Pública. Disciplina: Justiça e Formas Alternativas de administração de Conflitos. APX1 - Data: 25/09/2020 Pólo: Resende/RJ Nome do aluno: Carlos César de Paula Matrícula: 19113150356 A prova poderá ser feita com consulta ao material didático e aos textos complementares. Entretanto, o aluno precisará demonstrar que, de fato, procurou olhar para os textos de forma reflexiva, explicando, com suas palavras, o conteúdo das aulas. Portanto, não é permitido copiar ou decorar partes das aulas escritas (ou de outros textos) e colocar na prova. Quando isso for identificado na prova, o aluno não será pontuado. Questão 1. Onde podemos verificar o pluralismo jurídico no Brasil, exemplifique. (5,0 pontos) RESPOSTA: No Brasil podemos identificar dois tipos de pluralismo jurídico: O cultural, a exemplo dos povos indígenas e os quilombolas; e o sociológico, como no caso das favelas. No primeiro caso, denominado pluralismo clássico, existe uma oposição bem definida de duas ordens bastante distintas culturalmente que convivem em um mesmo espaço e tempo. O segundo caso, ao contrário, trata-se da total oposição ao postulado dogmático exclusivista do direito oficial para expor outras ordens jurídicas semelhantes aos contextos que fazem parte. Portanto, a visão socialista pode promover a injustiça em vez de legitimar o verdadeiro direito: essas manifestações jurídicas locais muitas vezes apoiam-se em práticas de dominação e autoritarismo, assumindo uma posição opressiva em detrimento da própria liberdade. O intuito do pluralismo jurídico, não consiste em negar o direito estatal, mas reconhecer a variedade das fontes jurídicas coexistentes em uma determinada sociedade para fins de administração de conflitos. Questão 2. Discorra sobre as perspectivas da superação da judicialização dos conflitos (5,0 pontos) RESPOSTA: A perspectiva que enfativa o movimento de judicialização, seja da política ou das relações sociais, evidencia que o judiciário passa a ocupar centralidade no processo de resolução de conflitos políticos e sociais e como desdobramento, o papel de outras intituições, tais como o Ministério Público, se apresenta como um agente proponente de ações judiciais a um magistrado, que possui a competência jurisdicional para solucionar o litígio. Portanto, podemos observar a existência de outras formas de atuação das intituições jurídicas que não remetem necessariamente a um processo de judicialização, mas que ainda assim realizam uma discussão jurídica sobre os conflitos e relações sociais.