Buscar

GESTÃO FINANCEIRA EM PEQUENAS EMPRESAS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

GESTÃO FINANCEIRA EM PEQUENAS EMPRESAS
Afonso Capim Junior
RESUMO
Abordaremos a importância da gestão financeira nas pequenas empresas, buscando a melhoria continua na sua administração, minimizando os possíveis erros e maximizando as oportunidades, vislumbrando seu sucesso organizacional. O objetivo dessa pesquisa é esmiuçar os desafios enfrentados pelas pequenas empresas, com isso foi feito um estudo sobre a gestão financeira em um ambiente de negócio. A utilização das ferramentas do Fluxo de Caixa e Demonstrativo de Resultados é essencial no orçamento empresarial. Entende-se que as pequenas empresas têm papel importante em termos econômicos e socais dentro de um país. São dois relatórios que permitem a análise da saúde econômico-financeira da companhia por duas perspectivas diferentes e complementares, melhorando o desempenho da empresa e aumenta sua competitividade.
Palavras-chave: Pequenas empresas, relatórios e desempenho.
1. APLICANDO A GESTÃO FINANCEIRA EM PEQUENAS EMPRESAS
	Tratando-se de pequenas empresas, uma eficaz organização financeira fará total diferença quando se trata de prejuízos ou até mesmo falência. Havendo um direcionamento assertivo, o controle de gastos e despesas é peça chave para o crescimento do empreendimento. O mundo empresarial sofre fortes mudanças continuas, contudo, quando se estar preparado ou no mínimo precavido, as consequências são menores num cenário negativo e excelentes num cenário positivo. 
	Estando preparado, as ameaças são revertidas em oportunidades. Causando uma alavancagem nas margens de lucro ou diminuindo os déficits financeiros em determinado período. Para isso é fundamental uma boa gestão financeira que forneça dados atualizados para desenvolver planos de ação, visando manter o fluxo de caixa de entrada e saída. 
	Um planejamento detalhado com todas as despesas e receitas em pequenas empresas têm como finalidade direcionar o gestor tanto de forma operacional, como financeira. Sendo capaz de corrigir falhas sistêmicas, caso haja, ou identificar possíveis oportunidades para um investimento futuro. 
	Apresentaremos nessa pesquisa a importância da gestão financeira e seus componentes para pequenas empresas. Também, os desafios encontrados mediante a um cenário tão automatizado num ambiente de negócios onde a utilização de ferramentas do FC (Fluxo de Caixa) e DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício) é fundamental para a saúde financeira de uma organização. 
Qual a importância da gestão financeira para as pequenas empresas? 
Quais são as ferramentas a serem utilizadas por um gestor financeiro para ser assertivo?
	Essas perguntas serão os nossos questionamentos/problemática no decorrer dessa pesquisa. 
	Utilizaremos como base de pesquisa, fontes como: Livros, revistas e artigos referentes às doutrinas que especificam Gestão financeira. Com intuito de agregar valor de todas as formas e ser o mais claro possível com as informações coletadas.
	O estudo será concluído de forma sucinta, onde serão encontradas reflexões sobre a importância da gestão financeira em pequenas empresas. Será feito um estudo detalhado com as considerações finais.
2. GESTÃO FINANCEIRA
	De acordo com GITMAN (2004, p. 04), “a função da gestão financeira é o planejamento, concessão de crédito a clientes, avaliação de projetos de investimento e captação de fundos para financiar as operações de uma empresa”.
	Segundo MEGLIORINI e VALLIM (2009), “a área financeira é responsável por viabilizar a atividade fim da empresa através da alocação de recursos. Nesta área que as análises, decisões e direcionamento dos recursos da empresa são definidos”. A área de atuação do setor financeiro resume-se em uma integração da obtenção de recursos, utilização destes e por fim controlá-los.
OLIVEIRA (2005) descreve capital de giro como sendo capital de trabalho, necessário para financiar a continuidade das operações da empresa, como recursos para financiamento aos clientes (nas vendas a prazo), recursos para manter estoques e recursos para pagamento aos fornecedores (compras de matéria-prima ou mercadorias de revenda), pagamento de impostos, salários e demais custos e despesas operacionais.
	Para um bom funcionamento da gestão financeira, tem que haver uma interdependência com as demais áreas da empresa, pois é a gestão financeira que trata dos processos, das instituições, e instrumentos envolvidos nas transferências de recursos entre pessoas, empresas e governos. Dessa forma, compete à gestão financeira gerir os recursos financeiros necessários à manutenção da empresa. 
A figura 1: A interdependência entre os setores de uma empresa.
Gestão financeira é importantíssima na administração empresarial no contexto de gerir qualquer negocio, assumindo um papel decisivo. Um gestor financeiro é aquele individuo preocupado com obtenção, utilização e controle de recursos monetários para a empresa. Envolve-se em atitudes do inicio ao fim de um ciclo operacional, sendo decisivo nas tomadas de decisão do financeiro à execução das atividades empresarias. (BERTI, 2013, P.35).
	Assim como todo setor dentro da empresa, a gestão financeira possui objetivos claros, definidos e mensuráveis. Destacam-se: 
1. Manutenção de permanente situação de liquidez através de um adequado controle de entradas e saídas caixa, pois quando os ativos e os passivos da empresa são adequadamente geridos, pode-se dizer que existe uma situação de liquidez corrente.
2. Obtenção de recursos adicionais para operações ou planos de expansão com menores custos, permitir que a empresa tenha uma boa estrutura financeira e econômica de modo que o curto prazo, o médio prazo e o longo prazo não apresentem riscos derivados da má administração financeira.
3. Manutenção do equilíbrio entre os objetivos de lucro e liquidez financeira, no sentido de assegurar que os planos de expansão estejam de acordo com as possibilidades de obtenção de recursos próprios ou de terceiros. A área financeira é responsável direta para a manutenção desta estrutura e criar condições para viabilizar investimentos que aumentem a receita.
4. Elaborar adequadamente um planejamento tributário. O gestor financeiro precisa conhecer bem a legislação tributária referente aos impostos, taxas, contribuições que incidem sobre as atividades operacionais da sua empresa. Como por exemplo, base de cálculo, lucro real ou presumido, prazo de recolhimento, isenções, incentivos, benefícios fiscais.
2.1 DESAFIOS DAS PEQUENAS EMPRESAS NO AMBIENTE DE NEGÓCIOS
	Apesar de todos os avanços tecnológicos e todos os meios a disposição do homem, em plena era da revolução tecnológica, as economias e os governos debatem sobre a questão social. Uma população enorme como em nosso país, como suprir a necessidade de oferecer uma fonte de renda a todos? A solução gira em torno da educação e do empreendedorismo num geral. Não basta apenas iniciar um negocio se não há um gerenciamento eficaz, com o intuito de ter um empreendimento duradouro e rentável.
	Inúmeros são os casos de falência em pequenas empresas no Brasil, alegando alta tributação e dificuldade de acesso ao crédito. Contudo, feito uma analise a fundo foi descoberto pequenas empresas com uma administração sólida, competitiva e eficaz geram êxito, prosperando cada dia mais seu empreendimento.
	Em pesquisa no SEBRAE, foi identificado um crescimento contínuo no PIB nos anos entre 2001 a 2014. Pequenas empresas em 2001 correspondiam a 23,2% do PIB nacional, em 2011 houve um crescimento de 27%, representando um crescimento significativo, mais de um quarto do PIB sendo gerado por pequenas empresas.
	Contudo, em 2014 com 53,4% do PIB, as pequenas empresas se tornaram as principais geradoras de riqueza do comércio. Responsáveis por 70% dos empregos no âmbito comercial. Segundo pesquisas do SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em 2022 teremos em torno de 12,9 milhões de empregos em pequenas empresas. 
	Além de gerar empregos e forte crescimento da economia, pequenas empresas colaboram com movimentações financeiras,muito por conta de empréstimos bancários, créditos, além de utilizar inúmeros serviços financeiros em instituições privadas e no SEBRAE. 
2.2. GERENCIANDO PEQUENAS EMPRESAS DE FORMA EFICAZ.
	“A empresa combina recursos físicos, financeiros, humanos e tecnológicos, com o objetivo de produção e a oferta de bens e serviços ao consumidor. Movimento conhecido como Ciclo operacional”. (ANDREOLLA, 2015).
	“Em cada etapa do ciclo operacional, a empresa necessita empregar recursos para pagar suas contas, resultando em saídas de caixa. Entretanto, recebe recursos provenientes de vendas dos seus produtos ou serviços, resultando em entrada de caixa. Constituindo um ciclo financeiro”. (BERTI, 2013).
	Em um mercado financeiro cada vez mais competitivo, onde as empresas estão inseridas de maneira peculiar, a gestão financeira tem um papel cada vez mais importante dentro de um empreendimento, principalmente em empresas de pequeno porte. 
	Dentro da Gestão financeira, dois vértices são de extrema importância: Gestão operacional e Gestão estratégica. Processos administrativos que influenciam nas decisões, controle e execução de qualquer trabalho ou tarefa são voltados para a gestão operacional. 
	Resume-se ao controle das movimentações monetárias realizadas pela empresa. A entrada e saída de recursos, sendo assim, todo o departamento financeiro das empresas podem ser divididas em células. O setor de contas a pagar e o contas a receber, por exemplo, são partes do departamento financeiro.
	A gestão estratégica é a junção de todas as informações captadas pelas “células” com o objetivo de transformar dados em ação. Analisar os números que a empresa apresenta com critérios voltados para o um desempenho almejado. 
	O entendimento desta divisão da gestão financeira é fundamental, uma empresa pode ter todo o seu departamento financeiro bem estruturado, não conseguindo reverter essa condição em estratégia. O sucesso de um empreendimento está voltado para um bom departamento financeiro. Não adianta ter competência técnica, e ser omisso na administração dos recursos financeiros. 
	O setor financeiro tem como objetivo tornar o ciclo operacional autofinanciável, garantindo o retorno remunerado do capital investido, trazendo liquidez e rentabilidade. Ter um padrão de desempenho voltado para o tipo de negócio é de suma importância, para isso será estabelecido de forma clara quais são os objetivos. O uso de ferramentas de gestão com o sentido de planejamento e controle ajuda a traduzir quais os resultados esperados pela empresa. 
	Por conta de um bom planejamento, consegue-se antecipar as mudanças, tomar decisões em tempo hábil e agir de forma proativa para com o problema. Uma das ferramentas utilizadas para tal é o orçamento empresarial, podendo ser subdividido em dois: Fluxo De Caixa e DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício). 
2.2.1 FLUXO DE CAIXA
	O fluxo de caixa nada mais é do que a sintetização dos movimentos monetários realizados por uma empresa em um determinado período. É o registro de despesas e receitas. Consiste numa demonstração contábil que faz parte do balanço geral de uma empresa e tem como objetivo principal demonstrar o fluxo de caixa, elaborado a partir das demonstrações financeiras.
	Cada empresa tem sua particularidade, sendo assim, os fluxos monetários são diferentes, tendo que, cada empresa adaptar o seu modelo de fluxo de caixa. A construção do fluxo de caixa é particular da empresa, não admitindo cópia de modelos. É importante o conhecimento de todo o ciclo financeiro da empresa, suas receitas e suas despesas, para a formatação ideal do fluxo de caixa.
Segundo FERREIRA (2005), uma eficiente administração dos fluxos de caixa, deve-se conhecer o ciclo operacional e o ciclo de caixa. O ciclo operacional corresponde ao tempo entre a compra de matérias-primas e o pagamento pela venda de produtos acabados. Já o ciclo de caixa é o período de tempo em que os recursos da empresa se encontram comprometido entre o pagamento dos insumos, e o recebimento pela venda do produto acabado. Em resumo, os dias para pagamento das obrigações devem ser mais longos do que os dias de recebimento dos direitos.
	Segundo ROSA (2020), “o fluxo de caixa trata-se de uma reserva financeira, onde se oscila com entradas (vendas, empréstimos, outros) e saídas (pagamentos, compras, despesas em geral). É um saldo com histórico em determinado período para qual foi planejado”. 
	A elaboração do fluxo de caixa consiste na contagem da infraestrutura de informações, entradas e saídas, permitindo consequentemente a projeção com antecedência do saldo final de caixa, que poderá ser positivo ou negativo. Deve-se estabelecer o primeiro dia do período com a data base de levantamento de todas as informações, para facilita o controle.
	“É fundamental que o processo de elaboração do fluxo de caixa seja desenvolvido com todos os integrantes que compõem o comando da empresa, sendo feito de forma integra. Sendo, o líder financeiro responsável pelo levantamento das informações pertinentes”. (ANDREOLLA, 2015).
O processo operacional será favorecido de forma organizada, a partir da implantação do fluxo de caixa. Ao final de cada mês, todas as áreas que compõe a empresa deverão fechar seus sistemas de controle, para serem geradas as novas informações requeridas pelo fluxo. A partir dai, serão captados todos os dados e transformados em informações, para isso deve existir um centro informatizado. (SEBRAE, 2020).
	“Com base na movimentação financeira interna e externa, deve ser controlado o fluxo de caixa através de um sistema informatizado, preferencialmente. É indispensável que o responsável pela coleta das informações monte um relatório com eventuais desvios entre o previsto e o realizado, bem como uma analise de causa e efeito para apresentar aos diretores da empresa”. (ANDREOLLA, 2015).
Criado essencialmente para dar representação gráfica às relações entre cargos na organização, o organograma tem basicamente duas partes interligadas: linhas e retângulos, sendo que o primeiro representa o fluxo de autoridade na organização e o último os cargos entre os quais flui a autoridade. (BALCÃO, 2011, p. 108)
Figura 2: Organograma gerencial.
BALCÃO, 2011, p. 108
	O ideal para o controle do fluxo de caixa é fazer revisões mensais e seguir o mesmo horizonte de tempo, para fins orçamentários. O principio é que se trabalhe com base zero, todas as informações ficam sujeitas a atualizações. Caso projetado o fluxo para 12 meses, a cada mês exclui o mês realizado, deslocando o calendário para um novo período anual. 
	De acordo com BERTI (2013), algumas das vantagens de um fluxo de caixa, são:
- Favorecer o planejamento e a ação empresarial integrada;
- Aperfeiçoa o sistema de informações da empresa;
- Orienta o processo decisório no sentido resgatar, manter ou fortalecer o equilíbrio financeiro.
	Outras medidas para melhorar o fluxo de caixa, de segundo ANDREOLLA (2015, p. 80), são:
- Contabilizar os prazos médios de pagamento com prazos médios de recebimento; 
- Atingir o volume de vendas mensais médias acima do ponto de equilíbrio;
- Manter um saldo de caixa suficiente para fazer frente aos compromissos do dia a dia.
2.2.2 DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS 
	Conhecido pela sigla DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício) é diferente do fluxo de caixa, pois é estruturado de forma contábil ou gerencial. Sendo assim, deixa de ser uma ferramenta simples de contabilidade e passa a ser fundamental, uma vez que, através dela avaliamos se a empresa projeta lucro ou prejuízo. 
Figura 3: Estrutura contábil do DRE.
										ANDREOLA, 2015.
Figura 4: Estrutura gerencial do DRE.
ANDREOLA, 2015.
	Uma demonstração contábil que apresenta o fluxo de receitas e despesas resulta em aumento ou redução de patrimônio liquido entre datas. Apresenta-se de forma dedutiva, isto é, inicia com a receita operacional bruta e dela deduzem-se os custos e despesas, apurando o lucro liquido. 
	Com o DRE diagnosticamos prováveis falhas na gestão dos departamentos ou setores, pois demonstra a contribuiçãode várias partes da empresa para a realização de lucro ou prejuízo. Ou seja, verificamos o comportamento financeiro de cada setor da empresa.
	Ao menos que ocorra mudança de patamar operacional, os custos fixos são independentes do nível de atividades da empresa. Alugues e despesas administrativas são exemplos de custos fixo.
	Impostos sobre vendas, custos de comercialização no geral são exemplos de custo variável. São diretamente proporcionais ao nível de atividade da empresa.
	Introduzir o conceito de margem de contribuição da tabela do DRE é o resultado da receita de vendas, subtraindo os custos variáveis. Significa o quanto o negócio da empresa esta contribuindo para a absorção de custo fixo e geração de lucro.
 2.2.2.1 CONTROLE DE DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS
	É essencial que a empresa faça comparações entre o previsto e o realizado, afim de, analisar as causas e efeitos. A principal fonte de informações e também, a base de controle do DRE é a contabilidade. É recomendado um acompanhamento de todo o exercício fiscal, ou seja, um histórico financeiro.
	O ideal é inserir em cada mês uma coluna de percentual, permitindo controla a evolução do peso relativo de cada item em relação ao mês e ao total do período. Sempre que houver desvios, deverão ser tratados. Buscando as causas e os efeitos, para assim, trata-los da maneira correta. 
Figura 5: Modelo DRE.
ANDREOLA, 2015.
	O DRE elaborado juntamente com o balanço patrimonial constitui um demonstrativo que focaliza as operações da empresa em um determinado período. Envolve as contas de resultados e as contas de crédito. É a apresentação resumida das operações realizadas pela empresa durante um determinado período, normalmente anual, destacando o resultado liquido. 
	Segundo BERTI (2013), a empresa demonstra o resultado de duas maneiras:
- Lucro: Ocorrerá o lucro da empresa quando o total das receitas do período for superior aos custos e despesas, lembrando que, juntamente com as despesas, devem-se incluir os encargos, decorrentes do próprio lucro.
- Prejuízo: Ao contrario do lucro, ocorrerá quando os custos e as despesas do período somarem um valor superior às receitas.
	A construção de uma ferramenta de controle e gestão, como o DRE, requer rigor e atenção. Trata-se de uma elaboração complexa, com informações recolhidas de diversos setores de forma minuciosa. A leitura dos números depois de pronto é parte mais difícil ao utilizar a ferramenta. A partir desta leitura, que será tomado decisões de investimentos para o equilíbrio da saúde financeira da empresa.
Figura 6: Modelo de DRE.
BERTI, 2013.
	Podemos comparar os dados levantados com outras empresas do mesmo segmento, conhecido como analise setorial. Também, podemos analisar através de padrões históricos, envolvendo análise histórica ou prospectiva.
- Análise histórica: Faz a comparação da evolução dos índices de períodos anteriores com o período em análise.
- Análise prospectiva: Compara os resultados projetados em função de objetivos e hipóteses de trabalho utilizado no processo de planejamento financeiro da empresa, com os resultados atuais ou anteriores. Podendo indicar evoluções passíveis de serem aceitas ou não.
	Verificar se as contas condizem com os fatos contábeis relativos às atividades da empresa. Uma conta que caracteriza um bem não pode apresentar saldo credor, em contrapartida, uma conta que caracteriza uma obrigação não pode conter saldo devedor. Já na receita, o saldo é sempre credor, ao contrario da empresa que o saldo é sempre devedor. 
Identificar as contas do balancete, classificando de acordo com a sua natureza (conta patrimonial e conta de resultados). As contas patrimoniais: Ativo (Bens e direitos, saldo devedor salvo as contas retificadoras em que o saldo é devedor; ex: depreciação acumulada). Passivo: (obrigações e patrimônio líquido, saldo credor, salvo contas de prejuízos em que o saldo é devedor). Não fazem parte do DRE, vão direto para o balanço patrimonial. (BERTI, 2013).
	Além das contas de despesas e receitas, outras contas fazem parte do DRE, ou seja, as contas de deduções que consistem em devoluções sobre vendas e impostos. Caso a empresa trabalhe com inventário periódico, mercadorias em estoque, mercadorias compras e mercadorias vendas também são inclusas no DRE. 
	Quando elaboramos um fluxo de caixa, estamos fazendo ao mesmo tempo um controle das origens e destinos dos recursos financeiros da empresa.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Mesmo a empresa desenvolvendo toda a sua competência no segmento em que atua, ela por si só, não é suficiente para o seu sucesso. Inúmeras empresas não alcançam o objetivo esperado pelo fato de não visualizarem a importância de uma gestão financeira estratégica. Num mercado globalizado, a concorrência determina as regras de gestão, tornando-se diferencial competitivo e de constante crescimento. 
	As obrigações financeiras mensais da empresa consomem boa parte do que é faturado, sendo assim, se não há uma gestão financeira adequada fica insustentável manter-se saudável e de portas abertas, acarretando muitas vezes a falência. 
	Para pequenas empresas, uma gestão financeira possibilita que se conheçam todos os gastos, despesas e possibilidades de receitas capazes de direcionar o gestor para as melhores decisões, sendo mais eficiente e eficaz possível. O responsável financeiro sai do ambiente microeconômico e vai para o ambiente macroeconômico, sendo mais complexo. Com isso, o gestor financeiro deve, além de utilizar as ferramentas descritas, sempre buscar o aprimoramento de novas técnicas de controle e execução, uma vez que, o mercado está sempre em mudança.
	Muitos gestores com as atribuições do dia a dia acabam deixando de levar em conta a gestão financeira por acreditar que toma tempo demais e é burocrático fazer os procedimentos corretos, fazendo com que o empreendimento perca a sua sustentabilidade ao longo do tempo. Fazer o controle e planejamento financeiro, bem como o correto lançamento contábil facilita analisar as informações e a tomada de decisão. 
	As pequenas empresas devem ter a capacidade continua de inovação, com o objetivo de ser a melhor do mercado. Ou seja, ela precisa ser vista pela concorrência, clientes e comunidade com um contexto que leva em consideração a história, mas também, que cumpram as exigências contemporâneas e as ideias administrativas modernas.
REFERÊNCI AS
ANDREOLA, Nadir. Ferramentas de gestão financeira para pequenas e médias empresas. Curitiba: Juruá, 2015.
BALCÃO, Y. F. Organograma: representação gráfica da estrutura. Revista HSM Management. Ed. 87, 2011.
BERTI, Anélio. Gestão Financeira Fácil. Curitiba: Juruá: 2013.
DIÁRIO do Comércio e Indústria (Caderno Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SEBRAE-SP). Data de publicação: 28 set. 2006.
FERREIRA, José Antonio Stark. Finanças corporativas: conceitos e aplicações. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005.
GITMAN, Lawrence Jeffrey. Administração financeira: Uma Abordagem Gerencial. São Paulo: Pearson, 2006.
MEGLIORINI, E; VALLIM, M. A. Administração Financeira: Uma Abordagem Brasileira. São Paulo: Pearson, 2009.
OLIVEIRA, Dílson Campos. Manual Como Elaborar Controles Financeiros, Belo Horizonte, SEBRAE/MG: Casablanca, 2005.
ROSA, Everton Carsten Da. O Fluxo de Caixa nas Micro e Pequenas Empresas. 
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS –
SEBRAE (Brasil). SEBRAE. O que é o fluxo de caixa e como aplicá-lo no seu negócio.
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS – 
SEBRAE (Brasil). Participação das Micro e Pequenas Empresas na Economia 
SOCONTABILIDADE. Balancete de Verificação.

Outros materiais