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Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES Centro de ciências biológicas e da saúde - CCBS Curso de graduação em Odontologia __________________________________________________________________________________________________ SEMINÁRIO DE ANATOMIA ESPECIAL Montes Claros 2020 ANATOMIA DOS DENTES DECÍDUOS INTRODUÇÃO Dentes presentes: são os incisivos, caninos e molares não existem pré-molares na dentição decídua como na dentição permanente Conhecidos como dentes de leite, temporário, caducos ou primeira dentição O primeiro grupo de dentes esfoliados, sendo substituídos pela dentição permanente No total somam-se 20 dentes, sendo 10 em cada arco dental INTRODUÇÃO A primeira erupção: incisivo central inferior. Tempo médio: Entre os 6 e 10 meses. Demora de 2 a 3 anos para formação. Inicia-se com a calcificação dos incisivos centrais inferiores decíduos e terminando com a formação da raiz do segundo molar superior decíduo INFÂNCIA PRIMEIRA INFÂNCIA (IDADE ESCOLAR) Ordem cronológica da dentição decídua (Tabela A) FINAL DA INFÂNCIA- IDADE ESCOLAR Ordem cronológica da dentição mista – dentes decíduos e permanentes (Tabela B) B INFÂNCIA PRIMEIRA INFÂNCIA (IDADE ESCOLAR) Ordem cronológica da dentição permanente (TABELA C). C ADOLESCÊNCIA ATÉ IDADE ADULTA FUNÇÕES • Mastigação dos alimentos consumidos e preparação do bolo alimentar • Manter o espaço fisiológico para a dentição permanente – espaços primatas (interproximais) • Servir de guia para a erupção • Estimular o crescimento e desenvolvimento fisiológico mandibular e maxilar • Permitir uma boa fonação (principalmente os dentes anteriores) • Permitir a adaptação no meio social GENERALIDADES • Tamanho: Em seu conjunto são menores que os permanentes em proporção de 1 para 3. As raízes e coroas são mais longas e volumosas comparando os dentes individualmente. 1 2 3 • Possuem um esmalte mais fino, mais permeável e menos mineralizado. É mais opaco, sendo mais branco. • Possuem uma constrição maior na junção amelocementária • De modo geral, possuem uma dentina mais delgada • A cavidade pulpar apresenta câmeras e cornos pulpares mais amplos GENERALIDADES ARCOS DENTÁRIOS • Possuem uma forma de hemicircunferência, com maior dimensão transversalmente do que longitudinalmente • Apresentam os diastemas (espaços) • Não apresentam curva de Spee (curva de compensação) • Os arcos dentários são divididos em quadrantes para então serem numerados de acordo com sua posição em relação a linha .São designados pelo sistema de dois dígitos que começa em 51 e termina em 85, aprovado pela Federação Dentária Internacional. IDENTIFICAÇÃO INCISIVOS INCISIVO CENTRAL SUPERIOR INCISIVO CENTRAL SUPERIOR •São menores que os permanentes 51 e 61 FACE VESTIBULAR INCISIVO CENTRAL SUPERIOR • O diâmetro mesiodistal é maior do que o comprimento cervicoincisal, ao contrário dos permanentes • Normalmente não apresenta as linhas de desenvolvimento •A raiz é cônica e com os lados achatados 51 e 61 INCISIVO CENTRAL SUPERIOR FACE VESTIBULAR • Essa face é lisa (ausência de mamelões e lóbulos) e tem borda incisal quase reta • O comprimento da raiz comparado com a coroa é maior do que no incisivo permanente 51 e 61 FACE LINGUAL INCISIVO CENTRAL SUPERIOR • Côncava, apresenta crista marginal e cíngulo bem definidos • O comprimento da raiz comparado com a coroa é maior do que no incisivo permanente O cíngulo e cristas marginais são mais proeminentes que em seu sucessor permanente 51 e 61 FACE LINGUAL INCISIVO CENTRAL SUPERIOR • A raiz se estreita na face lingual e apresenta uma depressão longitudinal • Apresenta um perfil triangular, no local de união entre coroa e raiz, onde a face vestibular é considerada como um lado e as faces proximais como outros dois lados Fossa lingual é mais profunda 51 e 61 FACE MESIAL E DISTAL INCISIVO CENTRAL SUPERIOR • As duas são muito parecidas • A medida do terço cervical mostra tanto na mesial quanto na distal a coroa é mais larga em relação ao seu comprimento total • A coroa tem um aspecto mais grosso no terço médio e incisal 51 e 61 FACE MESIAL E DISTAL INCISIVO CENTRAL SUPERIOR • A curvatura da junção amelocementária é muito evidente • A curvatura cervical por distal é menos acentuada • A partir da visão destas faces a raiz é mais achatada do que se fosse observada pela face vestibular ou lingual, mas mantém o formato de cone mais comprimido no ápice 51 e 61 FACE MESIAL E DISTAL INCISIVO CENTRAL SUPERIOR • Normalmente na face mesial da raiz aparece um sulco de desenvolvimento ou concavidade, enquanto na distal a superfície é convexa • Destaque para o desenvolvimento das cristas cervicais do esmalte no terço cervical da coroa, tanto na face vestibular quanto lingual 51 e 61 BORDA INCISAL INCISIVO CENTRAL SUPERIOR • Está no centro da espessura total da coroa, e é relativamente reto • Sob a borda incisal, a superfície vestibular é mais extensa e achatada que a lingual • As faces mesial e distal são relativamente largas e no terço incisal são grandes o suficiente para fornecer áreas de contato adequadas com os dentes vizinhos, embora seja por pouco tempo devido as rápidas mudanças nas arcadas temporárias • A superfície lingual se estreita em direção ao cíngulo 51 e 61 INCISIVO CENTRAL SUPERIOR 51 e 61 • A cavidade pulpar é semelhante a anatomia externa, com três projeções na sua borda incisal. Canal radicular único, contínuo com a câmera pulpar. Estes são ligeiramente maiores que seus sucessores permanentes. Seções Vestibular Mesial Oclusal INCISIVO LATERAL SUPERIOR INCISIVO LATERAL SUPERIOR •São menores que os permanentes 52 e 62 INCISIVO LATERAL SUPERIOR 52 e 62 Primeira evidência de calcificação 16 semanas (14-16) Coroa completa 2 meses e meio Erupção 11 meses (9-13) Raiz completa 2 anos Comprimento total 15.8 mm Comprimento da coroa 5.6 mm Comprimento da raiz 11,4 mm Diâmetro mesiodistal da coroa 5.1 mm Diâmetro mesiodistal do colo da coroa 3.7 mm Diâmetro vestibulolingual da coroa 4 mm Diâmetro vestibulolingual do colo da coroa 3.7 mm INCISIVO LATERAL SUPERIOR 52 e 62 • Em linhas gerais os incisivos laterais são semelhantes aos centrais em todas as suas superfícies, mas suas dimensões são diferentes • A coroa é menor em todas as suas faces Incisivo Central Superior Incisivo lateral superior Comprimento total 16 mm 15.8 mm Comprimento da coroa 6 mm 5.6 mm Diâmetro mesiodistal da coroa 6.5 mm 5.1 mm Diâmetro mesiodistal do colo da coroa 4.5 mm 3.7 mm Diâmetro vestibulolingual da coroa 5 mm 4 mm Diâmetro vestibulolingual do colo da coroa 4 mm 3.7 mm INCISIVO LATERAL SUPERIOR 52 e 62 • Os ângulos distoincisais da coroa são mais arredondados dos que os do incisivo central Incisivo Central Superior Incisivo Lateral Superior INCISIVO LATERAL SUPERIOR 52 e 62 Face Vestibular Face Lingual • O comprimento cervicoincisal é maior que a largura mesiodistal • A raiz é semelhante à do central, porém mais larga em relação a coroa. Achata mesiodistalmente, tendo desvio do terço apical para vestibular e distal • As cristas marginais e o cíngulo (face lingual) são menos pronunciados que no incisivo central INCISIVO LATERAL SUPERIOR 52 e 62 • Cavidade pulpar com canal radicular único, porém com dois cornos pulpares, o mesial mais largo que o distal. Possui uma pequena demarcação entre a câmera pulpar e o canal radicular Vestibular Seções Mesial Oclusal INCISIVO CENTRAL INFERIOR INCISIVO CENTRAL INFERIOR É menor e mais estreito no sentido mesiodistal de todos os incisivos decíduos Possui grande semelhança com o Incisivo Lateral Inferior Decíduo 71 e 81 INCISIVO CENTRAL INFERIOR 71 e 81 Primeira evidência de calcificação 14 semanas Coroa completa 2,5 meses Erupção 6-7 meses Raiz completa 1 ano e 6 meses Comprimento total 14 mm Comprimento da coroa 5mm Comprimento da raiz 9 mm Diâmetro mesiodistal da coroa 4.2 mm Diâmetro mesiodistal do colo da coroa 3 mm Diâmetro vestibulolingual da coroa 4 mm Diâmetro vestibulolingual do colo da coroa 3.5 mm INCISIVO CENTRAL INFERIOR 71 e 81 É plana e sem sulcos de desenvolvimento Os lados mesial e distal vão se estreitando progressivamente Sua dimensão é menor ao nível do colo A coroa é proporcionalmente mais larga do que longa, em relação aos permanentes FACE VESTIBULAR INCISIVO CENTRAL INFERIOR 71 e 81 Os lados são semelhantes aos descritos pela face vestibular, mas é mais estreita. Possui Cíngulo bem definido. Cristas Marginais são menos desenvolvidas que os Incisivos Superiores Decíduos Nos terços médio e incisal possui uma superfície plana a nível das bordas marginais, ou uma Fossa Lingual . Possui grande convexidade do contorno vestibular e lingual no terço cervical/gengival FACE LINGUAL INCISIVO CENTRAL INFERIOR 71 e 81 Possui formato triangular com medidas menores e ângulos arredondados Possui grande convexidade para a face lingual Possui grande dimensão vestíbulo-lingual, cerca de 1mm a menos do que o Incisivo Central Superior Decíduo FACE MESIAL INCISIVO CENTRAL INFERIOR 71 e 81 Imagem espelhada da face mesial Existem poucas diferenças, exceto que a linha cervical da coroa está menos curva Frequentemente se observa uma depressão de desenvolvimento nesse lado da raiz FACE DISTAL INCISIVO CENTRAL INFERIOR 71 e 81 Reta e delgada, divide a coroa em face vestibular e lingual, que são aproximadamente iguais Cristas do contorno do terço cervical possuem mais destaque A partir da face lingual é possível observar um estreitamento em direção ao cíngulo Os ângulos são quase retos BORDA INCISAL INCISIVO CENTRAL INFERIOR 71 e 81 Raiz única, sendo quase duas vezes mais comprida do que a coroa Observando pela face mesial, a raiz é plana e achatada, se estreitando até o ápice que é mais arredondado do que pela face vestibular ou lingual Seu terço apical está desviado para o lado vestibular A cavidade pulpar segue o contorno geral do dente, sendo mais larga na altura do cíngulo, possui apenas 1 canal radicular e 2 cornos pulpares (um mesial e o outro distal) INCISIVO LATERAL INFERIOR INCISIVO LATERAL INFERIOR É o segundo dente do arco inferior e mais volumoso que seu antecessor 72 e 82 INCISIVO LATERAL INFERIOR 72 e 82 Coroa Semelhante ao incisivo central, porém com dimensões maiores Raiz Conóide achatada no sentido mésio-distal e desvia para o lado distal Única em 100% dos casos INCISIVO LATERAL INFERIOR 72 e 82 Primeira evidência de calcificação 14 semanas Coroa completa 4 meses Erupção 7 meses Raiz completa 1 ano e 6 meses Comprimento total 15 mm Comprimento da coroa 5 mm Comprimento da raiz 9 mm Diâmetro mesiodistal da coroa 4 mm Diâmetro mesiodistal do colo da coroa 3 mm Diâmetro vestibulolingual da coroa 4 mm Diâmetro vestibulolingual do colo da coroa 3.5 mm INCISIVO LATERAL INFERIOR 72 e 82 As características fundamentais são similares as que estão presentes no incisivo central inferior Tem dimensões um pouco maiores que os centrais exceto no sentido vestibulolingual A borda incisal tende a se inclinar para distal, para produzir um contato adequado com a face mesial do canino inferior decíduo INCISIVO LATERAL INFERIOR 72 e 82 O cíngulo é mais desenvolvido e ligeiramente desviado para o lado distal. A superfície lingual entre as cristas marginais pode ser mais côncava. A superfície distal é menor e mais convexa que a mesial. Apresenta um desvio para vestibular e para distal no terço apical. INCISIVO LATERAL INFERIOR 72 e 82 A cavidade pulpar segue o contorno do dente e o canal radicular é único e com formato oval, sem demarcação definida na transição da câmara e dos canais pulpares Vestibular Mesial Oclusal Seções CANINOS CANINO SUPERIOR CANINO SUPERIOR 53 e 63 Primeira evidência de calcificação – 17 semanas (15-18) Coroa completa – 9 meses Erupção – 19 meses (16-22) Raiz completa – 3 anos CANINO SUPERIOR 53 e 63 FACE VESTIBULAR CANINO SUPERIOR 53 e 63 Convexa em todos os sentidos, principalmente ao nível do terço cervical, onde existe uma bossa bem marcada que corresponde ao tubérculo de Zuckerkandl dos molares A coroa é mais comprimida no colo em relação à sua largura mesiodistal O contorno do ângulo distal é mais arredondado, que lado o mesial que é um tanto angulado Quando a cúspide está intacta, a inclinação mesial é mais evidente do que a distal FACE LINGUAL CANINO SUPERIOR 53 e 63 Convexa em todos os sentidos Apresenta cristas de esmalte evidentes e que se fundem, são o cíngulo, as cristas marginais mesial e distal Cíngulo bastante proeminente, porém menor que o canino permanente As bordas da cúspide incisal nas laterais do tubérculo na ponta da cúspide, que é uma continuação da crista lingual A crista lingual divide a face lingual em duas suaves fossas, uma mesial e outra distal CANINO SUPERIOR 53 e 63 FACES PROXIMAIS (MESIAL E DISTAL) Ambas as faces possuem forma de triângulo, sendo a base voltada para a cervical e o ápice para a oclusal Ambas as faces convergem para a raiz A base cervical corresponde à linha do colo anatômico e tem o aspecto de um V muito aberto, com a abertura voltada para a raiz As faces proximais dos caninos são mais curtas quando comparadas às faces proximais dos incisivos MESIAL DISTAL RAIZ CANINO SUPERIOR 53 E 63 Cônica, larga, afilada e ligeiramente aplainada nas suas superfícies mesial e distal Mais longa que as raízes dos incisivos superiores decíduos Apresenta mais que o dobro do comprimento da coroa Inclinada no sentido distal Comprimento: 12 mm Antes da reabsorção, é a mais longa de todas as raízes dos dentes decíduos Raiz completa: 3 anos ASPECTO INCISAL CANINO SUPERIOR 53 E 63 Pela vista incisal o dente possui formato de diamante Os ângulos das zonas de contato mesial e distal, o cíngulo da face lingual e o terço cervical ou crista de esmalte da face vestibular são mais proeminentes e menos arredondados que os dos caninos permanentes A ponta da cúspide é deslocada para distal da coroa e a inclinação da mesial é mais longa que a distal Graças a isso, é possível a sua intercuspidação com o canino inferior que possui a inclinação distal mais larga INCISAL CANINO INFERIOR CANINO INFERIOR 73 e 83 Primeira evidência de calcificação – 16 semanas Coroa completa – 9 meses Erupção – 21 meses Raiz completa – 3 anos CANINO INFERIOR 73 e 83 FACE VESTIBULAR CANINO INFERIOR 73 e 83 Possui aspecto mais delgado, quando comparado ao superior A linha cervical é côncava para a coroa No lado incisal, a vertente disto-incisal é mais longa, ao passo que no canino superior a vertente mésio-incisal é mais longa. A extremidade da cúspide pode ser bastante pontiaguda. FACE LINGUAL CANINO SUPERIOR 73 e 83 Coroa e raiz convergem acentuadamente em direção a lingual A cúspide distolingual é arredondada e possui um sulco de desenvolvimento entre ela e a cúspide lingual A crista marginal mesial está bem desenvolvida que poderia ate ser considerada como uma pequena cúspide lingual Na face lingual, o cíngulo, as cristas marginais e o lado cervical são menos evidentes A linha cervical é mais reta FACES PROXIMAIS (MESIAL E DISTAL) CANINO SUPERIOR 73 e 83 Ambas as faces proximais possuem formato triangular, sendo a base voltada para cervical e o ápice para oclusal O comprimento da base do triângulo é maior do que aquele apresentado pelo canino superior As faces proximais são convergentes para a cervical, e a face mesial menos inclinada e menos convexa que a face distal MESIAL DISTAL RAIZ CANINO SUPERIOR 73 e 83 Mais curta que a do canino superior Achatada no sentido mésio-distal Terço apical curvado para o lado vestibular Comprimento: 11 mm Não se desviapara distal Raiz completa – 3 anos CANINO SUPERIOR X INFERIOR Em linhas gerais, o canino inferior possui pouca diferença em relação ao canino superior; As diferenças existentes são, principalmente, relacionadas às dimensões. CANINO SUPERIOR X INFERIOR MOLARES PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR 54 e 64 Primeira evidência de calcificação - 15 semanas e meia (14,5 - 17) Coroa completa – 6 meses Erupção - 16 meses (13-19) Raiz completa – 2 anos e meio FACE VESTIBULAR PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR 54 e 64 As porções cervicais da coroa e da raiz se estreitam de uma forma mais marcada que primeiro molar permanente superior; Sua forma e tamanho sugerem que foi projetado para ser como um pré-molar da dentição decídua; A face vestibular é lisa, com os sulcos de desenvolvimento menos visíveis FACE VESTIBULAR PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR 54 e 64 A maior distância está entre as zonas de contato mesial e distal; A partir destes pontos, a coroa converge em direção ao colo, neste local o diâmetro é 2 mm menor que os da zona de contato FACE LINGUAL PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR O contorno geral da face lingual é semelhante ao da face vestibular; A cúspide mesiolingual é mais acentuada, maior e mais aguda; A cúspide distolingual é pouco definida, e quando existe é pequena e arredondada. 54 e 64 FACE MESIAL PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR Pela visão da face mesial, o diâmetro do terço cervical é maior que o do terço oclusal, condição que é característica da dentição decídua A cúspide mesiolingual é maior e mais aguda que a mesiovestibular 54 e 64 FACE MESIAL PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR A convexidade é uma característica de destaque nesse dente, causa uma impressão de hiperdesenvolvimento deste local se comparado com outros dentes decíduos ou permanentes, de forma parecida ao que acontece com o primeiro molar inferior, a linha cervical, vista pela face mesial apresenta uma leve curvatura em direção a face oclusal. 54 e 64 FACE DISTAL PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR A partir dessa face, a coroa se estreita acentuadamente; A cúspide distovestibular é larga e proeminente, e a cúspide distolingual é pouco desenvolvida; 54 e 64 FACE OCLUSAL PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR A coroa também converge para distal No entanto estas convergências não são totalmente visíveis na superfície oclusal funcional, que é quase retangular com os dois lados mais curtos do retângulo representados pelas cristas marginais 54 e 64 M.L FACE OCLUSAL PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR A face oclusal tem uma fossa lingual Por dentro da crista marginal mesial está localizada a fossa triangular mesial, com uma fóvea e um sulco, e além disso existe o sulco central que conecta as duas fossas Um sulco vestibular de desenvolvimento divide oclusalmente a cuspide mesiovestibular e a cúspide distovestibular 54 e 64 FACE OCLUSAL PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR Existem também sulcos secundários que a partir da fóvea da fossa triangular direcionam-se radialmente: um vestibular, um lingual e outro em direção a crista marginal, que as vezes se estende mesialmente A crista marginal distal é fina e pouco desenvolvida quando comparada com a crista marginal mesial 54 e 64 RAIZ PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR As raízes do primeiro molar superior são mais finas e largas e estão muito separadas; A raiz distal é mais curta do que a mesial; A bifurcação das raízes começa praticamente na linha cervical, a separação acomete as três raízes e na verdade pode ser entendida como uma trifurcação; 54 e 64 RAIZ PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR O ponto de bifurcação da raiz distovestibular e da raiz lingual fica próximo da junção amelocementária; 54 e 64 SEGUNDO MOLAR SUPERIOR SEGUNDO MOLAR SUPERIOR 55 e 65 Primeira evidência de calcificação – 19 semanas (16-23) Coroa completa – 11 meses Erupção - 29 meses (25-33) Raiz completa – 3 anos SEGUNDO MOLAR SUPERIOR 55 e 65 FACE VESTIBULAR SEGUNDO MOLAR SUPERIOR 55 e 65 Tem características semelhantes ao primeiro molar permanente, só que é um dente menor; Nesta face se observam duas cúspides bem definidas, com um sulco de desenvolvimento vestibular entre elas; Ocorre o mesmo que em outros molares temporários: a coroa é mais estreita no colo do que nas áreas de contato mésio-distal. Vestibular FACE VESTIBULAR SEGUNDO MOLAR SUPERIOR 55 e 65 Sua coroa é muito maior que a do primeiro molar decíduo; As duas cúspides vestibulares são mais parecidas entre si, em tamanho e em desenvolvimento, que as do primeiro molar superior. Vestibular FACE LINGUAL SEGUNDO MOLAR SUPERIOR Nessa face as três cúspides seguintes são vistas: Mesiolingual, grande e bem desenvolvida; Distolingual, bem desenvolvida, inclusive muito mais do que a do primeiro molar decíduo; Uma “cúspide” acessória, apical à cúspide mesio-lingual, também chamada de tubérculo de Carabelli ou de quinta cúspide. 55 e 65 Lingual FACE LINGUAL SEGUNDO MOLAR SUPERIOR A quinta cúspide se encontra pouco desenvolvida e atua somente como um reforço para a cúspide mésio-lingual; Embora a tendência do tubérculo de Carabelli seja desaparecer, sempre restam alguns resquícios das linhas de desenvolvimento. 55 e 65 Lingual FACE MESIAL SEGUNDO MOLAR SUPERIOR A coroa tem o contorno típico de um molar e se assemelha muito a dos molares permanentes; Sua coroa parece curta, devido a sua largura vestíbulo-lingual em comparação com a altura; A cúspide mésio-lingual com o tubérculo de Carabelli, sobressaem ao serem comparados com a cúspide mésio-vestibular. 55 e 65 Mesial FACE DISTAL SEGUNDO MOLAR SUPERIOR A partir dessa face o diâmetro distal da coroa é claramente menor do que o mesial; A partir da face mesial e distal o perfil lingual da coroa é liso e arredondado, enquanto a face vestibular é uma linha quase reta que vai da crista da curvatura até a ponta da cúspide vestibular; A cúspide disto-vestibular e a disto-lingual têm aproximadamente o mesmo comprimento; A linha cervical, assim como na face mesial, é quase reta. 55 e 65 Distal FACE OCLUSAL SEGUNDO MOLAR SUPERIOR Parece com a do primeiro molar permanente, é ligeiramente romboidal e possui 4 cúspides bem desenvolvidas e uma acessória: mesio-vestibular; disto-vestibular; mesio-lingual; disto-lingual; quinta cúspide (tubérculo de Carabelli). Os sulcos de desenvolvimento, fossas, cristas oblíquas e os demais são quase idênticos ao primeiro molar permanente, parecem feitos utilizando o mesmo molde. 55 e 65 M.V M.L D.V D.L T.C FACE OCLUSAL SEGUNDO MOLAR SUPERIOR A superfície oclusal tem uma fossa central com uma fóvea central, uma fossa triangular mesial bem definida, pela distal da borda marginal mesial, com uma pequena fossa mesial em seu centro; No fundo do sulco há um sulco de desenvolvimento chamado de sulco central que conecta à fossa triangular mesial com a fossa central; O sulco de desenvolvimento vestibular se estende desde a fóvea central e separa as cristas triangulares. 55 e 65 FACE OCLUSAL SEGUNDO MOLAR SUPERIOR Em algumas ocasiões aparecem sulcos secundários que irradiam desses sulcos de desenvolvimento. A crista oblíqua é proeminente e conecta a cúspide mésio-lingual com a cúspide disto-vestibular. 55 e 65 Oclusal FACE OCLUSAL SEGUNDO MOLAR SUPERIOR Pela distal da crista oblíqua se encontra a fossa distal, que abriga o sulco de desenvolvimento distal; O sulco distal possui divisões de sulcos secundários dentro da fossa triangular distal; As cristas marginais não estão tão desenvolvidas quanto nos primeiros molares superiores. 55 e 65 Oclusal RAIZ SEGUNDO MOLAR SUPERIOR A partir da face Vestibular as raízes parecem finas, mas são muito mais longas e grossas que as do primeiro molar superior; O ponto de bifurcação das raízes vestibulares está próximo a linha cervical da coroa. O ponto de bifurcação entre a raiz vestíbulo-mesial e a raiz lingual é diferente da percebida nos primeiros molares. 55 e 65 RAIZ SEGUNDO MOLAR SUPERIORA partir da face lingual são visíveis todas as raízes, a lingual é grande e grossa se comparada com as outras duas, e tem aproximadamente o mesmo comprimento que a raiz mésio-vestibular, às vezes um pouco mais curta; Do ponto de vista mesial a raiz mésio-vestibular se estende lingualmente além do contorno da coroa. 55 e 65 RAIZ SEGUNDO MOLAR SUPERIOR A raiz mésio-vestibular tem um aspecto largo quando vista pela mesial; A partir dessa perspectiva de visão a curvatura em direção a lingual é muito acentuada na parte cervical. 55 e 65 RAIZ SEGUNDO MOLAR SUPERIOR A partir da projeção pela distal é possível ver as três raízes, embora a mesio-vestibular fique escondida pela disto-vestibular, somente é possível ver uma parte de seu contorno; A raiz disto-vestibular é mais curta e mais estreita que as outras; O ponto de bifurcação entre as raízes disto-vestibular e lingual se encontra mais apicalmente que os outros pontos de bifurcação das raízes mésio-vestibular e lingual na face. 55 e 65 PRIMEIRO MOLAR INFERIOR PRIMEIRO MOLAR INFERIOR 74 e 84 Primeira evidência de calcificação - 16 semanas Coroa completa - 5 meses Erupção - 17 meses Raiz completa - 2 anos FACE VESTIBULAR PRIMEIRO MOLAR INFERIOR 74 e 84 Sua aparência é estranha e primitiva; Tem um perfil reto; Possui uma moderada constrição no colo; A porção mesial apresenta uma dimensão maior que a distal no nível da coroa; Vestibular FACE VESTIBULAR PRIMEIRO MOLAR INFERIOR 74 e 84 Apresenta duas cúspides vestibulares bem marcadas; A cúspide mesial é maior do que a distal; Sua arquitetura sugere que em algum momento do passado os dentes fossem fundidos. Vestibular FACE LINGUAL PRIMEIRO MOLAR INFERIOR A cúspide distolingual é arredondada e possui um sulco de desenvolvimento entre ela e a cúspide lingual; A crista marginal mesial está tão bem desenvolvida que poderia até ser considerada como outra pequena cúspide lingual; A linha cervical é mais reta; Coroa e raiz convergem acentuadamente em direção a lingual. 74 e 84 Lingual FACE MESIAL PRIMEIRO MOLAR INFERIOR Grande curvatura em direção ao vestíbulo no 1/3 cervical; Com exceção do aspecto citado acima a partir da visão mesial ele é similar ao segundo molar e aos molares inferiores permanentes; A partir da visão da face mesial é possível observar as cúspides mesiovestibular, mesiolingual e uma crista marginal mesial bem desenvolvida; Normalmente apresenta uma depressão de desenvolvimento. 74 e 84 Mesial FACE DISTAL PRIMEIRO MOLAR INFERIOR O comprimento vestibular e lingual da coroa é mais uniforme do que na mesial; As cúspides distais não são tão grandes e tão agudas; A crista marginal é menos definida. 74 e 84 Distal FACE OCLUSAL PRIMEIRO MOLAR INFERIOR O seu contorno geral é romboidal; Destaque para a proeminência mesiovestibular; A cúspide mesiolingual é maior e a mais desenvolvida de todas; O sulco de desenvolvimento vestibular curto da face oclusal divide proporcionalmente as duas cúspides vestibulares; 74 e 84 Oclusal FACE OCLUSAL PRIMEIRO MOLAR INFERIOR O sulco central termina em uma pequena fossa mesial situada na fossa triangular mesial, distal a crista marginal mesial; É possível observar sulcos secundários que se estendem vestibular e lingualmente; A cúspide mesiovestibular apresenta na superfície oclusal uma crista triangular bem definida, que acaba no centro da face oclusal no nível do sulco central; O sulco lingual separa as duas cúspides linguais. 74 e 84 RAIZ PRIMEIRO MOLAR INFERIOR As raízes são longas e finas, mesial e distal alargando no terço apical; A raiz mesial é um terço mais larga do que a distal; 74 e 84 RAIZ PRIMEIRO MOLAR INFERIOR 74 e 84 Na face mesial, o fim da raiz é plano e quase quadrado; A raiz distal é mais arredondada e mais curta, se afina mais apicalmente. SEGUNDO MOLAR INFERIOR SEGUNDO MOLAR INFERIOR 75 e 85 Primeira evidência de calcificação - 18 semanas Coroa completa – 10 meses Erupção - 28 meses Raiz completa – 3 anos FACE VESTIBULAR SEGUNDO MOLAR INFERIOR 75 e 85 Apresenta características semelhantes ao primeiro molar inferior permanente com dimensões diferentes Apresenta uma dimensão mesiodistal mais estreita na parte cervical do que nas áreas de contato da coroa, enquanto o permanente é mais larga na parte cervical FACE VESTIBULAR SEGUNDO MOLAR INFERIOR 75 e 85 É possível observar os sulcos de desenvolvimento mesiovestibular e distovestibular que dividem a coroa em três porções de cúspide de um mesmo tamanho O arranjo vestibular se torna reto com três cúspides: Mesiovestibular Vestibular Distovestibular Difere do primeiro molar permanente pelo fato de que este possui uma distribuição vestibular irregular com duas cúspides vestibulares e uma distal FACE LINGUAL SEGUNDO MOLAR INFERIOR A partir da visão dessa face é possível observar duas cúspides de dimensões quase idênticas, embora não tenham a mesma largura que as três vestibulares e entre elas há um breve sulco lingual A linha cervical é reta Aparenta estar inclinada distalmente É possível observar parcialmente as 3 cúspides vestibulares 75 e 85 FACE MESIAL SEGUNDO MOLAR INFERIOR A partir dessa posição o perfil da coroa se parece ao do primeiro molar permanente, com uma crista vestibular mais proeminente Está mais restrito oclusalmente devido ao fato de a superfície vestibular ser mais achatada acima da borda cervical 75 e 85 FACE MESIAL SEGUNDO MOLAR INFERIOR A crista marginal é alta o que faz com que a cúspide mesiovestibular e mesiolingual pareçam mais curtas A cúspide lingual é mais alta que a vestibular 75 e 85 FACE DISTAL SEGUNDO MOLAR INFERIOR A coroa é mais larga mesial do que distalmente, por isso é possível ver as cúspides mesiovestibular e distovestibular A cúspide distolingual é bem desenvolvida A crista marginal distal desce de forma mais acentuada e mais curta do que a mesial A linha cervical da coroa é regular 75 e 85 FACE OCLUSAL SEGUNDO MOLAR INFERIOR É ligeiramente retangular. As três cúspides vestibulares são de tamanho parecido, igualmente as linguais, embora a largura total seja menor do que as vestibulares. Desde as pontas dessas cúspides se estende uma crista triangular, termina no sulco central. 75 e 85 M.V V.M D.L M.L D.V FACE OCLUSAL SEGUNDO MOLAR INFERIOR As fossas mesial e distal se diferem, sendo a distal menos definida. É possível visualizar os respectivos sulcos linguais e vestibulares. Observam-se sulcos secundários A crista marginal mesial se destaca mais do que a distal 75 e 85 FACE OCLUSAL SEGUNDO MOLAR INFERIOR Se difere do primeiro molar inferior permanente pelos seguintes aspectos: O molar temporário tem a cúspide mesio-vestibular, disto-vestibular e vestibular mediana do mesmo tamanho; A cúspide disto-vestibular do molar permanente é menor do que as outras duas; Devido ao menor tamanho das cúspides vestibulares a coroa dos temporário, é mais estreita no sentido vestíbulo-lingual do que no mesio-distal diferente dos permanentes; 75 e 85 M.V V.M D.L M.L D.V RAIZ SEGUNDO MOLAR INFERIOR As raízes desse dente podem alcançar o dobro de comprimento da coroa. O ponto de bifurcação das raízes começa na junção amelocementaria. Na face lingual destaca o comprimento das raízes. A raiz mesial é extremamente larga e plana, com o ápice contundente as vezes em forma de serra. A raiz distal é quase tão larga como a mesial estreitando um pouco mais no terço apical. 75 e 85 Vestibular Lingual Mesial Distal CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS •A higiene oral deve começar antes mesmo do primeiro dente irromper na cavidade bucal. •A primeira consulta odontológica deve ocorrer logo após a primeira erupção dentária. •É indispensável o cuidado com os dentes para manter a saúde bucal. Saúde bucal do bebê. Fonte: http://www.drfabianochaves.com.br/cuide-da-saude-bucal-do-seu-bebe/aude-bucal-bebe/. CONSIDERAÇÕESCLÍNICAS • A falta de supervisão na higiene oral infantil, junto da ingestão de alimentos cariogênicos são fatores etiológicos. • A falta de tratamento ou a extração desses dentes pode resultar em problemas orais mais graves e na dentição sucedente. Paciente infantil com presença de cáries agudas (Cárie precoce da infância). Fonte: Bath-Balogh e Fehrenbach, 2012. CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS • O risco de complicações endodônticas é maior em relação à dentição permanente pelo fato do esmalte e da dentina serem mais delgados. • A câmara pulpar e os cornos pulpares são maiores, facilitando suas exposições no preparo cavitário. Diferenças entre câmaras pulpares e cornos pulpares dos dentes decíduos e permanentes. Fonte: Bath-Balogh e Fehrenbach, 2012. CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS • No período de dentição mista é necessário ter maior cuidado, pois o primeiro molar inferior permanente pode ser confundido com o segundo molar inferior decíduo. CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS • Se os dentes permanentes estão ausentes (anodontia), o que pode ocorrer com os segundos pré-molares, a extração do dente decíduo (primeiro molar) deve ser evitada, sendo preferível conservá-lo, o que pode determinar vários anos de uso. CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS Má oclusão Respiração oral Dependência psicológica Retirar até os 2 anos se fizer uso Dica: furar a chupeta para que a criança perca o interesse Uso de chupetas: consequências ‘’Os dentes mudam o sorriso, o sorriso muda a face. A face muda a expressão, a expressão muda a vida!’’ AGRADECEMOS A TODOS Referências BATH-BALOGH, Mary; FEHRENBACH, Margaret J.. Anatomia, histologia e embriologia dos dentes e das estruturas orofaciais. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 334 p. TEIXEIRA, Lucilia Maria de Souza et al. Anatomia aplicada à Odontologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 433 p. https://pt.slideshare.net/paulopk/denticin-decidua-o-temporal/82 MADEIRA, Miguel C. & CRUZ RIZZOLO, Roelf. Anatomia do dente. 8. ed. São Paulo: Sarvier, 2016.
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