Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Guia de estudo da anatomia dos dentes permanentes 4 - INCISIVOS Encontram-se na região anterior do arco dental e realizam preensão dos alimentos a fim de cortá-los, bem como ajudam a articular o som. Dividem-se em tipos de dentes diferentes: Incisivo central superior e inferior; incisivo lateral superior e inferior. 4.1 - Incisivos Centrais Superior (11 ou 21): Comprimento total: 18 a 30mm; comprimento da coroa: 8,6 a 14,6mm; comprimento da raiz: 7,7 a 17,7mm. É o maior dos incisivos. Apresenta um arredondamento no ângulo disto-incisal. Tem coroa trapezoidal e um cíngulo formado pelos rebordos proximais. Não são comuns sulcos, fossetas ou forames cegos. Possui uma única raiz sendo esta muito cônica. Inferior (41 ou 31): Comprimento total: 16,9 a 26,7mm; comprimento da coroa: 6,3 a 11,6mm; comprimento da raiz: 8,7 a 17,9mm. É o menor dente da arcada e o mais simétrico. As bordas mesial e distal não são arredondadas ou são muito pouco. Tem coroa trapezoidal porém com todas as dimensões menores quando comparadas com o central superior. O cíngulo e as cristas marginais são de difícil visão. Possui uma raiz reta e achatada com canais radiculares, geralmente. Análise comparativa entre os incisivos centrais superiores e inferiores Acidentes anat. Incisivo central superior Incisivo central inferior Coroa Forma de pentaedro irregular Forma de pentaedro bastante achatado no sentido mésio-distal, lembrando um cinzel Borda incisal Pode apresentar três saliências arredondadas (mamelões ou flor-de-liz), separadas por dois pequenos sulcos, que se desgastam em forma de bisel à custa da face lingual. O ângulo mésio-incisal é de quase 90º; o ângulo disto-incisal é mais arredondado, formando um ângulo obtuso. Ligeiramente arqueada no sentido mésio-distal com concavidade voltada para a lingual. Apresenta três mamelões quando recém-erupcionado, rapidamente desgastados pela mastigação tornando a borda retilínea à custa da face vestibular Face vestibular Forma trapezoidal, com eixo vertical ligeiramente maior que o transversal Forma trapezoidal. Convexa em todos os sentidos, quase plana nos terços médio e incisal, com sulcos tênues Face lingual Côncavo-convexa. Apresenta formato trapezoidal, mas pode se tornar triangular devido a exagerada convergência das faces de contato. Possui cíngulo, cujos prolongamentos formam as cristas marginais mesial e distal, separados por sulcos transversais. O conjunto cíngulo-cristas marginais delimita a fossa central, que pode apresentar forame cego. Saliências linguais dos lóbulos vestibulares chamadas de linguetas podem ser encontradas no assoalho da fossa central Nitidamente triangular. Côncava nos terços incisal e médio, convexa no terço cervical. Cíngulo tênue e cristas marginais quase ausentes, com fossa central quase imperceptível. Inexistência definitiva de forame cego Faces proximais Ambas possuem forma de triângulo com ângulos agudos e diâmetro transversal menor que o da face vestibular Forma de triangulo com ápice para a incisal e base para a cervical, com a mesma altura Cúspides Ausentes Ausentes Colo Forma de trapézio com base maior voltada para a vestibular. Linha cervical com concavidade suave nas faces vestibular e lingual, voltada para a coroa, e mais aguda nas faces proximais, voltada para a raiz Forma ovóide, muito achatada no sentido mésio-distal. Linha cervical nas faces vestibular e lingual com concavidade voltada para a coroa; nas faces proximais, concavidade mais aberta, voltada para a raiz Raiz Unirradicular. Geralmente reta, formato cônico-piramidal. Inclinação distal Unirradicular. Retilínea, formato oval com intenso achatamento mésio-distal e sulcos longitudinais evidentes. A inclinação, caso apresente, será muito suave e sem sentido definido 4.2 - Incisivos Laterais Superior (12 ou 22): Comprimento total: 17,7 a 28,7mm; comprimento da coroa: 7,4 a 11,9mm; comprimento da raiz: 10,0 a 19,3mm. É menor em todas a dimensões que o incisivo central superior. Aparenta ter raiz e coroa mais comprida pois o diâmetro mésio-distal é menor. Os ângulos mésio e disto-incisal são mais arredondados, principalmente o distal, tornando-o mais inclinado neste sentido. Cíngulo alto e estreito, cristas marginais salientes e forame cego presente. Única raiz proporcionalmente maior que a do central. Inferior (42 ou 32): Comprimento total: 18,8 a 26,6mm; comprimento da coroa: 7,3 a 12,6mm; comprimento da raiz: 9,4 a 18,1mm. É ligeiramente maior que o incisivo central inferior. Apresentam bordas mesial e distal mais inclinadas. O ângulo disto-incisal fica em posição mais lingual que o mesio-incisal. Raiz única e inclinada para a distal. Análise comparativa entre os incisivos laterais superiores e inferiores Acidentes anat. Incisivo lateral superior Incisivo lateral inferior Coroa Forma de trapézio escaleno. Apresenta características quase idênticas ao central superior, porém menor em todas as dimensões e mais estreito no sentido mésio-distal, resultando numa coroa mais delgada e estreita Forma de pentaedro achatado no sentido mésio-distal, semelhante a um cinzel Borda incisal Pode apresentar mamelões o desgaste da mastigação forma um bisel em decorrência da face lingual Inclinada (mais comprida) de mesial para distal. Ângulo mésio-incisal quase reto e bem definido e ângulo disto-incisal mais arredondado e lingualizado Face vestibular Mais convexa do que o incisivo central superior. Pode apresentar ligeira curvatura insinuada pela presença de duas vertentes, observada no canino, interpretada como uma forma de transição em relação aos dois dentes vizinhos Formato triangular. Faces proximais mais convergentes para a cervical Face lingual Forma triangular. Pode apresentar um sulco em forma de M devido a união de um possível esporão com as cristas marginais. Às vezes, o quarto lóbulo aparece com uma fissura que termina num forame cego de direção vertical. O maior tamanho do quarto lóbulo, em comparação ao central superior, faz com que a depressão da fossa central seja mais profunda. Pode-se encontrar linguetas próximas ao cíngulo Forma triangular. Cíngulo tênue, ligeiramente deslocado para a distal em relação à borda incisal. Cristas marginais e fossa cental quase ausentes, linguetas ausentes Faces proximais Formato triangular, com a base do triangulo mais estreita Face mesial mais plana e mais comprida do que a face distal, convexa para a distal Cúspides Ausentes (A leve insinuação na margem incisal não conta como cúspide) Ausentes Colo Forma oval. Linha cervical com concavidade suave nas faces vestibular e lingual, voltada para a coroa, e mais aguda nas faces proximais, voltada para a raiz Forma ovóide, muito achatada no sentido mésio-distal. Linha cervical nas faces vestibular e lingual com concavidade voltada para a coroa; nas faces proximais, concavidade mais aberta, voltada para a raiz Raiz Unirradicular, formato cônico-piramidal, delgada e achatada no sentido mésio-distal, com comprimento de quase o dobro da coroa. Possui inclinação mais acentuada para a lingual e seu ápice geralmente se encontra angulado para a distal Unirradicular, retilínea, com curvatura distal. Formato oval, com achatamento mésio-distal acentuado e sulcos longitudinais muito evidentes. Inclinação para distal 5 - CANINOS Estão localizados na hemi-arcada anterior, sendo representados na numeração padrão como 13 e 23, os superiores e 33 e 43 os inferiores. Apresenta como aspectos morfológicos uma raiz alongada, o que determina sua descrição como dente mais longilíneo da arcada dentária. O formato em lança da coroa fornece a força e robustez necessárias para que tal realize as funções de perfuração e dilaceração dos alimentos. Apresenta o cíngulo bem evidente o que dá a aparência de uma cúspide. Superior (13, 23) é o primeiro dente que se implanta no osso mandibular propriamente dito. Devido essa implantação no processo alveolar do maxilar superior determina na face vestibular do osso, a formação de umasaliência denominada túber canino ou bossa. Inferior (33, 43) o terceiro dente do arco inferior, de volume menor que o superior, apresenta uma silhueta mais esguia devido à desarmonia entre as medidas da coroa. O eixo da raiz é vertical, porém inclinado de baixo para cima no sentido lingual, formando um ângulo de mais ou menos três graus com a vertical. Análise comparativa entre caninos Caract. Anat. Canino Superior Canino Inferior Coroa Distância mésio-distal acentuada fazendo com que esse dente seja mais alargado. Distância mésio-distal menos características que dá a este dente uma aparência mais alongada no sentido cervico-oclusal. Sucos de desenvolv. Mais nítidos. Menos visíveis. Convexidade da face vestibular Mais acentuada cervico-incisalmente. Mais acentuado mésio-distalmente. Inclinação da face vestibular Essa face apresenta-se mais vertical Essa face apresenta-se mais inclinada para a lingual. Face lingual Modelado mais nítido com cíngulo proeminente. Modelado mais discreto com cíngulo menos marcado. Borda incisal Desgaste na face lingual de bisel no sentido linguo-vestibular. Desgaste na face vestibular com bisel dirigido no sentido vestíbulo-lingual; Colo Curvas de raios maiores com ângulos mais abertos. Curvas de raios menores com ângulos de abertura menores. Raiz Cônica e alongada, com sucos proximais discretos. Quase sempre o terço apical é voltada para mesial. Terço apical sempre voltado para distal. Menor no sentido cervico-oclusal e achatada no sentido mésio-distal; Apresenta-se profundamente sulcada; Bifidez mais frequente. Quase sempre o terço apical é voltada para mesial. Faces de contato Face mesial da coroa e face mesial da raiz formam um ângulo inferior. Face mesial da coroa forma uma reta com a face mesial da raiz. 6 – PRIMEIROS PRÉ-MOLARES Estão localizados na hemi-arcada posterior, sendo representados na numeração padrão como 14 e 24, os superiores e 34 e 44 os inferiores. Tais dentes sucessores dos molares decíduos apresentam uma relação com a região da bochecha, o que permitem serem denominados dentes jugais. São considerados dentes de transição, por estarem intermediariamente postos entre os caninos e molares. Superior (14, 24) É o mais volumoso dos dentes pré-molares. Apresenta raiz inclinada para o lado palatino em cerca de 18º graus. Inferior (34, 44) Apresenta-se como um dente de passagem, dos unicuspidados para os bicuspidados, é o menor dente do grupo dos pré-molares, bem como o menor dente da série pré-molar inferior. Analise comparativo entre o 1º pré-molar superior e 1º pré-molar inferior Características Anat. 1° Pré-molar superior 1° Pré-molar inferior Coroa Coroa mais achatada no sentido mésio-distal e irregularmente cuboidal ou cilindroide. Possui o formato caniniforme, inclinada para o lado lingual. Convexidade da face vestibular Convexa no sentido mésio-distal. Convexidade proporcional em todos os sentidos. Inclinação da face vestibular Apresenta-se quase paralela em relação a face lingual. Apresenta acentuada inclinação para lingual. Bossa lingual Localizada no terço cervical. Localizada no terço médio. Cristas marginais Apresenta crista mesial maior que a distal; Possui a crista mesial frequentemente interrompida por um prolongamento do sulco principal. Apresenta crista distal maior que a mesial. Formato da face oclusal Formato pentagonal. Formato ovoide. Sulco principal Apresenta formato retilíneo sendo longo e mais demarcado; Encontra-se levemente deslocado para lingual. Apresenta formato curvilíneo e é acentuadamente mais próximo da cúspide lingual; Frequentemente é interrompida por uma ponte de esmalte. Cúspides Discretamente desproporcionais quanto ao volume e a altura. Cúspide vestibular é bem mais volumosa e mais alta que a lingual. Colo Dimensão maior no eixo de curvatura. (Imagem 25) Dimensão menor no eixo de curvatura Raiz São geralmente duas; Frequentemente são cônicas com inclinação distal sendo uma vestibular maior e outra lingual menor. Geralmente única; Achatada no sentido mésio-distal; Apresenta uma grande ocorrência de sulco ou fenda mesial. Analise comparativo entre o 1º pré-molar superior e 2º pré-molar superior Características Anat 1° Pré-molar superior 2° Pré-molar superior Coroa Apresenta-se achatada no sentido mesio-distal e tem o aspecto cuboide ou mesmo cilindroide. Similar à do primeiro, porém menor em todos os elementos Cristas marginais Maiores, porém mais estreitas Menores, porém mais espessas Contorno da face oclusal Pentagonal, metade vestibular nitidamente maior que a lingual; faces de contato convergem fortemente para lingual. Ovoide, metade vestibular ligeiramente maior e, portanto, não existe convergência lingual acentuada das faces de contato (são quase paralelas). Sulco principal Longo e bem marcados, levemente deslocado para a lingual. Mais curto e menos profundo; localiza-se centralmente. Sulcos secundários Raros e quando presentes, dificilmente invadem as faces vizinhas. Vários; frequentemente invadem as faces vizinhas. Cúspides Vestibular mais volumosa e mais alta que a lingual. Vestibular e lingual quase do mesmo volume e da mesma altura. Raiz Duas (geralmente) mais volumosa. Uma (geralmente) menos volumosa, e quando dupla se apresentam fusionadas. 7 - SEGUNDOS PRÉ-MOLARES Localizam-se na parte posterior das hemi-arcadas superior e inferior, sendo representados na numeração padrão como 15 ou 25 para os superiores e 35 ou 45 para os inferiores. São denominados “dentes jugais” por se relacionarem com a região da bochecha. Esses dentes não estão presentes na dentição decídua (assim como o primeiro pré-molar), apenas na permanente entre o canino e o primeiro molar: são considerados dentes de transição por exibir características de ambos caninos e molares. INFERIOR (35 OU 45) Possui uma coroa volumosa (mais volumosa que a do primeiro pré-molar inferior) com uma cúspide lingual maior. A morfologia de sua face oclusal se apresenta de maneira muito variada, podendo ser bicuspidada ou tricuspidada. Sua raiz é cônica e desviada distalmente. SUPERIOR (15 OU 25) Coroa é menor que a do primeiro pré-molar superior e seus elementos descritivos são menos pronunciados, o que o torna um dente mais simétrico. Seu contorno é oval ou circular em função dos ângulos arredondados e sua raíz, geralmente unitária, é achatada mésio-distalmente e seu terço apical está desviado distalmente na maioria das vezes. Analise comparativo entre o 1ºpré molar inferior e o 2º pré molar inferior (34,35 ou 44,45) Acidentes anat Primeiro pré-molar inferior Segundo Pré-molar inferior Coroa Menos volumosa e menor cérvico-oclusalmente Mais volumosa e maior na direção cérvico-oclusal Contorno e inclinação da face oclusal Ovoide ou cilindroide; Mais inclinado para lingual Circular, às vezes pentagonal; Menos inclinado para lingual Forma e posição do sulco principal Curvilíneo mais próximo da lingual, quase sempre interrompido por ponte de esmalte, formando as fossetas mesial e distal Quase sempre curvilíneo mais próximo do centro; Raramente interrompido por ponte de esmalte, logo, fossetas mesial e distal menos frequentes Sulcos secundários Raramente invadem a face lingual Frequentemente invadem a face lingual Número de cúspides Duas cúspides (74%) Três cúspides (63%) Cúspide lingual Diminuta e centralizada Mais desenvolvida, podendo dividir-se em duas, sendo a disto-lingual menor que a mésio-lingual; O vértice é deslocado para mesial Cúspide vestibular Mais pronunciada Menos pronunciada Face vestibular Lembra a do canino, porém é mais baixa e bilateralmente simétrica; Lisa, convexa e inclinada para lingual Semelhante a do seu vizinho mesial; Suas arestas longitudinais mais horizontalizadas; Inclina-se para lingual principalmente nos terços médio e oclusal; Face lingual Devido à inclinação lingual da coroa, visualiza-se toda a face oclusal; A face lingualé invadida por um sulco ocluso-lingual que parte da fosseta mesial Somente parte da face oclusal pode ser vista por essa face; Cristas marginais A mesial é mais baixa que a distal, ambas são muito inclinadas A mesial é mais alta que a distal, ambas quase horizontais Posição do ápice da cúspide vestibular Coincidente com o eixo longitudinal do dente Deslocado vestibularmente em relação ao longo eixo Dimensão vestíbulo lingual e contorno das faces de contato Mais estreita de contorno trapezoidal tendendo a triangular, devido à grande convergência das bordas vestibular e lingual para oclusal Mais larga; de contorno quadrilátero tendendo ao trapezoidal devido à pequena convergência das bordas vestibular e lingual para oclusal Raiz Achatada mésio-distalmente com grande ocorrência de sulco longitudinal na mesial Tende ao formato cônico, ocorrência rara de sulco longitudinal Analise comparativa entre os pré-molares superiores (14,15 ou 24,25) e inferiores (34,35 ou 44,45) Acidentes anat Pré-molares superiores Pré-molares inferiores Coroa Volume maior, com predomínio da distância vestíbulo-lingual Volume menor com predomínio da distancia mésio-distal Face vestibular Quase vertical Bastante inclinada para o lado lingual Face lingual Bem desenvolvida Pouco desenvolvida principalmente no primeiro Face oclusa Formato trapezoidal Formato oval ou quadrado Sulco principal Situado quase no centro do dente e retilíneo Muito próximo da borda lingual, curvilíneo e, às vezes, interrompido Cúspide Sempre bicuspidados Unicuspidados (geralmente o primeiro) Bicuspidados ou tricuspidados (geralmente o segundo) Raízes Cônicas, simples ou bífidas Achatadas mésio-distalmente, sulcadas e raramente bífidas 8 – MOLARES Superiores (16, 17, 18; 26, 27, 28) e inferiores (36, 37, 38; 46, 47, 48) Também chamados de dente do queixal, são multicuspidados; são em número de 12 dentes, divididos em grupos de três dentes para cada hemiarcada. O volume dos molares diminui gradativamente no sentido mésio-distal, constituindo uma série decrescente, assim, o primeiro molar é o mais volumoso. Localizados em zonas de pressão máximas, os molares possuem um rendimento mastigatório maior que em qualquer dente, isso explica sua robustez e sólida implantação nos alvéolosAnálise comparativa geral entre Molares superiores (16, 17, 18, 26, 27,28) e Inferiores (36, 37, 38, 46, 47, 48) Caract. Anat Molares superiores Molares inferiores Coroa Alargada no sentido vestíbulo-lingual Alargada no sentido mésio-distal Face oclusal Formato trapezoidalou paralelogramo Formato de retângulo Ponte de esmalte Presente Ausente Cúspide Se equivalem quanto à altura linguais mais altas que as vestibulares Altura equivalente entre linguais e vestibulares Número de cúspides 3 ou 4 4 ou 5 Raízes Três Duas fusionadas Face vestibular Verticalizada Muito inclinada para o lado lingual Sulco principal Linha quebrada Tende ao aspecto crucial 9 - PRIMEIROS MOLARES Localizam-se na parte posterior das hemi-arcadas superior e inferior, sendo representados na numeração padrão como 16 ou 26 para os superiores e 36 ou 46 para os inferiores. Também considerados dentes jugais pela sua localização e relação com a região da bochecha. Os molares têm, ao menos, duas raízes, quatro cúspides e são maiores que os pré-molares. Os molares decíduos cedem lugar aos pré-molares. Superior (16 ou 26) É o maior dente da arcada superior. Observa-se uma coroa mais larga vestíbulo-lingualmente do que mesio-distalmente e relativamente curta, com quatro cúspides bem desenvolvidas. Na metade mesial da face palatina percebe-se o tubérculo de Carabelli, que pode se desenvolver ao tamanho de uma cúspide verdadeira, conferindo um aspecto pentacúspidado. Possui três raízes bem desenvolvidas e separadas cuja localização oferece ao dente uma máxima ancoragem contra forças externas. A raiz lingual denota inclinação lingual e não se desvia para a distal. Já as raízes vestibulares, mais ou menos paralelas entre si, denotam o terço apical curvado, um em direção ao outro (aspecto de chifres de touro). Podem se desviar um pouco para a distal. Inferior (36 ou 46) É o dente mais volumoso da arcada humana. Sua coroa tem a forma de um paralelepípedo e exibe cinco cúspides bem desenvolvidas: duas vestibulares, duas linguais e uma distal. A dimensão mesiodistal da coroa é maior que a vestibulolingual. As duas raízes, bem desenvolvidas, frequentemente são birradiculares, robustas vestibulolingualmente e desviadas distalmente. A raiz mesial é robusta e a distal é arredondada, robusta na porção cervical. A morfologia e o posicionamento das raízes na mandíbula permite a fixação eficiente da coroa. Análise comparativa entre os molares superiores (16,26 ou 17,27) Acidentes anat Primeiro molar superior Segundo molar superior Coroa Mais volumosa Ligeiramente menor que o primeiro molar superior Cúspides Tetracuspidado; cúspides mesiais um pouco maiores que as distais; Cúspide disto-palatina maior e bem definida em relação à do segundo molar superior Cúspides mesiais muito maiores que as distais, porem a cúspide disto-palatina é muito pequena, sendo muitas vezes inexistente, assumindo o dente um aspecto tricuspidado Contorno da face oclusal Losângico tendendo ao quadrilátero com ângulos bem definidos Losângico com ângulos arredondados; Contorno triangular em dentes tricuspidados Ponte de esmalte entre as cúspides mésio-palatina e disto-vestibular Presente e proeminente Interrompida por um sulco e menos proeminente ou inexistente Tamanho da face palatina em relação à vestibular Maior, assim as faces de contato convergem para vestibular Sempre menor, assim as faces de contato convergem para lingual Tubérculo de Carabelli associado à cúspide mésio-palatina Presente (71,5%) Raramente presente Sulco ocluso-palatino Longo e profundo, alcança o centro da face palatina e transforma-se em uma depressão rasa e larga que se continua pela raiz palatina Curto e menos profundo; Mais deslocada para distal e não antecede nenhuma depressão da coroa ou da raiz Raízes Costuma apresentar 3 raízes bem desenvolvidas e separadas Com desenvolvimento ligeiramente menor e mais próximos entre si (coalescência da mésio-vestibular com a palatina e da disto-vestibular com a mésio-vestibular não são incomuns) Raízes vestibulares Tendem a convergir apicalmente sem desvio distal considerável (aspecto chifre de touro); Achatadas no sentido mésio-distal São paralelas e inclinam-se para distal; Achatadas no sentido mésio-distal Raiz palatina Apresentam sulco longitudinal; Inclina-se muito palatinamente e não se desvia para distal; Única raiz que pode apresentar achatamento no sentido vestíbulo-palatino; Formato cônico ou pode apresentar achatamento vestíbulo-palatino Sem sulco longitudinal; Menor inclinação palatina e menor desvio para distal; 10 – SEGUNDOS MOLARES O segundo molar superior também é conhecido como dente da adolescência por ocluir aproximadamente aos 12 anos de idade. Enquanto o segundo molar superior encontra-se inclinado para o lado mesial no sentido mésio-distal, o segundo molar inferior inclina-se para o lado distal, ambos se inclinam, no sentido vestíbulo-lingual, para o lado lingual. Análise comparativa geral entre o 2º molar superior (17 e 27) e Inferiores (37, 47) Caract Anat 2º molar superior 2º molar inferior Coroa Forma cuboide, e suas distâncias mésio-distal e vestíbulo-lingual são maiores que a cervico-oclusal Possui forma prismático-trapezoidal Cúspide Três ou quatro Quatro ou, em casos mais raros, cinco Fase oclusal Forma trapezoidal, lado vestibular maior com lado distal fortemente inclinado para o lado lingual Alongada no sentido mésio-distal. Face vestibular Forma trapezoidal, convexidade acentuada. De forma trapezoidal, a partir do terço cervical inclina-se para o lado lingual, dividida em dois lobos pelo sulco vestibular. Face lingual Possui convexidade acentuada.Sulco interlobar próximo à face distal. Raramente apresenta tubérculo de Carabelli. Tem forma trapezoidal, possui incisura ao nível de sua borda livre. Sulco principal Possui o sulco disto-lingual que invade ligeiramente a face lingual; sulco vestíbulo-central que divide as duas cúspides vestibulares e termina na fóssula triangular central; sulco mésio-central que forma um ângulo reto com o sulco vestíbulo-central Os sulcos (vestíbulo-lingual e mésio-distal) cruzam-se formando o que chama-se de sulco cruciforme Raízes Três, tendem a fundir (geralmente entre a raiz mésio-vestibular e a palatina) Duas, com silhueta mais esguia que a do 1º molar inferior Comparativo entre 1º Molar Inferior e 2º Molar Inferior No dizer dos dentistas, o primeiro molar inferior constitui a “pedra de toque da ortodontia”; é o sexto dente do arco inferior, sendo o mais volumoso dentre os dentes dos seres humanos. Consequentemente, o segundo molar inferior é o sétimo dente da arcada inferior, e apesar de ser menor que o seu precedente ainda é muito volumoso. Análise comparativa entre 1º Molar Inferior (36 ou 46) e 2º Molar Inferior (37 ou 47) Caract Anat 1º molar inferior 2º molar inferior Coroa Mais volumosa Menor que a do 1º molar Cúspide Pentacuspidado, com três cúspides vestibulares e duas linguais Geralmente tetracuspidado, com duas cúspides vestibulares e duas linguais Face oclusal Contorno aproximadamente retangular, borda vestibular curva Retangular, com a borda vestibular menos curva Face vestibular Maior que a face lingual, bem convexa Discretamente maior que a lingual, pouco convexa Face Lingual Forma trapezoidal, mais convexa e menor que a do segundo pré-molar inferior. Não possui sulcos, apenas depressão que divide os dois lobos linguais Forma trapezoidal, mais convexa que a do primeiro molar inferior. Não possui sulco lingual, apenas uma incisura ao nível de sua borda livre Sulco principal Em forma de W Cruciforme Raízes Duas, mesial e distal, maiores, mais divergentes e bem separadas Duas, mesial e distal, menor desenvolvimento, menos divergente, tende a coalescer
Compartilhar