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Perícia Forense -
Documentoscopia
Aula 10 - O laudo pericial
INTRODUÇÃO
Após nossa trajetória, onde, nas aulas anteriores, percorremos pelo fantástico mundo da Documentoscopia, estamos
chegando ao final da caminhada. É hora de aplicar os conhecimentos adquiridos até aqui, de trazer à realidade e
materializar o que foi absorvido ao longo do curso. E é por meio do Laudo Pericial que essa materialização é possível.
O Laudo Pericial é a peça na qual o perito fará o registro do exame realizado e da conclusão a que chegou. É, portanto, de
extrema relevância.
Nesta aula, teremos a oportunidade de falar sobre o Laudo Pericial, comentaremos sobre o assunto específico de cada
capítulo. Também falaremos sobre Quesitação, que nada mais é do que as perguntas dirigidas ao perito pelo solicitante
do Laudo Pericial.
Boa aula!
OBJETIVOS
Distinguir as partes constituintes do Laudo Pericial Documentoscópio.
Analisar as ações adotadas na confecção do Laudo Documentoscópio.
Elaborar Laudos Periciais Documentoscópio.
O EXAME GRAFOTÉCNICO: MEDIDAS PRELIMINARES
A primeira medida a ser adotada, ao proceder ao exame pericial, é a análise da integridade do documento e seu estado de
conservação.
Também devem ser observadas as presenças de:
  Dobras ou rasgaduras: se o texto no documento antecedeu ou sucedeu ao registro do conteúdo;
  Manchas: submeter o documento aos raios ultravioletas a fim de verificar se foi ou não objeto de fraude (lavagem
química).
Após essa primeira inspeção geral, o documento deve ser fotografado e seu estado físico deve ser fixado (registrado) no
início dos exames, assim como os detalhes considerados relevantes.
Análise de conteúdo
Em seguida, o conteúdo do documento será analisado, primeiramente, em seu conjunto, e
posteriormente, em suas partes específicas:
• Deve ser observado se os grafismos são evoluídos ou não;
• Se há características de que tenha sido feito com espontaneidade;
• Se há indícios de imitação ou de simulação: retoques, trêmulos, hesitações;
• Examinar os elementos gerais da escrita: objetivos e subjetivos.
Análise dos elementos formais objetivos
Os elementos a serem focados são:
• Inclinação axial: atentar para a existência de reversão;
• Calibre dos caracteres: deve ser verificada a relação de proporcionalidade entre eles;
• Andamento da escrita: os espaçamentos intergramaticais, interliterais e vocabulares, bem
como as paradas e retomadas do traço;
• Projeção das passantes em haste superior ou inferior;
• Projeção das laçadas;
• Constatar o alinhamento gráfico, em relação à linha de pauta;
• Estudar os traços complementares;
• Verificar a predominância de ângulos ou de curvas.
Análise dos elementos formais subjetivos
Em relação aos elementos formais subjetivos, devem ser examinados:
• Aspecto geral da escrita;
• Classificação da escrita quanto à sua velocidade de produção;
• Estimativa da habilidade do punho e da pressão exercida no instrumento escrevente após as
duas observações anteriores;
• Se é um lançamento ritmado e dinâmico;
• Estudo da gênese gráfica de todos os lançamentos que compõem o texto questionado (focar
nos ataques, as interligações e os remates);
• Modismos ou hábitos gráficos.
Após a análise do documento questionado, o perito voltará sua atenção para os padrões de confronto, realizando as
mesmas verificações feitas no documento questionado.
A etapa final do exame consiste na confrontação da peça questionada com as peças padrões.
A conclusão será o resultado das observações feitas: na convergência será positiva e na divergência, negativa.
Caso não sejam encontrados elementos suficientes para alicerçar a conclusão, o perito não deverá se manifestar, citando
as circunstâncias que o levaram a isso.
Naturalmente, as indicações acima não esgotam as medidas
a serem adotadas na realização do exame pericial.
Dependendo de cada caso concreto, outras verificações
poderão ser feitas.
Enfim, cada tipo de exame, em razão de sua natureza,
obrigará anotações específicas para o caso.
O LAUDO GRAFOTÉCNICO
É a peça escrita na qual os peritos expõem, de forma circunstanciada, as observações e os estudos que fizeram e
as conclusões fundamentais que alcançaram.
O conteúdo do laudo deve se caracterizar pela clareza, concisão, precisão, objetividade, pelo padrão culto de
linguagem, pela impessoalidade e padronização. Termos dúbios, de dupla significação ou de sentido discutível
devem ser banidos.
O Laudo Pericial é composto por 9 partes que irão formar o seguinte roteiro:
CABEÇALHO
Deve conter o órgão expedidor do laudo, o tipo de laudo e sua identificação numérica.
Exemplo:
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE PERÍCIA
Laudo de Exame em Documento
Laudo nº xxx/2007
PREÂMBULO
Parte do laudo onde constam as seguintes informações:
Data, hora e local do exame pericial;
Autoridade requisitante (glossário) do exame;
Dados de identificação do periciando;
Peritos designados;
Quesitos (glossário) formulados.
Exemplo:
“Aos vinte e seis dias do mês de abril do ano de dois mil e sete, neste Estado do Rio de Janeiro e no Centro de Perícia, de
acordo com a Legislação Processual Penal vigente, pelo Diretor, CRÉCIO, foi nomeado o Perito Fux Lahno D’Thal para
realizar exame de autenticidade (glossário) gráfica em assinatura, atendendo a solicitação do Oficial Mévio Tércio,
Encarregado de Inquérito Policial Militar no 70º Batalhão, efetuada através do ofício nº 001/2007, datado de xx de agosto
de 2007, descrevendo com a verdade e com todas as circunstâncias, o que encontrarem, descobrirem e observarem, bem
como responderem aos seguintes quesitos:
O texto deve ser feito em períodos curtos, de preferência na ordem direta e sem contradições.
1) A assinatura presente na declaração de recebimento nº 123, atribuída ao nacional Hynves Thigaddo da Silva, é
Autêntica?
2) A autoria (glossário) gráfica da assinatura presente nos documentos Ref-A/004 e Ref-A/005 em anexo é a mesma da
assinatura presente declaração de recebimento nº 123?
HISTÓRICO
Trata-se dos dados relacionados com o fato. Tais dados são fornecidos pela autoridade requisitante e/ou pelo periciando.
O Histórico deve ser sucinto e não envolver as circunstâncias do fato, que serão analisadas no decorrer do processo.
A utilização de expressões como as relacionadas abaixo, evitam a interpretação de que o perito está colaborando na
confirmação de eventos falsos ou idealizados:
“Trata-se da história de [  ]”;
“O periciando afirma que [  ]”;
“Foi informado pela autoridade policial de que [  ]”.
Exemplo:
“Aos sete dias do mês de agosto do ano de dois mil e sete, receberam os Peritos designados e infra-assinados, neste
Instituto de Perícia, anexado ao ofício de solicitação, o material objeto de análise, descrito em capítulo próprio, realizando
os exames que se faziam necessários, os quais passam a ser relatados nos termos do presente Laudo Pericial”.
OBJETIVO DO EXAME PERICIAL
Neste capítulo, serão inseridos os objetivos periciais a serem alcançados pelo exame.
Exemplo:
“O Exame Pericial tem por objetivo verificar a conformidade dos documentos encaminhados para análise com as
especificações técnicas de segurança definidas no Anexo I, contido no Pregão n. 14/2007, referente ao Processo n.
123456-2007.1, realizado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, com escopo de efetivar contratação de serviços
especializados em produção gráfica, do qual a Casa da Moeda do Brasil fora declarada vencedora”.
“O presente exame visa determinar a autenticidade dos lançamentos gráficos manuscritos atribuídos ao punho gráfico de
Hynves Thigaddo da Silva, candidato ao Concurso Público de Admissão ao Curso de Técnico Bancário do Banco do Brasil,
nº de inscrição 5-6789/0, apostos na peça de exame”.
DOS EXAMES
É neste capítulo que ocorre o exame propriamente dito, ou seja, onde o Perito discorre sobre as análises realizadas e as
conclusões a que chegou.
Esse capítulo possui diversas subdivisões que variam conforme o tipo de exame a ser realizado, por exemplo:
     
A) Da Descriçãodo material
Aqui é feita a descrição da(s) peça(s) questionada(s), com dados que possam individualizá-las.
Exemplos:
“Receberam os Peritos 01 (um) segmento de papel, cujas dimensões eram 3,4 cm (três centímetros e quatro décimos de
centímetro) de altura e 21,0 cm (vinte e um centímetros) de largura, que destinava-se ao preenchimento de informações
do candidato, referentes à identificação pessoal, contendo em seu anverso impressões mecanográficas de matiz preto,
interessando para os exames os campos: “nº de Inscrição”, “Nome” e “Assinatura”, os quais estavam preenchidos com
lançamentos manuscritos, realizados com instrumento escrevente do tipo caneta esferográfica de matiz azul. No verso
deste segmento não havia quaisquer lançamentos...”
     
B) Descrição do tipo de exame
Aqui deve ser discriminado o tipo e o método utilizados no exame. Geralmente, nas análises gráficas, o método é o
grafocinético.
Quando forem colhidos padrões de confronto, a forma de sua colheita deve sempre ser referida. Estes padrões devem
preencher, no mínimo, os requisitos de:
Autenticidade;
Espontaneidade;
Contemporaneidade; (glossário)
Adequabilidade; (glossário)
Quantidade. (glossário)
Os padrões colhidos pelo perito e usado nos exames, devem, obrigatoriamente, ser inseridos no laudo pericial.
     
C) Da Fundamentação Teórica
Parte onde se se registra o embasamento teórico e científico dos métodos empregados no exame pericial. Às vezes, se
confunde com a “Discussão”.
Exemplo:
“Grafoscopia é o capítulo da documentoscopia que trata exclusivamente do grafismo, isto é, da escrita direta do gesto
executado pelo homem. Tem por objetivo verificar a autenticidade ou determinar a autoria dos grafismos. Em sentido
amplo, a escrita é definida como a “representação gráfica do pensamento”, abrangendo, portanto, várias técnicas,
inclusive a pintura. Em sentido estrito, tem-se os grafismos ou manuscritos, quando o objetivo é a escrita resultante do
gesto executado pelo homem na fixação de suas ideias”.
“Ao se realizar a comparação grafoscópica, os resultados podem apontar para a presença de elementos divergentes nos
casos em que se constata a falsidade de grafismos em relação ao punho autorizado. Nos exames onde se verifica
presença de elementos convergentes, ter-se-á um caso de autenticidade em relação ao punho autorizado, ou até mesmo
de autoria do “falsum”, em relação a um ou mais punhos suspeitos”.
     
D) Discussão
Parte onde se realiza a análise minuciosa dos dados encontrados, esclarecendo hipóteses, divergências etc., muitas
vezes com o auxílio de citações bibliográficas.
É também a oportunidade de esclarecer termos técnicos e siglas utilizadas no laudo pericial.
     
E) Da Análise Grafoscópica
Aqui é feita a análise das características dos grafismos, quando se trata de documento com textos manuscritos.
Exemplo:
“Para a realização dos exames comparativos, de caráter grafotécnico, os Peritos Militares procederam ao estudo inicial
das características gráficas que compõem a escrita questionada, a saber, os lançamentos entendidos como acrescidos
ao texto original, sendo tais lançamentos considerados tecnicamente satisfatórios. Posteriormente, foi realizada a análise
dos padrões de confronto fornecidos pelo nacional Hynves Thigaddo da Silva”.
     
F) Dos Padrões de Confronto Grafotécnico
Aqui devem ser discriminados, nominalmente, os fornecedores dos padrões de confronto, identificando as peças de cada
fornecedor e especificando se foram enviados pela autoridade requisitante ou se foram colhidos pelo perito.
Exemplo:
“Os Peritos Militares utilizaram espécimes gráficos padrões, fornecidos por meio da produção de 04 (quatro) Autos de
Colheita de Padrão Gráfico, conforme folhas 14 a 17, sob supervisão técnica direta do Perito, em ato datado de treze de
julho de dois mil e sete, utilizando, o agente, para tal feito, canetas esferográficas de matiz azul, objetivando atender os
requisitos de qualificação dos padrões de confronto.
Tais padrões específicos foram fornecidos por Hynves Thigaddo da Silva, de livre e espontânea vontade, tendo o mesmo
afirmado ter conhecimento das consequências jurídicas de seu ato”.
Os óbices e comportamentos, da parte do periciando, que o perito verificar ser intencional, no sentido de dificultar os
exames, devem ser consignados no Laudo Pericial:
“É importante salientar que o nacional Hynves Thigaddo da Silva, quando do fornecimento dos padrões gráficos, afirmou
ser incapaz de reproduzir o alfabeto latino ou ocidental na forma cursiva.
Em alguns momentos, o mesmo chegou a afirmar desconhecer a forma gráfica das letras, solicitando o auxílio do Perito
para que este o fizesse “recordar” as mesmas.
Tal conduta adotada pelo mesmo prejudicou, em parte, a Colheita de Padrão Gráfico, fazendo com que os Peritos
despendessem mais tempo, na realização dos exames, contudo não conseguiu impedir que uma análise eficaz e precisa
fosse processada, quanto à determinação da autoria gráfica dos lançamentos questionados”.
     
G) Das informações adicionais
Geralmente, são informações relevantes coletadas pelo perito durante o Exame Pericial, cujo teor apresentam relação
direta com o referido exame, mas que não foi abordado pelo solicitante em suas indagações (quesitação) ao perito.
Por exemplo, pode ocorrer que uma autoridade ao solicitar um Laudo Pericial, por não conhecer a matéria com
profundidade, tenha esquecido-se de fazer uma pergunta cuja resposta seria relevante. O perito, durante os exames, ao
obter tal informação, a inclui em “Informações Adicionais”.
Exemplo:
“Também foi observada a presença de convergências gráficas nos pareceres médicos 05 e 07, a saber: Presença de
convergência morfocinética nas rubricas sobreposta às impressões flexográficas nas quais se lia “H. Thigaddo da Silva -
CRM 123.(algarismos ilegíveis)-07.”
Foi observado ainda, no campo “complementação”, presente nos versos dos referidos pareceres médicos, diversos
lançamentos gráficos que guardavam entre si convergências formais e morfocinéticas, a saber: Presença de semelhança
formal e morfocinética nos lançamento gráficos “dispensado”, “diagnóstico, “dias”, “período” e “razão”, bem como nas
rubricas sobrepostas às impressões flexográficas nas quais se lia “H. Thigaddo da Silva - CRM 123.456-07.”
DE OUTROS ELEMENTOS
São informações complementares cujo teor não apresenta relação direta com o exame em si, mas devem estar inseridas
no Laudo.
Exemplos:
“Foram arquivados, neste Instituto de Perícia, os Documentos relacionados a seguir: Cópias xerográficas de contracheque
emitidas pelo Centro Público de Tecnologia, fichas de identificação emitidas pelo Setor Público de Identificação e
documentos de consulta financeira emitidos pela Subsecretaria de Finanças, todos relativos ao nacional Hynves Thigaddo
da Silva”.
“A colheita dos padrões gráficos foi agendada para o dia 07 de abril de 2007, às 13h, 14h30min e 16h, respectivamente,
neste Instituto de Perícia, tendo comparecido somente o nacional Hynves Thigaddo da Silva.
Em decorrência das ausências dos demais cedentes, a saber, de Isa Bel Tranna e Fux Lahno D’Tall, o exame foi remarcado
para o dia 14 de abril de 2007, sendo feita, nesta data, a colheita dos padrões gráficos dos cedentes acima referidos, às
09h00min, 10h30min, e 13h00min, respectivamente.”
RESPOSTAS AOS QUESITOS
As respostas aos quesitos (ou perguntas) formulados pelo solicitante são específicas a cada perícia e devem ser dadas
de forma objetiva. Quando for necessário o acréscimo de algum complemento, este deverá ser sucinto.
Não devem ser deixados quesitos sem resposta. Quando o perito não chegar à conclusão alguma, deverá responder
“prejudicado”, “indeterminado” ou “sem elementos para responder”.
     
Exemplo A:
“1) Nas papeletas médicas, no campo “parecer ou diagnóstico” todo o despacho foi escrito por uma só pessoa? ou seja,
houve alguma adulteração ou foi acrescentado algo no parecer do médico?
Da Resposta ao Quesito 1:
No campo “parecer ou diagnóstico”, em todas as papeletasmédicas, foi constatada adulteração documental, do tipo
acréscimo final, através do aditamento de conjuntos de palavras após os lançamentos originais produzidos pelos
médicos, reportando-se ao contido no Capítulo II, item d.1, do presente Laudo Pericial”.
     
Exemplo B:
Quesito 1: A cédula de R$ 20,00 em anexo é autêntica?
Resposta: Sim; a presença dos elementos de segurança discutidos na presente peça técnica permitiu aos Peritos
concluírem ser autêntica a cédula monetária examinada.
Quesito 2: O.D.J.U.
Resposta: Nada mais a acrescentar, senão o constante no corpo do presente Laudo Pericial.
Observação: O.D.J.U é a sigla para “Outras Declarações que Julgar Úteis.
O emprego dessa sigla como último quesito objetiva dar ao perito a oportunidade de esclarecer algum ponto relevante
que não tenha sido quesitado ou perguntado por quem solicitou o Laudo Pericial.
CONCLUSÃO
É o diagnóstico elaborado a partir dos exames feitos. É a informação que resulta dos dados obtidos e estará presente nos
laudos caso não haja quesitos a serem respondidos.
Tem a função de oferecer a solução seguida da indispensável fundamentação.
Exemplos:
“Com base nas divergências gráficas morfogenéticas existentes entre os caracteres padrões e os grafismos
questionados, concluem os Peritos Militares que estes não foram produzidos pelo punho escritor de Hynves Thigaddo da
Silva”.
“Ante o exposto, concluem os Peritos Militares que, nas 04 (quatro) notas fiscais encaminhadas para exame ocorreu
alteração documental do tipo acréscimo. E com base na constatação das convergências gráficas evidenciadas através da
comparação entre os lançamentos gráficos padrões e lançamentos gráficos questionados, concluem os Peritos que os
acréscimos contidos nas referidas notas fiscais foram produzidos pelo punho escritor de Hynves Thigaddo da Silva”.
ENCERRAMENTO OU FECHO
Deverá conter:
A data de encerramento;
O total de fotos e ilustrações gráficas produzidas no exame pericial;
A quantidade de auto de colheita de padrão gráfico inseridos.
A subscrição das assinaturas dos peritos, relator e revisor, que confeccionaram o laudo.
Exemplo:
“Seguem em anexo 30 (trinta) fotografias digitais ilustrativas e 04 (quatro) Autos de exame de colheita de padrão gráfico,
discriminados no corpo do presente Laudo Pericial.
Nada mais havendo a consignar, foi encerrado o presente Laudo Pericial aos vinte e cinco dias do mês de setembro do
ano de dois mil e sete, que foi relatado pelo primeiro Perito, a quem coube a realização dos exames, e depois lido e
achado conforme pelo segundo, assinam acordes”.
LEITURA
, 
Exemplo de Laudo Pericial Documentoscópio. (galeria/aula10/docs/a10_10_01.pdf), , Obs.: o exemplo é baseado em um laudo real.
Os dados relativos ao órgão, pessoas, datas, número e tipo de documento são fictícios.
EXERCÍCIOS
Questão 1: Ao receber um documento que será submetido à exames, uma das primeiras medidas a ser adotada pelo
Perito é a verificação da integridade e do estado de conservação do documento. Dentre as ações listadas abaixo, a que
não tem relação com tal medida é:
Verificação de existência de dobras no documento.
Verificação da presença de rasgaduras.
Verificação da presença de manchas.
Análise da relação entre conteúdo e avarias presentes no documento.
Verificar se os grafismos presentes no documento foram feitos espontaneidade.
Justificativa
Questão 2: Contém o órgão expedidor do laudo, o tipo de laudo e sua identificação numérica.
Cabeçalho
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon916/galeria/aula10/docs/a10_10_01.pdf
Preâmbulo
Histórico
Descrição
Discussão
Justificativa
Questão 3: Capítulo onde é relatado o exame propriamente dito:
Preâmbulo
Histórico
Dos Exames
Descrição
Conclusão
Justificativa
Questão 4: Onde é descrita a análise dos dados encontrados, esclarecimento de hipóteses, divergências e termos
técnicos etc.?
Cabeçalho
Histórico
Descrição
Discussão
Conclusão
Justificativa
Questão 5: É o diagnóstico elaborado a partir das análises realizadas, tendo a função de trazer a solução dos
questionamentos que levaram à confecção dos exames periciais.
Dos Exames
Descrição
Conclusão
Discussão
Histórico
Justificativa
ATIVIDADE
Leia e analise uma exemplificação de um Laudo Pericial de Documentoscopia contido no final da aula. Nesta
exemplificação, o objetivo é determinar a autenticidade e a autoria de texto e de rubrica, ou seja, se o texto e a rubrica
foram produzidos pelo funcionário público que tinha a competência (autenticidade), e caso contrário, quem a produziu
(autoria).
Resposta Correta
Glossário
GRAFISMOS
Lançamento manuscrito, texto manuscrito.
ESPONTANEIDADE
Significa que o Padrão de Confronto deve ser espontâneo, produzido com naturalidade. Deve representar a grafia habitual do escritor.
INCLINAÇÃO AXIAL
Inclinação própria de cada letra. Inclinação do traço “vertical” de cada letra.
REVERSÃO
Quando determinada letra apresenta inclinação axial diferente das demais letras.
ESPAÇAMENTOS
Intergramatical (espaçamento): Espaçamento entre os traços que compõem a letra.
GÊNESE GRÁFICA
1. São escritas oriundas diretamente dos gestos gráficos do ser humano, correspondendo, pois, aos movimentos executados pelo
punho humano na fixação de suas ideias.
2. Movimentação do punho para a produção das formas gráficas, sejam elas letras, algarismos, sinais etc.
ATAQUES
Início de um lançamento manuscrito.
REMATE
Finalização de um lançamento manuscrito.
AUTORIDADE REQUISITANTE
Solicitante do exame pericial.
QUESITOS
Perguntas formuladas pelo solicitante.
AUTENTICIDADE
Característica, particularidade ou estado do que é autêntico. Natureza daquilo que é real ou verdadeiro. Relativo à escrita ou
documentos oriundos de quem de direito, o órgão ou indivíduo que detinha a competência para a produção do documento ou escrita.
A autenticidade refere-se à determinação da origem dos Padrões de Confronto, que deve ser atestada e certa, sem qualquer
resquício de dúvida.
AUTORIA
Refere-se a identificação do autor de determinada peça documental ou escrita.
CONTEMPORANEIDADE
Significa que o Padrão de Confronto utilizado no Exame Pericial deverá ter sido produzido na época em que foram os Documentos
Questionados, ou seja, Padrão de Confronto e Documentos Questionados deverão ter sido produzidos em datas próximas.
ADEQUABILIDADE
Significa que os padrões devem ser produzidos nas mesmas condições em que foram a peça questionada, bem como reproduzir
suas características.
QUANTIDADE
Os padrões devem ser numerosos de modo a dar ao perito a possibilidade de verificar os hábitos gráficos do escritor, bem como as
diferenças resultantes do polimorfismo gráfico.