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APOSTILA SMS 
 
( S a ú d e , M e i o A m b i e n t e e S e g u r a n ç a ) 
 
 
 
 
P r o f e s s o r : A l e x a n d r e L ú c i o D a n t a s 
 
 
 
2 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
 
S U M Á R I O 
1. Introdução à segurança do trabalho 3 
 1.1 - Conceito de acidentes do trabalho 4 
 1.1.1 - Conceito legal ou previdenciário 4 
 1.1.2 - Conceito geral 5 
 1.1.3 - Conceito prevencionista 5 
 1.2 - Estatística de acidentes 6 
 1.3 – Causa de acidentes 6 
 1.3.1 - Atos inseguros 7 
 1.3.2 - Condições inseguras 8 
 1.4 - Conseqüência do acidente 8 
 1.5 - Comunicação de acidentes 9 
2- Riscos ambientais 10 
 2.1 Mapa de risco 
3- Equipamento de Proteção Coletiva – E.P.C. 12 
4- Equipamento de proteção Individual- E.P.I. 12 
5- Proteção contra incêndio 15 
 5.1 - Princípios básicos do fogo 15 
 5.2 – Instalações contra incêndio 19 
6 - Riscos e prevenção de acidentes em máquinas 21 
 6.1 – Requisitos mínimos para proteção de máquinas 24 
 6.2 – Normas de segurança para trabalho de manutenção 25 
 6.2.1 - Bloqueio de fontes de emergia e cartão de advertência 26 
 6.2.2 – cadeado e dispositivos auxiliares 28 
7 – Comissão Interna de prevenção de Acidentes na Mineração - 
CIPAMIN 
30 
 7.1 – Objetivo da CIPAMIN 30 
 7.2 – Composição da CIPAMIN 30 
 7.3 – Atribuições da CIPAMIN 32 
 7.4 – Treinamento da CIPAMIN 34 
8 – Segurança e saúde Ocupacional na Mineração 34 
 
 
 
3 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
 8.1 – Processo Industrial 34 
 8.2-Objetivo da Segurança e Saúde Ocupacional na mineração 36 
 8.3 - Das Responsabilidades da Empresa e do Permissionário de 
Lavra Garimpeira 
36 
 8.4 - Compete ainda à empresa ou Permissionário de Lavra 
Garimpeira 
36 
 8.5 - Das Responsabilidades dos Trabalhadores 38 
 8.6 - Dos Direitos dos Trabalhadores 39 
 8.7 – Organização dos locais de trabalho 39 
 8.8 - Circulação e transporte de pessoas e materiais 40 
 8.8.1 - Transporte Vertical 41 
 8.8.2 - Transportadores contínuos de minérios através de correia 41 
 8.8.3 - Transporte em mina a céu aberto 
 8.9 - Máquinas, Equipamentos, Ferramentas e Instalações. 42 
 8.10 - Abatimento de Choco 43 
 8.11 - Sistemas de Comunicação 43 
 8.12 - Sinalização de Áreas de Trabalho e de Circulação 45 
 8.13 - Instalações Elétricas 45 
 8.14 - Operações com Explosivos e Acessórios 48 
 8.15 - Ventilação em Atividades de Subsolo 49 
 8.16 - Proteção contra Incêndios e Explosões Acidentais. 51 
8.17- Vias e Saídas de Emergência 52 
9- Trabalho em espaços confinados 53 
 9.1 - Definição 53 
 9.2 - Requerimentos Gerais: 53 
 9.3 - Programa de Entrada em Espaço Confinado: 54 
Bibliografia 55 
Anexo: Programa da Disciplina S.S.O. 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
1-Introdução a Segurança do Trabalho 
 
Segurança do Trabalho: 
 
 
Medicina do Trabalho: é o ramo da Medicina que visa à preservação da saúde do 
trabalhador, melhorando as condições de sua atividade, bem como corrigindo as 
conseqüências delas advindas que são prejudiciais ao homem. 
 
Nas empresas encontram-se presentes muitos fatores que podem se transformar 
em agentes de acidentes dos mais variados tipos. Dentre esses agentes podemos 
destacar os mais comuns: 
 
1. Ferramentas de todos os tipos; 
2. Máquinas em geral; 
3. Fontes de calor; 
4. Equipamentos móveis; 
5. Veículos industriais; 
6. Substâncias químicas em geral; 
7. Vapores, Gases e poeiras; 
8. Andaimes e plataformas; 
9. Pisos em geral e escadas fixas e portáteis. 
 
Pode ser entendida como o conjunto de 
medidas que são adotadas visando eliminar ou 
minimizar os acidentes de trabalho, doenças 
ocupacionais, bem como proteger a integridade e a 
capacidade de trabalho do trabalhador. 
 
 
 
 
5 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
As causas, entretanto, poderão ser determinadas e eliminadas resultando na 
ausência de acidente ou na sua redução, como será explicado mais adiante quando 
forem abordados “As Causas dos Acidentes”. 
Desse modo muitas vidas poderão ser poupadas, a integridade física dos 
trabalhadores será preservada, além de serem evitados os danos materiais que 
envolvem máquinas, equipamentos e instalações que constituem um valioso patrimônio 
das empresas. 
 
 
1.1-Acidente do Trabalho 
 
1.1.1 – Conceito Legal ou Previdenciário 
 
A lei nº 8.213 de 24.07.91 da previdência social define em seu art.19 que: 
 
Acidente do Trabalho é o acidente que ocorre pelo exercício do trabalho a 
serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a 
morte ou perda ou redução permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 
 
§ 1° A Empresa é responsável pela adoção e uso de medidas coletivas e 
individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador. 
§ 2° Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de 
cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho. 
§ 3° É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da 
operação a executar e do produto a manipular. 
§ 4° O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e 
entidades representativas de classe acompanharam o fiel cumprimento do disposto nos 
parágrafos anteriores, conforme dispuser o regulamento. 
 
 
 
 
 
6 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
 
1.1.2-Conceito Geral 
 
Acidente do Trabalho é uma ocorrência não programada, inesperada ou não, 
que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade ocasionando perda de 
tempo útil e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos materiais. 
Portanto, mesmo as ocorrências que não resultam em lesões ou danos materiais 
devem ser consideradas como acidentes do trabalho. 
 
 São considerados igualmente acidentes do trabalho: 
 
• As doenças provenientes do trabalho; 
• Os acidentes que ocorram no local e no horário de trabalho; 
• Os acidentes ocorridos fora da empresa, desde que o acidentado esteja a serviço 
da mesma ou quando a ocorrência se verificar no trajeto residência – empresa ou 
vice-versa, neste caso denominado de “acidente de trajeto”. 
 
 Vale ressaltar que, do ponto de vista legal, só há acidente do trabalho se houver 
prejuízo físico e/ou orgânico para o trabalhador. 
Abaixo, representa-se detalhamento dos acidentes com lesão ou perturbação 
funcional: 
 Sem Afastamento: pequenas lesões 
 
 Incapacidade temporária 
 Com Afastamento: Incapacidade Permanente: parcial ou total 
 Morte 
1.1.3 - Conceito Prevencionista 
Do ponto de vista prevencionista, “acidente do trabalho é uma ocorrência que 
interfere no andamento normal do trabalho, ocasionando perda de tempo, lesões 
corporais ou danos materiais”. 
 
 
 
7 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
 
1.2 - Estatística de acidentes: 
 
1. Acidentes de Trabalho no Ano de 2004 e 2005 
Quantidade de Acidentes Registrados, Por Motivo, no Brasil 
Local Ano Total Acidente 
Típico 
Acidente 
de Trajeto 
Doença do trabalho 
2004 465.700 375.171 60.335 30.194 
2005 491.711 393.921 67.456 30.334 
2004 2.839 
BRASIL 
Acidentes 
Fatais 
2005 2.708 
 Fonte: DATAPREV, CAT 
NOTA: Os dados são preliminares, estando sujeitos a correções. 
 
 
2. Acidentes de Trabalho - Gráficos Por Região 
Ano de 2001 
Local Típico Trajeto Doença Total 
NORTE 8.984 1.322 592 10.898 
NORDESTE 20.751 3.612 2.491 26.854 
SUDESTE 163.843 23.286 10.495 197.624 
SUL 73.298 8.052 3.161 84.511 
CENTRO-
OESTE 
16.317 2.710 731 19.758 
 
 
 
 
1.3 - Causas dos Acidentes 
 
Considera-se causa do acidente a ação e/ou situação que origina o acidente.Se 
esse fator não existisse, evitava-se o acidente. A caracterização dessas causas pode 
 
 
 
8 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
ser simples, como no caso de uma rampa que possua piso escorregadio, ou complexa, 
quando decorrentes de seqüência, em cadeia, de causas interligadas ao local de 
trabalho e personalidade do trabalhador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.3.1 - Atos Inseguros: 
São atitudes, atos, ações ou comportamento do trabalhador, contrários as normas 
de segurança e que colocam em risco a sua saúde e/ou integridade física, ou de outros 
colegas de trabalho. 
Os fatores que levam o elemento humano a praticar um ato inseguro são 
múltiplos, sendo a seguir enumerados alguns tradicionais: 
• Recusa de uso ou utilização inadequada dos equipamentos de segurança e de 
proteção individual (EPI); 
• Emprego impróprio de ferramentas ou de equipamentos defeituosos; 
• Ajuste, lubrificação e limpeza de máquinas em movimento; 
• Permanência junto a pontos críticos das máquinas ou locais perigosos (ex: sob 
cargas suspensas); 
• Operação de máquinas por pessoas inabilitadas ou em velocidades excessivas; 
• Uso de roupas inadequadas para o tipo de trabalho, expondo o trabalhador a riscos; 
H
O
M
EM
 FATORES 
PESSOAIS 
ATOS 
INSEGUROS 
M
EI
O
 FATORES 
MATERIAIS 
CONDIÇÕES 
INSEGURAS 
A
C
ID
EN
TE
S 
� Lesões físicas 
 
� Doenças 
profissionais 
 
� Perda de tempo 
 
� Danos materiais 
 
 
 
9 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
• Ato de fumar em locais onde há perigo de fogo. 
Destacam-se ainda como fatores pessoais de insegurança, características físicas 
ou mentais de um indivíduo que possam ter contribuído, direta ou indiretamente, para a 
caracterização do acidente (ex: instabilidade emocional, excesso de confiança, falta de 
interesse para o trabalho ou falta de coordenação motora). 
 
1.3.2 - Condições Inseguras: 
São deficiências, defeitos, irregularidades técnicas nas instalações físicas, 
máquinas ou equipamentos, os quais, presentes nos ambientes de trabalho podem 
ocasionar acidentes de trabalho. Convém lembrar que é da responsabilidade do 
empregador a eliminação ou correção das condições inseguras existentes no local de 
trabalho (ex: escada sem corrimão, piso escorregadio). 
 
1.4 - Conseqüências do Acidente 
 
Os três segmentos: empregado, empresa e o Governo Federal têm, cada um, 
consideráveis prejuízos com a ocorrência de acidentes do trabalho. 
 
Empregado: 
1. Sofrimento físico, dor, lesão incapacitante, parcial ou total, permanente ou temporária 
ou até a própria morte; 
2. Reflexos psicológicos negativos decorrentes de eventuais seqüelas acidentárias, 
inclusive podendo gerar distúrbios familiares; 
3. Redução salarial decorrente da percepção de benefícios previdenciários. 
 
Empresa: 
1. Pagamento salarial aos trabalhadores acidentados durante os 15 primeiros dias 
seguintes ao do acidente; 
2. Reflexos negativos no ambiente de trabalho onde ocorreu o acidente, com a 
conseqüente queda de produtividade; 
 
 
 
10 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
3. Danos ou avarias nos equipamentos, máquinas ou ferramentas que porventura 
estejam sendo utilizados pelo trabalhador vitimado; 
4. Paralisação de uma máquina ou equipamento componente da linha de produção 
podendo afetar o processo produtivo como um todo; 
5. Reflexos negativos na boa imagem da empresa. 
 
Governo Federal: 
1. Pagamento, através do INSS, de benefícios previdenciários ao trabalhador 
acidentado ou seus dependentes, tais como: auxílio-doença, auxílio-acidente, 
aposentadoria por invalidez e pensão por morte. 
2. Pagamento de despesas médico-hospitalares no tratamento do acidentado; 
3. Despesas com a reabilitação profissional do trabalhador acidentado, inclusive com o 
fornecimento de próteses, conforme o caso. 
 
1.5 - Comunicação de Acidentes 
 
A comunicação de acidentes é obrigação legal. Assim, o acidentado, ou quem 
possa fazer isso por ele, deve comunicar o acidente logo que se dê a ocorrência. 
Convêm lembrar que nem todos os acidentes do trabalho ocorrem no recinto da 
empresa. A empresa, por sua vez, deve fazer a comunicação do acidente à Previdência 
Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso, de morte, de 
imediato à autoridade competente, sob pena de multa variável, entre o limite mínimo e o 
limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, 
aplicada e cobrada pela Previdência Social. 
A comunicação deverá ser feita através do preenchimento de formulário 
específico, denominado Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), devendo ser 
observado o seguinte: 
a) Da comunicação do acidente do trabalho receberão cópia fiel o acidentado ou seus 
dependentes, bem como o sindicato da categoria; 
 
 
 
11 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
b) Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio 
acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o 
assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o citado prazo 
legal; 
c) A comunicação do acidente do trabalho, na forma anterior, não exime a empresa de 
sua responsabilidade; 
d) Os sindicatos e entidades representativos de classe poderão acompanhar a 
cobrança, pela Previdência Social, das multas previstas pela não comunicação do 
acidente do trabalho por parte da empresa. 
 
“Mesmo o mais leve acidente pessoal deve ser comunicado e 
também os acidentes sem lesão”. 
 
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) deverá ser preenchida em seis 
vias sendo: 
1. INSS 
2. Ao segurado ou dependente 
3. Sindicato dos Trabalhadores 
4. Empresa 
5. SUS (Sistema Único de Saúde) 
6. DRT (Delegacia Regional do Trabalho) 
 
 
2- Riscos Ambientais 
 
São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos, biológicos, 
ergonômicos e de acidentes/mecânicos que possam trazer ou ocasionar danos à saúde 
do trabalhador nos ambientes de trabalho, em função de sua: 
1. Natureza; 
2. Concentração; 
3. Intensidade e 
4. Tempo de exposição ao agente. 
 
 
 
 
12 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
Tais agentes são: 
 
a) Riscos Físicos: 
Ruídos, vibrações, radiações ionizantes e não ionizantes, frio, calor, pressões 
anormais e umidade. 
 
b) Riscos Químicos: 
Poeiras minerais, poeiras vegetais, poeiras alcalinas, fumos metálicos, névoas, 
neblinas, gases, vapores e produtos químicos diversos. 
 
c) Riscos Biológicos: 
Vírus, bactérias, parasitas, fungos e bacilos. 
 
d) Riscos Ergonômicos: 
Monotonia, posturas incorretas, ritmo de trabalho intenso, fadiga, preocupação, 
trabalhos físicos pesados e repetitivos. 
 
e) Riscos de Acidentes / Mecânicos: 
 
Arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas 
inadequadas ou defeituosas, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de 
incêndio ou explosão, armazenamento inadequado, animais peçonhentos e ausência de 
sinalização. 
 
2.1 - Mapa de Risco 
 
O Diário Oficial da União de 20 de agosto de 1992 publicou uma portaria do 
Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador (DNSST) implantando a 
obrigatoriedade da elaboração de mapas de riscos pelas Comissões Internas de 
Prevenção de Acidentes (CIPAS) nas empresas. 
 
 
 
13 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
O mapa é um levantamento dos pontos de risco nos diferentes setores das 
empresas. Trata-se de identificar situações e locais potencialmente perigosos. 
 
A partir de uma planta baixa de cada seção são levantados todos os tipos de 
riscos, classificando-os por grau de perigo: pequeno, médio e grande. 
Estes tipos são agrupados em cinco grupos classificados pelas cores vermelho, 
verde, marrom, amarelo e azul. Cada grupo corresponde a um tipo de agente: químico, 
físico, biológico, ergonômico e mecânico. 
O mapa deve ser colocadoem um local visível para alertar aos trabalhadores sobre 
os perigos existentes naquela área. Os riscos serão simbolizados por círculos de três 
tamanhos distintos: pequeno, médio e grande. 
A empresa receberá o levantamento e terá 30 dias para analisar e negociar com os 
membros da CIPA ou do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina 
do Trabalho (SESMT), se houver, prazos para providenciar as alterações propostas. Caso 
estes prazos sejam descumpridos, a CIPAMIM deverá comunicar a Delegacia Regional 
do Trabalho. 
 
Cores usadas no Mapa de Risco e Tabela de Gravidade 
 
Tabela descritiva dos riscos ambientais 
 
 
 
 
 
14 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
Tabela de Gravidade 
 
 
Como elaborar o Mapa de Risco 
 
 1º)PASSO: 
Conhecer os setores/seções da empresa: O que é e como produz. Para quem e quanto 
produz (direito de saber); 
 
2º)PASSO: 
Fazer o fluxograma (desenho de todos os setores da empresa e das etapas de produção); 
3º)PASSO: 
Listar todas as matérias-primas e os demais insumos (equipamentos, tipo de alimentação 
das máquinas etc.) envolvidos no processo produtivo. 
4º)PASSO: 
Listar todos os riscos existentes, setor por setor, etapa por etapa (se forem muitos, 
priorize aqueles que os trabalhadores mais se queixam, aqueles que geram até doenças 
ocupacionais ou do trabalho comprovadas ou não, ou que haja suspeitas). Julgar 
importante qualquer informação do trabalhador. 
 
 
 
 
Símbolo 
 
Proporção 
 
Tipos de Riscos 
 
4 Grande 
 
2 
 
Médio 
 
1 
 
Pequeno 
 
 
 
 
15 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
3- Equipamento de Proteção Coletiva – E.P.C. 
Máquinas e equipamentos, instalações, diversos tipos de energia, pontos de 
edificação, etc., possuem particularidades que põem em risco a integridade física das 
pessoas se não forem adotados determinados dispositivos ou meios de proteção. 
Estes dispositivos são conhecidos como EPC – Equipamento de Proteção 
coletiva, pois destinam-se a proteger dois ou mais empregados que, em condições 
normais estariam expostos ao mesmo risco e todos ao mesmo tempo. 
Como exemplos de proteção coletiva podemos citar: 
• Equipamento de socorro imediato (chuveiro, lava-olhos, etc); 
• Para –raio ; 
• Equipamentos portáteis de oxigênio ; 
• Extintores de incêndio; 
• Exaustores, condicionadores e desumidificadores de ar ; 
• Circulador / ventilador ; 
• Barreiras (sanitárias, acústica, térmica e radioativa); 
• Dispositivos de segurança em máquinas e equipamentos. 
 
4- Equipamento de Proteção Individual - EPI 
 
Considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI): 
Todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, 
destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. 
O que diz a NR 06 quanto ao que: 
 
Cabe ao Empregador 
1. Fornecer aos empregados, gratuitamente, Equipamento de Proteção Individual 
aprovado pelo Ministério do Trabalho - MTE, adequado ao risco e em perfeito estado de 
conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral (EPC) não 
ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos 
empregados; 
 
 
 
16 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
2. Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação; 
3. Exigir seu uso; 
4. Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; 
5. Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica. 
Cabe ao Empregado 
1. Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina; 
2. Responsabilizar-se por sua guarda, conservação e higienização; 
3. Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; 
4. Cumprir com as determinações da empresa sobre o uso adequado; 
“Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada do uso do EPI”. 
OBS: Todo E.P.I. deverá apresentar, em caracteres inapagável e bem visíveis, o 
nome comercial da empresa fabricante ou da empresa importadora e o número do 
Certificado de Aprovação (CA) expedido pelo MTE. 
 
 
EPI´S mais utilizados 
TIPO DE PROTEÇÃO FINALIDADE EQUIPAMENTO INDICADO 
 
PROTEÇÃO PARA A 
FACE 
 
Contra riscos de impacto de 
partículas, respingos de produtos 
químicos, ação de radiação 
calorífica ou luminosa 
(infravermelho, ultravioleta e 
calor). 
- Óculos de segurança (para 
maçariqueiros, rebarbadores, 
esmerilhadores, soldadores, 
torneiros). 
- Máscaras e escudos (para 
soldadores). 
 
PROTEÇÃO PARA O 
CRÂNIO 
 
Contra riscos de queda de objetos 
batidas, batidas por choque 
elétrico, cabelos arrancados, etc. 
- Capacete de segurança 
 
 
PROTEÇÃO 
AUDITIVA 
 
Contra níveis de ruído que 
ultrapassem os limites de 
tolerância. 
 
- Protetores de inserção 
(moldáveis ou não) 
- Protetores externos (tipo 
concha) 
 
PROTEÇÃO 
RESPIRATÓRIA 
 
Contra gases ou outras 
substâncias nocivas ao organismo 
que tenham por veículo de 
contaminação as vias 
respiratórias. 
- Respiradores com filtros 
mecânicos, químicos ou com 
a combinação dos dois tipos, 
etc. 
 
 
 
17 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
 
PROTEÇÃO DO 
TRONCO 
 
Contra os mais variados tipos de 
agentes agressores. 
- Aventais de napa ou couro, 
de PVC, de lona e de 
plástico, conforme o tipo de 
agente. 
 
PROTEÇÃO DOS 
MEMBROS 
SUPERIORES 
 
 
Contra materiais cortantes, 
abrasivos, escoriantes, 
perfurantes, térmicos, elétricos, 
químicos, biológicos e radiantes 
que podem provocar lesões nas 
mãos ou provocar doenças por 
intermédio delas. 
- Luvas de malhas de aço, de 
borracha, de neoprene e 
vinil, de couro, de raspa, de 
lona e algodão, etc. 
 
 
PROTEÇÃO DOS 
MEMBROS 
INFERIORES 
 
 
Contra impactos, eletricidade, 
metais em fusão, umidade, 
produtos químicos, objetos 
cortantes ou pontiagudos, agentes 
biológicos, etc. 
- Sapatos de segurança 
- Perneiras 
- Polainas 
- Botas (com biqueiras de 
aço, isolantes, etc., 
fabricados em couro, lona, 
borracha, etc). 
 
Qualidade e Certificado de Aprovação 
 
Os tipos dos EPI’s são determinados pelas características dos materiais 
empregados na sua fabricação e pelo método adequado à neutralização das 
agressividades contra as quais vão ser utilizados, como por exemplo, as luvas para 
manuseio de materiais abrasivos ou cortantes, que devem ser confeccionadas com 
material forte e resistente como a vaqueta ou a raspa de couro, e as luvas para 
manuseio de produtos químicos que devem ser confeccionadas com material 
impermeável e resistente ao tipo de produto a ser manipulado. 
Já, a qualidade dos EPI’s, está na adequação e qualificação dos materiais que o 
compõem e na tecnologia de sua fabricação. 
Entre as obrigações do empregador, está a de fornecer ao empregado somente 
EPI aprovado pelo MTE, que é feita através de um documento conhecido como 
Certificado de Aprovação, ou CA como é mais conhecido. Somente os EPI’s portadores 
do CA é que podem ser comercializados e utilizados. 
O fabricante deve submeter amostras do seu EPI a um órgão técnico credenciado 
pelo Ministério do Trabalho, que as submete a testes específicos segundo normas de 
ensaio nacionais e internacionais. 
 
 
 
18 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
Se aprovados, o órgão emite um laudo aprovando as amostras, e o Ministério do 
Trabalho, mediante o mesmo laudo, emite o CA, que tem a validade de 05 (cinco) anos. 
O CA garante, teoricamente, a qualidade do produto, isto porque o certificado de 
testes aprova somente as amostras, e daí por diante, depende do critério e honestidade 
do fabricante. 
 
5-Proteção Contra Incêndio 
 
5.1- Princípios básicos do Fogo 
Pode-se definir o FOGO como sendo uma reação química denominada de 
COMBUSTÃO, resulta de uma reação química em cadeia, que ocorre na medida em que 
atuem: a) combustível b) oxigênio, c) calor e d) continuidade da reação de combustão. 
 
TEORIA DA COMBUSTÃO 
Combustão é um processo de oxidação rápida autosustentada, acompanhada da 
liberação de luz e calor, de intensidade variáveis. Os principais produtos da combustão e 
seus efeitos à vida humana são: 
1. GASES (CO, HCN, CO2, HCl, SO2, NOx, etc., todos tóxicos); 
2. CALOR (pode provocar queimaduras, desidratação, exaustão, etc.); 
3. CHAMAS (se tiverem contato direto com a pele, podem provocar 
queimaduras); e 
4. FUMAÇA (a maior causa de morte nos incêndios, pois prejudica a 
visibilidade, dificultando a fuga). 
Combustível – É todo material, toda substância que possui a propriedade de queimar, de 
entrar em combustão. Os combustíveis podem ser: 
• Sólidos (madeira, papel, tecido, etc); 
• Líquidos (álcool, éter, gasolina, etc); 
• Gasosos (acetileno, butano, propano, etc). 
 
 
 
19 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
Comburente – É o oxigênio que, combinando-se com o material combustível, dá início à 
combustão. O ar atmosférico contém 21% de oxigênio, quando o mínimo necessário para 
que ocorra a combustão seria apenas 16%. 
 
Calor – É o elemento que possibilita a reação entre o combustível e o comburente 
(Oxigênio), mantendo e propagando a combustão. 
 
 
 
 
 
 
Até pouco tempo atrás, havia a figura do triângulo de fogo, que agora foi 
substituída pelo TETRAEDRO DO FOGO, pela inclusão da reação em cadeia. 
 Eliminando-se um desses 4 elementos, terminará a combustão e, 
consequentemente, o foco de incêndio. Pode-se afastar ou eliminar a substância que está 
sendo queimada, embora isto nem sempre seja possível. Pode-se eliminar ou afastar o 
comburente (oxigênio), por abafamento ou pela sua substituição por outro gás não 
comburente. Pode-se eliminar o calor, provocando o resfriamento, no ponto em que 
ocorre a queima ou combustão e pode-se eliminar ou afastar o combustível, apagando o 
fogo pelo método do isolamento. 
Incêndio 
Conceito – É o fogo descontrolado que causa danos materiais, prejuízo e, às vezes, 
perda de vidas humanas. Quanto a sua dimensão e de acordo com o seu poder de 
destruição, o incêndio classifica-se em: 
• princípio de incêndio; 
Reação em cadeia - é o processo de 
sustentabilidade da combustão, pela 
presença de radicais livres, que são formados 
durante o processo de queima do 
combustível. 
 
 
 
20 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
• incêndio médio; 
• catástrofe ou sinistro. 
Causas dos Incêndios – Três são as causas que dão origem aos incêndios: 
a) Causa Natural – Quando produzida por fenômenos da natureza, tais como: raios, 
terremotos, vulcões, etc. ou quando se origina de oxidação espontânea; 
b) Causa Acidental – Quando proveniente de descuido humano, sendo esta a causa 
principal dos incêndios; 
c) Causa Proposital – Quando o indivíduo põe fogo em um objeto com o propósito de 
destruí-lo, por vingança ou para receber indenizações. Neste caso, o incêndio é 
premeditado, ocorrendo uma ação criminosa. 
Classes de Incêndio – De acordo com o tipo de combustível que está sendo queimado, 
os incêndios classificam-se em quatro classes. O conhecimento dessas classes é de 
fundamental importância no combate ao incêndio, pois o processo de extinção e o tipo de 
extintor a ser usado dependem da classe de incêndio. 
 
CLASSE DE 
INCÊNDIO 
CARACTERÍSTICAS DO FOGO MATERIAL 
COMBUSTÍVEL 
A 
Fogo em materiais de fácil 
combustão, com a propriedade de 
queima em sua superfície e 
profundidade, deixando resíduos. 
Tecidos, madeiras, 
papéis, fibras, etc. 
B 
Fogo em produtos que queimam 
somente em sua superfície, não 
deixando resíduos. 
Graxas, vernizes, 
tintas, gasolina, etc. 
C 
Fogo em equipamentos elétricos 
energizados 
Motores, 
transformadores, 
quadros de 
distribuição, fios sob 
tensão, etc. 
D Fogo em elementos pirofóricos Magnésio, zircônio, titânio, etc. 
 
Agentes Extintores 
Agentes Extintores são todas as substâncias aplicadas para interromper uma 
combustão, a partir de um ou mais de um dos métodos de extinção. 
 
 
 
21 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
São considerados agentes extintores básicos, em virtude da sua atuação sobre o fogo, 
conforme os métodos expostos, as seguintes substâncias: 
• Água: 
• Espuma; 
• Pó Químico Seco (PQS); 
• Gás Carbônico (CO2). 
 
Basicamente, a extinção de um incêndio é feita por uma ação de resfriamento ou 
abafamento, ou uma união das duas ações. 
a) Resfriamento - Usa-se a água, normalmente, como agente extintor e pode ser 
aplicada sob a forma de jato ou neblina. 
b) Abafamento - Consiste na retirada do oxigênio, podendo ser usados a espuma, gás 
carbônico, pó químico seco e pó químico especial. 
 
Como podemos observar no quadro abaixo, para cada classe de incêndio, há um 
agente apropriado, não havendo um agente extintor universal, isto é, que seja aplicado 
em todas as classes sem distinção. Portanto, diante desta condição, apresentamos um 
resumo sobre as características e aplicabilidade dos agentes extintores aqui estudados: 
 
 
AÇÃO EXTINTORA 
AGENTE EXTINTOR CLASSE “A” 
CLASSE 
“B” 
CLASSE 
“C” 
CLASSE 
“D” PRINCIPAL SECUNDÁRIA 
Jato Sólido 
(H2 O) 
ÓTIMO PÉSSIMO PERIGOSO IMPROPRIO Resfriamento ********** 
Á
G
U
A 
Neblina 
(H2 O) 
BOM BOM PERIGOSO IMPRÓPRIO Abafamento Resfriamento 
(*) Química 
AL2(SO4) e 
NaHCO3 
REGULA
R ÓTIMO PERIGOSO IMPRÓPRIO Abafamento Resfriamento 
ES
PU
M
A
 
Mecânica 
(LGE) 
REGULA
R ÓTIMO PERIGOSO IMPRÓPRIO Abafamento Resfriamento 
GÁS CARBÔNICO 
(C02 ) 
REGULA
R BOM ÓTIMO IMPRÓPRIO Abafamento Resfriamento 
Pó Químico Seco 
NaHCO3 e KHCO3 
REGULA
R BOM ÓTIMO BOM Abafamento *********** 
 
 
 
22 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
ÓTIMO – é o agente extintor mais apropriado; 
BOM – é o 2º agente extintor indicado; 
REGULAR – indicado apenas no início do fogo; 
PÉSSIMO – não indicado por incentivar o fogo; 
PERIGOSO – não indicado por conduzir eletricidade; 
IMPRÓPRIO – não indicado por causar explosão; 
(*) – a espuma química está saindo do mercado. 
 
5.2- Instalações Contra Incêndio 
As instalações contra incêndio são classificadas em dois tipos básicos: 
Instalações Móveis - Podem ser deslocadas de um ponto para outro (Ex.: 
EXTINTORES). Dependendo do sistema de locomoção e das facilidades de transporte, 
podem ser classificados em portáteis, rebocáveis e automotoras. 
 
Extintores de Incêndio - São aparelhos de acionamento manual, constituídos de 
recipiente e acessórios contendo o agente extintor destinado a combater princípios de 
incêndio. 
 
De acordo com as suas capacidades, os extintores são classificados em 
PORTÁTEIS (que possuem massa total - agente extintor mais aparelho - até 25 Kg) e 
REBOCÁVEIS (que possuem massa total - agente extintor mais aparelho - superior a 25 
Kg e são montados sobre rodas). 
 
a) Extintores Portáteis - Este é o tipo mais comum de instalações contra incêndio e são 
encontrados em quatro versões básicas: 
 
• ÁGUA, ESPUMA, GÁS GARBÔNICO e PÓ QUÍMICO SECO 
 
É preciso conhecer muito bem cada tipo de extintor, pois, para cada classe de 
incêndio, há um extintor mais apropriado. 
 
b) Extintores Rebocáveis - São semelhantes aos extintores portáteis, 
 
 
 
23 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
isto é, contêm os mesmos agentes extintores (ÁGUA, ESPUMA, GÁS CARBÔNICO e PÓ 
QUÍMICO SECO). A diferença consiste apenas em tamanho, pois são extintores de maior 
porte, o que torna necessário rebocadores para transportá-los. 
 
l) Não basta instalar os extintores. É necessário e imprescindível que seja cumprido o que 
estabelece o INMETRO no tocante à vistoria, manutenção e recarga dos extintores; 
 
2) Por ocasião da recarga dos extintores, deve-se escolher para este tipo de serviço uma 
empresa que preencha os seguintes requisitos: 
a) seja credenciada para esta atividade; 
b) possua técnicos altamente especializados; 
c) disponha de equipamentos adequados; 
d) trabalhe com peças originais para substituir as danificadas. 
 
Instalações Fixas - Fazem parteda estrutura do prédio e podem ser: 
• Manuais - funcionam mediante manobra do operador (Ex.: HIDRANTES); 
• Automáticas - funcionam sem a interferência do homem (Ex.: SPRINKLERS). 
 
 
6- Riscos e Prevenção de Acidentes em Máquinas 
 
A seleção e aplicação das diferentes técnicas de segurança em máquinas 
requerem um envolvimento e participação dos diferentes atores que participam da cadeia 
produtiva. Além das empresas que compram e dos trabalhadores que operam com as 
máquinas, nesta cadeia participam ainda os setores de fabricação e projeto, de venda, 
dos serviços de instalação e de manutenção. 
Do ponto de vista da segurança, os fabricantes e projetistas tem um papel 
privilegiado, pois podem interferir neste ciclo, assegurando que a máquina nasça com 
segurança desde o berço. A adaptação de proteções, com a máquina já em 
funcionamento é muito mais difícil e onerosa. Os trabalhadores usuários das máquinas, 
 
 
 
24 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
por conhecer de perto o sistema de produção e a atividade a ser desenvolvida, têm uma 
grande contribuição na escolha e acompanhamento do funcionamento dos mecanismos 
de segurança. 
Além dos riscos mecânicos, as máquinas podem representar outros riscos aos 
trabalhadores (ruído, calor, vibração, radiação, etc) conforme discriminado no roteiro 
para avaliação de riscos abaixo. 
 
Ruído 
Verificar níveis emitidos em torno da máquina e na altura do ouvido do operador. 
Verificar a necessidade de medidas coletivas para atenuação do ruído emitido na fonte 
(exemplo de EPC). 
 
Vibração 
Verificar a existência de vibração durante o funcionamento da máquina e se esta 
vibração atinge o operador ou colegas. Verificar existência de medidas de atenuação e 
controle como suportes de amortecimento, barreiras de absorção sonora etc. Podem ser 
necessárias avaliações médicas específicas para trabalhadores expostos (riscos de 
leões vasculares e neurológicas). 
 
Temperaturas extremas 
Verificar se a máquina possui fonte de aquecimento e emissão de calor para o 
ambiente, ou retira calor resfriando o local de trabalho. Pode ser necessária avaliação de 
índice de sobrecarga térmica. Barreiras para proteção do trabalhador, controle médico, 
pausas fora do ambiente e outras medidas de atenuação podem ser necessárias no caso 
de exposição a temperaturas extremas. 
 
Risco de incêndio e ou explosão 
Verificar a possibilidade de formação de mistura explosiva devido emanação de 
solventes voláteis que possam entrar em contato com fontes de calor ou faísca. Verificar 
a possibilidade de formação de pressão interna com gases ou fluídos em vasos e 
 
 
 
25 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
recipientes. Verificar existência de válvulas de alívio de segurança para evitar pressão 
interna excessiva. Podem ser necessárias válvulas corta chama ou contra retrocesso de 
gás em equipamentos específicos. 
Verificar medidas de controle para materiais inflamáveis (afastamento, rotulagem 
etc). Verificar a existência de extintores de incêndio específicos para cada classe de 
fogo. 
 
Emissão de poeiras ou gases 
Verificar se a máquina emite partículas ou gases ou névoas nocivas ou 
incômodas. Neste caso verificar a existência ou necessidade de instalação de sistema de 
ventilação local (exaustor), como proteção coletiva aos trabalhadores. 
Os efluentes gasosos que representam riscos só podem ser emitidos para a 
atmosfera após retenção de poluentes. Medidas de controle médico específico podem 
ser necessárias quando ocorre exposição dos operadores a poeiras e gases. 
 
Ergonomia 
Verificar se a máquina se adequa às características e necessidades dos 
operadores. Verificar se a operação da máquina exige movimentos com excesso e força, 
movimentos repetitivos, posição estática e ou incômoda ao trabalhador, existência de 
máquinas ou saliências que forçam grupos musculares. Podem ser necessárias medidas 
de organização do trabalho como pausas regulares de 10 minutos para cada hora 
trabalhada, proibição de prêmios de produtividade, minimização de jornada ou proibição 
de horas extras no caso de risco ergonômico elevado. 
Verificar condições do mobiliário, existência de assentos adequados. Trabalho em 
pé requer bancos para os momentos de pausa. Outras exigências devem ser verificadas 
como esforço visual e iluminação, umidade etc. 
 
Riscos biológicos 
Verificar se a máquina ou equipamento é utilizado para manipulação de material 
biológico, sangue, vírus, bactéria, fungos, etc. Verificar existência de medidas de 
 
 
 
26 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
isolamento ou controle coletivo. Podem ser necessários medidas de ordem médica como 
vacinação dos operadores, por exemplo. 
 
Riscos elétricos 
Verificar se trabalhadores ficam em contato com alguma parte energizada (contato 
direto) ou a ocorrência de falhas na máquina pode provocar descarga elétrica em seus 
componentes. 
Verificar se a máquina é aterrada e se existe malha de aterramento adequada. 
Verificar se o sistema de acionamento elétrico é protegido de modo a evitar sobrecargas 
ou faíscas (acionamento deve ser feito com chave blindada e não com chave de faca). 
 
Trabalho em altura/ riscos de queda 
Verificar a existência de trabalho em altura com risco de queda dos operadores. 
Máquinas de grande porte podem exigir que o operador acesse locais elevados para 
operação, inspeção ou limpeza. Estes locais devem ser providos de plataformas 
adequadas, pisos antiderrapantes, sistema de guarda corpo e rodapé e escadas fixas, 
com corrimão para acesso. Os pisos no solo devem ser regulares e limpos. 
 
6.1 Requisitos Mínimos para Proteção de Máquina 
 
A proteção de uma máquina tem que atender aos seguintes requisitos para 
garantir segurança contra os riscos mecânicos: 
 
Prevenir contato 
A proteção tem que impedir ou prevenir que as mãos, braços ou qualquer parte do 
corpo ou vestimenta de um trabalhador entre em contato com as partes móveis 
perigosas, eliminando a possibilidade de acidentes. 
 
 
 
 
 
 
27 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
Ter estabilidade no tempo 
As proteções e dispositivos de segurança devem ser feitos de material durável que 
suporte as condições de uso, sendo firmemente afixados à máquina. Somente pessoas 
autorizadas, normalmente só o pessoal de manutenção ou teste pode, temporariamente, 
remover, deslocar, ou retirar uma proteção. 
 
Proteger de queda de objetos 
A proteção deve assegurar que nenhum objeto possa cair nas partes móveis, 
danificando o equipamento ou se tornando um projétil, que pode ser arremessado contra 
uma pessoa causando ferimento. 
 
Não criar perigos novos 
Uma proteção perde seu objetivo quando cria em si um perigo adicional, tal como 
um ponto de cisalhamento, uma extremidade dentada ou uma superfície inacabada. 
Sistemas de alimentação automática como robôs, podem ser usados como proteção 
desde que o movimento de seus braços, por exemplo, não representem riscos aos 
trabalhadores. 
 
Não criar interferência 
Proteções que impedem ou dificultam os trabalhadores de executar normalmente 
suas atividades são rapidamente desconsideradas e deixadas de lado. Componentes 
para lubrificação, por exemplo, devem ser instalados de fora de uma porta de proteção, 
de modo que a lubrificação possa ser feita sem necessidade de ingresso do trabalhador 
na área de risco. 
 
6.2- Normas de Segurança para Trabalhos de Manutenção. 
As empresas têm obrigação legal de instruir seus empregados por meio de ordens 
de serviço, no caso normas específicas de segurança para cada atividade. 
Os setores de manutenção devem possuir essas normas para os trabalhos que 
são exercidos pela sua equipe e devem instruí-la para o seu bom cumprimento. O 
 
 
 
28 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
SESMT, por ser um órgão da empresa (na falta deste, a CIPAMIN) é que deve 
desenvolverou propiciar essas normas e atualizá-las sempre que for necessário, de 
preferência com a participação dos envolvidos no seu cumprimento. 
O planejamento de serviços maiores como paradas de setores, de máquinas, 
equipamentos e outros, deve incluir a segurança como um dos itens a serem observados 
nos trabalhos que seram realizados. 
Um roteiro de segurança deve ser estudado e aplicado em trabalhos de 
manutenção fora da rotina do dia-a-dia, para a qual não existe norma específica. Tal 
roteiro deve ser estudado pelo pessoal da manutenção em conjunto com o SESMT e na 
ausência deste, a CIPAMIN. 
Ponto de destaque entre essas normas todas é o que se referem ao uso de cartão 
de advertência do perigo e do bloqueio de fontes de energia por ocasião de certos 
serviços e reparos, limpezas, ajuste e preparo de máquinas e equipamentos. 
 
6.2.1- Bloqueio de fontes de energia e cartão de advertência 
O bloqueio de fontes de energia para máquinas ou equipamentos que vão passar 
por processo de reparo, limpeza ou outros, deve ser feito com cadeado e dispositivos 
auxiliares, após a interrupção do fornecimento da energia pelo meio disponível em cada 
caso. Como complemento usa-se o tradicional cartão de advertência que, por si só, não 
impede que a energia venha a ser usada de forma incorreta. Para casos em que o 
bloqueio com cadeado não pode ser aplicado, e quando o movimento da máquina ou 
equipamento é indispensável para o preparo ou ajustes da operação, é mandatório que 
se estabeleçam procedimentos específicos para garantir a segurança do trabalho e 
também que o pessoal esteja bem treinado na sua observação. 
A finalidade do bloqueio, sempre que seja aplicável, é evitar que máquinas e 
equipamentos sejam acionados sem autorização ou acidentalmente, ou que parte dela 
entre em movimento devido a alguma falha, ocasionando risco de prensamento de 
dedos, mãos ou qualquer outra parte dos trabalhadores. Este bloqueio serve também 
para prevenir o escape de fluidos agressivos de suas canalizações e o contato do 
trabalhador com partes energizadas. 
 
 
 
29 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
 
Fontes de energia que devem ser bloqueadas 
As fontes de energia que devem ser bloqueadas, quando recomendável, são 
elétricas, pneumáticas, hidráulicas, vapor, térmica, química e outras diferenciadas, como 
tensão de molas e peças suspensas que podem descer inesperadamente ou cair. 
 
Normas de Segurança para Bloqueio de fontes de energia 
É imprescindível que haja uma norma escrita que determine os procedimentos a 
serem seguidos na aplicação do bloqueio de fontes de energia. Todos os envolvidos 
devem ser instruídos sobre essas normas e treinamentos para a sua avaliação correta. 
 
Cartão de Advertência 
 Este cartão é usado tradicionalmente para: 
� Identificar máquinas, equipamentos ou instalações que estão em regime de 
manutenção, limpeza ou outros; 
� Informar que há pessoas trabalhando neles; 
� Alertar para que eles não sejam acionados; 
Somente o cartão, no entanto, não é suficiente para proporcionar toda segurança 
necessária para os trabalhos, mas é um complemento importante do procedimento de 
bloqueio de fontes de energia para que os serviços possam ser realizados com plena 
segurança. 
 
Exemplo de Cartão 
Tipos de cartão de advertência que podem ser usados: 
� Um dos modelos comercializados por firmas especializadas em cartazes, sinalizações 
etc. que são de uso permanente por um trabalhador; 
� Um desses modelos, porém personalizado, isto é, com o nome do trabalhador e da 
empresa; 
� Cartão que inclui também foto de seu usuário; 
 
 
 
30 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
� Um modelo exclusivo, impresso para ser usado individualmente em cada trabalho, no 
qual, além do nome e logotipo da empresa, deve constar um campo para anotar, no 
mínimo: 
o Nome do responsável pelo serviço e o número do seu prontuário (ou da 
chapa, como algumas empresas preferem); 
o O setor ao qual pertence; 
o A função que exerce na empresa; 
o A data do início do serviço; 
o Nome da máquina ou equipamento em manutenção; 
o Serviço a ser realizado. 
Devem constar também os dados tradicionais alertando, pelo menos, sobre o 
seguinte: 
� CUIDADO e PERIGO; 
� Há pessoas trabalhando nesta máquina ou equipamento; 
� Somente o usuário deste cartão poderá removê-lo. 
 
Os cartões emitidos individualmente para cada trabalho são preferíveis porque 
possibilitam melhor controle sobre os serviços realizados em regime de bloqueio de 
fontes de energia. 
 
6.2.2- Cadeados e dispositivos auxiliares 
 
Cadeados 
Os cadeados usados no programa de travamento de fontes de energia devem: 
 
 
 
31 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
� Ser de marca e modelo diferentes dos demais utilizados na empresa, evitando assim 
que venham a ser usados para outras finalidades; 
� Ter algum tipo de identificação do usuário ao qual pertence; 
� Ser do tipo que não se abre com chave mestre. 
Dispositivos auxiliares 
Quando o serviço tem de ser feito por mais de um trabalhador é necessário aplicar 
no ponto do travamento um dispositivo que permita a cada um dos envolvidos usar o seu 
cadeado. Esta multi-aplicação de cadeados tem a finalidade de: 
� Dar a todos envolvidos a mesma oportunidade de trabalhar com segurança; 
� Evitar que um dos envolvidos no trabalho tente acionar a máquina ou equipamento 
antes que todos os serviços tenham sido concluídos. 
 
 
 
Casos especiais de bloqueio 
Em casos especiais de bloqueio, quando volantes de válvulas devem ser travados, 
pode-se, em caso de volantes grandes, usar uma simples corrente na qual se instala o 
cadeado. Em outros casos, será necessário adotar dispositivos auxiliares especiais que 
já são encontrados comercialmente. 
 
Operacionalização do sistema de bloqueio de fontes de energia 
O sistema de bloqueio de energia deve ser aplicado em todos os serviços de 
manutenção – reparos, limpeza e outros, sempre que for realizado em segmento de 
maquinaria no qual o trabalhador possa sofrer algum tipo de prensamento ou ser 
atingindo por corrente elétrica ou fluxo de fluídos agressivos. 
O trabalhador responsável pelo serviço deve antes de iniciá-lo: 
 
 
 
32 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
� Desligar a energia elétrica e bloquear o fornecimento com um cadeado e dispositivos 
auxiliares; 
� Aterrar capacitor, se existente; 
� Colocar o cartão de advertência, no ponto de bloqueio, devidamente preenchido, se o 
cartão tiver pontos para preencher; 
� Neutralizar e bloquear outras eventuais fontes de energia – requisitar cadeados 
extras se necessário; 
� Drenar eventuais resíduos de sistema hidráulico, ar comprimido, gás e água sobre 
pressão; 
� Neutralizar tensão de molas e risco de queda ou descida inesperada de peças 
elevadas. 
� Certificar-se de que todas as fontes de energia estão devidamente neutralizadas e 
bloqueadas; 
� Certificar de que os outros envolvidos aplicaram seus cadeados no dispositivo de 
multi-aplicação de cadeado; 
� Remover seu cadeado de bloqueio ao terminar o trabalho (esperar que outros façam 
o mesmo se for o caso) e submeter à máquina ou outro equipamento ao teste final; 
� Obter a aprovação da supervisão da área e do SESMT ou CIPAMIN, quando estes 
estiverem envolvidos na aprovação final do serviço executado; 
� Entregar o serviço após ter certeza de que tudo estar em ordem, principalmente se os 
dispositivos de segurança estão nos devidos lugares e funcionando corretamente. 
 
 
7-Comissão Interna de Prevenção de Acidentes na Mineração – CIPAMIN 
 
A empresa de mineração ou Permissionário de Lavra Garimpeira que admita 
trabalhadores como empregados deve organizar e manter em regular funcionamento, na 
forma prevista na NR-22, em cada estabelecimento, uma Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes - CIPA, doravante denominada CIPA na Mineração- CIPAMIN. 
 
 
 
 
33 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
7.1-Objetivo da CIPAMIN 
 A CIPAMIN tem por objetivo observar e relatar as condições de risco no ambiente 
de trabalho, visando à prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho na 
mineração, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a segurança 
e a saúde dos trabalhadores. 
7.2- Composição da CIPAMIN 
A CIPAMIN será composta de representante do empregador e dos empregados e 
seus respectivos suplentes, de acordo com as proporções mínimas constantes no 
Quadro III, a seguir: 
 
 
Quadro III - Dimensionamento da CIPAMIN 
N.º de empregados 
no 
estabelecimento 
 
15 
a 
30 
31 
a 
50 
51 
a 
100 
101 
a 
250 
 
251 
a 
500 
 
501 
a 
1.000 
1.00
1 
a 
2.50
0 
 
2.501 
a 
5.000 
Acima de 
5.000 para 
cada grupo 
de 500 
acrescentar 
N. º de representantes 
titulares do empregador 
1 1 1 1 1 1 1 1 --- 
N. º de representantes 
suplentes do empregador 
1 1 1 1 1 1 1 1 ---- 
N. º de representantes 
titulares dos empregados 
1 2 3 4 5 6 9 12 4 
N. º de representantes 
suplentes do empregados 
1 1 1 1 2 2 3 4 2 
 
• A composição da CIPAMIN deverá observar critérios que permitam estar 
representados os setores que ofereçam maior risco ou que apresentem maior 
número de acidentes do trabalho. 
 
 
 
 
34 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
• Os setores de maior risco deverão ser definidos pela CIPAMIN com base nos dados 
do PGR, no relatório anual do PCMSO, na estatística de acidentes do trabalho 
elaborada pelo SESMT e outros dados e informações relativas à segurança e saúde 
no trabalho disponíveis na empresa. 
 
• Quando o estabelecimento não se enquadrar no Quadro III da NR – 22, a empresa 
ou Permissionário de Lavra Garimpeira deverá designar e treinar em prevenção de 
acidentes um representante para cumprir os objetivos da CIPAMIN, o qual deverá 
promover a participação dos trabalhadores nas ações de prevenção de acidentes e 
doenças profissionais. 
• Observado o dimensionamento do Quadro III, a CIPAMIN deverá ser composta de 
forma a abranger a representatividade de todos os setores da empresa, podendo, se 
for o caso, agrupar áreas ou setores preferentemente afins. 
• Os candidatos interessados deverão inscrever-se para representação da sua área ou 
setor de trabalho. 
• A eleição será realizada por área ou setor e os empregados votarão nos inscritos de 
sua área ou setor de trabalho. 
• Assumirá a condição de titular da CIPAMIN o candidato mais votado na área ou setor 
de trabalho. 
• Assumirá a condição de suplente, considerando o Quadro III, dentre todos os outros 
candidatos, o mais votado, desconsiderando a área ou setor de trabalho. 
• O mandato dos membros eleitos da CIPAMIN terá duração de um ano, permitida uma 
reeleição. 
• O Presidente da CIPAMIN bem como o representante suplente do empregador serão 
por este indicados. 
• O Vice-Presidente da CIPAMIN será escolhido entre os representantes titulares dos 
empregados. 
 
 
 
 
 
 
35 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
7.3- A CIPAMIN terá como atribuições: 
a. Elaborar o Mapa de Riscos devendo encaminhá-lo ao empregador e ao SESMT, 
quando houver; 
b. Recomendar a implementação de ações para o controle dos riscos identificados; 
c. Analisar e discutir os acidentes do trabalho e doenças profissionais ocorridos, 
propondo e solicitando medidas que previnam ocorrências semelhantes e orientando 
os demais trabalhadores quanto à sua prevenção; 
d. Estabelecer negociação permanente no âmbito de suas representações para a 
recomendação e solicitação de medidas de controle ao empregador; 
e. Acompanhar a implantação das medidas de controle e do cronograma de ações 
estabelecido no PGR e no PCMSO; 
f. Participar das inspeções periódicas dos ambientes de trabalho programadas pela 
empresa ou SESMT, quando houver, seguindo cronograma negociado com o 
empregador; 
g. Realizar reuniões mensais em local apropriado e durante o expediente normal da 
empresa, obedecendo ao calendário anual, com lavratura das respectivas Atas em 
livro próprio; 
h. Realizar reuniões extraordinárias quando da ocorrência de acidentes de trabalho 
fatais ou que resultem em lesões graves com perda de membro ou função orgânica 
ou que cause prejuízo de monta, no prazo máximo de 48hs após sua ocorrência; 
i. Requerer do SESMT, quando houver, ou do empregador ciência prévia do impacto à 
segurança e à saúde dos trabalhadores de novos projetos ou de alterações 
significativas no ambiente ou no processo de trabalho, revisando, nestes casos, o 
Mapa de Riscos elaborado; 
j. Requisitar à empresa ou ao Permissionário de Lavra Garimpeira as cópias da 
Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT) emitidas; 
k. Realizar, anualmente, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho na 
Mineração, SIPATMIN, com divulgação do resultado das ações implementadas pela 
CIPAMIN. 
 
 
 
 
36 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
7.4- Treinamento da CIPAMIN 
O treinamento para membros da CIPAMIN poderá ser ministrado pelo SESMT, 
entidades sindicais de empregadores ou de trabalhadores ou por profissionais que 
possuam conhecimentos sobre os temas ministrados, escolhidos de comum acordo entre 
o empregador e os membros da Comissão. 
O empregador deverá proporcionar a CIPAMIN os meios e condições necessárias ao 
desempenho de suas atribuições. 
• O currículo do curso previsto neste item deverá abranger os riscos de acidentes e 
doenças profissionais constantes no PGR, as medidas adotadas para eliminar e 
controlar aqueles riscos, além de técnicas para elaboração do Mapa de Riscos e 
metodologias de análise de acidentes. 
• A carga horária do curso de prevenção de acidentes e doenças profissionais deverá 
ser de quarenta horas anuais, das quais vinte horas serão ministradas antes da posse 
dos membros da CIPAMIN. 
• Havendo no estabelecimento empresas prestadoras de serviços ou empreiteiras que 
não se enquadrem no Quadro III, estas deverão indicar pelo menos um representante 
para participar das reuniões da CIPAMIN da contratante. 
 
 
“A prevenção de acidentes é o caminho para a melhoria da 
qualidade de vida do trabalhador. É preciso trabalhar com convicção 
de que pode ser alcançada com boa vontade por parte de todas as 
pessoas envolvidas e persistência de objetivos”. 
 
8-Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração 
 
8.1- Processo industrial 
A mineração é um dos ramos de atividades que apresentam maior índice de 
acidentes do trabalho, além da exposição aos fatores de riscos físicos , químicos , 
 
 
 
37 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
biológicos e ergonômicos passíveis de produzir doenças do trabalho. Desse modo, a 
legislação deu tratamento especial aos empregados desse setor e regras especiais, de 
forma que lhes garanta a segurança e a saúde ocupacional. 
As minerações podem ser a céu aberto e subterrânea, sendo que a Norma 
regulamentadora 22 (NR -22) também considera em seu campo de aplicação aos 
garimpos, beneficiamentos minerais e pesquisa. De forma simplificada, o processo de 
mineração é composto das fases ilustradas no diagrama de bloco a seguir: 
 
 
 
a) Furação 
 Nesta fase, é feita a furação da rocha nas frentes de lavra, utilizando-se as 
perfuratrizes para posterior carregamento com explosivos. 
 Fatores de Riscos: Ruído, vibração, poeira, agentes ergonômicos e riscos 
mecânicos. 
b) Desmonte 
O desmonte pode ser feito com explosivo, hidráulico ou carregadeira e 
escavadeira, dependendo das características da mina. No desmonte com explosivos, são 
feitos o carregamento, transporte e manuseio deste, além da detonação e verificação de 
fogo falhado. 
 Fatores de risco: Os fatores de risco dependem do processo de desmonte, no 
entanto, em geral destacam-se os seguintes: explosões, umidade excessiva no 
desmonte hidráulico,ruído, vibração, poeira, gases provenientes da detonação, alem dos 
riscos ergonômicos e mecânicos. 
Furação Desmonte 
Carregamento e 
Transporte 
Britagem e 
Peneiramento Beneficiamento 
Estocagem e 
Expedição 
 
 
 
38 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
 
c) Carregamento e transporte 
 
O minério nas frentes de trabalho, após o desmonte, é transportado por meio de 
caminhão fora de estrada, correias transportadora ou outros mecanismos, dependendo 
das características da mineração. O carregamento do minério nos transportadoras ou 
caminhões normalmente é feito com auxilio de carregadeira. 
Fatores de risco: Ruído, vibração, poeiras agentes ergonômicos e diversos riscos 
mecânicos. 
d) Britagem/ peneiramento – Beneficiamento – Estocagem / Expedição 
O minério desde a britagem até a estocagem, passa por diversos fatores de 
riscos, como: Ruído, vibração, poeira, agentes ergonômicos e diversos riscos mecânicos. 
 
Outro aspecto importante a ser considerado, na atividade de mineração, é que os 
fatores de riscos dependem do tipo de mineração subterrânea ou a céu aberto. Na 
primeira as condições de saúde e segurança são agravadas por ser um local confinado. 
Por esta razão, a consolidação das leis do trabalho (CLT) concede tratamento especial 
nesse tipo de mineração, conforme os arts. 297 a 301 a seguir: 
“ Art. 297. ao empregado no subsolo será fornecida, pelas empresas exploradoras 
de minas, alimentação adequada à natureza do trabalho, de acordo com as instruções 
estabelecidas pelo Departamento Nacional de Segurança do trabalho (atualmente 
Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho.” 
“Art. 298. Em cada período de três horas de trabalho, será obrigatória um a pausa 
de quinze minutos para repouso, a qual será computada na duração normal de trabalho 
efetivo.” 
“Art. 299. Quando nos trabalhos de subsolo ocorrer acontecimentos que possam 
comprometer a vida ou saúde do empregado, deverá a empresa comunicar o fato 
imediatamente à autoridade regional do trabalho do Ministério do Trabalho.” 
Art. 300. Transferência do trabalhador por motivo de saúde do subsolo para 
trabalhar na superfície. 
 
 
 
39 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
“Art. 301. O trabalho no subsolo somente será permitido a homens, com idade 
compreendida entre vinte e um e cinqüenta anos, assegurada a transferência para a 
superfície nos termos previstos no artigo anterior.” 
A NR - 22 da portaria n° 3.214, visando à proteção da segurança e saúde dos 
trabalhadores em mineração, estabelece detalhadamente medidas de segurança que 
deverão ser adotadas em todo tipo de mineração, de forma que eliminem ou minimizem 
os fatores de risco nesta atividade. 
 
8.2- Objetivo da Segurança e Saúde Ocupacional na mineração 
 
Esta Norma Regulamentadora tem por objetivo disciplinar os preceitos a serem 
observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o 
planejamento e o desenvolvimento da atividade mineira com a busca permanente da 
segurança e saúde dos trabalhadores. 
 
8.3- Das Responsabilidades da Empresa e do Permissionário de Lavra Garimpeira 
Cabe à empresa, ao Permissionário de Lavra Garimpeira e ao responsável pela 
mina a obrigação de zelar pelo estrito cumprimento da NR-22, prestando as informações 
que se fizerem necessárias aos órgãos fiscalizadores. 
A empresa, o Permissionário de Lavra Garimpeira ou o responsável pela mina deve 
indicar aos órgãos fiscalizadores os técnicos responsáveis de cada setor. 
Quando forem realizados trabalhos através de empresas contratadas pela empresa 
ou Permissionário de Lavra Garimpeira, no contrato deverá constar o nome do 
responsável pelo cumprimento da presente Norma Regulamentadora. 
 
8.4- Compete ainda à empresa ou Permissionário de Lavra Garimpeira: 
 
a) interromper todo e qualquer tipo de atividade que exponha os trabalhadores a 
condições de risco grave e iminente para sua saúde e segurança; 
b) garantir a interrupção das tarefas, quando proposta pelos trabalhadores, em função da 
existência de risco grave e iminente, desde que confirmado o fato pelo superior 
hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis; e 
 
 
 
40 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
c) fornecer às empresas contratadas as informações sobre os riscos potenciais nas áreas 
em que desenvolverão suas atividades. 
A empresa ou Permissionário de Lavra Garimpeira coordenará a implementação 
das medidas relativas à segurança e saúde dos trabalhadores das empresas contratadas 
e proverá os meios e condições para que estas atuem em conformidade com esta Norma. 
Cabe à empresa ou Permissionário de Lavra Garimpeira elaborar e implementar o 
Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional - PCMSO, conforme estabelecido na 
Norma Regulamentadora n.º 7. 
Cabe à empresa ou Permissionário de Lavra Garimpeira elaborar e implementar o 
Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR, contemplando os aspectos desta Norma, 
incluindo, no mínimo,os relacionados a: 
a) riscos físicos, químicos e biológicos; 
b) atmosferas explosivas; 
c) deficiências de oxigênio; 
d) ventilação; 
a) proteção respiratória; 
e) investigação e análise de acidentes do trabalho; 
f) ergonomia e organização do trabalho; 
g) riscos decorrentes do trabalho em altura, em profundidade e em espaços confinados; 
h) riscos decorrentes da utilização de energia elétrica, máquinas, equipamentos, veículos 
e trabalhos manuais; 
i) equipamentos de proteção individual de uso obrigatório, observando-se no mínimo o 
constante na Norma Regulamentadora n.º 6 
j) estabilidade do maciço; 
k) plano de emergência; e 
l) outros resultantes de modificações e introduções de novas tecnologias. 
 
O Programa de Gerenciamento de Riscos, suas alterações e complementações 
deverão ser apresentados e discutidos na CIPAMIN, para acompanhamento das medidas 
de controle. 
 
 
 
41 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
O Programa de Gerenciamento de Riscos deve considerar os níveis de ação acima 
dos quais devem ser adotadas medidas preventivas, de forma a minimizar a probabilidade 
de ultrapassagem dos limites de exposição ocupacional, implementando-se princípios 
para o monitoramento periódico da exposição, informação dos trabalhadores e o controle 
médico, considerando as seguintes definições: 
 
 
8.5 - Das Responsabilidades dos Trabalhadores 
Compete aos trabalhadores; 
a) zelar pela sua segurança e saúde ou de terceiros que possam ser afetados por suas 
ações ou omissões no trabalho, colaborando com a empresa ou Permissionário de Lavra 
Garimpeira para o cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive das 
normas internas de segurança e saúde e 
b) comunicar, imediatamente, ao seu superior hierárquico as situações que considerar 
representar risco para sua segurança e saúde ou de terceiros. 
 
8.6- Dos Direitos dos Trabalhadores 
 
São direitos dos trabalhadores: 
a) interromper suas tarefas sempre que constatar evidências que representem riscos 
graves e iminentes para sua segurança e saúde ou de terceiros, comunicando 
imediatamente o fato a seu superior hierárquico que diligenciará as medidas cabíveis; e 
b) ser informados sobre os riscos existentes no local de trabalho que possam afetar sua 
segurança e saúde. 
 
8.7 – Organização dos locais de trabalho 
 
Neste item, além da exigência do projeto adequado nos locais de trabalho 
segundo princípios ergonômicos, a NR- 22 determina que certas atividades devem ser 
realizadas em equipe com no mínimo 2(dois) trabalhadores, como se segue: 
a) no subsolo, nas atividades de: 
• Abatimento manual de choco e bloco instáveis; 
 
 
 
42 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
• Contenção de maciço desarticulado; 
• Perfuração manual; 
• Carregamentos de explosivos, detonação e retirada de fogos 
falhados. 
b) A céu aberto, nas atividades de carregamento de explosivos, detonaçãoe 
retirada de fogos falhados. 
 
8.8- Circulação e transporte de pessoas e materiais 
 
• Toda mina deve possuir plano de trânsito estabelecendo regras de preferência de 
movimentação e distâncias mínimas entre máquinas, equipamentos e veículos 
compatíveis com a segurança, e velocidades permitidas, de acordo com as condições 
das pistas de rolamento. 
• Equipamentos de transporte de materiais ou pessoas devem possuir dispositivos de 
bloqueio que impeçam seu acionamento por pessoas não autorizadas. 
• Equipamentos de transporte sobre pneus, de materiais e pessoas, devem possuir, 
faróis, luz e sinal sonoro de ré acoplado ao sistema de câmbio de marchas, buzina e 
sinal de indicação de mudança do sentido de deslocamento e espelhos retrovisores. 
• Sempre que houver via única para circulação de pessoal e transporte de material ou 
trânsito de veículo no subsolo, a galeria deverá ter a largura mínima de 1,50m além 
da largura do maior veículo que nela trafegue, além do estabelecimento das regras de 
circulação. 
• O veículo utilizado para transporte de pessoas deve atender, no mínimo, aos 
seguintes requisitos: 
a) condições seguras de tráfego; 
b) assento com encosto; 
c) cinto de segurança; 
d) proteção contra intempéries ou contato acidental com tetos das galerias e 
e) escada para embarque e desembarque quando necessário. 
 
 
 
 
43 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
• Em situações em que o uso de cinto de segurança possa implicar em riscos 
adicionais, o mesmo será dispensado, observando-se normas internas de segurança 
para estas situações. 
• A empresa é também responsável pela segurança do transporte dos trabalhadores 
caso contrate empresa terceirizada para tal fim. 
 
• Em galerias ou rampas no subsolo, com tráfego nos dois sentidos, deve haver locais 
próprios para desvios em intervalos regulares ou dispositivo de sinalização que 
indique a prioridade de fluxo, de tal forma que não ocorra o tráfego simultâneo em 
sentidos contrários. 
 
8.8.1- Transporte Vertical 
 
No transporte Vertical de pessoas em cabines ou gaiolas deve-se assegurar: 
a) altura mínima de 2m; 
b) portas com trancas que impeçam sua abertura acidental; 
c) manter-se fechadas durante a operação de transporte; 
d) teto resistente, com corrimão e saída de emergência; 
e) proteção lateral que impeça o acesso acidental à área externa; 
f) iluminação; 
g) acesso convenientemente protegido; 
h) distância inferior a 15 cm entre a plataforma de acesso e a gaiola; 
i) fixação em local visível do limite máximo de capacidade de carga e de velocidade e. 
j) sistema de comunicação com o operador do guincho nos pontos de embarque e 
desembarque. 
 
8.8.2- Transportadores contínuos de minérios através de correia 
 Estes equipamentos constituem fontes significativas de riscos de acidentes, 
devendo, portanto, ser projetados e construídos em conformidade com as normas 
técnicas de segurança. Além disso, devem possuir dispositivos que interrompam seu 
 
 
 
44 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
funcionamento quando forem atingidos os limites previstos nos projetos. Devem ser 
contempladas nesses projetos, no mínimo, as seguintes condições: 
a) Ruptura da correia; 
b) Escorregamento anormal da correia em relação aos tambores; 
c) Desalinhamento anormal da correia; e 
d) Sobrecarga. 
 
8.8.3 - Transporte em minas a céu aberto 
 
O transporte em minas a céu aberto deve obedecer aos seguintes requisitos 
mínimos: 
 
a) Os limites externos das bancadas utilizadas como estradas devem estar demarcados e 
sinalizados de forma visível durante o dia e à noite; 
 
b) A largura mínima das vias de trânsito deve ser duas vezes maior que a largura do 
maior veículo utilizado, no caso de pista simples, e três vezes, para pistas duplas e nas 
laterais das bancadas ou estradas onde houver riscos de quedas de veículos devem ser 
construídas leiras com altura mínima correspondente à metade do diâmetro do maior 
pneu de veículo que por elas trafegue. 
 
Quando o plano de lavra e a natureza das atividades realizadas não permitirem a 
observância do constante na alínea "b" deste item deverão ser adotados procedimentos 
de sinalização adicionais para garantir o tráfego com segurança. 
 Os veículos de pequeno porte que transitam em áreas de mineração a céu aberto 
devem possuir sinalização, através de bandeira de sinalização em antena telescópica ou, 
outro dispositivo que permita a sua visualização pelos operadores dos demais 
equipamentos e veículos, bem como manter os faróis acesos durante todo dia, de forma a 
facilitar sua visualização. 
Sinalização luminosa é obrigatória em condições de visibilidade adversa e à noite. 
 
 
 
45 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
As vias de circulação de veículos, não pavimentadas, devem ser umidificadas, de 
forma a minimizar a geração de poeira. 
 
8.9 - Máquinas, Equipamentos, Ferramentas e Instalações 
 
Todas as máquinas, equipamentos, instalações auxiliares e elétricas devem ser 
projetadas, montadas, operadas e mantidas em conformidade com as normas técnicas 
vigentes e as instruções dos fabricantes e as melhorias desenvolvidas por profissional 
habilitado. 
As máquinas e equipamentos devem ter dispositivos de acionamento e parada, 
instalados de modo que: 
a) seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de trabalho; 
b) não se localize na zona perigosa da máquina ou equipamento e nem acarrete riscos 
adicionais; 
c) possa ser acionado ou desligado, em caso de emergência, por outra pessoa que não 
seja o operador; 
d) não possa ser acionado ou desligado involuntariamente pelo operador ou de qualquer 
outra forma acidental. 
• As máquinas e equipamentos de grande porte, que se deslocam também em 
marcha à ré, devem possuir sinal sonoro que indique o início desta manobra. 
• As máquinas e equipamentos, cuja área de atuação esteja devidamente sinalizada 
e isolada, estão dispensadas de possuir sinal sonoro. 
• As máquinas e equipamentos operando em locais com riscos de queda de objetos 
e materiais devem dispor de proteção adequada contra impactos que possam 
atingir os operadores. 
 
No subsolo, os motores de combustão interna utilizados só podem ser movidos a óleo 
diesel e respeitando as seguintes condições: 
a) existir sistema eficaz de ventilação em todos os locais de seu funcionamento; 
b) possuir sistemas de filtragem do ar aspirado pelo motor, com sistemas de resfriamento 
e de lavagem de gás de exaustão ou catalisador; 
 
 
 
46 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
c) possuir sistema de prevenção de chamas e faíscas do ar exaurido pelo motor, em 
minas com emanações de gases explosivos ou no transporte de explosivos e 
d) executar programa de amostragem periódica do ar exaurido, em intervalos que não 
excedam um mês, nos pontos mais representativos da área afetada, e de gases de 
exaustão dos motores; em intervalos que não excedam três meses, realizados em 
condições de carga plena e sem carga, devendo ser amostrados pelo menos gases 
nitrosos, monóxido de carbono e dióxido de enxofre. 
 
 É obrigatória a proteção de todas as partes móveis de máquinas e equipamentos 
ao alcance dos trabalhadores e que lhes ofereçam riscos. 
No caso de remoção das proteções para execução de manutenção ou testes, as 
áreas próximas deverão ser isoladas e sinalizadas até a sua recolocação para 
funcionamento definitivo do equipamento. 
 
Nas operações com máquinas e equipamentos pesados devem ser observadas as 
seguintes medidas de segurança: 
a) isolar e sinalizar a sua área de atuação, sendo o acesso à área somente permitido 
mediante autorização do operador ou pessoa responsável; 
b) antes de iniciar a partida e movimentação o operador deve certificar-se de que 
ninguém está trabalhando sobre ou debaixo dos mesmos ou na zona de perigo; 
c) não operar em posição que comprometa sua estabilidadee 
d) tomar precauções especiais quando da movimentação próximas a redes elétricas. 
 
8.10- Abatimento de Choco 
 
 As hastes de abater choco devem ser, levando-se em conta a segurança da 
operação, ergonomicamente compatíveis com o trabalho a ser realizado, tendo 
comprimento e resistência suficientes e peso o menor possível para não gerar sobrecarga 
muscular excessiva. 
 
 
 
 
 
 
47 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
8.11 - Sistemas de Comunicação 
 
Todas as minas subterrâneas devem possuir sistema de comunicação 
padronizado para informar o transporte em poços e planos inclinados. 
 
Não existindo na mina código padronizado para o sistema de comunicação, o 
código de sinais básicos, sonoros e luminosos, deverá observar a sistemática constante 
na tabela a seguir: 
 
 
O código do sistema de comunicação deve estar afixado em local visível, em 
todos os pontos de parada e nos postos de operação do sistema de transporte. 
Todo sistema de comunicação deve possuir retorno, através de repetição do sinal, 
que comprove aos operários a recebimento da mensagem. 
 
Os seguintes setores da mina devem estar interligados, através de rede telefônica 
ou outros meios de comunicação: 
a) supervisão da mina; 
b) próximo às frentes de trabalho; 
c) segurança e medicina do trabalho; 
d) manutenção; 
e) estação principal de ventilação; 
f) subestação principal; 
g) acesso de cada nível de poços e planos inclinados; 
h) posto de vigilância do depósito de explosivos; 
 
 
 
48 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
i) prevenção e combate a incêndios; 
j) central de transporte; 
k) salas de controle de beneficiamento e 
l) câmaras de refúgio para os casos de emergência. 
 
8.12 - Sinalização de Áreas de Trabalho e de Circulação 
 
As áreas de utilização de material inflamável, assim como aquelas sujeitas à 
ocorrência de explosões ou incêndios devem estar sinalizadas, com indicação de área de 
perigo e proibição de uso de fósforos, de fumar ou outros meios que produzam calor, 
faísca ou chama. 
Nos depósitos de substâncias tóxicas e de explosivos e nos tanques de 
combustíveis inflamáveis devem ser fixados, em local visível, indicações do tipo do 
produto e capacidade máxima dos mesmos. 
Todas as galerias principais devem ser identificadas e sinalizadas de forma visível. 
Nos cruzamentos e locais de ramificações principais devem estar indicadas as 
direções e as saídas da mina, inclusive as de emergência. 
As áreas em subsolo já lavradas ou desativadas devem permanecer sinalizadas e 
interditadas, sendo o acesso permitido apenas a pessoas autorizadas. E quando 
ofereçam perigo devido a sua condição ou profundidade, devem ser cercadas e 
sinalizadas ou vigiadas contra o acesso não autorizado. 
Nos locais de estocagem, manuseio e uso de produtos tóxicos, perigosos ou 
inflamáveis devem estar disponíveis fichas de emergência contendo informações 
acessíveis e claras sobre o risco à saúde e as medidas a serem tomadas em caso de 
derramamento ou contato acidental ou não. 
 
8.13 - Instalações Elétricas 
 
Nos trabalhos em instalações elétricas o responsável pela mina deve assegurar a 
presença de pelo menos um eletricista. 
 
 
 
49 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
Os cabos e condutores de alimentação elétrica utilizados devem ser certificados 
por um organismo de certificação, credenciado pelo INMETRO. 
 
Os locais de instalação de transformadores e capacitores, seus painéis e 
respectivos dispositivos de operação devem atender aos seguintes requisitos: 
a) ser ventilados e iluminados ou projetados e construídos com tecnologia adequada 
para operação em ambientes confinados; 
b) ser construídos e ancorados de forma segura; 
c) ser devidamente protegidos e sinalizados, indicando zona de perigo, de forma a alertar 
que o acesso é proibido a pessoas não autorizadas; 
d) não ser usados para outras finalidades diferentes daquelas do projeto elétrico e 
e) possuir extintores portáteis de incêndio, adequados à classe de risco, localizados na entrada ou 
nas proximidades e, em subsolo, montante do fluxo de ventilação. 
Os cabos, instalações e equipamentos elétricos devem ser protegidos contra 
impactos, água e influência de agentes químicos. 
Os serviços de manutenção ou reparo de sistemas elétricos só podem ser 
executados com o equipamento desligado, etiquetado, bloqueado e aterrado, 
O bloqueio durante as operações de manutenção e reparo de instalações elétricas 
deve ser realizado utilizando-se de cadeado e etiquetas sinalizadoras, fixadas em local 
visível, contendo, no mínimo, as seguintes indicações: 
a) horário e data do bloqueio; 
b) motivo da manutenção e 
c) nome do responsável pela operação. 
Redes elétricas, transformadores, motores, máquinas e circuitos elétricos, devem 
estar equipados com dispositivos de proteção automáticos, para os casos de curto-
circuito, sobrecarga, queda de fase e fugas de corrente. 
Os fios condutores de energia elétricos instalados no teto de galerias devem estar 
à altura compatível com o trânsito seguro de pessoas e equipamentos e protegidos 
contra contatos acidentais. 
 
 
 
50 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
Os equipamentos elétricos móveis devem ter aterramento adequadamente 
dimensionado. 
Em locais com ocorrência de gases inflamáveis e explosivos, as tarefas de 
manutenção elétrica devem ser realizadas sob o controle de um supervisor, com a rede 
de energia desligada e chave de acionamento bloqueada, monitorando-se a 
concentração dos gases. 
Os terminais energizados dos transformadores devem ser isolados fisicamente por 
barreiras ou outros meios físicos. 
Toda instalação, carcaça, invólucro, blindagem ou peça condutora, que não faça 
parte dos circuitos elétricos, mas que, eventualmente, possa ficar sob tensão, deve ser 
aterrada, desde que esteja em local acessível a contatos. 
As malhas, os pontos de aterramento e os pára-raios devem ser revisados 
periodicamente e os resultados registrados. 
Trabalhos em condições de risco acentuado deverão ser executados por duas 
pessoas qualificadas, salvo critério do responsável técnico. 
Durante a manutenção de máquinas ou instalações elétricas, os ajustes e as 
características dos dispositivos de segurança não devem ser alterados, prejudicando sua 
eficácia. 
Ocorrendo defeitos em máquinas ou em instalações elétricas, estes devem ser 
comunicados à supervisão para a adoção imediata de providências. 
Trabalhos em rede elétrica entre dois ou mais pontos sem possibilidade de contato 
visual entre os operadores somente podem ser realizados com comunicação por meio de 
rádio ou outro sistema de comunicação, que impeça a energização acidental. 
As instalações elétricas, com possibilidade de contato com água, devem ter 
isolamento, aterramento e proteção contra falhas elétricas. 
Os cabos e as linhas elétricas, especialmente no subsolo, devem ser dispostos, de 
modo que não sejam danificados por qualquer meio de transporte, lançamento de 
fragmentos de rochas ou pelo próprio peso. 
Os pontos da rede elétrica em desuso devem ser desenergizados, marcados e 
isolados ou retirados, quando não forem mais utilizados. 
 
 
 
51 IFRN- Segurança do trabalho - SMS- Mineração 
Em locais sujeitos a emanações de gases explosivos e inflamáveis, as instalações 
elétricas serão à prova de explosão. 
 
8.14 - Operações com Explosivos e Acessórios 
 
O manuseio e utilização de material explosivo devem ser efetuados por pessoal 
devidamente treinado. 
Em cada mina, onde seja necessário o desmonte de rocha com uso de explosivos, 
deve estar disponível plano de fogo, no qual conste: 
a) disposição e profundidade dos furos; 
b) quantidade de explosivos; 
c) tipos de explosivos e acessórios utilizados; 
d) seqüência das detonações; 
e) razão de carregamento; 
f) volume desmontado e 
g) tempo mínimo de retorno após a detonação.

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