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ATIVIDADE 2 - Princípio da adequação do processo

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ATIVIDADE 2 – PRINCÍPIO DA ADEQUAÇÃO DO PROCESSO
Responda as questões seguintes, com base nos materiais disponíveis no moodle, postando a resposta na respectiva ferramenta. 
Prazo: 11/09/2020
1. O CPC/2015 prestigia apenas uma forma de adequação processual, como fazia o CPC/1973?
Não. O procedimento ordinário do CPC/1973 era rígido e inflexível, já o procedimento comum (e procedimento em geral) no CPC/2015 já nasceu flexível adaptável ao caso. No CPC/15, temos 3 formas de adequação: pelo juiz, pelo legislador e pelas partes. Isso é chamado de customização processual compartilhada.
2. Cite três exemplos de cláusulas gerais no CPC/2015 passíveis de serem utilizadas para realização da adequação jurisdicional do processo.
Adequação judicial também é conhecida como adaptabilidade, elasticidade ou flexibilização procedimental. Significa a concessão de poderes ao juiz, e não apenas ao legislador, para que realize concretamente (ou seja, em relação a determinado processo) a sua adequação dentro de determinados limites. Significa que o juiz pode, dentro de determinado limites, adequar o processo às peculiaridades/especificidades da causa/do caso concreto que é submetido à sua apreciação. Como exemplo de cláusulas passíveis de serem utilizadas podemos citar:
1) art. 218, §1º – quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.
2) art. 373, §1º – trata da inversão do ônus da prova nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou excessiva dificuldade de cumprir encargo probatório. 
3) art. 300 – quando autoriza concessão da tutela provisória é outro exemplo de adaptabilidade procedimental.
3. Em que princípio processual se fundamenta o negócio processual?
Autonomia das partes.
4. Aponte pelo menos 4 exemplos de negócios processuais típicos no CPC/2015.
Os negócios processuais típicos estão previstos em lei: Ex.: art. 63 (modificação da competência, elegendo o foro); art. 191 (fixação de calendário); art. 313, II (suspensão do processo pela convenção das partes); art. 362, I (audiência pode ser adiada por convenção das partes); arts. 373, §§3º e 4º (tratam da convenção sobre ônus da prova); art. 471 (escolha consensual do perito).
5. Há limites para a celebração de negócios processuais atípicos no CPC/2015? Se sim, quais?
O principal limite é a ordem pública, mas o conceito de ordem pública é muito vago. Aqui entendemos que não podem, por exemplo, ser celebradas convenções que dificultem o funcionamento da justiça (por exemplo, estabelecer tempo para sustentação oral, ou escolher línguadiversa).
Outro ponto que existe em relação às convenções uma corregulação formal, isto é, há uma combinação de requisitos do direito material e do direito processual. Em matéria de convenções processuais não se pode fechar os olhos à sistemática dos negócios jurídicos tal como prevista no CC.
-Art. 104 e 106, CC: causas de anulabilidade e nulidade aplicam-se aos negócios processuais. 
-Art. 190 CPC: o juiz deve, de ofício ou a requerimento, controlar a validade das convenções estabelecidas pelas partes, recusando a aplicação somente em caso de nulidade. 
6. Havendo calendário processual, as partes precisam ser intimadas para cada ato processual constante do calendário?
Não. Nesse sentido:
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso.
§ 1o O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.
§ 2o Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.

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