Buscar

CS - DIREITO CIVIL IV - FAMÍLIA E SUCESSÕES - 2020

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 234 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 234 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 234 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1.1.1. CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E 
SUCESSÕES 2020.1 
1.1.2. 
1.1.3. 1/1/2018 
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 1 
 
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................. 10 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO DE FAMÍLIA ................................................................. 11 
1. A FAMÍLIA E A SUA EVOLUÇÃO NATURAL ............................................................................ 11 
2. A FAMÍLIA E OS SEUS PARADIGMAS .................................................................................... 11 
 CÓDIGO CIVIL DE 1916 ..................................................................................................... 11 
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 E O CÓDIGO CIVIL DE 2002 ............................... 12 
3. VALORES ................................................................................................................................... 14 
 AFETO ................................................................................................................................. 14 
 ÉTICA .................................................................................................................................. 14 
 DIGNIDADE ......................................................................................................................... 14 
 SOLIDARIEDADE RECÍPROCA ........................................................................................ 15 
4. CARÁTER INSTRUMENTAL DA FAMÍLIA ................................................................................ 15 
5. CARACTERÍSTICA DA FAMÍLIA ............................................................................................... 15 
 SOCIOAFETIVA .................................................................................................................. 15 
 EUDEMONISTA .................................................................................................................. 15 
 ANAPARENTAL .................................................................................................................. 16 
6. DIREITO DE FAMÍLIA MÍNIMO ................................................................................................. 16 
7. INCIDÊNCIA DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES DE 
FAMÍLIA ............................................................................................................................................. 16 
8. INCIDÊNCIA DOS PRINCÍPIOS GERAIS DO CC/02 NAS RELAÇÕES FAMILIARES ........... 17 
9. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO DE FAMÍLIA................................................. 17 
 PRINCÍPIO DA MULTIPLICIDADE/PLURALIDADE DE ENTIDADES FAMILIARES ....... 18 
 IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES ................................................................ 20 
 IGUALDADE ENTRE FILHOS ............................................................................................ 22 
 FACILITAÇÃO DA DISSOLUÇÃO DAS FAMÍLIAS............................................................ 23 
 RESPONSABILIDADE FAMILIAR ...................................................................................... 24 
9.5.1. Planejamento familiar .................................................................................................. 24 
9.5.2. Filiação responsável .................................................................................................... 24 
UNIÃO ESTÁVEL............................................................................................................................... 25 
1. EVOLUÇÃO E PERSPECTIVA HISTÓRICA ............................................................................. 25 
2. CONCEITO DE UNIÃO ESTÁVEL E DIFERENÇAS ................................................................. 26 
3. VEDAÇÕES AO CONCUBINATO.............................................................................................. 26 
4. REQUISITOS CARACTERIZADORES DA UNIÃO ESTÁVEL.................................................. 28 
 DIVERSIDADE DE SEXO ................................................................................................... 28 
 CONVIVÊNCIA PÚBLICA E DURADORA.......................................................................... 28 
 OBJETIVO DE CONSTITUIR FAMÍLIA .............................................................................. 29 
 AUSÊNCIA DE IMPEDIMENTOS ....................................................................................... 29 
5. DEVERES OU EFEITOS PESSOAIS DECORRENTES DA UNIÃO ESTÁVEL ....................... 31 
 DEVERES CONJUGAIS ..................................................................................................... 31 
 ACRÉSCIMO DE SOBRENOME ........................................................................................ 31 
 PARENTESCO POR AFINIDADE ...................................................................................... 31 
 INALTERABILIDADE DO ESTADO CIVIL E NÃO EMANCIPAÇÃO ................................. 31 
 PREFERÊNCIA PARA O EXERCÍCIO DE CURADORIA .................................................. 32 
 PRESUNÇÃO DE PATERNIDADE (PATER IS EST) ........................................................ 32 
6. EFEITOS PATRIMONIAIS DA UNIÃO ESTÁVEL ..................................................................... 32 
 REGIME DE BENS ............................................................................................................. 32 
 VÊNIA CONJUGAL ............................................................................................................. 33 
 CITAÇÃO DO COMPANHEIRO ......................................................................................... 33 
 DIREITO À HERANÇA ........................................................................................................ 34 
 DIREITO AO BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO ................................................................... 35 
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 2 
 
 DIREITO AOS ALIMENTOS ............................................................................................... 36 
 DIREITO REAL DE HABITAÇÃO ....................................................................................... 36 
 EXERCÍCIO DA INVENTARIANÇA .................................................................................... 36 
 LEGITIMIDADE PARA OPOR EMBARGOS DE TERCEIROS .......................................... 37 
 PARTILHA DE DIREITOS REAIS SOBRE A COISA ALHEIA DE BENS PÚBLICOS ...... 37 
7. CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO .......................................................... 37 
8. JURISPRUDÊNCIA EM TESE E UNIÃO ESTÁVEL ................................................................. 38 
CASAMENTO .................................................................................................................................... 40 
1. PERSPECTIVA ÓTICA CIVIL-CONSTITUCIONAL ................................................................... 40 
2. CONCEITO ................................................................................................................................. 40 
3. NATUREZA JURÍDICA ............................................................................................................... 41 
4. PROVA DO CASAMENTO ......................................................................................................... 41 
 PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................. 41 
 PROVA DIREITA ................................................................................................................. 42 
 PROVA INDIRETA .............................................................................................................. 42 
 PROVA DO CASAMENTO NO ESTRANGEIRO ...............................................................43 
5. PROMESSA DE CASAMENTO OU ESPONSAIS .................................................................... 43 
6. ESPÉCIES DE CASAMENTO .................................................................................................... 44 
 CASAMENTO CIVIL ............................................................................................................ 44 
 CASAMENTO RELIGIOSO ................................................................................................. 44 
 CASAMENTO MISTO ......................................................................................................... 45 
7. CAPACIDADE PARA O CASAMENTO ..................................................................................... 45 
8. IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS ............................................................................................ 45 
 PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................. 45 
 CONCEITOS ....................................................................................................................... 46 
 EFEITOS ............................................................................................................................. 46 
 HIPÓTESES DE IMPEDIMENTO MATRIMONIAL............................................................. 47 
9. CAUSAS SUSPENSIVAS DO CASAMENTO ............................................................................ 48 
 PREVISÃO LEGAL ............................................................................................................. 48 
 CONCEITO .......................................................................................................................... 48 
 EFEITOS ............................................................................................................................. 48 
 LEGITIMIDADE PARA ARGUIÇÃO.................................................................................... 49 
 HIPÓTESES DE CAUSAS SUSPENSIVAS ....................................................................... 49 
10. HABILITAÇÃO PARA O CASAMENTO ................................................................................. 49 
 PREVISÃO LEGAL E CONCEITO ...................................................................................... 49 
 COMPETÊNCIA .................................................................................................................. 50 
 PROCEDIMENTO ............................................................................................................... 50 
11. CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO ......................................................................................... 51 
12. FORMAS ESPECIAIS DE CASAMENTO .............................................................................. 52 
 CASAMENTO POR PROCURAÇÃO.................................................................................. 52 
 CASAMENTO NUNCUPATIVO .......................................................................................... 52 
 CASAMENTO EM CASO DE MOLÉSTIA GRAVE ............................................................ 53 
13. CASAMENTO PUTATIVO ...................................................................................................... 53 
14. PLANOS JURÍDICOS DO CASAMENTO .............................................................................. 54 
 PLANO DA EXISTÊNCIA .................................................................................................... 54 
 PLANO DA VALIDADE: CAUSAS DE NULIDADE ............................................................ 54 
 PLANO DA VALIDADE: CAUSAS DE ANULABILIDADE .................................................. 54 
14.3.1. Legitimidade para a ação de anulação ....................................................................... 56 
 PLANO DA EFICÁCIA......................................................................................................... 56 
 CASAMENTO NULO x CASAMENTO ANULÁVEL ........................................................... 57 
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 3 
 
15. EFEITOS JURÍDICOS DO CASAMENTO ............................................................................. 57 
 EFEITOS PESSOAIS .......................................................................................................... 57 
 EFEITOS SOCIAIS ............................................................................................................. 58 
16. DEVERES DO CASAMENTO ................................................................................................ 59 
17. REGIME DE BENS ................................................................................................................. 59 
 CONCEITO .......................................................................................................................... 59 
 REGIME DE SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE BENS ..................................................... 59 
 REGIME DE PARTICIPAÇÃO FINAL DOS AQUESTOS .................................................. 60 
 REGIME DE CUMUNHÃO PARCIAL DE BENS ................................................................ 62 
 REGIME DE CUMUNHÃO TOTAL DE BENS .................................................................... 63 
 REGIME DA SEPARAÇÃO CONVENCIONAL DE BENS ................................................. 64 
DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE CONJUGAL .................................................................................. 65 
1. EVOLUÇÃO HISTÓRIA .............................................................................................................. 65 
2. SISTEMA DUALISTA DE DISSOLUÇÃO .................................................................................. 65 
 DEFINIÇÃO ......................................................................................................................... 65 
 CAUSAS TERMINATIVAS .................................................................................................. 65 
 CAUSAS DISSOLUTIVAS .................................................................................................. 66 
3. QUESTÕES CONTROVERTIDAS ............................................................................................. 66 
 EC 66/2010 E A (IN) EXISTÊNCIA DA SEPARAÇÃO ....................................................... 66 
 MORTE PRESSUMIDA ...................................................................................................... 67 
3.2.1. Com declaração de ausência ...................................................................................... 67 
3.2.2. Sem declaração de ausência ...................................................................................... 68 
4. SEPARAÇÃO DE FATO ............................................................................................................. 68 
 CONCEITO .......................................................................................................................... 68 
 EFEITOS DA SEPARAÇÃO DE FATO .............................................................................. 69 
4.2.1. Permissão para caracterização da união estável ....................................................... 69 
4.2.2. Cessação do regime de bens ...................................................................................... 69 
4.2.3. Perda do direito sucessório ......................................................................................... 70 
4.2.4. Sub-rogação locatícia .................................................................................................. 71 
4.2.5. Contagem do prazo para usucapião conjugal ............................................................. 71 
5. SEPARAÇÃO DE CORPOS ...................................................................................................... 72 
6. SEPARAÇÃO DE DIREITO........................................................................................................72 
 CONCEITO .......................................................................................................................... 72 
 ESPÉCIES DE SEPARAÇÃO ............................................................................................. 73 
6.2.1. Separação consensual ................................................................................................ 73 
6.2.2. Separação litigiosa ....................................................................................................... 74 
7. DIVÓRCIO .................................................................................................................................. 77 
 EVOLUÇÃO E CONCEITO ................................................................................................. 77 
 DIVÓRCIO LITIGIOSO........................................................................................................ 77 
 DIVÓRCIO CONSENSUAL ................................................................................................. 78 
 DIVÓRCIO CONSENSUAL EM CARTÓRIO ...................................................................... 79 
8. SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO: CARACTERÍSTICAS MATERIAIS E PROCESSUAIS COMUNS
 80 
 NATUREZA PERSONALÍSSIMA DA MEDIDA .................................................................. 80 
 POSSIBILIDADE DE DISPENSA DA PARTILHA DOS BENS (ART. 1.581 DO CC E 
SÚMULA 197 DO STJ). ................................................................................................................. 81 
 REVELIA NA SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO (ART. 345, II DO CPC/2015) ......................... 82 
 COMPETÊNCIA JUDICIAL PARA AS AÇÕES .................................................................. 82 
 USO DO SOBRENOME ...................................................................................................... 83 
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 4 
 
 DIVISÃO DE FRUTOS DECORRENTES DE COISA COMUM ......................................... 83 
 DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA ............................................... 84 
 PARTILHA DE BENS .......................................................................................................... 84 
 GUARDA DOS FILHOS ...................................................................................................... 85 
8.9.1. Espécies de guarda ..................................................................................................... 85 
8.9.2. Definição ...................................................................................................................... 87 
8.9.3. Impossibilidade de acordo ........................................................................................... 87 
8.9.4. A guarda pode ser deferida para outra pessoa que não seja o pai ou a mãe? ......... 88 
8.9.5. 88 
8.9.6. Poder familiar ............................................................................................................... 88 
PARENTESCO .................................................................................................................................. 90 
1. CONCEITO ................................................................................................................................. 90 
2. PARENTESCO CONSANGUÍNEO (OU NATURAL) ................................................................. 90 
3. PARENTESCO POR AFINIDADE.............................................................................................. 91 
4. DISTINÇÕES ENTRE PARENTESCO NA LINHA RETA, COLATERAL E POR AFINIDADE . 91 
FILIAÇÃO ........................................................................................................................................... 93 
1. CONCEITO ................................................................................................................................. 93 
2. ISONOMIA ENTRE OS FILHOS ................................................................................................ 93 
3. PROVA DA MATERNIDADE ...................................................................................................... 94 
4. FORMAS (CRITÉRIOS) DE FILIAÇÃO ..................................................................................... 94 
 ESPÉCIES ........................................................................................................................... 94 
 CRITÉRIO DA PRESUNÇÃO LEGAL ................................................................................ 94 
 CRITÉRIO BIOLÓGICO ...................................................................................................... 98 
 CRITÉRIO SOCIOAFETIVO ............................................................................................... 99 
5. (IM) POSSIBILIDADE DE DUPLA PATERNIDADE E/OU MATERNIDADE ........................... 103 
6. RECONHECIMENTO DE FILHOS ........................................................................................... 106 
 RECONHECIMENTO VOLUNTÁRIO DE FILHO ............................................................. 106 
6.1.1. Regras ........................................................................................................................ 106 
6.1.2. Natureza jurídica do ato de reconhecimento de filhos .............................................. 107 
6.1.3. Unilateralidade e bilateralidade do reconhecimento de filho .................................... 107 
6.1.4. Características do reconhecimento voluntário de filho ............................................. 108 
6.1.5. Impugnação do reconhecimento de paternidade pelo filho ...................................... 108 
6.1.6. Ação negatória de paternidade x Ação de impugnação de paternidade .................. 108 
 RECONHECIMENTO JUDICIAL DOS FILHOS ............................................................... 108 
7. AÇÕES DE FAMÍLIA ................................................................................................................ 109 
 AÇÃO INVESTIGATÓRIA DE PATERNIDADE ................................................................ 109 
7.1.1. Competência .............................................................................................................. 109 
7.1.2. Cumulabilidade de pedidos ....................................................................................... 109 
7.1.3. Termo inicial dos alimentos na ação investigatória de paternidade ......................... 110 
7.1.4. Legitimidade na ação de investigação de paternidade ............................................. 111 
7.1.5. Coisa julgada na investigação de paternidade ......................................................... 111 
8. AÇÃO DE RECONHECIMENTO DE FILIAÇÃO – OU AÇÃO DE PROVA DA FILIAÇÃO ..... 112 
 AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE OU DE IMPUGNAÇÃO DE PATERNIDADE – 
OU AÇÃO CONTESTATÓRIA DE PATERNIDADE .................................................................... 112 
 IMPUGNAÇÃO AO RECONHECIMENTO ....................................................................... 112 
 IMPUGNAÇÃO DA MATERNIDADE PELA SUPOSTA MÃE .......................................... 113 
ALIMENTOS .................................................................................................................................... 114 
1. CONCEITO ............................................................................................................................... 114 
2. FUNDAMENTO ........................................................................................................................ 114 
3. ESPÉCIES DE ALIMENTOS (CLASSIFICAÇÃO) ................................................................... 115 
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 5 
 
 QUANTO À NATUREZA DOS ALIMENTOS .................................................................... 115 
3.1.1. Alimentos Civis ou Côngruos .....................................................................................115 
3.1.2. Alimentos necessários/Indispensáveis ...................................................................... 116 
 QUANTO À CAUSA (ORIGEM) DOS ALIMENTOS ......................................................... 117 
3.2.1. Alimentos Legítimos ou Legais .................................................................................. 117 
3.2.2. Alimentos Convencionais ou Voluntários .................................................................. 117 
3.2.3. Alimentos Ressarcitórios ou Reparatórios ................................................................ 118 
 QUANTO AO MOMENTO DA EXIGIBILIDADE ............................................................... 118 
3.3.1. Pretéritos .................................................................................................................... 118 
3.3.2. Presentes ................................................................................................................... 118 
3.3.3. Futuros ....................................................................................................................... 118 
 QUANTO A FINALIDADE ................................................................................................. 119 
3.4.1. Alimentos Provisórios ................................................................................................ 119 
3.4.2. Alimentos Provisionais (antigo art. 852 CPC) ........................................................... 120 
3.4.3. Alimentos definitivos .................................................................................................. 121 
3.4.4. Alimentos transitórios ................................................................................................. 121 
4. CARACTERÍSTICAS DA OBRIGAÇÃO ALIMENTÍCIA .......................................................... 122 
 PERSONALÍSSIMA (INTUITO PERSONA)...................................................................... 122 
 INTRANSMISSIBILIDADE ................................................................................................ 123 
 IRRENUNCIÁVEIS (ART.1707, CC)................................................................................. 123 
 IMPRESCRITÍVEIS ........................................................................................................... 124 
 IMPENHORÁVEIS E INCOMPENSÁVEIS ....................................................................... 125 
 IRREPETÍVEIS .................................................................................................................. 125 
 FUTURIDADE (ALIMENTOS SÃO FUTUROS) ............................................................... 126 
5. SUJEITOS DA OBRIGAÇÃO ALIMENTÍCIA ........................................................................... 126 
 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 126 
 CÔNJUGE OU COMPANHEIROS ................................................................................... 126 
 PARENTES ....................................................................................................................... 127 
5.3.1. Regras gerais ............................................................................................................. 127 
5.3.2. Fundamentos dos alimentos entre ASCENDENTES e DESCENDENTES ............. 127 
 ALIMENTOS GRAVÍDICOS: NASCITURO OU MÃE? ..................................................... 128 
6. ASPECTOS PROCESSUAIS (ALIMENTOS: LEI 5478/68) .................................................... 129 
 NOTAS INICIAIS ............................................................................................................... 129 
 PROCEDIMENTO DA AÇÃO DE ALIMENTOS ............................................................... 129 
6.2.1. Petição Inicial ............................................................................................................. 130 
6.2.2. Competência .............................................................................................................. 130 
6.2.3. Fixação dos alimentos provisórios e despacho inicial .............................................. 130 
6.2.4. Citação ....................................................................................................................... 130 
6.2.5. Audiência una de conciliação, instrução e julgamento ............................................. 130 
6.2.6. Sentença e Recurso .................................................................................................. 131 
6.2.7. Execução.................................................................................................................... 132 
7. A COBRANÇA DOS ALIMENTOS NO NCPC (MARIA BERENICE DIAS) ............................. 133 
 CUMPRIMENTO DA SENTENÇA .................................................................................... 136 
 EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL ..................................................................... 138 
 RITO DA COAÇÃO PESSOAL ......................................................................................... 139 
 RITO DA EXPROPRIAÇÃO .............................................................................................. 140 
TUTELA E CURATELA.................................................................................................................... 143 
1. DIREITO DE FAMÍLIA ASSISTENCIAL ................................................................................... 143 
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 6 
 
2. TUTELA .................................................................................................................................... 144 
 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 144 
 ESPÉCIES DE TUTELA ................................................................................................... 145 
2.2.1. Tutela documental...................................................................................................... 145 
2.2.2. Tutela testamentária .................................................................................................. 145 
2.2.3. Tutela legítima ............................................................................................................ 145 
2.2.4. Tutela dativa ............................................................................................................... 145 
 DOS INCAPAZES DE EXERCER TUTELA ..................................................................... 146 
 DAS ESCUSAS DOS TUTORES ..................................................................................... 147 
 CONSENTIMENTO DO TUTELADO ................................................................................ 147 
 DISPENSA DE ESPECIALIAÇÃO DE HIPOTECA LEGAL ............................................. 147 
 RESPONSABILIDADE DO MAGISTRADO ...................................................................... 148 
 REMUNERAÇÃO, REPONSABILIDADE E PRESTAÇÃO DE CONTAS PELO TUTOR 148 
2.8.1. Incumbências ............................................................................................................. 148 
2.8.2. Remuneração ............................................................................................................. 149 
2.8.3. Responsabilidade do Tutor ........................................................................................ 149 
2.8.4. Prestação de contas .................................................................................................. 149 
 DOS BENS DO TUTELADO ............................................................................................. 151 
 DA CESSAÇÃO DA TUTELA ........................................................................................... 152 
3. CURATELA ...............................................................................................................................152 
 TEORIA DA INCAPACIDADE JURÍDICA ......................................................................... 152 
 CURATELA DOS INTERDITOS ....................................................................................... 153 
3.2.1. Por enfermidade ou deficiência mental, não tivessem o necessário discernimento 
para os atos da vida civil .......................................................................................................... 153 
3.2.2. Ébrios habituais e os viciados em tóxico ................................................................... 154 
3.2.3. Pródigos ..................................................................................................................... 154 
 CURATELA X CURADORIA ............................................................................................. 154 
 CURATELAS PECULIARES ............................................................................................. 154 
3.4.1. Curador especial do nascituro ................................................................................... 154 
3.4.2. Curatelas especiais* .................................................................................................. 154 
4. TOMADA DE DECISÃO APOIADA .......................................................................................... 155 
SUCESSÕES ................................................................................................................................... 158 
1. INTRODUÇÃO AO DIREITO DAS SUCESSÕES ................................................................... 158 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 158 
 ESPÉCIES DE SUCESSÃO HEREDITÁRIA ................................................................... 158 
1.2.1. Testamentária ............................................................................................................ 158 
1.2.2. Legítima ...................................................................................................................... 158 
 LEI SUCESSÓRIA NO TEMPO E NO ESPAÇO .............................................................. 159 
 PRINCÍPIO DA SAISINE ................................................................................................... 159 
 ACEITAÇÃO E CESSÃO DA HERANÇA ......................................................................... 159 
 RENÚNCIA DA HERANÇA ............................................................................................... 161 
 LEGITIMIDADE PARA SUCEDER (ART. 1.798 E 1.799) ............................................... 161 
2. TERMINOLOGIA DO DIREITO DAS SUCESSÕES ............................................................... 164 
 “AUTOR DA HERANÇA” ................................................................................................... 164 
 “SUCESSOR” .................................................................................................................... 164 
2.2.1. “Herdeiro” ................................................................................................................... 164 
2.2.2. “Legatário” .................................................................................................................. 164 
 “LEGÍTIMA” ....................................................................................................................... 165 
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 7 
 
 “ABERTURA” DA SUCESSÃO ......................................................................................... 165 
 “DELAÇÃO” E “ADIÇÃO” (CC/16) .................................................................................... 165 
 “DIFERENÇA: HERANÇA X ESPÓLIO ............................................................................ 165 
2.6.1. “Herança” ................................................................................................................... 165 
2.6.2. “Espólio” ..................................................................................................................... 166 
3. MOMENTO DE ABERTURA DA SUCESSÃO (CC, ART. 1.784) ........................................... 166 
 TRANSMISSÃO AUTOMÁTICA DAS RELAÇÕES JURÍDICAS: SAISINE ..................... 166 
 ABERTURA DA SUCESSÃO X ABERTURA DO INVENTÁRIO ..................................... 167 
 OUTROS EFEITOS JURÍDICOS QUE DECORREM DO PRINCÍPIO DA “SAISINE” .... 167 
3.3.1. Fixação da norma legal que regerá a sucessão ....................................................... 167 
3.3.2. Verificação da capacidade para suceder .................................................................. 168 
3.3.3. Cálculo da legítima .................................................................................................... 168 
3.3.4. Fixa o lugar da sucessão (art. 1.785) ........................................................................ 168 
4. CAPACIDADE SUCESSÓRIA ................................................................................................. 169 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 169 
 ELEMENTOS QUE COMPÕEM A CAPACIDADE SUCESSÓRIA (OU CAPACIDADE 
PARA SUCEDER) ........................................................................................................................ 169 
5. INDIGNIDADE E DESERDAÇÃO ............................................................................................ 170 
 ASPECTOS GERAIS ........................................................................................................ 170 
 ASPECTOS DISTINTIVOS: DIGNIDADE x DESERDAÇÃO ........................................... 170 
 CAUSAS DE INDIGNIDADE (ART. 1.814) ....................................................................... 171 
 CAUSAS DE DESERDAÇÃO (1.814, 1.962 E 1.963) ...................................................... 172 
6. CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS (ART. 1.793) ........................................................ 172 
 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 173 
 REQUISITOS DA CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS ......................................... 173 
6.2.1. Requisito temporal ..................................................................................................... 173 
6.2.2. Requisito subjetivo ..................................................................................................... 173 
6.2.3. Requisito formal ......................................................................................................... 174 
6.2.4. Requisito objetivo ....................................................................................................... 174 
 OBSERVÂNCIA DO DIREITO DE PREFERÊNCIA DOS DEMAIS HERDEIROS .......... 174 
 POSIÇÃO DO CESSIONÁRIO E ESPÉCIE DE NEGÓCIO JURÍDICO QUE CONFIGURA 
A CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS .............................................................................. 175 
7. ACEITAÇÃO DA HERANÇA .................................................................................................... 176 
 PREVISÃO LEGAL ........................................................................................................... 176 
 CLASSIFICAÇÃO DA ACEITAÇÃO DA HERANÇA ........................................................ 176 
7.2.1. Quanto à pessoa que aceita ...................................................................................... 176 
 Quanto à manifestação de vontade .................................................................................. 176 
8. RENÚNCIA À HERANÇA ......................................................................................................... 178 
 PREVISÃO LEGAL ...........................................................................................................178 
 REQUISITOS DA RENÚNCIA À HERANÇA .................................................................... 178 
8.2.1. Capacidade do renunciante ....................................................................................... 178 
8.2.2. Consentimento do cônjuge ........................................................................................ 178 
 RENÚNCIA ABDICATIVA OU TRANSLATIVA OU IN FAVOREM .................................. 179 
SUCESSÃO LEGÍTIMA (DECORRE DA LEI) ................................................................................. 180 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 180 
2. SUCESSÃO DOS DESCENDENTES ...................................................................................... 180 
3. SUCESSÃO DOS ASCENDENTES ........................................................................................ 181 
4. SUCESSÃO DO CÔNJUGE .................................................................................................... 182 
 CONCORRÊNCIA CÔNJUGE X DESCENDENTE .......................................................... 182 
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 8 
 
4.1.1. Existência de descendentes ...................................................................................... 182 
4.1.2. Depende do regime de bens (e da existência de bens particulares) ....................... 182 
4.1.3. Obediência ao percentual legal ................................................................................. 184 
 CONCORRÊNCIA CÔNJUGE X ASCENDENTE ............................................................ 185 
 SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOZINHO ........................................................................... 186 
 DIREITO REAL DE HABITAÇÃO: ART. 1.831. ................................................................ 187 
5. SUCESSÃO DO COMPANHEIRO (art. 1790) ......................................................................... 188 
6. SUCESSÃO DOS COLATERAIS ............................................................................................. 188 
7. AÇÃO DE PETIÇÃO DE HERANÇA ........................................................................................ 189 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 189 
 LEGITIMIDADE ATIVA...................................................................................................... 190 
 LEGITIMIDADE PASSIVA ................................................................................................ 190 
 NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO DE PETIÇÃO DE HERANÇA.................................... 190 
 PROCEDIMENTO ............................................................................................................. 191 
 PRAZO PRESCRICIONAL ............................................................................................... 191 
 HERDEIRO PUTATIVO E TERCEIRO DE BOA-FÉ ........................................................ 192 
SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA...................................................................................................... 193 
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 193 
2. TESTAMENTO ......................................................................................................................... 193 
3. CLASSIFICAÇÃO DO TESTAMENTO .................................................................................... 193 
 NATUREZA NEGOCIAL ................................................................................................... 193 
 CARÁTER PERSONALÍSSIMO ........................................................................................ 193 
 UNILATERALIDADE ......................................................................................................... 194 
 GRATUIDADE ................................................................................................................... 194 
 REVOGABILIDADE ........................................................................................................... 194 
 SOLENE ............................................................................................................................ 194 
 EFICÁCIA CAUSA MORTIS ............................................................................................. 194 
4. PRESSUPOSTOS DA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA ......................................................... 194 
 OBSERVÂNCIA DO LIMITE DA LEGÍTIMA ..................................................................... 194 
 PESSOA CAPAZ DE DISPOR POR MEIO DE TESTAMENTO (CAPACIDADE 
TESTAMENTÁRIA ATIVA) .......................................................................................................... 196 
 PESSOA CAPAZ DE RECEBER HERANÇA OU LEGADO (CAPACIDADE 
TESTAMENTÁRIA PASSIVA) ..................................................................................................... 196 
 PROIBIDOS DE RECEBER HERANÇA OU LEGADO .................................................... 197 
 CUMPRIMENTO DA FORMA PRESCRITA EM LEI ........................................................ 198 
4.5.1. Testamentos comuns ................................................................................................. 198 
4.5.2. Testamento cerrado, secreto ou místico ................................................................... 199 
4.5.3. Testamento particular ................................................................................................ 200 
4.5.4. Testamentos excepcionais ........................................................................................ 201 
4.5.5. Testamento Militar...................................................................................................... 202 
5. CODICILO ................................................................................................................................. 203 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 203 
 PROBLEMÁTICA DO CODICILO: O QUE É PEQUENO LEGADO? .............................. 203 
 OBJETO DO CODICILO ................................................................................................... 203 
6. CLÁSULAS TESTAMENTÁRIAS ............................................................................................. 204 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 204 
 REGRAS INTERPRETATIVAS DAS CLÁUSULAS TESTAMENTÁRIAS ....................... 205 
 REGRAS PROIBITIVAS ................................................................................................... 206 
 REGRAS PERMISSIVAS .................................................................................................. 207 
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 9 
 
7. REDUÇÃO DE CLÁUSULA TESTAMENTÁRIA ...................................................................... 208 
8. DIREITO DE ACRESCER ........................................................................................................ 210 
9. EXECUÇÃO DOS TESTAMENTOS ........................................................................................ 211 
10. FIGURA DO TESTAMENTEIRO .......................................................................................... 211 
11. DA REVOGAÇÃO DO TESTAMENTO ................................................................................ 212 
 FORMAS DE REVOGAÇÃO DO TESTAMENTO ............................................................ 212 
11.1.1. Quanto à extensão da revogação de testamento ..................................................... 212 
11.1.2. Quanto à forma da revogação de testamento........................................................... 213 
 REVOGAÇÃO POR TESTAMENTO ANULADO.............................................................. 213 
 REVOGAÇÃO DO TESTAMENTO REVOGATÓRIO ...................................................... 213 
12. ROMPIMENTO DO TESTAMENTO ..................................................................................... 214 
13. SUPERVENIÊNCIA DE DESCENDENTE SUCESSÍVEL ................................................... 214 
 SURGIMENTO DE HERDEIROS NECESSÁRIOS IGNORADOS, DEPOIS DO 
TESTAMENTO ............................................................................................................................. 214 
 SUBSISTÊNCIA DO TESTAMENTO SE CONHECIDA A EXISTÊNCIA DE HERDEIROS 
NECESSÁRIOS............................................................................................................................ 215 
INVENTÁRIO E PARTILHA ............................................................................................................. 216 
1. CONCEITO ............................................................................................................................... 216 
2. PROCEDIMENTO DE INVENTÁRIO ....................................................................................... 216 
 INVENTÁRIO TRADICIONAL OU SOLENE .................................................................... 216 
 ARROLAMENTO COMUM (ART. 664, NCPC) ................................................................ 216 
 ARROLAMENTO SUMÁRIO (ARTS. 659 E 660, NCPC) ................................................ 217 
3. “INVENTÁRIO NEGATIVO”...................................................................................................... 218 
4. REGRAS DO INVENTÁRIO SOLENE ..................................................................................... 219 
 COMPETÊNCIA ................................................................................................................ 219 
 PRAZO DE ABERTURA DO INVENTÁRIO ..................................................................... 220 
 LEGITIMIDADE PARA O REQUERIMENTO DE INVENTÁRIO E PARTILHA ............... 220 
 A FIGURA DO INVENTARIANTE ..................................................................................... 221 
4.4.1. Noções gerais ............................................................................................................ 221 
4.4.2. Nomeação do Inventariante ....................................................................................... 221 
4.4.3. Atribuições do inventariante ...................................................................................... 222 
4.4.4. Remoção e Destituição do inventariante ................................................................... 223 
5. PROCEDIMENTO DO INVENTÁRIO SOLENE....................................................................... 224 
 FASE DE IMPUGNAÇÕES ............................................................................................... 225 
 FASE DE AVALIAÇÕES ................................................................................................... 226 
 ÚLTIMAS DECLARAÇÕES (ART. 637, NCPC) ............................................................... 226 
 PAGAMENTO DE DÍVIDAS E RECOLHIMENTO FISCAL .............................................. 227 
6. DECISÃO DE PARTILHA ......................................................................................................... 227 
DIREITO SUCESSÓRIO E O PODER PÚBLICO ........................................................................... 229 
1. HERANÇA JACENTE ............................................................................................................... 229 
2. HERANÇA VACANTE: VACÂNCIA – ARRECADAÇÃO DOS BENS VAGOS ....................... 230 
3. PROCEDIMENTO .................................................................................................................... 230 
 REGRAS............................................................................................................................ 230 
 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ...................................................................................... 231 
4. NATUREZA DA SENTENÇA DE VACÂNCIA .......................................................................... 233 
 
 
 
 
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 10 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá! 
Inicialmente, gostaríamos de agradecer a confiança em nosso material. Esperamos que seja 
útil na sua preparação, em todas as fases. A grande maioria dos concurseiros possui o hábito de 
trocar o material de estudo constantemente, principalmente, em razão da variedade que se tem 
hoje, cada dia surge algo novo. Porém, o ideal é você utilizar sempre a mesma fonte, fazendo a 
complementação necessária, eis que quanto mais contato temos com determinada fonte de estudo, 
mais familiarizados ficamos, o que se torna primordial na hora da prova (acredite nisso). 
O Caderno Sistematizado de Direito Civil IV possui como base as aulas do Prof. Cristiano 
Chaves e do Prof. Pablo Stolze, com o intuito de deixar o material mais completo, utilizados as 
seguintes fontes complementares: Manual de Direito Civil (Flávio Tartuce – 2017); Manual de Direito 
Civil – Volume Único (Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho – 2019) e Manual de Direito Civil – 
Volume Único (Cristiano Chaves de Farias, Felipe Braga Netto e Nelson Rosenvald – 2019). 
Na parte jurisprudencial, utilizamos os informativos do site Dizer o Direito 
(www.dizerodireito.com.br), os livros: Principais Julgados STF e STJ Comentados, Vade Mecum de 
Jurisprudência Dizer o Direito, Súmulas do STF e STJ anotadas por assunto (Dizer o Direito). 
Destacamos é importante você se manter atualizado com os informativos, reserve um dia da 
semana para ler no site do Dizer o Direito. 
Como você pode perceber, reunimos em um único material diversas fontes (aulas + doutrina 
+ informativos + + lei seca + questões) tudo para otimizar o seu tempo e garantir que você faça uma 
boa prova. 
Por fim, como forma de complementar o seu estudo, não esqueça de fazer questões. É muito 
importante!! As bancas costumam repetir certos temas. 
Vamos juntos!! Bons estudos!! 
Equipe Cadernos Sistematizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.dizerodireito.com.br/
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 11 
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO DE FAMÍLIA 
1. A FAMÍLIA E A SUA EVOLUÇÃO NATURAL 
A ideia de família não é construída por meio de um conceito biológico estático, mas sim 
através de um conceito cultural. Pode-se afirmar, assim, que família significa a possibilidade de 
convivência. 
Importante consignar que o conceito de família não é estático e acabado, ao contrário, trata-
se de um conceito dinâmico visto em diferentes projeções. Por exemplo, antes apenas considerava-
se família a formada por homem e mulher, evoluímos e, hoje, reconhece-se a família homoafetiva. 
2. A FAMÍLIA E OS SEUS PARADIGMAS 
 CÓDIGO CIVIL DE 1916 
A família, antes da Constituição Federal de 1988, na vigência do CC/16 era permeada pelos 
seguintes paradigmas: 
 
Salienta-se que os filhos havidos fora do casamento, até 1949, eram considerados 
ilegítimos, não podiam ser reconhecidos. Além disso, havia distinção entre os filhos adotivos e os 
filhos biológicos, por isso a morte dos pais adotivos era causa de extinção da adoção, a fim de 
impedir o acesso à herança. 
FA
M
ÍL
IA
MATRIMONIALIZADA
Constituição apenas pelo casamento. As demais uniões (entre honmem e mulher, sem 
casamento) eram consideradas concubinato (mera sociedade de fato).
PATRIARCAL O homem era o chefe da família, o centro das relações familiares
HIERARQUIZADA
Baseada no pátrio poder, ou seja, todos deviam obediência ao patriarca (homem o chefe 
da família)
BIOLÓGICA Distinção entre filhos adotivos e biológicos. 
HETEROPARENTAL
Formada por pessoas desexo distintos. A única forma de família era a formada por 
homem e mulher.
INSTITUCIONAL
Família era uma instituição a ser protegida pelo direito, por isso o casamento era 
considerado indissolúvel, a esterilidade de um dos cônjuges poderia causar a anulação 
do casamento. 
user
Realce
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 12 
 
 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 E O CÓDIGO CIVIL DE 2002 
Além da incidência dos direitos e garantias fundamentais (tábua axiológica1) no Direito de 
Família, o legislador constituinte editou os arts. 226 e 227 da CF que tratam de temas específicos. 
Perceba, portanto, que a CF/88 conferiu uma proteção especial à família. 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 
§ 1º O casamento é civil e gratuito a celebração. 
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. 
 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o 
homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua 
conversão em casamento. (Regulamento) 
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por 
qualquer dos pais e seus descendentes. 
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos 
igualmente pelo homem e pela mulher. 
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. (Redação dada Pela 
Emenda Constitucional nº 66, de 2010) 
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da 
paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, 
competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o 
exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de 
instituições oficiais ou privadas. Regulamento 
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos 
que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas 
relações. 
 
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, 
ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, 
à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, 
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda 
Constitucional nº 65, de 2010) 
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da 
criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de entidades não 
governamentais, mediante políticas específicas e obedecendo aos seguintes 
preceitos: (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) 
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à saúde na 
assistência materno-infantil; 
II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as 
pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de 
integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, 
mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do 
acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos 
arquitetônicos e de todas as formas de discriminação. (Redação dada Pela 
Emenda Constitucional nº 65, de 2010) 
§ 2º A lei disporá sobre normas de construção dos logradouros e dos edifícios 
de uso público e de fabricação de veículos de transporte coletivo, a fim de 
garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência. 
 
1 Para aprofundar recomendamos o CS de Direito Civil I – LINDB e Parte Geral 
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 13 
 
§ 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes aspectos: 
I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho, observado o 
disposto no art. 7º, XXXIII; 
II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas; 
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente à escola; 
III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à escola; 
(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) 
IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, 
igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, 
segundo dispuser a legislação tutelar específica; 
V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à 
condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de 
qualquer medida privativa da liberdade; 
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos 
fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, 
de criança ou adolescente órfão ou abandonado; 
VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança, ao 
adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes e drogas afins. 
(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) 
§ 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da 
criança e do adolescente. 
§ 5º A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que 
estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros. 
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão 
os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações 
discriminatórias relativas à filiação. 
§ 7º No atendimento dos direitos da criança e do adolescente levar-se- á em 
consideração o disposto no art. 204. 
§ 8º A lei estabelecerá: (Incluído Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) 
I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos jovens; 
(Incluído Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) 
II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando à articulação 
das várias esferas do poder público para a execução de políticas públicas. 
(Incluído Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010) 
 
Com isso, os paradigmas do CC/16 deram lugar para novos paradigmas, quais sejam: 
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 14 
 
 
 
Art. 1.593. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de 
consanguinidade ou outra origem. 
3. VALORES 
A família contemporânea é permeada por quatro valores: AFETO, ÉTICA, DIGNIDADE e 
SOLIDARIEDADE RECÍPROCA. 
 AFETO 
Como visto acima, na visão clássica, apenas as relações biológicas eram consideras como 
forma de família. Hoje, a socioafetividade também caracteriza família. 
Cita-se, como exemplo, a possibilidade de acréscimo do sobrenome do padrasto ou da 
madrasta (Lei 11.924/2009), o reconhecimento da filiação socioafetiva. 
 ÉTICA 
As relações familiares devem ser permeadas pela ética. 
Com base nisso, o STJ reconhece a cessação do regime de bens pela simples separação, 
independente de prazo. 
 DIGNIDADE 
FA
M
ÍL
IA
MÚLTIPLA
A família pode ser constituída por diferentes formas: casamento, união estável, 
monoparental (ascendentes e descendentes)
DEMOCRÁTICA Homens e mulheres possuem direitos e deveres iguais
IGUALITÁRIA
Igualdade substancial, tratando desigualmente os desiguais e buscando a igualdade 
fática entre os componentes familiares. Exemplo: Estatuto do idoso; ECA; Maria da 
Penha, Estatuto da Primeira Infância
BIOLÓGICA OU 
SOCIOAFETIVA
Filhos biológicos e adotivos possuem os mesmos direitos (art. 1.593 do CC). 
HETEROPARENTAL E 
HOMOPARENTAL
Família pode ser formar por pessoas de sexo distintos e de sexo iguais. Ademais, a 
homoparentalidade pode decorrer da monoparentalidade. Exemplo: família composta 
de Mãe solteira e sua filha.
INSTRUMENTAL É um instrumento de proteção da pessoa humana. A família é um meio e não um fim. 
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 15 
 
Decorre da dignidade, por exemplo, a possibilidade de escolha do regime de bens para o 
maior de 70 anos, por isso parte da doutrina entende que o art. 1.641 do CC, ao impor o regime de 
separaçãode bens, é inconstitucional. 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: 
II – da pessoa maior de 70 (setenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 
12.344, de 2010) 
 
Ressalta-se que o art. 1.641, II do CC trata da separação legal obrigatória, ou seja, aquela 
que é imposta por força de lei. Por isso, o STJ entende que os bens adquiridos na constância do 
casamento, em esforço comum, comunicam-se (Info 628). 
 SOLIDARIEDADE RECÍPROCA 
A solidariedade determina o amparo, a assistência material e moral recíproca entre todos os 
membros da família. 
Cita-se, como exemplo, a obrigação alimentar entre parentes, cônjuges ou companheiros. 
4. CARÁTER INSTRUMENTAL DA FAMÍLIA 
A família é um instrumento de proteção da pessoa humana, é um meio e não um fim. 
Perceba que as pessoas não são obrigadas a constituir uma família, trata-se de uma faculdade. 
Em sua redação originária, a Lei do Divórcio permitia ao juiz indeferir um acordo de divórcio 
consensual, em nome da manutenção do núcleo familiar. Hoje, algo totalmente inadmissível, uma 
vez que ninguém precisa de uma família para ter proteção. 
A verdadeira finalidade da família é colaborar para o desenvolvimento da personalidade de 
cada membro, para o alcance da “felicidade” (família eudemonista). 
5. CARACTERÍSTICA DA FAMÍLIA 
De acordo com a doutrina contemporânea, a família possui três características: socioafetiva, 
eudemonista, anaparental. 
 SOCIOAFETIVA 
A noção de família é moldada pela afetividade. 
Por isso, o STJ possui diversas decisões em que a socioafetividade prevalece sobre o 
caráter biológico. 
 EUDEMONISTA 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12344.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12344.htm#art1
user
Realce
user
Realce
user
Realce
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 16 
 
Eudemonismo é uma filosofia grega que prega que o homem vem a Terra para buscar a 
felicidade. A família é eudemonista, uma vez que deve servir como ambiência para que cada um 
dos seus membros busque a sua felicidade individual, realizando-se como pessoa. 
 ANAPARENTAL 
Significa admitir e reconhecer família mesmo quando não exista vínculo parental técnico 
entre os seus integrantes. A proteção jurídica não está vinculada ao fato de a pessoa estar ou não 
inserida em um núcleo familiar. 
Como exemplo, pode-se citar a proteção ao bem de família das pessoas sozinhas (Súmula 
364 do STJ). 
Súmula 364 STJ - O conceito de impenhorabilidade de bem de família 
abrange também o imóvel pertencente a pessoas solteiras, separadas e 
viúvas. 
6. DIREITO DE FAMÍLIA MÍNIMO 
A incidência do Direito de Família deve ser mínima, ou seja, o Estado não deve intervir nas 
relações familiares. Assim, sua incidência deve ocorrer apenas nos casos em que é necessária a 
proteção dos direitos fundamentais dos interessados. 
Perceba, portanto, que prevalece a autonomia privada nas relações de família, salvo nos 
casos em que há violação aos direitos fundamentais, como ocorre, por exemplo, nos casos de 
violência doméstica e familiar. 
Hipóteses de intervenção do Estado: 
• A Lei Maria da Penha prevê que a ação penal será pública incondicionada nos casos de 
lesão corporal; 
• O MP possui legitimidade para requerer alimentos em favor de criança e de adolescente, 
mesmo que não estejam em situação de risco e mesmo que na comarca tenha 
Defensoria Pública; 
• Art. 7º da Lei 8.560/92 – o juiz fixará alimentos, mesmo que o autor da ação de 
investigação de paternidade não requeira, nos casos em que julgar procedente o pedido; 
• Regime de separação obrigatória de bens para o maior de 70 anos 
Obs.: Há doutrina defendendo a autonomia privada infanto-juvenil, como exemplo citam a 
necessidade de concordância para que o adolescente seja colocado em família substituta e para 
alteração do seu prenome nos casos de adoção. 
7. INCIDÊNCIA DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS NAS RELAÇÕES DE 
FAMÍLIA 
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 17 
 
Assim como ocorre em outras áreas do Direito Civil, os direitos e garantias fundamentais 
serão aplicados ao Direito de Família, trata-se da “eficácia horizontal” dos direitos fundamentais. 
Como exemplo de constitucionalização das relações familiares, pode-se citar o 
reconhecimento da união estável homoafetiva (ADI 4277), devendo o art. 1.723 do CC ser 
interpretado conforme a Constituição. 
8. INCIDÊNCIA DOS PRINCÍPIOS GERAIS DO CC/02 NAS RELAÇÕES FAMILIARES 
As diretrizes que norteiam o Código Civil de 2002: sociabilidade, eticidade e operabilidade 
(concretude) são aplicadas às relações familiares. 
Exemplos de aplicação: 
• Eticidade – REsp. 555.771/SP aplicação da boa-fé objetiva nas relações familiares 
(confiança e afeto); 
• Operabilidade – Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15) possui caráter 
inclusivo e não preconceituoso. A deficiência, por si só, não enquadra a pessoa como 
incapaz; 
• Sociabilidade – função social da família (art. 1.513 do CC) e inexistência de 
responsabilidade civil de terceiro (amantes) que “interferem” na comunhão de vida de 
uma família (STJ REsp. 922.462/SP) 
Os deveres estabelecidos entre cônjuges (art. 1.566 do CC) e entre companheiros (art. 
1.724 do CC) são intrapartes, ou seja, não podem ser oponíveis a terceiros. 
CC Art. 1.513. É defeso a qualquer pessoa, de direito público ou privado, 
interferir na comunhão de vida instituída pela família. 
9. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO DE FAMÍLIA 
A Constituição consagra cinco grandes princípios inerentes ao Direito de Família, quais 
sejam: 
• Multiplicidade/pluralidade de entidades familiares 
• Igualdade entre homens e mulheres 
• Igualdade entre filhos 
• Facilitação da dissolução do casamento 
• Responsabilidade parental 
Salienta-se que não há dúvidas quanto à relevância e transcendentalidade dos princípios 
(força normativa), são normas de conteúdo aberto, de solução casuística e valorativa. Em caso de 
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 18 
 
colisão entre princípios, deve-se utilizar a ponderação de interesses (balanceamento), de acordo 
com o caso concreto, a exemplo da Súmula 301 do STJ. 
Súmula 301 do STJ - Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a 
submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris tantum de paternidade 
 PRINCÍPIO DA MULTIPLICIDADE/PLURALIDADE DE ENTIDADES FAMILIARES 
Encontra-se previsto no caput do art. 226 da CF, observe: 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 
 
Note que a proteção é para TODA e QUALQUER família, consagra-se uma pluralidade, os 
parágrafos 2º, 3º e 4º referem-se à família casamentaria, decorrente de união estável e 
monoparental. 
Art. 226: 
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. 
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre 
o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua 
conversão em casamento. 
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por 
qualquer dos pais e seus descendentes. 
 
Importante consignar que não se trata de um rol taxativo, ou seja, mesmo que não prevista 
na Constituição, há outras formas de família. Cita-se, como exemplo, a família anaparental, família 
avoenga. 
O art. 226 é norma jurídica de inclusão (inclui institutos na proteção estatal), o que só vem a 
corroborar com a ideia de que o direito de família é instrumental. Portanto, pode-se afirmar que a 
pluralidade das entidades familiares conduz a uma NÂO taxatividade. 
O ECA consagra três espécies de família: natural, ampliada ou extensa e substituta. 
FAMÍLIA NATURAL FAMÍLIA AMPLIADA OU 
EXTENSA 
FAMÍLIA SUBSTITUTA 
É aquela composta por 
filhos maispai e/ou mãe. 
É aquela formada além de pais 
e filhos, também por seus 
parentes (tios, avós, irmãos) 
É aquela decorrente da 
GUARDA, TUTELA ou 
ADOÇÃO 
 
Obs.: O Professor Conrado Paulino da Rosa (RS) fala em i-phamily seria a influência dos meios 
cibernéticos sobre a constituição da família. 
Acerca da pluralidade familiar há três questões polêmicas: família reconstruída, família 
homoafetiva e a família concubinária, a seguir iremos analisar cada uma delas. 
1ª – FAMÍLIA RECONSTRUÍDA, RECOMPOSTA OU ENSAMBLADA (MISTURADA) 
São as famílias mosaicos, formadas por pessoas que já possuem um núcleo familiar e juntas 
estabelecem outro núcleo. Por exemplo, o casamento de Maria que possui dois filhos com João que 
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 19 
 
possui um filho, a nova família recomposta será formada por Maria, João e os três filhos (dois de 
Maria e um de João). 
No Código Civil as relações de famílias recompostas são tratadas de forma tênue, o único 
efeito é o parentesco por afinidade, nos termos do art. 1.595 do CC, que gera impedimento 
matrimonial. 
Art. 1.595. Cada cônjuge ou companheiro é aliado aos parentes do outro pelo 
vínculo da afinidade. 
§ 1o O parentesco por afinidade limita-se aos ascendentes, aos descendentes 
e aos irmãos do cônjuge ou companheiro. 
§ 2o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do 
casamento ou da união estável. 
 
Segundo Cristiano Chaves, há uma privação de direitos nas famílias recompostas, tendo em 
vista que não podem cobrar alimentos, não recebem heranças. Perceba que não há efeitos jurídicos 
decorrentes dessa relação no CC. 
Apesar disso, fora do Código Civil há algumas leis que visam a proteção, quais sejam: 
• Lei 11.924/09 (Lei Clodovil) – prevê a possibilidade de acréscimo do sobrenome da 
madrasta e/ou padrasto, desde que consintam, ouvido o MP. Não gera efeito familiar e 
nem sucessório. 
Os pais devem ser citados, tendo em vista que são interessados 
• Lei 8.112/90 – prevê a possibilidade de benefício previdenciário para enteado ou 
enteada. 
Casualmente, podem ser reconhecidos efeitos jurídicos, por exemplo o STJ (RESp. 36.365) 
reconheceu a retomada do imóvel alugado antes do prazo para moradia de pessoa da família 
reconstituída. 
2ª – FAMÍLIA HOMOAFETIVA 
Antes da decisão do STF, os tribunais superiores (TSE e STJ) já reconheciam as uniões 
homoafetivas como uma entidade familiar para fins de inelegibilidade eleitoral, meação, habitação, 
benefícios previdenciários. 
O STF, na ADI 4277/DF, reconheceu a natureza familiar das uniões de pessoa do mesmo 
sexo. Desta forma, o conceito de união estável pode ser hetero ou homoafetivo. Após, o STJ passou 
a afirmar que o casamento também pode ocorrer entre pessoas do mesmo sexo (RESp. 
1.183.378/RS). 
Salienta-se, por fim, que a própria Lei Maria da Penha é clara ao afirmar que a proteção da 
mulher contra a violência ocorre inclusive em relações homoafetivas. 
Lei 11.340/06 – Maria da Penha 
Art. 5o Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar 
contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause 
morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou 
patrimonial: 
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 20 
 
... 
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo 
INDEPENDEM de orientação sexual. 
 
3ª – FAMÍLIA CONCUBINÁRIA 
Tanto o STF quanto o STJ entendem que concubinato NÃO é família, em razão do disposto 
no art. 1.727 do CC. 
Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos 
de casar-se, constituem concubinato. 
 
Entendem, ainda, que o concubinato é uma relação meramente obrigacional, sendo 
considerada uma mera sociedade de fato. Por isso, a competência para processar e julgar será da 
vara cível e não da vara de família, já que não se aplicam os seus institutos. 
Destaque para a Súmula 380 do STJ: 
STF Súmula 380: comprovada a existência de sociedade de fato entre os 
concubinos, é cabível a sua dissolução judicial, com a partilha do patrimônio 
adquirido pelo esforço comum 
 
Maria Berenice Dias defende que o concubinato é entidade familiar, merecendo, portanto, 
proteção (posição minoritária) 
Cristiano Chaves, entre outros, defende que embora o concubinato não tenha amparo legal, 
a união estável putativa pode ter. É o concubinato de boa-fé, ou seja, a amante não sabe que é 
amante. Nesse caso, se devem garantir direitos à amante. É uma posição doutrinária não acolhida 
pela jurisprudência, que aplica a regra da exclusividade da família. Essa união estável putativa 
pode-se basear também na boa-fé objetiva. Nesse caso, é possível falar em paralelismo (“família 
paralela”), em concubinato como entidade familiar (ou ainda: uniões estáveis – uma união e outra 
união putativa). 
Obs.: O STF reconheceu repercussão geral (ARE 656.298/SE) sobre a matéria: 529 - Possibilidade 
de reconhecimento jurídico de união estável e de relação homoafetiva concomitantes, com o 
consequente rateio de pensão por morte. Então, pode ser que o entendimento mude ou se 
mantenha. 
 IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES 
Trata-se de uma igualdade substancial, ou seja, tratar igualmente os iguais e desigualmente 
os desiguais, na medida da sua desigualdade. 
A doutrina chama de descrímen, pois diante de uma situação fática de desigualdade será 
possível o tratamento desigual. Perceba que o conceito de descrímen é fático e não jurídico. Por 
isso, na ausência de descrímen (situação de desigualdade) o tratamento deve ser o mesmo para 
homens e mulheres. 
O art. 100 do antigo CPC (73) previa uma regra de foro privilegiado da mulher para as ações 
de separação e divórcio, tendo sido considerado constitucional pela jurisprudência do STJ, apesar 
de toda a crítica doutrinária, pois não havia descrímen. Com o CPC/15, acabou o foro privilegiado 
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
 
 
CS – CIVIL IV: FAMÍLIA E SUCESSÕES 2020.1 21 
 
para as mulheres, devendo as ações serem ajuizadas no foro do domicílio do detentor da guarda 
dos filhos menores ou, na ausência de filhos menores, no local do último domicílio do casal. 
Obs.: Lembrar que o art. 53 do CPC trata de competência relativa, a qual não pode ser conhecida 
de ofício pelo juiz, mas pode ser arguida pelo Ministério Público. 
Art. 53. É competente o foro: 
I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e 
reconhecimento ou dissolução de união estável: 
a) de domicílio do guardião de filho incapaz; 
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; 
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do 
casal; 
 
Importante consignar que o art. 1.736 do CC prevê que a mulher, pelo simples fato de ser 
casada, pode recusar a tutela. Há quem discuta a constitucionalidade do dispositivo, tendo em vista 
que não há descrímen, por isso a escusa deveria ser estendida ao homem casado também, em 
uma interpretação conforme a Constituição. O Professor Cristiano Chaves vai além, afirma que 
homens e mulheres em união estável também poderiam se esquivar da tutela. 
Art. 1.736. Podem escusar-se da tutela: 
I - mulheres (pessoas) casadas ou em união estável; 
 
Clássico exemplo do princípio da igualdade entre homens e mulheres está nos arts. 1.583 e 
1584 do CC que tratam da guarda. Observe: 
Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. 
§ 1º Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores 
ou a alguém que o substitua ( art. 1.584, § 5 o ) e, por guarda compartilhada 
a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da 
mãe que não vivam sob o mesmo teto,

Outros materiais