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Aula 02
Atualidades p/ PC-RN (Delegado, Agente e Escrivão) Com videoaulas
Professor: Leandro Signori
84986468472 - CARLOS MAGNO G. RABELO
Atualidades para a PC-RN ʹ Delegado, Agente e Escrivão 
Prof. Leandro Signori 
 
 
 
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AULA 02 – Política e Sociedade Internacional - II 
 
 Sumário Página 
1. A crise dos refugiados na Europa 1 
2. América Latina 5 
3. Coreia do Norte 12 
4. Eleições nos Estados Unidos 14 
5. Os separatismos na Europa 17 
6. Organismos, organizações e grupos internacionais 18 
7. Temas Diversos 24 
8. Questões Comentadas 31 
9. Lista de Questões 67 
10. Gabarito 89 
 
1. A crise dos refugiados na Europa 
A Europa vive uma crise migratória de enormes proporções. Em 2015, 
segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM) mais de 1 milhão 
de refugiados cruzaram o Mediterrâneo para chegar ao continente europeu. 
Destes, 80% entraram na Europa pela Grécia, os demais pela Itália e outros 
países. No mesmo período, ao menos 3.600 refugiados morreram afogados ao 
tentar atravessar o Mediterrâneo em embarcações precárias ou desapareceram. 
Traficantes de pessoas chegam a cobrar mais de R$ 10 mil por individuo para 
realizar a viagem pelo mar. 
Especialistas dividem as travessias do Mediterrâneo em direção ao 
continente europeu em três grandes rotas: 
 Mediterrâneo Central: parte da Líbia e tem como principal destino 
a Itália, notadamente a Ilha de Lampedusa, próxima a costa 
africana. 
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 Mediterrâneo ocidental: também reúne refugiados africanos, que 
partem do Marrocos, Tunísia e Argélia e buscam desembarcar na 
costa da Espanha. 
 Mediterrâneo oriental: é aquela utilizada para fazer a ligação 
entre à Turquia e a Grécia. 
 
 
Fonte: Folha de São Paulo 
 
Guerras, pobreza, repressão política e religiosa são alguns dos motivos 
que fazem milhares de pessoas saírem de seus países em busca de uma vida 
melhor no continente europeu. Os refugiados têm origem principalmente na 
Síria, Iraque, Afeganistão, Líbia, Nigéria e Eritreia. As principais portas de 
entrada são a Itália e a Grécia. Os principais destinos são a Alemanha, França, 
Áustria, Suécia e Inglaterra. 
A Síria vive uma sangrenta guerra civil. Tanto nesse país, como no Iraque 
atua o Estado Islâmico que conquistou militarmente vastos territórios, causando 
a fuga de milhões de pessoas das regiões que passou a controlar. Na Nigéria, 
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país populoso e com grande pobreza, atua outro grupo fundamentalista islâmico, 
o Boko Haram. 
O Afeganistão é outro país instável. Em 2001 foi invadido pelos Estados 
Unidos, logo após o ataque às Torres Gêmeas em 11 de setembro daquele ano. 
Osama bin Laden, líder da rede Al-Qaeda, assumiu a autoria dos atentados e se 
refugiava no país. Os norte-americanos depuseram do poder o Talibã, grupo 
fundamentalista islâmico. Mesmo fora do poder, o grupo continua ativo e 
controla regiões do Afeganistão. 
Dos refugiados que cruzam o Mediterrâneo em direção ao sul da Itália, boa 
parte vem da Eritreia. Um dos motivos para cidadãos desse país decidirem 
emigrar é o serviço militar obrigatório -- comparável a um regime de 
escravidão. Grupos de defesa dos direitos humanos também afirmam que o país 
vive forte repressão política. 
Em escalas variadas, os países europeus se mostram refratários em 
acolher os refugiados, com alguns de seus líderes tendo opiniões muito críticas. 
Alguns países chegaram a construir muros/cercas fortificadas ao longo de parte 
das suas fronteiras, para bloquear o fluxo de pessoas buscando asilo no norte 
da Europa. 
O duro tratamento e a brutalidade das forças de segurança de países 
europeus para com os refugiados motivaram protestos da população em 
diversas nações da Europa. Solidários, pediam que os seus governos acolhessem 
os estrangeiros. 
A Alemanha, antes resistente em receber os refugiados, mudou de posição 
e agora está mais receptiva. O país é o destino da maioria dos que buscam uma 
vida nova em solo Europeu. 
Na tentativa de restringir o fluxo de refugiados em direção a União 
Europeia, o bloco econômico e a Turquia firmaram um acordo, que entrou em 
vigor em março de 2016. Da Turquia, parte a grande maioria dos que ingressam 
na União Europeia pela Grécia. 
Pelo acordo, a União Europeia vai repassar, até 2018, três bilhões de euros 
à Turquia para que o país possa vigiar e controlar a saída de pessoas em direção 
ao continente europeu. Os recursos servirão também para melhor estruturar e 
atender aos 2,7 milhões de refugiados que estão em acampamentos no país 
turco. 
O acordo também estabelece que todos os imigrantes irregulares que 
chegarem da Turquia até as ilhas gregas a partir de 20 de março de 2016 serão 
devolvidos à Turquia. Os refugiados que chegarem às ilhas gregas deverão ser 
registrados e o pedido de asilo deverá ser tratado individualmente pelas 
autoridades gregas, de acordo com a direção de procedimentos de asilo e em 
cooperação com a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). 
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Os refugiados que não solicitarem asilo e aqueles cujo pedido não esteja 
fundamentado ou seja inadmissível serão devolvidos à Turquia. Além disso, 
segundo o acordo, para cada sírio que seja devolvido à Turquia, outro será 
admitido na União Europeia, levando em conta os critérios de vulnerabilidade da 
ONU. 
O Alto Comissário das Nações Unidas para Direitos Humanos criticou a 
parte do acordo que estabelece a devolução de imigrantes irregulares à Turquia, 
dizendo que são ilegais e que violam o direito internacional e europeu. 
 
 
O fim da “Selva de Calais” 
Calais é uma cidade portuária, no norte da França, onde se localiza a 
entrada francesa do Eurotúnel - a passagem sob o Canal da Mancha que liga a 
região de Pas-de-Calais ao sul da Inglaterra. Ao lado da rodovia e próximo do 
acesso ao túnel, formou-se um grande acampamento de imigrantes ilegais 
vindos da África e do Oriente Médio. O acampamento foi desmontado pelo 
governo francês. Os imigrantes ilegais que residiam no acampamento foram 
levados para centros de acolhimento em outras cidades francesas. 
Conhecido como a “Selva de Calais”, estima-se que no acampamento 
viviam nove mil pessoas. As condições de moradia, higiene e saúde eram 
precárias. 
 Diariamente os imigrantes tentavam subir nas carrocerias dos caminhões 
que atravessam o Eurotúnel para entrarem escondidos na Inglaterra. 
Anteriormente, a França tentou por várias vezes fechar o acampamento 
constituído por diversas barracas e abrigos temporários, mas o local sempre 
aumentava de tamanho com a chegada de novos refugiados. Um pouco antes 
do seu encerramento, o Reino Unido anunciou a construção de um muro de 
quatro metros em Calais, para impedir que os imigrantes se escondam em 
caminhões e entrem sem visto em território britânico. O muro será erguido dos 
dois lados de um trecho de estrada de um quilômetro de extensão. 
 A “Selva de Calais” ficou conhecida como um dos símbolos da crise 
migratória da União Europeia e das tensões entre migrantes e países europeus. 
 
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(CESPE/TJDFT/2015)Eles chegaram num fluxo incessante. No auge, 
eram cerca de dez mil imigrantes por dia, e de um milhão dirigindo-se à 
Europa desde o começo deste ano. Era um cenário em que pessoas 
empurravam bebês em carrinhos, bem como pais idosos em cadeiras de 
rodas, e levavam nas meias as economias de uma vida inteira. Vieram à 
procura de uma nova realidade, mas, sob muitos aspectos, eram eles os 
arautos de uma nova época. Atualmente, estima-se que há sessenta 
milhões de refugiados pelo mundo, o que representa um número maior 
do que em qualquer outro momento registrado na história, e eles estão 
se deslocando em quantidades inéditas desde a Segunda Guerra 
Mundial. 
The New York Times (International Weekly). In: Folha de S.Paulo, 7/11/2015 (com adaptações). 
Julgue o item subsequente a respeito dos refugiados pelo mundo, 
assunto abordado no texto precedente. 
As atuais correntes migratórias, que chamam a atenção do mundo, 
partem de pontos distintos. Em geral, os grupos originados da África 
subsaariana e do Oriente Médio — especialmente da conflagrada Síria — 
têm como destino a Europa. 
COMENTÁRIOS: 
A questão se refere a onda migratória que tem chegado a Europa. Na sua 
grande maioria, são migrantes que estão fugindo de conflitos armados e de 
graves violações aos direitos humanos. A maioria dos que chegam a Europa são 
sírios, fugindo da sangrenta guerra civil que assola o país. Há também migrantes 
do Iraque, Afeganistão, Líbia. Nigéria e Eritreia. 
Gabarito: Certo 
 
2. América Latina 
 Argentina, Venezuela e Peru realizaram eleições recentemente. Após a 
normalização das relações diplomáticas, Cuba e Estados Unidos prosseguem 
com ações para uma maior aproximação entre os países. Na Colômbia, o 
governo e a guerrilha das FARC chegaram a um acordo histórico. 
Vejamos a seguir: 
 
Argentina 
Maurício Macri é o novo presidente da Argentina. A sua vitória encerrou 
um período de 12 anos de governo do kirchnerismo, como é conhecido o período 
em que a Argentina foi governada pelo casal Néstor e Cristina Kirchner. Ambos 
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são peronistas. O novo presidente derrotou no segundo turno, Daniel Scioli, 
candidato do peronismo e de Cristina Kirchner. 
 Maurício Macri é empresário, ex-prefeito de Buenos Aires, ex-presidente 
do clube Boca Juniors e líder de uma frente de centro-direita opositora do 
governo de Cristina Kirchner. Esta é a primeira vez que um líder da direita liberal 
chega ao poder pelas urnas em eleições livres, sem o apoio de uma ditadura, 
fraudes ou candidatos proscritos. 
Esta é a primeira vitória, desde que se instituiu o voto, em 1916, de um 
candidato civil que não pertence nem ao partido peronista nem ao radical social-
democrata, as duas grandes forças populares, em 100 anos de vida política na 
Argentina. 
Na área internacional, sob o governo de Macri, a Argentina deve se afastar 
politicamente de posições políticas defendidas pelos países do grupo bolivariano: 
Venezuela, Bolívia, Equador, Cuba e Nicarágua. Por outro lado, terá uma maior 
aproximação com os Estados Unidos e Brasil. 
Macri também promete uma relação menos turbulenta com o Reino Unido, 
na discussão da reivindicação argentina de soberania sobre as ilhas Malvinas e 
negociar a pendência judicial e o pagamento da dívida do país, com fundos 
internacionais norte-americanos. Esses fundos foram chamados de abutres pela 
ex-presidente Cristina Kirchner. 
Tema que gerou grande repercussão no governo de Cristina Kirchner, a 
dívida externa com os “fundos abutres” foi paga por Macri, tirando o país da 
moratória, em função do calote da dívida em 2001. 
Agora ex-presidente, Cristina Kirchner é ré na Justiça argentina em um 
processo que apura o seu envolvimento em corrupção no seu governo. 
 
Venezuela 
A Venezuela realizou eleições legislativas, para a Assembleia Nacional, no 
dia 06 de dezembro. A oposição, reunida na coalizão Mesa da Unidade 
Democrática (MUD), alcançou uma poderosa maioria qualificada de dois terços 
das cadeiras, revertendo quase duas décadas de domínio dos socialistas (desde 
1999, com a primeira eleição de Hugo Chávez) representados pelo presidente 
Nicolás Maduro. 
A oposição é formada por partidos conservadores e de centro. O partido 
governista é o PSUV – Partido Socialista Unido da Venezuela. O atual governo 
diz que está realizando uma Revolução Bolivariana (alusão a Simón Bolívar). 
Hugo Chávez governou a Venezuela por 11 anos, até a sua morte, em 2013. 
Com este número de deputados, o bloco opositor havia superado a marca 
de dois terços necessária para grandes mudanças, como criar ou suprimir 
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comissões permanentes, aprovar e modificar leis orgânicas, submeter a 
referendo tratados internacionais e projetos de lei, remover magistrados do 
Tribunal Supremo de Justiça, designar os integrantes do Conselho Nacional 
Eleitoral, aprovar projeto de reforma constitucional e até buscar retirar de 
maneira antecipada o presidente do poder. 
Contudo, dias depois da eleição, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), 
dominado por ministros chavistas, suspendeu a proclamação de três deputados 
opositores eleitos. A medida deixou a oposição sem a maioria qualificada na 
Assembleia. 
A Constituição venezuelana de 1999, aprovada no primeiro ano de Hugo 
Chávez na presidência, prevê que, a partir da metade do mandato de qualquer 
cargo eleito, possa ser convocado um referendo revogatório. Nicolás Maduro, 
eleito em 2013 após a morte de Chávez, atingiu a metade do mandato em abril 
de 2016. A oposição está promovendo uma grande mobilização para a realização 
do referendo. 
A primeira etapa já foi cumprida pela oposição, que era a solicitação do 
referendo junto ao Conselho Nacional Eleitoral, com um número mínimo de 1% 
de assinaturas de eleitores. A próxima etapa será a coleta de assinaturas de 
20% dos eleitores de cada Estado do país e a sua validação no Conselho Nacional 
Eleitoral. 
Se houver referendo até 10 de janeiro de 2017 e Maduro tiver o mandato 
revogado, será preciso convocar novas eleições. Contudo, se for só depois dessa 
data, quando faltariam cumprir dois anos do mandato de Maduro, assumirá o 
poder o vice-presidente, atualmente Aristóbulo Istúriz. Isso seria uma derrota 
para a oposição, porque implicaria a continuação do Partido Socialista Unido da 
Venezuela no poder. 
No final de maio, a Organização dos Estados Americanos (OEA) acionou a 
chamada Carta Democrática Interamericana contra a Venezuela. Essa é a 
primeira vez na história que o instrumento é solicitado, o que implica a abertura 
de um processo que pode levar à suspensão do país daquele organismo regional. 
A OEA vai decidir se na Venezuela há um processo de grave alteração da ordem 
constitucional. 
O país enfrenta uma grave crise econômica, marcada pela alta 
inflação, recessão e escassez de alimentos. Uma severa seca atinge a 
Venezuela, afetando a produção de energia elétrica e causando grandes 
racionamentos e “apagões”. Entre as medidas adotadas para economizar a 
energia estão a alteração da hora legal em 30 minutos e a redução dos dias e 
horários de trabalho em repartições públicas. 
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A crise econômica generalizada afetou os voos de companhias aéreas ao 
país. A Gol, Latam e Lufthansa suspenderam os voos que operavam com destino 
à capital, Caracas. 
 
Peru 
Em uma eleição disputada voto a voto, Pedro Pablo Kuczynskivenceu 
Keiko Fujimori, por apertadíssima margem de votos, sendo eleito o novo 
presidente do Peru. 
Kuczynski é um economista de orientação liberal e vai suceder o 
presidente de esquerda Ollanta Humala. Candidata conservadora, Keiko Fujimori 
é filha de Alberto Fujimori, que foi presidente do Peru por dez anos, de 1990 a 
2000. Fujimori encontra-se preso no Peru, condenado por cometer crimes contra 
os direitos humanos. 
 
Cuba 
Cuba é o único país comunista das Américas. Vive uma crise econômica, 
com desemprego, queda de renda e racionamento de alimentos. Para enfrentar 
a crise, o governo decidiu reduzir o papel do Estado e abrir a economia 
parcialmente para o mercado. Passou a permitir a criação de empresas privadas, 
a compra e venda de imóveis e automóveis e o arrendamento de terras aos 
agricultores, que poderão ter lucro. 
Após a Revolução Cubana de 1959, e desde a adoção do comunismo, em 
1962, os EUA mantêm um bloqueio, proibindo o comércio e financiamentos de 
empresas norte-americanas para os cubanos. 
Em uma decisão histórica, Cuba e Estados Unidos anunciaram, em 
dezembro de 2014, a retomada das relações diplomáticas após mais de 50 anos, 
mas o embargo comercial à ilha ainda continuará. O fim do bloqueio oficial 
depende de aprovação pelo Congresso norte-americano. Junto com o anúncio, 
foram adotadas medidas que iniciam uma aproximação, como a troca de 
prisioneiros, a redução de restrições a viagens de norte-americanos e a 
remessas de dinheiro para a ilha. O embargo, porém, se mantém, pois tem de 
ser revogado pelo Congresso dos EUA. Ele exerce um grande peso sobre a 
economia cubana, pois sufoca seu comércio exterior. O Vaticano (Papa 
Francisco) e o Canadá atuaram nos bastidores das negociações para o 
restabelecimento das relações diplomáticas. 
Em maio de 2015, Cuba foi retirada da lista norte-americana dos países 
que apoiam o terrorismo. As relações entre os dois países foram formalmente 
retomadas com a reabertura das embaixadas de Cuba em Washington e dos EUA 
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em Havana. No entanto, a cerimônia oficial de reabertura da Embaixada dos 
Estados Unidos em Havana, só ocorreu em agosto de 2015, com a presença de 
John Kerry, primeiro secretário de Estado norte-americano a visitar Cuba em 70 
anos. 
Em março de 2016, Barack Obama fez uma visita oficial a Cuba, a primeira 
de um presidente dos Estados Unidos em 88 anos. Antes dele, Calvin Coolidge 
viajou oficialmente a Cuba, em um navio de guerra, em 1928. 
Os dois países prosseguem com a adoção gradual de medidas econômicas, 
que fomentem o intercâmbio entre ambos e o turismo norte-americano em 
Cuba. 
O Brasil, por meio do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e 
Social (BNDES), financiou a construção do Porto de Mariel, projeto de 1 bilhão 
de dólares, executado pela construtora brasileira Norberto Odebrecht. A ilha de 
Cuba fica numa posição privilegiada, na entrada do Golfo do México. O porto foi 
planejado para receber os maiores cargueiros em operação no mundo, que 
poderão atravessar o Canal do Panamá após a conclusão de sua ampliação. O 
projeto do governo cubano é transformar o porto em uma área estratégica de 
logística mercantil internacional. Para isso, está criando em Mariel uma zona 
econômica especial, com baixos impostos, semelhante às zonas econômicas 
especiais da China. 
 
Colômbia 
A Colômbia é um dos destaques econômicos da América Latina, com 
expansão de 4,4% do PIB em 2014 e 3,1% em 2015. Em agosto de 2016, o 
governo colombiano e a maior organização guerrilheira do país, as Forças 
Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), anunciaram um acordo de paz 
definitivo, que encerra mais de 50 anos de um conflito armado, que deixou mais 
de 220 mil mortos na Colômbia. 
As negociações entre o governo e a guerrilha duraram quatro anos e foram 
realizadas em Havana, Cuba. Além desse país, também atuaram como 
mediadores a Noruega, Venezuela e Chile. 
No acordo de paz, o governo e as FARC firmaram os seguintes 
compromissos: realização da reforma agrária, participação política dos ex-
combatentes da guerrilha, cessar-fogo bilateral e definitivo, solução ao problema 
das drogas ilícitas, ressarcimento das vítimas do conflito e mecanismos de 
implementação e verificação. 
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O acordo foi submetido a um plebiscito, em 2/10/2016, e rejeitado por 
uma estreita margem de votos. O comparecimento às urnas foi muito baixo e o 
“Não” ao acordo obteve 50,21% dos votos, contra 49,78% para o “Sim”. 
A vitória do “Não” no plebiscito tinha sido considerada um duro golpe ao 
governo de Santos e teria colocado em dúvida o sucesso do processo para 
superar o conflito. Grupos contrários ao acordo, liderados pelo ex-presidente 
Álvaro Uribe, acusam o governo de ceder demasiadamente à pressão das Farc 
e de deixar abertura para que os guerrilheiros não sejam punidos. Apesar da 
rejeição, o cessar-fogo continua. 
Mesmo com a rejeição, o presidente colombiano Juan Manuel Santos 
ganhou o Prêmio Nobel da Paz 2016. A láurea foi um reconhecimento pelo 
seu esforço de pacificação do país. 
Com a rejeição, o governo colombiano retomou as negociações com as 
FARC, visando fazer ajustes no acordo de paz. Um novo acordo foi assinado 
entre as partes no dia 24/11/2016. Será submetido à aprovação do Congresso 
colombiano. Não será objeto de um novo plebiscito. 
O documento ampliado teve cerca de 50 modificações no texto original, 
como esclarecer direitos de propriedade particular e detalhar mais 
explicitamente como os rebeldes serão confinados em áreas rurais por crimes 
cometidos durante o conflito. Além disso, há uma proibição de magistrados 
estrangeiros julgarem crimes das FARC ou governo e o compromisso dos 
rebeldes em terem seus bens confiscados, inclusive aqueles obtidos através do 
tráfico de drogas, para o pagamento e compensações a suas vítimas. 
Confira como ficaram os principais pontos do novo acordo de paz: 
1) Representatividade no Congresso - Uma das partes mais polêmicas 
do pacto inicial - a participação dos líderes das Farc na política nacional -, por 
exemplo, foi mantida. A nova versão do texto reafirma que representantes da 
guerrilha poderão disputar cargos eletivos e terão garantidas cinco cadeiras no 
Senado e cinco na Câmara nos dois ciclos legislativos seguintes. 
2) Impunidade - Outro ponto de discórdia se referia ao suposto 
abrandamento das penas dos condenados por violações cometidas pelas Farc. O 
novo acordo definiu com mais clareza como vai funcionar a "restrição de 
liberdade" - pena alternativa à prisão para quem confessar seus crimes 
imediatamente. De acordo com a revisão, caberá aos magistrados do Juizado 
Especial de Paz determinar onde a pena deverá ser cumprida, que horários o 
condenado deverá respeitar e outros detalhes sobre o período de cumprimento 
da sentença, incluindo ações corretivas, mecanismos de monitoramento e 
autorização de viagens. 
3) Narcotráfico - Foram acrescentadas algumas linhas esclarecendo 
como será decidido se o narcotráfico poderá ser considerado crime político - e, 
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portanto, passível de anistia. Partidários do "Não" reivindicavam que o tráfico de 
drogas não deveria ser anistiado. Mas a alteração não atende essa demanda por 
completo, uma vez que dá a entender que isso só deve ocorrer no caso em que 
seja constatado enriquecimento pessoal. 
4) Participação estrangeira- De acordo com o novo documento, não 
haverá mais magistrados estrangeiros no Juizado Especial de Paz, como previa 
a versão inicial do tratado - serão 38 juízes colombianos (e até 13 suplentes). O 
texto prevê agora dez magistrados estrangeiros, mas que vão prestar apenas 
assistência aos tribunais especiais. 
5) Indenização às vítimas - Uma das mudanças no pacto determina que 
as Farc devem apresentar um inventário, durante o processo de desarmamento, 
de todos seus bens e ativos. Os recursos serão usados para reparar 
financeiramente as vítimas do conflito. 
6) Igualdade de gênero - O novo documento também inclui alterações 
para contemplar a igualdade de gênero no processo de paz, com destaque para 
as mulheres que foram vítimas do conflito. De acordo com o texto, serão 
respeitados os diretos de todas as pessoas, independentemente de gênero, 
idade, crença religiosa, etnia ou opção sexual. 
As FARC nasceram no dia 27 de maio de 1964 em Marquetalia, região de 
Tolima, onde um grupo de liberais armados tentou frear uma ofensiva do 
Exército que pretendia acabar com uma comunidade autônoma de camponeses 
que existia no lugar. Nas origens do conflito estão a concentração da terra e 
riqueza nas mãos de poucos, a desigualdade, a injustiça social, a falta de 
tolerância e a corrupção. Problemas que persistem na Colômbia. 
As FARC não são o único grupo armado no país. Há ainda a guerrilha do 
ELN, grupos paramilitares de direita, esquadrões da morte e de traficantes de 
drogas. 
 
(VUNESP/CRO SP/2015 – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) Estados 
Unidos e Cuba vão formalizar, nesta segunda-feira (20 de julho), o 
restabelecimento de suas relações diplomáticas com a reabertura de 
embaixadas em Washington e Havana, um passo definitivo que encerra 
mais de meio século de ruptura e desconfiança. 
(G1, 19.07.15. Disponível em: <http://goo.gl/ugBqrv>. Adaptado) 
Entre as pendências na reaproximação dos dois países, está 
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a) a restrição imposta à circulação de diplomatas dos dois países em 
território estrangeiro. 
b) o impedimento das remessas de dinheiro entre os dois países. 
c) a proibição de viagens de cidadãos dos EUA à Cuba. 
d) o bloqueio econômico imposto pelos EUA à Cuba. 
e) a suspensão da participação de Cuba nos organismos internacionais 
como a ONU. 
COMENTÁRIOS: 
O principal obstáculo para normalizar as relações entre os dois países é o 
embargo ou bloqueio econômico, imposto pelos EUA a Cuba, em 1962. O 
embargo só pode ser revogado pelo Congresso norte-americano, cuja maioria 
dos parlamentares é contrária. 
Gabarito: D 
 
3. Coreia do Norte 
A Coreia do Norte, fundada em 1948, é parte da antiga Coreia, nação 
asiática dividida em duas zonas de ocupação ao final da II Guerra Mundial. De 
1950 a 1953, a Guerra da Coreia opôs os norte-coreanos (governados por 
comunistas e apoiados pela China) à Coreia do Sul (apoiada por tropas da ONU 
e principalmente pelos EUA). Após a assinatura de uma trégua, a Coreia do Norte 
foi reconstruída com a ajuda de URSS e China. Desde o início, o regime 
caracterizou-se pelo culto ao ditador Kim Il Sung, que morreu em 1994. Seu 
filho, Kim Jong Il, tornou-se então o chefe de Estado, sendo também cultuado. 
Em 2011, morreu, e foi substituído pelo filho mais novo, Kim Jong Un. 
Só por essa forma de transmissão de poder, nota-se que o regime norte-
coreano mistura elementos em princípio incompatíveis, como o fato de se dizer 
comunista e ao mesmo tempo adotar uma sucessão dinástica (de pai para filho). 
Outras características são a forte repressão a opositores e dissidentes e o fato 
de que o país se mantém isolado, fechado a estrangeiros. Desde que Kim Jong 
Um chegou ao poder, a imprensa notícia execuções de altos dirigentes do 
governo e das forças armadas, a seu mando, sob o argumento de conspiração 
contra o regime e traição. 
A mais recente medida do excêntrico ditador foi a proibição as pessoas de 
fazerem comentários sarcásticos sobre o seu regime totalitário em suas 
conversas diárias. Segundo o jornal britânico "Independent", mesmo a crítica 
indireta foi banida, de acordo com a mídia asiática. A população foi alertada 
contra criticar o Estado em uma série de encontros liderados por funcionários 
em todo o país. 
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A imprensa local tem relatado um aumento de atos públicos de dissidência 
no país nos últimos tempos. Grafites ridicularizando o governo e seu líder 
também têm aparecido nas últimas semanas. 
A Coreia do Norte preocupa as potências ocidentais por ameaçar usar 
armas atômicas que desenvolveu e tem testado. O regime norte-coreano deixou 
o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) em 2006. De lá até o presente, já 
fez cinco testes com bombas atômicas e tem dado provas de estar acelerando 
seu programa nuclear para constituir um arsenal. Desde 2006, ano do primeiro 
teste, sofre forte pressão internacional e até sanções da ONU. 
A partir de 2002, pressionada pelas dificuldades econômicas, a Coreia do 
Norte iniciou mudanças orientadas para o mercado. Seguindo o exemplo da 
China, o governo criou uma zona industrial especial (Kaesong), na qual 
empresas da Coreia do Sul empregam trabalhadores norte-coreanos a baixo 
custo, e uma zona turística especial. 
 
(CESPE/CPRM/2016 – TÉCNICO EM GEOCIÊNCIAS) Nos últimos tempos, 
a Coreia do Norte tem chamado a atenção da comunidade internacional 
e merecido manchetes dos meios de comunicação mundiais. O interesse 
suscitado por esse pequeno país asiático deve-se, entre outras razões, 
ao fato de ele 
A ter substituído o rígido modelo comunista pela economia de mercado. 
B anunciar testes militares com artefatos poderosos e de grande 
alcance. 
C ter-se decidido a atacar a vizinha Coreia do Sul com armas nucleares. 
D ter, recentemente, enviado tropas para o Oriente Médio em apoio à 
Rússia. 
E ser um país democrático cercado por vizinhos submetidos a regimes 
ditatoriais. 
COMENTÁRIOS: 
A Coreia do Norte é um dos países mais fechados do mundo. O regime é 
comunista, governado com mão de ferro por ditadores que se sucedem de pai 
para filho. O atual ditador é Kim Jong Un. O país mantém uma retórica 
beligerante para com a Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos. País pobre, 
preocupa o mundo, pois está desenvolvendo armas atômicas e fazendo testes 
militares de grande alcance. Gabarito: B 
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4. Eleições nos Estados Unidos 
Em novembro de 2016, Donald Trump, candidato do Partido 
Republicano, foi eleito Presidente dos Estados Unidos nas eleições realizadas 
no dia 09/11/2016. Ele derrotou Hillary Clinton, candidata do Partido 
Democrata. 
Quem elege o Presidente nos Estados Unidos é um Colégio Eleitoral, 
composto por 538 delegados, representantes dos estados norte-americanos. 
Para um presidente ser eleito, precisa do voto de pelo menos 270 – 
delegados, ou seja, maioria absoluta. Cada estado possui certo número de 
delegados no Colégio Eleitoral. Essa quantidade é proporcional à população dos 
estados. 
Nas eleições presidenciais, os eleitores votam no candidato a presidente. 
O candidato mais votado em cada estado levará todos os delegados do estado 
para o Colégio Eleitoral. É a regra conhecida como “winner takes all” (o vencedor 
leva tudo). Porém, há duas exceções: Maine e Nebraska, em que os votos do 
Colégio são distribuídos proporcionalmente à votação dos candidatos. 
O mapa eleitoral dos EstadosUnidos é bem dividido entre o Partido 
Democrata e o Partido Republicano. Os estados do nordeste do país e da costa 
oeste costumam votar nos democratas. Nos estados do interior, os republicanos 
predominam. 
Porém, há um grupo de estados em que o voto do eleitor oscila, ora vence 
um candidato democrata, ora vence um candidato republicano. São os chamados 
swing states, os estados decisivos. Sair-se melhor neles é fundamental para 
vencer a eleição norte-americana. Nas eleições de 2016, 13 estados estavam 
nesta situação. No xadrez estratégico dos estados, o Republicano saiu-se melhor 
que a Democrata nos swing states. 
O resultado final das urnas mostra que Donald Trump terá 290 votos e 
Hillary Clinton 228 votos no Colégio Eleitoral. No voto popular, Hillary venceu, 
teve 60.274.974 votos, contra 59.937.338 votos de Trump. Isso pode ocorrer. 
É a quarta vez que um candidato com maior votação popular teve menos votos 
no Colégio Eleitoral. 
A campanha eleitoral foi radicalizada com muitas denúncias, ataques e 
ofensas pessoais entre os candidatos. Trump e o presidente Barack Obama, que 
apoiava Hillary, também trocaram acusações e ácidas críticas. Contra Hillary 
Clinton pesou o escândalo de uso de um servidor particular para todas as suas 
trocas de emails - sejam profissionais ou pessoais - durante os quatro anos em 
que foi Secretaria de Estado, no primeiro governo do presidente Barak Obama. 
O servidor utilizado estava instalado em sua casa, em Nova York. Ela não teria 
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usado, nem sequer ativado, a conta de email "state.gov", hospedada nos 
servidores de propriedade do governo dos Estado Unidos. Para os críticos, ao 
utilizar um servidor particular, a correspondência de Hillary Clinton ficou 
vulnerável à espionagem e ao ataque de hackers. Donald Trump foi alvo de 
várias denúncias, entre as quais a de assédio sexual com mulheres. O presidente 
eleito colecionou e defendeu propostas polêmicas. Uma delas é a construção de 
um muro na fronteira com o México, que garante que será pago pelo México, 
para barrar a entrada de imigrantes ilegais. Prometeu também deportar todos 
os imigrantes que vivem ilegalmente nos Estados Unidos, suspender a entrada 
de muçulmanos no país e revogar a ratificação dos Estados Unidos junto ao 
Acordo de Clima de Paris. Seus críticos o taxaram de xenófobo, machista, 
racista, nativista, nacionalista, isolacionista e anti-globalização. 
Trump não representa o político tradicional. Dizer que ele não fez política 
na sua vida, não é verdadeiro. Mas, não é uma pessoa que dedicou sua vida à 
política. É um empresário e bilionário, voltado ao mundo dos negócios. 
Para ser candidato a presidente, disputou as eleições internas no Partido 
Republicano e superou todos os seus concorrentes. Não foi o candidato da 
direção e das lideranças partidárias. Pelo contrário, se opuseram internamente 
a sua candidatura. 
A grande mídia norte-americana foi contrária a Trump, seja como pré-
candidato do Partido Republicano, seja como candidato a presidente. 
Um fator decisivo para a eleição de Trump foi que ele encarnou o discurso 
anti-establishment. Ou seja, uma crítica à ordem política, econômica e social 
dominante nos Estados Unidos. Uma crítica aos políticos tradicionais, a grande 
mídia e ao poder econômico do capital financeiro. 
Já Hillary Clinton fez política a vida toda. A grande mídia lhe apoiou direta 
ou indiretamente. Nas eleições internas do Partido Democrata, quem encarnou 
o discurso crítico ao establishment foi o socialista Bernie Sanders, que deu muito 
trabalho a Hillary Clinton. Foi um adversário difícil de ser derrotado. 
Aqui temos a força do discurso crítico ao sistema e a repulsa de parcela 
dos norte-americanos ao atual estado das coisas. 
Para Demétrio Magnoli, Hillary Clinton foi a candidata preferida dos 
vencedores da globalização, simbolizados na praça da finança de Wall Street e 
nas empresas de alta tecnologia do Vale do Silício. Trump foi o preferido dos 
prejudicados pela globalização: os trabalhadores que perderam o emprego e/ou 
viram a sua qualidade vida diminuir nos últimos anos. 
Trump venceu a eleição no velho cinturão industrial norte-americano que 
sofre com a globalização, onde empresas faliram ou transferiram a sua produção 
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para o exterior e trabalhadores perderam os empregos. Nas eleições internas do 
Partido Democrata, Bernie Sanders venceu Hillary nestas regiões. Mas, nas 
eleições presidenciais, esses eleitores preferiram Trump e não Hillary. 
A globalização atual propõe o livre-comércio, a flexibilização das barreiras, 
dos impostos e das tarifas de importação entre os países. Para Trump, os 
Estados Unidos fizeram acordos comerciais que prejudicaram a economia norte-
americana, levaram empresas à falência e trabalhadores a ficarem 
desempregados. Como solução, propõe rever acordos comerciais, entre eles o 
Nafta e elevar impostos de importação de produtos, como os dos chineses. 
Assim, produtos ficariam mais caros no mercado estadunidense e propiciariam 
uma retomada da produção nacional. Propõe também rever a Parceria 
Transpacífica (TTP). 
Trump foi o mais votado entre os eleitores brancos de menor renda e de 
menor escolaridade, que são a maioria dos norte-americanos. Para analistas, é 
um indicativo de que em primeiro lugar o eleitor está preocupado com emprego, 
salário, vida digna, com saúde, educação e segurança para si e as suas famílias. 
Em segundo lugar viriam as questões dos direitos das minorias. 
Há que considerar também que muitos apoiam e concordam com as 
polêmicas propostas de Trump e por isso votaram nele. Sim, concordam com a 
construção do muro na longa fronteira com o México, com a deportação dos 
imigrantes ilegais, com a revisão do casamento civil entre pessoas do mesmo 
sexo, etc. 
Se o que Donald Trump defendeu na campanha for colocado em prática, 
os Estados Unidos serão um país mais fechado à imigração estrangeira. Serão 
também um país mais protecionista no comércio internacional. 
Como grande potência política, econômica e militar, os EUA são 
determinantes para os rumos da ordem mundial. Novamente, considerando o 
que propôs, os EUA se envolverão menos nos conflitos regionais e serão menos 
intervencionistas militarmente. Segundo ele, as tensões no leste da Ásia é um 
problema a ser resolvido regionalmente, com menos interferência norte-
americana. As tensões no leste europeu entre Rússia e União Europeia é 
principalmente um problema russo e do bloco europeu e menos dos Estados 
Unidos. 
 
(VUNESP/CRO SP/2015 – CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR) “Quando o 
México envia suas pessoas para os EUA, ele não envia as melhores. Ele 
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envia pessoas com muitos problemas. E elas trazem esses problemas 
para cá. Elas trazem drogas, trazem crime. São estupradores.” 
(UOL, 11.07.15. Disponível em: <http://goo.gl/gvVF8R>. Adaptado) 
A autoria da frase é de 
a) Condoleezza Rice, ex-secretária de Estado dos EUA. 
b) Jeb Bush, pré-candidato à presidência dos EUA. 
c) Donald Trump, pré-candidato à presidência dos EUA. 
d) Hillary Clinton, pré-candidata à presidência dos EUA. 
e) Barack Obama, atual presidente dos EUA. 
COMENTÁRIOS: 
O autor da frase é Donald Trump, na época, um dos pré-candidatos do 
Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos. Na sua campanha, Trump 
prometeu expulsar todos os imigrantes ilegais dosEstados Unidos, construir um 
muro na fronteira dos Estados Unidos com o México, proibir a entrada de 
imigrantes muçulmanos no país, entre outras propostas conservadoras, 
xenófobas e machistas. 
Gabarito: A 
 
5. Os separatismos na Europa 
A Escócia realizou, em setembro de 2015, plebiscito para decidir se 
permanecia ou tornava-se independente do Reino Unido. 55% dos eleitores 
votaram contra a separação, ou seja, a maioria decidiu que a Escócia deve 
continuar fazendo parte do Reino Unido. 
Analistas avaliam que o plebiscito escocês reacendeu o debate sobre a 
soberania na Europa, dando força a movimentos separatistas até então 
sufocados em alguns países. 
É o caso da Catalunha, importante região autônoma da Espanha, onde 
além do espanhol, o catalão também é idioma oficial. A sua capital é Barcelona. 
Os grupos que defendem a independência da Espanha são maioria no 
parlamento regional. O presidente da Catalunha, Artur Mas, também é 
separatista. 
Em um plebiscito informal, realizado em novembro de 2014, 80% dos 
eleitores da região votaram pela separação catalã da Espanha. O plebiscito foi 
considerado inconstitucional pela Justiça espanhola e realizado sob forte 
oposição do governo de Madri. Já em novembro de 2015, o parlamento regional 
aprovou uma resolução para iniciar o processo de separação da Espanha. A 
declaração, que partidos pró-independência na região esperam que possa levar 
à separação da Espanha em 18 meses, foi apoiada pela maioria no parlamento 
regional. 
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 O governo espanhol considera ilegal o desejo separatista da Catalunha. A 
Constituição espanhola não permite separação das regiões. O sentimento 
separatista aumentou durante a crise econômica espanhola, que levou o 
desemprego aos dois dígitos. Há temores crescentes que a articulação territorial 
da Espanha possa afetar a confiança dos mercados e a recuperação do país. 
Na Itália, a população da região do Vêneto (Veneza) aprovou, em 
votação online realizada em março de 2015, a independência em relação a 
Roma. Embora o pleito não tenha valor legal, o resultado surpreendeu: 89% dos 
ouvidos votaram pela separação. O resultado dá forças ao grupo separatista 
“Liga Veneta”, que pretende apresentar ao governo italiano um projeto de 
independência da região. 
Já na Bélgica, os nacionalistas flamengos querem a separação da rica 
região de Flandres, em que se fala o neerlandês, da menos rica Valônia, onde 
se fala o francês. As raízes do separatismo flamengo remontam as origens da 
formação da Bélgica como país. Se as aspirações dos separatistas flamengos se 
concretizarem, a Bélgica pode desaparecer por completo do mapa do mundo. 
Embora os argumentos econômicos tenham importância central no 
debate separatista, no cerne do desejo de independência estão as raízes 
culturais, étnicas e históricas e um sentimento de identidade nacional. 
Por mais legítimo que possa parecer o direito de uma maioria decidir seu 
alinhamento político, de acordo com seu senso de identidade, a prerrogativa de 
autodeterminação é limitada no direito internacional. Há um consenso de que 
isso só pode ocorrer dentro de um processo democrático, transparente e aceito 
pelo governo central, como aconteceu com o referendo escocês. A realização do 
pleito foi decidida em 2012, depois de uma longa negociação entre o parlamento 
escocês e o britânico. 
 
6. Organismos, organizações e grupos internacionais 
Galera, nesta parte da aula, vamos estudar os principais organismos e 
organizações internacionais relacionados à política, às relações internacionais e 
à economia mundial. 
Também, vamos ver três importantes grupos de países da área 
econômico-política: G-20, G-8 e BRICS. 
Vem comigo! 
 
ONU 
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A Organização das Nações Unidas (ONU) tem como objetivo manter a paz, 
defender os direitos humanos e as liberdades fundamentais e promover o 
desenvolvimento dos países. Surge após a II Guerra Mundial, em substituição à 
antiga Liga das Nações. 
A organização é constituída por várias instâncias, que giram em torno do 
Conselho de Segurança e da Assembleia-Geral. A ONU atua em diversos conflitos 
por meio de suas forças internacionais de paz. 
A partir da ONU, foram criadas agências especializadas em temas que 
requerem coordenação global. As agências são autônomas. Além do Banco 
Mundial e do FMI na área econômica, e da UNESCO, na de educação, algumas 
das mais conhecidas são: Organização para a Agricultura e a Alimentação (FAO), 
Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Organização Mundial da Saúde 
(OMS). 
O Conselho de Segurança (CS) é considerado o centro do poder político 
mundial. A criação da ONU foi arquitetada pelas potências que emergiram com 
o fim da II Guerra Mundial: Estados Unidos, França, Reino Unido, a antiga 
União Soviética (atualmente a Rússia) e pela China. Esses países desenharam 
a distribuição do poder na ONU e até hoje são os únicos membros permanentes 
do CS. 
O CS é o órgão que toma as decisões mais importantes sobre segurança 
mundial. Tem poder para deliberar sobre o envio de missões de paz para áreas 
em conflito, definir sanções econômicas ou a intervenção militar num país. 
Além dos cinco membros permanentes, outras dez nações participam do 
CS como membros rotativos (que se revezam a cada dois anos). Todos 
participam das discussões, mas apenas os membros permanentes têm poder de 
veto. O Brasil já esteve por dez vezes como membro rotativo, mas atualmente 
não integra o CS. 
A estrutura do CS estava em harmonia com a correlação de forças do 
período da Guerra Fria (1945-1991), quando o mundo permaneceu dividido 
entre os blocos comunista e capitalista. O lado capitalista era representado por 
EUA, França e Reino Unido; o comunista, por China e União Soviética (ex-URSS, 
atual Rússia). As duas partes usavam o poder de veto para proteger suas 
respectivas áreas de influência e negociar soluções para os conflitos na esfera 
internacional. 
Com o fim da Guerra Fria (1945-1991) e um novo cenário mundial, países 
de fora do conselho, como Alemanha, Japão, Brasil e Índia, passam a 
reivindicar uma vaga permanente. As propostas de alteração encontram 
resistência dentro do Conselho de Segurança (CS) e também entre as nações 
integrantes da ONU. 
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O Brasil é candidato a uma vaga de membro permanente do CS. Nos anos 
recentes, acentuou ações diplomáticas para conseguir essa vaga. De mero 
participante de missões militares das Nações Unidas, passou a chefiar, desde 
2004, a Minustah, missão militar da ONU no Haiti. 
O português António Guterres foi escolhido como novo Secretário-Geral 
da ONU. Ele sucederá o sul-coreano Ban Ki-moon, que fica no cargo até 
dezembro. 
 
OEA 
A Organização dos Estados Americanos (OEA) reúne 34 países das três 
Américas e do Caribe. Cuba, excluída em 1962, é o único país do continente que 
não pertence à OEA. A entidade possui quatro pilares de atuação: democracia, 
direitos humanos, segurança e desenvolvimento. 
Dentro dessas áreas, trabalha de muitas formas, como na observação 
independente de pleitos eleitorais, acompanhamento de denúncias de violação 
aos direitos humanos em negociações comerciais entre os países e ajuda 
econômica e humanitária em desastres naturais. Em 2012, por exemplo, a 
Venezuela pede para ser retirada da Comissão de Direitos Humanos da OEA, 
alegando que as decisõesdo órgão não são isentas. Nos últimos anos, a 
comissão denunciou o país por não punir os casos de violação de direitos 
humanos. 
 
CELAC 
A Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC) foi 
criada em 2010 para agrupar as 33 nações da América Latina e Caribe. Sua 
composição é equivalente à da OEA, sem Estados Unidos nem Canadá. Teve 
como origem o Grupo do Rio – criado em 1986 para ampliar a cooperação política 
e ajudar na resolução de problemas internos das nações participantes – e a Calc 
– Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e o Desenvolvimento, 
formada em 2008. 
 
UNASUL 
 A União das Nações Sul-Americanas (Unasul) é formada pelos 12 países 
da América do Sul. Criada em 2008, entrou em vigor em 11 de março de 2011, 
quando dez países haviam ratificado a adesão. Seu objetivo é articular os países 
sul-americanos em âmbito cultural, social, econômico e político. 
 
FMI 
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) é uma organização financeira 
criada para promover a estabilidade monetária e financeira no mundo e oferecer 
empréstimos a juros baixos a países em dificuldades financeiras. Os 
empréstimos são concedidos em troca do comprometimento dos países com 
metas, como equilíbrio fiscal, reforma tributária, desregulamentação, 
privatização e concentração de gastos públicos em educação, saúde e 
investimento em infraestrutura, entre outras políticas que são denominadas 
como Consenso de Washington. 
 
Banco Mundial 
O Banco Mundial tem como objetivo oferecer financiamento e assistência 
técnica a países para promover seu desenvolvimento econômico. Criado em 
1944 e composto de duas instituições – o Banco Internacional para a 
Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird) e a Associação Internacional de 
Desenvolvimento (ADI) –, o Banco Mundial é formado por 188 países-membros 
(incluindo o território do Kosovo). Iniciou suas atividades auxiliando na 
reconstrução dos países da Europa e da Ásia após a II Guerra Mundial. 
 
OCDE 
A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) 
articula políticas de educação, saúde, emprego e renda entre os países ricos. 
Fundada em 1961, substituiu a Organização Europeia para a Cooperação 
Econômica, criada em 1948 no quadro do Plano Marshall. 
Membros da OCDE: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, 
Chile, Coreia do Sul, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estados 
Unidos, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Irlanda, Islândia, 
Israel, Itália, Japão, Luxemburgo, México, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, 
Portugal, Reino Unido, República Tcheca, Suécia, Suíça e Turquia. O Brasil não 
é membro da OCDE. 
 
BRICS 
A sigla BRIC foi criada em 2001 pelo economista britânico Jim O’Neill e se 
refere aos quatro mais importantes países emergentes: Brasil, Rússia, Índia 
e China. O estudo que cunhou a expressão estima que em 2050 o grupo poderá 
constituir a maior força econômica mundial, superando a União Europeia. 
Em 2009, Brasil, Rússia, Índia e China formalizaram um grupo diplomático 
para discussão de iniciativas econômicas e posições políticas conjuntas, que 
realiza reuniões anuais com seus chefes de Estado. Em 2011, a África do Sul, 
na época, a maior economia da África, foi convidada e passou a integrar o grupo. 
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Os cinco países dos BRICS têm características comuns: são países com 
indústria e economia em expansão, seu mercado interno está crescendo e 
incluindo milhões de novos consumidores. Quatro possuem territórios extensos 
e entre os maiores do mundo: Brasil, Rússia, China e Índia. 
Também ancoram a economia desses países importantes fatores para o 
comércio internacional. A Rússia é rica em recursos energéticos e fornece 
petróleo, gás e carvão à União Europeia. O Brasil é grande exportador de 
minérios, como a África do Sul, e é o maior exportador mundial de alimentos. 
China e Índia estão se tornando os maiores fabricantes e exportadores de 
produtos industriais na globalização. 
O grupo criou o seu próprio banco de desenvolvimento, o Banco dos Brics 
(Novo Banco de Desenvolvimento – NDB) e um fundo financeiro de emergência, 
o Arranjo Contingente de Reservas. A criação do banco não significa que os 
países membros do grupo não vão mais participar do Banco Mundial. O banco 
dos BRICS se coloca como mais uma alternativa de fomento ao desenvolvimento 
e está aberto a qualquer país do mundo. 
O Arranjo Contingente de Reservas é um fundo financeiro de emergência 
para ajuda mútua e servirá para ajudar no controle do câmbio quando houver 
crises financeiras globais. Em momentos de especulação internacional, a 
tendência é o dólar disparar. O dinheiro do fundo servirá para segurar a cotação 
do dólar. 
Há tempos, os países dos BRICS reclamam uma maior participação no 
poder de decisões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). 
Essas instituições foram criadas um ano antes do final da Segunda Guerra 
Mundial, em 1944, na Conferência de Bretton Woods, nos Estados Unidos. Até 
hoje, quem detém o poder nelas são os Estados Unidos e a União Europeia. 
A ordem econômica global atual não é mais a mesma do pós-guerra e do 
período da guerra fria, em que Estados Unidos, Japão, Reino Unido, França e 
Alemanha dominavam o mundo capitalista. A criação do Novo Banco de 
Desenvolvimento e do Arranjo Contingente de Reservas, de certa forma, é uma 
resposta dos BRICS ao não atendimento das reivindicações dos países 
emergentes por maior distribuição do poder de decisões no Banco Mundial e 
FMI. 
Após a recente desaceleração dos BRICS, Jim O'Neill identificou outros 
quatro países – México, Indonésia, Nigéria e Turquia – que, segundo ele, 
também podem se tornar gigantes econômicos nas próximas décadas. Para 
esses países, o economista criou a sigla MINT. 
 
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O G-20 (Grupo dos Vinte) foi criado como consequência da crise financeira 
asiática de 1997. Os seus membros representam 90% do PIB mundial, 80% do 
comércio global e dois terços da população mundial. Discute medidas para 
promover a estabilidade financeira mundial, alcançar crescimento e 
desenvolvimento econômico sustentável. Após a eclosão da crise financeira 
mundial, de 2008, tornou-se o mais importante fórum internacional de países 
para o debate das questões políticas e econômicas globais. 
Os membros do G-20 são Argentina, Austrália, Brasil, China, Canadá, 
França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, México, Rússia, 
Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Estados Unidos, Reino Unido e União 
Europeia. 
O G-20 realizou a sua reunião anual de chefes de Estado em 4 e 5 de 
setembro de 2016, em Hangzhou, na China. O principal tema em discussão foi 
a retomada do crescimento econômico mundial. 
Apesar de estimativas do FMI de que a economia global crescerá cerca de 
3% em 2016, a retomada econômica em várias partes do globo está seriamente 
ameaçada. A Europa sofre para manter bons índices econômicos e para sair da 
recessão iniciada em 2008, enquanto a América Latina vê sua maior economia, 
o Brasil, ter dados negativos pelo segundo ano consecutivo. Já a China, que 
cresceu acima dos 7% nos últimos anos, vê sua economia enfraquecer e deve 
registrar uma queda de 1% em seu Produto Interno Bruto (PIB) até o fim de 
2016. 
 
G-8 e G-7 
Trata-se de um grupo diplomático,que reúne os sete países mais 
industrializados e desenvolvidos economicamente do mundo. Todos são nações 
democráticas: Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Itália Japão e Reino 
Unido. Com a dissolução da União Soviética e a queda do socialismo real, a 
Rússia passou a ser membro do grupo, em 1998. Contudo, devido ao fato de ter 
anexado a Crimeia, a Rússia foi excluída do grupo em 2014, que voltou a se 
chamar de G-7. 
O G7 é muito criticado por um grande número de movimentos sociais, 
normalmente integrados no movimento antiglobalização, que o acusam de 
decidir uma grande parte das políticas globais, sociais e ecologicamente 
destrutivas, sem qualquer legitimidade nem transparência. 
 
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(CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2014 – AGENTE ADMINISTRATIVO) 11) A 
ONU, criada após a Segunda Guerra Mundial, tem por finalidade 
principal a manutenção da paz e da segurança internacional. 
COMENTÁRIOS: 
 A ONU surge após a II Guerra Mundial, criada em 1945. A Organização 
tem o objetivo de manter a paz e a segurança internacional, defender os direitos 
humanos e as liberdades fundamentais e promover o desenvolvimento dos 
países. 
Gabarito: Certo 
 
(INSTITUTO CIDADES/CONFERE/2016 – AUDITOR) Podemos chamar 
de Globalização o processo econômico e social que estabelece uma 
integração entre os países e as pessoas do mundo todo. Através deste 
processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam ideias, 
realizam transações financeiras e comerciais e espalham aspectos 
culturais pelos quatro cantos do planeta. O conceito de Aldeia Global se 
encaixa neste contexto, pois está relacionado com a criação de uma rede 
de conexões, que deixam as distâncias cada vez mais curtas, facilitando 
as relações culturais e econômicas de forma rápida e eficiente. Dentro 
deste processo econômico, muitos países se juntaram e formaram 
blocos econômicos, cujo objetivo principal é aumentar as relações 
comerciais entre os membros. Dentre as opções abaixo, a única que NÃO 
contém um exemplo de bloco econômico é: 
A) NAFTA 
B) BRICS 
C) União Europeia 
D) Pacto Andino 
COMENTÁRIOS: 
Os BRICS não são um bloco econômico. Trata-se de um grupo diplomático 
para discussão de iniciativas econômicas e posições políticas conjuntas, que 
realiza reuniões anuais de seus chefes de Estado. Foi criado em 2009 e é 
integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. 
Gabarito: B 
 
 7. Temas Diversos 
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 Papa Francisco 
 O Papa é Pop!  O Papa Francisco se tornou uma personalidade popular e 
influente no mundo atual. Desde que assumiu o papado, em 2013, estabeleceu 
uma relação mais próxima e informal com os fiéis e vem dando exemplos de 
simplicidade – como a dispensa de automóveis de luxo. 
 A atuação política, diplomática e religiosa do Papa tem sido cobrada nas 
provas de Atualidades. 
 A busca do diálogo com outras religiões (e até com ateus), um olhar mais 
voltado para os pobres e os países periféricos, as suas fortes críticas ao 
capitalismo e aos organismos financeiros internacionais e a defesa da questão 
ambiental são ações quem tem marcado a atuação política do Papa. 
 Exemplo recente de diálogo com as outras religiões foi a reunião com o 
imã Ahmed al-Tayeb da mesquita Al-Azhar do Cairo, a máxima autoridade do 
Islã sunita. O encontro entre o chefe da Igreja católica e o influente líder 
muçulmano é considerado histórico e encerra dez anos de tensões entre a Santa 
Sé e a Universidade de Al-Azhar, a instituição mais importante do Islã sunita. 
 Em 2006, as duas instituições romperam relações, depois das polêmicas 
declarações do papa Bento XVI em Ratisbona (Alemanha), nas quais relacionou 
a violência ao Islã. O imã da época de Al-Azhar foi uma das autoridades 
religiosas muçulmanas mais críticas às palavras do Papa alemão, considerando-
as um insulto e uma distorção do Islã. 
 No campo diplomático, o Papa reivindica para si um papel mais político, 
com foco na resolução de conflitos mundiais. Exemplo é o fato de ter reunido os 
presidentes de Israel e da Autoridade Nacional Palestina (ANP) para uma oração 
no Vaticano, na tentativa de favorecer o processo de paz no Oriente Médio e a 
mediação histórica na retomada das relações diplomáticas entre Cuba e Estados 
Unidos. 
 
(VUNESP/AMLURB/2016 – ANALISTA FISCAL DE SERVIÇOS) Encontro 
histórico: Papa e patriarca ortodoxo se reúnem em Cuba 
O encontro ecumênico entre o papa Francisco, chefe da igreja católica 
romana, e o patriarca Kirill, líder espiritual da igreja ortodoxa russa, que 
acontece em Havana (Cuba), nesta sexta-feira (12 de fevereiro), é um 
evento histórico. 
(EBC, 12 fev.16. Disponível em: < http://goo.gl/kdJUlu> Adaptado) 
Trata-se de um evento histórico, pois 
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a) sacramentou a retomada das relações diplomáticas entre Cuba e os 
EUA, ajudando a retirar o país latino-americano do isolamento. 
b) indica o fim do governo dos irmãos Castro, em Cuba, que agora será 
substituído por governos democraticamente eleitos. 
c) constituiu-se como a primeira tentativa das igrejas cristãs de 
ajudarem na reconciliação entre o governo cubano e o governo dos EUA. 
d) foi o primeiro encontro entre o chefe católico e o ortodoxo russo, 
líderes de dois dos principais ramos do cristianismo, desde sua 
separação no ano de 1054. 
e) representou a retomada do cristianismo em Cuba, depois de muitas 
décadas em que o país se declarou oficialmente ateu. 
COMENTÁRIOS: 
Em encontro histórico, o Papa Francisco, chefe da Igreja Católica 
Apostólica Romana, se reuniu, em fevereiro de 2015, com o Patriarca da Igreja 
Ortodoxa Russa, Kirill (Cirilo). Eles pediram união entre os dois dos principais 
ramos do cristianismo desde sua separação, no ano de 1054. O encontro ocorreu 
em Havana, Cuba. 
 Mas, por que as Igrejas Católica e Ortodoxa estão afastadas há mil anos? 
Em 1054, o papa de Roma e o patriarca de Constantinopla se 
excomungaram mutuamente, dando início ao que se conhece como o grande 
cisma do cristianismo – que persiste até hoje. 
 
Tensão racial nos Estados Unidos 
 Frequentes casos de mortes de negros por policiais nos Estados Unidos 
acirram a tensão racial no país. Negros desarmados têm sido mortos, o que tem 
motivado fortes manifestações populares em diferentes cidades do país. Em 
2015, foram 346 mortes. Em 2016, até julho, foram 160 mortes. Os dados são 
do “Mapping Police Violence”, um site que compila dados colaborativos sobre a 
violência policial nos EUA. 
 Segundo os levantamentos do site, negros têm até três vezes mais 
chances de serem mortos por policiais do que brancos. Em casos de mortes em 
que a vítima não estava armada, essa possibilidade é até cinco vezes maior. 
Os relatórios avaliaram os dados sobre todas as mortes relacionadas às 
abordagens policiais no país e seus números ajudam a derrubar alguns mitos 
sobre a violência nos EUA. Um deles é a relação entre essas mortes e o 
comportamento criminoso. O site constatou que menos de um em cada três 
negros mortos nesses casos era suspeito de crime violento ou de estar armado. 
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De acordo com o site, os negros representam 26% dos mortos por 
policiais, o quetraz à tona uma disparidade em relação a sua proporção na 
população, que é de aproximadamente 12%. 
As análises mostram ainda que a população negra é a mais vulnerável, 
pelo menos é esse o cenário nas cem maiores cidades do país, onde um homem 
negro desarmado tem seis vezes mais chances de ser morto pela polícia que um 
branco. E em 17 dessas cidades, homens negros tem mais probabilidade de 
serem mortos pela polícia do que o americano médio tem se ser morto por 
qualquer pessoa. 
Esta violência policial com os negros, aliada a impunidade dos policiais na 
justiça e a falta de políticas eficazes para acabar com esse problema são fatores 
que explicam o acirramento da tensão racial nos Estados Unidos. 
 
Prêmio Nobel da Paz 2016 
O presidente colombiano Juan Manuel Santos ganhou o Prêmio Nobel da 
Paz pelo esforço de pacificação do país, que vive uma guerra civil que já dura 
mais de 50 anos. Ele foi um dos líderes da negociação que chegou ao acordo de 
paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). 
 
Bob Dylan ganha o Prêmio Nobel de Literatura 2016 
O cantor e compositor americano Bob Dylan, de 75 anos, foi o ganhador 
do Prêmio Nobel de Literatura 2016. A opção por um músico – e não por um 
escritor de ofício – soou incomum, mas o nome de Dylan vinha sendo cotado 
havia muitos anos. Também poeta e com diversos livros lançados, o artista é 
aclamado sobretudo pelo lirismo de suas letras. 
A nota biográfica do prêmio afirma que "Dylan gravou um grande número 
de álbuns que giram em torno de temas como a condição humana, religião, 
política e amor". Dentre os clássicos compostos por ele, estão "Blowin in the 
wind", "Subterranean homesick blues", "Mr. tambourine man" e "Like a rolling 
stone". 
 
 Madre Tereza de Calcutá 
 Madre Teresa de Calcutá - a freira católica que ficou famosa por ajudar os 
pobres nessa cidade indiana - foi declarada santa pelo Papa Francisco em 
setembro de 2016. Um dos milagres atribuídos à Madre Teresa, que a tornou 
santa, foi o de um brasileiro que tinha tumores no cérebro e foi declarado curado 
em 2008. 
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 A freira, que também ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1979, faleceu aos 
87 anos em 1997. Ela ficou conhecida por ter construído hospitais, casas de 
repouso, cozinhas, escolas, colônias de leprosos e orfanatos. Era chamada de 
"Santa das Sarjetas" por seu trabalho nas regiões mais pobres de Calcutá. 
 A congregação Missionárias da Caridade, fundada por Madre Teresa, reúne 
atualmente mais de 3 mil religiosas no mundo inteiro. 
 Mas, apesar de ter uma legião de fiéis, ela também tem uma considerável 
legião de detratores. São personalidades do meio científico, social e literário que 
questionam os milagres atribuídos a ela e o seu trabalho social com a pobreza. 
 
 Sonda espacial Juno 
A sonda espacial Juno, da NASA, foi lançada do Cabo Canaveral, na Flórida, 
em agosto de 2011. Em 5 de julho de 2016, entrou em uma órbita polar ao redor 
do planeta Júpiter. 
É a primeira vez que Júpiter será visto abaixo da cobertura densa de 
nuvens. Por isso o nome Juno, uma homenagem à deusa romana que era esposa 
de Júpiter. 
Seu objetivo primário será investigar a origem e evolução de Júpiter, 
e, por extensão, do Sistema Solar. Para isso, possui nove instrumentos 
científicos, que vão estudar a composição do planeta, sua distribuição de massa, 
atmosfera, campos gravitacionais e magnéticos e as regiões polares da 
magnetosfera jupiteriana. 
Antes, apenas a sonda Galileo, da Nasa, havia orbitado o planeta, em 
1995. Mas a Galileo não tinha as ferramentas de Juno, e nunca uma espaçonave 
se atreveu a chegar tão perto de Júpiter: seus intensos cinturões de radiação 
podem destruir eletrônicos sem a devida proteção. 
A sonda irá orbitar o planeta por um período de 20 meses, realizando 37 
voltas completas e realizará diversos estudos e medições. Após o fim deste 
período, a sonda mergulhará na órbita do planeta até ser completamente 
destruída pela pressão dos gases ali existentes. 
Juno é a primeira sonda espacial movida a energia solar comandada a 
partir da Terra, sendo também a que chegou mais longe. Ela passou a marca de 
791 milhões de quilômetros, antes feita pela sonda Rosetta, da Agência Espacial 
Europeia, em outubro de 2012. Outras sondas foram mais longe, mas eram 
alimentadas por geradores nucleares. 
Além disso, ela detém outro recorde: conforme o Guinness World Records, 
ela é o objeto mais rápido já criado pelo ser humano. Ao se aproximar do 
planeta, era previsto que a gravidade começasse a puxar Juno cada vez mais 
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rápido até a espaçonave atingir uma velocidade de mais de 250 mil km/h, 
quebrando um recorde de 40 anos. 
 
 Avião Solar Impulse 2 
 Como o nome diz, o avião Impulse 2 é movido a energia solar. De março 
de 2015 a julho de 2016, o avião deu a volta ao mundo. O ponto de partida e 
de chegada foi Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. O voo teve como 
objetivo promover as fontes de energia limpa, principalmente a solar. 
 O avião é alimentado por mais de 17 mil células solares embutidas nas 
asas, que medem 72 metros, sendo quase tão longas como as de um Airbus 
A380. 
 A viagem, inicialmente programada para durar cinco meses, com 12 
paradas, é o resultado de 13 anos de investigação e trabalho dos pilotos suíços 
André Borschberg e Bertrand Piccard, que tiveram a ideia de voar com recurso 
da energia solar. A iniciativa foi inicialmente ridicularizada pela indústria 
aeronáutica. 
 O trajeto foi cumprido, mas com atraso, levou 16 meses. O Impulse 
completou 42.000 quilômetros em 17 voos, para os quais necessitou de mais de 
500 horas sobrevoando o mar de Arábia, Índia, Mianmar e China, os oceanos 
Pacífico e Atlântico, os Estados Unidos, o sul da Europa e o norte da África. 
 
O Solar Impulse 2 é visto enquanto cruza o céu em Cairo, no Egito, perto das pirâmides de Gizé (Foto: 
Jean Revillard/SI2/Divulgação/via Reuters) 
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(CESPE/MPOG-ENAP/2015) Impressiona a velocidade com que surgem 
novas tecnologias; algumas delas, pouco úteis; outras, revolucionárias. 
Julgue os itens seguintes, sobre acontecimentos referentes a 
tecnologias. 
O recente voo do avião Impulse, movido a energia solar, atesta os 
avanços tecnológicos do mundo contemporâneo e sinaliza para a 
possibilidade de utilização dessa tecnologia em diversos setores, 
contribuindo para a redução da emissão de gases poluentes na 
atmosfera. 
COMENTÁRIOS: 
O avião Impulse, movido a energia solar está dando a volta ao mundo. 
Decolou dos Emirados Árabes em 09/03/2015. A viagem é em escalas. Foi 
interrompida em julho do mesmo ano, será retomada em abril de 2016. 
O Solar Impulse é o primeiro avião projetado para voar dia e noite sem 
combustível ou emissões poluentes. A energia solar é renovável e limpa. Não 
emite gases poluentes na atmosfera. O seu uso cresce em todo o mundo. 
Gabarito: Certo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS: 
 
01) (VUNESP/MPE SP/2016 – OFICIAL DE PROMOTORIA) Leia a notícia 
sobre um país sul-americano, vizinho do Brasil. 
A oposição conquistou a maioria da Assembleia Nacional do país na 
eleiçãoparlamentar deste domingo (06/12/15), em uma vitória 
arrasadora que reequilibra forças em um país onde o governo exerce 
poder hegemônico há 16 anos. 
“Aceitamos os resultados (…) Jogamos limpo, perdemos a batalha, foi 
uma bofetada para despertar para o que vem”, disse o presidente do 
país em pronunciamento, deixando claro que não cumpriria a ameaça 
de resistir com violência a eventual derrota. 
 
(http://folha.com/no1715846. Adaptado) 
A vitória da oposição ocorreu 
a) na Venezuela. 
b) no Uruguai. 
c) no Chile. 
d) na Colômbia. 
e) na Bolívia. 
 
COMENTÁRIOS: 
A vitória da oposição ocorreu na Venezuela. 
Gabarito: A 
 
02) (VUNESP/MPE SP/2016 – OFICIAL DE PROMOTORIA) Em julho, EUA 
e Cuba retomaram suas relações diplomáticas e abriram embaixadas 
nos respectivos territórios depois de vários meses de negociações que 
puseram ponto final a mais de meio século de ruptura. 
(http://glo.bo/1NyuLEg) 
Apesar da reabertura das relações diplomáticas, 
a) os dois países não se decidiram sobre a necessidade de vistos para 
viajantes. 
b) o governo cubano dificulta a presença de turistas estadunidenses no 
país. 
c) os cubanos residentes em Miami têm negados os vistos de 
permanência. 
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d) Cuba recusa-se a devolver as instalações da prisão de Guantánamo. 
e) os Estados Unidos ainda mantêm o embargo econômico a Cuba. 
COMENTÁRIOS: 
Após a Revolução Cubana de 1959, e desde a adoção do comunismo, em 
1962, os EUA mantêm um bloqueio, proibindo o comércio e financiamentos de 
empresas norte-americanas para os cubanos. 
Em uma decisão histórica, Cuba e Estados Unidos anunciaram, em 17 de 
dezembro de 2014, a retomada das relações diplomáticas após mais de 50 anos. 
Junto com o anúncio, foram adotadas medidas que iniciam uma aproximação, 
como a troca de prisioneiros, a redução de restrições a viagens de norte-
americanos e a remessas de dinheiro para a ilha. 
O embargo comercial à ilha ainda continuará. O fim do bloqueio oficial 
depende de aprovação pelo Congresso norte-americano. Ele exerce um grande 
peso sobre a economia cubana, pois sufoca seu comércio exterior. O Vaticano 
(Papa Francisco) e o Canadá atuaram nos bastidores das negociações que 
reestabeleceram as relações diplomáticas. 
Gabarito: E 
 
03) (CESPE/CPRM/2016 – TÉCNICO EM GEOCIÊNCIAS) Chefe de Estado 
e líder religioso de expressão universal, o Papa Francisco também se 
notabiliza pela atuação no campo político-diplomático. Nesse sentido, 
além da aproximação com a igreja ortodoxa russa e com lideranças 
muçulmanas e judaicas, ele desempenhou importante papel para o fim 
da ruptura entre dois países americanos, rompendo um distanciamento 
que remontava aos tempos da Guerra Fria. Trata-se da aproximação 
entre os governos dos Estados Unidos da América e 
A de Cuba. 
B da Nicarágua. 
C da Venezuela. 
D do México. 
E do Brasil. 
 
COMENTÁRIOS: 
Os Estados Unidos e Cuba retomaram, em dezembro de 2014, as relações 
diplomáticas, rompidas desde 1961, há mais de 50 anos. As negociações para o 
reestabelecimento das relações diplomáticas duraram um ano e meio e foram 
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realizadas secretamente, no Canadá e no Vaticano, com a participação do Papa 
Francisco. 
Gabarito: A 
 
04) (IDECAN/UFPB/2016) “A expressão Guerra Fria designou a disputa 
pela hegemonia mundial entre Estados Unidos e URSS após a Segunda 
Guerra Mundial. Significou uma intensa disputa econômica, ideológica, 
diplomática e tecnológica pela conquista de áreas de influência. Dividiu 
o mundo em dois blocos, com sistemas econômicos e políticos opostos: 
o chamado mundo capitalista (Primeiro Mundo), liderado pelos EUA, e o 
chamado mundo socialista ou comunista (Segundo Mundo), encabeçado 
pela URSS. A Guerra Fria provocou uma corrida armamentista que se 
estendeu por 40 anos e colocou o mundo sob a ameaça de uma guerra 
nuclear.” 
Qual foi o símbolo do final da Guerra Fria? 
A) Tratado de Madri. 
B) Queda do Muro de Berlim. 
C) Bomba atômica lançada sobre o Japão. 
D) Assassinato do arquiduque austro-húngaro. 
 
COMENTÁRIOS: 
Símbolo maior da Guerra Fria, o Muro de Berlim foi construído em 1961 e 
dividiu por 28 anos a Alemanha em dois blocos: a República Democrática da 
Alemanha - que seguia o regime socialista liderado pela União Soviética - e a 
República Federal da Alemanha - conduzida sob o regime capitalista. Depois da 
derrocada dos regimes socialistas, ele foi derrubado em 9 de novembro de 1989. 
Gabarito: B 
 
05) (IDECAN/UFPB/2016) “Está encravado no interior de um Estado, 
pelo choque entre forças oficiais e movimentos internos em geral 
ligados a minorias étnicas ou religiosas e que têm como objetivo a 
formação de Estados Independentes, como é o caso da guerrilha ETA 
(Pátria Basca e Liberdade), partidária da soberania do país Basco, 
região encravada entre a França e a Espanha.” 
(Manual Compacto de Geografia Geral. 1 ed. São Paulo: Editora Rideel, 2010. p. 339.) 
Trata-se de uma situação 
A) econômica. 
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B) separatista. 
C) totalitarista. 
D) agregacionista. 
 
COMENTÁRIOS: 
Trata-se de uma situação separatista, de um povo que almeja constituir o 
seu próprio país. São os nacionalismos. Exemplos de movimentos separatistas 
são o País Basco, encravado entre a Espanha e a França; a Catalunha, na 
Espanha e o Curdistão, cujo território se espalha pelo Iraque, Síria, Turquia e 
Irã. 
Gabarito: B 
 
(CESPE/TCU/2015 – TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Um 
número cada vez maior de simpatizantes em todo o mundo, dispostos a 
praticar atos violentos, adere ao grupo terrorista autointitulado Estado 
Islâmico na Síria e no Iraque e luta ao lado dos extremistas. Só na 
Alemanha, mais de 450 pessoas teriam deixado o país com esse 
objetivo, conforme o presidente do Departamento Federal de Proteção 
da Constituição. E muitas delas retornam. De acordo com Departamento 
Federal de Investigações, cerca de 120 já retornaram. Essas pessoas 
são temidas pelas autoridades, pois os que regressam estão 
doutrinados e treinados em armas e explosivos. Essas notícias têm 
alarmado também os políticos. Por isso, o governo alemão estuda 
maneiras de impedir a saída de homens e mulheres dispostos a se unir 
a terroristas. Isso não é muito fácil, porque as leis de nacionalidades e 
extradição não podem simplesmente ser canceladas. Essa é uma das 
muitas lições da ditadura nazista. 
Internet: <dw.com> (com adaptações). 
Julgue os seguintes itens, referentes ao tema do texto acima e aos 
múltiplos aspectos a ele relacionados. 
 
06) Após vários anos de impasses diplomáticos, os EUA retiraram Cuba 
da lista norte-americana de Estados que financiam e apoiam o 
terrorismo, o que permitiu a retomada das relações diplomáticas entre 
ambos os países. 
 
COMENTÁRIO: 
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Após mais de 50 anos de rompimento político, Cuba e Estados Unidos 
anunciaram a retomada das relações diplomáticas em dezembro de 2014. Para 
a retomada destas relações, os Estados Unidos retiraram Cuba da lista de países 
que apoiam o terrorismo. A retirada de Cuba dessa lista era condição para a 
retomada das relações diplomáticas entre os países,

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