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aula5_sistema de producao de sementes

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Universidade Federal de Pelotas
 Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
 Disciplina de Melhoramento Vegetal
Professores: Luciano Carlos da Maia
Pelotas – RS
2017
 
 Produção e Multiplicação de Sementes
SEQUENCIA CRONOLÓGICA NA DISPONIBILIZAÇÃO COMERCIAL DE UMA NOVA CULTIVAR
Programa de melhoramento
Seleção de novos genótipos ou populações melhoradas
PROTEÇÃO do genótipo ou da população melhorada - RNC
Ensaios de DHE e VCU
REGISTRO NACIONAL DE SEMENTES E MUDAS
Produção de sementes
comercialização da Cultivar
DHE 
PROTEÇÃO DE CULTIVARES
E
SISTEMA DE PRODUÇÃO DE SEMENTES
=> leis e regulamentações 
Baseado em
Objetivo
=>Garantir identidade e qualidade da constituição genética que será multiplicada, reproduzida e comercializada
LEI DE PROTEÇÃO DE CULTIVARES (1997)
		Lei nº 9.456, de 25 de abril de 1997
		1978: até a semente - royalties
LEI DE PATENTES – TRANSGÊNICOS
Lei 9.279 de 1996 
		 até o grão – inovação tecnológica
LEI DE SEMENTES 
 Lei 10.711 de 2003
Leis e regulamentações
LEI DE PROTEÇÃO DE CULTIVARES (1997)
 
 Conferiu proteção a propriedade intelectual de novas cultivares de plantas Baseada na UPOV - União Internacional para a Proteção de Novas Variedades de Plantas - de 1978
Fica instituído, no Mapa, 
Registro Nacional de Cultivares (RNC) e o;
Cadastro Nacional de Cultivares Registradas (CNCR)
Lei de Proteção de Cultivares 9.456/97
Art. 3º Considera-se, para os efeitos desta Lei:
I - melhorista: a pessoa física que obtiver cultivar e estabelecer descritores que a diferenciem das demais;
II - descritor: a característica morfológica, fisiológica, bioquímica ou molecular que seja herdada geneticamente, utilizada na identificação de cultivar;
III - margem mínima: o conjunto mínimo de descritores, a critério do órgão competente, suficiente para diferenciar uma nova cultivar ou uma cultivar essencialmente derivada das demais cultivares conhecidas;
Lei de Proteção de Cultivares 9.456/97
CULTIVAR
Variedade de qualquer gênero ou espécie vegetal superior que seja claramente distinguível de outras cultivares conhecidas por margem mínima de descritores, por sua denominação própria, que seja homogênea e estável quanto aos descritores através de gerações sucessivas e seja de espécie passível de uso pelo complexo agroflorestal, descrita em publicação especializada disponível e acessível ao público, bem como a linhagem componente de híbridos
Lei de Proteção de Cultivares 9.456/97
Art. 3º Considera-se, para os efeitos desta Lei:
IV - cultivar: a variedade de qualquer gênero ou espécie vegetal superior que seja claramente distinguível de outras cultivares conhecidas por margem mínima de descritores, por sua denominação própria, que seja homogênea e estável quanto aos descritores através de gerações sucessivas e seja de espécie passível de uso pelo complexo agroflorestal, descrita em publicação especializada disponível e acessível ao público, bem como a linhagem componente de híbridos;
VI - cultivar distinta: a cultivar que se distingue claramente de qualquer outra cuja existência na data do pedido de proteção seja reconhecida;
VII - cultivar homogênea: a cultivar que, utilizada em plantio, em escala comercial, apresente variabilidade mínima quanto aos descritores que a identifiquem, segundo critérios estabelecidos pelo órgão competente;
VIII - cultivar estável: a cultivar que, reproduzida em escala comercial, mantenha a sua homogeneidade através de gerações sucessivas;
Lei de Proteção de Cultivares 9.456/97
IX - cultivar essencialmente derivada: a essencialmente derivada de outra cultivar se, cumulativamente, for:
a) predominantemente derivada da cultivar inicial ou de outra cultivar essencialmente derivada, sem perder a expressão das características essenciais que resultem do genótipo ou da combinação de genótipos da cultivar da qual derivou, exceto no que diz respeito às diferenças resultantes da derivação;
b) claramente distinta da cultivar da qual derivou, por margem mínima de descritores, de acordo com critérios estabelecidos pelo órgão competente;
X - linhagens: os materiais genéticos homogêneos, obtidos por algum processo autogâmico continuado;
XI - híbrido: o produto imediato do cruzamento entre linhagens geneticamente diferentes;
Lei de Proteção de Cultivares 9.456/97
DHE
XII - teste de distinguibilidade, homogeneidade e estabilidade (DHE): o procedimento técnico de comprovação de que a nova cultivar ou a cultivar essencialmente derivada são distinguíveis de outra cujos descritores sejam conhecidos, homogêneas quanto às suas características em cada ciclo reprodutivo e estáveis quanto à repetição das mesmas características ao longo de gerações sucessivas;
Lei de Proteção de Cultivares 9.456/97
Cultivar local, tradicional ou crioula	
	 
Conceitos
Cultivar local, tradicional ou crioula	
LEI No 10.711, DE 5 DE AGOSTO DE 2003.
Cultivar local, tradicional ou crioula: variedade desenvolvida, adaptada ou produzida por agricultores familiares, assentados da reforma agrária ou indígenas, com características fenotípicas bem determinadas e reconhecidas pelas respectivas comunidades e que, a critério do Mapa, considerados também os descritores socioculturais e ambientais, não se caracterizem como substancialmente semelhantes às cultivares comerciais;
LEI DE SEMENTES – N. 10.711, DE 5 DE AGOSTO DE 2003.
A quem interessa?
Ao Obtentor (Empresa/Instituição de Melhoramento):
 retorno de investimentos na pesquisa 
Ao Governo:
 aumenta investimentos do setor privado na pesquisa
 atrai investimentos para o setor agrícola
estratégico para a melhoria da agricultura brasileira
Lei de Proteção de Cultivares 9.456/97
A quem interessa?
Ao Agricultor:
Oferta de novas e diferentes cultivares no mercado
Garantia quando na aquisição de sementes certificadas
Empresas de melhoramento e Produtores de Sementes:
Empresas/Instituições de melhoramento
 garantia de retorno financeiro pela venda das cultivares
 incentivo para busca por novas cultivares, resultando na disponibilização de novas cultivares mais produtivas no mercado
Empresas de Produção de sementes
Garantia de remuneração pela produção de sementes de cultivares registradas no MAPA
Lei de Proteção de Cultivares 9.456/97
1-Ensaios Preliminares (ainda dentro do programa de melhoramento)
2-VCU (valor de cultivo e uso)
Rede de ensaios conduzida em vários locais, composta por várias cultivares de diferentes programas em uso atualmente no mercado e as “novas cultivares desenvolvidas” pelo programa de melhoramento genético.
São inscritos no MAPA fornecendo os locais e datas de instalação
Resultados apresentados através de relatório técnico
O processo de lançamento comercial de uma nova cultivar, além dos tramites burocráticos também tem uma série de etapas para avaliar o desempenhos destes
Genótipos (VCU) :
Ensaio de Valor de Cultivo e Uso - VCU
Ensaio de Valor de Cultivo e Uso - VCU
	Objetivo:
Obter um formulário com os descritores da cultivar para inscrição e registro no MAPA
Descritores: informações sobre o desempenho agronômico, dados sobre os descritores morfológicos, como: adaptabilidade, estabilidade, rendimento, sanidade, entre outros, que são exigidos no formulário específico de cada espécie. 
Ensaio de Valor de Cultivo e Uso - VCU
 Criado a partir da vigência da Lei de Proteção de Cultivares no Brasil (1997).
		
Forma de condução do ensaio:
	2 anos de resultados em 3 locais 
ou
	3 anos em 2 locais 
para registro e/ou proteção de uma nova cultivar 
 
Requisitos Necessários à Cultivar Candidata à Proteção
* Ser produto de melhoramento genético; 
	* Ser de uma espécie passível de proteção no Brasil;
* Não haver sido comercializada no exterior há mais de 4 anos, ou há mais de 6 anos, no caso de videiras ou árvores;
* Não haver sido comercializadano Brasil há mais de um ano;
Lei de Proteção de Cultivares 9.456/97
Distinta (D) de outras variedades por uma margem mínima de descritores
Homogênea (H): apresentar variabilidade mínima quanto aos descritores que a identificam 
Estável (E): mantenha a sua homogeneidade através de gerações sucessivas, quando reproduzida em escala comercial 
Requisitos Necessários à Cultivar Candidata à Proteção
QUAL O PRAZO DA PROTEÇÃO?
 
 15 anos, a partir do prazo de emissão do certificado provisório de proteção
 18 anos: videiras, árvores frutíferas, árvores florestais, árvores ornamentais, inclusive seu porta-enxerto
SISTEMA DE PRODUÇÃO DE SEMENTES E MUDAS
 Semente
XXXVIII - semente: material de reprodução vegetal de qualquer gênero, espécie ou cultivar, proveniente de reprodução sexuada ou assexuada, que tenha finalidade específica de semeadura;
LEI DE SEMENTES – N. 10.711, DE 5 DE AGOSTO DE 2003.
 Conceitos
LEI DE SEMENTES – N. 10.711, DE 5 DE AGOSTO DE 2003.
Dispõe sobre o Sistema Brasileiro de Sementes e Mudas
compreende:
RENASEM (Registro Nacional de Sementes e Mudas) 
LEI DE SEMENTES – N. 10.711, DE 5 DE AGOSTO DE 2003.
XXXVII - responsável técnico: Engenheiro agrônomo ou engenheiro florestal, registrado no respectivo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - Crea, a quem compete a responsabilidade técnica pela produção, beneficiamento, reembalagem ou análise de sementes em todas as suas fases, na sua respectiva área de habilitação profissional;
LEI DE SEMENTES – N. 10.711, DE 5 DE AGOSTO DE 2003.
LEI DE SEMENTES – N. 10.711, DE 5 DE AGOSTO DE 2003.
 Conceitos
LEI DE SEMENTES – N. 10.711, DE 5 DE AGOSTO DE 2003.
GARANTIR PARA A CADEIA AGRICOLA:
IDENTIDADE: informações sobre o material genético de propagação
Identidade genética – espécie/cultivar
Procedência
Identificação
QUALIDADE: Atributos inerentes ao material comercializado
Pureza genética
Estado físico (Pureza física, Umidade, Danificações mecânicas e Peso)
Estado fisiológico (%Germinação, Dormência e Vigor)
Estado fitossanitário 
OBJETIVOS DA LEGISLAÇÃO
LEI DE SEMENTES – N. 10.711, DE 5 DE AGOSTO DE 2003.
Categorias de Sementes
CLASSES DE SEMENTES CERTIFICADAS
	Semente genética
	Semente básica
	Semente certificada 1 - C1
	Semente certificada 2 - C2
	
Semente de primeira geração - S1
	Semente de segunda geração - S2
SEMENTES NÃO CERTIFICADAS
LEI DE SEMENTES – N. 10.711, DE 5 DE AGOSTO DE 2003.
 XXXIX - semente genética: material de reprodução obtido a partir de processo de melhoramento de plantas, sob a responsabilidade e controle direto do seu obtentor ou introdutor, mantidas as suas características de identidade e pureza genéticas;
XL - semente básica: material obtido da reprodução de semente genética, realizada de forma a garantir sua identidade genética e sua pureza varietal;
XLI - semente certificada de primeira geração: material de reprodução vegetal resultante da reprodução de semente básica ou de semente genética;
XLII - semente certificada de segunda geração: material de reprodução vegetal resultante da reprodução de semente genética, de semente básica ou de semente certificada de primeira geração;
XLIII - semente para uso próprio: quantidade de material de reprodução vegetal guardada pelo agricultor, a cada safra, para semeadura ou plantio exclusivamente na safra seguinte e em sua propriedade ou outra cuja posse detenha, observados, para cálculo da quantidade, os parâmetros registrados para a cultivar no Registro Nacional de Cultivares - RNC; (Vide Medida provisória nº 223, de 2004)
LEI DE SEMENTES – N. 10.711, DE 5 DE AGOSTO DE 2003.
Categorias de Sementes
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=> As classes S1 e S2 são sementes declaradas pelo produtor como varietalmente puras e expressam o potencial genético da cultivar, não é permitida sua multiplicação como semente; servem apenas para a produção de grãos.
 =>Em casos específicos, o MAPA pode autorizar através de suas Secretarias Estaduais mediante justificativa da falta de sementes de geração anterior, a multiplicação dessas
O que é certificação de sementes?
 A certificação é o processo que, obedecidos normas e padrões específicos, objetiva a produção de sementes, mediante controle de qualidade em todas as suas etapas, incluindo o conhecimento da origem genética e o controle de gerações (Lei 10.711 2003).
Quem faz certificação de sementes?
 A partir da Lei de Sementes 10.711, ficou estabelecido que a certificação de sementes poderia ser efetuada por entidades privadas, credenciadas pelo MAPA.
 Entidade certificadora: 
 Exemplo:
Realização de inspeções afim de garantir a qualidade da semente e manter pureza varietal e identidade genética.
Inspetores de campo treinados e com bom conhecimento dos estádios da cultura.
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