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Grupo Educacional Carajás
Folha 32, Quadra Especial, Lote 2A - Nova Marabá CEP 68508-150	Marabá - PA
(94) 3322.5600
www.carajaseducacional.com.br
npj@faculdadecarajas.edu.br
	
	
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X
EMPRESA ABC, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n.º ....., com sede na Rua ....., n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP ....., vem através de sua advogada e bastante procurador, (procuração em anexo), , com escritório profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência impetrar
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR
 em face de ato do SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO da Secretaria de Administração do Estado X, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
1. DOS FATOS
Trata-se de licitação realizada pela Secretaria de Administração do Estado X , no qual publicou edital de licitação a 60 dias, na modalidade concorrência, para a elaboração dos projetos básico e executivo e para a realização de obras de contenção de encosta, na localidade de Barranco Alto, no valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais). O prazo de conclusão da obra é de 12 (doze) meses.
Ademais, o edital exige a demonstração de aptidão para desempenho do objeto licitado, como requisito de habilitação técnica, por meio de documentos que comprovem a participação anterior do licitante em obras de drenagem, pavimentação e contenção de encostas que alcancem o valor de R$ 150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de reais).
Outrora o edital cobra como requisito de qualificação econômica, a apresentação de balanço patrimonial e demonstrações contábeis do último exercício social, que comprovem a boa situação financeira da empresa, podendo ser atualizados por índices oficiais, quando encerrado há mais de 3 (três) meses antes da data de apresentação da proposta, assim como a apresentação de todas as certidões negativas e de garantia da quantia equivalente a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação.
O edital ainda admite a participação de empresas em consórcio, estabelecendo, como requisitos de habilitação do consórcio, um acréscimo de 50% (cinquenta por cento) dos valores exigidos para licitante individual.
As empresas ABC e XYZ, interessadas em participar da licitação em consórcio, entendem ilegais as exigências contidas no edital e apresentam, tempestivamente, impugnação. A Administração, entretanto, rejeita a impugnação, ao argumento de que todas as exigências decorrem da legislação federal e que devem ser interpretadas à luz do princípio constitucional da eficiência, de modo a afastar do certame empresas sem capacidade de realizar o objeto e, assim, frustrar o interesse público adjacente.
A impetrante se insurge contra o referido Edital, subscrito pelo SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO da Secretaria de Administração do Estado X, posto que o mesmo se encontra eivado de uma série de vícios, sendo inquestionável que o mesmo constitui ato administrativo de efeito concreto, passível de questionamento por meio de mandado de segurança.
2. DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Como demostrado acima e nos documentos anexos “ projeto básico e a obra estão sendo licitados em conjunto”, o que de acordo com a lei não pode, pois significa que, indiretamente, a obra está sendo licitada sem projeto básico, o que viola a previsão constante do Art. 7º, § 2º, I da Lei n. 8.666/1993. 
Art. 7o  As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte seqüência:
§ 2o  As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório;
Outrossim, ainda nessa linha de argumento, que a Lei n. 8.666/1993 veda a elaboração de projeto básico e a realização da obra pelo mesmo licitante, nos termos do Art. 9º, I. O que se admite é a realização de projeto executivo e a obra pelo mesmo licitante, conforme Art. 9º, § 2º.
Art. 9o Não poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários:
I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física ou jurídica;
 2o O disposto neste artigo não impede a licitação ou contratação de obra ou serviço que inclua a elaboração de projeto executivo como encargo do contratado ou pelo preço previamente fixado pela Administração.
Outrora, conforme Art. 30 da Lei n. 8.666/1993, a documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á à comprovação de aptidão para desempenho de atividade pertinente e compatível em características, quantidades e prazos com o objeto da licitação, o que não é o caso do edital impugnado. Além disso, a exigência de experiência prévia com serviços e valores muito superior ao do objeto ora licitado viola o dispositivo acima mencionado. 
Por fim, a exigência, para os consórcios, de requisitos de habilitação com acréscimo de 50% dos valores exigidos para licitante individual viola o Art. 33, III da Lei n. 8.666/1993, que estabelece, como limite, 30%.
 Art. 33.  Quando permitida na licitação a participação de empresas em consórcio, observar-se-ão as seguintes normas:
III - apresentação dos documentos exigidos nos arts. 28 a 31 desta Lei por parte de cada consorciado, admitindo-se, para efeito de qualificação técnica, o somatório dos quantitativos de cada consorciado, e, para efeito de qualificação econômico-financeira, o somatório dos valores de cada consorciado, na proporção de sua respectiva participação, podendo a Administração estabelecer, para o consórcio, um acréscimo de até 30% (trinta por cento) dos valores exigidos para licitante individual, inexigível este acréscimo para os consórcios compostos, em sua totalidade, por micro e pequenas empresas assim definidas em lei;
Do exposto, verifica-se que o referido edital fere, além dos dispositivos legais já citados, os princípios da legalidade e da igualdade entre os licitantes, resguardados no 3º, caput, da Lei de Licitações e no artigo 37, caput, e inciso XXI, da Constituição Federal, pelo que patente a necessidade de que seja declarado nulo, evitando-se prejuízos tanto à própria Administração quanto aos licitantes.
3. DO PEDIDO LIMINAR
Pelo exposto torna-se claro que o Edital não observou a legislação pertinente, violação a disposições da Lei n. 8.666/1993, pelo que, inegável é a fumaça do bom direito desta ação mandamental.
A urgência da medida liminar tendente a, ao menos, suspender a sessão de apresentação envelopes com a documentação e as propostas de preços, está caracterizada pela proximidade da data fixada para tanto, ou seja, daqui a menos de uma semana, o que, certamente resultará na inabilitação da impetrante e do risco de ineficácia do provimento, caso não deferida a liminar, uma vez que o certame pode chegar ao fim, com a adjudicação do objeto ao licitante vencedor e o início das obras, situação que resultará prejuízo à Administração.
 Impõe-se, assim, a concessão da medida cautelar.
4. DO PEDIDO E DOS REQUERIMENTOS
Diante de todo exposto, a Requerente requerer de Vossa Excelência que se digne a:
a) A notificação da autoridade coatora (SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO) e ciência a Secretaria de Administração do Estado X:
b) CONCESSÃO, “inaudita altera pars”, de MEDIDA LIMINAR, face ao periculum in mora e ao fumus boni juris, a fim de determinar a suspenção da licitação até decisão final, de mérito. 
c) A procedência do pedido para determinar a anulação daqueles procedimentos, viciados pelo edital contrário à legislação.
d) A intimação do Ministério Público para integrar o feito como custus legis.
Protestam provar o alegado, por todos os meios de prova admitidos no direito.
Dá-se a causa o valor de R$ xxxxxx
Nestes termos,
Pede e espera deferimento.
cidade, data
Advogado - OAB/X nº 
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