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MODELO 4 1 - PETIÇÃO INICIAL

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Disciplina de Prática de Direito Processual Civil 
Professor Marco Antônio de Oliveira Lemos Júnior 
 
MODELO 4.1 
CURSO: DIREITO TURNO: MATUTINO 
PERÍODO: 6º PERÍODO TURMA: 
DISCIPLINA: PRÁTICA CIVIL DATA DA ENTREGA: 
PROFESSOR: MARCO ANTÔNIO DE OLIVEIRA LEMOS JÚNIOR NOTA: 
ALUNO (A): João Pedro do Nascimento Santos 
 
PETIÇÃO INICIAL 
Problema 1 
Godoberto Alcântara celebrou com a Seguradora China Ltda. um contrato-padrão 
denominado “Seguro Saúde”, pelo qual teria o direito à cobertura médico-hospitalar 
completa em caso de cirurgia de qualquer espécie. Dois anos depois de ter assinado esse 
contrato, Godoberto Alcântara teve diagnosticada grave enfermidade renal, para a qual 
o transplante era a única solução. Tão logo surgiu um órgão compatível, Godoberto 
Alcântara foi internado e submetido, imediatamente, ao transplante renal, cujo resultado 
foi coroado de êxito. A seguradora, no entanto, negou-se ao reembolso das despesas 
médico-hospitalares, sustentando que a doença de Godoberto Alcântara era preexistente 
à assinatura do contrato e que fora por ele omitida quando da contratação. 
Questão: Sabendo-se que Godoberto Alcântara é domiciliado em Campinas, que a 
Seguradora tem sede em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e filial em São Paulo, 
onde foi celebrado o contrato, e que o hospital onde foi realizada a cirurgia está 
localizado em Jundiaí; sabendo-se, mais, que as despesas de Godoberto Alcântara com a 
cirurgia, incluídos os gastos hospitalares e os honorários médicos, montam a R$ 
45.000,00, proponha, como seu advogado, a ação cabível. 
MODELO 
 
 
Disciplina de Prática de Direito Processual Civil 
Professor Marco Antônio de Oliveira Lemos Júnior 
 
AO JUÍZO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINAS –SP 
 
 
 
Godoberto Alcântara, casado, micro empresário, inscrito no CPF sob n. 
389.897.554.68, endereço eletrônico gcantara@gmail.com residente e domiciliado na 
Av. Eng. Antônio Francisco de Paula Souza, 2615 - Jardim Anton von Zuben, 
Campinas - SP, 13044-370, por seu advogado, que recebe intimação em seu escritório 
Av. C-205, 205 - quadra 22 s/n - Jardim América, Goiânia - GO, CEP 74270-020, 
conforme instrumento de mandato anexo (doc. 1), que esta subscreve, vem, 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 319 do Código de 
Processo Civil, propor a presente 
 
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E MORAIS 
 
em face da Seguradora China Ltda., inscrita no CNPJ sob o n. 23.983.338/0017-84, com 
filial na Alameda Santos, 1762, Cerqueira César - São Paulo/SP - CEP: 01418-102, 
pelas razões de fato e de direito que passa a expor: 
 
I – DOS FATOS 
No inicio do ano de 2017 o Autor firmou contrato de “Seguro Saúde” com a Ré. 
Contrato esse de amplo espectro, com cobertura completa, incluindo cirurgias de 
qualquer espécie. Fato esse comprovado pelo contrato juntado em anexo (DOC.2) 
Aproximadamente 2 (dois) anos após início de vigência do “Seguro Saúde”, 
arcando com sua obrigação mensal atempadamente, foi diagnosticado com grave 
enfermidade renal, no qual o único tratamento era o transplante. 
Tão logo surgiu um órgão compatível, o Autor foi internado e submetido, 
imediatamente, ao transplante renal, cujo resultado foi coroado de êxito. A seguradora 
RÉ, no entanto, negou-se ao reembolso das despesas médico-hospitalares, sustentando 
mailto:gcantara@gmail.com
 
Disciplina de Prática de Direito Processual Civil 
Professor Marco Antônio de Oliveira Lemos Júnior 
 
que a doença do Autor era preexistente à assinatura do contrato e que fora por ele 
omitida quando da contratação. 
 
II – DO DIREITO 
Por se tratar de uma relação de consumo, esse caso concreto deve ser apreciado à 
luz do CDC. Portanto os incisos V, VI, VII e VIII do artigo 6° do CDC tem a máxima 
relevância. 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
(...) 
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam 
prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos 
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e 
morais, individuais, coletivos e difusos; 
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com 
vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, 
individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, 
administrativa e técnica aos necessitados; 
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a 
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a 
critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele 
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; 
Desta maneira, fica caracterizada a necessidade da inversão do ônus da prova, 
pois que a Ré prove que o Autor tinha a enfermidade preexistente no ato da assinatura 
do contrato e que sabia da sua condição vulnerável. 
Aqui não se trata apenas de uma simples reparação de danos, cobrança de 
reembolso, e sim mais profundo, incluindo o direito à vida, direito fundamental do 
artigo 5°, bem como o fundamento da Constituição da RFB de 1988, a dignidade da 
pessoa humana. A gravidade de sua enfermidade ultrapassa os parâmetros de urgência 
adentrando o de extrema EMERGÊNCIA, pois além de comprometer a qualidade de 
uma vida digna, fatalmente o levaria ao óbito. Nesse compasso, extrai-se o direito à 
própria vida com qualidade e dignidade, consubstancia direito fundamental inerente a 
todo ser humano, de sorte que não pode ficar à mercê de meros interesses econômico-
financeiros, de cunho lucrativo. 
A Ré, sem se importar com a condição vulnerável do autor, que estava em 
 
Disciplina de Prática de Direito Processual Civil 
Professor Marco Antônio de Oliveira Lemos Júnior 
 
eminente risco de vida, se recuperando de um procedimento de altíssima complexidade, 
como o transplante, necessitando de acompanhamento e tratamento coadjuvante para o 
resto de seus dias, negou o reembolso das despesas médico hospitalares ao Autor, sob o 
óbice de doença pré existente. 
 
Não resta duvida que a alegação da RÉ que se trata de uma doença pré-existente 
não merece prosperar. 
 
Cumpre ressaltar que em caso de uma doença de tamanha magnitude, o Autor 
não teria como esconder do “Seguro Saúde”, sem comprometer irreversivelmente seu 
quadro cínico e sua qualidade de vida. Até o diagnóstico era considerado normal, para 
uma pessoa mediana, sem levantar qualquer suspeita da Ré. 
 
Diante da conduta egocêntrica e impiedosa da Ré, o qual negou o reembolso das 
despesas médicas, sob o falso motivo de doença pré-existente, sem se preocupar com a 
fragilidade e vulnerabilidade do estado de saúde do Autor. Recém-operado de um 
transplante, focando tão somente no seu lucro e suposto prejuízo material, sem 
demonstrar qualquer compaixão pelo ser humano à sua frente. Portanto, indenização por 
danos morais é medida que se impõe, não apenas como o dever de indenizar, mas 
também em caráter educativo e até mesmo punitivo. 
 
Há jurisprudências no sentido de que a negativa gera o dano moral e 
jurisprudências que entendem o contrario, entretanto, a primeira situação é o 
entendimento majoritário. 
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÇÃO 
DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. PLANO DE 
SAÚDE. PROCEDIMENTO CIRÚRGICO FORA DA ÁREA DE 
ABRANGÊNCIA. SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA CONFIGURADA. 
RECUSA DO PLANO. DESPESAS PAGAS PELA SEGURADA. DANOS 
MATERIAIS. REEMBOLSO DEVIDO. DANOS MORAIS 
CONFIGURADOS. NECESSIDADE DE REEXAME DE MATÉRIA 
FÁTICO-PROBATÓRIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7 DO STJ. 
AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 
1. Os agravados têm direito à indenização por danos materiais, consistentes 
no reembolso das despesas médicas, e danos morais, em razão da aflição e 
 
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Professor Marco Antônio de Oliveira Lemos Júnior 
 
angústia causadas à paciente idosa, com câncer, pela recusa de atendimento 
emergencialprevisto em contrato. 
2. Agravo interno desprovido. 
(STJ - AgInt no AREsp:1072343 MG 2017/ 00622000-0, Relator: Ministro 
MARCO AURÉLIO BELLIZE, Data de Julgamento: 21/09/2017, T3 - 
TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 02/10/2017) 
Se tratando de matéria infraconstitucional o STJ tem a última palavra, e seu 
entendimento é que a aflição e angustia sofrida por paciente, pela recusa do 
atendimento/ reembolso por si só caracteriza o dano moral. 
 
III – DO PEDIDO 
Diante do exposto, requer o autor a Vossa Excelência: 
a) A citação da RÉ, para querendo apresentar contestação, sob pena de 
confissão e revelia; 
b) Seja julgado procedente o pedido, para que seja deferido o reembolso do 
valor da cirurgia, incluídos os gastos hospitalares e os honorários 
médicos, na monta de R$ 45.000,00 (Quarenta e cinco mil reais). 
c) Seja julgado o dano moral no valor de R$ 45.000,00 (Quarenta e cinco 
mil reais), ou valor arbitrado por vossa excelência; 
d) Seja condenada a RÉ ao pagamento das custas e despesas processuais; 
e) Seja as intimações sejam dirigidas ao advogado Ernestino Feitosa 
Bastos no endereço eletrônico já cadastrado; 
Opta-se pela realização de audiência conciliatória (CPC, art. 319, inc. VII), 
razão qual requer a citação da Promovida, por carta (CPC, art. 247, caput) para 
comparecer à audiência designada para essa finalidade (CPC, art. 334, caput c/c § 5º). 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, em 
especial pelo depoimento pessoal da RÉ, sob pena de confissão, juntada de documentos, 
oitiva de testemunhas, cujo rol apresenta ao final desta e que deverão comparecer em 
audiência mediante intimação, perícia e demais que se fizerem necessárias para o bom 
andamento do feito. 
 
Disciplina de Prática de Direito Processual Civil 
Professor Marco Antônio de Oliveira Lemos Júnior 
 
 
 
Atribui-se à causa o valor de R$ 90.000,00 (noventa mil reais). 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
 
 
Goiânia, 05 de abril de 2020. 
 
 
Ernestino Feitosa Bastos 
OAB 50733 GO

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