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Aulas de Medicina Preventiva – Professora Cíntia Baldin -– 6ºA Diurno Anotações: Liangrid Nunes Saúde Pública SAÚDE X DOENÇA Saúde: A saúde é o completo bem-estar físico, mental e social e não meramente a ausência de doença ou enfermidade (OMS). Doença: A doença é a desordem ou interrupção da função de um órgão ou de um sistema do organismo, levando a uma disfunção identificada clinicamente ou através de exames laboratoriais. Fatores predisponentes: agentes infecciosos, suscetibilidade genética, fatores ambientais, etc Medicina Veterinária Preventiva Estuda os fatores que contribuem para a instalação, manutenção e disseminação das enfermidades nos animais, seus mecanismos de transmissão e as medidas utilizadas para o seu controle. Medicina preventiva trouxe o controle dessa população. Estudo da epidemiologia para isso ser possível. Saúde pública: cuidados com o alimento Para ter saúde é necessário ter um equilíbrio na tríade!! SAÚDE PÚBLICA VETERINÁRIA Entende-se por saúde pública veterinária todas as ações passíveis de serem desenvolvidas pelo médico veterinário, com o fim de proteger, manter e/ou melhorar a saúde do Homem, tanto sob o ponto de vista do bem- estar físico e mental como social. Garantir a saúde animal para garantir a saúde do homem. Medicina Veterinária Preventiva – Histórico Evolução em 5 fases (SCHWABE,1984) 1- Fase de ações locais (Pré-história) • “Curandeiros” – Tratamento médico e cirúrgico • Quarentena e sacrifício de animais doentes 2 - Fase militar (Era Cristã/Idade Média) • Curandeiros dentro do exército – controle de doenças • Diagnóstico clínico 3 - Fase da polícia sanitária animal (1762) • Epidemia Europa (séc. XIV) - Banir gatos • 1762 – Criação da Primeira Escola Veterinária • Higiene e controle sobre abate de animais 4 - Fase das campanhas (Séc XVIII) • “Revolução Microbiológica” – Teoria do contágio • Diagnóstico laboratorial, imunização, tratamento e controle de vetores 5 - Fase de vigilância e ações coletivas (1950) • Crise na Medicina Veterinária Preventiva • “A presença do agente etiológico é necessária, mas não suficiente para explicar o aparecimento das enfermidades” • “Revolução Epidemiológica” - 1960 • Diagnóstico Epidemiológico • Valorização do médico veterinário SAÚDE PÚBLICA – HISTÓRICO Idade média (ROSEN, 1994) Instalações para criação de animais Controle sacrifício indiscriminado Após 2a Guerra Mundial (SCHWABE,1984) 1o período: higiene de alimentos 2a período: uso da epidemiologia no desenvolvimento de programas de controle de zoonoses “A Saúde Pública Veterinária passou a ser considerada como a soma de todas as contribuições para o bem- estar físico, mental e social dos seres humanos mediante a compreensão e aplicação da ciência veterinária” (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2002). O TRABALHO DO MÉDICO VETERINÁRIO NA SAÚDE PÚBLICA Educação em saúde Diagnóstico, controle e vigilância em zoonoses Estudo sobre substâncias tóxicas e venenos provenientes dos animais Inspeção de alimentos e vigilância sanitária Estudo de problemas de saúde relacionados às indústrias animais, incluindo o destino adequado de dejetos Supervisão da criação de animais de experimentação Níveis de Prevenção (Níveis de Leavell) Prevenção “Ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença” (Leavell & Clarck, 1976). Prevenção Primária (Pré-Doença) Impede que o processo da doença se estabeleça, ao eliminar as causas da doença ou aumentar a resistência à moléstia; Exemplo: suíno nasce com baixa de ferro – pode adquirir anemia ferropriva; O que eu faço para prevenir? Forneço suplementação de ferro assim que nasce; Prevenção Primária (Pré-Doença) Prevenção Secundária (Doença Latente) Interrompe o processo de doença antes que se torne sintomática; Identificação da babésia antes que apresente sintomas. Alteração no hemograma... ou algo nesse sentido Rastreamento de novos casos principalmente se for contagiosa; Prevenção Secundária (Doença Latente) Prevenção Terciária (Doença Sintomática) Limita as conseqüências físicas e sociais de doenças sintomáticas; Prevenção Terciária (Doença Sintomática) 24/08/2020 AULA – ZOONOSES INTRODUÇÃO Zoonoses O ou* porque termos que incluir as doenças que não são aparentes. Para ser zoonoses tem que acontecer em um ambiente onde um animal e ser humano interagem juntos. Inclui infecções inaparentes em vertebrados Excluem condições experimentais Zoonoses • Ocorrem desde de o período pré-histórico • 8.000 anos a.C. condições favoráveis para transmissão de agentes de doenças transmissíveis o estruturação da agricultura o domesticação dos animais o vida urbana organizada em aldeias Idade média • aglomeração de pessoas • alimentos e seus resíduos, favoreceram o crescimento das • populações de animais sinantrópicos (animais que vivem próximos sem a a gente queira. Exemplo: moscas, silvestres... Duas zoonozes marcantes. O carbúnculo é uma bactéria que tem um mecanismo de defesa que permite ficar por grande tempo no ambiente – esporulada. Bacilo antrax – processos hemorrágicos. Doença extremamente agressiva . Entrará em processo de putrefação. Não será mais um bom meio de cultivo para ela. Então ela esporula. Cria uma capsula extremamente ressitente para proteger seu material genético. Dura milhares de anos. Quando o ambiente está propício ela desporula e se multiplica. Essa bactéria começou a ser usada como arma biológica em uma carta para o presidente dos EUA. Roedores como hospedeiros Pulgas como vetores que contaminava animais e seres humanos ASPECTOS GERAIS ZOONOSES Fatores que aumentam – Urbanização e maior demanda de Produtos de origem animal FATORES DE RISCO ESTABELECEDORES DE PROCESSOS ZOONÓTICOS (ACHA E SZYFRES, 1986) Introdução de animais domésticos e/ou homem em um foco natural Translocação de um hospedeiro infectado onde existam hospedeiros suscetíveis Falta de alimento Intervenção do homem na modificação dos ecossistemas Desmatamento Mutações positivas no processo epidêmico do agente etiológico, facilitando sua disseminação Exemplo: covid-19 . Geralmente pensamos em vírus quando pensamos em mutações. Intervenção das aves migratórias e dos vetores Comunicação de agentes zoonoticos. Levar um animal para o outro CLASSIFICAÇÃO DAS ZOONOSES Antropozoonose - circula entre animais e podem passar para os seres humanos. Infecção transmitida ao homem a partir de reservatório animal Zooantroponose – Exemplo: tuberculose humana. Mas os sintomas são muito fracos ou não há. Infecção transmitida aos animais a partir de reservatório humano. Amphixenosis – maioria das bactérias. Estreptococus, Staphilococos.... Pergunta: O covid é qual desses? Resposta: Antropozoonose. Não há comprovação de que seja uma amphixenosis 1. Exemplo: raiva – morcegos passando para morcegos. 2. Precisa de um vetor biológico e mecânico. Exemplo: Leshimaniose visceral. Não existe transmissão de cão para cão. 3. Fungos por exemplo. Toxoplasmose. Além da exigência de hospedeiro vertebrado no ciclo de desenvolvimento, requerem também um local inanimado para concluir o processo evolutivo e tornar-se infeccioso. O local inanimado pode ser representado por matéria orgânica, alimentos, solo, água, plantas, etc. Euzoonoses: uma das espécies obrigatoriamente temque ser seres humanos. Parazoonoses – Duas espécies de animais diferentes. Não precisa do ser humano. Barbeiro é um percevejo! Transmissão: Gatos podem se contaminar pela areia. Se na areia tinha, eles comem. Comendo carne de roedores e aves. Água contaminada. Mulheres prenhas: sintomas podem afetar o feto. Gatos tem cura espontânea e não eliminam mais a doença. Protozoário precisa ficar no ambiente até 3 dias para ficar infectar. Se o gato tiver. Evitar de dormir com ele, porque ele pode liberar no lençol e não é visível e passar tempo suficiente sem ser limpo e passarmos a mão e depois colocarmos a mão na boca. Barbeiro come e defeca e depois vai embora. Ele elimina o Protozoário pelas fezes. Efeito anestesiante da saliva passa e coçamos a área, de maneira que o protozoário entra na área lesada da picada Equinococose – acomete cães. Hidatiose: cães Larva migras: bicho geográfico. Equinococose: cães Hidatidose: outros mamíferos Hospedeiros: Definitivos: cães domésticos e canídeos silvestres Intermediários: mamíferos domésticos, silvestres e humanos Existem vários ciclos: Os principais são CÃES – OUVINOS E CÃES-BOVINOS Localização. A forma adulta é localizada no intestino delgado de cães domésticos e canídeos silvestres. Nos mamíferos, 80% dos cistos hidáticos estão no fígado (Figura 20.16), 20% nos pulmões e 0,5% nos demais órgãos rins, baço, cérebro, coração e medula óssea). Intermediário: larvas nas vísceras. Cães ingestam cistos, irão Homem só irá adquirir a doença comendo os ovos através de alimento contaminado. Agora comendo carne ele não adquire a doença porque não é hospedeiro devinitivo. Teníase: ingerindo a larva Cisticercose: ingerindo os ovos Geralmente é um achado Trichophyton: avisa ao tutor que ele está com infestação de rato na casa; porque os ratos podem soltar pelo que é onde o fungo fica no rato. 14/09/2020 Taquizoita – formato de meia lua Essa é a fase proliferativa Proliferação mais lenta Tenho bradizoitas na musculatura do hospedeiro intermediário Quando a doença pode migrar para os outros tecidos Forma A considerada a forma de resistência. Somente o hospedeiro definitivo produz oocistos Uma saprozoonose – protozoário preciso de um tempo no ambiente para ser infectante B: maturação e esporulação. Oocisto esporozoita. Tem que ter 4/8 esporozoitos dentro dele para ser infectante. B não causaria infecção porque tem que ter 8 esporozoitas dentro dele . 4 DE CADA LADO. Pergunta: os oocistos são sensíveis a hipoclorito de sódio (usado para colocar de molho as hortaliças) ? Resposta: Sim, até mesmo vinagre funciona para combater esse oocisto. Mas o ideal mesmo é lavar com água para sair os ooscitos do alimento. Gato pode ter todas as formas, dependendo da forma Chega o momento que o taquizoita exausta a célula e causa a morte dela. Necrose. Pergunta: como que eu posso diferenciar a toxoplasma e a cinomose em cães se os sintomas de sistema nervoso forem parecidos? IGG – INFECÇÃO CRONICA IGM – INFECÇÃO AGUDA - RECENTE
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