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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA ESTÁGIO Artigos Sobre Solventes Isabella Vilela Lopes R. Alves – D869795 Orientador: Prof. Kátia Botelho SÃO PAULO 2020 Introdução O solvente é uma substância química, ou um conjunto delas, que é usado para dissolver outro material que foi aplicado em alguma atividade industrial ou doméstica. Há muitos tipos de solventes, cada um com suas características. Entretanto, todos apresentam as seguintes propriedades em comum: são muito voláteis, lipossolúveis (dissolvem em gorduras), extremamente inflamáveis e tóxicos. A quantidade de soluto que pode se dissolver em um volume específico de solvente varia com a temperatura. O uso mais comum para solventes orgânicos é em limpeza a seco (tetracloroetileno), como diluentes de tinta (tolueno, terebintina), como removedores de esmalte de unha e solventes de cola (acetona, acetato de metila, acetato de etila), em removedores de manchas (hexano, éter de petróleo), em detergentes (terpenos cítricos) e em perfumes (etanol). A água é um solvente para moléculas polares, sendo o solvente mais comum utilizado pelos seres vivos (Universal). Os solventes podem ser classificados em duas categorias: polares e apolares. De uso industrial e doméstico, os solventes são um dos principais contaminantes do meio ambiente. O descarte incorreto deste grupo de produtos pode causar uma série de prejuízos para o solo, a água e, sobretudo, para a saúde da população. Palavras-chave: Risco; Acidentes; Proteção; Organização. HEXANO C6H14 PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS Aspecto (estado físico, forma, cor): Líquido, límpido, transparente, volátil e incolor Odor: Característico suave pH: Neutro FICHA DE INFORMAÇÕES DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO Ponto de fusão/ponto de congelamento: –96 °C Ponto de ebulição inicial e faixa de temperatura de ebulição: 68 °C [a 101,325 kPa (760 mmHg)] Ponto de fulgor: –35 °C (vaso fechado) Massa Molar: 86,18 g/mol Classificação: Alcano Taxa de evaporação: 6 (acetato de butila = 1) Inflamabillidade: Não disponível Limite inferior/superior de inflamabilidade ou explosividade LEI: (limite de exposividade inferior): 1,2 % LES: (limite de explosividade superior): 6,9 % Pressão de vapor: 129 mmHg (a 21 °C) Densidade de vapor: 2,9 (ar = 1) Densidade: 0,660 a 0,675 (a 20/4 °C) Solubilidade: Em água: Insolúvel Solventes orgânicos: Solúvel. Coeficiente de partição – n-octanol/água: Não disponível Temperatura de auto-ignição: 225,0 °C Temperatura de decomposição: Não disponível Viscosidade: Não disponível MANUSEIO E ARMAZENAMENTO Manuseio Medidas técnicas apropriadas: Manuseie de acordo com a boa higiene industrial e prática de segurança. Sistema de ventilação aterrado e à prova de explosão. Todos os condutores devem estar aterrados. Prevenção da exposição do trabalhador: No manuseio, devem ser usadas roupas em tecido de algodão, luvas, óculos de segurança herméticos ou protetor facial, botas forradas. Se necessário, usar máscaras com filtro para vapores orgânicos. Em altas concentrações dos vapores, utilizar máscara com suprimento de ar. Devem ser instalados chuveiros de emergências e lava-olhos nas proximidades dos locais de manuseio do produto. Prevenção de incêndio e explosão: Elimine fontes quentes e de ignição. Todos os equipamentos elétricos usados devem ser blindados e a prova de explosão. As instalações e equipamentos devem ser aterrados para evitar a eletricidade estática. Não fumar no local. Prover exaustão dos vapores na sua fonte de emissão, bem como a ventilação geral dos locais. Precauções e orientações para manuseio seguro: Na operação de carga/descarga devese evitar quedas das embalagens, descidas em rampas sem proteção, rolamentos em terreno acidentado para evitar furos, amassamentos ou desaparecimento da identificação do produto. Tambores contendo o produto devem ser armazenados sobre estrados ou ripas de madeira, ao abrigo do sol e chuvas e longe de chamas, fogo, faíscas e fontes de calor. O descarregamento das embalagens mais pesadas deve ser feito por meio de empilhadeiras. As embalagens nunca devem ser jogadas sobre pneus. Todas operações devem ser feitas somente por pessoas devidamente treinadas. Manter afastado de oxidantes fortes e fontes de calor. Medidas de higiene Apropriadas: Sempre higienizar as mãos antes de manipular algum alimento. Manter as luvas sempre isentas de umidade e descontaminadas. Inapropriadas: Contato direto com o produto Armazenamento: Armazenar o produto em áreas frescas, secas e ventiladas, longe do calor, fontes de ignição, e agentes oxidantes. Manter as embalagens sempre bem fechadas. Medidas técnicas: Deve ser efetuado em locais bem ventilados, ao abrigo de toda fonte de ignição, de calor e de produtos oxidantes fortes. O piso deve ser impermeável, incombustível e disposto de modo que, em caso de ruptura dos recipientes, o líquido possa ser contido. Deve ser prevista a instalação de dique de contenção para os tanques. As instalações elétricas devem ser à prova de explosão. A área deve ter sistema de combate a incêndio com extintores apropriados. Condições adequadas: Manter os recipientes identificados e totalmente fechados, em área ventilada. Temperatura máxima recomendada para estocagem 30 ºC, sem restrições para temperatura mínima ou tempo de estocagem. Condições que devem ser evitadas: Exposição ao sol, chuva, fontes de ignição, calor e oxidantes fortes. Materiais para embalagens Recomendados: Tambores de aço carbono para 200 litros, bombona de polietileno de alta densidade e para quantidades menores frasco de vidro ou plástico resistente ao produto. Inadequados: Reage com alguns tipos de plástico. CONTROLE DE EXPOSIÇÃO E PROTEÇÃO INDIVIDUAL Parâmetros de controle específicos Limites de exposição ocupacional Limites de Tolerância Fonte Absorção pela pele TWA = 50 ppm (hexano) ACGIH/05 - TWA = 0,5 ppm (benzeno) ACGIH/05 sim (cancerígeno) NR-15 = 1 ppm (benzeno) M. Tb. BR Sim Indicadores biológicos: Exames conforme a NR-7: Clínicos e Laboratoriais, realizados anualmente. IBMP: 5mg/g creat.(2,5hexanodiona/urina). Outros limites e valores: Não disponível. Medidas de controle de engenharia: Manter o local de trabalho ventilado mantendo a concentração abaixo dos L.T. (Limites de Tolerância) recomendados. Em ambientes abertos e manobras posicionar-se a favor do vento. Usar sistema de exaustão à prova de explosão na fonte de emissão. Equipamento de proteção individual apropriado Proteção dos olhos/face: Óculos de segurança, onde haja risco de respingos. Proteção das mãos: Luvas de PVC. Proteção da pele e do corpo: Avental, calça e sapatos. Os tipos de auxílios para proteção do corpo devem ser escolhidos especialmente segundo o posto de trabalho em função da concentração e quantidade de substância. Proteção respiratória: Máscara panorâmica ou semi-facial com filtro (p/ gases e vapores orgânicos). Em ambientes confinados e em altas concentrações, recomenda-se o uso de máscara autônoma de ar ou máscara de ar mandado. Precauções especiais: Evitar a exposição maciça a vapores. Produtos químicos só devem ser manuseados por pessoas capacitadas e habilitadas. Os EPI’s devem possuir o CA (Certificado de Aprovação). Seguir rigidamente os procedimentos operacionais e de segurança nos trabalhos com produtos químicos. Nunca usar embalagens vazias (de produtos químicos) para armazenar produtos alimentícios. Nos locais onde se manipulam produtos químicos deverá ser realizado o monitoramento da exposição dos trabalhadores, conforme PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) da NR-9. ESTABILIDADE E REATIVIDADE Estabilidade química: Produto estável em condições normais. Não polimeriza. Reatividade: Não disponível Possibilidade de reações perigosas: Reage violentamente com oxidantes fortes. Condições a serem evitadas: Substânciasincompatíveis, calor, chama ou faíscas. Pode explodir se aquecido em recipiente fechado. Materiais ou substâncias incompatíveis: Oxidantes fortes, como tetracloreto de prata, trifluoreto de bromo, ácido nítrico, tetróxido de dinitrogênio, tetranitrometano, clorados (como cloro líquido) e oxigênio concentrado (como peróxidos). Produtos perigosos da decomposição: Combustão (incêndio) produzirá vapor d’água, CO2 (dióxido de carbono), óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos, CO (monóxido de carbono), fumaça e particulados. INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS Informações de acordo com as diferentes vias de exposição Toxicidade aguda (dados Cetesb 2006) Inalação: CL50 (homem,10 min.)= 5.000 ppm (sistema nervoso central) Contato com os olhos: Irritação ao olho humano: 5 ppm (Cetesb) Ingestão: DL50 (rato) = 28.710 mg/kg (Petrobrás). Toxicidade crônica Ingestão: Pode causar vômitos e diarreia, além de efeitos narcotizantes. Contato com a pele: Pode causar dermatite por ressecamento. Principais sintomas: Se a exposição for prolongada, pode causar dor de cabeça, náuseas, tontura, perturbações visuais e auditivas, além de excitação. Pode produzir depressão moderada, seguida de falta de coordenação motora, confusão mental, podendo evoluir até a perda de consciência. Pode causar vômitos e diarréia, além de efeitos narcotizantes, se ingerido. Lesões no sistema nervoso periférico, podendo causar formigamento, alterações de sensibilidade e de marcha. Pode causar arritmia cardíaca. Efeitos específicos Efeitos locais Inalação: Pode causar irritação nas vias aéreas superiores, com tosse úmida (secreção mucosa). Contato com a pele: Irritante. Contato com os olhos: Pode causar irritação, principalmente pelo contato com o hexano na forma líquida. Substâncias que podem causar Interação: Não disponível Aditivos: Não disponível Potenciação Não disponível Sinergia Não disponível. INFORMAÇÕES ECOLÓGICAS Efeitos ambientais, comportamentos e impactos do produto: Vapores do produto tornam o ambiente inflamável. É tóxico a vida aquática. No solo o produto poderá em parte percolar e contaminar o lençol freático. Ecotoxicidade (dados Cetesb 2006) Efeitos sobre organismos aquáticos: O produto é poluente hídrico. Pode transmitir qualidades indesejáveis à água prejudicando seu uso. Peixes : Carassius auratus DL 50(24 h) = 4 mg/l Oncorhynchus kisuth = nenhuma mortalidade em quantidade até 100 ppm, em água marinha artificial a 8º C. Algas: Microcystes pyrifera, pouco ou nenhum efeito sobre fotossíntese = 10 ppm. Efeitos sobre organismo do solo: Pode afetar o solo e, por percolação degradar a qualidade da água do lençol freático. Persistência e degradabilidade: Biodegradável – 46% de remoção, após 196 horas, em água subterrânea natural, a 13º C (Cetesb 2006) Potencial bioacumulativo: Não disponível Mobilidade no solo: Volátil Outros efeitos adversos: Não disponível CONSIDERAÇÕES SOBRE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO Métodos recomendados para tratamento e disposição aplicados Produto: Conter o vazamento, e remover o produto com caminhão vácuo. Recuperar por destilação. Restos de produtos: Queimar em incinerador químico, equipado com pós-queimador e lavador de gases. A disposição deve ser acompanhada por um técnico especializado. Nos resíduos aquosos de baixa concentração, pode ser utilizado o tratamento biológico. Embalagem usada: Não usar para armazenar água ou produtos para consumo humano. Queimar em incinerador ou colocar em aterro específico. Devem ser considerados como lixo perigoso e tomados os cuidados de acordo com os regulamentos vigentes. Observação: O usuário deve consultar os órgãos locais sobre regulamentação para disposição. INFORMAÇÕES SOBRE TRANSPORTE Regulamentações nacionais e internacionais: Produto perigoso para o transporte conforme Resolução N° 420 do Ministério dos Transportes. Terrestres: Transporte rodoviário no Brasil: Número ONU: 1208 Nome apropriado para embarque: Hexanos Classe de risco/divisão: 3 Número de risco: 33 Risco subsidiário: Não se aplica. Grupo de embalagem: II Hidroviário: Marítimo: Número ONU: 1208 Classe IMO: 3 Nome adequado para embarque: Hexanos Classe de risco: 3 Número de risco: 33 Poluente marinho: não Aéreo: Número ONU: 1208 Classe IATA: 3 Nome adequado para embarque: Hexanos Grupo de embalagem: 2 REGULAMENTAÇÕES Regulamentações específicas para o produto químico Classificação (segundo CEE): F – Facilmente inflamável Xn – Nocivo Xi – Irritante Frases de risco: R 11 – Facilmente inflamável. R 38 – Irritante para a pele. R 48/20 – Nocivo: Perigo de graves danos à saúde por prolongada exposição por inalação. R 62 – Possível risco de prejudicar a fertilidade. R 65 – Nocivo – pode causar dano pulmonar se ingerido. R 67 – Os vapores podem causar sonolência e vertigem. R 51/53 – Tóxico aos organismos aquáticos, pode causar efeitos danosos duradouros ao ambiente aquático. NFPA: Saúde (azul): 1 Inflamabilidade (vermelho): 3 Reatividade (amarelo): 0 FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico) em conformidade com o Decreto 2657 de 03.07.98, contém informações diversas sobre um determinado produto químico, quanto à proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente. Em alguns países, essa ficha é chamada de Material Safety Data Sheet - MSDS. A norma brasileira NBR 14725-4, versão corrigida em 26.01.2010, apresenta informações para a elaboração e o preenchimento de uma FISPQ. Esta norma estabelece que as informações sobre o produto químico devem ser distribuídas, na FISPQ, por 16 seções determinadas, cuja terminologia, numeração e sequência não devem ser alteradas. Transporte de Produtos Perigosos: Decreto No 96.044, de 18/maio/1988 (Aprova o regulamento técnico para o transporte rodoviário de produtos perigosos e dá outras providencias). Resolução do Ministério dos Transportes No 420 de 12/Fev./2004, (aprova as instruções complementares ao regulamento do transporte terrestre de produtos perigosos). DIMETILSULFÓXIDO C2H9OS PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS Estado Físico: Líquido Cor: Incolor Odor: Característico Limite de odor, Não existem informações disponíveis pH: Não existem informações disponíveis Ponto de fusão: 18,5°C Ponto/intervalo de ebulição: 189ºC em 1,013 hPa Ponto de combustão: 87°C Método: c.c. Velocidade de evaporação: Não existem informações disponíveis Inflamabilidade (sólido, gás): Não existem informações disponíveis Limite de explosão inferior: 1,8% (V) Limite de explosão superior: 63,0% (V) Pressão do vapor: 0,6 hPa em 20°C Densidade relativa do vapor: 2,7 Densidade relativa: 1,10 g/cm3 em 20ºC Solubilidade em água: 1.000 g/l em 20ºC Coeficiente de partição (noctanol/água): log Pow: -1,35 (25°C) (experimental) (Literatura) não se prevê qualquer bio-acumulação Temperatura de auto-ignição: Não existem informações disponíveis Temperatura de decomposição: >190 °C Viscosidade, dinâmica: 2,14 mPa.s em 20°C Riscos de explosão: Não existem informações disponíveis Propriedades oxidantes: Não existem informações disponíveis Outras Informações Temperatura de ignição: 300°C Concentração de vapor saturado: 8,0 g/m3 em 20°C COMPOSIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE OS INGREDIENTES Fórmula: C2H9OS Nº CAS: 67-68-5 NºCE: 200-664-3 Massa Molar: 78,13 g/mol Observações: Não apresenta ingredientes perigosos conforme o Regulamento (EC) No. 1907/2006 MANUSEIO E ARMAZENAMENTO Precauções para manuseio seguro: Observar os avisos das etiquetas Condições para armazenamento seguro, incluindo incompatibilidades: Herméticamente fechado. Em local seco. Armazenar: de +15ºC a +25ºC. Utilizações finais específicas: Nenhum uso específico é previsto além dos mencionados na sessão 1 ESTABILIDADE E REATIVIDADE Reatividade: Em caso de forte aquecimento podem formar-se misturas explosivas com o ar. Estabilidade química: O produto é quimicamente estável em condições ambientes padrão (temperatura ambiente). Possibilidade de reações perigosas: Reação exotérmica e perigo de explosão com: halogenetos ácidos, trióxidode enxofre, óxidos de enxofre, agentes oxidantes fortes, óxidos de fósforo, halogenetos de não metais, ácido nítrico, sal de prata, compostos de silício, dióxido de azoto, permanganato de potássio, cetonas, hidrocarboneto halogenado, halogenatos, metais alcalinos, potássio, sódio, compostos de ferro (III), hidretos, nitratos, compostos halogênio-halogenio, ácido perclórico, percloratos, cloratos, oxi-halogenetos não metálicos. Condições a serem evitadas: Forte aquecimento. Uma gama de aproximadamente 15 Kelvin abaixo do ponto flash é considerada como crítica. Materiais Incompatíveis: Diversos materiais plásticos, metais. Produtos de decomposição perigosa: Em caso de incêndio vide capítulo 5. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO Meios de extinção Meio adequados de extinção: Água, dióxido de carbono (CO2), espuma ou pó seco. Agentes de extinção inadequados: Nenhuma limitação de agentes extintores é dada para essa substância/mistura. Riscos especiais resultantes da substância ou mistura: Material combustível; Os vapores são mais pesados que o ar e podem espalhar-se junto ao solo. Em caso de forte aquecimento podem formar-se misturas explosivas com o ar. Em caso de incêndio formam-se gases inflamáveis e vapores perigosos. Um incêndio pode provocar o desenvolvimento de: óxidos de enxofre. Precauções para os bombeiros Equipamento especial de proteção para o pessoal destacado para o combate a incêndios: Usar aparelho de respiração individual em casos de incêndio. Informações complementares: Suprimir (abater) com jatos de água os gases, vapores e névoas. Evitar a contaminação da água de superfície e da água subterrânea com água de combate a incêndios. CONTROLE DE EXPOSIÇÃO E PROTEÇÃO INDIVIDUAL Parâmetros de controle: Não contém substâncias com valores limites de exposição ocupacional. Controles da exposição Medidas de planejamento: Medidas técnicas e operações do trabalho adequadas devem ter prioridade sobre o uso de equipamento de proteção pessoal. Vide seção 3. Medidas de proteção Individual: As características dos meios de proteção para o corpo devem ser selecionadas em função da concentração e da quantidade das substâncias tóxicas de acordo com as condições específicas do local de trabalho. A resistência dos meios de proteção aos agentes químicos deve ser esclarecida junto aos fornecedores. Medidas de higiene: Mudar a roupa contaminada. Depois de terminar o trabalho, lavar as mãos. Proteção para pele/olhos: Óculos de segurança Proteção das mãos Contato total: Substância da luva: policloroprene Espessura da luva: 0,65 mm Pausa: > 480 min Contato com salpicos: Substância da luva: látex natural Espessura da luva: 0,6mm Pausa: > 240 min As luvas de proteção a usar têm que obedecer às especificações da directiva EC 89/686/EEC e do padrão resultante EN 374, por exemplo, KCL 720 Camapren® (contato total), KCL 706 Lapren® (contato com salpicos). As ruturas acima descritas foram determinadas pelo KCL em testes de laboratório segundo a EN 374 com amostras dos tipos de luvas recomendados. Esta recomendação aplica-se apenas ao produto descrito na ficha de dados de segurança por nós fornecida bem como para aplicação especificada. Quando houver dissolução ou mistura com outras substâncias e sob as devidas condições houver desvios aos descritos na EN 374, por favor, entrar em contato com o fornecedor de luvas com marcação CE (ex: KCL GmbH, D-36124 Eichenzell, Internet: www.kcl.de). Proteção respiratória: Necessário em caso de formação de vapores/aerossóis. INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS Informações sobre efeitos toxicológicos Toxicidade aguda por via oral: DL50 ratazana: 14.500 mg/kg (RTECS) Toxicidade aguda por via dérmica: DL50 ratazana: 40.000 mg/kg (RTECS) Irritação na pele: Irritação ligeira Irritação nos olhos: Irritação ligeira Sensibilização: Teste de sensibilização: cobaia Resultado: negativo (IUCLID) Genotoxicidade in vitro: Teste de Ames Resultado: negativo (IUCLID) Mutagenicidade (teste em célula de mamífero): aberração de cromossomas. Resultado: negativo (National Toxicology Program) Carcinogenicidade: Sem indicação de atividade carcinogênica (IUCLID) Teratogenicidade: Não mostrou efeitos teratogênicos em experiências com animais. (IUCLID) Toxicidade sistêmica de órgão-alvo específico-exposição única: A substância ou mistura não está classificada como um tóxico específico com alvo de órgão, exposição singular. Toxicidade sistêmica de órgão-alvo específico- exposição repetida: A substância ou mistura não está classificada como um tóxico específico com alvo de órgão, exposição repetida. Risco de aspiração: Os critérios de classificação não foram satisfeitos com respeito aos dados disponíveis. Informações complementares Outras informações: Sintomas possíveis: Depois da ingestão: perturbações no SNC, náusea, cansaço, dor de cabeça. Possíveis consequências: danos em: fígado e rim. Dados adicionais: Contudo, quando o produto é manuseado adequadamente é pouco provável a ocorrência de efeitos perigosos. Manusear de acordo com as boas práticas industriais de higiene e segurança. INFORMAÇÕES SOBRE TRANSPORTE Regulamentações Nacionais e Internacionais: Produto não perigoso segundo o regulamento de transporte. REGULAMENTAÇÕES Normas de segurança, saúde e ambientais específicas para a substância ou mistura Legislação Nacional Classe de armazenagem: 10. Avaliação de segurança química Não é realizada avaliação de segurança química para este produto. ÉTER ETÍLICO C4H10O PROPRIEDADES FÍSICO - QUÍMICAS Estado Físico: líquido Cor: Incolor Odor: Doce pungente Ponto de Ebulição: 34,6º C Ponto de Fulgor: - 40º C Limite Inferior de Explosividade: 1,85% Limite Superior de Explosividade: 36,5% Pressão de Vapor: 442 mm Hg (20 º C) Densidade do Vapor: (ar = 1) : 2,56 Densidade Relativa (água = 1) : 0,7135 a 20º / 40 ºC Solubilidade em água: A temperatura de 20º C se dissolve na proporção de 1 parte de éter para 14 partes de água, ou 7,5g por 100 ml de água. Solubilidade em outros solventes: álcool, éter de petróleo, clorofórmio, benzeno e óleos. DESCRIÇÃO Características físicas. Líquido límpido, incolor, volátil, inflamável. Solubilidade. Solúvel em água, miscível com álcool etílico, com cloreto de metileno e com óleos graxos. Constantes físico-químicas. Faixa de destilação (5.2.3). Nota: Não destilar se a amostra não satisfizer ao ensaio de peróxidos. A amostra destila completamente entre 34 °C e 35 °C. Realizar o ensaio utilizando dispositivo de aquecimento apropriado. Proceder com precaução, evitar aquecer o balão acima do nível do líquido. IDENTIFICAÇÃO A. Satisfaz ao ensaio de Densidade relativa (5.2.5). B. Satisfaz ao ensaio de Determinação da faixa de destilação (5.2.3). ENSAIOS DE PUREZA Acidez. Num frasco de tampa esmerilhada, introduzir 10 mL de álcool etílico, 2 mL de água destilada, 0,5 mL de fenolftaleína SI e adicionar solução de hidróxido de sódio 0,02 M até obtenção de coloração rósea persistente após agitação durante 30 segundos. Adicionar, com exatidão, 25 mL da amostra, fechar e agitar cuidadosamente. Adicionar solução de hidróxido de sódio 0,02 M até coloração rósea persistente após agitação durante 30 segundos. Não devem ser gastos mais do que 0,4 mL de hidróxido de sódio 0,02 M para neutralizar o éter etílico. Peróxidos. Numa proveta com tampa esmerilhada de 25 mL, introduzir 10 mL da amostra e 1 mL de uma solução recentemente preparada de iodeto de potássio 10% (p/v) e agitar. A mistura deverá ser protegida da luz durante uma hora. Os líquidos não devem apresentar coloração. Resíduo não volátil. Evaporar 50 mL da amostra, espontaneamente, em cápsula de porcelana previamente tarada. Dessecar o resíduo em estufa a 105 °C, durante uma hora, deixar arrefecer e pesar. O peso do resíduo não deve exceder a 1 mg (0,003%). Aldeídos. A um funil de separação, transferir 20 mL da amostra e adicionar 7 mL da mistura de 1 mL de iodeto de potássio mercúrico alcalino SR e 17 mL de solução saturada de cloreto de sódio. Fechar e agitar vigorosamentepor 10 segundos. Deixar repousar por um minuto. A camada aquosa não deve apresentar turvação. Odor estranho. Sobre um disco de papel de filtro de 80 mm de diâmetro, aplicar 5 mL da amostra e deixá-la evaporar espontaneamente. Após a volatilização da amostra, não deve ser observado odor estranho ao éter etílico. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e à temperatura entre 8 °C e 15 °C. Manuseio: - Durante o manuseio com éter etílico, não deve estar na área qualquer tipo de objeto ou equipamento que possa gerar calor, faíscas, chamas ou centelhas. - O pessoal envolvido em carregamento ou descarregamento do éter etílico deverá ser treinado para o trabalho, recebendo instruções específicas sobre os perigos que existem com relação ao produto. - Ao manusear recipientes contendo éter etílico, as pessoas tem que utilizar equipamentos de proteção individual adequados citados no item 6 desta FISPQ. - Junto aos locais onde se manuseia o éter etílico, deverá ser afixada uma placa com os dizeres "PROIBIDO FUMAR". -Todo o sistema de ventilação, exaustão e sistema de eletricidade deve ser feito com material e equipamento à prova de explosão. - Evitar contatos com materiais incompatíveis, como compostos de enxofre, de halogênicos e oxidantes fortes, pois podem aumentar o risco de incêndio e explosão. - Todos os recipientes contendo éter etílico devem ser devidamente rotulados e fechados quando não estão sendo manuseados. - Recipientes vazios não devem sofrer qualquer tipo de agressão física, pois no seu interior podem existir vapores de éter etílico e a possibilidade da presença de peróxidos. - Equipes treinadas (Brigadinhas de Incêndio e Socorristas) devem estar presentes durante o manuseio com éter etílico, além da presença de extintores de incêndio adequados e material inerte para recolhimento de resíduos do produto. Armazenamento: - O armazenamento do éter etílico deve ser construído em local frio (temperatura menor que 30 ºC), seco, bem ventilado, com proteção da luz solar direta e afastado de objetos ou equipamentos que possam gerar calor, faíscas, chamas ou centelhas. - O local deve possuir aterramento para escoamento da eletricidade estática, evitando o seu acúmulo. Também, o sistema de eletricidade deve ser construído com o material e equipamento à prova de explosão. - O local de armazenamento do éter etílico deve ser separado da área de trabalho. - O éter não deve ser armazenado junto com agentes oxidantes, compostos de enxofre e halogênios, pois são incompatíveis. O contato com estes materiais aumenta o risco de incêndio e explosão. - Instalação no local de aparelhos como termômetro e termo - higrômetro para monitorar a temperatura e a umidade relativa do ar. - Todas as áreas de armazenagem de éter etílico devem ser providas de sistema automáticos de sprinklers. Depósito de armazenamento de éter etílico devem ser identificados da seguinte forma: "LÍQUIDO INFLAMÁVEL" - O produto pode ser embalado em bombona retangular de polietileno de alta densidade na cor preta fluoretada, fechado com tampa de polietileno rosqueável com lacre, com capacidade para 10 e 20 litros. Também pode ser transportado em tambor de ferro , revestido internamente com material anti-oxidante, fechado com tampa rosqueável com lacre. - O éter etílico não deve ser transportado em recipientes que deixem passar luz, principalmente a solar. Armazenamento de tambores ou recipientes pequenos: As normas sugeridas para tambores e recipientes pequenos para armazenagem, estão apresentadas na "tabela" adiante. Além das informações da "tabela" outras precauções devem ser observadas. Quando os tambores e outros recipientes são armazenados internamente, devem ser colocados dentro de estruturas não combustíveis e bem ventiladas ou no mínimo em estruturas com paredes de tijolo e telhado de madeira. Quando tambores ou outros recipientes são armazenados em salas de armazenagem separadas, devem ser providenciados drenos de solo. Os pisos devem se ligar ao dreno e estes últimos devem ser conduzidos a um lugar seguro. Caso não seja providenciado nenhum dreno, soleiras de 10 cm de altura devem ser construídas nas aberturas das portas. Todas as áreas de armazenagem devem ser providas de sistemas automáticos de sprinklers. Outros materiais combustíveis não devem ser armazenados junto com o éter etílico. A armazenagem do éter etílico em recipiente de vidro deve ser evitada. Os recipientes de segurança, com detentores de chama embutidos e respiradouros devem ser usados. Os recipientes construídos de metais não ferrosos são os preferidos. ROTULAGEM O rótulo deverá indicar o nome e a concentração do antioxidante não volátil eventualmente utilizado. CATEGORIA Solvente. ESTABILIDADE E REATIVIDADE Embora o éter não seja reativo, algumas providências têm que ocorrer para evitar acidentes: - Por ser um líquido inflamável altamente volátil, deve ser evitado sua exposição a altas temperaturas. - Choque ou atritos durante o seu manuseio devem ser evitados, pois centelhas e fagulhas podem iniciar um incêndio ou mesmo uma explosão. - A exposição do éter à luz solar deve ser evitada pois pode haver a formação de peróxidos com possibilidade de explosão espontânea. - Os locais de armazenamento devem ser protegidos com sistemas de pára-raios. - Durante o carregamento ou descarregamento do éter, pode haver um sistema de aterramento para descarga de eletricidade estática. - O éter não deve ser armazenado ou transportado com materiais oxidantes. - Para evitar a formação de peróxidos é adicionado ao éter o estabilizante IONOL B. - Deve-se evitar que vazamentos de éter se dirijam para esgotos ou vias pluviais, porque haverá risco de incêndio ou explosão. - Durante a combustão do éter etílico, acontece a formação de monóxido de carbono (CO) e dióxido de carbono (CO2). - O éter etílico é usado corretamente para fabricação de explosivos primários (iniciadores) e como gelatinizante na fabricação de pólvora de base simples. - É usado indevidamente para elaboração ilícita de entorpecentes, psicotrópicos ou que determinem dependência física ou psíquica. INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS A toxidez do éter etílico é baixa, ele é absorvido quase que instantaneamente pelos pulmões e muito rapidamente pelo trato intestinal. Não sofrendo nenhuma mudança química no corpo, é rapidamente eliminado, quase quantitativamente, pelos pulmões. Uma pequena quantidade é eliminada pela urina, transpiração e outros fluídos do corpo. Por agir diretamente no sistema nervoso central a intoxicação aguda pelo éter, chamado de "embriaguez de éter", causa euforia, excitação e irritabilidade, que dão lugar à confusão, sonolência e torpor à medida que aumenta a quantidade de vapores inalados. Após a longa e grave exposição pode ocorrer a morte devido à falha respiratória. Efeitos locais: - Se inalado, além de provocar irritação, no trato respiratório, em pequenas quantidades causa tonturas e em quantidades maiores causa, excitação, irritação, sonolência e torpor, podendo levar à inconsciência. - Em contato com os olhos causa forte irritação, provocando inflamação crônica das membranas mucosas. - Dependendo da frequência e duração da exposição da pele ao éter, pode causar dermatite seca ou escamosa em função da ação desengordurante do líquido. - Se ingerido, o éter causará irritação e queimaduras no aparelho digestivo, em função da acidez do líquido. - Após a exposição a concentrações sub - letais de éter, a vítima dorme por um período de tempo variável e normalmente desperta com dor de cabeça, perda de apetite, náuseas, vômitos, respiração aumentada, senso de confusão e irritabilidade. INFORMAÇÕES SOBRE TRANSPORTE Transporte rodoviário Número da ONU: 1155 Nome adequado para embarque: éter etílico Classe de risco: 3 Número de risco: 33 Precauções especiais no transporte: • Para o transporte é obrigatório: EPI´s, Kits de Emergência, Envelope com Ficha de Emergência e Simbologia de Risco. • O veículo deve estar em boas condiçõesgerais; o motorista vestido adequadamente (Calça, camisa e calçado fechado) e com o Certificado do Curso para Movimentação de Produtos Perigosos. • EPI´s obrigatórios para o transporte: óculos de segurança do tipo ampla visão, protetor facial, máscara semi-facial com filtro para vapores de solventes, capacete de segurança, botas de borracha, avental de PVC e conjunto de sitell-fill. • Devem existir no caminhão: calços de madeira para os pneus; 100 m de fita zebrada ou corda para isolamento de área em caso de acidente, cones e placas de aviso; enxadas e pás de fibra; cartão telefônico, caixa de primeiros socorros, lanterna com duas ou três pilhas e extintor de incêndio. (CO2 e H2O). Transporte ferroviário Número da ONU: 1155 Nome adequado para embarque: éter etílico Classe de risco: 3 Número de risco: 33 Precauções especiais no transporte: • É proibido entrar em vagão ou em equipamento com aparelhos de iluminação a chama. Além disso, não devem ser utilizados aparelhos e equipamentos capazes de produzir ignição dos produtos ou de seus gases e vapores. Materiais facilmente inflamáveis não devem ser utilizados para estivar as embalagens nos veículos. • Durante as operações de carga e descarga de líquidos inflamáveis a granel, os vagões tanques deverão estar aterrados. Os equipamentos de proteção individual utilizados são os mesmos relacionados para o transporte rodoviário. Transporte aéreo Numero de ONU: 1155 Nome adequado para embarque: éter etílico Classe de risco: 3 Rótulo de risco: líquido inflamável Grupo de embalagem: I Limite para transporte: Avião de passageiro: 1 litro Avião de carga: 30 litros Transporte marítimo Número da ONU: 1155 Nome adequado para embarque: dietil éter Classe de risco: 3 Número de risco: 33 Grupo de embalagem: I Limite de transporte: Navio de carga e navio de passageiros com no máximo 25 passageiros ou 3 metros de comprimento. 1- Frascos de vidro embalados em material inerte, absorvente e a prova de choque acondicionados em caixa de madeira = 05 litros. 2- Lata de metal embalada em caixa de madeira = 30 litros. 3- Tambores de metal = 450 litros. REGULAMENTAÇÒES - As normas de controle e fiscalização de produtos químicos que possam ser destinados à elaboração ilícita de entorpecentes, psicotrópicos ou que determinem dependência física ou psíquica são regulamentadas através da Lei nº 10.357 publicada no DOU de 27/12/01. - Decreto 96.044/88: Regulamentação do transporte rodoviário de produtos perigosos. - Portaria MT 204/97: Instruções complementares ao regulamento do transporte terrestre de produtos perigosos. Informações sobre riscos e segurança, conforme escritas no rótulo do produto: - Manter longe de calor, faíscas ou chamas expostas. - Evitar inalação de vapor, e/ou contato prolongado e repetitivo com a pele. - Manter o recipiente fechado. - Pode formar peróxidos explosivos. - Não deixar evaporar até a secagem. - Em caso de fogo, usar pó químico seco, espuma mecânica ou gás carbônico (CO2). ÁLCOOL ETÍLICO C2H6O Contém, no mínimo, 95,1% (v/v), correspondendo a 92,55% (p/p), e, no máximo, 96,9% (v/v), correspondendo a 95,16% (p/p) de C2H6O a 20 ºC, calculado a partir da densidade relativa, empregando a tabela alcoométrica (5.2.26). Para álcool etílico absoluto, contém, no mínimo, 99,5% (v/v) correspondendo a 99,18% (p/p) de C2H6O a 20 ºC, calculado a partir da densidade relativa, empregando a tabela alcoométrica (5.2.26). DESCRIÇÃO Características físicas: Líquido incolor, límpido, volátil, inflamável e higroscópico. Solubilidade: Miscível com água e com cloreto de metileno. Ponto de ebulição (78,4 ºC). Constantes físico-químicas. Densidade relativa (5.2.5): 0,805 a 0,812, determinada a 20 ºC. Para álcool etílico absoluto, no máximo, 0,793, determinada a 20 ºC. O etanol é um composto leve, fácil de ser obtido e que se mistura facilmente com água e com a grande maioria dos líquidos de baixo peso molecular. Ele é altamente inflamável, podendo entrar em combustão, se submetido a uma fonte de calor, a partir de 13 ºC. Em seu estado puro, o álcool é altamente tóxico, já em misturas de baixo teor ele pode ser ingerido pelo ser humano de forma moderada. O álcool possui um poder calorífico menor que o da gasolina e diesel, o que significa que ele gera menos energia e rende menos kilometragem por litros. Sua densidade é menor que a da água e maior que a da gasolina, e seu PH é praticamente neutro. O etanol é representado pela fórmula C2H6O, ou, de forma mais detalhada, CH3CH2OH. Isso significa que o composto é formado por dois átomos de carbono (C) ligados à cinco átomos de hidrogênio (H) e a um átomo de oxigênio (O) ligado a outro hidrogênio. A presença do grupo OH, chamado de hidroxila, em sua composição, faz com que o etanol se torne uma substância polar, ou seja, que possua pólos eletrônicos distintos em sua cadeia, algo possível graças à presença do oxigênio. Por causa dessa característica, o álcool se mistura facilmente com a água e outros líquidos que também são polares. IDENTIFICAÇÃO No espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da amostra há máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles observados no espectro de álcool etílico SQR. Quando puro e com temperatura próximo dos 25ºC, o etanol possui uma densidade de 789 g/cm³. Em temperatura ambiente, o etanol será sempre encontrado na fase líquida, pois ele só atinge seu ponto de ebulição (transformação em gás) quando submetido a uma temperatura de 78,4 ºC, enquanto seu ponto de solificação (transformação em sólido) é de -114,3 ºC. Esses são valores médios válidos para a pressão de 1 atmosfera, ou seja, a nível do mar, sendo que os pontos sofrem pequenas alterações em diferentes altitudes. Como a maioria das substâncias neutras, o etanol torna-se pouco agressivo ao ser humano, possuindo cheiro e consistência não prejudiciais. Mesmo assim, a ingestão do produto com elevada concentração de álcool puro torna-se muito perigosa, podendo ocasionar desde mal estar até morte. ENSAIOS DE PUREZA Limpidez da solução (5.2.25). Solução de hidrazina: transferir 1 g de sulfato de hidrazina para um balão volumétrico de 100 mL, dissolver e completar o volume com água e agitar. Deixar em repouso por quatro a seis horas. Solução de metenamina: transferir 2,5 g de metenamina para um balão volumétrico de 100 mL, adicionar 25 mL de água e agitar até dissolver. Suspensão opalescente primária: transferir 25 mL da Solução de hidrazina para o balão volumétrico de 100 mL contendo a Solução de metenamina. Agitar e deixar em repouso por 24 horas (essa suspensão é estável por dois meses, se mantida em frasco de vidro fechado e sem defeitos. As partículas suspensas podem aderir ao vidro e devem ser redispersas por agitação antes do uso.) Padrão de opalescência: transferir 15 mL da Suspensão opalescente primária para um balão volumétrico de 1000 mL, completar o volume com água e agitar (essa solução não deve ser utilizada após 24 horas do preparo). Suspensões de referência: transferir 5 mL do Padrão de opalescência para um balão volumétrico de 100 mL, completar o volume com água e agitar para obter a Suspensão de referência A. Transferir 10 mL do Padrão de opalescência para outro balão de 100 mL, completar com água e agitar para obter a Suspensão de referência B. Solução amostra A: amostra a ser examinada. Solução amostra B: diluir 1 mL da Solução amostra A para 20 mL de água e deixar em repouso por cinco minutos antes do uso. Procedimento: transferir uma porção da Solução amostra A e da Solução amostra B para tubos de vidro incolor e transparente, com diâmetro interno entre 15 mm e 25 mm, de forma a obter aproximadamente 40 mm de profundidade. De maneira semelhante, transferir porções da Suspensão de referência A, Suspensão de referência B e água para diferentes tubos. Comparar a Solução amostra A, Solução amostra B, Suspensão de referência A, Suspensão de referência B e água, empregando fundo escuro e luz. O analista deveser capaz de distinguir as opalescências obtidas com as Suspensões de referência A e B. A Solução amostra A e a Solução amostra B têm a mesma claridade da água ou não apresentam maior opalescência que a Suspensão de referência A. Cor da solução (5.2.12). Solução padrão estoque: combinar 3 mL de Solução base cloreto férrico, 3 mL de Solução base cloreto de cobalto, 2,4 mL de Solução base sulfato cúprico e 1,6 mL de ácido clorídrico diluído (10 mg/mL). Solução padrão: transferir 1 mL da Solução padrão estoque para um balão volumétrico de 100 mL, completar o volume com ácido clorídrico diluído (10 mg/mL) e agitar. Utilizar esta solução logo após o preparo. Procedimento: transferir uma porção da Solução padrão para um tubo de vidro incolor e transparente com diâmetro interno entre 15 mm e 25 mm, de forma a obter aproximadamente 40 mm de profundidade. Transferir para um tubo semelhante o mesmo volume de amostra e para outro tubo a mesma quantidade de água. A Solução amostra tem a aparência de água ou não tem coloração mais intensa que a Solução padrão. Acidez ou alcalinidade. Adicionar 20 mL de água isenta de dióxido de carbono a 20 mL da amostra e adicionar 0,1 mL de fenolftaleína SI. A solução deve ser incolor. Adicionar 1,0 mL de hidróxido de sódio 0,01 M. A solução torna-se rosa (30 ppm, expresso como ácido acético). Absorção de luz. Registrar o espectro de absorção no ultravioleta da amostra entre 200 nm e 400 nm, empregando cubeta de 1 cm de caminho óptico, utilizando água como branco. A amostra apresenta absorvância máxima de 0,08 em 240 nm, 0,06 entre 250 e 260 nm e 0,02 entre 270 e 340 nm. Limite de resíduos não voláteis. Evaporar 100 mL de amostra em banho-maria e secar o resíduo a 105 ºC por uma hora. Esfriar em dessecador e pesar. O resíduo pesa, no máximo, 2,5 mg. No máximo 0,025%. Impurezas orgânicas voláteis. Proceder conforme descrito em Cromatografia a gás (5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo provido de detector por ionização de chamas; coluna capilar de 30 m de comprimento e 0,53 mm de diâmetro interno, preenchida com fase estacionária ligada a cianopropilfenil (6%) e dimetilpolisiloxano (94%), com espessura de 1,8 µm; temperatura da coluna de 40 ºC a 240 ºC (40 ºC mantida durante 12 minutos após a injeção, aumentada a 240 ºC de 12 a 32 minutos e mantida a 240 ºC durante o período de 32 a 42 minutos), temperatura do injetor de 200 ºC e temperatura do detector de 280 ºC; utilizar hélio a 35 cm/s como gás de arraste e razão de split de 1:20; fluxo do gás de arraste de 1 mL/minuto. Solução amostra A: amostra de álcool etílico a ser testada. Solução amostra B: transferir 150 µL de 4-metilpentan-2-ol para um balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com a amostra. Homogeneizar. Transferir 10 mL dessa solução para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com a amostra. Homogeneizar. Solução padrão A: transferir 100 µL de álcool metílico para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com a amostra. Homogeneizar. Transferir 5 mL dessa solução para um balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com a amostra. Homogeneizar. Solução padrão B: transferir 50 µL de álcool metílico e 50 µL de acetaldeído para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com a amostra. Homogeneizar. Transferir 100 µL dessa solução para balão volumétrico de 10 mL e completar o volume com a amostra. Homogeneizar. Solução padrão C: transferir 150 µL de acetal para um balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com a amostra. Homogeneizar. Transferir 100 µL dessa solução para balão volumétrico de 10 mL e completar o volume com a amostra. Homogeneizar. Solução padrão D: transferir 100 µL de benzeno para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com a amostra. Homogeneizar. Transferir 100 µL dessa solução para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com a amostra. Homogeneizar. Procedimento: injetar, separadamente, 1 µL da Solução amostra e da Solução padrão, registraros cromatogramas e medir as áreas sob os picos. Calcular a soma de todas quantidades de acetaldeído e acetal, expressos como acetaldeído, segundo a expressão: Acetaldeído (ppm) = [(10 x AE)/(AT – AE)] + [(30 x CE)/(CT – CE)] em que AE = área sob o pico de acetaldeído obtido no cromatograma da Solução amostra A; AT = área sob o pico de acetaldeído obtido no cromatograma da Solução padrão B; CE = área sob o pico de acetal obtido no cromatograma da Solução amostra A; CT = área sob o pico de acetal obtido no cromatograma da Solução padrão C. Calcular a quantidade de benzeno segundo a expressão: Benzeno (ppm) = (2BE)/(BT – BE) em que BE = área sob o pico de benzeno obtido no cromatograma da Solução amostra A; BT = área sob o pico de benzeno obtido no cromatograma da Solução padrão D. Desconsiderar quaisquer picos com área inferior a 0,03 vezes a área sob o pico correspondente ao 4- metilpentan-2-ol obtido no cromatograma da Solução amostra B (9 ppm). A área sob o pico correspondente ao álcool metílico obtido no cromatograma da Solução amostra A não pode ser maior que a metade da área sob o pico correspondente obtido no cromatograma da Solução padrão A. A quantidade de acetaldeído encontrada na Solução amostra A deve ser, no máximo, 10 ppm. A quantidade de benzeno encontrada na Solução amostra A deve ser, no máximo, 2 ppm. O total de impurezas obtidas no cromatograma da Solução amostra B não pode ser maior que a área correspondente ao pico de 4-metilpentan-2-ol, obtido no mesmo cromatograma. DOSEAMENTO Determinar a quantidade de C2H6O a 20 ºC, a partir da densidade relativa, empregando a tabela de alcoometria (5.2.26). EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Em recipientes bem fechados. ROTULAGEM Observar a legislação vigente. Ácido Acético CH3COOH Formula Quimica: C2H4O2 Solubilidade em água: completamente miscível. Viscosidade: 1.22 mPa·s a 25 °C Peso Molecular: 60,05 g/mol. Densidade: 1,051 a 20 ºC Ponto de ebulição: 117,9 °C Ponto de fusão: 16,7 °C pH: 2,9 (0,1M) IUPAC: Acetic acid Aparência Física: Líquido incolor claro Características Especiais Odor pungente Reatividade química com água NÃO REAGE. Reatividade química com materiais comuns CORROSIVO, PARTICULARMENTE QUANDO DILUÍDO; ATACA A MAIORIA DOS METAIS COMUNS, INCLUINDO A MAIORIA DOS AÇOS INOXIDÁVEIS; EXCELENTE SOLVENTE PARA MUITAS RESINAS SINTÉTICAS OU BORRACHA. Polimerização NÃO OCORRE. Reatividade química com outros materiais INCOMPATÍVEL COM OXIDANTES FORTES, ÁCIDO NÍTRICO, PERÓXIDO DE SÓDIO E BASES FORTES. Degradabilidade NATURALMENTE BIODEGRADÁVEL (82% DE BIODEGRADAÇÃO EM 10 DIAS EM ÁGUA DOCE ARTIFICIAL). INTERMEDIÁRIO NORMAL DAS REAÇÕES BIOQUÍMICAS DOS SERES VIVOS. Potencial de concentração na cadeia alimentar NENHUM NOTADO. Demanda bioquímica de oxigênio (DBO) 52% - 62%, 5 DIAS. Neutralização e disposição final QUEIMAR EM UM INCINERADOR QUÍMICO, EQUIPADO COM PÓS-QUEIMADOR E LAVADOR DE GASES. RECOMENDA-SE O ACOMPANHAMENTO POR UM ESPECIALISTA DO ÓRGÃO AMBIENTAL. INFORMAÇÕES ECOTOXICOLOGICAS Toxicidade - limites e padrões L.P.O.: 1,0 ppm P.P.: NÃO ESTABELECIDO IDLH: 50 ppm LT: Brasil - Valor Médio 48h: 8 ppm LT: Brasil - Valor Teto: 12 ppm LT: EUA - TWA: 10 ppm LT: EUA - STEL: 15 ppm Toxicidade ao homem e animais superiores (vertebrados) M.D.T.: TDLo 1.470 ug/kg (ORAL) M.C.T.: TCLo 816 ppm (3 min) (RESPIRAÇÃO) Toxicidade: Espécie: RATO Via Respiração (CL50): LCLo (4 h) = 16.000 ppm Via Oral (DL 50): 3.310 mg/kg Toxicidade: Espécie: CAMUNDONGO Via Respiração (CL50): (1 h) 5.000 mg/kgVia Oral (DL 50): 4.960 mg/kg Toxicidade: Espécie: OUTROS Via Respiração (CL50): COBAIA: (1 h) 5.000 ppm Via Oral (DL 50): COELHO: LDLo = 1.200 mg/kg Via Cutânea (DL 50): COELHO: 1.060 mg/kg Toxicidade aos organismos aquáticos: PEIXES : Espécie PIMEPHALES PROMELA: (TESTE ESTÁTICO) CL50 (96 h) = 79 mg/L;LEPOMIS sp: TLm (24 h) = 100 - 1.000 mg/L;GAMBUSIA AFFINIS: TLm (24 - 96 h) = 251 mg/L Toxicidade a outros organismos: BACTÉRIAS L.tox. T.I.M.C. PSEUDOMONAS PUTIDA = 2.850 mg/L Informações sobre intoxicação humana EVITAR CONTATOCOM O LÍQUIDO E O VAPOR. MANTER AS PESSOAS AFASTADAS. CHAMAR OS BOMBEIROS. PARAR O VAZAMENTO, SE POSSÍVEL. ISOLAR E REMOVER O MATERIAL DERRAMADO. Aplicações e Uso · Como condimento em saladas ( vinagre ) · Como solvente · Síntese de perfumes e corantes · Preparação da seda artificial · Neutralização de filmes e papéis fotográficos · Tinturaria · Imprensa · Obtenção de sais metálicos para a fabricação de tintas e inseticidas. · Interruptor da revelação de filmes e papéis fotográficos · Produção da aspirina. · É usado para exames diagnósticos para detectar o H.P.V. (Papiloma Vírus Humanus). Referências Bibliográficas FISPQ dos fornecedores, Google Acadêmico, FARMACOPEIA 6º. Edição. ANGELO, Ícaro Bastos Pinho. Tópicos em Biossegurança: Organização laboratorial, proteção individual e coletiva. 2016. 70 f. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade Federal do Ceará, Ceará, 2016. FISQP HEXANO. acesso em 20 de setembro 2020 FISQP DIMETLSULFÓXIDO. acesso em 20 de setembro 2020 FISQP ÉTER ETÍLICO acesso em 21/09/2020 FISQP ALCOOL ETÍLICO < http://sites.ffclrp.usp.br/cipa/fispq/Etanol.pdf> acesso em 22 de setembro de 2020. FISQP ÁCIDO ACETICO acesso em 22 de setembro de 2020.