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Laboratório 5 Ensaio ԑN Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Rua Marquês de São Vicente, 225 Gávea Rio de Janeiro – RJ / 22451-000 https://logodownload.org/wp-content/uploads/2015/02/puc-rio-logo-2.jpg ENG1709 – Comportamento Mecânico dos Materiais Departamento de Engenharia Mecânica Professor: Marco Antonio Meggiolaro Rio de Janeiro, 20/05/2019 Aluno: Thiago Vieira Matrícula – 1221073 / Turma - A Objetivo 3 Introdução 3 Definições 4 Dureza 4 Máquina 4 Clip gauge 4 Aço 4 Descrição do experimento 4 Resultados 5 Bibliografia 6 Objetivo Este trabalho tem por objetivo adquirir uma maior compreensão de como é feito um ensaio ԑN de fadiga e relacionar a variação da deformação do corpo de prova, devido à tração e compressão imposta pela máquina, com o número de ciclos onde este pode ser submetido até a iniciação da trinca. Podendo observar se este teste irá endurecer ou amolecer o material. Introdução Fadiga é o tipo de falha mecânica causada primariamente pela aplicação repetida de carregamentos variáveis ao longo do tempo. Estas falhas são localizadas, progressivas e cumulativas, e caracterizam-se pela geração e/ou propagação de uma trinca, a qual diminui paulatinamente a resistência da peça, podendo leva-la à fratura. Por isso, o projeto à fadiga é um problema local que depende dos detalhes da geometria, do material e do carregamento do ponto mais solicitado da peça. O processo de trincamento é muito influenciado pelos detalhes do acabamento superficial, do gradiente das tensões atuantes (incluindo as tensões residuais) e das propriedades mecânicas de determinado material. Nestes casos a resistência à iniciação de uma trinca por fadiga tende a aumentar com a resistência à ruptura Su, com a melhoria do acabamento superficial, com o aumento do gradiente de tensões e com a presença de tensões residuais compressivas. Testes de fadiga podem ser realizados de diversas maneiras. Dentre elas, as maneiras comuns para início de trinca, possuem ou controle de carga ou controle de deslocamento. Utilizando a tensão constante, o que se realiza é o teste SN, em que se relaciona as tensões S impostas sobre o corpo com o número de ciclos N até a falha. Já com a deformação constante, o que resulta é o teste εN, que relaciona as deformações de um corpo com o número de ciclos até a falha. Ao realizar o teste εN, com o controle de carga e não de deslocamentos, por exemplo, o que ocorre é a perda do controle das deformações, já que o material pode endurecer ou amolecer durante o experimento e assim suas deformações para uma mesma tensão variam e, consequentemente, os valores de Δε não seriam tão precisos quanto utilizando a outra opção. O método aqui estudado será o εN, que assume que o dano à fadiga pode ser quantificado correlacionando as gamas de Δε das deformações elastoplásticas macroscópicas que solicitam o ponto crítico da peça com o número de ciclos N até o início da trinca. Assim, o método εN assume que a causa do dano que gera o início da trinca por fadiga é a história das deformações que o solicita em serviço real. As condições impostas para o cálculo são que a resistência do material ao trincamento por fadiga tenha sido medida previamente, através de um corpo de prova sujeitos à história de deformações conhecidas. Definições Dureza – Não possui uma definição padrão, então acaba sendo formulada de acordo com o interesse. Se for pensar em processo de usinagem, a dureza pode estar relacionada a facilidade de corte da peça sendo mais dura a peça mais difícil de ser cortada. Se for para a área de materiais, a dureza estará relacionada a resistência a deformação plástica. Em geologia seria uma probabilidade que um material consegue riscar o outro. Para a mecânica a relação da dureza é pela forma que conseguimos medir a resistência a penetração. Máquina –Instron utilizada para realizar tração e compressão no corpo de prova Clip gauge –Utilizado para medir a deformação do corpo de prova. Aço – É uma liga metálica de ferro fundido, que possui ferro e carbono como base. Possuem altas resistências mecânicas e são fáceis de obter e/ou produzir, sendo então a mais utilizada atualmente. Descrição do experimento Nos ensaios com amplitude de deformação constante, os laços de histerese tornam-se estáveis após um amolecimento/endurecimento inicial e a curva de tensão- deformação cíclica (CTDC) é obtida a partir dos bicos dos laços de histerese estáveis, como ilustra a figura 1 abaixo. Fig. 1. Laços de histerese e CTDC. O modelo Ramberg-Osgood em geral pode descrever satisfatoriamente a curva σ x ε cíclica dos materiais cujo encruamento sob tração é simétrico ao escoamento sob compressão. Ramberg-Osgood cíclico possui a seguinte formulação: 𝜀 = 𝜎 𝐸 + [ 𝜎 𝐻𝑐 ]1/ℎ𝑐 (1) Onde Hc é o coeficiente de encruamento para curvas cíclicas e hc é o expoente de encruamento para curvas cíclicas que é tipicamente um número entre 0,05 e 0,4. Quando utilizamos laço de histerese Δσ x Δε, usamos uma equação bastante similar, contudo, com um fator de 2, devido aos Δ, obtendo assim: ∆𝜀/2 = ∆𝜎 2𝐸 + [ ∆𝜎 2𝐻𝑐 ]1/ℎ𝑐 (2) Já a equação de Coffin-Manson relaciona a gama de deformação com a vida, utilizando a seguinte equação: ∆𝜀 2 = ∆𝜀𝑒𝑙 2 + ∆𝜀𝑝𝑙 2 = 𝜎𝑐 𝐸 (2𝑁)𝑏 + 𝜀𝑐(2𝑁) 𝑐 (3) Onde E é o módulo de elasticidade, o coeficiente σc e o expoente b da parte elástica e o coeficiente εc e o expoente c da parte elástica são propriedades do material, que devem ser medidas experimentalmente. Resultados O corpo de prova utilizado era uma barra cilíndrica com diâmetro de 10mm e usinada ao centro. Possuía as seguintes características: Material HC(Mpa) hc E (MPa) 𝜎𝑐 (MPa) b 𝜀𝑐 c Aço 1020 772 0,18 203000 896 -0,12 0,41 -0,51 Foram feitos 1,2x10^11 ciclos para podermos fazer os cálculos necessários e formar o gráfico abaixo: Fig 2. Grafico de tensão por deformação Como podemos observar no gráfico acima o corpo de prova tende para o endurecimento ao sofrer trações e compressões do ensaio ԑN Bibliografia Aula de laboratório. Slides de aula. https://web.tecgraf.puc-rio.br/vida/paper/C013_ABM97_Efeitos_de_sequencia.PDF https://www.cursosguru.com.br/o-que-sao-e-para-que-servem-os-extensometros/ http://sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/471420/LOM3051/Fadiga_Cap3_Slides_2016.pdf http://www.esss.com.br/blog/2017/02/ensaio-de-fadiga-como-prevenir-e-eliminar-problemas- de-fadiga-em-campo/ -400 -300 -200 -100 0 100 200 300 400 -0,003 -0,002 -0,001 0 0,001 0,002 0,003 Tensão X Deformação https://web.tecgraf.puc-rio.br/vida/paper/C013_ABM97_Efeitos_de_sequencia.PDF https://www.cursosguru.com.br/o-que-sao-e-para-que-servem-os-extensometros/
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