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Atendimento Pré Hospitalar treinamento da brigada de emergência so suporte básico ao avançãdo

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Atendimento Pré-Hospitalar 
Treinamento da Brigada de Emergência do 
Suporte Básico ao Avançado 
1 
Editora ~rica - Atendimento Pré-Hospitalar. Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado - Márcia Vllma G. de Moraes - 1• Edição 
2 Atendimento Pré-Hospitalar - Treinamoito da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado 
Editora ~rica - Atendimento Pré-Hospitalar. Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado - Márcia Vllma G. de Moraes - 1• Edição 
Márcia Vilma Gonçalves de Moraes 
Atendimento Pré-Hospitalar 
Treinamento da Brigada de Emergência do 
Suporte Básico ao Avançado 
11 Edição 
• 
látria 1 Saraiva 
3 
Editora ~rica - Atendimento Pré-Hospitalar. Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado - Márcia Vllma G. de Moraes - 1• Edição 
4 
Saraiva Educação Ltda. 
Rua Henn~ Schaumam, 270 
Pinheiros - São Paulo - SP - CEP: 05413-01 O 
PABX (11) 3613-3000 
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www.editor111r1ivl.eom.br/conllto 
Gerente edílorial Rosana Arruda da Silva 
Editora Beatriz M. Carneiro 
Assistentes editoriais Paula Hercy Cardoso Craveiro 
Raciuel F. Abranches 
Produtores editoriais L.audemir Marinho dos Santos 
Rosana Aparecida A. Santos 
Assistentes de produção Graziele Ubomi 
Erlka Amaro Rocha 
Uv1a Vilela de Uma Boral 
Supor1e edi1orial Ariane Gonçalo Barboza 
Produção gr~llca Uliane Côstina Gomes 
Preparação Carta de Olveira Morais 
Revisão Mar1ene Teresa S. Alves 
Diagramação Adriana Aguiar Santoro 
Capa Mauricio S. de França 
Desenhos Flávio Roberto Pereira 
Impressão e acabamento Nonono 
ISBN 978-85-7614-084-9 
DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) 
CÃMAllA BRASILEIRA DO LIVRO, SP, BRASIL 
Moraes. Mareia Vima Gonçalves de 
Ateodimento pré-hospitalar: treinamento da br1gada de 
emergência do suporte básico ao avançado / Márcia Vilma 
Gonçalves de Moraes - 1. ed. - São Paulo: látria. 2010. 
Bibliografia 
ISBN 978-85-7614-084-9 
1. Atendimento P<é·hospltalar 2. Emergências cllnlcas 
1. ntulo. 
10-08900 Edítado também como livro impresso CDD-616.025 NLM·WB 100 
fndlces para catálogo sistemático: 
1. Atendimento pré-hospitalar: Treinamento: Medicina 
616.025 
Copyrightº Márcia Vllma Gonçalves de Moraes 
201 O Saraiva Educação 
Todos os direitos reservados. 
11 edição 
2' tngern: 2016 
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apresentadas estao corretas e podem ser utilizadas para qualquer rrn 
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Eventuais erratas estatao dlsponlvels para download no site da 
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e punido pelo artigo 184 do Código Penal. 
280.516.001.002 
Atendimento Pré-Hospitalar - Treinamoito da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado 
Editora ~rica - Atendimento Pré-Hospitalar. Trelnamen10 da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado· Márcia Vllma G. de Moraes • 1• Edição 
Dedicatória 
A Deus em primeiro plano; 
Aos meus pais Odilon e Marly a quem agradeço a vida, o carinho e o amor; 
À minha família, ao meu esposo Eduardo e à minha filha Duda, pois me apoiaram em 
mais esta obra. 
"0 tenior do Senhor é o princípio da ciência, 
os loucos desprezani a sabedoria e a instrução. 
Filho niett, ouve a instntção de teu pai 
e não deixes a doutrina de tua 1nãe. • 
Provérbios 1, 7-8 
5 
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Agradecimentos 
6 
Em especial às pessoas que participaram das fotos expostas nesta obra; 
Ao meu irmão Odilon por colaborar na realização das fotos. 
Atendimento Pré-HospiJalar - Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado 
Editora ~rica - Atendimento Pré-Hospitalar. Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado - Márcia Vllrna G. de Moraes - 1• Edição 
Sumário 
C::'1.J>Ítlll<> :t. - l.tlt..<><lll~~() ································································································· 1..~ 
1.1 Atendimento pré-hospitalar (APH) ..................................................................................... 20 
1.2 O que é brigada ................................................................................................................... 20 
1.3 Seleção dos candidatos para brigada ................................................................................. 21 
1.4 Exames a serem realizados para seleção de candidatos a brigadista ............................... 21 
1.5 Como treinar os brigadistas para resgate ........................................................................... 22 
1.6 Materiais para maleta da equipe de suporte básico - Socorrista ...................................... 23 
1.7 Materiais para maleta da equipe de suporte avançado - Equipes médica 
e de enfermagem ................................................................................................................ 23 
1.8 Uso dos equipamentos de proteção individual (EPI) para atendimento a vítimas ......... 24 
1.9 Cuidados com EPis - Colocação, retirada e guarda .............................. ............................ 25 
1.10 Zona de trabalho para atendimento a vítimas ................................................................. 26 
1.11 Classificação das ambulâncias ...................................................... .................................... 27 
1.12 Acidente de trabalho com evidência de óbito ............................ ..................................... 28 
Exercícios .............. ............................... ............................................................ .... ............... ....... 30 
Capítulo 2 - Avaliação do Cenário e Abordagem da Vítima ........................................ 31 
2.1 O que é e como realizar a avaliação do cenário ........... ................................................... 31 
2.2 Acionamento da ajuda ao telefone ............... ....... .............................................................. 31 
2.3 Passos para abordagem da vítima ...................................................................................... 32 
2.4 Abord.agem primária rápida ................................................................................................ 32 
2.5 Abordagem primária completa - ABCDE ........................................................................... 33 
2.6 Abordagem secundária - Exame físico da vítima ............... .. ............................................. 37 
Exercícios ...................................................................................................................................
38 
Capítulo 3 - Assistência a Vítimas em Emergência Clínica ......................................... 39 
3.1 Introdução ................. .... ...... ................................................................................................ 39 
3.2 Acidente vascular cerebral (AVC) ....................................................................................... 39 
3.2.1 Anatomia do cé1·eb1·0 ............................................................................................... 39 
3.2.2 Estrutura e os múltiplos papéis do cérebro .................................. ....................... ... 40 
3.2.3 Definição e classificação do acidente vascular cerebral (AVC) ............................. 40 
3.2.4 Tipos de acidente vascular cerebral. ....... ...................... ............................... ........... 41 
3.2.S Sinais e sintomas .................. .................................................................................... 41 
3.2.6 Avaliação inicial da vítitna ....................................................................................... 42 
3.2.7 Atendimento a vítimas pela equipe de emergência de suporte básico ................ 42 
3.2.8 Atendimento a vítimas pela equipe de emergência de suporte avançado ........... 42 
7 
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3.3 Infarte agudo do miocárdio (IAM) .................. ................................................................... 43 
3.3.l Anatomia do coração - Artérias coronarianas ...................... ........... ........................ 43 
3.3.2 Definição e sintomas do infarte agudo do miocárdio (IAM) ................................. 44 
3.3.3 Atendimento a vítimas com IAM pela equipe de emergência de 
Sl1po11e básico .............. ................. ........................................................................... 45 
3.3.4 Atendimento a vítimas com IAM pela equipe de emergência de 
suporte avançado ..................................................................................................... 45 
3.4 Sincope ou desmaio ................................... ......... ................................................................ 46 
3.4.l Atendimento a vítimas com desmaio pela equipe de emergência de 
suporte básico ................................... ....................................................................... 46 
3.4.2 Atendimento a vítimas com desmaio pela equipe de emergência de 
suporte avançado ..................................................................................................... 47 
3.5 Diabetes tnellitus ...................................... .... ................................................ ..... .......... ........ 47 
3.5.l Quadro de emergência com diabetes mellitus ....................................................... 48 
3.5.2 Atendimento a vítimas cotn quadro de hipoglicemia pela equipe de 
emergência de suporte básico ..................................................... ........................... 48 
3.5.3 Atendimento a vítimas com quadro de hipoglicemia pela equipe de 
emergência de suporte avançado ........................................................................... 48 
3.6 Parada cardiorrespiratória (PCR) ........... .................... ........... ................................. ........ .. .. . 49 
3.6.1 Atividade elétrica do coração .................................................................................. 50 
3.6.2 Novo protocolo para reanimação cardiopulmonar no suporte 
básico de vida (SBV) ... ...... ..... ......... ........................................................................ 50 
3.6.3 Atendimento em parada cardiorrespiratória pela equipe do suporte 
b·ásico de vida ............................... ................ ...... ..................................................... 51 
3.6.4 Atendimento em parada cardiorrespiratória pela equipe do suporte 
avançado de vida ..................................................................................................... 52 
3.6.5 Drogas para uso em PCR ......... ..... .... ....................................................................... 54 
3.6.6 Rittno cardíaco norm._al ............. ................................................................................ 54 
3.6.7 Ritmos cardíacos chocáveis ......................... ............................................................ 55 
3.6.8 Ritmos cardíacos não chocáveis ...................... .................. ................................... ... 55 
3.6.9 Uso do desfibrilador ex'temo automático (DEA) .................................................... 56 
3.6.10 Protocolo a seguir para uso do DEA no suporte básico de vida ........................ 57 
3.7 Obstrução das vias aéreas por corpo estranho (OVACE) ................................................. 57 
3.7.l Anatomia da laringe - Sistema epiglote ............................. ..................................... 57 
3.7.2 Definição e causas da obstrução das vias aéreas ... ................................. ............... 59 
3. 7 .3 Manobras de desobstrução das vias aéreas ............................................................ 60 
3.7.4 Compressão abdominal - Manobra de Heimlich .................................................... 60 
3.7.5 Compressão torácica ................................................................................................ 61 
3.7 .6 Desobstrução das vias aéreas em vítimas inconscientes ........................................ 62 
3.8 Epistaxe - Sangramento nasal ................ .......................... ... ................................................ 63 
3.8.l Atendimento a vítimas com epistaxe pela equipe 
de su j)Orte básico ..................................................................................................... 63 
8 Atendimento Pré-Hospitalar - Treinamento da Brigada de Emergência do Suporle Básico ao Avançado 
Editora ~rica - Atendimento Pré-Hospitalar. Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado - Márcia Vllma G. de Moraes - 1• Edição 
3.8.2 Atendimento a vítimas com epistaxe pela equipe 
de suporte avançado ..... ............................................................ .............................. 64 
3.9 Crise convulsiva .................... .. ... .... .. ............................................ ... .... .............. ................... 64 
3.9.1 Sinais e sintomas na crise convulsiva ..... ... ............................................................. 66 
3.9.2 Atendimento a vítimas com crise convulsiva pela equipe de suporte básico ......... 66 
3.9.3 Atendimento a vítimas com crise convulsiva pela equipe de suporte avançado .... 67 
Exercícios ................................................................................................................................... 67 
Capímlo 4 - Assistência a Vítim.as de Trauma .............................................................. 69 
4.1 O que é trauma ..................................... ...... .............. .......................................................... 69 
4.2 Tipos de trauma ....... .. ......... ...... ... ............................................................................. .......... 69 
4.2.1 Trau1na torácico (TI) .................................... ..... ............................................ .......... 69 
4.2.2 Tipos de trau1na torácico .............................. ........................................................... 70 
4.2.2.1 Trauma direto ................. ......... .... ....................................... ......... ...... ......... .. 70 
4.2.2.2 Trauma por compressão ......................... ..................................................... 70 
4.2.2.3
Trau1na por desaceleração (ou contusão) ..... ...... ............................... ........ 70 
4.2.2.4 Pneumotórax simples fechado ............... ... .................... .............................. 70 
4.2.2.5 Pneumotórax simples aberto ............................... ........................................ 71 
4.2.2.6 Pneumotórax hipertensivo ........................................................................... 71 
4.2.2.7 Hemotórax .................................................................................................... 73 
4.2.2.8 Tamponamento cardíaco ............................................................................. 74 
4.3 Trauma abdominal .............................................................................................................. 74 
4.3.1 Trauma abdominal fechado ..................................................................................... 75 
4.3.2 Trauma abclominal aberto ....................................................................................... 75 
4.4 Trauma raquimedular (TRM) .............................................................................................. 75 
4.4.1 A coluna vertebral e a medula espinhal ................................................................. 76 
4 .4 .2 Lesão da medula espinhal ....................................................................................... 76 
4.4.3 Riscos do traumatismo raquimedular ....... ......... ...................................................... 78 
4.4.4 Diagnóstico e trata1nento no TRM ........................................................................... 78 
4.5 Trauma cranioencefálico (TCE) .......................................................................................... 78 
4.5.1 Tipos de TCE ................ ...... ...................................................................................... 78 
4.5.2 Classificação do TCE ................................................................................................ 79 
4.5.3 Atendimento inicial do TCE pela equipe de suporte avançado ............................ 79 
4.5.4 Verificação do nível de consciência - Escala de Glasgow ..................................... 80 
4.5 .S Esc:a.la do trat1ma ...................................................................................................... 81 
4.5.6 Atendimento a vítimas de trauma pela equipe de suporte básico ........................... 81 
4.5.7 Atendimento a vítimas de tr'.tuma pela equipe de suporte avançado ................... 82 
4.6 Trauma musculoesquelético e de extremidade ................................................................. 82 
4.6.l Sistema esquelético .................................................................................................. 82 
4.6.2 Tipos de trauma musculoesquelético ...................................................................... 84 
4.6.2.1 Fraturas ......................................................................................................... 84. 
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4.6.2.2 Entorse - Lesões tendíneas ............................ .............................................. 86 
4.6.2.3 Luxação - Lesões articulares ........................................................................ 87 
4.6.3 Técnica de imobilização de fraturas ........................................................................ 87 
4.6.3.1 Tipos de talas ............................. ..... .. .. ......................................................... 87 
4.7 Hemorragias - Lesões vasculares ........................................................................................ 89 
4. 7 .1 Artérias e veias ......................................................................................................... 90 
4.7.2 Técnicas de hemostasia ........................................................................................... 91 
4.7.3 Sinais de choque hipovolêmico em consequência da hemorragia ....................... 92 
4.8 Punçã.o intraóssea ................................................................................................................. 93 
4.8.1 Técnica para executar a punçã.o intraóssea ............................................................ 93 
4.9 .Esmagamento - Lesões nef'\1osas ........................................................................................ 94 
4.10 Atnputação traumãtica .................... ... ............... ...... .............. ............................................. 95 
4.11 Imobilização e transporte de vítimas ................ ............................................................... 95 
4.11.1 Retirada rápida de vítima - Chave de Rauteck ..................................................... 95 
4.11.2 Rolamento em 900 - Vítimas em decúbito dorsal ................................................. 96 
4.11.3 Rolamento em 180º ............................ .................................................................... 96 
4.11.4 Elevação a cavaleiro ............................................................................................... 97 
4.11.5 Colete imobilizador dorsal - KED .......................................................................... 98 
4.11.6 Imobilizador da região cervical - Colar cervical ................................................... 99 
4.11.6.1 Escolha do tamanho do colar cervical ...................................................... 99 
4.11.7 ImobiJizador lateral de cabeça ............................................................................ 101 
4.11.8 Imobilização na prancha ...................................................................................... 101 
4.11.9 Transporte de vítimas ........................................................................................... 102 
Exerácios ................................................................................................................................. 104 
Capítulo 5 .. Assistência a Vítimas de Queimadura .................................................... 105 
5.1 Formaçã.o da pele .............................................................................................................. 105 
5.2 Classificação das queimaduras ............................... .......................................................... 106 
5.3 Profundidade ou grau da queimadura ............................................................................. 107 
5.4 Extensão ou severidade da queimadura .......................................................................... 108 
5.4.1 l~egra para avaliação da extensão da queimadura ............................................... 108 
5.4.2 Regra da palma da mão ........... ......... ... .................................................................. 109 
5.4.2.l Assistência a vítimas de queimaduras pela equipe de suporte básico ... 109 
5.4.2.2 Assistência a vítimas de queimadura pela equipe de suporte avançado .... 110 
5.5 Tratamento do grande queimado na área hospitalar ...................................................... 110 
5.6 Sobrevida das vítimas de queimaduras graves ................................................................ 111 
5.7 Queirn_aduras especiais ..................................................................................................... 111 
5.7.1 Queimadura química ocular .................................................................................. 111 
5.7.1.1 Assistência a vítimas de queimaduras químicas oculares pela 
equipe de suporte básico .......................................................................... 112 
5.7.2 Queimaduras químicas no corpo ..........................................................................
113 
10 Atendimento Pré-Hospitalar - Treinamento da Brigada de Emergência do Suporle Básico ao Avançado 
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5.7.3 Lesões por inalação de fumaça (LIF) .................................................................... 114 
5.7.3.1 Intoxicação por monóxido de carbono .................................................... 114 
5.7.3.2 Intoxicação por amônia ............................................................................. 115 
5.7.4 Exposição de vítimas a produtos perigosos ......................................................... 116 
5.7.5 Resgate de vítimas expostas a produtos químicos ............................................... 117 
Exercícios .................................................................................................................................. 118 
Capítulo 6 - Assistência a Vítimas de Choque Elétrico .............................................. 119 
6.1 O que é choque elétrico ................................................................................................... 119 
6.2 Tipos de choque elétrico .................................................................................................. 120 
6.2.1 Choque estático ...................................................................................................... 120 
6.2.2 Choque dinâmico ................................................................................................... 120 
6.2.3 Descargas atmosféricas ou eletricidade cósmica .................................................. 121 
6.3 Arco eléLrico ...................................................................................................................... 121 
6.4 Ação da eletricidade sobre o corpo humano .................................................................. 122 
6.4.1 Fato1·es intrínsecos .................................................................................................. 122 
6.4.2 Fatores extrínsecos ................................................................................................. 122 
6.5 Efeitos do choque elétrico no corpo humano ................................................................. 122 
6.6 Resistência da pele humana ao choque elétrico ............................................................. 123 
6.7 Percursos do choque elétrico no corpo humano ............................................................ 124 
6.8 Fatores de gravidade do choque elétrico ........................................................................ 124 
6.8.1 Atendimento a vítimas de choque elétrico pela equipe de supone básico ........ 125 
6.9 Complicações das vítimas pós-choque elétrico ............................................................... 125 
Exercícios ................................................................................................................................. 126 
Capítulo 7 - Resgate em Espaço Confinado ............................................................... 127 
7.1 O que é espaço confinado ............................................................................................... 127 
7.2 Condições ambientais nos espaços confinados ............................................................... 128 
7.3 Resgate em espaço confinado .......................................................................................... 129 
7.3.l Equipamentos para resgate externo em espaço confinado ................................. 130 
7.3.2 Equipamentos para autorresgate em espaço confinado ...................................... 131 
Exercícios ................................................................................................................................. 132 
Capítulo 8 - Resgate de Vítimas em Altura - Trabalho Vertical ................................. 133 
8.1 Doença ou condições que contraindicam o trabalho em altura .................................... 133 
8.2 Tipos de resgate vertical ................................................................................................... 134 
8.3 Síndrome de suspensão inerte .......................................................................................... 134 
8.4 Técnicas utilizadas em resgate vertical ............................................................................ 135 
8.4.1 Descida de maca com acompanhante .................................................................. 135 
8.4.2 Tirolesa para resgate .............................................................................................. 135 
8.4.3 Sistema de resgate com contrapeso ...................................................................... 135 
Exercícios ................................................................................................................................. 136 
11 
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Capítulo 9 -Triagem em Acidentes com Múltiplas Vítimas ...................................... 137 
9 .1 Método ST ART na avaliação de múltiplas vítimas ........................................................... 138 
9 .1.1 Cartão vermelho ..................................................................................................... 138 
9.1.2 Cartão amarelo ....................................................................................................... 139 
9.1.3 Cartão verde ............................................................................................................ 139 
9.1.4 Cartão preto ............................................................................................................ 139 
9.2 Passos para avaliação da vítima e determinação do código de cores ........................... 139 
Exerácios ................................................................................................................................. 140 
Capítulo 10 - Sim11Jados com Vítimas ......................................................................... 141 
10.1 Como preparar as vítirnas para simulado ...................................................................... 142 
10.2 Como elaborar história para simulado com vítimas ...................................................... 143 
10.3 Plano de Auxílio Mútuo (P AM) ........ .. ....... .................... ................................................. 144 
Exercícios ....................................... ................ ............. ............................................................. 144 
Capítulo 11 - Assistência a Vítimas de Acidente com Animais Peçonhentos .......... 145 
11.1 Acidente ofídico ......... ................ .... .................... .. ........................................................... 145 
11.l.l Mecanismo de ação dos venenos ofídicos ............ ... ......... ................................. 146 
11.1.2 Sinais e sintomas após picada de cobra peçonhenta ......................................... 146 
11.1.3 Assistência a vítimas de acidente ofídico pela equipe de suporte básico ........ 146 
11.2 Acidente com aranhas - Araneísmo ................................................................................ 147 
11.2. l Aranha-armadeira ........................................ ......................................................... 148 
11.2.2 Aranha marrom ..................................................................................................... 148 
11.2.3 Aranha viúva-negra .............................................................................................. 148 
11.3 Acidente com escorpião - Escorpionismo ...................................................................... 149 
11. 4 Tratamento
das vítimas com soro ................................................................................... 149 
Exerácios ................................................................................................................................. 150 
1Jil>li~'1fiêl ................................................................................................................... J.:;1. 
(;lo!i~~<> ....................................................................................................................... 1:;~ 
~ ltl<lic:C! ~C!Clli:~~i'\T() •••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 1.~~ 
12 Atendimento Pré-Hospitalar - Treinamento da Brigada de Emergência do Suporle Básico ao Avançado 
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Apresentação 
Em março de 2009, um incêndio numa fábrica de Goiás só não terminou em tragédia 
graças a uma brigada de emergência atuante, a qual retirou com segurança cerca de três mil 
trabalhadores em atividade no momento do incêndio. 
O incêndio foi controlado pelas equipes dos bombeiros e de brigada da empresa, as quais 
conseguiram conter o fogo após cinco horas. OORNAL CIDADE, 2009) 
Esse evento demonstra a importância de a empresa manter equipes treinadas para con-
trole de incêndio ou outros sinistros e atendimento a vítimas. As equipes necessitam ser 
selecionadas, treinadas e realizar vários simulados para que saibam agir e1n um evento real, 
evitando danos ao patrimônio da empresa, ao meio ambiente e, principalmente, à vida dos 
profissionais. 
Atuo em treinamentos de brigadas de emergência há dez anos, preparando trabalhadores 
brigadistas para atendimento e resgate de vítimas. Em simulados realizados pude observar 
o quanto a empresa ganha com trabalhadores treinados e preparados caso ocorra algum 
sinistro. Certamente essas equipes estão aptas a preseivar a segurança e salvar vidas. 
Este livro é um apoio ao treinamento e à preparação da brigada de emergência para o 
atendimento pré-hospitalar como equipe de suporte básico e avançado de vida, assim como é 
útil a equipes de acendimento pré-hospitalar acionadas para atender chamados em empresas, 
para que juntas atuem com segurança e conhecimento em emergências clínicas que possam 
ocorrer com trabalhadores durante a jornada laboral. Assim, é possível proporcionar às víti-
mas um atendimento seguro e que não cause mais danos ou sequelas irreversíveis devido ao 
atendimento despreparado. 
São descritos também alguns tratamentos hospitalares para conscientizar as equipes de 
emergência quanto aos procedimentos posteriores ao encaminhamento das vítimas à área 
hospitalar. 
A Autora 
13 
Editora trica -Atendimento Pré-Hospitalar: Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado- Márcia Vílma G. de Moraes - i• Edição 
14 Atendimento Pré-Hospitalar - Treinamoito da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado 
Editora ~rica - Atendimento Pré-Hospitalar. Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado - Márcia Vllma G. de Moraes - 1• Edição 
Sobre a autora 
Márcia Vilma Gonçalves de Moraes é especialista em enfermagem do trabalho. Exerceu 
o cargo de enfermeira do trabalho em usina de açúcar e álcool de Sertãozinho por 12 anos. É 
autora dos livros Enfermagem do Trabalho: Programas, Procedimentos e Técnicas, publicado 
em 2007, Sistematização da Assistência de Enfermagem em Saúde do Trabalhador, publicado 
em 2008, e Doenças Ocupacionais -Agentes: Físico, Químico, Biológico, Ergonôrnico, publica-
do ern 2010, todos pela Editora Iátria. 
Atualmente é docente em cursos de Técnico de Segurança do Trabalho, em cursos de 
pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho e pós-graduação em Enfermagem 
do Trabalho. 
15 
Editora ~rica - Atendimento Pré-Hospitalar. Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado - Márcia Vllma G. de Moraes - 1• Edição 
Lista de termos médicos 
Amhllopia: 
Anoxia: 
Apneia: 
Asfixia: 
Bradicardia: 
Cefaleia: 
Cervicalgia: 
Cianose: 
Diplopia: 
Dispneia: 
Edema: 
Emergência: 
Equimose: 
Hematoma: 
Hepatopatia: 
Hiperglicemia: 
Hipertensão: 
visão de apenas um olho. 
diminuição acentuada da concentração de oxigênio a nível celular. 
ausência da respiração. 
condição patológica causada pela falta de oxigênio, rnanifestada na ces-
sação real ou impedimento da vida. 
frequência cardíaca baixa, normalmente abaixo de 60 batimentos por 
minuto. 
dor de cabeça. 
dor na região cervical. 
descoloração azulada ou púrpura da pele e membranas mucosas devido 
a um aumento na quantidade de hemoglobina desoxigenada no sangue 
ou um defeito estrutural na molécula de hemoglobina. 
visão dupla. 
dificuldade de respirar. 
quantidade excessiva de líquido aquoso acumulado nos espaços interce-
lulares, mais comumente presente em tecido subcutâneo. 
situação clínica em que existe a necessidade imediata de assistência mé-
dica em virtude de existência de risco de morte. 
extravasamento de sangue para a pele, resultando em uma mancha azul 
ou púrpura, redonda não elevada ou irregular, maior que uma petéquia. 
coleção sanguínea devido ao rompimento de vasos sanguíneos, forman-
do uma tumefação bem definida. 
doença do fígado. 
aumento anormal do nível de glicemia, além do intervalo normal (apro-
ximadamente 70 a 150 mg/100 mi de plasma). 
pressão arterial alta. Os níveis limiares normalmente aceitáveis são 
140 mmHg de pressão sistólica e 90 mmHg de pressão diastólica. 
Hiperventilação: ritmo de ventilação pulmonar mais rápido do que é metabolicamente 
necessário para a troca de gases. 
Hipogllcemia: 
Hipotensão: 
Hipotennia: 
16 
nível anormalmente baixo da glicemia. I-Iipoglicemia clínica cem diversas 
etiologias. Hipoglicemia grave eventualmente leva à privação do sistema 
nervoso central resultando em fome, sudorese, parestesia, deficiência da 
função mental, ataques, coma e até morte. 
pressão arterial baixa. 
queda da temperatura corporal. 
Atendimento Pré-Hospitalar - Treinamento da Brigada de Emergência do Suporle Básico ao Avançado 
Editora ~rica - Atendimento Pré·Hospltalar. Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado - Márcia Vllrna G. de Moraes - 1• Edição 
mpoventilação: 
Hipovolemla: 
Hipoxia: 
leucopenia: 
Necrose: 
Otorragia: 
Palidez: 
Paraplegia: 
Parestesia: 
Polidipsia: 
Poliúria: 
Priapismo: 
Ptose palpebral: 
Pupila anisocórica: 
Pupila isocórica: 
redução na quantidade de ar entrando nos alvéolos pulmonares. 
diminuição do volume sanguíneo. 
baixos níveis de oxigênio nas células. 
diminuição do número de glóbulos brancos no sangue. 
processo de degeneração que leva à destruição de uma célula ou de um 
determinado tecido, geralmente pela falta de nutrientes carregados pelo 
sangue. 
hemorragia pelo conduto auditivo externo. 
estado de pálido; falta de coloração da pele. 
perda severa ou completa da função motora nas extremidades inferiores 
e porções superiores do tronco. 
sensações cutâneas subjetivas (exemplo: frio, calor, formigamento, 
pressão etc.) que são vivenciadas espontaneamente na ausência de 
estimulação. 
sede constante, exagerada, levando à ingestão sucessiva de líquidos. 
eliminação de uma grande quantidade de urina com um aumento na 
frequência urinária. 
ereção peniana prolongada, não associada com estimulação sexual. 
queda da pálpebra. 
pupilas com tamanhos diferentes. 
pupilas do mesmo tamanho. 
Pupila midriática: dilatação da pupila que indica morte cerebral. 
Pupila reagente: 
Rinorragia: 
Septsemia: 
Sequelas: 
Sialorreia: 
Sibilo: 
Sinais: 
Sintomas: 
Socorro avançado: 
Socorro básico: 
Sudorese: 
pupila que reage ao estímulo da luz.
hemorragia nasal. 
infecção produzida por um germe capaz de provocar uma resposta infla-
matória em todo o organismo. 
lesão orgânica ou distúrbio funcional que persiste após o fim de uma 
doença ou traumatismo. 
produção excessiva de saliva; hipersialose. 
ruído respiratório que é observado em casos de estenose de bronquío-
los e brônquios, agudo, como um chiado, audível principalmente na 
expiração, em casos de asma brônquica, bronquites e bronquiolites. 
evidência objetiva de doença. 
evidência subjetiva de doença. 
são os procedimentos invasivos. 
são os procedimentos não invasivos. 
suor abundante com perda de água e eletrólitos. 
17 
Editora ~rica - Atendimento Pré-Hospitalar. Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado - Márcia Vllrna G. de Moraes - 1• Edição 
Taquicardia: aumento da frequência cardíaca, nonnalmente acima de 100 batimentos 
por minuto. 
Taquipneia: aceleração do ritmo respiratório. 
Tetraplegia: paralisia dos quatros membros. 
Urgência: situação clínica em que há necessidade de assistência médica em curro 
prazo, porém sem implicar em risco de morre imediato para o paciente. 
Vasoconstrição: diminuição do calibre de um vaso sanguíneo. 
Vasodilatação: aumento do calibre de um vaso sanguíneo. 
Visceras: sinônimo de órgãos. 
18 
Fonte: Dicionário Digital de Termos Médicos 2007. Disponível em: 
http://www.pdamed.com.br/diciomed/pdamed_0001_15590.php 
Atendimento Pré-Hospitalar - Treinamento da Brigada de Emergência do Suporle Básico ao Avançado 
Editora ~rica - Atendimento Pré-Hospitalar. Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado - Márcia Vllrna G. de Moraes - 1• Edição 
Introdução 
Segundo dados do anuário estatístico dos acidentes de 
trabalho de 2008 no Brasil, o nú1nero de acid.entes de trabalho 
liquidados atingiu 764,9 mil acidentes, o que correspondeu a 
um acréscimo de 12,2% em relação a 2007. São considerados 
acidentes de trabalho os acidentes típicos de trajeto e doenças 
ocupacionais, e 8QO;ó dos acidentes de trabalho são acidentes tí-
picos que geralmente ocorrem dentro de uma empresa, podendo 
ser leves ou graves. 
Os trabalhos de grande risco devem ser controlados confonne 
exigência de normas regulamentadoras ou outras legislações. Nesses 
trabalhos, se não controlados com rigor, podem ocorrer acidentes gra-
ves com risco de morte do trabalhador como trabalho em altura, espaço 
confinado, eletricidade. As vítimas desses acidentes são geralmente gra-
ves e devem ter equipes preparadas na empresa para resgatar e atendê-las 
imediatamente. 
Grande parte das indústrias lida com produtos inflamáveis, explosivos, 
tóxicos e perigosos, que devem ser controlados rigorosamente, mas quando 
ocorre algum incidente com esses produtos, é acionada uma brigada geral 
contando com trabalhadores treinados para controle ilnediato do sinistro 
até que um suporte externo chegue ao local, como o corpo de bo1nbeiros. 
A destruição por um sinistro pode ser de pequena ou grande monta, o que 
depende de equipes preparadas para atender a esses sinistros imediata1nente, 
minimizando danos ao patrimônio da empresa, resguardando o atendimento 
imediato aos trabalhadores vítimas do sinistro e também minimizando algum 
tipo de dano ambiental e à comunidade na qual a empresa está situada. 
Mesmo nas empresas situadas em áreas urbanas, o acionamento para 
atendilnento de emergências pelo corpo de bombeiros pode levar em méclia 
dez minutos. Nesse tempo muita coisa pode ocorrer e se a empresa possuir 
uma brigada preparada e treinada para o atendimento, muitas vidas podem 
ser salvas e muitos incêndios controlados antes que tomem proporções de 
difícil controle. 
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1.1 Atendimento pré-hospitalar (APH) 
O sistema de emergência pré-hospitalar no Brasil surgiu em 1986 com a criação do Grupo 
de Socorros de Emergência do Corpo de Bombeiros do Rio de janeiro. O Ministério da Saúde 
através da Portaria nº 814 GM de 01 de junho de 2001 considerou como atendimento pré-
-hospitalar os procedimentos prestados à vítima nos primeiros minutos após ter ocorrido o 
agravo a sua saúde de natureza traumática ou não traumática ou ainda psiquiátrica, que possa 
levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte. (BRASIL, 2001) 
Portanto, APH são procedimentos de emergência para atender, ainda no local do acidente, 
as vítunas de trauma, ou emergências clínicas, garantindo a segurança do local, avaliando o 
estado da vítima, estabilizando os sinais vitais, imobilizando e transportando para a unidade 
hospitalar mais adequada. 
O APH é realizado por meio de duas modalidades: 
a Suporte básico de vida (SBV): que se caracteriza por não realizar manobras invasivas, 
realizado por socorristas treinados. O SBV dentro da empresa pode ser prestado por 
trabalhadores treinados para essa finalidade como os brigadistas de emergência, ou 
outros trabalhadores treinados para prestar atendimento em pri1neiros socorros como 
os previstos na NR7. 
a Suporte avançado de vida (SA V): que possibilita procedimentos invasivos de suporte 
ventilatório e circulatório, realizados por equipes de médicos e enfermagem. Muitas 
empresas, principalmente as de grande porte ou grau de risco 3 e 4 (conforme NR4) ou 
aquelas que se localizam longe de perunetros urbanos, mantêm ambulatórios médicos 
com equipe de médicos e enfermagem em sistema de plantão algumas até de 24 horas. 
Essa equipe bem treinada pode, sem dúvida, atender as emergências ocorridas com 
trabalhadores, como emergências clínicas, acidente de trabalho ou sinistros com víti-
mas. Para isso, esses profissionais devem estar atentos aos treinamentos e reciclagem 
sobre protocolos para atendimento em suporte avançado de vida. 
Existem alguns modelos de APH, como o francês, cuja figura central é o médico, sendo a 
filosofia de atendimento o deslocamento do médico até a vítima, realizando grande parte do 
atendimento no próprio local, e o modelo americano cuja figura central é o paramédico, em 
que a filosofia de atendimento a vítima em menor tempo possível é que a primeira interven-
ção seja feita pelo paramédico, enquanto o médico aguarda o paciente no hospital. 
1.2 O que é brigada 
O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Norma Regulamentadora NR23 -
Proteção contra incêndios, determina a criação de uma brigada de incêndio. Essa brigada 
é basicamente um grupo organizado de trabalhadores especialmente capacitados para atuar 
numa área previamente estabelecida, na prevenção, abandono e combate a 11m prin-
cípio de incêndio, e aptos a prestar os primeiros socorros a possíveis vítimas. 
A Associação Brasileira de ormas Técnicas, pela ABNT NBR 14.276:2006, estabelece 
os requisitos mínimos para composição, formação, implantação e reciclagem das brigadas, 
preparando para atuar na prevenção e controle do principio de incêndio, abandono de área 
20 Atendimento Pré-Hospitalar - Treinamento da Brigada de Emergência do Suporle Básico ao Avançado 
Editora ~rica - Atendimento Pré-Hospitalar. Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado - Márcia Vllma G. de Moraes - 1• Edição 
e primeiros socorros, visando em caso de sinistro proteger a vida e o patrimônio, reduzir as 
consequências sociais do sinistro e os danos ao meio ambiente. 
No estado de São Paulo, o Decreto Estadual 46.076, de 31 de agosto de 2001, regulamento 
de segurança contra incêndios das edificações e áreas de risco, descreve como brigadista 
aquele que, pertencente à população fixa do local objeto da proteção, recebe treinamento e 
está capacitado a exercer, sem exclusividade, as atividades básicas de prevenção e com.bate 
a incêndios, assim como no atendimento a emergências setoriais. (SECRETARIA DO ESTADO 
DE SÃO PAULO) 
Os
brigadistas após treinamento e avaliação estão aptos a prestar primeiros socorros às 
possíveis vítimas, mantendo ou restabelecendo suas funções vitais com o Suporte Básico de 
Vida até que se obtenha o socorro especializado. 
1.3 Seleção dos candidatos para brigada 
Conforme a Instrução Técnica n° 17/2004, os trabalhadores candidatos a brigadista devem 
atender alguns critérios básicos para seleção, entre eles: 
a Permanecer na edificação: não deve ser selecionado para brigadista trabalhador que 
executa suas funções externamente, pois numa ocorrência de sinistro ele estará fora da 
empresa, dificultando o atendimento imediato ao sinistro. 
a Experiência anterior como brigadista: trabalhadores que já foram brigadiscas em 
outras empresas devem ter preferência na seleção a brigadista. 
a Ter bom condicionamento tisico e boa saúde: cada empresa deve possuir por 
escrito critérios para seleção quanto ao condicionamento físico e exames médicos dos 
candidatos a brigadistas. 
a Conhecimento das instalações: o candidato a brigadista deve ter um bom conheci-
mento de todas as instalações da empresa, pois isso facilita no deslocamento da equipe 
para atendimento ao sinistro. 
a Ter responsabilidade legal: o candidato a brigadista deve ser responsável por seus 
atos. Deve ser cobrada sua presença nos treinamentos e simulados realizados e sua 
avaliação deve ser constante através de provas escritas e práticas. 
a Ser alfabetizado: o candidato a brigadista deve pelo menos possuir o 1° grau comple-
to do ensino fundamental, pois ele deve passar por provas escritas. 
1.4 Exames a serem realizados para seleção de 
candidatos a brigadista 
As legislações vigentes não determinam os exames específicos para avaliação inicial e pe-
riódica dos brigadistas, ficando a critério dos médicos de cada empresa. Em algumas empresas 
os brigadistas de emergência passam por exames específicos, podendo ser anual ou bianual. 
(ALVES, 2009) 
Introdução 21 
Editora ~rica - Atendimento Pré-Hospitalar. Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado - Márcia Vllrna G. de Moraes - 1• Edição 
Dentre os exames temos: 
a Avaliação pulmonar: teste de função pulmonar, como espirometria e raios X de 
tórax. 
a Avaliação cardiológica: teste ergométrico, eletrocardiograma (ECG). 
a Avaliação ortopédica: exame ortopédico como teste para avaliar flexão e extensão 
do punho, cotovelo, joelho, mobilidade da mão, teste para avaliar movimentação, 
flexão e extensão da coluna, rotação do pescoço, prova de contrarresistência para 
avaliar força do músculo deltoide e trapézio. (MORAES, 2008) 
a Avaliação psicológica: testes específicos para avaliação do estado emocional. 
a Avaliação do condicionamento tisico: teste de resistência. 
a Avaliação clinica: peso, altura, INlC (índice de massa corporal), teste rápido de equi-
líbrio, co1no teste estático - Romberg, teste de marcha - Babinski-Weill, teste rápido de 
coordenação como prova de índex-nariz e prova índex-joelho. (MORAES, 2008) 
a Exames laboratoriais: metabólicos: exame de glicemia, hematológico: exame de 
hemograma, lipídico: colesterol total e triglicérides, entre outros de acordo com o risco 
avaliado dentro da planta da empresa. 
Os exames médicos para selecionar e determinar o bom estado de saúde do brigadista 
tomam-se parte importante durante a seleção e a avaliação periódica dos brigadistas. 
Após afastamento por doença ou acidente de trabalho o brigadista deve passar por ava-
liação médica para determinar se está apto para retomo às atividades de brigadista. Caso 
esteja inapto para a função de brigadista, ele se desliga da brigada temporariamente ou 
definitivamente exercendo suas funções laborais de contrato. 
O Nlinistério do Trabalho e Emprego, pela norma regulamentadora NR33 - Segurança e 
Saúde nos Trabalhos em Espaço Confmado, determina que o socorrista que prestar salvamen-
to em espaço confinado deve possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a 
desempenhar, portanto exames psicológicos e condicionamento físico tomam-se necessários. 
1.5 Como treinar os brigadistas para resgate 
Os brigadistas devem receber treinamentos e reciclagem anual. Os que integram a equipe 
de emergência devem receber treinamentos de profissionais especializados da área de APH. 
Os treinamentos devem ser mesclados entre internos com a equipe do próprio SESMET da 
empresa, enfermeiros do trabalho, médico do trabalho, técnico de enfennagem do trabalho e 
também passar por treinamentos externos com instituições públicas ou privadas que mantêm 
cursos de formação de brigadista. 
22 Atendimento Pré-HospiJalar - Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado 
Editora ~rica - Atendimento Pré-Hospitalar. Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado - Márcia Vllrna G. de Moraes - 1• Edição 
1.6 Materiais para maleta da equipe de 
suporte básico - Socorrista 
É bom lembrar que as maletas de primeiros socorros da empresa para uso da equipe de 
emergência da brigada, quando acionada para prestar atendimento em suporte básico de 
vida, não devem portar medicamentos ou outros equipamentos de uso invasivo e exclusivo 
do suporte avançado. 
Alguns inateriais devem ser básicos na composição da maleta. A quantidade desses mate-
riais deve ser avaliada pela equipe de emergência. Muitos materiais possuem prazo de vali-
dade, principalmente os estéreis, por isso deve ser indicado u1n responsável para reposição e 
verificação das validades dos materiais. 
A lista dos materiais que devem compor a maleta de emergência para atendimento do 
suporte básico de vida é apresentada em seguida: 
a Faixas crepes vários tamanhos 
a Esparadrapo 
a Gazes esterilizadas e compressas esterilizadas 
a Manta alu1ninizada 
• Plástico protetor estéril para uso em eviscerações e queimaduras 
a Soro fisiológico 0,9% 
a Colar cervical P, M, G 
a Imobilizador de cabeça 
a Talas moldáveis de diversos tamanhos 
a Tesoura ponta romba 
a Lanterna pequena 
a Kit de tirantes para imobilização 
a Pranchas 
a Equipa1nentos de Proteção Individual: luvas de procedimento, óculos, máscara, avental 
descartável em número suficiente para equipe de atendimento 
1.7 Materiais para maleta da equipe de suporte 
avançado - Equipes médica e de enfermagem 
Além dos materiais citados na maleta do suporte básico, a maleta do suporte avançado 
deve conter materiais para procedimentos invasivos, pois o médico está presente. Portanto, 
deve conter: 
a Nlateriais para punção venosa (intracath, scalp) 
a Soro fisiológico, soro glicosado e ringer com lacto 
Introdução 23 
Editora ~rica - Atendimento Pré-Hospitalar. Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado - Márcia Vllma G. de Moraes - 1• Edição 
a Medicações de emergência como adrenalina, lidocaína, atropina, ampolas de água 
destilada 
a Materiais para entubação (cânula endotraqueal de vários tamanhos, laringoscópio com 
conjunto de cânulas, fio guia, adaptador para cânula, cadarço para fixação da cânula) 
a Unidade bolsa valva máscara - Ambu 
a Material para cricotiroidostomia 
a Cilindro de oxigênio e vácuo para aspiração 
a Sondas de aspiração traqueal 
a Conjunto de cânula Guedel 
a Máscara com reservatório 
a Oximetro de pulso 
a Glicosímetro 
a Seringas e agulhas 
a Conjunto para drenagem torácica 
a Material para punção intraóssea 
a Garrotes 
a Equipo macro e microgotas 
a Lâmina de bisturi 
a Esfigmomanômetro e estetoscópio 
Esses materiais devem ficar sob a responsabilidade da enfermagem tanto a guarda como 
a reposição e verificação da validade dos materiais e medica1nentos. Alguns materiais devem 
ser verificados semanalmente para não haver falhas quando forem utilizados na emergência, 
como as pilhas do laringoscópio, curf das cânulas endotraqueais. 
1.8 Uso dos equipamentos de proteção individual
(EPI) 
para atendimento a vítimas 
Em todo atendimento realizado pela equipe de brigadista da empresa, assi1n como qual-
quer outro socorrista, os equipamentos de proteção individual não podem faltar, pois somen-
te com o uso dos EPis é possível evitar contato direto com sangue, saliva, fluidos corporais. 
Deve-se utilizar como EPls luvas descartáveis, óculos de segurança, 1náscaras descartáveis e 
avental longo descartável. 
O uso dos EPTs reduz o risco de transmissão de doenças através do contato com sangue 
da vítimas como a hepatite B, hepatite C e vírus do HIV (vírus transmissor da Aids). Os 
brigadistas devem receber vacinação contra hepatite B que consta de três doses (O, 30 e 180 
dias) e contra tétano com três doses e reforço a cada dez anos, mantendo o calendário de 
vacinação em dia. 
24 Atendimento Pré-HospiJalar - Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado 
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A Figura 1.1 ilustra os EPis necessários ao brigadista de emergência. 
Figura 1. 7: Brigadista de emergência com os EP/s necessários para sua proteção. 
1.9 Cuidados com EPls - Colocação, retirada e guarda 
Os brigadistas devem ser treinados quanto à colocação correta dos EPis como luvas de 
procedimento, óculos, máscara descartável e avental descartável. 
Após o atendimento das vítimas o brigadista deve prevenir qualquer contaminação com 
a retirada dos EPis utilizados que agora estão contaminados com sangue ou outros fluidos 
da vítima. É preciso observar urna sequência para retirada desses EPis, iniciando com a 
retirada das luvas, depois os óculos, a máscara e por último o avental. Esses EPis devem ser 
descartados em sacos brancos com identificação "resíduos contaminados", exceto os óculos 
que devem passar por processo de desinfecção e guardados para próximo uso. 
A Figura 1.2 descreve a sequência correta para retirada das luvas após uso. 
Figura 1.2: Sequência para retirada das lwas de procedimento após o uso. 
Introdução 25 
Editora ~rica - Atendimento Pré-Hospitalar. Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado • Márcia Vllrna G. de Moraes - 1• Edição 
1.1 O Zona de trabalho para atendimento a vítimas 
As áreas envolvidas numa operação de situação crítica são classificadas de três fonnas, 
sendo zona quente, zona morna e zona fria. Esta classificação detennina quem entra nessa 
área, quais os equipamentos de proteção individual necessários e quais atividades serão 
permitidas. (BRASIL, Secretaria do Estado de São Paulo, 2010) 
A Figura 1.3 representa as zonas de trabalho. 
Zona Fria 
Zona 
Zona 
Quente 
Morna Ponto 
de 
acesso 
Área de 
concentração 
de vitimas 
Figura 1.3: Representação das zonas de trabalho. 
a Zona quente: é detenninada pelo local que sofreu mais ação do sinistro. Nessa área 
está envolvida a maior parte das operações de risco e complexidade. 
u Zona morna: intennediária entre a área quente e a fria. Nessa área os brigadistas 
se equipam, repassam as orientações e as últimas verificações de segurança antes de 
adentrarem a zona quente. Em sinistro de vazamento de produto químico, essa ãrea é 
o local do corredor de descontaminação. 
a Zona fria: é a área que abriga os recursos de apoio às atividades das demais áreas, 
co1no posto de co1nando ou Siste1na de Comando Operacional (SCO), área de reunião, 
área de concentração de vítimas, base de apoio, que darão suporte às atividades. As 
exigências de segurança são menores nessa área, pois representa risco menor em 
relação às demais áreas. 
Dentro da zona de trabalho, a zona fria é a ãrea em que será realizado o atendimento a 
vítimas na Área de Concentração de Vítimas (ACV) onde estarão concentradas as vítimas no 
aguardo do momento para o transporte hospitalar. A equipe de resgate inicia a condução 
das vítimas para essa área de maneira ordenada de acordo com a gravidade. As vítimas serão 
constantemente monitoradas e reclassificadas pela equipe de suporte avançado. 
26 Atendimento Pré-HospiLalar - Treinamento da Brigada de Emergência do Suporte Básico ao Avançado 
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1.11 Classificação das ambulâncias 
A Portaria n° 2048/GM, de 05 de novembro de 2002, define os veículos de atendimento 
pré-hospitalar móvel, as ambulâncias, como veículos (terrestre, aéreo ou aquaviário) que se 
destinam exclusivamente ao transporte de enfermos. (BRASIL, 2002). 
As ambulâncias são classificadas em: 
a Tipo A - A.mb11lãncia de Transporte: veículo destinado ao transporte em decúbito 
horizontal de pacientes que não apresentam risco de 1norte para remoções simples e 
de caráter eletivo. 
a Tipo B - Ambulância de Suporte Básico: veículo destinado ao transporte inter-
-hospitalar de pacientes co1n risco de vida conl1ecido e ao atendimento pré-hospitalar 
de pacientes com risco de morte desconhecido, não classificado com potencial de neces-
sitar de intervenção médica no local e/ou durante transporte até o serviço de destino. 
a Tipo C - Ambulância de Resgate: veículo de atendimento de urgências pré-hospita-
lares de pacientes vítimas de acidentes ou pacientes em locais de difícil acesso, com 
equipamentos de salvamento (terrestre, aquático e em alturas). 
a Tipo D - Ambulância de Suporte Avançado: veículo destinado ao atendimento e 
transporte de pacientes de alto risco em emergências pré-hospitalares e/ou de trans-
porte inter-hospitalar que necessitam de cuidados médicos intensivos. Deve contar 
com os equipamentos médicos necessários para essa função. 
a Tipo E - Aeronave de Transporte Médico: aeronave de asa fixa ou rotativa utilizada 
para transporte inter-hospitalar de pacientes e aeronave de asa rotativa para ações 
de resgate, dotada de equipamentos médicos homologados pelo Departamento de 
Aviação Civil (DAC). 
a Tipo F - Embarcação de Transporte Médico: veículo motorizado aquaviário, desti-
nado ao transporte por via marítima ou fluvial. Deve possuir os equipamentos médicos 
necessários ao atendimento de pacientes conforme sua gravidade. 
As empresas, ao adquirirem ambulâncias, devem seguir as di1nensões e outras 
especificações às nonnas da ABNT - NBR 14561/ 2000, de julho de 2000. Geralmente as 
empresas adquirem ambulâncias do tipo A ou B, as quais devem dispor no mínimo de: 
a Tipo A: sinalizador óptico e acústico; equipamento de radiocomunicação em contato 
per1nanente co1n a central reguladora; maca co1n rodas; suporte para soro e oxigênio 
medicinal. 
a Tipo B: sinalizador óptico e acústico; equipamento de radiocomunicação fixo e móvel; 
maca articulada e com rodas; suporte para soro; instalação de rede de oxigênio com 
cilindro, válvula, manômetro em local de fácil visualização e régua com dupla saída; 
oxigênio com régua tripla (a: alimentação do respirador, b: fluxômetro e umidificador 
de oxigênio e c: aspirador tipo Venturi); manômetro e fluxômetro com máscara e 
chicote para oxigenação; cilindro de oxigênio portátil com válvula; maleta de urgência 
contendo estetoscópio adulto e infantil, ressuscitador manual adulto/infantil, cânulas 
orofaríngeas de tamanhos variados, luvas descartáveis, tesoura reta com ponta rom-
ba, esparadrapo, esfigmomanômetro adulto/ infantil, ataduras de 15 cm, compressas 
Introdução 27 
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cir(1rgicas estéreis, pacotes de gaze estéril, protetores para queimados ou eviscerados, 
cateteres para oxigenação e aspiração de vários tamanhos; maleta de parto contendo 
luvas cirúrgicas, clamps umbilicais, estilete estéril para corte do cordão,
saco plástico 
para placenta, cobertor, compressas cirúrgicas e gazes estéreis, braceletes de identifica-
ção; suporte para soro; prancha curta e longa para imobilização de coluna; talas para 
imobilização de membros e conjunto de colares cervicais; colete imobilizador dorsal; 
frascos de soro fisiológico e ringer lactaco; bandagens triangulares; cobertores; coletes 
refletivas para a tripulação; lanterna de mão; óculos, máscaras e aventais de proteção 
e maletas com medicações a serem deftnidas em protocolos, pelos serviços. 
A tripulação das ambulâncias deve ser treinada e composta por: 
a Tipo A: dois profissionais, sendo um o motorista e o outro um técnico ou auxiliar de 
enfennagem. 
a Tipo B: dois profissionais, sendo um motorista e um técnico ou auxiliar de enfermagem. 
ão existe1n legislações que determinem a obrigatoriedade de empresas possuírem am-
bulância própria, poré1n, dependendo do número de trabalhadores, localização da empresa e 
grau de risco (NR4), torna-se essencial a existência de uma ambulância própria para agilizar o 
atendimento dos trabalhadores e encaminhamento precoce para a área hospitalar. 
Algumas empresas mantêm contrato com serviço de atendimento pré-hospitalar básico 
e avançado com ambulâncias privadas, não dependendo somente de ambulâncias públicas 
como SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ou corpo de bombeiros, porém em 
algumas situações somente a equipe do corpo de bombeiros estará preparada para o resgate, 
principalmente quanto a resgate em espaço confmado, altura e produtos perigosos. 
1.12 Acidente de trabalho com evidência de óbito 
A 1norte e a cessação dos fenômenos vitais, por parada das funções cerebral, respiratória 
e circulatória, com surgimento dos fenômenos abióticos, lentos e progressivos, causam lesões 
irreversíveis nos órgãos e tecidos. 
28 
Para a medicina legal a modalidade da morte é dividida em: 
a Morte aparente: estados patológicos do organismo simulam a morte, podendo durar 
horas, sendo possível a recuperação pelo emprego imediato e adequado de socorro 
médico. São casos de vítimas inconscientes. 
a Morte relativa: estado em que ocorre parada efetiva e duradora das funções cir-
culatórias, respiratórias e nervosas, associada à cianose e palidez marmórea, porém 
acontecendo a reanimação com manobras terapêuticas. São casos de vítimas de parada 
cardiorrespiratória. 
a Morte absoluta ou morte real: estado que se caracteriza pelo desaparecimento de-
finitivo de toda atividade biológica do organismo, podendo-se dizer que parece uma 
decomposição. 
Atendimento Pré-HospiLalar - Treinamento da Brigada de Emergência do Suporle Básico ao Avançado 
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1:1 Morte violenta: aquela que resulta de ação exógena e lesiva, mesmo tardiamente no 
organismo; ocorre em razão de práticas criminosas ou acidentais e na infortunística 
(acidentes de trabalho), podendo ser morte acidental, morte criminosa, morte voluntá-
ria ou suicídio. São casos de vítimas decapitadas, esmagadas, esfaqueadas, enforcadas, 
baleadas. 
Nos países em que existe o APH são reconhecidos três tipos de morte: 
a Morte clínica: são casos de vítimas em parada cardiorrespiratória, midríase paralítica 
após 30 segundos da parada cardíaca. Manobras adequadas de reanimação regridem 
a midríase, podendo ser reversível. Para profissionais não médicos, após o início de 
manobras de reanimação cardíaca no pré-hospitalar, recomenda-se que não haja in-
terrupção durante o transporte até o hospital, onde o médico to1nará a decisão de 
interromper ou não as manobras de reanimação. Portanto, somente o médico pode 
tomar essa decisão de parar as manobras de reani1nação. 
1:1 Morte biológica: equivale à morte encefálica com características de morte das células 
encefálicas, manobras adequadas de reanimação que não regridem a midríase. 
1:1 Morte óbvia: diversos estados que indiretamente definem uma situação de morte 
encefálica como evidente estado de decomposição, decapitação ou segmentada no 
tronco, esmagadura, carbonização, esmagamento de crânio. O rigor mortis inicia-se 
entre 1 a 6 horas pelos músculos da mastigação e avança da cabeça aos pés atingindo o 
máximo entre 6 a 24 horas. O livor mortis compreende a estase sanguínea; dependen-
do da posição do cadáver, manifesta-se entre 1 hora e 30 minutos a 2 horas, atingindo 
o seu máximo entre 8 e 12 horas. 
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNf), NBR 14280:2001, que se aplica a 
qualquer atividade laboral, fixa critérios para o registro, comunicação, estatística, investigação 
e análise dos acidentes de trabalho, devendo ser analisadas suas causas e consequências. 
O anuário estatístico da Previdência Social de 2008 registrou 2.757 óbitos entre os traba-
lhadores. Comparado com o ano de 2007 houve uma redução de 3,1%, porém os casos de 
incapacidade pennanente em 2008 registrados totalizam 12.071, que comparado com 2007 
mostra um aumento de 28,6%. (BRASIL, 2008) 
Entre os acidentes de trabalho ocorridos com óbito do trabalhador, em alguns casos o 
óbito ocorreu dentro da empresa por morte violenta. Nesses casos a empresa, de acordo com 
a Lei 8.213/91, art. 22, deve comunicar de imediato a autoridade competente, sob pena de 
multa. Consideram-se autoridades públicas reconhecidas para tal finalidade os magistrados 
em geral, os 1nembros do Ministério Público e dos Serviços Jurídicos da União e dos Estados, 
os comandantes de unidades militares do Exército, da Marinha, da Aeronáutica e das Forças 
Auxiliares (corpo de bombeiros e Polícia Militar), prefeitos, delegados de polícia, diretores de 
hospitais e de asilos oficiais e servidores da administração direta e indireta fedef',11, estadual, 
do Distrito Federal ou municipal, quando investidos de função. 
A brigada de emergência nos casos de morte evidente (vítima decapitada, esmagada) 
não deve mexer na vítima e sim aguardar a polícia para o preenchimento do Boletim de 
Ocorrência (BO) e da perícia técnica. 
Introdução 29 
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O Ministério do Trabalho e Emprego, por meio da Norma Regulamentadora 29 - Segurança 
e Saúde no Trabalho Portuário, determina que os acidentes fatais, assim como acidentes de 
grande monta, ocorridos a bordo das embarcações devem ser comunicados imediatamente 
à Capitania dos Portos, a suas delegacias e agências e ao órgão regional do Ministério do 
Trabalho e Emprego pelo responsável pela embarcação. 
Exercícios 
1. Defina suporte básico e suporte avançado de vida. 
2. Qual a fmalidade dos EPis no atendimento a vítimas? 
3. Como são classificadas as zonas de trabalho? Qual a finalidade dessa classificação? 
30 Atendimento Pré-HospiLalar - Treinamento da Brigada de Emergência do Suporle Básico ao Avançado 
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Avaliação do Cenário e 
Abordagem da Vítima 
2.1 O que é e como realizar a 
avaliação do cenário 
O socorrista é o primeiro elo da cadeia de sobrevivência, 
pois quando acontece um acidente de trabalho ou mal súbito 
dentro da empresa, é ele que chega primeiro para atender a vítima 
e chamar ajuda. Antes de abordar a vítima o socorrista deve avaliar 
o cenário do local onde a vítima se encontra. Em nenhtun momento 
a equipe de emergência deve se expor a risco e ser mais uma vítima. 
A avaliação do cenário é o estudo rápido dos diferentes fatores 
relacionados à ocorrência e indispensáveis para a tomada de decisão. 
Essa avaliação deve seguir três passos: 
1. Qual a situação? O que se vê; número de vítimas. 
2. Para onde vai?
Análise da potencialidade ou evolução da situação. 
Exemplo: combustível derramado pode explodir? Presença de fio 
energizado? Fogo que pode alastrar? Vazamento de produto químico? 
3. O que fazer para controlar? Os recursos a serem empregados, que 
tipo de ajuda deve solicitar. 
2.2 Acionamento da ajuda ao telefone 
Ao chamar ajuda, o socorrista deve informar a quem vai pedir socorro pelo 
telefone, a situação do acidente, ou seja, tipo de acidente se é um incêndio, 
vazamento de produto químico, soterramento. Também é importante informar 
o número de vítimas e a situação das vítimas para que a equipe de socorro 
especializada chegue em menor tempo possível e com os equipamentos ne-
cessários, como no caso de resgate em altura. 
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2.3 Passos para abordagem da vítima 
A capacidade de avaliar rapidamente a urgência e a aplicação imediata dos procedimentos 
de primeiros socorros são determinantes para a estabilizar a vítima. 
Mesmo que o seu papel seja limitado e temporário, o socorrista nunca deve deixar a 
vítima sozinha antes da chegada do socorro, pois ele deve se responsabilizar pela vítima 
até a chegada de equipe especializada, como bombeiros, médicos, enfermeiros. As ações da 
equipe de emergência são: 
a Priorizar a sua segurança pessoal. 
a Sinalizar o local do acidente. 
a Fornecer à vítima conforto e segurança. 
a Abordar a vítima com tranquilidade e calma. 
a Utilizar to1n de voz moderada, sobretudo inspirar confiança. 
2.4 Abordagem primária rápida 
É a avaliação primária rápida que deve ser completada no máximo em 30 segundos, tendo 
por objetivo avaliar as condições de risco de morte e o início precoce cio suporte básico de 
vida, assim como passar as informações sobre as vítimas para as ajudas externas a serem 
chamadas. Deve observar os seguintes passos: 
32 
a Responsividade: o socorrista, sempre ao abordar a vítima, deve aproximar-se e ajoe-
lhar próximo da cabeça dela. Se a vítima estiver quieta, o primeiro passo é verificar a 
responsividade, colocando a mão sobre os ombros da vítima e chamando por ela. Se 
ela responder, você escá diante de uma vítima consciente (existe respiração e as vias 
aéreas estão pérvias); se ela não responder, você escá diante de uma vítima incons-
ciente, Figura 2.1. 
Figura 2.1: Verificação de responsividade na vítima. 
a Respiração e pulso: simultaneamente é preciso verificar o pulso carotídeo e a respiração. 
a Exame rápido: verificar rapidamente da cabeça aos pés sinal de hemorragias ou 
grandes def orrnidades. 
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1:1 Passar as informações: para quem for acionar o auxílio do suporte avançado (ambu-
lância SAMU, bombeiro, convênio com ambulâncias de resgate). 
2.5 Abordagem primária completa - ABCDE 
Existe um método sequencial para avaliar a vítima, o ABCDE, em que são definidas as 
medidas específicas de avaliação e as intervenções correspondentes a serem adotadas. 
Técnica A, B, C, D, E: 
1:1 A - Abrir vias aéreas: com proteção da coluna cervical. 
a B - Respiração: ver, ouvir, sentir. 
a C - Circulação: verificar pulso carotídeo por dez segundos e controlar hemorragias 
externas. 
n D - Avaliar estado neurológico: nível de consciência. 
n E - Exposição da vítima: retirar vestimentas, sempre que possível cortar na costura; 
controlar o ambiente, evitando a hlpotermia e utilizar manta aluminizada. 
Durante toda a abordagem da vítima o controle cervical deve ser mantido, pois sempre se 
deve suspeitar em toda vítima de trauma de lesão de coluna cervical. Somente deve passar 
para o próximo item se completar o passo anterior, ou seja, só passar para o passo 11811 após 
terminar o passo "A" e assim por diante. 
A - Abertura das vias aéreas 
Se a vítima comunica-se verbalmente é porque as vias aéreas estão penneáveis e a respira-
ção presente. Se a vítima não responde, o socorrista deve avaliar sinais de obstrução das vias 
aéreas corno corpos estranhos. 
Existem duas técnicas para abertura das vias aéreas: 
1:1 Jaw trust: consiste na anteriorização da mandíbula. Deve ser empregada em vítimas 
de trauma, pois mantém a estabilidade da coluna cervical, Figura 2.2. 
1:1 Schint lift: hiperextensão do pescoço e elevação do mento. Deve ser empregada em 
vítimas de emergências clínicas em que não há suspeita de lesão cervical, Figura 2.3. 
Figura 2.2: Abertura das vias aéreas pela 
técnica Jaw trust (vítimas de trauma). 
Avaliação do Cenário e Abordagem da Vítima 
Figura 2.3: Abertura das vias aéreas pela técnica 
Schinl fifi (vítimas em emergêndas clínicas). 
33 
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B - Respiração 
Após a abertura das vias aéreas, o socor-
rista deve verificar se a respiração da vítima 
está presente. Deve soltar cintas e expor o 
abdômen da vítima, levantando ou abrindo a 
vestimenta, facilitando a visualização da ex-
pansão abdominal; isso é o VER. Para OUVIR 
o ruído da saída de ar o socorrista deve 
aproximar sua cabeça da face da vítima. Para 
SENTIR se há saída de ar pela boca ou nariz, 
o socorrista deve colocar seu dedo indicador 
próximo à narina da vítima, sentindo a saída 
do ar exalado, Figura 2.4. Figura 2.4: VerificaçJo da respiração: ver, ouvir, sentir. 
Caso a vítima apresente respiração, deve-se verificar a frequência respiratória por intermé-
dio do ritmo, profundidade e som, refletindo o estado metabólico do corpo, a condição do 
diafrag1na e dos 1núsculos do tórax, fornecendo 0 2 ao trato respiratório e alvéolos. O padrão 
de frequência respiratória em adulto é de 16 a 20 mov/1nin. Os tipos de respiração são os 
seguintes: 
u Apneia: é a ausência da respiração, quadro da parada cardiorrespiratória. 
a Dispneia: falta de ar, clificuldade em respirar. 
Para verificar a respiração, basta contar o número de vezes que ocorre a expansão do 
abdômen em um minuto. Como a respiração, em certo grau, está sujeita ao controle involun-
tário, ela deve ser contada sem que o paciente perceba. Coloque os dedos no pulso como se 
estivesse verificando o pulso e observe a respiração. 
O socorrista deve certificar-se de que os passos 11A11 e 11B11 não seja1n interrompidos e passar 
para o passo 11C11 • 
C - Circulação 
Após verificar a respiração, o socorrista deve verificar a presença de circulação através da 
pulsação e perfusão distal. A presença de grandes hemorragias deve ser controlada nesta fase, 
realizando compressão direta do ferimento. Devem também ser avaliados sinais de choque 
hipovolêmico (ver capítulo 3). 
~ Verificação do pulso: pulso é o nome que se dá à dilatação pequena e sensível das 
artérias, produzida pela corrente circulatória. Toda vez que o sangue é lançado do 
ventrículo esquerdo do coração para a artéria aorta, a pressão e o volume provocam 
osci lações ritmadas em toda a extensão da parede arterial, evidenciadas quando se 
comprime moderadamente a artéria contra uma estrutura dura (os dedos). 
Pode-se verificar o pulso sobre a artéria radial (pulso do braço). Num quadro de emergên-
cia o pulso radial apresenta-se muito fino, tomando-se mais fácil a verificação em artérias mais 
calibrosas como a carótida (pescoço) e femoral (virilha). Outras artérias, como a braquial, 
poplítea e a do dorso do pé (artéria pediosa), podem também ser utilizadas para a verificação. 
As Figuras 2.5, 2.6 e 2.7 demonstram os locais de verificação do pulso. 
34 Atendimento Pré-Hospitalar - Treinamento da Brigada

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