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FISIOLOGIA GERAL Anatomia e fisiologia dos sistemas cardiovascular, respiratório, urinário, digestório, reprodutor feminino, reprodutor masculino e endócrino. Fatores psicológicos afetam as condições fisiológicas e vice-versa. Ex.: ansiedade – coração acelera, suor, tremores... Competências a serem desenvolvidas: • Identificar órgãos e os sistemas que compõem o nosso corpo. • Identificar e descrever doenças que acometem esses sistemas e suas relações com o sistema nervoso neurovegetativo, responsável pela função motora visceral do organismo. • Identificar fatores psicológicos que podem influenciar as condições orgânicas: situações predisponentes, fatores etiológicos, fatores facilitadores ou complicadores, a fim de estimular um entendimento mais abrangente do ser humano. O CORAÇÃO E O SISTEMA CARDIOVASCULAR Os sistemas são todos interligados entre si, são divididos apenas para fins didáticos. O coração é uma bomba com função de enviar sangue para todo o organismo. Ele é dividido em quatro câmaras. PEQUENA CIRCULAÇÃO = CORAÇÃO PULMÃO GRANDE CIRCULAÇÃO = CORAÇÃO ORGANISMO • 4 câmaras o Átrio: direito e esquerdo o Ventrículo: direito e esquerdo Há patologias e psicopatologias que alteram esses processos de grande e pequena circulação. Os movimentos cardíacos são chamados de sístole e diástole. Pressão sistólica: “força” com que o sangue sai do coração (contração da musculatura cardíaca). Pressão diastólica: “força” com que o sangue retorna ao coração (pelo relaxamento da musculatura cardíaca). • Sístole: contração • Diástole: relaxamento Parâmetro para adulto sem comorbidade: • Sistólica: 90 a 140 mmhg • Diastólica: 60 a 90 mmhg Distribuição do sangue pelo corpo: complexo de vasos: veias e artérias. Funções do coração • Contrações cardíacas geram pressão arterial que “espalham” o sangue por todo o corpo, distribui nos vasos sanguíneos. • Separa a circulação pulmonar da sistêmica. o Lado direito do coração: sangue venoso – rico em gás carbônico o Lado esquerdo do coração: sangue arterial – rico em oxigênio • Válvulas: fluxo unidirecional do sangue do coração e dos vasos sanguíneos. IMPORTANTE: Somente na pequena circulação o sangue rico em gás carbônico passa por uma artéria (artéria pulmonar). Somente pela pequena circulação o sangue rico em oxigênio passa por uma veia (veias pulmonares). Na grande circulação, o sangue arterial só passa por artéria e o sangue venoso só passa por veias. Se fizermos um corte longitudinal no coração verificamos que: • É oco. • Está dividido longitudinalmente por um septo cuja espessura vai aumento de cima para baixo, originando duas camadas independentes, à direita e à esquerda. Este septo é dividido em septo interauricolar e septo interventricular. • O coração apresenta quatro cavidades: duas aurículas (cavidades superiores, direita e esquerda, separadas pelo septo interauricular; dois ventrículos (cavidades inferiores), direito e esquerdo, separados pelo septo interventricular. • A espessura do miocárdio varia nas diferentes cavidades cardíacas, de acordo com o trabalho que elas têm que efetuar. A espessura é menor nas aurículas do que nos ventrículos, sendo cerca de 3 a 4 vezes maior no ventrículo esquerdo. • Cada aurícula comunica com o ventrículo do mesmo lado por uma válvula: válvulas cardíacas ou aurículo-ventriculares, que só permitem a circulação do sangue da aurícula para o ventrículo do mesmo lado. A válvula da parte esquerda é designada válvula mitral ou válvula bicúspide. A válvula do lado direito designa-se válvula tricúspide. O coração é coberto e mantido no lugar pelo pericárdio. Este é uma membrana de parede dupla: pericárdio fibroso e pericárdio seroso. O pericárdio fibroso, mais externo, evita que o coração se distenda excessivamente, proporciona uma membrana protetora reforçada ao redor do coração, sustentando-o no mediastino. O pericárdio seroso, interno, é uma membrana construída por dois folhetos: folheto parietal, imediatamente abaixo do pericárdio fibroso e o folheto visceral, mais interno também, chamado epicárdio, aderente ao músculo cardíaco. A parede do coração é composta por 3 camadas: epicárdio (camada externa), miocárdio (camada média) e endocárdio (camada interna). O miocárdio é constituído por tecido muscular cardíaco e perfaz a maior parte do coração. Este tecido é encontrado unicamente no coração e tem função e estrutura especializadas. As suas fibras são estriadas, involuntárias e ramificadas. O miocárdio é o responsável pela ação de bombeamento do coração. O endocárdio é uma camada fina que reveste o interior do coração. O coração funciona como uma bomba, podendo contrair e relaxar ritmicamente e assim impulsionar o sangue para os vasos sanguíneos. A fase de contração é chamada sístole e a de relaxamento é chamada diástole. Sistema condutor O coração é enervado pelo sistema nervoso autônomo (SNA), que aumenta ou diminui a frequência de batimentos, mas não inicia a contração. O coração pode continuar a bater sem qualquer estímulo direto do sistema nervoso, porque tem um sistema intrínseco de regulação, o sistema condutor. Esta autonomia é explicada pela presença de células musculares especiais, capazes de originar impulsos elétricos cadenciados (auto-excitação), que se espalham pelo músculo cardíaco, determinando o ritmo das suas contrações. Este grupo de células denomina-se nódulo sinusal ou nódulo seio-auricular (SA). É vulgarmente denominado por “parca passo” ou “pace- maker”, pois estabelece o ritmo básico das pulsações cardíacas. Está situado na aurícula direita e o impulso aí originado dirige-se às aurículas, determinando a sua e também para outro tipo de células, o nódulo auriculoventricular (AV), que se situa no septo interauricular. Deste nódulo o impulso elétrico é levado por um feixe de fibras condutoras, o feixe de Hiss, até o vértice do coração. A contração dos ventrículos é estimulada pelos ramos subendocárdicos, fibras de Purkinje, que emergem dos ramos do feixe de Hiss, e distribuem o impulso para todas as células do miocárdio. 28/02/20 A contração do coração chama-se contração do miocárdio. Ela ocorre simultaneamente nos átrios e nos ventrículos. Quando ocorre a contração do átrio (sístole), ocorre simultaneamente o relaxamento do ventrículo (diástole). Quando ocorre relaxamento do átrio (diástole), ocorre simultaneamente contração do ventrículo. Além disso, o coração é controlado pelo SNA, que é responsável por aumentar ou diminuir a velocidade das contrações cardíacas. Porém, o ritmo dos batimentos é controlado pelo sistema elétrico do próprio coração. É ele quem faz o coração bater de forma rítmica. Coração: 2 sistemas elétricos. • Sistema nervoso autônomo (SNA): responsável por aumentar ou diminuir o ritmo do coração (frequência cardíaca); • Sistema elétrico próprio (sistema condutor): responsável pelo ritmo cardíaco. O SNA é controlado pelo sistema nervoso central, porém age de maneira autônoma, independente da vontade da pessoa. O marca passo não aumenta e nem diminui o ritmo cardíaco; ele simplesmente mantém o ritmo já estabelecido, pois integra o sistema elétrico próprio do coração. Sistema condutor – sequencia de transmissão do impulso elétrico: 1. Nódulo auricular; 2. Nódulo atrioventricular; 3. Feixe de Hiss; 4. Fibras de Purkinje. Essas atividades elétricas podem ser registradas por um aparelho especial constituindo o eletrocardiograma, que acusa possíveis defeitos cardíacos. O coração,em condições normais e em repouso, bate cerca de 60 a 70 vezes por minuto em m adulto. No entanto, todos percebemos que após intenso exercício físico ou emoção forte, o nosso coração bate mais rapidamente e com mais força. Isto ocorre, apesar da nossa autonomia, o coração também sofre influência do sistema nervoso. Esta influência permite que o organismo se adapte às diversas alterações do ambiente e do próprio metabolismo. SISTEMA RESPIRATÓRIO – PULMÕES O sistema respiratório é o conjunto dos órgãos responsáveis, basicamente, pela absorção do oxigênio do ar pelo organismo e da eliminação do gás carbônico retirado das células (trocas gasosas). O sistema respiratório é formado pelas vias respiratórias e pelo pulmões (vias aéreas superiores e inferiores). Os órgãos que compõem as vias respiratórias são: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios. Problemas respiratórios podem causar problemas/questões psicológicas para as pessoas, como por exemplo, uma pessoa que precisa de um traqueostomia permanente. O papel da epiglote é fazer com que o alimento que está sendo ingerido não seja enviado à traqueia. Ela abre e fecha somente para permitir a passagem do ar. O alimento não deve passar pela traqueia. Ela abre para a respiração e fecha para a deglutição do alimento. Existe uma camada bem fina ao redor dos pulmões chamada pleura (duas: visceral e parietal). A pleura protege o pulmão do atrito gerado no processo respiratório. Se ela não existisse, o pulmão não deslizaria quando encostasse na parede do tórax e seu pulmão ficaria cheio de lesões/fissuras, o que impediria o processo respiratório. Pneumotórax: ar entre as pleuras visceral e parietal. Quando isso ocorre, esse ar impede a expansão e compressão dos pulmões, impedindo o processo respiratório. A pessoa tem que ser levada imediatamente ao médico. A respiração é auxiliada por duas musculaturas: o diafragma e os músculos intercostais (parede torácica). O diafragma “empurra” o pulmão pra cima para expelir o ar que está dentro dele. OBS: as trocas gasosas ocorrem nos alvéolos. Órgãos do sistema respiratório Cavidades nasais são dois condutos paralelos revestidos de mucosa, separados por um septo cartilaginoso, que começam nas narinas e terminam na faringe. No interior das cavidades nasais, existem pelos que atuam com filtro de ar, retendo impurezas e germes, garantindo que o ar chegue limpo aos pulmões. A membrana que reveste as cavidades nasais contém células produtoras de muco que umidifica o ar. É rica em vasos sanguíneos que aquecem o ar que entra no nariz. Quando o indivíduo fuma, a fumaça quente causa uma vasodilatação nas cavidades nasais, o que faz com que uma maior quantidade de toxinas do cigarro seja absorvida. Por isso é tão comum tabagistas terem câncer de boca, laringe e faringe. Seios são cavidades que temos no osso da face. Quando respiramos, tanto os seios da região frontal, quanto os maxilares, são cavidades que ficam preenchidas por ar. Porem, esse seios podem apresentar processos inflamatórios chamadas “sinusites”. Em procedimentos cirúrgico odontológicos, caso haja perfuração de algum osso da face, deve-se ministrar antibióticos profiláticos a fim de evitar osteomielite. A osteomielite pode fazer com que bactérias caiam no sistema sanguíneo, podendo causar, inclusive, infecções generalizadas. FARINGE É um tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto para o ar, portanto, faz parte do sistema respiratório e do sistema digestório. Em sua extremidade superior, se comunica com as cavidades nasais e com a boca, na extremidade inferior se comunica com a laringe e o esôfago. Suas paredes são musculosas e revestidas de mucosa. A nasofaringe, rinofaringe ou faringe superior [e ligada pelas cavidades nasais, fazendo uma ligação com a orofaringe, é a parte mais espessa da faringe, compreendendo-se da base do crânio, até o palato mole (céu da boca). A orofaringe ou faringe média está ligada pela parte anterior com a cavidade bucal e comunica-se com a faringe superior. A laringofaringe ou faringe inferior é denominada a continuação da orofaringe ou faringe média; pela frente possui ligação com a laringe e por baixo com o esôfago. No alvéolo-capilar os gases presentes no sangue venoso, que vem pelas artérias pulmonares e suas ramificações, possuem maior quantidade de gás carbônico e pouca quantidade de oxigênio. Dentro do alvéolo temos maior quantidade de oxigênio (gás que veio pelo ar inspirado) e menos quantidade de gás carbônico. Deste modo, através de um processo de difusão, nos alvéolos pulmonares se estabelece por diferenças no gradiente de concentração dos capilares, onde o CO2 difunde-se do sangue venoso em direção ao meio externo, havendo a oxigenação do sangue a partir do mecanismo inverso com as moléculas de oxigênio na cavidade pulmonar. O gás oxigênio em maior concentração externa difunde-se no plasma sanguíneo em direção às hemácias, combinando-se com a hemoglobina (proteína associada a íons de ferro), passando pelo sangue arterial. Ficando nos capilares maior quantidade de oxigênio e nos alvéolos maior quantidade de gás carbônico, que será eliminado pela expiração. Nos alvéolos capilares é q ocorrem as trocas gasosas, que se localizam nas pontas dos bronquíolos. Trocas gasosas = hematose = processo de difusão = retira o excesso de CO2 do sangue e insere o O2. Os alvéolos são ricos em O2. Então quando o sangue se aproxima dos alvéolos ocorre a troca gasosa entre alvéolo e sangue (CO2 ßà O2) O sangue arterial dos capilares passa para as vênulas (na foto ilustrada como capilares) e depois para as veias maiores, posteriormente passa para as veias pulmonares que levarão o sangue arterial para o átrio esquerdo do coração. Transporte de gases respiratórios O transporte de gás oxigênio está a cargo da hemoglobina, proteína presente nas hemácias. Cada molécula de hemoglobina combina-se com 4 molécutoas de gás oxigênio, formando a oxi- hemoglobina. Nos alvéolos pulmonares, o gás oxigênio do ar difunde-se para os capilares sanguíneos e penetra nas hemácias, onde se combina com a hemoglobina, enquanto o gás carbônico é liberado para o ar (processo chamado hematose) Doenças respiratórias No mundo todo, as doenças que acometem o sistema respiratório ocupam o posto de terceira causa de morte. Dentre as doenças mais comuns que acometem o aparelho respiratório estão: • Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC; • Tuberculose; • Enfisema Pulmonar; • Asma; • Câncer de Pulmão. Doenças do trato respiratório sempre foram motivo de preocupação do sistema de saúde. Doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC Esta é uma doença crônica, progressiva e irreversível que afeta os pulmões, apresentando como principal característica a destruição de muitos alvéolos pulmonares e comprometimento dos restantes. É mais comum em indivíduos do sexo masculino com idade avançada ou que já tiveram tuberculose. Os principais fatores que levam ao aparecimento da DPOC relacionam-se ao tabagismo, vindo em seguida o fumo passivo, exposição à poeira por longos anos, poluição do ambiente e, em certos casos, fatores genéticos. De acordo com dados da OMS, aproximadamente 80 milhões de pessoas apresentam DPOC moderada a severa. No Brasil, esta afecção acomete em torno de 5,5 milhões de pessoas por ano, segundo o Conselho Brasileiro de DPOC. Normalmente os pacientes com DPOC apresentam sintomatologia tanto na bronquite crônicaquanto do enfisema pulmonar. Deste modo, atualmente, utiliza-se mais o termo DPOC quando se faz referencia a bronquite crônica ou enfisema pulmonar, uam vez que, normalmente, as mesmas coexistem no mesmo paciente apresentando obstrução do fluxo de ar. Tuberculose A tuberculose (TB) é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões: mycobacterium tuberculosis, tb. dito bacilo de Koch. Anualmente, são notificados cerca de 10 milhões de novos casos em todo o mundo, levando mais de um milhão pessoas a óbito. O surgimento da Aids e o aparecimento de focos de tuberculose resistente aos medicamentos agravam ainda mais esse cenário. No Brasil, a tuberculose é um sério problema de saúde pública, com profundas raízes sociais. A cada ano, são notificadas aproximadamente 70 mil novos casos e ocorrem 4,5 mil mortes em decorrência dela. A tuberculose tem cura e o tratamento é gratuito e disponibilizado pelo SUS. O tratamento é bem debilitante, se assemelhando a um tratamento quimioterápico. Meio de transmissão é a via respiratória. Tendo em vista a nova era para o controle da tuberculose, a OMS redefiniu a classificação de países prioritários para o período de 2016 a 2020. Essa nova classificação é composta por 3 listas de 30 países, segundo características epidemiológicas: 1. Carga de tuberculose, 2. Tuberculose multidrogarresistente e 3. Coinfecção TB/HIV (comorbidade) Alguns países aparecem em mais de uma lista, somando assim um total de 48 países prioritários para a abordagem da tuberculose. O brasil se encontra em duas, ocupando a 20ª posição na classificação de carga da doença e a 19ª quanto à coinfecção TB/HIV. Vale destacar que os países que compõem essas listas representam 87% do número de casos de tuberculose no mundo. Bronquite crônica A bronquite crônica é definida como uma inflamação dos brônquios. Geralmente surge depois de 20 a 30 anos de exposição dos brônquios a fatores irritantes como o tabaco, poluição do ar, entre outros. Sua ocorrência é mais comum em mulheres que em homens. Enfisema pulmonar É uma doença crônica em que há destruição gradativa do tecidos pulmotares, passando estes a ficarem hiperinsuflados (o q impede trocas gasosas efetivas). Normalmente, sua etiologia reside na exposição prolongada ao tabaco ou produtos químicos tóxicos. Asma A asma, também conhecida como asma brônquica ou bronquite asmática, é uma afecção pulmonar caracterizada pela inflamação das vias aéreas, que leva à diminuição ou até mesmo obstrução do fluxo de ar. Sua fisiopatologia está ligada a fatores genéticos e ambientais, manifestando-se por meio de crises de falta de ar. Nos Estados Unidos, essa doença leva a óbito aproximadamente 5% dos adultos. Tanto os internamentos quanto os óbitos relacionados a essa doença tem aumentado. No Brasil, dentro do SUS, a asma representa a terceira causa de internamentos, sendo que no ano de 2007 foram registradas 273.205 internações por essa doença no Brasil (2,41% das internações totais). Câncer de Pulmão O câncer de pulmão é um dos tumores malignos mais comuns, sendo que sua incidência no mundo todo vem aumentando em 2% a cada ano. A mortalidade por esse tipo de neoplasia é muito elevada e o prognóstico está relacionado à fase em que é diagnosticado. O principal fator de risco para o aparecimentos dessa neoplasia é o tabagismo. Atualmente, este último corresponde a 90% dos casos desse tumor. É mais comumente observado em homens do que em mulheres; todavia, o número de casos em mulheres está aumentando. Esta neoplasia também pode ser causada por certos produtos químicos. Outros fatores relacionados ao surgimento desse tumor são os dietéticos, genéticos, histórico da DPOC e histórico de câncer de pulmão na família. Psicólogo e o paciente portador de doenças crônicas respiratórias Não é fácil receber a notícia de que se tem uma doença crônica e muitas vezes tal realidade modifica totalmente a vida do doente e, em alguns casos, de seus familiares. São muitas as patologias respiratórias que podem causar ansiedade, medo, angústia perante a imprevisibilidade das mesmas. O acompanhamento psicológico pode então ser fundamental, dependendo dos casos, das circunstâncias e da própria doença. Para cada doente, de acordo com as suas circunstâncias pessoais e com o estádio da doença em que se encontra. O acompanhamento psicológico visa a identificação das melhores respostas e a mobilização de estratégias de adaptação à doença, promovendo o autocontrole e a conquista de melhor qualidade de vida. O diagnóstico de uma doença respiratória crônica tem impacto em muitos aspectos na vida do doente, implica a modificação de comportamentos e hábitos, impõe limitações funcionais e rotinas tratamento. Estas alterações são frequentemente vividas com significativas perturbação emocional, associada à percepção de um conjunto de ameaças e medos, tais como: • Angustia face à possibilidade de incapacidade e dependência dos outros; • Sentir-se como um peso para a família; • Receio de rejeição social; • Antecipar perdas ao nível dos papéis sociais e dificuldades financeiras; • Dificuldade em lidar com alterações da imagem corporal, entre outros. A aceitação da doença é vital para confronta-la com maior controle e eficácia. A negação é muito frequente, sobretudo na fase inicial após o diagnóstico, de modo defensivo (não intencional), tanto o doente como a família, podem reagir com desvalorização e minimização acerca do verdadeiro impacto da doença. Se esta atitude de negação se mantiver e não for progressivamente ultrapassada, pode levar à auto negligência e a deficiente adesão à terapêutica, com consequente agravamento e progressão da doença. A compreensão da natureza da doença e dos mecanismos de atuação terapêutica e, também, o conhecimento de prováveis efeitos secundários, é um pilar fundamental na consolidação da adesão e nos mecanismos de autocontrole dos sintomas. A prescrição de oxigênio está frequentemente associada a representações de agravamento da doença, introduz novas rotinas e, por isso, é necessário um período de adaptação. É comum a presença de uma atitude ambivalente face ao oxigênio: por um lado, simbolicamente associa-se a maior dependência; por outro lado, do ponto de vista funcional, proporciona alívio sintomático e maior resistência ao esforço. SISTEMA DIGESTIVO Anatomia do sistema digestivo O sistema digestivo humano é composto por dois grupos de órgãos: os órgãos do trato digestivo ou gastrointestinal e os órgãos digestivos acessórios ou anexos. Trato digestivo ou tubo digestivo: longo canal que se inicia na boca e termina no ânus. É constituído por várias estruturas: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado intestino grosso. Órgãos acessórios ou anexos: não fazem parte do tubo, mas estão intimamente relacionados com ele pelas funções que desempenham no processo digestivo: os dentes, a língua, as glândulas salivares, o pâncreas, o fígado e a vesícula. Funções • Ingestão de alimentos • Mastigação: por ação dos dentes, o alimento é partido em bocados muito pequenos, tornando mais fácil a ação das enzimas digestivas. • Propulsão: movimento do alimento ao longo do trato digestório. • Secreção de sucos digestivos: ao longo do trato digestivo o alimento é misturado com secreções produzidas por várias glândulas, que ajudam a lubrificar, liquefazer, ajustar o pH e digerir o alimento. • Digestão: degradação de grandes biomoléculas nos seus componentesmais simples. • Absorção: deslocação das substâncias do trato digestório para a circulação sanguínea ou para o sistema linfático. • Defecação: eliminação de substâncias não digeridas, bactérias, etc. TRATO DIGESTIVO Esôfago: com cerca de 25 cm de comprimento e de constituição semelhante à faringe, localizado posteriormente à traqueia, o esôfago é o canal que estabelece a ligação da faringe com o estômago. Estômago: é a região mais dilatada do tudo digestivo, imediatamente abaixo do diafragma, constituindo uma estrutura em forma de saco que, no adulto, pode acumular, em média, 1,5 litros de alimentos e sucos digestivos, no seu ponto máximo de digestão. Este órgão de paredes musculosas é constituídos por três zonas distintas: - fundus (parte alta) - corpo (parte intermediária) - antro (porção final) A ligação entre o estômago e o esôfago faz- se através de um esfíncter (músculo anular, contrátil, que serve para abrir ou fechar orifícios naturais do corpo), o cárdia. Com o intestino delgado a ligação estabelece-se por outro esfíncter, o piloro. Intestino delgado: tubo longo, dobrado em si mesmo, com um diâmetro de 2 a 3 cm e cerca de 3m de comprimento num indivíduo vivo e 6,5 m em um cadáver (devido à diferença de tônus muscular). Sob o ponto de vista anatômico, apresenta-se diferenciado em três regiões/segmentos principais: Duodeno: É a parte mais pequena e corresponde aos primeiros 25cm de intestino. Tem início no esfíncter pirólico do estômago e termina no início do jejuno. Jejuno: imediatamente a seguir ao duodeno, o jejuno é a zona média, tem cerca de 1m e estende-se até o íleo. Íleo: é o segmento terminal do intestino delgado, tem cerca de 2m e abre-se no intestino grosso pela válvula íleo-cecal. O intestino delgado é um órgão que está especialmente adaptado para a absorção de nutrientes como resultado do seu grande comprimento e das modificações da estrutura da sua parede, nomeadamente, as pregas e as vilosidades intestinais. Intestino grosso: tem cerca de 1,5m de comprimento e 6,5cm de diâmetro. Estende- se do íleo até o ânus. Compreende 4 partes principais: o ceco/cego, ao qual está ligado ao apêndice, o cólon, o reto e o canal anal. O Cólon é dividido em porções: - um segmento ascendente à direita do abdómen, o cólon ascendente; - um segmento transversal, o cólon transverso; - um segmento à esquerda, o cólon descendente; - cólon sigmoide – que é continuado pelo reto. A parte terminal do reto (os últimos 2 a 3 cm) corresponde ao canal anal, que se abre para o exterior pelo ânus. ÓRGÃOS DIGESTIVOS ACESSÓRIOS Língua: é um órgão musculoso onde estão localizados (na face superior e nas margens) as papilas gustativas responsáveis pelos quatro sabores dos alimentos: doce, amargo, ácido e salgado. Glândulas salivares: são glândulas formadas por um grande número de pequenos “sacos” agrupados em cacho, que lançam os produtos da sua secreção, a saliva, na cavidade bucal por canais muito finos, os ductos. São em número de três pares: Glândulas parótidas (2): localizadas uma de cada lado da cabeça, nas bochechas, logo à frente dos ouvidos. São as maiores glândulas salivares. Glândulas sublinguais (2): situadas por baixo da língua, na parte da frente da boca. Possuem muitos canais musculosos que libertam saliva por baixo da língua. Glândulas submandibulares (2): situadas na parte de trás da boca, profundamente debaixo da língua. Fígado: é a maior glândula do nosso corpo, de cor castanho-avermelhada, com cerca de 1,5 kg, situado sob o diafragma, ao lado direito. O fígado é dividido pelo ligamento falciforme em 2 lóbos: logo direito e lobo esquerdo. Os lobos são compostos por unidades funcionais denominadas lóbulos. Um lóbulo consiste em fileiras de hepatócitos que segregam bílis, que através de canais hepáticos, vai se acumular na vesícula biliar. A bílis produzida pelos hepatócitos entra nos ductos ou canais hepáticos direito e esquerdo que se unem formando o canal hepático comum. Este une-se ao canal cístico da vesícula biliar formando o canal colédoco que entra no duodeno. O canal colédoco frequentemente une-se ao ducto pancreático. Vesícula biliar: estrutura em forma de saco, localizada por baixo do fígado. A vesícula biliar armazena a bílis que é continuamente segregada pelo fígado. Na vesícula a bílis é concentrada e após cada refeição, a vesícula contra0se lançando grandes quantidades de bílis no intestino delgado. Pâncreas: localizado por baixo do estômago, mede entre 10 a 20 cm de comprimento. É uma glândula alongada com a parte mais larga alojada na primeira dobra do intestino delgado. É uma glândula mista, possui 2 tipo de célula: • pequenos grupos de células epiteliais glandulares, as ilhotas pancreáticas ou de Langerhans, que constitui a porção endócrina do pâncreas e que produz os hormônios glucagon e insulina, que lança no sangue. • Os ácinos, glândulas exócrinas que segregam uma mistura de enzimas digestivas denominado suco pancreático que é conduzido através de um canal excretor – canal pancreático – ao intestino delgado (duodeno), o qual abre junto ao ponto de chegada do canal colédoco. O pâncreas produz insulina através das células alfas que diminuem a taxa de glicose. Porém, quando passamos períodos sem nos alimentar e o açúcar está baixo, o pâncreas lança outro hormônio chamado glucagon através das células betas, que tem função de fazer a reserva energética (açúcar) ser liberado nas correntes sanguíneas. A digestão é um processo sequencial e progressivo que se inicia na boca e continua ao longo do tubo digestivo até o intestino delgado e, através do qual o organismo obtém os nutrientes que necessita para o seu normal funcionamento. Neste processo intervém fenômenos mecânicos, sendo os alimentos reduzidos a partículas sucessivamente mais pequenas, permitindo uma ação mais eficiente dos sucos digestivos, pois aumenta grandemente a superfície sobre a qual esses sucos vão atuar, a fragmentação faz aumentar a relação superfície externa-volume. SISTEMA ENDÓCRINO I. INTRODUÇÃO O sistema endócrino é responsável pelo controle das atividades metabólicas do organismo. Atua a longo prazo através de processos químicos executados por substâncias denominadas hormônios. Hormônios são substâncias produzidas e liberadas por determinadas células das glândulas endócrinas e atuam controlando o funcionamento de alguns órgãos. A ação do hormônio se dá quando este é lançado através da corrente sanguínea pela glândulas endócrinas e, assim, chegando à célula alvo, se liga a receptores específicos localizado na superfície da célula. II. PRINCIPAIS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS 1. Hipotálamo Recebe informações do sistema nervoso e secreta hormônios que atuam sobre a hipófise anterior (adenohipófise). Possui neurônios que produzem hormônios (oxitocina e antidiurético – “ADH”) que são armazenados e liberados pela hipófise posterior (neurohipófise). 2. Hipófise A. Adenohipófise Hormônios do crescimento • Promovem o crescimento das cartilagens e dos ossos; • Influencia o metabolismo das proteínas, carboidratos e lipídios. o Deficiência na infância provoca o nanismo (A) o Excesso na infância provoca gigantismo (B) o Excesso no adulto provoca acromegalia (C): aumento no damanho dos dentes, língua, pés ou mãos. Tireotrofina (TSH) • Estimula a glândula datireóide produzir o hormônio tiroxina. o Deficiência pode causar hipotireoidismo; o Excesso pode causar hipertireodismo. Adenocorticotrófico (ACTH) Estimula o córtex da glândula supra renal a produzir os hormônios glicocorticoides (cortisol). Prolactina (LTH) • Desenvolve as mamas; • Produção de leite; • Homens: função desconhecida. Folículo Estimulante (FSH) • Homem o Induz a produção de espermatozoide • Mulher o Promove o desenvolvimento do folículo ovariano; o Estimula o ovário a produzir estrógeno. A vasectomia é um procedimento cirúrgico simples que envolve a interrupção dos vasos deferentes. Essa interrupção impede que os espermatozoides produzidos nos testículos atinjam a uretra, tornando os homens inférteis. A vasectomia não inibe o ato sexual. Para que o homem se mantenha sexualmente ativo é preciso que haja produção e secreção do hormônio testosterona. A testosterona, que também é produzida nos testículos é responsável pela indução do desejo sexual (libido) e é também necessária para que ocorra a ereção do pênis. B. Neurohipófise Armazena e libera hormônios produzidos no hipotálamo. Antidiurético (ADH) ou vasopressina • É liberado quando o volume de sangue cai abaixo de certo nível; • Estimula a reabsorção de água nos rins o Diminui o volume de urina excretada (antidiurético) o Retém água no organismo • Sua deficiência provoca uma perda de água excessiva e muita sede, síndrome denominada diabetes insípidus. Oxitocina • Promove contrações do útero durante o parto • Contração da musculatura lisa das glândulas mamárias causando a ejeção do leite o O estímulo para liberação da oxitocina é a sucção da mama pelo bebê. C. Tireóide Localização: no pescoço, logo após as cartilagens da glote. Produz três hormônios: • Triiodotironina (T3) • Tiroxina (T4) • Calcitocina Triiodotironina (T3) e Tiroxina (T4) • Estimulam o metabolismo energético • Aumentam a taxa de respiração celular • O excesso desses hormônios podem causar o hipertireoidismo o Hiperatividade (calor, sudorese) o Perda de peso o Nervosismo o Exoftalmia (olhos arregalados para fora das órbitas o Bócio (inchaço no pescoço, formando um papo) • Hipotireoidismo: deficiência na produção de T3 e de T4 pela tireóide. • Pode ser causada devido à carência de iodo na alimentação, pois o iodo é parte constituinte dos hormônios da tireoide. • Destruição auto imune da tireoide (tireoidite). • Consequencias: o Diminuiçao do metabolismo celular o Ganho de peso o Bradicardia (desaceleração dos batimentos cardíacos) o Edema (inchaço na pele) o Bócio • Hipotireodismo na infância: quadro que se caracteriza pelo comprometimento do crescimento dos ossos e dos dentes e do retardamento mental. Calcitocina • Atua diminuindo a quantidade de íon cálcio (Ca2+) do sangue e aumentando a concentração de íon nos ossos. • Ação: hipocalcemiante D. Paratireóides Localização: duas de cada lado, atrás da glândula da tireoide. Produz o paratormônio. Paratormônio: • Responsável pelo aumento do nível de cálcio (Ca2+) no sangue • Retira cálcio dos ossos, aumentando o nível deste na corrente sanguínea. O paratormônio e a calcitonina realizam o controle dos níveis de cálcio no organismo. E. Supra-renais (adrenais) • Localização: rins. • Dividida em duas regiões: o Cortex: região mais externa. Produz os hormônios glicocorticoides (aldosterona) e mineralocorticoides (cortisol). o Medula: região mais interna. Produz os hormônios epinefrina (adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina) Supra-renais (hormônios do córtex) Glicocorticóides (derivados do colesterol) • Hormônio mais importante: Cortisol ou Hidrocortisona • Liberado em situações de estresse o Atua na produção de glicose a partir de proteínas e gorduras (↑ glicemia). o Reduz inflamações e alergias o Obs.: É controlado pelo hormônio ACTH produzido pela adenohipófise. Mineralocorticóides (derivados do colesterol) • Hormônio mais importante: Aldosterona o Realiza a reabsorção de sódio (Na+) e a excreção de potássio (K+) nos rins. o Aumenta a pressão arterial e a volemia (volume de sangue circulante). o Obs.: É controlado pelo hormônio ACTH produzido pela adenohipófise. Supra-renais (hormônios da medula) Epinefrina (adrenalina) • Prepara organismo para enfrentar situações de estresse. o Contração dos vasos sanguíneos (vasoconstrição). o Aumenta a taxa de açúcares no sangue. o Redistribui sangue para os órgãos e músculos. Norepinefrina (noradrenalina) • Atua em conjunto com a epinefrina nas respostas à situações de estresse. o Acelera os batimentos cardíacos (taquicardia). o Mantém a pressão sanguínea em níveis normais. F. Pâncreas • Localização: No lado esquerdo da cavidade abdominal. • Glândula mista ou anfícrina (possui porção exócrina e endócrina) • Produz dois hormônios: insulina e glucagon (porção endócrina) • Produz o suco pancreático (porção exocrina) Insulina: atua após as refeições. • Aumenta a permeabilidade da membrana celular à glicose. • No fígado a insulina promove a formação do glicogênio. • Ação hipoglicemiante (diminui a quantidade de glicose no sangue). • Produzido pelas células β (beta) das ilhotas de Langerhans. Glucagon: atua nos períodos entre refeições. • Efeito inverso ao da insulina • No fígado o glucagon estimula a transformação do glicogênio em várias moléculas de glicose, que serão enviadas para o sangue. • Ação hiperglicemiante (aumenta a quantidade de glicose no sangue). • Produzido pelas células α (alfa) das ilhotas de Langerhans. Diabetes Mellitus Doença em que o indivíduo possui altas doses de glicose no sangue. Diabetes tipo I Causa redução das células β do pâncreas, o que leva a uma diminuição da produção de insulina. Diabetes tipo II Causa redução do número de receptores de insulina nas membranas das células. G. Gônodas (testículos e ovários) Testículos (homens): • Localizados no interior da bolsa escrotal • Sofre influência dos hormônios FSH e LH produzidos pela adenohipófise Testículos FSH à induz a produção de Espermatozóides LH à Induz a produção de Testosterona Testosterona (hormônio sexual masculino), produzido no interior dos testículos pelas células de Leydig. Ação: • Aparecimento dos características sexuais secundárias masculinas (barba, pêlos pubianos, engrossamento da voz, desenvolvimento da musculatura, etc). • Amadurecimento dos órgãos genitais. • Libido sexual. Ovários (mulher): • Localizados no interior da cavidade pélvica. • Hormônios produzidos: Estrógeno e Progesterona. • Sofrem influência dos hormônios FSH e LH produzidos pela adenohipófise. Estrógeno • Produzido pelos folículos ovarianos (folículos de Graaf); • Determina o aparecimento das características sexuais secundárias femininas (mamas, pêlos pubianos, acúmulo de gordura em algumas regiões, etc.); • Estimula o desenvolvimento do endométrio para receber o embrião; o induz o amadurecimento dos órgãos genitais; • Libido sexual. Progesterona • Produzida pelo corpo amarelo (corpo lúteo) que se origina do folículo ovariano rompido durante a ovulação. • Juntamente com o estrógeno, a progesterona atua preparando a parede do endométrio uterino para receber o embrião. • Estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias. Ciclo menstrual 1. O ciclo menstrual tem início no primeiro dia da menstruação. 2. No início do ciclo o FSH induz o desenvolvimento dos folículos ovarianos. 3. Os folículos ovarianos produzem estrógeno e induzem a liberação do hormônio LH pelaadenohipófise. 4. O estrógeno inicia o desenvolvimento do endométrio para receber o blastocisto (embrião). 5. No 14o dia do ciclo menstrual o hormônio LH atinge níveis máximos e ocorre a ovulação (liberação do ovócito II ou óvulo). 6. O folículo rompido origina o corpo lúteo (amarelo) que produz progesterona. 7. A progesterona produzida pelo corpo lúteo atua em conjunto com o estrógeno no desenvolvimento do endométrio, aumentando sua espessura e vascularidade para uma eventual gravidez. 8. As altas taxas de estrógeno e progesterona inibem a liberação de FSH e LH e, por conseqüência, ocorre o atrofiamento do corpo lúteo. 9. Dessa maneira, os níveis de progesterona caem de forma acentuada e a redução brusca na taxa desse hormônio faz com que a mucosa uterina sofra descamação e ocorre a menstruação. 10. Se ocorrer gravidez, o embrião implantado na parede uterina produzirá o hormônio HCG Gonadotrofina coriônica humana o qual estimulará o corpo lúteo a manter a produção de progesterona e estrógeno. 11. Por volta do 4º mês de gestação o corpo lúteo degenera-se e a placenta passa a produzir estrógeno e progesterona, mantendo a mucosa em contínua proliferação. SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO Pênis Glande: rica em terminações nervosas e sensível à estimulação sexual. Fimose: quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio. Circuncisão: procedimento cirúrgico para a correção da fimose. • Órgão copulador masculino; • Corpos cavernosos e corpo esponjoso à enchem de sangue à ereção Bolsa escrotal Bolsa de pele situada abaixo do pênis, que aloja os testículos. Para que a formação normal de espermatozoides ocorra é preciso que a temperatura dos testículos seja cerca de 2 a 3˚C inferior à temperatura corporal. Testículos Constituído de: Túbulos seminíferos: células germinativas à produção de espermatozoides; Células intersticiais ou células de Leydig: sintetizam testosterona. Homens que apresentam os testículos embutidos na cavidade abdominal, anomalia denominada criptorquidia, não formam espermatozóides, sofrendo esterilidade temporária. Epidídimo • Enovelado de túbulos localizado sobre o testículo; • Nele ocorre o término da maturação dos espermatozóides, que ficam armazenados até sua eliminação durante o ato sexual. Canais deferentes Dois tubos musculosos que parte dos Epidídimos e sobem para o abdômen, contornando a bexiga urinária. Ducto ejaculador Fusão dos canais deferentes sob a bexiga: forma o duto ejaculador que desemboca na uretra. Uretra: duto comum aos sistemas reprodutor e urinário do homem. Vesículas seminais: • Fluído seminal: rico em frutose, que nutre os espermatozoides. • Compõem 60% do sêmen. Próstata: secreção leitosa e alcalina à motilidade dos espermatozoides e neutralização das secreções vaginais. Secreções bulboretais: contribui para a limpeza do canal uretral antes da passagem dos espermatozoides. Toque retal para exame da próstata Métodos contraceptivos ou anticoncepcionais Vasectomia Camisinha/Preservativo masculino SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ANATOMIA Genitália externa: • vulva: 2 grandes lábios e 2 pequenos lábios • clitóris: rico em terminações nervosas e órgão receptor de estímulos. • Órgãos reprodutores femininos internos: vagina, útero, tubas uterinas e ovários. Vulva: porção externa do aparelho reprodutor. Tipos de hímen Vagina Órgão de cópula feminino; Entrada de espermatozoides e saída do bebê (parto normal). Útero • Órgão muscular e oco; • Processa todo o desenvolvimento embrionário; • Revestido internamente pelo endométrio. Tubas uterinas • Local de liberação do gameta feminino; • Na maioria dos casos é onde ocorre a fecundação; • Conduz o embrião em desenvolvimento para o útero. Ovários • Responsáveis pela ovulogênese • Síntese de estrogênio e progesterona Ovulação, fecundação e início do desenvolvimento embrionário Abcesso ou cisto na Glândula de Bartholin Estrutura interna das mamas As glândulas mamárias são formadas por um conjunto de pequenas bolsas de células secretoras conectadas entre si por ductos. Existem de quinze a vinte conjuntos glandulares em cada seio. Métodos contraceptivos Laqueadura Camisinha feminina
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