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Slides Direitos sexuais

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ACOMETIMENTOS NA SAÚDE DA MULHER
Anderson Lopes Maidana
Edneia Iris de Aguiar
Jederson da S. Gomes
Joselina V. de Paiva
Lidiane Ap. Berghahn Maidana
Regiane V. N. Fernandes Cassimiro
Introdução
Os direitos sexuais e reprodutivos são temas que  começaram a ganhar força nos anos de 1960,  contudo devemos observar  que a luta pelos direitos das mulheres  já se iniciava no século XIX e na primeira metade do século XX, período em que o  movimento de mulheres já lutava pela igualdade,  educação e pelo direito ao voto.
A constituição de1988 foi considerada como marco fundamental, a partir do qual sexualidade e a reprodução se instituíram como campo legítimo de exercício de direitos no Brasil. E é em torno dela que as perspectiva da sociedade civil são organizadas, tornando-se geradas de políticas públicas e instrumentos legais de decisões judiciais para responder a tais demandas;
Carrara e Viana destacam ainda, que para falarmos em direitos reprodutivos e principalmente em direitos sexuais presume-se percorrer a trajetória do movimento de mulheres e especificamente do movimento feminista, pois as articulações impulsionadas por militantes e organizações feministas em conjunto com movimentações mais abrangentes pela democratização do país desempenharam papel decisivo pela igualdade de gênero na estrutura jurídico-normativa do país.
Introdução
Os direitos Sexuais são uma parte importante e integrada aos direitos humanos e abrange o exercício da sexualidade sem constrangimento ou coerção a contracepção, a maternidade e auto decisão, livre de qualquer julgamento (Lemos,2014);
A terminologia ‘saúde da mulher’ foi alterada para ‘conceito de direitos reprodutivos’ no ano 1980 quando um grupo ativo de feministas brasileiras participou no I Encontro Internacional de Saúde da Mulher, e o termo foi consagrado em 1990 na ONU (Organização das Nações Unidas);
Segundo Lemos (2014), o conceito de direitos sexuais tem uma historia ainda mais antiga e se originou de movimentos interessados na anulação das estigmatização das chamadas sexualidades alternativas.
Objetivos 
GERAL 
Conhecer as implementações das ações voltadas aos direitos sexuais na literatura nacional;
ESPECÍFICOS 
 1. Descrever as ações educativas acerca de direitos sexuais desenvolvidos no nível de atenção básica;
 2. Identificar as propostas metodológicas para as atividades educativas.
Pergunta Norteadora 
 Como os direitos sexuais e reprodutivos são implementados atualmente na politica de saúde publica e na pratica?
As Mulheres e os Direitos Sexuais Sobre seu Corpo
Alves (2000) destaca que a afirmação esta se referindo a corpos das quais as próprias mulheres não tem sido donas, numa lamentável historia de exploração expropriação de seus próprios corpos e suas sexualidades;
Devido a diversas restrições estatais e sociais, muitas mulheres em todo o mundo são vitimas de interrupções voluntarias de gravides insegura e isso tem gerado muitas mortes. Enquanto isso o aborto legalizado salva vidas e permite a liberdade de escolha ( Oria 2003);
Oria (2003), temos que defender a liberdade de escolha das mulheres e o direito de autonomia de seus corpos e denuncia que a própria sociedade é abortiva.
Perspectivas e limites dos Direitos Sexuais nos Estados Democráticos
 Alguns setores do Estados aliados as denominações religiosas, tem contribuído para construção de barreiras contra as mulheres brasileiras, em especial, através do congresso nacional, que insiste em manter as mulheres afastadas da vida publica e buscam suprimir direitos já conquistados (Angelin 2015);
Angelin (2015) salienta, a um elevado numero de mulheres que recorriam aos tribunais e recebiam a negativa da interrupção da gravides de fetos anencefálicos, logo após o ano de 2012, o STF julgou e decidiu por descriminalizar o abortamento de fetos anencefálicos, dando as mulheres autonomia da decisão de manter ou não o feto anencefálico.
Perspectivas e limites dos Direitos Sexuais nos Estados Democráticos
Lagarde; Los Ríos (2001), concluem que é fundamental para as mulheres que se criem marcos jurídicos voltados para sua estabilidade e segurança, ou seja, é preciso que sejam garantidos juridicamente direitos humanos capazes de modificar a cultura machista e patriarcal que assola a sociedade;
Lagarde; Los Ríos (2001), salienta esta é uma das funções dos direitos: mudar a cultura, neste caso, criando a possibilidade de liberdades de escolha. Não se tratando de uma criação de uma hegemonia feminina, mas da possibilidade de que as mulheres possam decidir sobre suas vidas e seus corpos sem o peso da culpa.
Abordagem Integral do Direito Sexual e Reprodutivo na Atenção Primaria 
 As equipes de Atenção básica / Saúde da família tem um papel fundamental na promoção da Saúde sexual reprodutiva, bem como na identificação das dificuldades e disfunções sexuais, tendo em vista a sua atuação mais próxima das pessoas em seu contexto familiar e social (Prietsch,2011);
Tanto à saúde reprodutiva quanto a sexual, ambas implica que a pessoa possa ter uma vida sexual segura e satisfatória, com autonomia para se reproduzir e a liberdade de decidir sobre quando e quantas vezes deve fazê-lo (BRASIL, 2010).
Abordagem Integral do Direito Sexual e Reprodutivo na Atenção Primaria 
Ao usuário da atenção primaria esta implícito o direito de homens e mulheres de serem informados e de terem acesso a métodos eficientes, seguros, permissíveis e aceitáveis de planejamento familiar de sua escolha, assim como outros métodos de regulação da fecundidade (BRASIL, 2010);
Infelizmente segundo Prietsch (2011), as questões relacionadas à saúde sexual são pouco ou mesmo nem são abordadas;
Segundo Silva (2017), os profissionais da saúde devem facilitar o acesso ao Programa da Saúde Familiar (PSF), às orientações e aos métodos contraceptivos, programar visitar as escolas próximas à unidade de saúde visando incentivar os adolescentes à frequentarem os postos de saúde.
Abordagem Integral do Direito Sexual e Reprodutivo na Atenção Primaria 
A abordagem de adolescentes e adultos jovens pretende alçar discussões relacionadas ao planejamento familiar a partir da reflexão sobre projeto de vida e os direitos sexuais e reprodutivos (Silva, 2017);
Silva (2017), salienta que é prudente planejar e promover semestralmente eventos em horários viáveis a população visando à participação do maior número de pessoas possível, abrangendo palestras sobre métodos contraceptivos, prevenção e diagnóstico precoce de DST;
As discussões visão também atualizar os profissionais e aprimorar as técnicas de abordagem na atenção sexual e reprodutiva (Silva, 2017).
Considerações Finais 
 O estudo revelou o restrito conhecimento dos usuários da atenção primaria sobre os direitos sexuais e reprodutivos, mesmo depois de realizações de palestras e cursos realizados;
Apostar em demandas, debates e lutas dos movimentos feministas ainda é uma das formas mais eficazes de garantir a criação e efetivação de direitos humanos para as mulheres e de denunciar a condição na qual a maior parte da humanidade está subjugada. Além de ser um processo educativo, acaba sendo uma vivência pedagógica de mudança de padrões culturais e de relações humanas;
Realizar atividades de educação permanente no próprio local de trabalho a partir de situações cotidianas pode ser uma alternativa para fazer com que o tema dos direitos sexuais seja reconhecido e incorporados na pratica (Lagarde; Los Ríos 2001).
Considerações Finais 
Para as mulheres é fundamental que se criem marcos jurídicos voltados para sua estabilidade e segurança, ou seja, é preciso que sejam garantidos juridicamente direitos humanos capazes de modificar a cultura machista e patriarcal que assola a sociedade. Esta é uma das funções dos direitos: mudar a cultura, neste caso, criando a possibilidade de liberdades de escolha;
Embora não seja uma tarefa simples, nem por isso, se configura em algo impossível de ser realizado. Que o limite dos sonhos, das lutas, das liberdades e da autonomia das mulheres, sejam as estrelas;Não se trata da criação de uma hegemonia feminina, mas sim da possibilidade de que as mulheres possam decidir sobre suas vidas e seus corpos sem o peso da culpa cultural, religiosa ou a criminalização por parte do Estado (Lagarde y de Los Ríos 2011).
Referências
ANGELIN, Rosângela. Direitos sexuais e direitos reprodutivos das mulheres: avanços e desafios na construção da democracia. Coisas do Gênero: Revista de estudos feministas de teologia e religião. São Leopoldo. V.1, n.2, 2015.
ALVES, Rubem. A alegria de Ensinar. Campinas-SP: Papirus, 2000. 
ÁVILA, M.B. Direitos Reprodutivos: o caos e a ação governamental. In: CORRÊA, S.; ÁVILA, M.B. Os Direitos Reprodutivos e a condição feminina. Recife: SOS Corpo, 1989.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde sexual e saúde reprodutiva. Série A - Normas e Manuais Técnicos, Cadernos de Atenção Básica, n. 26, Brasília, Ministério da Saúde, 2010.
HALL, Stuart. A identidade Cultural na pós-modernidade. Tradução: Thomaz Tadeu da Silva; Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP&A editora, 2005.
Referências
LAGARDE Y DE LOS RÍOS, Marcela. Género y Feminismo: desarrollo humano y democracia. 3. ed. Madrid: horas y HORAS, 2001.
LEMOS, A. Direitos sexuais e reprodutivos: percepção dos profissionais da atenção primária em saúde. Rio de Janeiro: UERJ, 2014.
ORIA, Piera [compiladora]. El aborto desde la perspectiva de la Teología Feminista: para una discusión abierta y plural. Buenos Aires: Editorial Librería de Mujeres, 2003.
PRIETSCH, Silvio Omar Macedo et al . Gravidez não planejada no extremo Sul do Brasil: prevalência e fatores associados. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 27, n. 10, p. 1906-1916, Oct. 2011 . Available from . access on 19 Sept. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2011001000004.
SILVA, Ingrid. Abordagem integral da sexualidade na atenção primaria. São Paulo-SP: Papirus, 2017.

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