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Direito Civil_ Direitos Reais (1)

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Direito Civil: Direitos Reais
Prof Sandra Ligian 
http://mundonotarial.org/blog/wp-content/uploads/2018/03/CartilhaDuvida.pdf
https://forumdeconcursos.com/wp-content/uploads/wpforo/attachments/19450/1091-Direito-Civil-Brasileiro-Volume-05-Carlos-Roberto-Gonalves-2017.pdf
A1 25/03 á 26/03 > marcada p o dia 26/03
A2 03/04 á 09/04 > marcada p o dia 09/04
DI, D2,D3 > 10 a 14/06 > marcado p o dia 11/06
Na aulas levar o código
São direito reais conforme o art.1225 do CC
 Art. 1.225. São direitos reais:
I - a propriedade;
II - a superfície;
III - as servidões;
IV - o usufruto;
V - o uso;
VI - a habitação;
VII - o direito do promitente comprador do imóvel;
VIII - o penhor;
IX - a hipoteca;
X - a anticrese.
XI - a concessão de uso especial para fins de moradia; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
XII - a concessão de direito real de uso. (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
XII - a concessão de direito real de uso; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 700, de 2015)
Vigência encerrada
XII - a concessão de direito real de uso. (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
XII - a concessão de direito real de uso; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 759. de 2016)
XII - a concessão de direito real de uso; e (Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017)
XIII - os direitos oriundos da imissão provisória na posse, quando concedida à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou às suas entidades delegadas e respectiva cessão e promessa de cessão. (Incluído pela Medida Provisória nº 700, de 2015)
Vigência encerrada
XIII - a laje. (Incluído pela Medida Provisória nº 759. de 2016)
XIII - a laje. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
Distinção entre direitos reais e pessoais
Direito real- segundo a concepção clássica consiste no poder jurídico, direto e imediato , do titular sobre a coisa, com exclusividade e contra todos.
Direito pessoal- consiste numa relação jurídica pela qual o sujeito ativo pode exigir do sujeito passivo determinada prestação. Constitui uma relação de pessoa a pessoa, e tem como elementos o sujeito ativo e o sujeito passivo da relação. 
Os direitos reais têm por outro lado, como elementos essenciais, o sujeito ativo, a coisa e a relação ou poder do sujeito sobre a coisa, chamado domínio.
Teoria > dualista ou tradicional 
 > unitárias > personalista -->diretas/abstenção 
 > realista>unificação a partir do patrimônio- SA-SP e obrigações→ positivas-negativas
Direitos Pessoais 
Sujeito Ativo <-> Sujeito Passivo 
 Prestação 
· Cooperativo
· Relativo
· Norma facultativa
· Coisa determinável 
· Violação (ação/omissão)
· Preponderantemente transitória 
Direitos Reais
S → Coisa
· Atributivo 
· Absoluto - “erga omnes”
· Normas de ordem pública- natureza cogente- “numerus clausus”
· Coisa determinada
· Violação > fato positivo 
· Preponderantemente tende à propriedade 
22/02
Propriedade 
Conceito 
CC, art.1228
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
-não dá o conceito e sim estabelece as prerrogativas 
“just utendi” cumprir função
· “jus fruendi” usufruir 
· “jus abutendi” 
“ rei vindicatio” direito de reivindicar, direito de sequela (buscar a coisa)
É o poder jurídico atribuído a uma pessoa de usar, gozar e dispor de um bem, corpóreo ou incorpóreo em sua plenitude e dentro dos limites estabelecido bem como de reivindicá-lo de quem injustamente o detenha.
Extensão da propriedade 
 CC, art. 1229 e 1230 
Art. 1.229. A propriedade do solo abrange a do espaço aéreo e subsolo correspondentes, em altura e profundidade úteis ao seu exercício, não podendo o proprietário opor-se a atividades que sejam realizadas, por terceiros, a uma altura ou profundidade tais, que não tenha ele interesse legítimo em impedi-las.
Art. 1.230. A propriedade do solo não abrange as jazidas, minas e demais recursos minerais, os potenciais de energia hidráulica, os monumentos arqueológicos e outros bens referidos por leis especiais.
Parágrafo único. O proprietário do solo tem o direito de explorar os recursos minerais de emprego imediato na construção civil, desde que não submetidos a transformação industrial, obedecido o disposto em lei especial.
Interesse vertical. ex:não podemos impedir passagem de cabos de energia
-CF art.20, VII a X e 176
-Decreto lei nº 227/67, art.84
Condicionamento da propriedade 
Autores não apresentam um tópico
 
-Desapropriação 
Quando existe um interesse coletivo que se sobrepõe sobre o direito individual, o Estado compulsoriamente pode desapropriar 
-Função social 
*CF, art.5, XXIII e XXIX, 10, III
*CC.art.1228
08.03.19
Aquisição da propriedade imóvel 
-Registro do título 
*Sistemas -
 > Germânicos “iuris it iure”-absoluta
 >Francês - não existe necessidade de registro 
 >Brasileiro - presunção “iuris tantum”-relativa-CC art 1.245, parag. 2- se dá através do registro, no nosso sistema existe a possibilidade de cancelamento do registro (art. 166 e 171 cc) 
Título translativo > judicial 
 > extrajudicial 
Princípios ou atributos 
1) Publicidade - efeito “erga omnes”
Conhecimento 
2) Força probante (fé pública) ou presunção “iuris tantum” CC art. 1.247
Presunção relativa que aquele que consta no registro è o proprietário 
Art. 1.247. Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o interessado reclamar que se retifique ou anule
3) Legalidade/validade - qualificação registra( O oficial do cartório precisa realizar a qualificação registral) 
· Prenotação - 
· Suscitação de dúvida-o interessado suscita direto para o oficial e ele remete para o juiz
· Dúvida inversa - direto no poder judiciário 
Cartório deve justificar quando não registra 
Art. 108cc, art. 215cc
4) Territorialidade - no caso de SP temos vários cartórios de registro, verificar em qual região está o imóvel 
5)Continuidade -um dos princípios fundamentais do registro imobiliário, pelo qual somente se admite o registro de um título se a pessoa que nele aparece como alienante é a mesma que figura no registro como o seu proprietário.
6) Prioridade - efetivamente vai ser proprietário quem primeiro registrar, quem primeiro pré-notar, pq o registro vai seguir a ordem de Prenotação 
7)Especialidade - o imóvel deve ser devidamente individualização -(conseguir identificar onde o imóvel está localizado) previsto no art. 225 da Lei dos Registros Públicos
8)Instância - requerimento do interessado .Não permite que o oficial proceda a registros de ofício, mas somente a requerimento do interessado, ainda que verbal. Sem solicitação ou instância da parte ou da autoridade, o registrador não pratica os atos do seu ofício. 
9)Constitutividade - com o registro se constitui o direito de propriedade. Efeito“ex tunc”
Matrícula “è uma certidão de nascimento “A matrícula constitui o núcleo do registro imobiliário e exige controle rigoroso e exatidão das indicações que nela se contêm
Registro - O registro sucede à matrícula e é o ato que efetivamente acarreta a transferência da propriedade. O número inicial da matrícula é mantido, mas os subsequentes registros receberão numerações diferentes, em ordem cronológica, vinculados ao número da matrícula-base. 
Averbação - se dá para modificações no imóvel ou mudança no estado das pessoas.A averbação é qualquer anotação feita à margem de um registro, para indicar as alterações ocorridas no imóvel, seja quanto à sua situação física (edificação de uma casa, mudança de nome de rua), seja quanto à situação jurídica do seu proprietário (mudança de solteiro para casado, p. ex.). 
 
Desmembramento lei 6.766 - se uma área (que já tinha uma matrícula) for desmembrada se faz uma nova matrícula do que foi desmembrado, Averbação do Desmembramento. 
Fusão/unificação-o sujeito tem uma área e acaba comprando outras áreas no entorno, pode pedir a fusão delas(é realizado uma nova matrícula e as anteriores são canceladas) 
Retificação - corrigir a metragem, o nome de um dos proprietários.12.03
 Usucapião extraordinária 
A usucapião extraordinária é disciplinada no art. 1.238 do Código Civil e seus requisitos são: posse de quinze anos (que pode reduzir-se a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo), exercida com ânimo de dono, de forma contínua, mansa e pacificamente. Dispensam-se os requisitos do justo título e da boa-fé. 
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo.
-lei 6.015/73, art. 216 A- Lei dos registros públicos 
-Provimento N. 65 do CNJ
Art. 1071 cpc - Usucapião pode ser realizada extrajudicialmente->será processado diretamente perante o cartório de registro de imóveis da comarca em que estiver situado o imóvel usucapiendo 
-Objetivo é desafogar o judiciário 
Estudo do Art. 216 A 
- Art. 216-A. Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião, que será processado diretamente perante o cartório do registro de imóveis da comarca em que estiver situado o imóvel usucapiendo, a requerimento do interessado, representado por advogado, instruído com:...
-Continua tendo a possibilidade de pedir a usucapião de forma judicial;
-Não há problema se a pessoa pedir judicialmente primeiro e depois optar pelo extrajudicial; 
- Usucapião é considerada uma forma de prescrição aquisitiva pq um dos seus pressupostos é o tempo 
-um dos objetivos da ata notarial é provar o tempo de posse;
-justo título -quem tem justo título se presume estar de boa fé; “poderia ser considerado todo aquele título que seria habil a transferencia da propriedade, mais que por algum vício, defeito ele não cumpriu o seu papel” Carlos Roberto Gonçalves.
-Art. 1240 A/Art. 1242 cc/Art. 1238 cc/art.108 cc/art.299 cc
caso- escritura pública art.108 
15/03
Proteção da Propriedade 
*ação de despejo- romper o vínculo entre locador e locatário 
Ações:
-Reivindicatória:
“Compete tal ação, consoante antiga e conhecida regra, ao proprietário não possuidor contra o possuidor não proprietário. Pode utilizá-la quem está privado da coisa que lhe pertence e quer retomá-la de quem a possui ou detém injustamente.”
Aquele que tem propriedade mas efetivamente não tem posse direta, usada quando injusta é a posse ou quando não há causa jurídica(contrato).(quando tem posse reintegração)
Objeto:Em linhas gerais podem ser reivindicados todos os bens que são objeto de propriedade, ou seja, todas as coisas corpóreas que se acham no comércio, sejam móveis ou imóveis, singulares ou coletivas, simples ou compostas, mesmo as universalidades de fato, como um rebanho, por exemplo. 
-Imissão de ou na posse
CPC 1939. Não está discriminada no CPC 1973/2015 e CC atuais. Utilizada ainda em casos que o consumidor tem uma causa jurídica.Ação de entrada na posse. Posse indireta, autores dizem que a diferença está na posse daquele que efetivamente está com a coisa. Posse ou detenção.
-Negatoria: 
“A ação negatória é cabível, em regra, quando o domínio do autor, por um ato injusto, esteja sofrendo alguma restrição por alguém(terceiros) que se julgue com direito de servidão sobre o imóvel”
“Segundo LACERDA DE ALMEIDA, “a reivindicatória defende a substância do domínio, a negatória defende-lhe a plenitude” pg.253
Efetivamente, embora ambas, a reivindicatória e a negatória, destinem-se a proteger o domínio, cada uma o faz de modo diverso, segundo a natureza da ofensa que buscam reprimir. A reivindicatória é provocada pela perda da posse da coisa; a negatória, por atos de terceiro que, sem importarem a tirada da coisa do poder do proprietário, restringem ou limitam o exercício do domínio. 
Quando não sou possuidora, e tenho limitações no meu direito de propriedade (Servidão*sujeito está servindo sem autorização). Fundada no direito de propriedade. Plenitude no direito de propriedade.Perturbação ao direito de usar, gozar, fruir, dispor reivindicar. 
-Dano infecto: 
*Direitos de vizinhança. art.1277 cc.
Cabe tanto ao possuidor quanto ao proprietário. 
A ação de dano infecto, isto é, de dano iminente, tem caráter preventivo e cominatório, como o interdito proibitório, e pode ser oposta quando haja fundado receio de dano iminente, em razão de ruína do prédio vizinho ou vício na sua construção. 
Encontra fundamento no art. 1.280 do Código Civil. Visa resolver, mais frequentemente, um conflito de vizinhança. Do mau uso da propriedade resultam prejuízos ou incômodos ao vizinho. A fim de que cessem, o prejudicado invoca a proteção judicial. Outras vezes, o prejuízo ainda não ocorreu, mas há fundado receio de que suceda. Neste caso, o proprietário, em vez da negatória, que é ação defensiva, usa ação preventiva, como a de dano infecto
-Declaratoria: Pessoa busca declaração de reconhecimento de direito real. Efetivamente sou proprietária mas não consigo provar minha propriedade.
-Confessória: Quando o proprietário efetivamente confessa o direito de alguém, reconhece. Ex. servidão
Ação indicada para a defesa de um direito, ou usufruto, quando se prova o domínio sobre o imóvel. Seu objetivo principal é o de conservar direito real ou pessoal adquirido em propriedade alheia
-Divisão de coisa: Condomínio* extinção de condomínio
 
-Demarcatória: ação cabível para demarcar delimitar a propriedade do meu vizinho.
-Nunciação de obra nova: art.934 cpc*polêmica o que se considera obra nova?não tenha vícios.Desde que esteja concluída. art.1301 cc
A ação de nunciação de obra nova compete ao proprietário ou possuidor. 
Tal ação, também chamada de embargo de obra nova, reveste-se de caráter possessório pelo fato de poder ser utilizada também pelo possuidor. Mas não visa, direta e exclusivamente, à defesa da posse. Não existe conflito possessório sobre a mesma coisa, mas sim uma obra que afeta o uso pacífico de outra coisa.A hipótese de maior aplicabilidade da mencionada ação é aquela movida pelo proprietário ou possuidor a fim de impedir edificação prejudicial de obra nova em imóvel vizinho. Pg.195
-Demolitória : Ação de competência do vizinho, quando há violação na norma de construção, forçando a demolição da obra erigida com violação dos direitos de vizinhança ou de preceito legal.
*Imissão na posse e reivindicatória - Carlos Roberto Gonçalves 
“Afirmam alguns autores que a reivindicatória atende perfeitamente à finalidade da ação de imissão na posse, tendo esta, portanto, sido absorvida por aquela. A imissão, diz ADROALDO FURTADO FABRÍCIO, submete-se a rito comum “e acha-se praticamente subsumida na reivindicatória, sujeitando-se a sentença que nela se profere a execução também para entrega de coisa certa” 372. Trata-se, no entanto, de ações distintas, que têm aplicações em diferentes situações, pois a ação de reivindicação, segundo GILDO DOS SANTOS, “cuida de domínio e posse que se perderam por ato injusto de outrem. Na imissão, a situação é diversa. O proprietário quer a posse que nunca teve. Não perdeu o domínio, nem a posse. Tem o domínio e quer a posse também, na qual nunca entrou” 373. Assim, o objetivo da imissão é consolidar a propriedade, em sentido amplo, enquanto a reivindicação tem por fim reaver a propriedade”
art.1249 cc,
19.03
Acessão CC arts. 1248 a 1259
Acessão é o modo de aquisição da propriedade, criado por lei, em virtude do qual tudo o que se incorpora a um bem fica pertencendo ao seu proprietário. 
Em todas as suas formas, a acessão depende do concurso de dois requisitos: 
a) a conjunção entre duas coisas, até então separadas; 
b) o caráter acessório de uma dessas coisas, em confronto com a outra.
 Na acessão predomina, com efeito,o princípio segundo o qual a coisa acessória segue a principal (accessorium sequitur suum principale). A coisa acedida é a principal, a coisa acedente, a acessória. 
A acessão pode dar-se pela formação de ilhas, aluvião, avulsão, abandono de álveo e plantações ou construções (CC, art. 1.248). A última forma é denominada acessão industrial, por decorrer do trabalho ou indústria do homem, sendo acessão de móvel a imóvel. As demais são acessões físicas ou naturais.
Aluvião- não temos força violenta
Aluvião. 
“Aluvião é o aumento insensível que o rio anexa às terras, tão vagarosamente que seria impossível, em dado momento, apreciar a quantidade acrescida. Esses acréscimos pertencem aos donos dos terrenos marginais, conforme a regra de que o acessório segue o principal. “
Trata-se de um meio originário de aquisição da propriedade imóvel por acessão, em decorrência do aumento vagaroso de terras à margem de rios, resultante do desvio das águas ou de enxurradas.
Art. 1250.
Os acréscimos formados, sucessiva e imperceptivelmente, por depósitos e aterros naturais ao longo das margens das correntes, ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos donos dos terrenos marginais, sem indenização.
Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar em frente de prédios de proprietários diferentes, dividir-se-á entre eles, na proporção da testada de cada um sobre a antiga margem.
Avulsão - Força natural, violenta 
Não se confunde com a aluvião, que é, como visto, acréscimo vagaroso e imperceptível.
 Art. 1251.Quando, por força natural violenta, uma porção de terra se destacar de um prédio e se juntar a outro, o dono deste adquirirá a propriedade do acréscimo, se indenizar o dono do primeiro ou, sem indenização, se, em um ano, ninguém houver reclamado.
Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento de indenização, o dono do prédio a que se juntou a porção de terra deverá aquiescer a que se remova a parte acrescida.
O álveo abandonado 
“O Código de Águas define o álveo como “a superfície que as águas cobrem sem transbordar para o solo natural e ordinariamente enxuto” (art. 9º). É, em suma, o leito do rio. Ele será público de uso comum, ou dominical, conforme a propriedade das respectivas águas; e será particular, no caso de águas comuns ou águas particulares (Código de Águas, art. 10). O álveo abandonado de rio público ou particular pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, na proporção das testadas, até a linha mediana daquele (Código de Águas, art. 10 e parágrafos). Dispõe a propósito o art. 1.252 do Código Civil:”
Art. 1252.O álveo abandonado decorrente pertence aos proprietários ribeirinhos das duas margens, sem que tenham indenização os donos dos terrenos por onde as águas abrirem novo curso, entendendo-se que os prédios marginais se estendem até o meio do álveo.
Acessões industriais: construções e plantações
 As construções e plantações são chamadas de acessões industriais ou artificiais, porque derivam de um comportamento ativo do homem. A regra básica está consubstanciada na presunção de que toda construção ou plantação existente em um terreno foi feita pelo proprietário e à sua custa. Trata-se, entretanto, de presunção vencível, admitindo prova contrária. Nesse sentido, preceitua o art. 1.253 do Código Civil
Art. 1253. Toda construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, até que se prove o contrário.
-Presunção relativa “iuris tantum”
A presunção se ilide nas hipóteses mencionadas nos arts. 1.254 
Art. 1254.-Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno próprio com sementes, plantas ou materiais alheios, adquire a propriedade destes; mas fica obrigado a pagar-lhes o valor, além de responder por perdas e danos, se agiu de má-fé.
Art. 1255.Aquele que semeia, planta ou edifica em terreno alheio perde, em proveito do proprietário, as sementes, plantas e construções; se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização.
Parágrafo único. Se a construção ou a plantação exceder consideravelmente o valor do terreno, aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou, adquirirá a propriedade do solo, mediante pagamento da indenização fixada judicialmente, se não houver acordo.
-acontece muito em grandes extensões de terra, áreas rurais;
 Se, no entanto, estiver de má-fé, o proprietário terá a opção de obrigá-lo a repor as coisas no estado anterior, retirando a planta ou demolindo a edificação, e a pagar os prejuízos, ou deixar que permaneça, a seu benefício e sem indenização. 
O art. 1.255 em apreço somente se aplica às construções e plantações, que são acessões industriais, e não às benfeitorias, que não são coisas novas, mas apenas acréscimos ou melhoramentos em obras já feitas. Nas acessões, o proprietário paga o justo valor, isto é, o valor efetivo dos materiais e da mão de obra. Nas benfeitorias, estando o possuidor de má fé, pode o proprietário optar entre o valor atual e o seu custo (CC, art. 1.222), devendo este, no entanto, ser corrigido monetariamente 
Art. 1256.Se de ambas as partes houve má-fé, adquirirá o proprietário as sementes, plantas e construções, devendo ressarcir o valor das acessões.
Parágrafo único. Presume-se má-fé no proprietário, quando o trabalho de construção, ou lavoura, se fez em sua presença e sem impugnação sua.
-Falta de lealdade 
O mesmo critério se aplica quando terceiro, que não é dono das sementes, plantas ou materiais, emprega-os de boa-fé em solo alheio. Assim mesmo o proprietário os adquire, e o dono das plantas ou dos materiais poderá cobrar a indenização do dono do solo quando não puder havê-la do plantador ou construtor
Art. 1257.O disposto no artigo antecedente aplica-se ao caso de não pertencerem as sementes, plantas ou materiais a quem de boa-fé os empregou em solo alheio.
Parágrafo único. O proprietário das sementes, plantas ou materiais poderá cobrar do proprietário do solo a indenização devida, quando não puder havê-la do plantador ou construtor.
-Semente não é do sujeito e nem o solo; 
Art. 1258.Se a construção, feita parcialmente em solo próprio, invade solo alheio em proporção não superior à vigésima parte deste, adquire o construtor de boa-fé a propriedade da parte do solo invadido, se o valor da construção exceder o dessa parte, e responde por indenização que represente, também, o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente.
Parágrafo único. Pagando em décuplo as perdas e danos previstos neste artigo, o construtor de má-fé adquire a propriedade da parte do solo que invadiu, se em proporção à vigésima parte deste e o valor da construção exceder consideravelmente o dessa parte e não se puder demolir a porção invasora sem grave prejuízo para a construção.
-Vigésima parte - 5%
Os requisitos para que ocorra a aquisição da propriedade do solo são, pois, os seguintes: 
a) que a construção tenha sido feita parcialmente em solo próprio, mas havendo invasão de solo alheio; 
b) que a invasão do solo alheio não seja superior à vigésima parte deste; 
c) que o construtor tenha agido de boa-fé; 
d) que o valor da construção exceda o da parte invadida; 
e) que o construtor indenize o dono do terreno invadido, pagando-lhe o valor da área perdida e a desvalorização da área remanescente
A invasão, pela construção, de área alheia considerável é disciplinada no art. 1.259 do Código Civil:
Art. 1259.Se o construtor estiver de boa-fé, e a invasão do solo alheio exceder a vigésima parte deste, adquire a propriedade da parte do solo invadido, e responde por perdas e danos que abranjam o valor que a invasão acrescer à construção, mais o da área perdida e o da desvalorização da área remanescente; se de má-fé, é obrigado a demolir o que nele construiu, pagando as perdas e danos apurados, que serão devidos em dobro.
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22/03
Cont. Usucapião
O direito brasileiro distingue três espécies de usucapião de bens imóveis: a extraordinária, a ordinária e a especial ou constitucional, dividindo-se a última em rural (pro labore) e urbana (pró-moradia ou pro misero e familiar)
-Usucapião Extraordinária art.1.238Seus requisitos são: 
· posse de quinze anos (que pode reduzir-se a dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo)
· exercida com ânimo de dono, 
· de forma contínua, mansa e pacificamente
· Dispensam-se os requisitos do justo título e da boa-fé. 
· 
-Usucapião Ordinária 
 Seus requisitos são: 
· posse de dez anos, 
· exercida com ânimo de dono, de forma contínua, mansa e pacificamente, 
· além de justo título e boa-fé. 
Dispõe, com efeito, o art. 1.242 do Código Civil:
 “Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. 
Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico”.
-Usucapião Especial ou constitucionais (arts.1238/1240) >rural “pro labore” art.192 CF / urbana - individual “pro misero “ art.183 CF
Também chamada de constitucional por ter sido introduzida pela Constituição Federal sob duas formas: usucapião especial rural, também denominada pro labore, e usucapião especial urbana, também conhecida como pró-moradia. A de 1934 consagrou a modalidade rural, que está também regulamentada no art. 191 da Carta de 1988 e no art. 1.239 do Código Civil de 2002.
art.10 a 14 lei 10.257/01
Pode se usar em favela ou comunidade 
Indígena (usucapião)
art.33 da usucapião 
Somente uma área particular até 50 hectares 
Usucapião especial rural Art. 1.239
A usucapião especial rural não se contenta com a simples posse. O seu objetivo é a fixação do homem no campo, exigindo ocupação produtiva do imóvel, devendo neste morar e trabalhar o usucapiente. Constitui a consagração do princípio ruralista de que deve ser dono da terra rural quem a tiver frutificado com o seu suor, tendo nela a sua morada e a de sua família.Tal modalidade não exige, todavia, justo título nem boa-fé.
 Usucapião especial urbana art.1.240
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1o O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2o O direito previsto no parágrafo antecedente não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.
-Posse - ininterrupta 
>específica, mansa, s/oposição 
-Prazo 5 anos 
-Até 2015m² 
-Utilizar em moradia 
-não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural 
 *Ler estatuto da cidade lei 10.257/01
Na usucapião especial, só neste caso se pode pedir a soma da posse se for herdeiro legítimo 
A sucessão se dá na hora da morte, o herdeiro só terá o direito de usucapir se estiver na posse 
Pessoa jurídica pode usucapir?
O jurídico não pode, pois não tem personalidade …
Usucapião familiar art.1240 A
Inserindo no Código Civil o art. 1.240-A e seu § 1º,
Trata-se, como mencionado, de nova modalidade de usucapião especial urbana, instituída em favor de pessoas de baixa renda, que não têm imóvel próprio, seja urbano ou rural
Temos a possibilidade de em 2 anos nos tornar proprietário de todo lar.Ininterrupto com a posse direta, ele pode se tornar dono da propriedade, desde que não tenha outra propriedade. Neste caso quando o cônjuge abandonou o lar . 
Parag.único- Não será reconhecido o mesmo benefício mais de uma vez
A lei em apreço disciplina o novo instituto nos mesmos moldes previstos no art. 183 da Constituição Federal. Tanto no caso da usucapião especial urbana, como no da usucapião familiar, é necessário que o usucapiente não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural e exerça posse mansa, pacífica e ininterrupta sobre imóvel urbano de até 250 metros quadrados, para fins de sua moradia ou de sua família, não sendo permitida a concessão da medida mais de uma vez em favor da mesma pessoa.
Podem ser apontadas, no entanto, as seguintes diferenças entre as duas modalidades:
 a) na usucapião familiar, ao contrário do que sucede na usucapião especial urbana disciplinada no art. 1.240 do Código Civil, exige-se, além dos requisitos mencionados, que o usucapiente seja coproprietário do imóvel, em comunhão ou condomínio com seu ex-cônjuge ou ex companheiro; 
b) exige-se, também, que estes tenham abandonado o lar de forma voluntária e injustificada; e
 c) o tempo necessário para usucapir é flagrantemente inferior às demais espécies de usucapião, consumando-se a prescrição aquisitiva no prazo de dois anos. 
11977/09 Programa minha casa minha vida
· Posse de 5 anos ela pode pedir usucapião 
· art.1244 dp CC 
Aquisição de propriedade móvel 
Usucapião art.1260 a 1262
Usucapião ordinário 
-Posse contínua/ s contínua 
-3 anos 
-Justo título ( ex. documento de transferência )
-Boa fé
O pedido é de 4 anos p anulação em caso de coação 
art.1261 Usucapião extraordinário móvel
-posse contínua / s contínua 
-05 anos 
*Justo título - não há necessidade 
*boa fé - não há necessidade 
art.1262 aplica-se 
art.1244- aplicação das regras que suspende e interrompe 
-Usucapião indígena 
*-familiar 
-imobiliária administrativa 
-Usucapião extrajudicial 
O art. 1.071 do novo Código de Processo Civil de 2015 introduziu na Lei dos Registros Públicos (Lei n. 6.015/73) o art. 216-A, admitindo a usucapião extrajudicial, processada diretamente perante o cartório do registro de imóveis da comarca em que situado o imóvel usucapiendo. 
Verifica-se que o reconhecimento extrajudicial da usucapião será efetivado perante o Registro de Imóveis, com apresentação de documentos e uma ata notarial lavrada pelo tabelião de notas. A ata notarial, regulada no art. 384 do Código de Processo Civil de 2015, é o instrumento público pelo qual o tabelião atesta “a existência e o modo de existir de algum fato”, ou seja, é o documento público que tem por finalidade comprovar um fato do conhecimento do tabelião. 
A inovação da via extrajudicial é facultativa, pois o interessado poderá optar pela propositura da ação judicial ainda que não haja litígio, e integra o fenômeno da desjudicialização do direito, no qual se inserem, por exemplo, dentre outros, o inventário e o divórcio extrajudiciais (Lei n. 11.441/2007).
Ação de usucapião 
Dispõe o art. 1.241 do Código Civil: 
“Poderá o possuidor requerer ao juiz seja declarada adquirida, mediante usucapião, a propriedade imóvel”. 
29.03
Aquisição da propriedade móvel
Usucapião 
A usucapião de coisas móveis não apresenta a mesma importância da de imóveis. Prevê o Código Civil prazos mais reduzidos para a primeira.
Preceitua o art. 1.260 do aludido diploma: 
“Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a propriedade
É uma espécie da usucapião ordinária. A extraordinária é prevista no art. 1.261, verbis:
 “Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco anos, produzirá usucapião, independentemente de título ou boa-fé”. 
Dispõe ainda o art. 1.262 do Código Civil que se aplica “à usucapião das coisas móveis o disposto nos arts. 1.243 e 1.244”. Desse modo pode o possuidor, para efeito de obter o reconhecimento da usucapião, acrescentar à sua posse a do seu antecessor, contanto que ambas sejam contínuas e pacíficas. Aplicam-se também à usucapião dos móveis as causas que obstam, suspendem ou interrompem a prescrição. 
 
· Ocupação CC art. 1.263
Ocupação é modo originário de aquisição de bem móvel que consiste na tomada de posse de coisa sem dono, com a intenção de se tornar seu proprietário. 
Cumpre salientar que abandono não se presume, devendo resultar claramente da vontade do proprietário de se despojar do que lhe pertence. Destarte, não existe abandono quando, porexemplo, em virtude de mau tempo, o comandante do navio livra-se da carga, lançando-a ao mar. Se esta chega à costa ou vem a ser eventualmente recolhida por outra embarcação, assiste ao proprietário o direito de reclamar-lhe a entrega.
Me torno proprietária pq a coisa não tem dono. Ex. Caça, pesca
A ocupação não pode ser proibida 
Temos proteção ambiental em específico as protetivas a fauna 
*promessa de recompensa, exemplo do cavalo - Achádego “Achádego não è roubadego”
· Achado de tesouro art. 1.264 a 1.266
O Código Civil denomina tesouro o depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória. Se alguém o encontrar em prédio alheio, dividir-se-á por igual entre o proprietário deste e o que o achar casualmente. 
A doutrina em geral inclui o achado do tesouro na categoria da ocupação, como a caça e a pesca. Corresponde a um acessório do solo a que adere. Pertence por isso ao dono respectivo, se este o descobre por si mesmo, ou por intermédio de operário especialmente encarregado da busca. Mas se o operário, entregue a outro serviço, como a escavação do terreno para a abertura de um poço, por exemplo, casualmente descobre o tesouro, terá direito à metade.
Terreno aforado, Enfiteuse o direito passa de pai o filho
· Tradição CC art. 1267 a 1268
Pelo sistema do Código Civil brasileiro, como já foi dito, o contrato, por si só, não transfere a propriedade, gerando apenas obrigações. A aquisição do domínio de bem móvel só ocorrerá se lhe seguir a tradição. Esta consiste, portanto, na entrega da coisa do alienante ao adquirente, com a intenção de lhe transferir o domínio, em complementação do contrato.
A tradição pode ser real, simbólica ou ficta, como já demonstrado no Título I, “Da posse”, Capítulo III, item n. 2.2.1 desta obra, ao qual nos reportamos. O constituto possessório ou cláusula constituti é espécie de tradição ficta. Ocorre quando o vendedor, transferindo a outrem o domínio da coisa, conserva-a todavia em seu poder, por um outro título, como, por exemplo, na qualidade de locatário. A referida cláusula tem a finalidade de evitar complicações decorrentes de duas convenções, com duas entregas sucessivas. 
*È a entrega. Art. 1226 e 1227 1784*art.80 herança è considerado um bem imóvel 
· Especificação art. 1269 a 1271
Dá-se a especificação quando uma pessoa, trabalhando em matéria-prima, obtém espécie nova. Esta será do especificador, se a matéria era sua, ainda que só em parte, e não se puder restituir à forma anterior.Criar algo novo, ex. Obra de arte
Se a matéria pertence inteiramente ao especificador, não paira nenhuma dúvida de que continua ele a ser dono da espécie nova. Do mesmo modo se, embora obtendo espécie nova, a redução à forma anterior for possível sem qualquer dano, como quando, por exemplo, transformam-se barras de ouro em barras menores. Neste caso opera-se o restabelecimento do statu quo anterior, à custa do especificador, devolvendo-se ao verdadeiro dono o que lhe pertencia. 
· Confusão, (comistão mistura) comissão e adjunção art. 1272 a 1274
Confusão é a mistura de coisas líquidas; comistão (houve um erro gráfico na redação final do CC, constando erradamente “comissão”), a mistura de coisas sólidas ou secas; e adjunção, a justaposição de uma coisa a outra. Se as coisas pertencem a donos diversos e foram misturadas sem o consentimento deles, continuam a pertencer-lhes, sendo possível separar a matéria-prima sem deterioração. Não o sendo, ou exigindo a separação dispêndio excessivo, subsiste indiviso o todo. A espécie nova pertencerá aos donos da matéria-prima, cada qual com o seu quinhão proporcional ao valor do seu material. Todavia, se uma das coisas puder ser considerada principal em relação às outras, a propriedade da espécie nova será atribuída ao dono da coisa principal, tendo este, contudo, a obrigação de indenizar os outros (CC, art. 1.272, §§ 1º e 2º). 
Adjunção justaposição de materiais ex. Cadeiras da sala temos ferro, tinta, madeira, plástico…
· Descoberta arts. 1233 a 1238(depende do autor) 
Descoberta é achado de coisa perdida por seu dono. Descobridor é a pessoa que a encontra. Quem quer que ache coisa alheia perdida há de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor.
A obrigação decorre do fato de o proprietário conservar o domínio por ter apenas perdido a coisa, não a tendo abandonado. O aludido dispositivo cuida, com efeito, de coisa perdida e não de coisa abandonada. 
Ex. Podu, caso não tenha recompensa, Mala de dinheiro *Descobridor art.1235
Art. 1.235. O descobridor responde pelos prejuízos causados ao proprietário ou possuidor legítimo, quando tiver procedido com dolo.
02.04
Art. 402cc, art. 1647,
Perda da propriedade cc art. 1.275 e 1276
O direito de propriedade, sendo perpétuo, só poderá ser perdido pela vontade do dono (alienação, renúncia, abandono) ou por alguma outra causa legal, como o perecimento, a usucapião, a desapropriação etc. 
art.1.275
I - por alienação;
II - pela renúncia(expressa) ;
III - por abandono;
IV - por perecimento da coisa;
V - por desapropriação
Os três primeiros incisos do artigo são modos voluntários de perda da propriedade, sendo o perecimento e a desapropriação modos involuntários.
Perda pela alienação Dá-se a alienação por meio de contrato, ou seja, de negócio jurídico bilateral, pelo qual o titular transfere a propriedade a outra pessoa. Pode ser a título oneroso, como na compra e venda, ou a título gratuito, como na doação. Pode ainda ser voluntária, como a dação em pagamento, e compulsória, como a arrematação, bem como decorrer de um ato potestativo, que independe da vontade do proprietário, como se dá com o exercício do direito de retrovenda (CC, art. 505). Em qualquer caso, os efeitos da perda da propriedade imóvel serão subordinados ao registro do título transmissivo (CC, art. 1.275, parágrafo único). 
Perda pela renúncia A renúncia é ato unilateral pelo qual o titular abre mão de seus direitos sobre a coisa, de forma expressa. O ato renunciativo de imóvel deve também ser registrado no Registro de Imóveis competente (CC, art. 1.275, parágrafo único). Exige-se a escritura pública para a “renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País” (CC, art. 108). Também a renúncia à sucessão aberta deve constar expressamente de instrumento público ou ser tomada por termo nos autos, conforme dispõe o art. 1.806 do mesmo diploma
Perda pelo abandono O abandono também é ato unilateral, pelo qual o titular abre mão de seus direitos sobre a coisa. Neste caso, não há manifestação expressa. Pode ocorrer, por exemplo, quando o proprietário não tem meios de pagar os impostos que oneram o imóvel. A conduta do proprietário caracteriza-se, neste caso, pela intenção (animus) de não mais ter a coisa para si. Simples negligência não configura abandono, que não se presume. Malgrado se dispense declaração expressa, como na renúncia, é necessária a intenção de abandonar. Dois, portanto, os requisitos do abandono: a derrelição da coisa e o propósito de não a ter mais para si 691. Abandonado o imóvel, qualquer pessoa pode dele apossar-se. Todavia, se for arrecadado como coisa vaga pelo Município ou pelo Distrito Federal, por se achar nas respectivas circunscrições e “se não encontrar na posse de outrem”, permanecerá como coisa de ninguém durante três anos contados da arrecadação, se estiver em zona urbana, segundo dispõe o art. 1.276, caput, do Código Civil. Há, portanto, a possibilidade de o proprietário arrepender-se no decurso do referido prazo. 
Perda pelo perecimento da coisa A perda pelo perecimento da coisa decorre da perda do objeto. Se, por exemplo, um incêndio destrói uma edificação ou fortes chuvas provocam o deslizamento de um morro, fazendo-o desaparecer, os seus respectivos proprietários perdem o poder que tinham sobre eles. O perecimento da coisa decorre, em regra, de ato involuntário, de fenômenos naturais, como incêndio, terremoto, raio e outras catástrofes, mas pode resultar também de ato voluntário, com a destruição da coisa. 
Perdada propriedade mediante desapropriação -Fundamento jurídico Trata-se de modo involuntário de perda do domínio. A desapropriação é instituto de direito público, fundado no direito constitucional e regulado pelo direito administrativo, mas com reflexo no direito civil, por determinar a perda de propriedade do imóvel, de modo unilateral, com a ressalva da prévia e justa indenização
*1.228 faz referência a uma desapropriação judicial 
§ 4º requisitos os iguais da Usucapião 
§ 5 quem paga a indenização? 
Direitos de vizinhança 
As regras que constituem o direito de vizinhança destinam-se a evitar conflitos de interesses entre proprietários de prédios contíguos. Têm sempre em mira a necessidade de conciliar o exercício do direito de propriedade com as relações de vizinhança, uma vez que sempre é possível o advento de conflitos entre os confinantes.
Art. 1.277. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha.
Parágrafo único. Proíbem-se as interferências considerando-se a natureza da utilização, a localização do prédio, atendidas as normas que distribuem as edificações em zonas, e os limites ordinários de tolerância dos moradores da vizinhança.
Art. 1.278. O direito a que se refere o artigo antecedente não prevalece quando as interferências forem justificadas por interesse público, caso em que o proprietário ou o possuidor, causador delas, pagará ao vizinho indenização cabal.
 interesse público ex. Ampliação do metrô 
Art. 1.279. Ainda que por decisão judicial devam ser toleradas as interferências, poderá o vizinho exigir a sua redução, ou eliminação, quando estas se tornarem possíveis.
Art. 1.280. O proprietário ou o possuidor tem direito a exigir do dono do prédio vizinho a demolição, ou a reparação deste, quando ameace ruína, bem como que lhe preste caução pelo dano iminente.
Cuida-se, ainda, de uso anormal de propriedade, pois a ameaça de desabamento de prédio em ruína constitui negligência do proprietário. O vizinho ameaçado pode, simplesmente, forçar a reparação, exigindo que a outra parte preste, em juízo, caução pelo dano iminente (CPC/2015, art. 300, § 1º). Essa caução pelo dano iminente é chamada de “caução de dano infecto” (cf. Capítulo I deste Título, n. 4.2, retro), mas pode o prejudicado preferir mover ação cominatória contra o proprietário negligente, em forma de ação demolitória, ou para exigir a reparação do prédio em ruínas. 
Art. 1.281. O proprietário ou o possuidor de um prédio, em que alguém tenha direito de fazer obras, pode, no caso de dano iminente, exigir do autor delas as necessárias garantias contra o prejuízo eventual.
O dispositivo trata da hipótese de alguém estar legalmente autorizado a entrar na propriedade e nela edificar passagem de tubos, tubulações e outros condutos, ou de se permitir que o dono de prédio encravado faça obra para ter passagem, ou, ainda, construir canais pelo terreno do vizinho, para receber águas, entre outras hipóteses. Nesses casos, o proprietário ou possuidor, cujo prédio está obrigado a aceitar a execução das obras, está legitimado a exigir garantia, desde que prove, inclusive mediante perícia, se necessária, a presença do dano iminente
Das Árvores Limítrofes art. 1282
Art. 1.282. A árvore, cujo tronco estiver na linha divisória, presume-se pertencer em comum aos donos dos prédios confinantes.
Institui-se, assim, a presunção de condomínio, que admite, no entanto, prova em contrário. A árvore que não tem seu tronco na linha divisória pertence ao dono do prédio em que ele estiver. Sendo comum a árvore, os frutos e o tronco pertencem a ambos os proprietários. Do mesmo modo, se for cortada ou arrancada deve ser repartida entre os donos. Não pode um deles arrancá-la sem o consentimento do outro. Se a sua presença estiver causando prejuízo e não obtiver o consentimento do vizinho, deverá recorrer ao Judiciário. 
Com relação aos frutos que caírem naturalmente, pertencem ao dono do solo onde tombarem, aplica-se a regra do art. 1.284:
Art. 1.284. Os frutos caídos de árvore do terreno vizinho pertencem ao dono do solo onde caíram, se este for de propriedade particular.
Tal regra constitui exceção ao princípio de que o acessório segue o principal, adotado no art. 1.232 do mesmo diploma. 
Art. 1.283. As raízes e os ramos de árvore, que ultrapassarem a estrema do prédio, poderão ser cortados, até o plano vertical divisório, pelo proprietário do terreno invadido.
Trata-se de uma espécie de justiça privada, em oposição à negligência do dono da árvore, que tem o dever de mantê-la em tal situação que não prejudique a propriedade vizinha, as vias públicas, os fios condutores de alta tensão. Por essa razão, se as raízes e ramos foram cortados pelo proprietário do terreno invadido, pela Municipalidade ou pela empresa fornecedora de energia elétrica, não terá aquele direito a qualquer indenização.
1283, podem cortar os galhos desde que não comprometem a árvore 
Da Passagem Forçada
Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
Entendimento jurisprudencial que cabe passagem Forçada se o acesso for difícil 
§ 1o Sofrerá o constrangimento o vizinho cujo imóvel mais natural e facilmente se prestar à passagem.
§ 2o Se ocorrer alienação parcial do prédio, de modo que uma das partes perca o acesso a via pública, nascente ou porto, o proprietário da outra deve tolerar a passagem.
§ 3o Aplica-se o disposto no parágrafo antecedente ainda quando, antes da alienação, existia passagem através de imóvel vizinho, não estando o proprietário deste constrangido, depois, a dar uma outra.
O imóvel encravado não pode ser explorado economicamente e deixará de ser aproveitado, por falta de comunicação com a via pública. O instituto da passagem forçada atende, pois, ao interesse social. O direito é exercitável contra o proprietário contíguo e, se necessário, contra o vizinho não imediato.
 
 Seção IV
Da Passagem de Cabos e Tubulações
Art. 1.286. Mediante recebimento de indenização que atenda, também, à desvalorização da área remanescente, o proprietário é obrigado a tolerar a passagem, através de seu imóvel, de cabos, tubulações e outros condutos subterrâneos de serviços de utilidade pública, em proveito de proprietários vizinhos, quando de outro modo for impossível ou excessivamente onerosa.
Parágrafo único. O proprietário prejudicado pode exigir que a instalação seja feita de modo menos gravoso ao prédio onerado, bem como, depois, seja removida, à sua custa, para outro local do imóvel.
O proprietário é, igualmente, obrigado a tolerar, mediante recebimento de indenização que atenda também à desvalorização da área remanescente, a passagem, através de seu imóvel, de cabos, tubulações e outros condutos subterrâneos de serviços de utilidade pública (luz, água, esgoto, p. ex.), em proveito de proprietários vizinhos, quando de outro modo for impossível ou excessivamente onerosa. 
Sempre serão necessárias “as cautelas devidas, principalmente no que toca a segurança, que será sempre de responsabilidade do poder público ou das concessionárias que exploram o serviço considerado perigoso, embora essencial, principalmente se levarmos em consideração que a prestação deste serviço é remunerada” 756. A obra de segurança antecede à instalação dos cabos e tubulações. 
Art. 1.287. Se as instalações oferecerem grave risco, será facultado ao proprietário do prédio onerado exigir a realização de obras de segurança.
09/04
cont. direito de vizinhança
· Águas CC, art.1288 a 1296
Art. 1.288. O dono ou o possuidor do prédio inferior é obrigado a receber as águas que correm naturalmente do superior, não podendo realizar obras que embaracem o seu fluxo; porém a condição natural e anterior do prédio inferior não pode ser agravada por obras feitas pelo dono oupossuidor do prédio superior.
· Limites entre prédios e direito de tapagem CC, art.1297 a 1298
Art. 1.297. O proprietário tem direito a cercar, murar, valar ou tapar de qualquer modo o seu prédio, urbano ou rural, e pode constranger o seu confinante a proceder com ele à demarcação entre os dois prédios, a aviventar rumos apagados e a renovar marcos destruídos ou arruinados, repartindo-se proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas.
A ação apropriada é a demarcatória (CPC/2015, arts. 569 a 587). É a actio finium regundorum do direito romano. O que caracteriza a demarcação como direito de vizinhança é o fato de repartirem-se proporcionalmente entre os interessados as respectivas despesas. Com efeito, a prerrogativa concedida às partes é não apenas a de haverem delimitado a sua propriedade pela fixação de limites, como a de obterem que tal delimitação se faça com a divisão de despesas pelos interessados. Nesse sentido é que a lei impõe uma restrição ao domínio e ainda que se trata de um direito e de um dever de vizinhança.Somente se admite a ação demarcatória quando há confusão de limites na linha divisória. 
· Direito de construir, art,1299 a 1313
Art. 1.299. O proprietário pode levantar em seu terreno as construções que lhe aprouver, salvo o direito dos vizinhos e os regulamentos administrativos.
O direito de construir constitui emanação do direito de propriedade. Assegura este ao proprietário a faculdade de usar e dispor do que lhe pertence, como lhe aprouver (CC, art. 1.228), nele incluído a de edificar as construções que quiser. Todavia, o exercício do direito de propriedade não é absoluto, condicionando-se a outros valores, que merecem igual tutela da lei, seja no interesse dos vizinhos, seja naquele do bem-estar da coletividade.
**O condomínio também pode ser classificado em pro diviso ou pro indiviso.
Pro diviso é o condomínio de direito, ou seja, é aquele condomínio em que cada membro tem seu direito definido em relação a coisa comum.
Já no condomínio pro indiviso, o condômino não tem noção da sua parte no todo, permanecendo na indivisão.
O condomínio edilício é um exemplo de condomínio pro diviso, enquanto que a herança pode se configurar como um condomínio pro indiviso quando ainda não houver sido realizada a partilha.
· Condomínio em geral, art.1314 a 1330
Art. 1.314. Cada condômino pode usar da coisa conforme sua destinação, sobre ela exercer todos os direitos compatíveis com a indivisão, reivindicá-la de terceiro, defender a sua posse e alhear a respectiva parte ideal, ou gravá-la.
Parágrafo único. Nenhum dos condôminos pode alterar a destinação da coisa comum, nem dar posse, uso ou gozo dela a estranhos, sem o consenso dos outros
Do condomínio voluntário
 Conceito e espécies. O condomínio fechado, Em regra, a propriedade de qualquer coisa pertence a uma só pessoa. Pode-se dizer que a noção tradicional de propriedade está ligada à ideia de assenhoreamento de um bem, com exclusão de qualquer outro sujeito. Mas há casos em que uma coisa pertence a duas ou mais pessoas simultaneamente. Esta situação é designada por indivisão, compropriedade, comunhão ou condomínio.
Segundo CUNHA GONÇALVES, a indivisão ou compropriedade pode ter uma das causas seguintes:
 “a) falecimento de um proprietário, deixando dois ou mais herdeiros, que lhe sucedem conjuntamente no gozo dos seus bens; 
b) alienação feita pelo proprietário de uma coisa a dois ou mais adquirentes, ou a outra pessoa de uma parte da sua coisa;
 c) aquisição feita em comum por dois ou mais indivíduos; 
d) ocupação efetuada por duas ou mais pessoas de uma coisa que não tinha dono; 
e) dissolução de uma sociedade, seguida da fase de liquidação, mas só enquanto esta não se concluir”. 
Quando os direitos elementares do proprietário (CC, art. 1.228) pertencerem a mais de um titular, existirá o condomínio ou domínio comum de um bem. Configura-se este, portanto, quando determinado bem pertence a mais de uma pessoa, cabendo a cada uma delas igual direito, idealmente, sobre o todo e cada uma de suas partes 
Comentários:
art.1297 Cabe ação demarcatória 
12.04
Condomínio art. 1315 a 1330
Art. 1.315. O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita.
Parágrafo único. Presumem-se iguais as partes ideais dos condôminos.
Compromisso ou promessa irretratável de compra e venda art. 1417 e 1418
16.04
-CONDOMÍNIO NECESSÁRIO ART. 1327 A 1330
Art. 1.327. O condomínio por meação de paredes, cercas, muros e valas regula-se pelo disposto neste Código 
-Condomínio estabelecido pela própria lei
-Condomínio necessário ou legal é o imposto pela lei, como no caso de paredes, cercas, muros e valas,
-O condomínio necessário não se origina, portanto, de uma convenção ou de sucessão hereditária. Decorre de imposição da ordem jurídica, em razão de situações peculiares determinadas pelo direito de vizinhança. 
Art. 1.328. O proprietário que tiver direito a estremar um imóvel com paredes, cercas, muros, valas ou valados, tê-lo-á igualmente a adquirir meação na parede, muro, valado ou cerca do vizinho, embolsando-lhe metade do que atualmente valer a obra e o terreno por ela ocupado (art. 1.297).
Art. 1.329. Não convindo os dois no preço da obra, será este arbitrado por peritos, a expensas de ambos os confinantes.
Art. 1.330. Qualquer que seja o valor da meação, enquanto aquele que pretender a divisão não o pagar ou depositar, nenhum uso poderá fazer na parede, muro, vala, cerca ou qualquer outra obra divisória.
CONDOMÍNIO EDILÍCIO ART. 1331 A 1358
Todo aquele que tem uma edificação. Apartamentos, casas em condomínios, loteamentos fechados. 
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos condôminos.
*A garagem nem sempre è área comum. Existem casos em que ela tem sua própria matrícula. 
§ 1o Depende de uma autorização condominial 
Em regra a transferência acaba não sendo autorizada, por tem uma matrícula própria. 
§ 2. Mesmo que apenas uma parte use a área de lazer, a parte comum são de todos. Área comum não pode ser vendida de forma isolada. 
§ 3.
§ 4.ninguém pode ser privado do acesso à rua 
§ 5.em alguns prédios a cobertura è área privativa 
Art. 1.332. Institui-se o condomínio edilício por ato entre vivos ou testamento, registrado no Cartório de Registro de Imóveis, devendo constar daquele ato, além do disposto em lei especial:
O condômino se institui pelo contrato entre atos de pessoas vivas e convenção que constitui… 
Art. 1.333. A convenção que constitui o condomínio edilício deve ser subscrita pelos titulares de, no mínimo, dois terços das frações ideais e torna-se, desde logo, obrigatória para os titulares de direito sobre as unidades, ou para quantos sobre elas tenham posse ou detenção
A partir do momento que a convenção è registrada ninguém pode alegar desconhecimento. Mais ela gera efeito antes do registro. 
1334
o regimento interno.Faz parte da convenção 
Art. 1.335. São direitos do condômino:
I - usar, fruir e livremente dispor das suas unidades;
II - usar das partes comuns, conforme a sua destinação, e contanto que não exclua a utilização dos demais compossuidores;
III - votar nas deliberações da assembléia e delas participar, estando quite. (inadimplemento do condomínio ) 
Art. 1.336. São deveres do condômino:
I - Contribuir para as despesas do condomínio, na proporção de suas frações ideais;
I - contribuir para as despesas do condomínio na proporção das suas frações ideais, salvo disposição em contrário na convenção; 	 (Redação dada pela Lei nº 10.931, de 2004)
II - não realizar obras que comprometam a segurança da edificação;
III - não alterar a forma e a cor da fachada, das partes e esquadrias externas;
IV - dar às suas partes a mesma destinação que tem a edificação, e não as utilizar de maneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costumes.
§ 1o O condômino que nãopagar a sua contribuição ficará sujeito aos juros moratórios convencionados ou, não sendo previstos, os de um por cento ao mês e multa de até dois por cento sobre o débito.
§ 2o O condômino, que não cumprir qualquer dos deveres estabelecidos nos incisos II a IV, pagará a multa prevista no ato constitutivo ou na convenção, não podendo ela ser superior a cinco vezes o valor de suas contribuições mensais, independentemente das perdas e danos que se apurarem; não havendo disposição expressa, caberá à assembléia geral, por dois terços no mínimo dos condôminos restantes, deliberar sobre a cobrança da multa.
Art. 1337. O condômino, ou possuidor, que não cumpre reiteradamente com os seus deveres perante o condomínio poderá, por deliberação de três quartos dos condôminos restantes, ser constrangido a pagar multa correspondente até ao quíntuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, conforme a gravidade das faltas e a reiteração, independentemente das perdas e danos que se apurem.
Parágrafo único. O condômino ou possuidor que, por seu reiterado comportamento anti-social, gerar incompatibilidade de convivência com os demais condôminos ou possuidores, poderá ser constrangido a pagar multa correspondente ao décuplo do valor atribuído à contribuição para as despesas condominiais, até ulterior deliberação da assembléia.
Art. 1.338. Resolvendo o condômino alugar área no abrigo para veículos, preferir-se-á, em condições iguais, qualquer dos condôminos a estranhos, e, entre todos, os possuidores.
Art. 1.339. Os direitos de cada condômino às partes comuns são inseparáveis de sua propriedade exclusiva; são também inseparáveis das frações ideais correspondentes as unidades imobiliárias, com as suas partes acessórias.
§ 1o Nos casos deste artigo é proibido alienar ou gravar os bens em separado.
§ 2o É permitido ao condômino alienar parte acessória de sua unidade imobiliária a outro condômino, só podendo fazê-lo a terceiro se essa faculdade constar do ato constitutivo do condomínio, e se a ela não se opuser a respectiva assembléia geral.
Art. 1.340. As despesas relativas a partes comuns de uso exclusivo de um condômino, ou de alguns deles, incumbem a quem delas se serve.
Art. 1.341. A realização de obras no condomínio depende:
I - se voluptuárias, de voto de dois terços dos condôminos;
II - se úteis, de voto da maioria dos condôminos.
§ 1o As obras ou reparações necessárias podem ser realizadas, independentemente de autorização, pelo síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer condômino.
§ 2o Se as obras ou reparos necessários forem urgentes e importarem em despesas excessivas, determinada sua realização, o síndico ou o condômino que tomou a iniciativa delas dará ciência à assembléia, que deverá ser convocada imediatamente.
§ 3o Não sendo urgentes, as obras ou reparos necessários, que importarem em despesas excessivas, somente poderão ser efetuadas após autorização da assembléia, especialmente convocada pelo síndico, ou, em caso de omissão ou impedimento deste, por qualquer dos condôminos.
§ 4o O condômino que realizar obras ou reparos necessários será reembolsado das despesas que efetuar, não tendo direito à restituição das que fizer com obras ou reparos de outra natureza, embora de interesse comum.
Art. 1.342. A realização de obras, em partes comuns, em acréscimo às já existentes, a fim de lhes facilitar ou aumentar a utilização, depende da aprovação de dois terços dos votos dos condôminos, não sendo permitidas construções, nas partes comuns, suscetíveis de prejudicar a utilização, por qualquer dos condôminos, das partes próprias, ou comuns.
Art. 1.343. A construção de outro pavimento, ou, no solo comum, de outro edifício, destinado a conter novas unidades imobiliárias, depende da aprovação da unanimidade dos condôminos.
Art. 1.344. Ao proprietário do terraço de cobertura incumbem as despesas da sua conservação, de modo que não haja danos às unidades imobiliárias inferiores.
Art. 1.345. O adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios.
Art. 1.346. É obrigatório o seguro de toda a edificação contra o risco de incêndio ou destruição, total ou parcial.
 Seção II
Da Administração do Condomínio
Art. 1.347. A assembléia escolherá um síndico, que poderá não ser condômino, para administrar o condomínio, por prazo não superior a dois anos, o qual poderá renovar-se.
Art. 1.348. Compete ao síndico:
I - convocar a assembléia dos condôminos;
II - representar, ativa e passivamente, o condomínio, praticando, em juízo ou fora dele, os atos necessários à defesa dos interesses comuns;
III - dar imediato conhecimento à assembléia da existência de procedimento judicial ou administrativo, de interesse do condomínio;
IV - cumprir e fazer cumprir a convenção, o regimento interno e as determinações da assembléia;
V - diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação dos serviços que interessem aos possuidores;
VI - elaborar o orçamento da receita e da despesa relativa a cada ano;
VII - cobrar dos condôminos as suas contribuições, bem como impor e cobrar as multas devidas;
VIII - prestar contas à assembléia, anualmente e quando exigidas;
IX - realizar o seguro da edificação.
§ 1o Poderá a assembléia investir outra pessoa, em lugar do síndico, em poderes de representação.
§ 2o O síndico pode transferir a outrem, total ou parcialmente, os poderes de representação ou as funções administrativas, mediante aprovação da assembléia, salvo disposição em contrário da convenção.
Art. 1.349. A assembléia, especialmente convocada para o fim estabelecido no § 2o do artigo antecedente, poderá, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, destituir o síndico que praticar irregularidades, não prestar contas, ou não administrar convenientemente o condomínio.
Art. 1.350. Convocará o síndico, anualmente, reunião da assembléia dos condôminos, na forma prevista na convenção, a fim de aprovar o orçamento das despesas, as contribuições dos condôminos e a prestação de contas, e eventualmente eleger-lhe o substituto e alterar o regimento interno.
§ 1o Se o síndico não convocar a assembléia, um quarto dos condôminos poderá fazê-lo.
§ 2o Se a assembléia não se reunir, o juiz decidirá, a requerimento de qualquer condômino.
Art. 1.351. Depende da aprovação de dois terços dos votos dos condôminos a alteração da convenção e do regimento interno; a mudança da destinação do edifício, ou da unidade imobiliária, depende de aprovação pela unanimidade dos condôminos.
Art. 1.351. Depende da aprovação de 2/3 (dois terços) dos votos dos condôminos a alteração da convenção; a mudança da destinação do edifício, ou da unidade imobiliária, depende da aprovação pela unanimidade dos condôminos. 	 (Redação dada pela Lei nº 10.931, de 2004)
Art. 1.352. Salvo quando exigido quorum especial, as deliberações da assembléia serão tomadas, em primeira convocação, por maioria de votos dos condôminos presentes que representem pelo menos metade das frações ideais.
Parágrafo único. Os votos serão proporcionais às frações ideais no solo e nas outras partes comuns pertencentes a cada condômino, salvo disposição diversa da convenção de constituição do condomínio.
Art. 1.353. Em segunda convocação, a assembléia poderá deliberar por maioria dos votos dos presentes, salvo quando exigido quorum especial.
Art. 1.354. A assembléia não poderá deliberar se todos os condôminos não forem convocados para a reunião.
Art. 1.355. Assembléias extraordinárias poderão ser convocadas pelo síndico ou por um quarto dos condôminos.
Art. 1.356. Poderá haver no condomínio um conselho fiscal, composto de três membros, eleitos pela assembléia, por prazo não superior a dois anos, ao qual compete dar parecer sobre as contas do síndico.
 Seção III
Da Extinção do Condomínio
Art. 1.357. Se a edificação for total ou consideravelmente destruída, ou ameace ruína, os condôminos deliberarão em assembléia sobre a reconstrução, ou venda, por votos querepresentem metade mais uma das frações ideais.
§ 1o Deliberada a reconstrução, poderá o condômino eximir-se do pagamento das despesas respectivas, alienando os seus direitos a outros condôminos, mediante avaliação judicial.
§ 2o Realizada a venda, em que se preferirá, em condições iguais de oferta, o condômino ao estranho, será repartido o apurado entre os condôminos, proporcionalmente ao valor das suas unidades imobiliárias.
Art. 1.358. Se ocorrer desapropriação, a indenização será repartida na proporção a que se refere o § 2o do artigo antecedente.
26/04
-CONDOMÍNIO DE LOTES ART. 1358 A
Art. 1.358-A. Pode haver, em terrenos, partes designadas de lotes que são propriedade exclusiva e partes que são propriedade comum dos condôminos. 	 (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
§ 1º A fração ideal de cada condômino poderá ser proporcional à área do solo de cada unidade autônoma, ao respectivo potencial construtivo ou a outros critérios indicados no ato de instituição. 	 (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
§ 2º Aplica-se, no que couber, ao condomínio de lotes o disposto sobre condomínio edilício neste Capítulo, respeitada a legislação urbanística. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
§ 3º Para fins de incorporação imobiliária, a implantação de toda a infraestrutura ficará a cargo do empreendedor
Lei 6766/17
Art. 2o. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes.
§ 1o Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes.
§ 5o A infra-estrutura básica dos parcelamentos é constituída pelos equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de circulação. 
§ 8o Constitui loteamento de acesso controlado a modalidade de loteamento, definida nos termos do § 1o deste artigo, cujo controle de acesso será regulamentado por ato do poder público Municipal, sendo vedado o impedimento de acesso a pedestres ou a condutores de veículos, não residentes, devidamente identificados ou cadastrados. 
-CONDOMÍNIO EM MULTIPROPRIEDADE ART. 1358 B A 1358 u
Várias pessoas como proprietárias ex. De um AP, um flat onde cada tem o direito de usar gozar por determinado período do ano 
Há o entendimento de que poderia limitar o número de 51 proprietários para pensar na manutenção 
-E o entendimento de que podemos aplicar o CDC. Por causa da vulnerabilidade 
Art. 1.358-B. A multipropriedade reger-se-á pelo disposto neste Capítulo e, de forma supletiva e subsidiária, pelas demais disposições deste Código e pelas disposições das Leis nºs 4.591, de 16 de dezembro de 1964, e 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor). 
Art. 1.358-C. Multipropriedade é o regime de condomínio em que cada um dos proprietários de um mesmo imóvel é titular de uma fração de tempo, à qual corresponde a faculdade de uso e gozo, com exclusividade, da totalidade do imóvel, a ser exercida pelos proprietários de forma alternada. 
Parágrafo único. A multipropriedade não se extinguirá automaticamente se todas as frações de tempo forem do mesmo multiproprietário. 
-O fato desse imóvel pertencer a uma única pessoa não vai significar extinção do condomínio de multipropriedades 
-Proprietária do imóvel, e dos móveis.. 
-Art. 1.358-E - fixo e determinado,flutuante, misto
-Art. 1.358-F. se constitui por atos inter vivos ou testamento
-Art. 1.358-G. Além das cláusulas que os multiproprietários decidirem estipular, a convenção de condomínio em multipropriedade determinará: 
I - os poderes e deveres dos multiproprietários, especialmente em matéria de instalações, equipamentos e mobiliário do imóvel, de manutenção ordinária e extraordinária, de conservação e limpeza e de pagamento da contribuição condominial; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
II - o número máximo de pessoas que podem ocupar simultaneamente o imóvel no período correspondente a cada fração de tempo; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
III - as regras de acesso do administrador condominial ao imóvel para cumprimento do dever de manutenção, conservação e limpeza; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
IV - a criação de fundo de reserva para reposição e manutenção dos equipamentos, instalações e mobiliário; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
V - o regime aplicável em caso de perda ou destruição parcial ou total do imóvel, inclusive para efeitos de participação no risco ou no valor do seguro, da indenização ou da parte restante; (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
VI - as multas aplicáveis ao multiproprietário nas hipóteses de descumprimento de deveres. (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência)
 
-dos direitos do multi proprietário Art. 1.358-I. 
Pode emprestar
Posso ceder a cota, doar mais o administrador precisa ter ciência de quem irá receber 
-os condomínios edilício podem ter multi proprietários mais os administradores vão decidir como os multi proprietários vão votar na assembleia 
Vai pagar o condomínio mesmo se não usar 
O multi proprietário que está usando e causar algum dano paga por ele
Comunicar o adm caso perceba algo estranho, se não avisar o multi proprietário que percebeu irá pagar 
*anuência do Cônjuge, depende do regime 
1647 I 1656 
Transferência da multipropriedade art. 1358 L
Não depende da anuência dos multiproproprietarios 
Propriedade resolúvel 
29.04
-Administração da multipropriedade art. 1358 M e 1358 N
Art. 1.358-M. A administração do imóvel e de suas instalações, equipamentos e mobiliário será de responsabilidade da pessoa indicada no instrumento de instituição ou na convenção de condomínio em multipropriedade, ou, na falta de indicação, de pessoa escolhida em assembleia geral dos condôminos
Art. 1.358-N. O instrumento de instituição poderá prever fração de tempo destinada à realização, no imóvel e em suas instalações, em seus equipamentos e em seu mobiliário, de reparos indispensáveis ao exercício normal do direito de multipropriedade. 
-Unidades autônomas em condomínios edilício art. 1358 O e 1358 U
Art. 1.358-O. O condomínio edilício poderá adotar o regime de multipropriedade em parte ou na totalidade de suas unidades autônomas, mediante: 
-Alguns condomínios preveem outros não, pois a multipropriedade è recente no país 
-lei 4591 alguns autorizem dizem que foi revogada mas o entendimento não è pacífico
-incorporador aquele que entrega a obra. O próprio pode ter instituído o condomínio ou a multipropriedade 
Art. 1.358-P. Na hipótese do art. 1.358-O, a convenção de condomínio edilício deve prever, além das matérias elencadas nos arts. 1.332, 1.334 e, se for o caso, 1.358-G deste Código: 
-além dessas deve constar outros requisitos inciso I…. 
- em relação ao IPTU cada proprietário paga a sua parte 
-despesas ordinárias:limpeza, organização, pagamento de luz, água, funcionários que ficam à disposição 
-Possibilidade de intercâmbio VI
Art. 1.358-Q. Na hipótese do art. 1.358-O deste Código, o regimento interno do condomínio edilício deve prever: 
-sobre as partes comuns os condôminos tem uma quota. Como fica em relação aos multi proprietários? 
-o administrador também se submete as regras do condomínio edilício 
Art. 1.358-R. O condomínio edilício em que tenha sido instituído o regime de multipropriedade em parte ou na totalidade de suas unidades autônomas terá necessariamente um administrador profissional. 
-administrador formal, tenha conhecimento especializado 
-§ 4º O administrador poderá modificar o regimento interno quanto aosaspectos estritamente operacionais da gestão da multipropriedade no condomínio edilício. 
Art. 1.358-S. Na hipótese de inadimplemento, por parte do multiproprietário, da obrigação de custeio das despesas ordinárias ou extraordinárias, é cabível, na forma da lei processual civil, a adjudicação ao condomínio edilício da fração de tempo correspondente. 
-parágrafo único. Locando ou não o seu ambiente vai receber o rendimento do mês 
-O inadimplente fica impedido de utilizar o imóvel até realizar a integral quitação da dívida
-
Art. 1.358-T. O multiproprietário somente poderá renunciar de forma translativa a seu direito de multipropriedade em favor do condomínio edilício. 
-renúncia de forma translativa, ela è questionada. 
-só pode renunciar se estiver quite
-renúncia expressa 
Art. 1.358-U. As convenções dos condomínios edilícios, os memoriais de loteamentos e os instrumentos de venda dos lotes em loteamentos urbanos poderão limitar ou impedir a instituição da multipropriedade nos respectivos imóveis, vedação que somente poderá ser alterada no mínimo pela maioria absoluta dos condôminos. (Incluído pela Lei nº 13.777, de 2018) (Vigência
-na instituição do condomínio já pode haver proibição a multipropriedade 
-os incorporador normalmente que fazem a instituição 
-ela pode ser alterada depois por maioria absoluta 
Aula de civil 03/05-Propriedade resolúvel : Ler decreto lei 911/69 e lei 9514 de 97
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/1965-1988/Del0911.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9514.htm
Dia 03/05/2019
Propriedade resolúvel artigos 1359 e 1360 do código civil.
Art. 1.359. Resolvida a propriedade pelo implemento da condição ou pelo advento do termo, entendem-se também resolvidos os direitos reais concedidos na sua pendência, e o proprietário, em cujo favor se opera a resolução, pode reivindicar a coisa do poder de quem a possua ou detenha.
 Art. 1.360. Se a propriedade se resolver por outra causa superveniente, o possuidor, que a tiver adquirido por título anterior à sua resolução, será considerado proprietário perfeito, restando à pessoa, em cujo benefício houve a resolução, ação contra aquele cuja propriedade se resolveu para haver a própria coisa ou o seu valor.
Artigos 504, 505 e 1951 do código civil
Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de decadência. 
Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as partes forem iguais, haverão a parte vendida os comproprietários, que a quiserem, depositando previamente o preço. 
Das Cláusulas Especiais à Compra e Venda 
Art. 505. O vendedor de coisa imóvel pode reservar-se o direito de recobrá-la no prazo máximo de decadência de três anos, restituindo o preço recebido e reembolsando as despesas do comprador, inclusive as que, durante o período de resgate, se efetuaram com a sua autorização escrita, ou para a realização de benfeitorias necessárias.
Art. 547. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver ao donatário. 
Parágrafo único. Não prevalece cláusula de reversão em favor de terceiro.
Art. 1.951. Pode o testador instituir herdeiros ou legatários, estabelecendo que, por ocasião de sua morte, a herança ou o legado se transmita ao fiduciário, resolvendo-se o direito deste, por sua morte, a certo tempo ou sob certa condição, em favor de outrem, que se qualifica de fideicomissário. Propriedade resolúvel
- Reserva de domínio
- Condição resolutiva
- Doação com cláusula de reserva.
- Alienação fiduciária em garantia - artigos 1361 a 1368-B.
Art. 1.361. Considera-se fiduciária a propriedade resolúvel de coisa móvel infungível que o devedor, com escopo de garantia, transfere ao credor. 
§ 1o Constitui-se a propriedade fiduciária com o registro do contrato, celebrado por
instrumento público ou particular, que lhe serve de título, no Registro de Títulos e Documentos do domicílio do devedor, ou, em se tratando de veículos, na repartição competente para o licenciamento, fazendo-se a anotação no certificado de registro. primeiro não existe a necessidade do devedor gastar com o registro de títulos, no próprio documento já tem ônus
§ 2o Com a constituição da propriedade fiduciária, dá-se o desdobramento da posse, tornando-se o devedor possuidor direto da coisa. 
§ 3o A propriedade superveniente, adquirida pelo devedor, torna eficaz, desde o arquivamento, a transferência da propriedade fiduciária. 
Art. 1.362. O contrato, que serve de título à propriedade fiduciária, conterá:
 I - o total da dívida, ou sua estimativa;
 II - o prazo, ou a época do pagamento; 
III - a taxa de juros, se houver; 
IV - a descrição da coisa objeto da transferência, com os elementos indispensáveis à sua identificação. 
Art. 1.363. Antes de vencida a dívida, o devedor, a suas expensas e risco, pode usar a coisa segundo sua destinação, sendo obrigado, como depositário: 
I - a empregar na guarda da coisa a diligência exigida por sua natureza;
 II - a entregá-la ao credor, se a dívida não for paga no vencimento. 
Art. 1.364. Vencida a dívida, e não paga, fica o credor obrigado a vender, judicial ou extrajudicialmente, a coisa a terceiros, a aplicar o preço no pagamento de seu crédito e das despesas de cobrança, e a entregar o saldo, se houver, ao devedor. 
Art. 1.365. É nula a cláusula que autoriza o proprietário fiduciário a ficar com a coisa alienada em garantia, se a dívida não for paga no vencimento. 
Parágrafo único. O devedor pode, com a anuência do credor, dar seu direito eventual à coisa em pagamento da dívida, após o vencimento desta.
 Art. 1.366. Quando, vendida a coisa, o produto não bastar para o pagamento da dívida e das despesas de cobrança, continuará o devedor obrigado pelo restante.
 Art. 1.367. Aplica-se à propriedade fiduciária, no que couber, o disposto nos arts. 1.421, 1.425, 1.426, 1.427 e 1.436. Art. 1.367. 
A propriedade fiduciária em garantia de bens móveis ou imóveis sujeita-se às disposições do Capítulo I do Título X do Livro III da Parte Especial deste Código e, no que for específico, à legislação especial pertinente, não se equiparando, para quaisquer efeitos, à propriedade plena de que trata o art. 1.231.
Art. 1.368. O terceiro, interessado ou não, que pagar a dívida, se sub-rogará de pleno direito no crédito e na propriedade fiduciária. 
Art. 1.368-A. As demais espécies de propriedade fiduciária ou de titularidade fiduciária
submetem-se à disciplina específica das respectivas leis especiais, somente se aplicando as disposições deste Código naquilo que não for incompatível com a legislação especial.
Art. 1.368-B. A alienação fiduciária em garantia de bem móvel ou imóvel confere direito real de aquisição ao fiduciante, seu cessionário ou sucessor.
 Parágrafo único. O credor fiduciário que se tornar proprietário pleno do bem, por efeito de realização da garantia, mediante consolidação da propriedade, adjudicação, dação ou outra forma pela qual lhe tenha sido transmitida a propriedade plena, passa a responder pelo pagamento dos tributos sobre a propriedade e a posse, taxas, despesas condominiais e quaisquer outros encargos, tributários ou não, incidentes sobre o bem objeto da garantia, a partir da data em que vier a ser imitido na posse direta do bem.
-Decreto lei 911/69 bem móveis
- Lei 9.514/97 22 a 33 artigos. Bem imóvel não precisa da escritura pública pois vai onerar mais para o banco sempre deixar alguém à disposição para ir ao cartório de nota. Artigo 38.
-Inadimplemento substancial entendimento do stj e está sendo de muitos tribunais, da busca e apreensão da coisa móvel e fazendo a venda da coisa.
-Se houver a extinção do contrato a propriedade vai consolidar e o credor

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