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Afro-brasileirismo

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Anna Júlia Albini Ferreira		n°06
A influência africana
para a cultura brasileira
Trabalho elaborado para a disciplina de Arte, a pedido da professora Aline.
Colégio Santa Marcelina, 3°EM.
Piraí do Sul
2020
Introdução
Desde pequenos estudamos a história do nosso país e aprendemos que muitos escravos que foram trazidos do continente africano não conseguiram voltar para seus países, então começaram a viver no Brasil e com as suas culturas de origem.
Neste trabalho falaremos sobre as culturas do Brasil que tem influência africana, desde a comida, religião, danças, idioma e arte.
A influência africana para a cultura brasileira
Cultura Africana no Brasil
A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos da África durante o longo período em que durou o tráfico negreiro transatlântico. A diversidade cultural da África refletiu-se na diversidade dos escravos, pertencentes a diversas etnias que falavam idiomas diferentes e trouxeram tradições distintas. Os africanos trazidos ao Brasil incluíram bantos, nagôs e jejes, cujas crenças religiosas deram origem às religiões afro-brasileiras, e os hauçás e malês, de religião islâmica e alfabetizados em árabe. Assim como a indígena, a cultura africana foi geralmente suprimida pelos colonizadores. Na colônia, os escravos aprendiam o português, eram batizados com nomes portugueses e obrigados a se converter ao catolicismo.
Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma enormidade de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma. Essa influência se faz notar em grande parte do país; em certos estados como Bahia, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul a cultura afro-brasileira é particularmente destacada em virtude da migração dos escravos.
Criação da Religião Afro-Brasileira
Tudo começou com a chegada dos portugueses no Brasil. Junto com novos hábitos e culturas, a colonização brasileira deu espaço para chegada de outros religiosos. Além disso, com a vinda de povos da África, a variação de crenças e religiões ficou ainda maior. Porém, a Igreja Católica sempre tentou obrigar os escravos a aderirem as doutrinações cristã, impedindo que eles propagassem e exercessem suas obrigações religiosas na qual acreditava. Mas, por muitas vezes, alguns escravos realizam mobilizações ou festividades nos mesmos dias em que aconteciam as celebrações católicas.
Outros, mesmo participando das festas católicas, não abandonavam sua fé nos orixás, voduns, entre outras divindades oriundas da terra natal. Com isso, essa prática simultânea de diversas religiões resultou no surgimento de outras, que levavam características africanas, cristãs e indígenas.
Atualmente, podemos identificar essa diversidade quando no mesmo dia são feitas celebrações para deuses da igreja católica e para divindades de origem africana.
Religiões
Candomblé
O Candomblé é uma religião regionalizada no Brasil, porém com características trazidas pelos negros da África. Como nessa época a Igreja Católica proibia os rituais africanos, os negros usavam as imagens católicas como símbolo, mas continuavam cultuando seus Orixás, Inquices e Vodus.
Para o Candomblé, os orixás são deuses supremos, possuindo habilidades e personalidades diferentes, assim como as formas de rituais. Estes também escolhem as pessoas que utilizam para incorporar no ato do nascimento, podendo compartilhá-lo com outro orixá, caso necessário.
Umbanda
A Umbanda é uma junção de diversas religiões que chegaram ao Brasil, como o catolicismo, espiritismo e as religiosidades africana, indiana e indígena. Bastante confundida com o candomblé, a Umbanda possui três princípios básicos que são: fraternidade, caridade e respeito ao próximo.
Seus fundamentos são:
• Existência de um único Deus, supremo e onipotente, conhecido como Zambi, Olorum ou simplesmente Deus;
• Existência dos orixás, seres do Plano Superior que representam, cada um à sua forma, elementos da natureza, do planeta ou das próprias características humanas;
• A mediunidade como forma de comunicação entre as esferas física e espiritual;
• Crença na alma imortal e na reencarnação;
• Crença na Lei Cármica, no qual se baseiam as ações do homem e suas consequências;
Jurema
Jurema, também conhecida como Catimbó Jurema, nasceu da junção ocorrida entre as espiritualidades indígenas, europeia e africana, no século XVI. Nessa religião, o Exu é a entidade responsável por auxiliar os mestres na realização dos trabalhos. Diferente do que ocorre na Umbanda, onde os Exus possuem entidades distintas, na Jurema há hierarquia onde todas as entidades são subordinadas a autoridade Mestre, que é o Exu.
Os seguidores dessa religião possuem uma grande atuação com as ervas, principalmente com a árvore que deu o nome à religião. Da planta, eles utilizam raízes, cascas e folhas, tudo com o intuito de obter a cura de enfermidades.
Outras religiões Afro-brasileiras
As religiões afro-brasileiras, possuem diferentes influências e denominações regionais. Dentre as religiões com influência principal das culturas "sudanesas", isto é, dos povos iorubás ("nagôs") e daomeanos ("jejês"), estão: 
Babaçuê (PA), Batuque (RS), Candomblé jeje (BA), Candomblé ketu (BA, RJ, SP), Tambor-de-mina (MA, PA), Xangô (PE).
Entre as religiões com influência dos povos bantos (quimbundos), estão:
Cabula (ES), Candomblé bantu ou angola (BA, RJ, SP), Candomblé de caboclo (BA), Catimbó (PB, PE), Macumba (RJ, SP), Pajelança (AM, PA, MA), Toré (SE), Umbanda (RJ, SP e todo o Brasil), Xambá(AL, PB, PE).
Outras religiões afro-brasileiras:
Culto aos egunguns (BA), Encantaria, Jurema de terreiro, Jurema sagrada, Quimbanda, Quiumbanda, Omolokô, Terecô.
Culinária Afro-Brasileira
A culinária afro-brasileira tem sua origem com a chegada dos negros escravizados à colônia. Os africanos escravizados tiveram que recriar seus quitutes com os ingredientes locais.
Em lugar do inhame, usaram a mandioca; e para substituir o sorgo, utilizaram o milho. Para compensar a falta de pimentas específicas, recorreram aos condimentos locais e, mais tarde, ao azeite de dendê. Os negros escravizados também observaram os pratos preparados pelos indígenas como o pirão, a moqueca e o bobó. Todos eles foram enriquecidos com produtos africanos como o leite de coco. Também entraram em contato com os animais criados pelos portugueses como as galinhas. Assim, surgiram receitas como o vatapá, o sarapatel nordestino e o xinxim.
A partir do momento que o tráfico negreiro crescia, sementes e mudas de plantas africanas foram trazidos pelo português como o coco, o dendezeiro, o inhame e etc..., e assim, os negros puderam introduzi-los aos quitutes locais.
Pratos de Origem Africana
Acarajé
A palavra "acarajé" vem do vocábulo àkàrà, que significa "bola de fogo" e é dedicado ao orixá Iansã. O acarajé é feito com massa de feijão-fradinho, recheado com vatapá, caruru, camarão refogado e pimenta.
Sua origem é incerta, mas sabe-se que ele é consumido na Nigéria, inclusive no café da manhã. O bolinho era uma comida reservada inicialmente aos orixás, mas que serviu para as escravas alforriadas garantirem seu sustento.
Angu
A palavra angu, de origem iorubá, designava a papa feita com inhame. Nas Américas, os africanos conheceram o milho e a mandioca, e passaram a usar esses alimentos para elaborar o angu. A fim de aumentar seu valor nutritivo era costume servi-lo com miúdos de carne.
Feijoada
Por muito tempo, se acreditou que a feijoada era a mistura do feijão preto com as partes menos nobres do porco entregadas aos negros escravizados. No entanto, os portugueses tinham um prato semelhante e de modo algum consideravam a orelha ou o joelho do porco como alimentos desprezíveis.
Então, ao modo de preparar esta receita portuguesa, os negros escravizados acrescentaram a laranja, a pimenta e a farofa tornando este prato mais completo.
Vatapá
O vatapá tem sua origem na culinária dos povos iorubás e foi adaptado no Brasil. Leva castanha de caju, azeite de dendê, camarão, coentro, pão, pimenta malagueta,coco e gengibre que serão misturados e transformados num creme.
Por ser um prato encontrado em várias regiões do Brasil, e em cada uma pode ser acrescentado ou retirado algum ingrediente. Também pode ser elaborado com peixe ou mesmo frango.
O comércio entre a África e a América resultou na vinda de novos alimentos para o continente americano. Alguns exemplos são: Azeite de Dendê, Quiabo, Inhame, Leite de coco, Pimenta malagueta, Noz moscada.
Danças Afro-Brasileiras
No Brasil, a influência da cultura africana é enorme, por conta da vinda forçada de milhares de africanos que vieram ao Brasil para serem escravizados. Dessa forma, foram criados diversos gêneros musicais e estilos de dança no país com grande influência africana. Alguns deles são:
Capoeira: mistura música, dança, luta e jogo;
Congada: que possui caráter religioso;
Jongo: ritmo que teve bastante influência na criação do samba;
Maracatu: muito presente na região nordeste do Brasil;
Samba de roda: surgida na Bahia, no século XVII, hoje é integra o Patrimônio Imaterial da Humanidade.
Música Afro-Brasileira
A influência afro-brasileira está patente em expressões como Samba, Jongo, Carimbó, Maxixe, Maculelê, Maracatu. Eles utilizam instrumentos variados, com destaque para Afoxé, Atabaque, Berimbau e Tambor.
Não podemos perder de vista que estas expressões musicais são também corporais. Elas refletem nas formas de dançar, como no caso do Maculelê, uma dança folclórica brasileira, e do samba de roda, uma variação musical do samba. Temos outras expressões de música e dança como as danças rituais, o tambor de crioula, e os estilos mais contemporâneos, como o samba-reggae e o axé baiano.
Idioma Afro-Brasileiro
O que muitas pessoas não sabem é que o português falado no Brasil traz inúmeras palavras de origem africana. Em razão da escravidão dos negros da África no Brasil Colônia, houve uma importante contribuição do continente na formação do que podemos chamar hoje de idioma brasileiro. Muitas palavras existentes em nosso dicionário são usadas em comum sentido tanto aqui como em Angola, um exemplo que marca a forte ligação linguística.
Hoje, podemos observar no dicionário brasileiro uma variedade de termos que usamos em nosso dia a dia, sem termos a noção de sua origem africana, mais especificamente do grupo bantu. Entre os exemplos encontramos: abadá, caçamba, cachaça, cachimbo, caçula, candango, canga, capanga, carimbo, caxumba, cochilar, corcunda, dengo, fubá, gibi, macaco, maconha, macumba, marimbondo, miçanga, moleque, quitanda, quitute, tanga, xingar, banguela, babaca, bunda, cafofo, cafundó, cambada, muquirana, muvuca.
É importante termos a consciência de que a África é uma das responsáveis pelo português que temos hoje no Brasil. Um idioma rico e variado, originado de vários povos e que conquistou sua identidade única por conta da forte miscigenação linguística.
Referencias
https://www.faecpr.edu.br/site/portal_afro_brasileira/2_I.php#:~:text=Os%20africanos%20contribu%C3%ADram%20para%20a,%2C%20religi%C3%A3o%2C%20culin%C3%A1ria%20e%20idioma.&text=A%20influ%C3%AAncia%20da%20cultura%20africana,o%20azeite%2Dde%2Ddend%C3%AA.
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/religiao/sincretismo-e-religioes-afro-brasileiras
https://www.todamateria.com.br/culinaria-afro-brasileira/
https://www.todamateria.com.br/dancas-africanas/
http://www.afreaka.com.br/notas/a-influencia-africana-na-formacao-da-lingua-portuguesa-no-brasil/#:~:text=Dos%20v%C3%A1rios%20dialetos%20existentes%20pela,mais%20especificamente%20do%20grupo%20bantu.

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