Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O ESTADO ABSOLUTISTA E O "BEM COMUM" O Estado português na época da colonização é um Estado absolutista. Em teoria, todos os poderes se concentram por direito divino na pessoa do rei. O reino - ou seja, o território, os súditos e seus bens - pertence ao rei, constitui seu patrimônio. Daí o uso da expressão "Estado patrimonialista" para definir o Estado absolutista, utilizada por muitos autores, a partir da conceituação do sociólogo alemão Max Weber. No Estado absolutista não há - sempre em teoria - distinção entre a esfera pública, como campo de atividade do Estado, e a esfera privada, como campo de ação dos indivíduos com direitos maiores ou menores. Nele, tudo é público, pois não há limites preestabelecidos ao poder real. Por exemplo, quando em 1446, na época do Rei Afonso V, foi efetuada uma revisão e organização das leis do reino, seu autor dizia que "o rei tem seu poder das mãos de Deus e como seu vigário tenente (isto é, como delegado de Deus) é livre de toda lei humana". Tudo isso não quer dizer que o rei não devesse levar em conta os interesses dos diferentes estratos sociais - nobres, comerciantes, clero, gente do povo - nem que governasse sozinho. A preferência pela expressão "Coroa" em vez de "Rei" para designar o poder da monarquia portuguesa é significativa nesse sentido. Se a palavra decisiva cabia ao rei, tinha muito peso na decisão uma burocracia por ele escolhida, formando um corpo de governo. Mesmo a indefinição das fronteiras entre o público e o privado não foi completa; pelo menos no reinado de Dom João IV (1640-1656), uma série de medidas foram tomadas, principalmente no âmbito fiscal, com o objetivo de estabelecer limites à ação do rei. O "bem comum" surgia como uma ideia nova que justificava a restrição aos poderes reais de impor empréstimos ou se apossar de bens privados para seu uso. A montagem da administração colonial desdobrou e enfraqueceu o poder da Coroa. Por certo, era na Metrópole que se tomavam as decisões centrais, mas os administradores do Brasil tinham de improvisar medidas, diante de situações novas, e ficavam muitas vezes se equilibrando entre as pressões imediatas dos colonizadores e as instruções emanadas da distante Lisboa. “ EEEFM “ PROFESSOR JOÃO LOYOLA” Nota: ____________ Nome: Turma:2º Ano___ Professor: Marcos Ohnezorge Disciplina: História Data: ____/____/20__ http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&docid=u54vl0rgpDd73M&tbnid=ODimtXGLkJZ-kM:&ved=0CAUQjRw&url=http://noticias.r7.com/blogs/eduardo-marini/2011/12/13/criadores-de-logomarca-do-governo-do-espirito-santo-sao-acusados-de-copiar-a-da-cidade-alema-de-berlin-conheca-as-duas-e-opine/&ei=jSJBUebJBYTM9ASa6YGwAw&bvm=bv.43287494,d.dmQ&psig=AFQjCNEVwi1z_GDluI4OyEHrKA8C0dYP6g&ust=1363309564347608
Compartilhar