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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ DEPARTAMENTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL CURSO: TÉCNICO INTEGRADO EM EDIFICAÇÕES PROFESSOR: JOSÉ EDILSON PINTO TÉCNICAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL ANA IZABEL SILVA DE PAIVA JOYCE MAIARA BRITO LOPES PATOLOGIAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL FORTALEZA – CE 2020 2 SUMÁRIO 1. Introdução..............................................................................................................................3 2. Patologias na construção civil: sintomas e tratamentos....................................................4 2.1. Trincas e fissuras. ............................................................................................................ 4 2.2. Rachaduras. ..................................................................................................................... 5 2.3. Porosidade. ...................................................................................................................... 7 2.4. Infiltração......................................................................................................................... 7 2.5. Carbonatação. ................................................................................................................ 10 2.6. Destacamento................................................................................................................. 11 2.7. Gretamento. ................................................................................................................... 12 2.8. Desbotamento. ............................................................................................................... 13 2.9. Bolhas. ........................................................................................................................... 13 2.10. Manchas. ...................................................................................................................... 14 2.11. Deterioração do concreto. ............................................................................................ 16 3. Conclusão.............................................................................................................................18 4. Bibliografia..........................................................................................................................19 file:///C:/Users/MaxQuality/Documents/IFCE/tcc/tcc%20fundações%2003.06%20(falta%20fontes%20das%20img).docx%23_Toc36289617 file:///C:/Users/MaxQuality/Documents/IFCE/tcc/tcc%20fundações%2003.06%20(falta%20fontes%20das%20img).docx%23_Toc36289618 file:///C:/Users/MaxQuality/Documents/IFCE/tcc/tcc%20fundações%2003.06%20(falta%20fontes%20das%20img).docx%23_Toc36289619 file:///C:/Users/MaxQuality/Documents/IFCE/tcc/tcc%20fundações%2003.06%20(falta%20fontes%20das%20img).docx%23_Toc36289620 file:///C:/Users/MaxQuality/Documents/IFCE/tcc/tcc%20fundações%2003.06%20(falta%20fontes%20das%20img).docx%23_Toc36289621 file:///C:/Users/MaxQuality/Documents/IFCE/tcc/tcc%20fundações%2003.06%20(falta%20fontes%20das%20img).docx%23_Toc36289622 file:///C:/Users/MaxQuality/Documents/IFCE/tcc/tcc%20fundações%2003.06%20(falta%20fontes%20das%20img).docx%23_Toc36289623 file:///C:/Users/MaxQuality/Documents/IFCE/tcc/tcc%20fundações%2003.06%20(falta%20fontes%20das%20img).docx%23_Toc36289624 file:///C:/Users/MaxQuality/Documents/IFCE/tcc/tcc%20fundações%2003.06%20(falta%20fontes%20das%20img).docx%23_Toc36289624 file:///C:/Users/MaxQuality/Documents/IFCE/tcc/tcc%20fundações%2003.06%20(falta%20fontes%20das%20img).docx%23_Toc36289624 file:///C:/Users/MaxQuality/Documents/IFCE/tcc/tcc%20fundações%2003.06%20(falta%20fontes%20das%20img).docx%23_Toc36289624 file:///C:/Users/MaxQuality/Documents/IFCE/tcc/tcc%20fundações%2003.06%20(falta%20fontes%20das%20img).docx%23_Toc36289624 file:///C:/Users/MaxQuality/Documents/IFCE/tcc/tcc%20fundações%2003.06%20(falta%20fontes%20das%20img).docx%23_Toc36289624 file:///C:/Users/MaxQuality/Documents/IFCE/tcc/tcc%20fundações%2003.06%20(falta%20fontes%20das%20img).docx%23_Toc36289643 file:///C:/Users/MaxQuality/Documents/IFCE/tcc/tcc%20fundações%2003.06%20(falta%20fontes%20das%20img).docx%23_Toc36289644 3 1. Introdução O termo ‘patologia’, é da palavra derivada da língua grega e pode ser traduzida como o estudo (lógos) das doenças (páthos). Apesar desse termo geralmente ser aplicado à Medicina e Biologia, na construção civil o sentido é o mesmo, aplicado às “doenças” das edificações, ou seja, problemas que acometem as matérias-primas da estrutura das construções. Apesar do avanço tecnológico na área da construção, elas continuam incomodando muito, representando uma das queixas mais recorrentes dos usuários dos imóveis e um dos pesadelos do setor. Uma edificação com patologia pode ser desagradável, gerando um desconforto visual e até psicológico. Além disso, as patologias construtivas indicam que algo vai mal na obra, atrasam o cronograma, desvalorizam o imóvel e geram despesas consideráveis no seu conserto, conforme a extensão. Nos casos mais graves, acidentes sérios como desabamentos ou evacuação devido ao comprometimento da estrutura predial. Enfim, uma verdadeira dor de cabeça – tanto para quem trabalha no segmento, quanto para os clientes. Da mesma forma como ocorre conosco, as patologias existentes são inúmeras e podem se manifestar por uma série de razões, variando de acordo com o tipo de obra, o sistema construtivo, a região da locação e outros aspectos. Na realidade, estes são problemas que podem surgir a qualquer momento, em qualquer etapa da construção, inclusive anos após a entrega de uma obra. A ocorrência de patologias é muito comum, e podem ter como causa desde o armazenamento inadequado e falta de atenção ou comprometimento, até questões que envolvem o não cumprimento de leis e normas. Algumas são naturais e surgem devido ao tempo de uso das edificações, já outras, ocorrem em função de falhas construtivas ou de concepção de projeto. A origem também pode se dar por má execução ou execução equivocada, por emprego de materiais ou serviços prestados de baixa qualidade, manutenções inadequadas ou inexistentes, mau acondicionamento de matérias-primas, erros de manipulação ou utilização, ou por falha de projeto. Essa constatação escancara a complexidade do assunto. Não é trivial avaliar patologias de edificações. Elas podem ser de vários tipos e ter vários motivos para surgimento. Por isso é importante contar sempre com um profissional de boa capacidade técnica. Além disso, ao permanecer atento a certos detalhes, torna-se muito mais fácil prever as patologias construtivas que podem ocorrer em alguns casos. E, consequentemente, evitá-las. Isso se dá já que, assim como ocorre na área médica, as patologias na construção civil apresentam sintomas específicos. Características que, quando identificadas em estágios iniciais, podem ser contornadas antes que se tornem graves demais. Vejamos no decorrer deste trabalho quais as principais patologias, seus sintomas e os tratamentos adequados para cada uma delas. https://www.sienge.com.br/ebooks/o-que-e-erp-na-construcao/ https://www.sienge.com.br/modelo-do-manual-do-proprietario-de-imoveis/ 4 2. Patologias na construção civil: sintomas e tratamentos Quando falamos em sintomas, estamos citando, na verdade, manifestações patológicas. Em outras palavras, a apresentação de alguma característica que possa se mostrar prejudicial ao afetar materiais ou estruturas da construção. Tais manifestações aparecem de diversas formas e podem incluir de patologias do concreto – como fissuras, rachaduras e infiltrações – até patologias de revestimento, como de pintura e alvenaria, desbotamento, bolhas e destacamento.A seguir temos as características principais de 11 delas. 2.1. Trincas e fissuras Todo mundo já deve ter visto esse tipo de doença das construções. As trincas e fissuras são fraturas lineares, superficiais, no reboco que causam um efeito estético horrível. Muitas vezes são tratadas como uma coisa só, mas não são exatamente iguais. A diferença que existe diz respeito à espessura de cada uma. Conforme a NBR 9575:2003, que trata de impermeabilização, elas podem ser chamadas da seguinte maneira: As microfissuras têm abertura inferior a 0,05 mm. As fissuras têm aberturas com até 0,5 mm, estreitas e alongadas. As trincas são mais profundas e mais evidentes, maiores que 0,5 mm e menores que 3,0 mm. Tabela 1: Aberturas de cada fratura linear. Fonte: Speranza Engenharia e Consultoria - Construção Civil - Ning Mas, muita atenção: Podem ser aparentemente inofensivas, mas de dimensões menores e superficiais, se não forem corrigidas as fissuras podem evoluir para trincas ou até rachaduras e causar danos bem mais graves do que a infiltração da umidade e mofo, apenas. As fissuras podem surgir de maneira pacífica. A manifestação ocorre nas faces de alvenaria: nos tijolos ou nas juntas alvenaria/estruturas; e também nas argamassas (reboco), em virtude da retração do material. As trincas já caracterizam uma separação do material em partes, uma fragmentação propriamente dita. As trincas podem atingir os elementos estruturais, comprometendo assim a segurança e estabilidade. Embora haja risco, visualmente é quase imperceptível. Em síntese, as trincas e fissuras são sinal de que houve, principalmente, algum tipo de falha na uniformidade da mistura do concreto. 5 A origem delas pode ser também, por exemplo, nas tensões e sobrecargas da edificação que atuam sobre os materiais, sendo essas patologias proporcionais à intensidade dessa tensão e à resistência do material utilizado na obra. Além disso, elas podem ser causadas por dilatações e contrações dos materiais relacionadas com a diminuição ou aumento da temperatura. Cada material pode sofrer variação maior ou menor conforme a sua composição e a intensidade do sol e umidade na região onde a obra se encontra. O arquiteto Emerson Ribeiro e o engenheiro Fabiano José Volkweis citam, num artigo acadêmico, que com o aumento da temperatura as argamassas tendem a se dilatar. O inverso acontece com as baixas temperaturas. Segundo eles, em grandes variações de temperatura num mesmo dia, a dilatação nos revestimentos externos chega a 0.01mm por metro linear para cada grau centígrado. “Por este motivo, os revestimentos externos confeccionados por argamassas sofrem violentas movimentações de dilatação e contração o que causa trincas e consequentemente infiltração”, explicam. Trincas ativas e passivas As trincas, por sua vez, podem ser classificadas em ativas e passivas. As ativas são aquelas que ainda se movimentam, que modificam suas dimensões no decorrer do tempo. A trincas passivas já se encontram estáveis há muito tempo, até mesmo anos, sem nenhuma mudança na sua extensão e abertura. O engenheiro e professor Dickran Berberian recomenda não consertar uma trinca ativa enquanto a causa do problema não for sanado, ou ela poderá voltar. Ele adverte: quanto mais fina a trinca, mais capacidade de sucção de umidade para dentro do imóvel. “Portanto, não negligencie trincas finas de fachada porque vai causar mofo nos imóveis”, diz o professor. Antes do conserto, propriamente, é preciso fazer um sulco no local e usar nele um produto vedante. A medida preventiva tanto para as trincas como para as fissuras começa na contratação do profissional, que deve considerar todas as indicações ambientais antes de preparar a mistura. Além disso, evitar o problema tem a ver, principalmente, com a dosagem correta durante a elaboração. 2.2. Rachaduras Representando um estado agravado de ruptura dos materiais, as rachaduras são maiores, mais profundas e, portanto, mais graves que as fissuras e trincas. Com abertura superior a 3 milímetros, elas são muito mais facilmente identificadas. Vento, água e até a luz podem passar por elas, o que acentua a gravidade. Ocorrem em função da incapacidade de resistência do material com as cargas que a estrutura deve suportar. A Defesa Civil do Rio de Janeiro, muito solicitada para tratar disso depois do desabamento do Palace II, produziu algumas orientações a respeito. Ela ensina que, qualquer construção, por seu peso, tende a provocar micro movimentos no solo em que se apoia. Estes https://www.sienge.com.br/blog/posicao-solar-e-andar-do-imovel/ https://uceff.edu.br/revista/index.php/revista/article/view/185 https://www.youtube.com/watch?v=BARyEFK5QOY http://www0.rio.rj.gov.br/defesacivil/construcoes_perigosas.htm 6 movimentos de acomodação da edificação sobre o solo podem causar rachaduras nas paredes, no sentido horizontal (deitadas) ou no sentido vertical (em pé). Ela explica: “No entanto, rachaduras em diagonal, ou em grande quantidade, ou de rápido desenvolvimento indicam que algo grave pode estar acontecendo”. Neste caso, é necessário providenciar uma vistoria em caráter emergência pela Defesa Civil Municipal. Uma outra explicação que é fundamental: Numa casa de um ou dois andares, a sustentação da estrutura é feita pelas paredes. Num prédio de muitos andares, a sustentação é feita por pilares, vigas e lajes, e é nestes pontos em que possíveis rachaduras exigirão mais atenção. Também merecem atenção constante quanto às rachaduras as varandas, marquises e ornatos externos. Como elas se projetam da estrutura principal para fora, seu ponto de fixação ou ancoragem nessa estrutura é crítico. Além da falta de conservação das edificações, tem causado problemas a construção de acréscimos não previstos pelo cálculo original dos prédios. Veja uma consequência trágica disso: Em 1996, no Rio de Janeiro houve um desabamento parcial de um prédio de seis andares, provocado por um destes acréscimos irregulares, em conjunto com infiltração de águas pluviais, causando mortes e destruição de alguns automóveis. Excesso de peso, modificações estruturais e ralos entupidos podem provocar colapso parcial ou total destes componentes. E, consequentemente, acidentes gravíssimos, como infelizmente já aconteceu muitas vezes. Figura 1: Diferença entre fissura, trinca e rachadura. Fonte: Engecon. http://gshow.globo.com/participe/noticia/2016/03/rachaduras-engenheiro-tira-duvidas-dos-internautas.html 7 2.3. Porosidade Problema que compromete a resistência do concreto e está diretamente relacionado a um processo de preparação que não foi realizado de acordo com parâmetros de qualidade e boas práticas da construção. Para evitar a porosidade, certifique-se que o concreto seja lançado sempre próximo do local definitivo e que a ação ocorra antes do início do ponto de pega. Utilize calhas, funis ou trombas para lançamentos de alturas superiores a dois metros. 2.4. Infiltração Possivelmente um dos piores vilões da construção civil, a infiltração consiste em estragos causados por água e umidade em excesso. É difícil que alguém ainda não tenha tido algum problema de infiltração em um imóvel. Figura 2: Identificação de trinca, fissura e rachadura na edificação. Fonte: Ebanataw. Figura 3: Concreto poroso em processo de quebra. Fonte: Dreamstime. 8 Os estragos que uma infiltração de água ou umidade podem causar são imensos. A começar pelo mofo, bolor, destruição da pintura, até danos maiores nas paredes e materiais metálicos da estrutura. Por isso, é importante jamais negligenciar uma infiltração, por menor que seja. Os tipos de infiltrações variam conformeas causas e para cada uma há uma abordagem diferente no conserto. Elas podem acontecer: Devido às chuvas nos prédios com fachadas e coberturas que não receberam impermeabilização ou com falhas no projeto e execução da obra. Causadas por vapores de água, como acontece no box do banheiro pelo uso do chuveiro quente, provocando mofo no teto e nas paredes. Pela umidade que sobe do solo e é absorvida pela edificação, desde os alicerces até as paredes. Provocadas por problemas na rede hidráulica dos imóveis como acontece, muitas vezes, de vazamentos de um apartamento para outro. Em geral, uma boa impermeabilização do prédio é a medida básica contra as infiltrações, estancando a umidade e não permitindo que ela degrade o reboco e a pintura. Lembrando que existem impermeabilizantes adequados para cada espaço e essa é uma classificação que deve ser respeitada. Veja o que diz sobre isso um especialista, Fernando Francisco do Nascimento, no Fórum da Construção: “O projeto deve contemplar a impermeabilização desde a fundação da obra. Laje sem impermeabilizar não é cobertura e, sim, piso que não tem o atributo de reter líquidos.” Segundo ele, tudo que tem contato direto com a água ou outros líquidos deve ser impermeabilizado. Isso inclui também jardineiras suspensas, caixas d’água de concreto ou alvenaria, piscinas e varandas. Figura 4: Infiltração no teto. Fonte: Fórum da Construção. https://www.sienge.com.br/blog/impermeabilizacao-das-obras/ http://forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=22&Cod=1312 http://forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=22&Cod=1312 9 Figura 5: Infiltração na parede. Fonte: Fórum da Construção. Figura 6: Processo de infiltração. Fonte: C&C Casa e Construção. 10 2.5. Carbonatação Outra patologia que precisa ser citada, entre as principais, é a corrosão das estruturas metálicas, ou armaduras de concreto, um fenômeno chamado carbonatação decorrente da ação de agentes químicos. É uma das patologias mais comuns nas obras. O aço encontra-se num meio alcalino, o concreto, onde deve estar protegido de processos corrosivos. Contudo, eventualmente, acontece do gás carbônico – daí o nome – penetrar nos poros do concreto e, com a umidade encontrada, formar um tipo de acidez que ataca a estrutura metálica. Em síntese, a corrosão ocorre geralmente pela formação de cloreto no concreto ou na diminuição do pH do concreto, o que deixa a armadura desprotegida e então ocorre a corrosão da armadura. Pode acontecer de as peças da armadura terem sido colocadas muito próximas da superfície da estrutura e não terem sido cobertas o suficiente pelo concreto. Assim, tornam-se expostas à corrosão. Também vibrações da edificação ou falhas no processo de cura do concreto podem causar porosidades por onde vai começar o processo corrosivo. A aderência do concreto diminui, ele se descola e expõe ainda mais o aço. Portanto, a corrosão é perigosa especialmente por dois motivos: diminui a seção útil da armadura, logo, sua capacidade estrutural; e também, pode ocasionar o desplacamento do concreto, devido à expansão de volume. A degradação evolui e não cessa, comprometendo as estruturas, enquanto não forem tomadas providências. Como foi possível perceber, há uma série de situações que merecem atenção para conseguir minimizar o risco da ocorrência de carbonatação no concreto. Desde as condições climáticas, passando pelo traço de concreto e chegando até a cura, é necessário ter controle de todas as situações para mais facilmente identificar os fatores que podem levar à carbonatação. Também é válido frisar que a realização de um bom projeto e a contratação de mão de obra especializada são importantíssimas para evitar problemas estruturais. Afinal, é necessário alcançar os resultados esperados visando minimizar ao máximo a incidência da carbonatação do concreto. Profissionais capacitados poderão entender, por meio de conhecimento técnico e experiência, os ambientes em que serão instaladas as estruturas. Figura 7: Carbonatação do concreto. Fonte: Tecnosil. https://www.peritoengenheiro.com/single-post/2017/04/22/Como-ocorre-a-carbonata%C3%A7%C3%A3o-do-concreto 11 2.6. Destacamento Manifestação patológica caracterizada pela perda de aderência entre peças cerâmicas e substrato ou argamassa. É o descolamento parcial ou total de ladrilhos, pisos e porcelanatos da superfície. A fim de impedir o destacamento cerâmico, algumas medidas preventivas devem ser tomadas. A primeira delas é respeitar o tempo em aberto da argamassa colante. Se o responsável pela execução do serviço não conhecer essa informação, provavelmente as cerâmicas terão um baixo desempenho no futuro. Por isso, deve-se consultar esse dado no rótulo de cada produto. Além disso, é essencial analisar as deformações da estrutura e as variações de temperatura ambientais, por exemplo. A insolação, a chuva e a umidade podem influenciar a gerar o destacamento cerâmico se houver complicação no momento do assentamento, quando secar demais a argamassa colante. Porém, esses fatores não são as causas de destacamento depois que o revestimento foi aplicado. A deformação da estrutura que vai definir o local correto para juntas e reforços no revestimento da argamassa. Outra boa prática é contar com uma equipe bem-treinada. Profissionais que acompanham as novidades do mercado e utilizam metodologias eficientes melhoram a performance da obra e evitam o destacamento cerâmico. O controle de qualidade na obra é outra maneira de garantir o sucesso das atividades e fugir do destacamento cerâmico. Em todas as situações, é muito importante trabalhar com produtos de qualidade. Antes de escolher um fornecedor, fazer uma pesquisa de mercado e encontrar aquele que oferece os produtos com o melhor custo-benefício para a sua residência. Figura 8: Destacamento. Fonte: Liga Blog. 12 2.7. Gretamento Representa o comprometimento estético de placas cerâmicas. É caracterizado por defeitos superficiais em azulejos e materiais similares, como riscos e marcas, que eventualmente podem evoluir para um destacamento. Ela pode ocorrer também na pintura e o aspecto é de linhas finas distribuídas pela superfície. O gretamento ocorre devido à perda de integridade da superfície da placa cerâmica pelo excesso de expansão por umidade: fenômeno no qual os materiais absorvem água, gerando tensões e deformações que, quando excedem a resistência limite, comprometem a aderência dos revestimentos ao contrapiso ou emboço e provocam trincas na superfície. A má qualidade do material usado e dos processos envolvidos na fabricação é determinante para o surgimento da patologia. Por isso, é essencial pesquisar sobre as fabricantes antes de realizar a compra, verificando se os demais consumidores já observaram a ocorrência do gretamento ou de outros problemas. Uma grande causa do gretamento acontece durante o período de projeto ou de obras: os erros na especificação de materiais auxiliares. Por isso, o emprego de mão de obra qualificada para realizar o assentamento correto é fundamental para evitar esses e outros problemas técnicos. Caso o gretamento ocorra mesmo com o controle correto da especificação e da aplicação da base de assentamento, conclui-se que que é pela incompatibilidade entre a movimentação do vidrado e do biscoito da placa — ou seja, defeito decorrente da fabricação. No caso das pinturas, as causas normalmente estão na especificação dos produtos ou na realização dos serviços: utilização de tinta de dureza incompatível ao fundo, a diluição inadequada, o uso de solvente com tempo de secagem superficial mais rápidoque o da própria tinta e a falta de habilidade do pintor — que aplicou camadas muito espessas ou não respeitou o intervalo entre as demãos de pintura. O gretamento de revestimentos é uma patologia irreparável. Dessa maneira, só é corrigida trocando todas as peças que apresentarem o defeito, possivelmente de toda uma fachada, uma parede ou um piso, de forma a evitar o prejuízo estético. Já para reverter o problema na pintura, deve-se regularizar a superfície com lixa e, em seguida, pintar novamente, de acordo com as especificações técnicas com relação ao tipo de solvente, à espessura da camada de tinta e aos intervalos entre demãos. Figura 9: Gretamento. Fonte: Inova Civil. 13 2.8. Desbotamento É a descoloração de pigmentos presentes em tintas pouco resistentes, especialmente quando aplicadas em áreas externas – como fachadas, muros e varandas. Ocorre quando a incidência de luz solar é muito frequente sobre a superfície. Pode ser evitado com a utilização de produtos com alta resistência aos raios ultravioleta. 2.9. Bolhas São representadas pela presença de água ou ar sob uma película de tinta, gesso ou textura. A umidade é a grande vilã nesses casos. Ela pode ser evitada com impermeabilizantes de boa resistência, acabamento de qualidade e aditivos antiespumantes. Figura 10: Parede Desbotada. Fonte: Carluc Engenharia. Figura 11: Bolhas na parede. Fonte: Mister Cryl Tintas. 14 2.10. Manchas As manchas são um tipo de patologia muito ligadas à umidade. A umidade pode se manifestar em diversos elementos prediais – pisos, fachadas, paredes, estrutura, forro, e outros. As causas podem ser várias. A mancha característica de umidade pode surgir pela chuva e encontrar falhas de impermeabilização/estanqueidade; ou podem surgir pelo mecanismo de capilaridade a partir da fundação; podem surgir também por vazamento nas instalações hidráulicas; entre outras possibilidades. “Impermeabilizar é o que garante proteção e conforto ao morador. Além de evitar gastos futuros com reformas”, afirma Eliene Ventura, gerente técnica da Vedacit. A primeira ação ao detectar umidade é retirar o revestimento afetado e higienizar o local com água sanitária, removendo todo tipo de sujeira. A limpeza é fundamental para evitar o desenvolvimento de micro-organismos por baixo da camada impermeabilizante. Os próximos passos variam conforme a situação. As principais saídas para acabar com as manchas em cada uma das situações está listado abaixo. Fachadas de tijolo aparente: A presença de manchas neste caso acontece porque a argamassa é feita de materiais porosos que absorvem água com facilidade. A infiltração atinge os tijolos e alcança o revestimento interno da parede – o que mancha a pintura. A alternativa é impermeabilizar. O produto deve ser misturado no novo reboque e aplicado na fachada. “O acabamento ficará ainda melhor se uma resina acrílica for usada sobre os tijolos”, diz Eliene. Pintura de paredes externas: Intempéries sempre afetam a pintura de fachadas. Por isso, é necessário dispensar um cuidado especial nestas áreas. Tintas resistentes à umidade oferecem boas saídas para diminuir o problema, mas o ideal é apostar também em um bom impermeabilizante. A aplicação do produto deve ser feita após a retirada da pintura manchada e da lavagem com água sanitária. Áreas molhadas da casa: Ambientes molhados sem circulação de ar são propícios a umidade. O espaço do box do banheiro, por exemplo, é uma das regiões mais afetadas. As alternativas no combate do problema são o uso de tintas específicas – com impermeabilizantes na composição – e manter a janela aberta sempre que possível. A falta de rejunte nos azulejos é mais um fator que causa infiltração no banheiro. “É fundamental reaplicar o material quando estiver soltando, isso garante a total vedação”, diz Sebastião Xavier da Costa, técnico da Dr. Faz Tudo. Paredes com portas e janelas: Regiões no entorno de caixilhos – de portas ou janelas – se transformam em alvos quando o assunto é infiltração. A estrutura de alumínio ou madeira precisa ser bem vedada para que manchas ou trincas (originadas pela diferença de dilatação dos materiais) não apareçam. Se a tinta do local já estiver afetada, a melhor saída é retirar o acabamento e apostar em uma nova vedação das estruturas. 15 Manchas em lajes e rodapés: Infiltrações em rodapés são indícios de que o solo apresenta umidade excessiva (originada, na maioria dos casos, pela água acumulada em pisos sem caimento). “Outra possibilidade é haver vazamento nas tubulações da casa. A questão estrutural deve ser resolvida e o local impermeabilizado”, diz Costa. As mancham podem ainda surgir em lajes de concreto e, neste caso, a resolução é investir em mantas asfálticas para isolar a superfície. No que diz respeito às eflorescências, estas são manchas em geral de aparência branca, que surgem nas superfícies. Elas ocorrem em virtude do mecanismo de capilaridade da umidade conseguir transportar sais solúveis presentes nos materiais de construção, se depositando por fim nas superfícies. Figura 12: Mancha de umidade na parede. Fonte: Engenharia360. Figura 13: Eflorescência em bloco cerâmico de um muro. Fonte: Souza Filho Impermeabilizantes. 16 Para evitar as manchas esbranquiçadas da eflorescência e deixar as paredes e pisos com uma boa aparência, existem alguns cuidados que podem ser tomados. O primeiro deles começa com a própria escolha do cimento. O de tipo CP-IV, por exemplo, também chamado de Portland Pozolânico, é pouco poroso e adequado para obras expostas à ação de água corrente. Já o cimento de tipo CP-III, ou Portland de Alto-Forno, tem baixa concentração de hidróxido de cálcio, o que também o torna uma opção adequada para esse tipo de obra. Outras ações benéficas são: Colocar uma manta impermeável sobre o solo e sob o revestimento; Utilizar cerâmica esmaltada de boa qualidade e argamassa colante; Empregar aditivos impermeabilizantes que fazem com que a argamassa e o concreto absorvam menos água; Realizar manutenções preventivas para trocar rejuntes fissurados e juntas de movimentação danificadas. Caso essa patologia já tenha surgido nas paredes e no chão da obra, pode-se tentar eliminá-la. Uma maneira simples de fazer isso é usar ácidos (como o sulfâmico e o acético) para remover as manchas. É importante lembrar-se apenas de consultar a quantidade e a forma de utilização com o fabricante do produto para não corroer e manchar ainda mais as superfícies. Lavar o local com bastante água após o processo também é fundamental para que o resultado saia conforme o planejado. Algumas empresas já vendem produtos com o objetivo específico de acabar com a eflorescência. Nesse caso, basta ter o cuidado de comprar de fornecedores confiáveis e respeitar as instruções de utilização do produto. Se o estágio de degradação da superfície estiver muito avançado, talvez seja necessário realizar uma nova camada de revestimento e investigar com mais cuidado a origem da infiltração que está causando as manchas brancas. 2.11. Deterioração do concreto A deterioração do concreto trata-se pela perda da capacidade de resistência, em função da forma aglutinada entre o cimento e os demais agregados. É quando a pasta de cimento se desfaz. As causas para esta patologia podem ser várias: causas mecânicas como choques ou também recalque de fundações; origem por retração hidráulica ou por dilatação térmica; também existem as causas químicas como a famosa reação álcalis-agregado (RAA) ou a presença de cloretos. Verificada a ocorrência de processo corrosivo com deterioração do concreto deve-se dar início aos reparos para corrigir esses problemas, que podem serreduzidos com a manutenção preventiva. Para isso é necessário que ter-se um concreto de boa qualidade, que a estrutura seja projetada corretamente para o ambiente em que será utilizada, bem como a análise dos meios agressivos do ambiente e condições operacionais favoráveis. 17 Figura 14: Armadura exposta devido deterioração. Fonte: Além da Inércia. Figura 15: Deterioração do concreto armado. Fonte: Riso Engenharia. 18 3. Conclusão Essas patologias construtivas estão entre as causas mais comuns de queixas no Procon e processos contra as construtoras e incorporadoras. A boa notícia à respeito delas é que todas podem ser evitadas. Existem diversos estudos e estratégias para mitigação das ocorrências de patologias. Em especial, no Brasil, existe a norma de desempenho (NBR 15575). Esta norma estabelece parâmetros mínimos para o desempenho das edificações, desde a durabilidade até manutenibilidade. Inicia-se a prevenção às patologias pelo processo de gestão, ideal para garantir resultados de qualidade e comunicação transparente durante todas as etapas de um projeto. Um projeto bem feito, além de muitos cuidados na execução, também são essenciais, juntamente com a procura por mais qualidade nos empreendimentos. Além disso, todos os profissionais especializados que estão atuando na obra devem estar preparados para identificar possíveis sintomas. E, assim, agir com assertividade para tomar providências que colocarão um ponto final ao problema antes que ele se agrave. É importante ressaltar o papel da manutenção predial. A manutenção é um procedimento padrão para manter as edificações em boas condições e obter maior durabilidade em condições confortáveis. Também exalta-se o cuidado que os compradores devem ter ao avaliar um imóvel para moradia ou investimento. Enfim, conclui-se que nunca se deve negligenciar quaisquer patologias que venham a surgir na edificação, mas sempre buscar mitiga-las com a urgência devida. https://www.sienge.com.br/ebooks/controle-de-qualidade-e-sua-contribuicao-para-sustentabilidade-na-construcao-civil/ https://www.sienge.com.br/whitepaper-roteiro-de-entrega-de-chaves/ https://www.sienge.com.br/whitepaper-roteiro-de-entrega-de-chaves/ 19 4. Bibliografia Referencial Normativo: ABNT NBR 5674/2012: Manutenção de edificações — Requisitos para o sistema de gestão de manutenção. Material Online: https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/patologias-na-construcao- civil/#:~:text=O%20termo%20'patologia'%2C%20%C3%A9,ocorrem%20na%20estru tura%20das%20edifica%C3%A7%C3%B5es. Acesso em 10/08/2020. https://www.sienge.com.br/blog/4-patologias-na-construcao-civil/ Acesso em 10/08/2020. https://www.revistaconstrua.com.br/noticias/engenharia/as-5-patologias-mais-comuns- da-construcao-civil/ Acesso em 10/08/2020. http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=17&Cod=1339 Acesso em 10/08/2020. https://pointer.com.br/blog/destacamento- ceramico/#:~:text=A%20fim%20de%20impedir%20o,um%20baixo%20desempenho %20no%20futuro. Acesso em 22/08/2020. https://www.tecnosilbr.com.br/o-que-e-e-como-ocorre-a-carbonatacao-do- concreto/#:~:text=Ao%20reduzir%20a%20quantidade%20de,de%20se%20evitar%20t al%20patologia. Acesso em 22/08/2020. https://pointer.com.br/blog/causas-do-gretamento/ Acesso em 22/08/2020. http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=36&Cod=1582 Acesso em 22/08/2020. https://cimentomaua.com.br/eflorescencia-descubra-como-evitar/ Acesso em 22/08/2020. https://home.unicruz.edu.br/seminario/anais/anais- 2015/XX%20SEMIN%C3%81RIO%20INTERINSTITUCIONAL%202015%20- %20ANAIS/Graduacao/Graduacao%20-%20Trabalho%20Completo%20- %20Exatas,%20Agrarias%20e%20Ambientais/CORROSAO%20EM%20CONCRET O%20FATORES%20ACELERADORES%20DA%20DETERIORACAO.pdf Acesso em 22/08/2020. https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/patologias-na-construcao-civil/#:~:text=O%20termo%20'patologia'%2C%20%C3%A9,ocorrem%20na%20estrutura%20das%20edifica%C3%A7%C3%B5es. https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/patologias-na-construcao-civil/#:~:text=O%20termo%20'patologia'%2C%20%C3%A9,ocorrem%20na%20estrutura%20das%20edifica%C3%A7%C3%B5es. https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/patologias-na-construcao-civil/#:~:text=O%20termo%20'patologia'%2C%20%C3%A9,ocorrem%20na%20estrutura%20das%20edifica%C3%A7%C3%B5es. https://www.sienge.com.br/blog/4-patologias-na-construcao-civil/ https://www.revistaconstrua.com.br/noticias/engenharia/as-5-patologias-mais-comuns-da-construcao-civil/ https://www.revistaconstrua.com.br/noticias/engenharia/as-5-patologias-mais-comuns-da-construcao-civil/ http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=17&Cod=1339 https://pointer.com.br/blog/destacamento-ceramico/#:~:text=A%20fim%20de%20impedir%20o,um%20baixo%20desempenho%20no%20futuro. https://pointer.com.br/blog/destacamento-ceramico/#:~:text=A%20fim%20de%20impedir%20o,um%20baixo%20desempenho%20no%20futuro. https://pointer.com.br/blog/destacamento-ceramico/#:~:text=A%20fim%20de%20impedir%20o,um%20baixo%20desempenho%20no%20futuro. https://www.tecnosilbr.com.br/o-que-e-e-como-ocorre-a-carbonatacao-do-concreto/#:~:text=Ao%20reduzir%20a%20quantidade%20de,de%20se%20evitar%20tal%20patologia. https://www.tecnosilbr.com.br/o-que-e-e-como-ocorre-a-carbonatacao-do-concreto/#:~:text=Ao%20reduzir%20a%20quantidade%20de,de%20se%20evitar%20tal%20patologia. https://www.tecnosilbr.com.br/o-que-e-e-como-ocorre-a-carbonatacao-do-concreto/#:~:text=Ao%20reduzir%20a%20quantidade%20de,de%20se%20evitar%20tal%20patologia. https://pointer.com.br/blog/causas-do-gretamento/ http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=36&Cod=1582 https://cimentomaua.com.br/eflorescencia-descubra-como-evitar/ https://home.unicruz.edu.br/seminario/anais/anais-2015/XX%20SEMIN%C3%81RIO%20INTERINSTITUCIONAL%202015%20-%20ANAIS/Graduacao/Graduacao%20-%20Trabalho%20Completo%20-%20Exatas,%20Agrarias%20e%20Ambientais/CORROSAO%20EM%20CONCRETO%20FATORES%20ACELERADORES%20DA%20DETERIORACAO.pdf https://home.unicruz.edu.br/seminario/anais/anais-2015/XX%20SEMIN%C3%81RIO%20INTERINSTITUCIONAL%202015%20-%20ANAIS/Graduacao/Graduacao%20-%20Trabalho%20Completo%20-%20Exatas,%20Agrarias%20e%20Ambientais/CORROSAO%20EM%20CONCRETO%20FATORES%20ACELERADORES%20DA%20DETERIORACAO.pdf https://home.unicruz.edu.br/seminario/anais/anais-2015/XX%20SEMIN%C3%81RIO%20INTERINSTITUCIONAL%202015%20-%20ANAIS/Graduacao/Graduacao%20-%20Trabalho%20Completo%20-%20Exatas,%20Agrarias%20e%20Ambientais/CORROSAO%20EM%20CONCRETO%20FATORES%20ACELERADORES%20DA%20DETERIORACAO.pdf https://home.unicruz.edu.br/seminario/anais/anais-2015/XX%20SEMIN%C3%81RIO%20INTERINSTITUCIONAL%202015%20-%20ANAIS/Graduacao/Graduacao%20-%20Trabalho%20Completo%20-%20Exatas,%20Agrarias%20e%20Ambientais/CORROSAO%20EM%20CONCRETO%20FATORES%20ACELERADORES%20DA%20DETERIORACAO.pdf https://home.unicruz.edu.br/seminario/anais/anais-2015/XX%20SEMIN%C3%81RIO%20INTERINSTITUCIONAL%202015%20-%20ANAIS/Graduacao/Graduacao%20-%20Trabalho%20Completo%20-%20Exatas,%20Agrarias%20e%20Ambientais/CORROSAO%20EM%20CONCRETO%20FATORES%20ACELERADORES%20DA%20DETERIORACAO.pdf
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