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Livro Fauna da Flona de Carajás - Livro Digital

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Prévia do material em texto

Elaine Ferreira Barbosa | Leandro Moraes Scoss 
Vanessa Coutinho Mourão de Souza | Breno Chaves de Assis Elias
Fauna da Floresta 
Nacional de Carajás
Serra Norte
Fau
n
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a Floresta N
acion
al d
e C
arajás – Serra N
orte
O livro Fauna da Floresta Nacional de Carajás – Serra Norte traz infor-
mações sobre taxonomia, biologia, ecologia e distribuição geográfica de 
1.478 táxons para os ecossistemas amazônicos de pequenos mamíferos 
não voadores, morcegos, médios e grandes mamíferos, aves, anfíbios, 
répteis, insetos vetores, peixes e biota aquática (comunidades hidrobiológicas). 
A divulgação e o compartilhamento dessas informações, aliados à pes quisa 
científica e ao uso sustentável dos recursos naturais, favorecem o envolvi-
mento da sociedade como um todo nos esforços de conservação da biodiver-
sidade do Conjunto de Áreas Protegidas de Carajás.
ORGANIZAÇÃO
Fauna da Floresta 
Nacional de Carajás
Serra Norte
Fau na da Floresta Nacional de Carajás - Serra Norte / Organização de 
 Elaine Ferreira Barbosa ... [et al]. – Belo Horizonte : Gaia Cultural – 
Cultura e Meio Ambiente, 2020. 
264 p. : il. color., (fotos, mapas, tabelas) ; 20 x 29,5 cm. 
 
ISBN 978-65-991419-0-4
 1. Floresta Nacional de Carajás – Fauna Silvestre - Carajás, Serra dos 
(PA). 2. Vertebrados. 3. Invertebrados – (Carajás, Serra dos (PA). 4. 
Florestas – Conservação - Norte, Serra (Carajás, Serra dos, PA). 5. Estudo 
e ensino. I. Barbosa, Elaine Ferreira. II. Scoss, Leandro Moraes. III. 
Souza, Vanessa Coutinho Mourão de. IV. Elias, Breno Chaves de Assis. 
CDD 591
Elaine Ferreira Barbosa 
Leandro Moraes Scoss 
Vanessa Coutinho Mourão de Souza 
Breno Chaves de Assis Elias
ORGANIZAÇÃO
Fauna da Floresta 
Nacional de Carajás
Serra Norte
GESTÃO ADMINISTRATIVA:
Rodrigo Dutra Amaral
Daniela F. Scherer
Vanessa Coutinho Mourão de Souza
Evandro Alvarenga Moreira
Flávio D. Café de Castro
COORDENAÇÃO:
Vanessa Coutinho Mourão de Souza
Elaine Ferreira Barbosa 
REVISÃO DE CONTEÚDO E LISTA DE ESPÉCIES:
Breno Chaves de Assis Elias
Leandro Moraes Scoss
Leandro Maioli
Tarcisio Rodrigues 
COLABORAÇÃO:
Alexandre Castilho, Leandro Maioli, Fernando Marino Gomes dos Santos, 
Mariane Ribeiro, Mayla Barbirato e Vívian Lúcia C. Barros – apoio na obtenção de acervo fotográfico
Pâmella Rigueira Moreno – apoio ao planejamento do Projeto
André Luís Macedo Vieira – apoio na revisão de capítulo
ILUSTRAÇÕES:
Júlia Resende Thompson 
ELABORAÇÃO DO ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL - EIA:
BRANDT Meio Ambiente
PRODUÇÃO EXECUTIVA:
Gaia Cultural – Cultura e Meio Ambiente
COORDENAÇÃO EDITORIAL:
Roseli Raquel de Aguiar
PROJETO GRÁFICO:
Fábio de Assis
REVISÃO:
Lílian de Oliveira
APOIO:
Instituto Chico Mendes de 
Conservação da Biodiversidade – ICMBio 
REALIZAÇÃO: 
VALE S.A. Mina de Águas Claras,
Av. Dr. Marco Paulo Simon Jardim, 3580. 
Prédio 4, 3º andar | CEP – 34006-270
Nova Lima, MG – Brasil
www.vale.com 
SETE Soluções e Tecnologia Ambiental Ltda.
Avenida do Contorno, 6777 – 2º andar
Bairro Santo Antônio
CEP – 30130-151
Belo Horizonte, MG - Brasil
www.sete-sta.com.br
Fauna da Floresta Nacional de Carajás – Serra NortePequenos Mamíferos Não Voadores4 5
S
u
m
ár
io
 8 Prefácio
12 Apresentação
16 Conjunto de Áreas 
Protegidas de Carajás
Laís Ferreira Jales 
Leandro Moraes Scoss 
Vanessa Coutinho Mourão de Souza
28 Fauna da Floresta Nacional 
de Carajás, Serra Norte, no âmbito 
do Estudo de Impacto Ambiental 
do Projeto N1 e N2
Elaine Ferreira Barbosa 
Leandro Moraes Scoss 
Dinalva Celeste Fonseca 
Breno Chaves de Assis Elias 
Vanessa Coutinho Mourão de Souza
42 Pequenos Mamíferos 
Não Voadores
Bernardo Faria Leopoldo 
Eduardo Lima Sábato 
Natália Ardente 
Leandro Moraes Scoss
62 Morcegos
Carla Clarissa Nobre de Oliveira
84 Mamíferos de 
Médio e Grande Porte
Elaine Ferreira Barbosa 
Bernardo Faria Leopoldo 
 Daniel Milagre Hazan 
Leandro Moraes Scoss
108 Aves
Diego Petrocchi da Costa Ramos 
Marcelo Ferreira de Vasconcelos
126 Anfíbios
Felipe Sá Fortes Leite 
Raphael Costa Leite de Lima 
Larissa Ferreira de Arruda
164 Répteis
Jussara Santos Dayrell 
Larissa Ferreira de Arruda 
Raphael Costa Leite de Lima 
Felipe Sá Fortes Leite
200 Dípteros de 
Importância Sanitária
Maria Fernanda Brito de Almeida
212 Peixes
Marcelo Fulgêncio Guedes de Brito 
Breno Perillo Nogueira 
226 Biota Aquática
Sandra Francischetti Rocha 
Manoela Cristina Brini Morais 
Sofia Luiza Brito 
255 Literatura Consultada
260 Glossário
Fo
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M
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Ro
sa
Fauna da Floresta Nacional de Carajás – Serra NortePequenos Mamíferos Não Voadores8 9
Pr
ef
ác
io
Prefácio
É preciso conhecer para proteger e conservar. Foi pensando nisso que a 
Vale, em parceria com o ICMBio e a Sete Soluções e Tecnologia Ambien-
tal, promoveu a organização do presente livro, que difunde informações 
técnicas de diversas espécies de animais, com base nos estudos de fauna 
desenvolvidos no âmbito do Estudo de Impacto Ambiental – EIA do Pro-
jeto N1 e N2. Esse empreendimento está localizado na porção norte da 
Floresta Nacional de Carajás, uma das cinco Unidades de Conservação que 
compõem o conjunto de áreas protegidas de Carajás.
Os esforços em busca da conciliação da conservação da biodiversidade 
com a produção econômica na Floresta Nacional de Carajás, especifica-
mente a mineração, são uma realidade há décadas. A parceria entre a Vale 
e o ICMBio tem mostrado nesses anos que é possível explorar economica-
mente os recursos naturais da floresta ao mesmo tempo que se protege 
e conserva a biodiversidade em toda a sua riqueza e plenitude. Nunca foi 
uma tarefa fácil e os desafios estão sempre presentes.
Um desses desafios diz respeito à divulgação do conhecimento científico 
produzido na Floresta Nacional (Flona) de Carajás por meio dos estudos am-
bientais vinculados ao licenciamento ambiental de projetos da Vale. Em geral, 
a produção de documentos associados aos estudos ambientais é um traba-
lho extremamente técnico e que exige a participação de vários profissionais, 
com experiências e saberes diversos, relacionados ao solo, água, clima, ve-
getação, animais e pessoas. É essa convergência de saberes que possibilita 
tanto transmitir conhecimento a diferentes públicos quanto tornar acessíveis 
informações para que possam ser utilizadas da melhor maneira possível.
Nesse sentido, a forma de apresentação das informações nas publicações 
assume papel fundamental para ampliar a participação de um número 
maior de pessoas nas ações de conservação de ambientes, plantas e ani-
mais. Este livro apresenta em capítulos as espécies da fauna presentes nos 
diferentes ambientes da área de estudo local do empreendimento de mi-
nério de ferro chamado Projeto N1 e N2, do Complexo Minerador Ferro Ca-
rajás da Vale, da Flona de Carajás, como nas áreas de florestas, nos campos 
rupestres ferruginosos, nas águas, nos solos ou voando.
Todos os profissionais envolvidos nesse trabalho concentraram esforços para 
produzir um livro ilustrado que pudesse ajudar o ICMBio na divulgação das 
informações sobre a fauna identificada na região da Serra Norte da Floresta 
Nacional de Carajás. Em cada capítulo, são apresentados de modo sintético 
os principais elementos de cada grupo da fauna local, assim como o guia 
fotográfico de um número expressivo de espécies. O livro também traz, em 
formato digital, uma lista completa de táxons registrados na área.
Um novo desafio agora se apresenta aos leitores, mas, principalmente, aos 
visitantes da Floresta Nacional de Carajás: quantas espécies de animais 
você consegue identificar com o auxílio deste livro?
Daniela Faria Scherer
Gerente de Estudos Ambientais – Ferrosos
Rodrigo Dutra Amaral
Gerente Executivo – Licenciamento Ambiental, Estudos, Espeleologia, 
Saúde e Segurança e Cadeia de Valor – Ferrosos
Fauna da Floresta Nacional de Carajás – Serra NortePequenos Mamíferos Não Voadores10 11
Prefácio
A região de Carajásapresenta grandes empreendimentos minerários situa-
dos no interior de Unidades de Conservação federais, em especial a Flo-
resta Nacional (Flona) de Carajás e Flona do Tapirapé Aquiri. Há, portanto, 
diversos desafios referentes à convivência entre mineração e conservação 
da biodiversidade no interior de áreas protegidas. Sem dúvida, parte das 
soluções de tais desafios passa pela adequada gestão do conhecimento, 
de modo que os diferentes atores possam contribuir para a construção dos 
mecanismos de governança socioambiental e de gestão.
No caso de Carajás, as informações sobre biodiversidade ainda são con-
centradas no âmbito dos estudos de avaliação de impactos ambientais e 
geralmente não são publicadas e disponibilizadas à sociedade. Essa limi-
tação implica a perda de oportunidades de se aprofundar e maximizar o 
conhecimento adquirido. Na mesma medida, também restringe a aplicação 
de informações importantes para a tomada de decisão no que se refere à 
gestão dos recursos naturais e à participação de universidades e centros de 
pesquisa na multiplicação do conhecimento científico.
Desde o começo da mineração na região, a demanda por estudos e a cons-
trução de soluções têm se dado no âmbito do licenciamento ambiental, 
com tomada de decisões baseadas quase que exclusivamente nas ava-
liações sobre as áreas de influência direta de cada empreendimento sob 
análise. O acesso aberto e contextualizado às distintas fontes de dados, in-
formações e conhecimentos é de fundamental importância, uma vez que 
pode fomentar outros processos de gestão da biodiversidade, tais como a 
pesquisa científica, a educação ambiental, a gestão socioambiental, o uso 
público e as decisões de manejo.
Pr
ef
ác
io
A criação e a consolidação de Unidades de Conservação têm sido uma es-
tratégia para a proteção e conservação da biodiversidade, uma vez que es-
sas áreas protegidas servem de refúgio para espécies ameaçadas e para a 
manutenção de processos e serviços ecológicos. No entanto, para atingir 
esses objetivos, as UCs precisam de uma gestão eficiente que combine de 
forma efetiva ações de manejo e conservação. Para isso, é fundamental a 
aplicação prática do conhecimento, seja ele baseado em publicações cienti-
ficas, acadêmicas, técnicas ou ainda na sabedoria tradicional.
Nesse sentido, este livro é uma contribuição para a socialização do conhe-
cimento adquirido nos levantamentos sobre a fauna silvestre realizados na 
área de estudo do Projeto N1 e N2, situados no interior da Flona de Ca-
rajás, inicialmente utilizados para subsidiar o licenciamento ambiental do 
empreendimento minerário. Com esta publicação, objetiva-se compartilhar 
os conhecimentos relacionados a aves, anfíbios, répteis, morcegos, peque-
nos, médios e grandes mamíferos e biota aquática entre os visitantes das 
Unidades de Conservação de Carajás, comunidades, estudantes, gestores, 
pesquisadores e a sociedade em geral.
Ao contribuir com a difusão do conhecimento sobre a região de Carajás, 
esta obra serve de incentivo para o aprimoramento do conhecimento cien-
tífico sobre a fauna local e para o envolvimento da sociedade nos esforços 
de conservação. Como consequência direta da divulgação dos atributos 
ambientais das Unidades de Conservação, nós temos um maior engajamen-
to dos diferentes atores sociais nos esforços de conservação. 
André Luís Macedo Vieira
Chefe do Núcleo de Gestão Integrada (NGI) Carajás
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
Fauna da Floresta Nacional de Carajás – Serra NortePequenos Mamíferos Não Voadores12 13
Apresentação
O licenciamento ambiental é uma das obrigações exigidas pela legislação 
brasileira para o funcionamento de qualquer tipo de empreendimento ou 
atividade que pretende utilizar os recursos naturais ou que possa causar 
algum tipo de poluição. Tem como objetivo avaliar como e de que forma 
se pode promover o desenvolvimento econômico a partir do uso sustentá-
vel dos recursos naturais, mas sempre buscando as melhores práticas para 
manter o equilíbrio do meio ambiente. Essa avaliação é feita a partir da 
elaboração de um documento técnico-científico que apresenta as caracte-
rísticas do projeto, o diagnóstico ambiental, identifica e avalia os impactos 
e as medidas, tanto para prevenir, controlar, mitigar ou compensar altera-
ções no ambiente. Esse documento é chamado de “Estudo e Relatório de 
Impacto Ambiental” ou simplesmente EIA/RIMA.
O presente livro constitui-se na compilação dos resultados das pesquisas 
 sobre a fauna realizadas na área de estudo do Projeto N1 e N2 para subsidiar o 
licenciamento ambiental do empreendimento minerário que tem como prin-
cipal objetivo a extração de minério de ferro no Complexo Minerador Ferro 
Carajás da Vale, localizado no município de Parauapebas, estado do Pará.
Ao trazer a público os conhecimentos relacionados às espécies silvestres 
de insetos vetores, aves, anfíbios, répteis, morcegos, pequenos, médios 
e grandes mamíferos, e biota aquática (peixes e comunidades hidrobio-
lógicas) encontradas na área do Projeto N1 e N2, especialmente em sua 
Área de Estudo Local, a obra figura como um importante instrumento de 
divulgação dos estudos ambientais que vêm sendo conduzidos na região 
da Floresta Nacional de Carajás – Flona de Carajás.
Nas páginas a seguir, além de um resumo sobre as espécies que ocorrem 
na área do Projeto N1 e N2, são apresentadas informações relevantes sobre 
a biologia e ecologia dos grupos animais, sua distribuição geográfica, 
importância para o ecossistema e para a conservação, além de um guia 
A
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re
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n
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o
 fotográfico acompanhado de dados taxonômicos, características e curio-
sidades sobre grande parte das espécies que foram identificadas na área. 
 Algumas dessas características, como tamanho e forma do corpo do ani-
mal, cor, horário de atividade, podem ser úteis na identificação de diferen-
tes espécies durante atividades de campo. Nesse sentido, esta publicação 
tem o potencial de expandir o alcance do conhecimento sobre a variedade 
da fauna local, principalmente entre visitantes da Flona de Carajás, comu-
nidades do entorno, estudantes, gestores, pesquisadores e demais interes-
sados na área ambiental.
A publicação e distribuição de todo esse acervo técnico-informativo orga-
nizado no formato do livro Fauna da Floresta Nacional de Carajás – Serra 
Norte foram solicitadas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da 
Biodiversidade – ICMBio, por meio do Ofício SEI nº 306/2017- DIBIO/ ICMBio, 
em 7 de dezembro de 2017, e estão vinculadas ao licenciamento ambiental 
do Projeto N1 e N2.
Esta é uma iniciativa importante para difusão do conhecimento sobre a re-
gião de Carajás, ampliação do estado da arte de conhecimento do conjun-
to de áreas protegidas de Carajás, bem como para a conciliação do avanço 
da mineração e dos esforços para a conservação da natureza dessa porção 
da Amazônia brasileira. A produção e organização do conhecimento con-
tido neste livro são uma realização da Vale em parceria com as empresas 
Brandt Meio Ambiente e Sete Soluções e Tecnologia Ambiental, e seus res-
pectivos técnicos, profissionais e especialistas em fauna.
Espera-se que este trabalho sirva tanto como fonte de consulta quanto 
como incentivo à realização de novas pesquisas na região, visando não 
somente ao aprimoramento do conhecimento científico acerca da fauna, 
mas também ao uso sustentável dos recursos naturais e à conservação 
 dessa região tão rica da Amazônia.
Fo
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RA
N
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T
17Fauna da Floresta Nacional de Carajás – Serra Norte
Flona de Carajás
Conjunto de Áreas 
Protegidas de Carajás
A área do Projeto N1 e N2 está inserida no conjunto de áreas protegidas de 
Carajás, formado pelas Unidades de Conservação federais: Floresta Nacional 
de Carajás, onde o projeto está localizado, Floresta Nacional do Tapirapé-A-
quiri, Floresta Nacional Itacaiunas, Reserva Biológica do Tapirapé,Parque Na-
cional dos Campos Ferruginosos e Área de Proteção Ambiental do Igarapé 
Gelado, geridas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversi-
dade (ICMBio/MMA); e a Terra Indígena Xikrin do Cateté, sob gestão da FU-
NAI (Figura 1; Quadro 1). A totalidade do território ocupa uma área de quase 
1,4 milhão de hectares, o que representa a maior área de Floresta Amazônica 
contínua do Sul e Sudeste do Pará.
Unidades de Conservação (UCs) são áreas protegidas por lei voltadas à conser-
vação ambiental, do modo de vida de populações tradicionais, da manutenção 
de serviços ambientais e do uso de recursos naturais renováveis. Outras áreas 
protegidas conhecidas são as Terras Indígenas, as Reservas Legais das proprieda-
des Rurais e as Áreas de Preservação Permanentes que protegem dunas, man-
guezais, nascentes, encostas e topos de morros e outras. As UCs são classificadas 
em dois grandes grupos: Uso Sustentável e Proteção Integral, assim definidas 
pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC (Lei n° 9.985/2000), 
que as divide em 12 categorias, diferenciando-as por seus objetivos principais 
de conservação e pela possibilidade do uso de recursos de forma direta, como 
o manejo florestal nas Florestas Nacionais, ou de forma apenas indireta, como a 
visitação em Parques Nacionais ou a pesquisa científica nas Reservas Biológicas.
Laís Ferreira Jales 
Leandro Moraes Scoss 
Vanessa Coutinho Mourão de Souza
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Conjunto de Áreas Protegidas de Carajás18 19Fauna da Floresta Nacional de Carajás – Serra Norte
Figura 1 – Localização geográfica do Conjunto de Áreas Protegidas 
de Carajás
!(
!.
!.
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!.
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!.
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Projeto
N1 e N2
TI Xikrin
do Rio Cateté
Água Azul
do Norte
Parauapebas
Rebio
Tapirapé
APA
Igarapé Gelado
Flona
Tapirapé Aquiri
Flona 
Itacaiúnas
Flona
de Carajás
Parna dos Campos 
Ferruginosos
Núcleo Urbano
de Carajás
Tucumã
Ourilândia
do Norte
Canaã dos
Carajás
50°0'0"W50°30'0"W51°0'0"W
5°
30
'0
"S
6°
0'
0"
S
6°
30
'0
"S
!(
Oceano
Atlântico
Belém
PAAM
MA
TO
AP
MT
PI
RR
Localização da Flona de Carajás no estado do Pará
Área do Empreendimento
Projeto N1 e N2
Áreas Protegidas
Terras Indígenas
Unidades de Conservação
Uso Sustentável
Floresta Nacional de Carajás
Floresta Nacional do Itacaiúnas
Floresta Nacional do Tapirapé
Aquiri
Área de Proteção Ambiental do
Igarapé Gelado
Proteção Integral
Parque Nacional dos Campos
Ferruginosos
Reserva Biológica do Tapirapé
0 10 20 km
®
Fonte: Sete Soluções e Tecnologia Ambiental Ltda.
Quadro 1 – Conjunto de áreas protegidas de Carajás, Pará, Brasil
ANO DE 
CRIAÇÃO
NOME DA ÁREA 
 PROTEGIDA
GRUPO E CATEGORIA 
(LEI Nº 9.985/2000 - SNUC) DIPLOMA LEGAL
ÁREA 
(HA) MUNICÍPIOS
1989
Área de Proteção Ambiental 
do Igarapé Gelado
Uso Sustentável - APA
Decreto n° 97.718, 
de 5 de maio de 1989
21.600 Parauapebas
1989
Reserva Biológica do 
Tapirapé
Proteção Integral - Rebio
Decreto n° 97.719, 
de 5 de maio de 1989
103.000 São Félix do Xingu e Marabá
1989
Floresta Nacional do 
Tapirapé Aquiri
Uso Sustentável - Flona
Decreto n° 97.720, 
de 5 de maio de 1989
190.000 São Félix do Xingu e Marabá
1991
Terra Indígena Xikrin 
do Cateté
É uma área protegida, mas não 
uma unidade de conservação
Homologada pelo Decreto nº 
384, de 26 de dezembro de 1991
439.000
Água Azul do Norte, 
 Marabá, Parauapebas
1998 Floresta Nacional de Carajás Uso Sustentável - Flona
Decreto n° 2.486, 
de 2 de fevereiro de 1998
411.949
Água Azul do Norte, Canãa 
do Carajás e Parauapebas
1998 Floresta Nacional Itacaiunas Uso Sustentável - Flona
Decreto n° 2.480, 
de 2 de fevereiro de 1998
141.400 Marabá
2017
Parque Nacional dos Campos 
Ferruginosos
Proteção Integral - Parna
Decreto s/n, 
de 5 de junho de 2017
79.029
Canaã dos Carajás e 
Parauapebas
Fonte: Diplomas legais de criação de cada área protegida.
O que é uma área protegida? No Brasil existem diversas áreas que são legalmente atri-
buídas por decretos e atos de diversos órgãos e instâncias administrativas, a exemplo 
das Unidades de Conservação (UCs), Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reser-
vas Legais (RLs), Terras Indígenas (TIs), Comunidades Remanescentes de Quilombo, 
entre outras. Todas, portanto, são conhecidas genericamente por “áreas protegidas”. 
No conjunto de áreas protegidas de Carajás, destacam-se as Unidades de Conservação 
e a Terra Indígena Xikrin do Cateté.
O Projeto N1 e N2 situa-se na porção norte da Floresta Nacional (Flona) de 
Carajás, numa área que corresponde à Zona de Mineração, assim delimitada 
por seu Plano de Manejo. A Flona de Carajás foi criada por meio do Decreto 
nº 2.486, de 2 de fevereiro de 1998, abrangendo uma área de 411.949 hec-
tares, localizada nos municípios de Água Azul do Norte, Canaã dos Carajás e 
Parauapebas, no estado do Pará.
Essa Unidade de Conservação de uso sustentável tem como objetivos o apro-
veitamento econômico da floresta, pesquisa científica, educação ambiental 
e turismo sustentável com a conservação da biodiversidade. O Decreto de 
Criação garante a manutenção dos direitos minerários já assegurados antes 
Conjunto de Áreas Protegidas de Carajás20 21Fauna da Floresta Nacional de Carajás – Serra Norte
Foto 1 – Região do rio Itacaiunas, na Flona de Carajas. Foto: João Marcos Rosa
da Criação da UC, o que evidencia os desafios referentes à busca pela conci-
liação entre a proteção dos recursos e belezas naturais, das espécies da flora 
e fauna e dos vários ecossistemas presentes na floresta com a exploração mi-
neral, considerando os regramentos e zoneamento estabelecidos no Plano 
de Manejo da Flona de Carajás.
A diversidade de elementos da paisagem e a riqueza de espécies da flora e 
fauna, incluindo espécies endêmicas e ameaçadas de extinção, destacam a 
Flona de Carajás como uma das áreas que apresenta maiores diversidades 
biológicas na Amazônia. Além disso, as outras formações vegetais observadas 
na região, como as áreas de canga, associadas às áreas de afloramento ferrí-
fero, abrigam espécies bastante adaptadas a esse ambiente, sendo que algu-
mas ocorrem apenas nessa área, como a flor-de-carajás (Ipomea carajaensis).
O conjunto de áreas protegidas de Carajás, com sua extensão de quase 
1.400.000 hectares de florestas nativas, presta importantes serviços ambien-
tais à sociedade brasileira e ao planeta. A regulação do clima na Terra por meio 
da umidade gerada pela Floresta Amazônica, os “rios voadores” que são essen-
ciais à agricultura brasileira e ao abastecimento humano, além da proteção 
de mananciais importantes para diversos municípios da região do sudeste do 
Pará são alguns exemplos desses serviços, gratuitos e imprescindíveis à vida.
Ao norte do Projeto está a Área de Proteção Ambiental (APA) do Igara-
pé Gelado, município de Parauapebas. Essa Unidade de Conservação de 
uso sustentável foi criada pelo Decreto nº 97.718, de 5 de maio de 1989, 
com uma área de 21.600 hectares. Essa categoria de UC tem como objetivo 
principal promover o ordenamento territorial de uma região voltado para a 
conservação. A APA, composta por áreas privadas e públicas, ainda contém 
considerável cobertura vegetal nativa que serve como tampão do avanço 
das atividades humanas para as outras UCs da região, de categorias mais 
restritivas. Na APA são realizados projetos que objetivam a melhoria da per-
meabilidade da matriz por meio da diversificação das atividades produtivas, 
como o Projeto de Agroextrativismo que apoia a implementação da Siste-
mas Agroflorestais em propriedades de pequenos produtores. 
Na porção sul encontra-se o Parque Nacional (Parna) dos Campos 
Ferruginosos, criado pelo Decreto s/n, de 5 de junho de 2017, com 
uma área de 79.029 hectares, pertencente aos municípios de Canaã 
dos Carajás e Parauapebas. Essa unidade de proteção integral se sobre-
põe ao limite da Flona de Carajás em grande parte de sua extensão. 
Conjunto de Áreas Protegidas de Carajás22 23Faunada Floresta Nacional de Carajás – Serra Norte
Foto 2 – Parna dos Campos Ferruginosos. Foto: Fernando Marino
Na porção noroeste da Flona de Carajás e com parte de seu território em so-
breposição com a Floresta Nacional de Itacaiunas, está localizada a Floresta 
Nacional (Flona) do Tapirapé Aquiri, uma unidade de uso sustentável, criada 
por meio do Decreto nº 97.720, de 5 de maio de 1989, representando uma área 
de 190.000 hectares. Essa unidade ocupa parte dos municípios de São Félix do 
Xingu e Marabá, e tem como objetivo o uso múltiplo sustentável dos recursos 
florestais, além da pesquisa científica, com ênfase em métodos para explora-
ção sustentável de florestas nativas. Nessa Unidade também foi prevista no 
Decreto de Criação a manutenção dos direitos minerários já existentes no mo-
mento da criação da UC, de forma que abriga hoje a maior mina de cobre do 
Brasil – Projeto SALOBO. A unidade de conservação possui 5 trilhas ecológicas 
que servem de base para o projeto Comunidade Vai à Floresta, que permite 
que a sociedade tenha a oportunidade de interagir com a biodiversidade local.
Por sua vez, a Reserva Biológica (Rebio) do Tapirapé ocupa os mesmos mu-
nicípios, mas possui área relativamente menor, de 103.000 hectares, na porção 
norte da Flona Tapirapé Aquiri. Essa reserva, criada pelo Decreto nº 97.719, de 
5 de maio de 1989, objetiva a preservação integral da biota e demais atributos 
naturais existentes em seus limites, com ênfase para a pesquisa científica e a edu-
cação ambiental. A Rebio atualmente executa o protocolo de monitoramento 
contínuo da biodiversidade. Grupos de animais bioindicadores, como borbole-
tas e mamíferos de médio e grande portes, são monitorados com ajuda de vo-
luntários de comunidades do entorno e outros, selecionados e treinados através 
de editais do Programa Nacional de Voluntariado do ICMBio. Entre os objetivos 
estão a ampliação do conhecimento das espécies existentes na UC, bem como 
o acompanhamento de seus níveis populacionais e comunitários ao longo do 
tempo, frente às mudanças climáticas e possíveis impactos de origem humana.
Na porção oeste do conjunto de áreas protegidas de Carajás está localizada 
a Terra Indígena (TI) Xikrin do Cateté, habitada por povos isolados, Me-
bêngôkre Kayapó e Xikrin (Mebengôkre). Essa terra indígena foi reconhecida 
oficialmente a partir da homologação do Decreto nº 384, de 26 de dezem-
bro de 1991, com área de 439.000 hectares. Abrange parte dos municípios 
paraenses de Água Azul do Norte, Marabá e Parauapebas, e é a maior área 
protegida do conjunto de Carajás. Tem como objetivos a manutenção dos 
povos indígenas que a habitam de forma permanente e das suas atividades 
produtivas, assim como são imprescindíveis à preservação dos recursos ne-
cessários ao bem-estar dos povos e à sua reprodução física e cultural.Foto 3 – Vista aérea da Flona Itacaiunas. Foto: João Marcos Rosa
A criação desse parque teve como objetivo a proteção da diversidade 
biológica das Serras da Bocaina e do Tarzan, constitui-se como uma 
ação de compensação ambiental pela supressão de áreas de canga e 
cavernas para a instalação do Empreendimento de Ferro de S11D, ga-
rantindo assim a proteção e a manutenção de áreas testemunhos do 
patrimônio espeleológico e da vegetação de campos ferruginosos ou 
savanas metalófilas na Região de Carajás. O parque é a unidade de con-
servação com maior número de cavernas ferríferas do Brasil e abriga um 
grande número de cachoeiras e outros atrativos, apresentando grande 
potencial para o ecoturismo.
Conjunto de Áreas Protegidas de Carajás24 25Fauna da Floresta Nacional de Carajás – Serra Norte
Foto 5 – Vista da Reserva Biológica (Rebio) do Tapirapé. Foto: João Marcos Rosa
Por fim, o conjunto de áreas protegidas de Carajás também conta com a 
Floresta Nacional (Flona) Itacaiunas, criada por meio do Decreto nº 2.480, 
de 2 de fevereiro de 1998, com 141.400 hectares, localizada no município 
de Marabá. Essa unidade de uso sustentável tem objetivos semelhantes aos 
da Flona Tapirape Aquiri, focando em pesquisas voltadas, principalmente, 
para o uso sustentável de suas florestas nativas, com Manejo Florestal Sus-
tentável de produtos madeireiros e não madeireiros.
Apesar de sua extensão e nível de proteção, o conjunto de áreas protegidas de 
Carajás é atualmente uma ilha de vegetação cercada por atividades agrope-
cuárias, o que impõe um desafio para a manutenção da conectividade e fluxo 
de espécies com outras áreas da floresta amazônica brasileira. Iniciativas como 
a publicação deste livro, voltado aos estudantes, visitantes e ao público em 
geral, são ações importantes para aumentar o conhecimento da população 
sobre a importância ecológica dessas áreas para a sociedade, significando, em 
última instância, sua própria existência, ao conservar áreas extensas para a re-
carga dos aquíferos, produção de chuvas, além de serem laboratórios inestimá-
veis e ainda pouco explorados para a produção de medicamentos, alimentos e 
produtos da floresta. Atividades estas que geram divisas para o país e para po-
pulações locais com a manutenção da floresta em pé, como os exemplos do 
açaí, óleos de copaíba e andiroba, jaborandi, castanha-do-pará e tantos outros. Foto 4 – Vista aérea da Flona do Tapirapé-Aquiri. Foto: João Marcos Rosa
Conjunto de Áreas Protegidas de Carajás26
Foto 6 – Vista da Flona Itacaiunas. Foto: João Marcos Rosa
Foto 7 – Vista da Floresta Nacional de Carajás. Foto: Marcelo Rosa
Foto 8 – APA do Igarapé Gelado. Foto: Marcelo Rosa
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29Fauna da Floresta Nacional de Carajás – Serra Norte
Fauna da Floresta 
Nacional de Carajás, 
Serra Norte, no âmbito 
do Estudo de Impacto 
Ambiental do Projeto 
N1 e N2
Para orientar os estudos biológicos sobre a flora e a fauna no âmbito do Es-
tudo de Impacto Ambiental (EIA) do Projeto N1 e N2, foi definida a Área de 
Estudo Local (AEL) do meio biótico considerando o espaço geográfico que 
circunda a área de ocupação prevista pelo projeto de engenharia necessá-
ria ao desenvolvimento do empreendimento, em extensão geográfica sufi-
ciente para identificação e avaliação dos organismos que ocorrem na região 
onde se pretende instalar o empreendimento.
O contexto geográfico de bacia hidrográfica foi um dos critérios adotados 
para a delimitação da AEL do meio biótico do Projeto N1 e N2, que se en-
contra dividida em duas grandes bacias do estado do Pará. A parte oeste 
está situada na bacia hidrográfica do rio Itacaiunas e a porção leste pertence 
à bacia do rio Parauapebas. Ainda, no contexto local, destacam-se as bacias 
hidrográficas que drenam a área do projeto pelo rio Azul e pelas drenagens 
que vertem para o Igarapé Gelado. Ao norte da Área de Estudo Local estão 
situadas as barragens do Gelado e Geladinho.
A referida AEL situa-se no domínio do bioma Amazônia, onde a cobertura ve-
getal nativa da região é, predominantemente, constituída pelas fisionomias 
Elaine Ferreira Barbosa 
Leandro Moraes Scoss 
Dinalva Celeste Fonseca 
Breno Chaves de Assis Elias 
Vanessa Coutinho Mourão de Souza
Mazama americana 
(Veado-mateiro)
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Fauna da Floresta Nacional de Carajás, Serra Norte, no âmbito 
do Estudo de Impacto Ambiental do Projeto N1 e N230 31Fauna da Floresta Nacional de Carajás – Serra Norte
Figura 2 – Localização da Área de Estudo Local (AEL) no Conjunto de 
Áreas Protegidas de Carajás
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Projeto
N1 e N2
APA do
Igarapé Gelado
Flona
do Itacaiunas
Parna dos Campos
Ferruginosos
TI Xikrin do
Rio Cateté
Canaã dos
Carajás
ParauapebasNúcleo Urbano 
de Carajás
50°0'0"W50°15'0"W50°30'0"W50°45'0"W
6°
0'
0"
S
6°
15
'0
"S
6°
30
'0
"S
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Ì
Ì
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!(
Núcleo 
Urbano 
de Carajás
N3 (Fe)
N5 (Fe)
N4 (Fe)
Manganês Azul (Mn)
Projeto 
N1 e N2
Área de Estudo Local 
®
0 3 6 km
Zoneamento Ambiental da Flona de Carajás
Preservação
Primitiva
Manejo Florestal Sustentável
Uso Especial
Uso Público
Uso Conflitante
Mineração
Áreas Protegidas
Floresta Nacional de Carajás
Unidades de Conservação
Terras Indígenas
Área do Empreendimento
Projeto N1 e N2
Área de Estudo Local
Parauapebas
Água Azul do Norte
Canaã dos Carajás
Marabá
Parauapebas
Canaã dos Carajás
Fonte: Sete Soluções e Tecnologia Ambiental Ltda.
Cacicus cela 
(Xexéu)
de Floresta Ombrófila Aberta, que ocupa regiões de encostas e de eleva-
da inclinação, e de Floresta Ombrófila Densa, que ocorre nos solos mais 
profundos nas planícies e nos relevos mais suaves das áreas montanhosas. 
Além das formações florestais, destaca-se a ocorrência de uma vegetação 
herbáceo-arbustiva típica de afloramentos ferruginosos. Os Campos Rupes-
tres Ferruginosos localizam-se nas porções de serras, nas regiões de maior 
elevação, cujo topo apresenta relevo suave e são designados como platôs.
A Área de Estudo Local do Projeto N1 e N2, assim como as áreas das Minas 
N4, N5 e da Mina de Manganês do Azul, abriga vegetação típica das ser-
ras ferruginosas da região e ambientes florestais. As Minas N4 e N5 estão 
localizadas no Complexo Minerador Ferro Carajás na Serra Norte, e a Mina 
de Manganês do Azul está localizada na região dos platôs norte da Pro-
víncia Mineral de Carajás, todas na porção leste da AEL. O núcleo urbano 
de Carajás localiza-se a leste da área de estudo, conforme a indicação no 
mapa da Figura 2.
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Foto 11 – Perfil de vertente local, observada na 
porção interior do platô de N1. Em baixa vertente, é 
possível observar área onde está localizado um lago 
intermitente, nas proximidades do alojamento de N1. 
Foto 9 – Vista panorâmica da 
porção central do platô de N1.
Foto 10 – Relevo da região 
da Serra dos Carajás.
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Fauna da Floresta Nacional de Carajás, Serra Norte, no âmbito 
do Estudo de Impacto Ambiental do Projeto N1 e N234 35Fauna da FlorestaNacional de Carajás – Serra Norte
Foto 12 – Vista parcial das vertentes que circundam ao 
norte o platô de N1. Fonte: Estudo de Impacto Ambiental 
(BRANDT, 2019).
O diagnóstico da fauna na área do Projeto N1 e N2 foi realizado pela equi-
pe técnica da Brandt Meio Ambiente Ltda., amparado pela Autorização para 
Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico - ABIO N° 903/2018 e Ofí-
cio SEI nº 306/2017-DIBIO/ICMBio, que compõe o Estudo de Impacto Am-
biental do empreendimento. Os estudos foram realizados por especialistas e 
considerou vários outros estudos que já haviam sido realizados na área onde 
está localizado o projeto, além dos trabalhos de campo para complementar 
as informações sobre insetos (entomofauna) de importância sanitária, anfí-
bios e répteis (herpetofauna), pequenos mamíferos não voadores (masto-
fauna) e biota aquática.
Esses estudos foram apresentados ao IBAMA e ICMBIO como parte do pro-
cesso do licenciamento ambiental do empreendimento. Entretanto, as in-
formações do EIA seguem normas específicas e linguagem muito técnica. 
Após a conclusão do estudo ambiental, a equipe de especialistas da Sete 
Soluções e Tecnologia Ambiental organizou o conhecimento e produziu 
novos textos para auxiliar na divulgação sobre a “Fauna da Floresta Nacional 
de Carajás, Serra Norte”. 
Neste livro apresentamos a fauna silvestre registrada na área do Projeto N1 
e N2 de maneira mais objetiva e ilustrada. E assim, partindo do princípio de 
que é preciso conhecer para preservar, buscamos chamar a atenção para a 
composição e importância da fauna local e, como consequência, estabe-
lecer medidas de conservação e proteção que sejam tomadas em sintonia 
com a implantação e operação do Projeto N1 e N2.
Bom, mas você sabe o que significa fauna? Fauna é o nome dado para 
representar todos os animais que vivem em uma determinada região, in-
dependentemente das diferenças de tamanho, cor, comportamento ou 
ambiente em que se desenvolvem, alimentam, reproduzem etc. Todos os 
animais fazem parte da fauna ou, se preferir, do mundo animal. Para facilitar 
o trabalho dos especialistas, os grupos de animais podem ser separados e 
organizados da seguinte forma: Entomofauna (insetos), Ictiofauna (peixes), 
Herpetofauna (répteis e anfíbios), Avifauna (aves), Mastofauna (mamíferos) 
e Biota Aquática, que reúne diferentes formas de vida do ambiente aquáti-
co, incluindo, por exemplo, o fitoplâncton, o zooplâncton e os organismos 
bentônicos ou zoobêntons.Foto 13 – Vista aérea da fitofisionomia de Savana Metalófila 
(Vegetação Rupestre sobre Canga). Fonte: Estudo de 
Impacto Ambiental (BRANDT, 2019).
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Fauna da Floresta Nacional de Carajás, Serra Norte, no âmbito 
do Estudo de Impacto Ambiental do Projeto N1 e N236 37Fauna da Floresta Nacional de Carajás – Serra Norte
Os resultados que ilustram cada um dos capítulos deste livro, como não po-
deria ser diferente, reforçam que a região mantém uma fauna amazônica 
muito rica e diversa que, por sinal, é uma característica de toda a região da 
Flona de Carajás e do próprio bioma Amazônia. Reunindo todos os grupos 
da fauna estudados, tanto do ambiente terrestre como do ambiente aquáti-
co, foi possível produzir este livro sobre a Fauna do Projeto N1 e N2. 
Ao todo foram exatamente 1.478 táxons de animais identificadas na área de 
estudo local do Projeto N1 e N2 (Figura 3). Em geral, para todos os grupos, esse 
número expressivo de animais indica uma boa qualidade dos ambientes natu-
rais dessa porção da Flona de Carajás. É uma das principais razões que o estudo 
ambiental destaca como fundamental para assegurar a sobrevivência, a viabili-
dade e a permanência de todas as espécies na região, no médio e longo prazo.
O maior número de animais foi identificado para um grupo de pequenos 
organismos que compõem a biota aquática, os fitoplânctons (algas e bacté-
rias), com um total de 448 táxons. As aves aparecem em segundo lugar, com 
312 espécies diferentes, seguidas pelos zooplânctons (pequenos animais), 
com 293 táxons, e pelos organismos bentônicos (insetos aquáticos, minho-
cas, caracóis de água doce, camarões, entre outros), com 100 táxons.
Figura 3 – Fauna do Floresta Nacional de Carajás, Serra Norte, no 
 âmbito do Estudo de Impacto Ambiental do Projeto N1 e N2
448
312
293
100
77
67
46
40
38
29
20
8
0 100 200 300 400 500
Fitoplâncton
Aves
Zooplâncton
Organismos bentônicos
An�sbenas, Lagartos e Serpentes
Morcegos
Anfíbios
Insetos - dípteros vetores
Médios e grandes mamíferos
Peixes
Pequenos mamíferos
Quelônios e Jacarés
Número de animais
Fonte: Sete Soluções e Tecnologia Ambiental Ltda.
Você sabia que TÁXON é uma unidade utilizada pelos pesquisadores no sistema de classi-
ficação científica de todos os seres vivos? Essa unidade ajuda na divisão dos organismos 
vivos em Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie. A ciência responsável pela 
criação das regras de classificação e identificação dos seres vivos é chamada de Taxonomia 
e tem como objetivo reconhecer os grupos de seres vivos e dar um nome para cada um dos 
grupos e organismos.
As anfisbenas, lagartos e serpentes somam 77 espécies, enquanto o to-
tal de morcegos que ocorrem na região do Projeto N1 e N2 chega a 67 
espécies. Mesmo sendo animais tão diferentes em diversos aspectos, o 
número total de espécies de anfíbios (sapos, rãs e pererecas), de insetos 
vetores de importância para a saúde pública e de mamíferos de médio e 
grande portes é parecido. Ao todo foram identificadas 46 espécies de an-
fíbios, 40 de insetos vetores (mosquitos e carapanãs) e 38 mamíferos com 
peso corporal maior que 2 kg, incluindo desde os menores macacos até 
as antas e as onças-pintadas. Os grupos de animais com menor número 
de espécies na área do Projeto N1 e N2 foram os pequenos mamíferos, 
com 20 espécies, incluindo roedores (ratos) e marsupiais (gambás e cuí-
cas); os peixes de água doce, com 29 espécies, e as tartarugas e jacarés, 
que juntos totalizam apenas oito espécies.
A lista com a classificação taxonômica de cada um dos 1.478 táxons de ani-
mais identificados durante o estudo ambiental na área do Projeto N1 e N2 é 
apresentada em formato digital (Link Site e QR code). Esperamos que você, 
leitor, goste das informações e das fotos dos animais que vivem na Serra 
Norte da Floresta Nacional (Flona) de Carajás.
Antes, porém, é importante dizer que a taxonomia é a ciência que dá nome 
às espécies. Na leitura dos capítulos, o texto apresenta algumas abreviações, 
representadas por gr., aff., cf. ou sp. Estas são utilizadas na taxonomia para in-
dicar uma espécie que não pôde ser identificada. Alguns dos nomes empre-
gados no estudo ambiental do Projeto N1 e N2 provavelmente não repre-
sentam de forma precisa a situação taxonômica de certas espécies, devido 
à carência de estudos recentes sobre a sua taxonomia que permita identifi-
cá-las até o nível específico. Isso ocorre porque alguns indivíduos coletados 
durante os estudos não possuem exatamente as características previamen-
te estabelecidas pela taxonomia que permita a sua completa identificação. 
Fauna da Floresta Nacional de Carajás, Serra Norte, no âmbito 
do Estudo de Impacto Ambiental do Projeto N1 e N238
Em alguns casos, a identificação somente é possível a partir de análises 
 genéticas, que, até o momento, não foram realizadas, haja vista que não era 
objeto da metodologia proposta para este estudo. 
Para Anfíbios Anuros, por exemplo, sete são as espécies que se enquadram 
nessa situação (Rhinella gr. margaritifera, Ameerega aff. flavopicta, Boana 
sp., Dendropsophus gr. microcephalus, Scinax sp., Adenomera sp. e Adeno-
mera aff. hylaedactyla). Outras duas não puderam ser identificadas de ma-
neira precisa porque foram registradas apenas a partir do seu canto, sem 
a captura do adulto (Hyalinobatrachium sp.) ou porque foram registradas 
apenas por meio de indivíduos jovens(Elachistocleis cf. carvalhoi), o que 
dificulta sua determinação.
No caso da Ictiofauna, considerando os registros de peixes na Serra Norte, 
16 são as espécies de peixes que se enquadram nessa situação: Astyanax 
sp., Bryconamericus sp., Characidium sp., Creagrutus sp., Knodus sp. 1, Knodus 
sp. 2, Moenkhausia sp. Imparfinis sp., Ancistrus sp., Aspidoras sp., Harttia sp., 
Hypostomus gr. cochliodon, Lasiancistrus sp., Otocinclus sp., Trychomycterus 
sp. e Cichla sp.
Para a Biota Aquática, a carência de estudos sobre a classificação desses 
organismos e o registro de táxons em estágios larvais, como os náuplios 
e copepoditos, entre os crustáceos copépodas, são os principais fatores 
que não permitem representar de forma precisa a situação taxonômica 
de algumas espécies. A alteração dos nomes e organização das classifi-
cações são bastante comuns, principalmente dentre o fitoplâncton e 
zooplâncton, e ocorre porque as técnicas adotadas pelos pesquisadores 
estão sendo aperfeiçoadas a cada dia. Mesmo assim, os resultados sobre 
a Biota Aquática do Projeto N1 e N2 apresenta uma série de organismos 
com alguma imprecisão taxonômica, assim como diversos outros estu-
dos, sendo às vezes possível identificar o animal apenas até o nível de 
classe, ordem ou família.
"Direcione a câmera do seu celular para 
o QR Code ao lado e tenha acesso à lista 
digital completa com todos os 1.478 táxons 
identificados na área do Projeto N1 e N2."
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Desova arbórea 
de anfíbio 
depositada em folha
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Pequenos 
Mamíferos 
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Fauna da Floresta Nacional de Carajás – Serra Norte 45
Hylaeamys 
megacephalus
(Rato-do-mato)
Pequenos 
Mamíferos 
Não Voadores 
Os pequenos mamíferos não voadores, como o próprio nome diz, são os 
mamíferos de pequeno porte que não voam. Compreendem os marsu-
piais (Ordem Didelphimorphia), popularmente conhecidos como gambás 
e cuícas, e os pequenos roedores (Ordem Rodentia), conhecidos como 
ratos, com peso até 2 kg. Esse grupo de animais forma a base da pirâmide 
alimentar, da qual dependem praticamente todos os outros grupos que 
vêm acima deles, especialmente os animais carnívoros, sejam eles outros 
mamíferos, aves ou répteis. São predominantemente noturnos e apresen-
tam diferentes hábitos de vida, podendo ser arborícolas (quando vivem 
somente nas árvores), escansoriais (animais que vivem tanto nas árvores 
como no chão), fossoriais ou semifossoriais (quando vivem em tocas ou 
abaixo do solo), cursoriais (vivem estritamente no chão) e semiaquáticos 
(passam boa parte do seu tempo dentro d’água). Dessa forma, ocupam 
diversos ambientes, desde campos e outros tipos de hábitats com vege-
tação aberta naturais até florestas, nas suas mais variadas formas, tipolo-
gias e graus de preservação.
A expressão popular “tamanho não é documento” se aplica muito bem aos 
pequenos mamíferos não voadores. Diferentes espécies desse grupo de-
sempenham funções ecológicas fundamentais na dinâmica dos ecossiste-
mas naturais, como dispersores de sementes e fungos, como reguladores de 
populações de plantas (por meio do consumo de folhas, frutos e sementes) 
Bernardo Faria Leopoldo 
Eduardo Lima Sábato 
Natália Ardente 
Leandro Moraes Scoss
Fo
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ál
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te
Fauna da Floresta Nacional de Carajás – Serra NortePequenos Mamíferos Não Voadores46 47
e de insetos e outros animais invertebrados, ou ainda como polinizadores 
de algumas espécies de plantas. Embora as informações que normalmen-
te chegam ao público em geral estejam fortemente associadas às espécies 
comuns nas áreas urbanas, como o rato-comum (Rattus rattus), a ratazana 
(Rattus norvergicus) e o camundongo (Mus musculus), os pequenos mamífe-
ros não voadores são considerados peças-chave na manutenção e na con-
servação da biodiversidade de ambientes naturais.
Como outros animais, os pequenos mamíferos não voadores respondem 
rapidamente às alterações e impactos ambientais (como o desmatamen-
to e as queimadas), assim como ao processo de fragmentação de hábi-
tats. Essas modificações normalmente provocam a diminuição do núme-
ro de espécies que ocorrem em determinado lugar e, por consequência, 
alguns processos ecológicos são afetados, ocasionando uma perda da 
qualidade ambiental.
Diversas espécies desse grupo apresentam ainda importância médica e 
epidemiológica, funcionando como reservatórios de agentes causadores 
de diversas doenças que podem afetar o ser humano, tais como: Leptos-
pirose, Esquistossomose, Leishmaniose, Hantavirose e Doença de Chagas. 
Por outro lado, também vêm sendo utilizadas em alguns estudos como 
sentinelas para fatores de ameaças à saúde humana, servindo como indi-
cadores da presença de contaminantes ambientais, bactérias ultrarresis-
tentes e vírus. Assim, as alterações nos ambientes onde ocorrem essas es-
pécies devem ser feitas sempre com responsabilidade e bastante cuidado, 
para evitar desequilíbrios que, além de prejudicá-las, podem afetar a saúde 
e o bem-estar humano.
Atualmente são conhecidas no Brasil 268 espécies de pequenos mamífe-
ros não voadores, o que os torna o grupo de maior riqueza, em número de 
espécies, dentre as 701 espécies listadas para todo o território nacional. So-
mente na Amazônia ocorrem 110 espécies, sendo 27 de marsupiais e 83 de 
roedores, incluindo 73 espécies que somente são encontradas neste bioma, 
tecnicamente chamadas de espécies endêmicas. É importante mencionar 
que esses números aumentam à medida que são aplicadas novas técnicas 
de laboratório, principalmente análises genéticas e moleculares, que vêm 
auxiliando os pesquisadores no processo de identificação e na descoberta 
de novas espécies para a ciência.
Na região da Floresta Nacional de Carajás, sudeste do estado do Pará, 
onde se insere o Projeto de Mineração N1 e N2, estudos recentes reve-
laram a presença de 31 táxons de pequenos mamíferos não voadores, 
sendo 12 de marsupiais e 19 de pequenos roedores. Desse total, pelo 
menos 11 espécies são endêmicas da Amazônia, e seis apresentam im-
precisão taxonômica, ou seja, necessitam de estudos mais aprofundados 
para que sua correta identificação em nível específico seja confirmada 
para a região. 
Este capítulo apresenta as espécies de pequenos mamíferos não voadores 
registradas na Área de Estudo Local (AEL) do Projeto de Mineração N1 e N2 
inserido no Complexo Minerador Ferro Carajás, a fim de disponibilizar um 
acervo técnico-específico da fauna local.
Os Pequenos Mamíferos Não Voadores 
da Flona de Carajás, Serra Norte
Os estudos realizados na Área de Estudo Local (AEL) do Projeto N1 e N2 reve-
laram a presença de 20 táxons de pequenos mamíferos não voadores, sendo 
nove marsupiais e 11 roedores. Todos os marsupiais pertencem à família Di-
delphidae, única família da Ordem Didelphimorphia. Já os roedores perten-
cem a duas famílias (Cricetidae e Echimyidae). Desse total, três táxons não 
puderam ser identificados em nível de espécie de forma precisa, por serem 
complexos e necessitarem de revisões taxonômicas mais refinadas.
A comunidade de pequenos mamíferos não voadores local é formada, em 
sua maior parte, por táxons de ampla distribuição geográfica, que ocorrem 
em mais de um bioma brasileiro. Nenhum dos táxons listados encontra-se 
ameaçado de extinção, de acordo com as listas consultadas em âmbito 
estadual, nacional e global. Ressalta-se, no entanto, o registro de espécies 
endêmicas do bioma amazônico, como os marsupiais Didelphis marsupia-
lis (gambá), Marmosops pinheroi (cuíca) e Monodelphis glirina (catita), além 
dos roedores Oligoryzomys microtis (rato-do-mato), Oxymycterus amazo-
nicus (rato-do-brejo) e Rhipidomys emiliae (rato-da-árvore). Por serem es-
pécies com hábitos escansoriais, arborícolas, semifossoriais (no caso de 
Monodelphis touan) e/ou dependentes de uma estrutura mais complexa 
Fauna da FlorestaNacional de Carajás – Serra NortePequenos Mamíferos Não Voadores48 49
de ambientes florestais (por exemplo, a presença de troncos caídos no 
chão, sub-bosque e dossel), essas espécies normalmente são reconheci-
das como indicadoras de hábitats florestais.
A espécie de roedor Euryoryzomys aff. emmonsae (rato-do-mato) e o mar-
supial Monodelphis touan (cuíca-de-rabo-curto), segundo a literatura cien-
tífica, representam interesses científicos para a região da Flona de Carajás, 
sudeste do Pará, em virtude do pouco conhecimento que se tem sobre 
elas, seja no que diz respeito às suas distribuições geográficas e níveis de 
endemismos locais, ao tamanho e tendência de suas populações, seja no 
que se refere à definição do conhecimento taxonômico desses animais.
O roedor Euryoryzomys aff. emmonsae (rato-do-mato) foi considerado 
neste estudo como “aff.”, ou seja, refere-se a um táxon que apresenta afi-
nidades com a espécie já descrita (Euryoryzomys emmonsae), mas com 
divergências em relação à descrição dela. Neste caso, o registro poderia 
corresponder a um sinônimo de Euryoryzomys emmonsae (rato-do-mato), 
estando incluída na mesma, ou poderia pertencer a uma espécie com 
parentesco taxonômico próximo. Euryoryzomys aff. emmonsae (rato-do-
-mato) foi considerado táxon endêmico pelo fato de as duas possíveis 
espécies do gênero Euryoryzomys com distribuição conhecida para a área 
de estudo (Euryoryzomys macconnelli e Euryoryzomys emmonsae) também 
serem endêmicas e ocorrerem de forma simpátrica nas áreas de floresta 
da Flona de Carajás, além de suas distribuições geográficas serem restritas 
à região sudeste da Amazônia.
Além dessas espécies, cabe mencionar dois casos de imprecisões taxo-
nômicas, nos quais a identificação dos táxons em nível específico não foi 
possível. No caso de Oecomys gr. bicolor / cleberi (rato-do-mato), o táxon 
pertence a um complexo de espécies que atualmente compreende Oe-
comys bicolor e Oecomys cleberi, e cujas relações de parentesco ainda não 
foram completamente esclarecidas pelos especialistas. De forma seme-
lhante, Akodon gr. cursor (rato-do-chão) pertence a uma das espécies do 
grupo cursor, que inclui Akodon cursor, Akodon montensis, Akodon reigi e 
Akodon paranaensis, assim como espécies afins. As espécies identifica-
das como “gr.” referem-se àquelas que pertencem ao grupo ou complexo 
de espécies que ainda precisam ser revisadas e descritas, separadamen-
te. Esses exemplos reforçam a necessidade de captura e coleta desses 
animais durante a realização de estudos ambientais em campo, pois a 
correta identificação, em muitos casos, somente é possível a partir de 
análises específicas realizadas por profissionais experientes, em ambien-
te de laboratório ou com apoio de instituições que mantêm coleções 
científicas de referência. A coleta de espécimes testemunho é, portanto, 
fundamental para o avanço da pesquisa científica, lembrando que esse 
procedimento deve ser feito por profissional habilitado e devidamente 
autorizado pelo órgão ambiental.
Os resultados do diagnóstico indicam que, em geral, grande parte da 
mastofauna amazônica de pequeno porte não voadora é representa-
da por espécies que apresentam diferentes tamanhos, hábitos e formas 
de interagir com o ambiente em que vivem. Grande parte dos animais 
que compõem esse grupo possui predominantemente hábito noturno, 
o que dificulta a sua visualização, sendo necessário o uso de métodos 
específicos para a sua amostragem durante atividades de campo. Mesmo 
utilizando armadilhas próprias para a captura de pequenos mamíferos, 
algumas espécies arborícolas dificilmente são capturadas em estudos de 
curta duração. Muitas delas são registradas somente em estudos de longa 
duração ou nos chamados programas de monitoramento. Nesse sentido, 
os estudos já realizados na Serra Norte de Carajás, incluindo o diagnóstico 
do Projeto N1 e N2, vêm revelando informações importantes sobre os 
pequenos mamíferos não voadores, o que contribui de forma expressiva 
para a conservação da natureza da Flona de Carajás e de toda a região.
Pequenos Mamíferos Não Voadores50
Espécie: Caluromys philander
Nome popular: Cuíca-lanosa, mucura-xixica
Família: Didelphidae
Peso corporal: 140 a 390 gramas
Distribuição: Amazônia, Mata Atlântica, 
Cerrado e Pantanal
Hábitos: Dieta Frugívora / Onívora e hábito 
de locomoção arborícola
Espécie: Marmosa murina
Nome popular: Catita, cuíca
Família: Didelphidae
Peso corporal: 52 gramas (adulto)
Distribuição: Amazônia, Mata 
Atlântica, Cerrado e Pantanal
Hábitos: Dieta Insetívora / Onívora e 
hábito de locomoção escansorial
Espécie: Marmosa (Micoureus) demerarae
Nome popular: Cuíca
Família: Didelphidae
Peso corporal: 90 a 150 gramas
Distribuição: Amazônia, Mata Atlântica, 
Cerrado e Caatinga
Hábitos: Dieta Insetívora / Onívora e hábito 
de locomoção arborícola
Guia 
fotográfico
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Espécie: Didelphis marsupialis
Nome popular: Gambá, mucura
Família: Didelphidae
Peso corporal: 1,0 a 1,7 kg
Distribuição: Restrita à Amazônia 
(espécie endêmica)
Hábitos: Dieta Frugívora / Onívora 
e hábito de locomoção escansorial
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Espécie: Marmosa pinheroi
Nome popular: Cuíca
Família: Didelphidae
Peso corporal: 19 a 33 gramas
Distribuição: Restrita à Amazônia 
(espécie endêmica)
Hábitos: Dieta Insetívora / 
Onívora e hábito de locomoção 
escansorial
Espécie: Metachirus nudicaudatus
Nome popular: Cuíca-de-quatro-olhos
Família: Didelphidae
Peso corporal: 300 a 480 gramas
Distribuição: Amazônia, Mata 
Atlântica, Cerrado e Pantanal
Hábitos: Dieta Insetívora / Onívora 
e hábito de locomoção cursorial 
(terrestre)
Espécie: Monodelphis glirina
Nome popular: Catita, cuíca-de-rabo-curto
Família: Didelphidae
Peso corporal: 50 gramas (adulto)
Distribuição: Restrita à Amazônia (espécie 
endêmica)
Hábitos: Dieta Insetívora / Onívora e 
hábito de locomoção cursorial (terrestre)
Espécie: Monodelphis touan
Nome popular: Catita, cuíca-de-rabo-curto
Família: Didelphidae
Peso corporal: 84 gramas (adulto)
Distribuição: Restrita à Amazônia (espécie 
endêmica)
Hábitos: Dieta Insetívora / Onívora e 
hábito de locomoção cursorial (terrestre)
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Espécie: Philander opossum
Nome popular: Cuíca-de-quatro-olhos
Família: Didelphidae
Peso corporal: 280 a 700 gramas
Distribuição: Amazônia, Cerrado e 
Pantanal
Hábitos: Dieta Insetívora / Onívora e 
hábito de locomoção escansorial
Espécie: Akodon aff. cursor
Nome popular: Rato-do-chão
Família: Cricetidae
Peso corporal: 30 a 70 gramas
Distribuição: Amazônia, Mata 
Atlântica, Cerrado e Caatinga
Hábitos: Dieta Insetívora / 
Onívora e hábito de locomoção 
cursorial (terrestre)
Espécie: Euryoryzomys aff. emmonsae
Nome popular: Rato-do-mato
Família: Cricetidae
Peso corporal: 64 a 78 gramas
Distribuição: Restrita à Amazônia (espécie 
endêmica)
Hábitos: Dieta Frugívora / Granívora e 
hábito de locomoção cursorial (terrestre)
Espécie: Holochilus sciureus
Nome popular: Rato-d’água
Família: Cricetidae
Peso corporal: 90 a 200 gramas
Distribuição: Amazônia, Cerrado e 
Caatinga
Hábitos: Dieta Frugívora / Herbívora 
e hábito de locomoção semiaquático
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Espécie: Hylaeamys megacephalus
Nome popular: Rato-do-mato
Família: Didelphidae
Peso corporal: 60 gramas (adulto)
Distribuição: Amazônia, Mata Atlântica, 
Cerrado e Pantanal
Hábitos: Dieta Frugívora / Granívora e 
hábito de locomoção cursorial (terrestre)
Espécie: Necromys lasiurus
Nome popular: Pixuna, rato-do-mato
Família: Cricetidae
Peso corporal: 40 a 80 gramas
Distribuição: Amazônia, Mata Atlântica, 
Cerrado, Caatinga, Pantanal e Pampas

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