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RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 - 2018 Cuiabá, dezembro de 2018 Av. José Monteiro de Figueiredo (Lava-pés), 510 Bairro Duque de Caxias-Cuiabá–MT MISSÃO ORGANIZACIONAL “Assegurar o pleno exercício dos direitos culturais a todos os cidadãos mato-grossenses, promovendo o acesso universal à cultura por meio do estímulo à criação artística, da democratização das condi- ções de produção, da oferta de formação, da expansão dos meios de difusão, da ampliação das possi- bilidades de fruição e da livre circulação de valores culturais”. (Decreto Nº 1.041, de 13 de junho de 2017). SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 EIXO 1 – DO ESTADO: GESTÃO DA CULTURA 48 EIXO 2 – DA DIVERSIDADE CULTURAL 70 EIXO 3 – DO ACESSO À CULTURA 119 EIXO 4 – DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 140 EIXO 5 – DA PARTICIPAÇÃO E CONTROLE SOCIAL 146 APÊNDICE: PROJETOS CULTURAIS APOIADOS DE 2015 A 2018 162 EQUIPE TÉCNICA 5 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 Histórico da Secretaria Estadual de Cultura A Secretaria Estadual de Cultura é uma instituição com mais de 40 anos, fruto do mo- vimento da classe artística e de intelectuais que ansiavam fortalecer o papel do Estado na preserva- ção da identidade e diversidade da cultura mato-grossense, bem como os modos de ser e fazer de seu povo. Em 1975 é criado pelo Governo do Estado de Mato Grosso, através do Decreto Esta- dual nº 126 de 31/07/1975, a Fundação Cultural de Mato Grosso. A instituição era o órgão responsável pela difusão, incentivo, registro e preservação do patrimônio cultural e de estimular, por todas as formas, as manifestações da cultura do Estado. A primeira sede da Fundação Cultural de Mato Grosso foi no Palácio da Instrução, inaugurado em 1914, com arquitetura da época, alicerces em pedra canga e cristal, paredes de adobe de 80 cm de largura. O Palácio da Instrução foi educandário, mas também abrigou o Arquivo Público e as extintas secretarias de Interior e Justiça. Inicialmente, a Fundação dividiu espaço com a “Biblioteca Pública Estadual Estevão de Mendonça” e “Atelier Livre” e com o passar dos anos muitos trabalhos foram produzidos e, para apresenta-los à sociedade, foi instituído o “Salão Jovem Arte Mato-grossense”, evento responsável pela projeção de muitos artistas plásticos mato- grossenses. Dois anos após a criação da Fundação Cultural de Mato Grosso, em 12 de agosto de 1978, foi inaugurado o “Museu Histórico”, “Museu de História Natural e Antropologia” e “Museu de Arte Sacra”, ocupando o pavimento superior do Palácio da Instrução, localizado no centro histórico da cidade de Cuiabá. Uma das primeiras e importantes providências da então recém-criada Fundação Cultu- ral de Mato Grosso foi à elaboração de uma legislação que garantisse a defesa do patrimônio histórico, artístico e cultural do Estado. Esta legislação foi garantida através da Lei nº 3.774 de 20/09/1976, na qual foram tombados os edifícios históricos do Seminário da Conceição, da Igreja de Nossa Senhora do Bom Despacho e o Chafariz do Mundéo, ambos no município de Cuiabá. 6 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 É possível verificar que a década de 1970, que coincide com a criação da Fundação Cultural de Mato Grosso, foi marcada por significativas transformações na cultura mato-grossense. As ações públicas voltadas à preservação dos bens culturais, incentivadas pela elite intelectual de Cuiabá, e oriundas do governo estadual, expressaram clara mudança na percepção da preservação do patrimônio cultural. No decorrer da década de 1970 até a década de 1980, Mato Grosso é marcado pelo “fluxo de pessoas para as áreas de abrangência da BR 163, Cuiabá-Santarém ocorrem com os processos de colonização implantados na metade da década de 1970” (SANTOS, 2014, p.10). Cuiabá se torna um entroncamento de migrantes vindos de diversas partes do país, desencadeando inúmeras transformações, entre elas a vinda de diversas culturas, a destruição do patrimônio histórico através de demolições de imóveis históricos e ambiental com a abertura da BR 163. Nesta perspectiva de transformações sociais e de colonização do norte do estado, na década de 1980, a Fundação Cultural foi absorvida pelo discurso da “pluralidade de diferenças” da “afirmação da herança histórico-cultural”, ingressando num percurso de conscientização da identidade cultural, fundada na cultura cuiabana. Foi na década de 1990, que artistas e amantes da arte e da cultura mato-grossense, se reuniram e criaram o Muxirum Cuiabano, com o objetivo de não deixar “sufocar” a cultura cuiabana (que acontecia em Cuiabá e municípios da Baixada Cuiabana) e de difundir e preservar a identidade mato-grossense. Foi a partir de 1992, que os bens culturais passaram a ser adotados pelo Estado. Em 1995 a Fundação Cultural de Mato Grosso foi substituída pela Secretaria de Esta- do de Cultura de Mato Grosso – SEC/MT através da Lei Complementar nº 36 de 11/10/1995, regulamentada pelo Decreto nº 506 de 14/11/1995, neste ano, a SEC passou a funcionar no imóvel do Grande Hotel localizado na Av. Getúlio Vargas. Em 2015, através de uma reforma administrativa, a função Cultura, Esportes e Lazer foram fundidas formando a Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (SECEL). Neste período, a secretaria passou por uma profunda reestruturação organizacional com recomposição do quadro de pessoal de carreira, implementação de processos e procedimentos e o estabelecimento de um novo marco legal para a cultura. Em abril de 2015 sua sede foi transferida para o prédio do antigo Moitará, na Av. Lava Pés. Em novembro de 2015, diante da ineficácia da integração das funções cultura e esporte, a pasta foi novamente desmembrada, e a SEC foi restituída como uma secretaria exclusiva através da Lei Complementar nº 572/2015. 7 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 INTRODUÇÃO O início do ano de 2015 foi marcado pela assinatura do contrato referente ao 1º Acordo de Resultados entre o Governo de Mato Grosso e a Secretaria de Estado de Cultura, que estabelecia me- tas a serem cumpridas nos primeiros 100 (cem) dias da nova gestão, janeiro a março de 2015. O rol não taxativo das metas do contrato teve como norte orientador as diretrizes do plano de governo, advindas do compromisso firmado perante a classe artística, bem como da sociedade mato-grossense, cuja estruturação se deu em quatro grandes eixos de atuação, a saber: A criação e a implantação de um novo marco legal para o setor cultural, mediante a revisão e elaboração das leis relativas ao Conselho Estadual de Cultura, Plano Estadual da Cultura, Fundo Estadual de Política Cultural, o chamado CPF da Cultura, e também do Sistema Estadual de Cultura, estava entre as metas previstas, as quais tiveram sua promulgação no primeiro trimestre de 2016. Dessa forma, todo o trabalho desenvolvido pela equipe técnica da SEC, ao longo dos quatro anos de gestão, esteve alinhado com as diretrizes do plano de governo, as quais se encontram desdo- bradas nos objetivos, ações e metas do Plano Estadual de Cultura (PEC). Este documento foi elaborado com base nos eixos do PEC e seu desdobramento no Plano Plurianual (PPA 2016-2019), elaborado no ano de 2015, bem como nas Leis Orçamentárias de 2015 a 2019. DEMOCRATIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO da política cultural atra- vés da interiorização da política de cultura e de maior acesso à comunidade artística; FOMENTO à atividade através do fortalecimento da Economia Criativa, principalmente no desenvolvimento de projetos e captação de recursos; CAPACITAÇÃO CONTINUADA da comunidade artística e dos produtores culturais; PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO DA POLÍTICA DE CULTURA através da implantação do modelo de gestão, do monitoramentodas ações culturais e do alinhamento da política estadual à federal e às demais áreas correlatas do governo. 8 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 EIXO 1 DO ESTADO - GESTÃO DA CULTURA 9 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 O chamado “CPF da Cultura” é uma sigla que abrange as iniciais dos componentes mais importantes da legislação referente à política cultural: Conselho, Plano e Fundo. No primeiro trimestre de 2016 essas leis foram sancionadas pelo Governador Pedro Taques, quais sejam: Lei nº 10.378/2016 - Dispõe sobre as competências, composição e estrutura do Conselho Es- tadual da Cultura do Estado de Mato Grosso e dá outras providências; Lei nº 10.363/2016 - Institui o Plano Estadual de Cultura e dá outras providências; Lei nº 10.379/2016 - Redefine o Fundo Estadual de Fomento à Cultura sob a nova nomencla- tura de Fundo Estadual de Política Cultural de Mato Grosso e dá outras providências. As leis estão disponíveis no link: http://www.cultura.mt.gov.br/cpf-da-cultura CONSELHO ESTADUAL DE CULTURA O Conselho Estadual de Cultura foi reorganizado através da Lei nº 10.378/2016, é um órgão colegiado de deliberação coletiva, organizado em Câmaras Temáticas Permanentes e vinculado à Secretaria de Estado de Cultura. Uma das mudanças implementadas foi a ampliação das competên- cias do conselho que passou a deliberar sobre a política cultural como um todo, devendo propor dire- trizes e homologar todo o ciclo da política cultural, desde a elaboração, monitoramento da execução e avaliação das ações e orçamento previstos no Plano Estadual de Cultura, Plano Plurianual e Lei Orçamentária, ou seja, todos os projetos e ações da SEC, bem como seu orçamento, devem ser apre- ciados e aprovados pelo Conselho, que será subsidiado com pareceres analíticos produzidos pelas câmaras temáticas compostas por conselheiros e representantes dos segmentos culturais. Quadrimes- tralmente, o executivo deverá enviar ao conselho, relatório consubstanciado acerca da execução físi- ca e financeira da SEC para que as metas e ações sejam monitoradas pelas câmaras e pelo pleno. CPF DA CULTURA http://www.cultura.mt.gov.br/documents/362998/2946997/Lei+Conselho+Estadual+de+Cultura/217f5aae-aa45-4690-9a43-ee39b9b6af92 http://www.cultura.mt.gov.br/documents/362998/2946997/PlanoEstadual.pdf/e10bb2a9-2fb0-4b72-a5cd-a01403586a64 http://www.cultura.mt.gov.br/documents/362998/2946997/Lei+Fundo+Estadual+de+Pol%C3%ADtica+Cultural/667a2016-19c1-4573-b1bd-0ab72dfed835 http://www.cultura.mt.gov.br/cpf-da-cultura 10 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 Outra mudança importante foi instituir a atribuição de julgar o mérito artístico dos projetos culturais, apresentados por agentes culturais nas chamadas públicas, fosse realizada por uma banca de pareceristas externos, através de seleção de currículos de todo país, formando um banco de pare- ceristas, semelhante ao que ocorre na União e em outros estados da federação, mecanismo de seleção considerado mais técnico, impessoal e transparente. Uma das inovações implementadas na recriação do Conselho Estadual de Cultura refere-se à ampliação da representatividade de seus membros, tanto do ponto de vista dos segmentos, quanto do território mato-grossense. Neste sentido, a nova composição do conselho abarcou os segmentos das Artes Cênicas, Ar- tes Visuais, Audiovisual, Cultura Tradicional e Étnico Cultural, Humanidades, Música, Patrimônio Histórico e Cultural e Rede Pontos de Cultura. A inserção da representação territorial no conselho significou um grande avanço aos agentes culturais que residem no interior do Estado, uma vez que as demandas e peculiaridades das regiões passaram a ter voz e voto na definição das diretrizes da política cultural. A nova lei do Conselho criou 06 territórios culturais: 1. Território Cultural Teles Pires; 2. Território Cultural Juruena; 3. Território Cultural Paraguai—Guaporé; 4. Território Cultural Cuiabá; 5. Território Cultural Vermelho, e 6. Território Cultural Araguaia. Em 2017 foi realizada a eleição dos novos Conselheiros Estaduais de Cultura e dos membros da Comissão Intergestores Bipartite. Para garantir a democratização dos espaços representativos, o processo eleitoral pela primeira vez foi realizado via web, através da plataforma “Mapas MT”, propi- ciando a participação de candidatos e eleitores de todas as regiões do Estado. No âmbito do conselho, foi criada a Comissão Intergestores Bipartite - CIB para assessorá-lo na implementação dos Sistemas Municipais de Cultura, na articulação intergovernamental e na pac- tuação de metas e alocação equitativa dos recursos do Fundo Estadual. A comissão é composta por 12 representantes das Regiões de Planejamento do Estado e por 12 servidores da SEC. Também fo- ram criadas 06 Câmaras Temáticas Permanentes com objetivo de produzir pareceres, estudos e análi- ses para subsidiar as decisões do Conselho Estadual de Cultura. São elas: 11 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 a) Câmara de Planejamento e Avaliação do Plano Estadual e do Plano Plurianual – realizar o monitoramento da execução das ações previstas nos planos, bem como dos indicadores de resultado. A câmara também é responsável pela análise das propostas de Plano Plurianual e Leis Orçamentárias Anuais da SEC, devendo manifestar-se quanto ao conteúdo para subsidiar o pleno na apreciação do assunto. Além disso, compete a essa câmara propor ao pleno novas diretrizes e ações de acordo com a evolução da política cultural; b) Câmara de Fiscalização da Aplicação dos Recursos do Fundo Estadual de Cultura - Avaliar os relatórios enviados quadrimestralmente pela SEC ao Conselho sobre a execução orçamentária e financeira da SEC, devendo manifestar-se quanto ao conteúdo para subsidiar o pleno na apreciação do assunto; c) Câmara de Acompanhamento dos Editais de Fomento – Cabe a esta câmara analisar os editais de fomento a serem publicados pela SEC, bem como a composição das Comissões de Habilitação e Análise Técnica dos projetos culturais fomentados através das chamadas públi- cas. A câmara também deve se manifestar quanto às diretrizes e requisitos contidos nas cha- madas públicas, acompanhar o processo de seleção dos projetos culturais, e propor melhorias nos critérios e requisitos de seleção das chamadas públicas para deliberação do pleno. O prin- cipal produto de 2018 foi a análise dos editais “Circula MT” e “Prêmio Mato Grosso de Lite- ratura”; d) Câmara de Legislação e Normas – tem como atribuição o acompanhamento da eficácia da aplicação das leis e normas do Sistema Estadual de Cultura e propor novas legislações e/ou a revisão das existentes, buscando manter o marco legal da cultura atual e compatível com a evolução da política cultural. Um dos resultados apresentados por esta câmara em 2018 foi a elaboração de uma minuta de lei de incentivo fiscal para fomentar o mecenato cultural. A mi- nuta foi entregue ao representante do governo eleito durante a IV Conferência Estadual de Cultura para apreciação e encaminhamentos futuros; e) Câmara de Articulação do Sistema Estadual de Cultura – compete a esta câmara qualifi- car o debate e promover o diálogo entre o CEC, a CIB e os agentes culturais, visando promo- ver a articulação institucional do Conselho e a consolidação do Sistema Estadual de Cultura; f) Câmara de Patrimônio Histórico e Cultural – é atribuição desta câmara garantir a partici- pação da sociedade civil nas decisões, ações e legislações acerca do Patrimônio Histórico e Cultural Material e Imaterial do Estado, bem como subsidiar o conselho acerca dos assuntos de interesse da área. Um dos produtos entregues por esta câmara em 2018 foi a proposta de revisão da Lei 9.107/2009, mais conhecida comoLei de Tombamento e Registro do Patrimô- nio Histórico, Artístico e Cultural do Estado de Mato Grosso. 12 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 PLANO ESTADUAL DE CULTURA Ao instituir o Plano Estadual de Cultura (PEC), instrumento de planejamento de longo prazo, 10 (dez) anos, o poder público assume a responsabilidade de implantar políticas culturais que ultra- passam os limites de uma única gestão de governo definindo diretrizes, estratégias, metas e ações para o período de 2016 a 2026. Assim, um importante passo foi dado no sentido de se criar as bases para um processo de desenvolvimento mais estruturado para o setor. O PEC define ainda as atribui- ções do poder público, trata do financiamento e estabelece mecanismos de monitoramento e avalia- ção. Ao todo, o plano é regido por 12 Princípios, 14 Objetivos, 17 Estratégias, 103 Ações e 20 Me- tas. O plano está estruturado a partir de 5 eixos: EIXO 1 - Do Estado – Gestão da Cultura - Fortalecer a gestão da cultura no Estado de Mato Grosso por meio de legislações e meca- nismos específicos, em articulação com as demais esferas de governo, instituições e em- presas do setor privado e organizações da so- ciedade civil, de forma descentralizada para todos os municípios do Estado; EIXO 2 - Da Diversidade – Diversidade Artística e Cultural - Desenvolver políticas, programas e ações de valorização da diversi- dade artística e cultural do Estado, que promo- vam o reconhecimento, preservação, fomento, intercâmbio e difusão das expressões e do pa- trimônio histórico e cultural; EIXO 3 - Do Acesso – Acesso à Cultura - Garantir o acesso dos cidadãos aos bens e ser- viços culturais, valorizando a diversidade da cultura mato-grossense, promovendo ações, eventos e intercâmbios culturais com demo- cratização e descentralização da cultura; EIXO 4 - Do Desenvolvimento Sustentável – Economia Criativa - Assegurar as condições necessárias para a implementação e consolida- ção da economia criativa no Estado de Mato Grosso; e EIXO 5 - Da Participação e Controle Social – Transparência, Participação e Controle - Aprimorar os instrumentos de participação e controle social para a formulação de políticas culturais e acompanhamento da aplicação dos recursos destinados ao fomento das artes e cultura de Mato Grosso. 13 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 FUNDO ESTADUAL DE POLÍTICA CULTURAL A nova lei do Fundo Estadual de Política Cultural traz uma mudança fundamental na forma de financiamento das ações, ou seja, no modelo anterior tratava-se de incentivo fiscal que tinha uma única empresa como beneficiária fiscal, a de energia elétrica, e que todo ano era submetida ao crivo da Secretaria de Estado de Fazenda para definir o valor da renúncia fiscal que seria aportado no fun- do. Frequentemente era estabelecido um valor fixo para aporte ao fundo e, ao longo dos anos, foi sendo reduzido, tanto pela perda do poder de compra, quanto pelo agravamento da crise econômica e fiscal. No novo modelo, a origem de receita do fundo está vinculada à Receita Tributária Líquida, nos moldes da Constituição Federal, atingindo uma alíquota de 0,5% em 2019, garantindo, assim, a recomposição continuada dos valores destinados ao financiamento da política cultural, uma vez que seu aporte cresce de acordo com a expansão das receitas tributárias. Outro diferencial do financiamento de projetos culturais pelo fundo é a obrigatoriedade de a seleção técnica dos projetos culturais ser realizada por pareceristas independentes, e não mais por membros do Conselho Estadual de Cultura, garantindo maior transparência e qualificação na seleção das propostas. Em 2016, a SEC promoveu um chamamento público para a seleção de pareceristas em todo território nacional, nas diversas áreas da cultura, para atuarem de forma transparente e imparcial na avaliação dos projetos culturais financiados pelo fundo. A lei do fundo também avançou na interiorização da política cultural, uma vez que a nova lei determinou que o financiamento de projetos culturais selecionados por meio de chamamento público deve atender, no mínimo, 60% de propostas oriundas do interior do estado, garantindo a distribuição dos recursos do Fundo de forma mais equânime entre as regiões do estado, conforme diretriz do Pla- no Estadual de Cultura. Para regulamentar e operacionalizar o funcionamento do Fundo Estadual foi elaborado e pu- blicado o Decreto nº 669/2016 em agosto de 2016. A cada quadrimestre, a SEC deve enviar ao Con- selho Estadual de Cultura, relatório consubstanciado contendo a execução física e financeira das ações da secretaria para que sejam apreciadas pelo pleno, subsidiados por parecer técnico da Câmara de Fiscalização da Aplicação dos Recursos do Fundo Estadual de Cultura, garantindo a transparência e o controle social. Os relatórios estão disponibilizados no link: http://www.cultura.mt.gov.br/relatorio-de-atividades http://www.cultura.mt.gov.br/documents/362998/2946997/Decreto+669+de+23+de+agosto+de+2016/7396c2f0-a825-43e1-b17c-2ca72e5cdf4b http://www.cultura.mt.gov.br/relatorio-de-atividades 14 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 Presença em 11 das 12 regiões do estado; Mais de 16.000 Km rodados; Consultas, visitas técnicas e reuniões de sensibilização em mais de 100 municípios; Participação em Fóruns Municipais de Cultura. SISTEMA ESTADUAL DE CULTURA A criação do Sistema Estadual de Cultura (SEC) integra o Estado ao Sistema Nacional de Cultura (SNC), e completa esse elo de capilaridade entre Estado, União e Municípios. Este é um pas- so importante para que o setor cultural possa funcionar dentro de um novo paradigma. O SNC compõe um conjunto de partes interligadas que interagem entre si. Esse conjunto reú- ne a sociedade civil e os entes federativos, União, Estados, municípios e Distrito Federal, com seus respectivos Sistemas de Cultura. O SNC propõe um modelo de gestão com os seguintes componentes: Órgão Gestor de Cultu- ra, Conselho de Política Cultural, Conferência de Cultura, Comissão Intergestores, Plano de Cultura, Sistema de Financiamento da Cultura, Sistema de Informações e Indicadores Culturais, Programa de Formação na Área da Cultura e Sistemas Setoriais de Cultura. Em Mato Grosso, o Sistema Estadual de Cultura foi criado pela Lei n° 10.362/2016, a qual dispõe, além da sua criação, dos seus princípios, objetivos, estrutura, organização, gestão, inter- relações entre os seus componentes, recursos humanos e financiamento. Instituir o Sistema Estadual de Cultura e incentivar a criação dos sistemas municipais de cul- tura é uma das estratégias do Plano Estadual de Cultura. Esta estratégia visa fortalecer o sistema estadual através da organização de seus componen- tes no âmbito municipal. O trabalho de expansão do Sistema Estadual de Cultura nos municípios que a SEC vem desen- volvendo é de sensibilização dos agentes munici- pais sobre a importância de se instituir os conse- lhos, de elaborar um plano municipal que se integre ao plano estadual e nacional, convergindo esfor- ços para a obtenção de resultados concretos. Nestes 04 anos, foram percorridos mais de 16.000 km e visitados mais de 100 municípios pa- ra sensibilização e mobilização dos gestores municipais de cultura e prefeitos visando à instituição dos CPFs municipais, bem como a integração e fortalecimento do Sistema Estadual de Cultura. A mobilização dos gestores municipais foi realizada através da orientação técnica para o pla- nejamento e criação dos elementos constitutivos dos Sistemas Municipais de Cultura, em especial a criação e reativação de Conselhos Municipais de Cultura, a integração e cooperação com demais municípios mato-grossenses e a construção dos Planos Municipais de Cultura. http://www.cultura.mt.gov.br/documents/362998/2946997/SistemaCultura.pdf/de25511c-6741-4540-a7bd-aeed442300e715 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 Hoje há 74 municípios cadastrados dentro do Sistema Estadual de Cultura, e que também ade- riram ao Sistema Nacional de Cultura (Quadro 1), sendo que 05 estão aguardando a renovação do Acordo de Cooperação, pois foram feitas antes de 2013. Assim, todas as regiões foram alcançadas, com municípios que estão implantando a estrutura do sistema ou em fase de planejamento para a sua efetiva implantação. QUADRO 1 – Quantidade de municípios com adesões aos Sistemas Estadual e Nacional de Cultura em MT, por região. Região I - Noroeste 1 - Juína 5 Região II - Norte - Alta Floresta 9 Região III - Nordeste - Vila Rica 3 Região IV - Leste - Barra do Garças 8 Região V - Sudeste – Rondonópolis 11 Região VI - Sul – Cuiabá 5 Região VII - Sudoeste - Cáceres 13 Região VIII - Oeste - Tangará da Serra 4 Região IX - Centro Oeste – Diamantino 3 Região X - Centro – Sorriso 4 Região XI - Noroeste 2 – Juara 3 Região XII - Centro Norte – Sinop 6 Total 74 Em 2015 havia 43 municípios cadastrados no Sistema Nacional de Cultura, atualmente há 74 municípios cadastrados, isso significa que a adesão dos municípios ao sistema nos últimos anos quase dobrou. A região Sudoeste continua sendo a que possui mais resultado devido ao trabalho de acom- panhamento dos trabalhos de implantação do CPF da Cultura municipal e por ser a região do estado com mais municípios. As regiões Norte, Leste e Noroeste I tiveram aumento nos municípios que se cadastraram no Sistema Nacional de Cultura motivados, principalmente, pelos encontros regionais realizados em Peixoto de Azevedo, Alta Floresta e Querência. 16 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 Foto divulgação: Conselho Municipal de Juína Foto divulgação: Fórum de Cultura de Peixoto de Azevedo Outra ação que permitiu criar vínculos com os municípios foi a realização de 02 Fóruns Es- taduais de Gestores Municipais de Cultura, um realizado no mês de abril/2017 e outro em ju- nho/2018 pela SEC, que contou com a presença de todas as regiões do estado. Com a consolidação das novas administrações municipais conseguiu-se tratar mais de perto dos assuntos de apresentação e sensibilização quanto à importância de se implantar o CPF da Cultura municipal, além da adesão e implantação dos sistemas municipais de cultura, quanto à estruturação de conselhos e órgãos gestores da cultura local. Todavia, é importante esclarecer que a adesão ao Sistema Nacional de Cultura é um protocolo de intenções com o Governo Federal de se implantar o CPF nos municípios, mas sua concretização só ocorre com a implementação de todo o marco legal. Atualmente, apenas 12 municípios tem o marco legal instituído (Sistema, Plano, Conselho, Fundo). Assim, há, ainda, um longo caminho a ser percorrido pelas gestões municipais para de fato institucionalizar seus conselhos, fundos, planos e sistema. O trabalho realizado neste período foi principalmente de sensibilização e assessoramento às prefeituras para viabilizarem os meios institu- cionais para implantação do CPF. 17 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 A Conferência reuniu 383 pessoas, sendo 279 delega- dos representantes de 70 municípios que durante dois dias debateram as propostas vindas das conferências municipais, tornando esta conferência uma das maio- res já realizadas no estado. CONFERÊNCIA ESTADUAL DE CULTURA A Conferência Estadual de Cultura é um dos componentes do Sistema Estadual de Cultura, é a instância de articulação, pactuação e deliberação dos sistemas de cultura que reúne a sociedade civil e o poder público para avaliação, análise e proposição de grandes diretrizes de políticas cultu- rais. De acordo com a Lei do Sistema Estadual de Cultura as conferências devem ser realizadas a cada 02 anos. Em novembro de 2018 foi realizada a IV Conferência Estadual de Cultura com o tema central: “Cultura como Vetor do Desenvolvimento Econômico e Social”, cujos eixos norteadores e respectivos Grupos de Trabalho foram: Eixo 1 – Gestão e Desenvolvimento Gestão e Implantação do CPF Financiamentos para a Cultura Economia Criativa e Inovação Eixo 2 – Política Cultural e Cidadania Democracia, Direitos Culturais e Diversidade Patrimônio, Memória e Biblioteca As equipes da SEC fizeram uma forte mobilização no interior do estado para que os muni- cípios realizassem suas conferências propiciando a elaboração de propostas e escolha de delegados para representar o município ou a região na Conferência Estadual. Foram visitados 35 municípios, mobilização que resultou na realização de 56 Conferências Municipais/Intermunicipais envolvendo um público de 3.500 pessoas. Foto divulgação: IV Conferência Estadual de Cultura – nov/2018 18 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 Qualificar a gestão das políticas públicas para a cultura, por meio da ampliação das capacida- des de planejamento, execução e articulação institucional com as demais esferas de governo, institui- ções e empresas do setor privado e organizações da sociedade civil também compõem o rol de dire- trizes do Plano Estadual de Cultura. Visando implementar esta diretriz, a SEC promoveu uma série de atividades de articulação e interação entre gestores municipais da cultura, segmentos culturais e representantes de outras esferas de governo e organizações internacionais, visando a colaboração mútua na construção de políticas públicas integradas, dentre elas: CRIAÇÃO DA COMISSÃO INTERGESTORES BIPARTITE (CIB) A Lei do Sistema Estadual de Cultura criou a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) como instância permanente de articulação entre os gestores públicos nos dois níveis de governo: estadual e municipal, cuja missão é viabilizar a implementação do sistema, constituindo-se como principal ins- tância de negociação e pactuação das ações intergovernamentais no que tange aos aspectos instituci- onais do sistema. GESTÃO INTEGRADA 19 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 Foto divulgação: Reunião Comissão Intergestores Bipartite / CIB CULTURA NO TRECHO Como parte das ações de interiorização da cultura, a SEC implementou o programa “Cultura no Trecho”, levando a vários municípios capacitação e informação acerca das eleições do Conselho Estadual de Cultura e da CIB, Sistema Estadual de Bibliotecas, divulgação dos editais de seleção de projetos culturais, criação de nova rede de Pontos de Cultura, cadastro de ações culturais na plata- forma colaborativa “Mapas Culturais”, e assessoramento aos municípios para adesão ao Sistema Es- tadual de Cultura, incentivando a criação de conselhos e fundos municipais próprios, além de um órgão gestor específico para a cultura. As equipes da SEC/MT estiveram nos municípios de Campo Verde, Primavera do Leste, Bar- ra do Garças, Pontal do Araguaia, Nova Xavantina, Água Boa, Canarana, Ribeirão Cascalheira, Que- rência, Alto da Boa Vista, São Felix do Araguaia, Alta Floresta, Tapurah, Peixoto de Azevedo, Juína, Nobres, Barra do Bugres, Poxoréu, Brasnorte, Campo Novo dos Parecis, Pontes e Lacerda, Poconé, Nova Marilândia, Jaciara, Nobres, Diamantino, Arenápolis, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Si- nop, Sorriso, Tangará da Serra, Quilombo Mata Cavalo em Nossa Senhora do Livramento, dentre outras cidades. A SEC também integrou a Caravana da Transformação, oportunidade em que visitou vários municípios do entorno das cidades-sede da Caravana, levando vários serviços como a revitalização de bibliotecas, a Biblioteca Itinerante, palestras e oficinas do Programa MT Criativo aos empreende- dores locais. A CIB funciona como um mecanismo de escuta acerca das demandas do interior, tanto da sociedade quanto das administrações munici- pais. A comissão é formada por 12 gestores municipais de culturae 12 servidores da SEC. 20 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 I FÓRUM DE GESTORES MUNICIPAIS Foto: Divulgação Em 2017 foi realizado o I Fórum de Gestão Cultural que abordou temas diversos, tais como: a implantação do Sistema Estadual de Cultura, a capacitação dos novos gestores municipais para o andamento do processo de construção dos planos municipais de cultura, bem como, a implantação da Comissão Inter- gestores Bipartite, que é a instância permanen- te de articulação entre os gestores públicos nos dois níveis de governo – estadual e municipal – para viabilizar a implementação do Sistema Municipal de Cultura. Foram realizados painéis sobre o Sis- tema Estadual de Bibliotecas, Sistema Estadu- al de Museus, Programa de Desenvolvimento da Economia Criativa, Patrimônio da União em Mato Grosso e a plataforma colaborativa Mapas MT. No Fórum foi realizada uma capacita- ção para a implementação do Marco Regulató- rio das Organizações da Sociedade Civil (MROSC). A nova lei visa modernizar as rela- ções do poder público com as Organizações da Sociedade Civil (OSCs), buscando o aprofun- damento das parcerias entre poder público e sociedade civil. O Estado de Mato Grosso foi um dos pioneiros na regulamentação e implantação das normas para celebração das parcerias. As primeiras experiências foram executadas pela SEC para a gestão de equipamentos públicos e realização de eventos, e têm resultado em be- nefícios ao Poder Público e aos cidadãos. O Cine Teatro Cuiabá foi o primeiro equipamento público a ter sua gestão sob res- ponsabilidade de uma OSC, nos moldes pre- vistos pela Lei 13.019/2014. Em 2017 foram abertos novos chamamentos públicos para gestão do Museu de Arte Sacra, Museu de Artes de Mato Grosso e Galeria Lava-Pés, Museu Histórico e Residência dos Governado- res, Memorial Rondon e o Museu História Natural Casa Dom Aquino. Além da gestão de teatros e museus, a modalidade de chamamento público também é utilizada para a produção de eventos, como o Vem Pra Arena, Salão Jovem Arte, Circuito de Festivais de Teatro, Festival do Lambadão, entre outros. 21 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 I SEMANA DE POLÍTICAS CULTURAIS A I Semana de Políticas Culturais foi realizada entre os dias 04 e 09 de junho de 2018, tendo como objetivo promover um amplo debate entre o poder público estadual, municipal e os segmentos culturais, a fim de articular soluções comuns, compartilhar experiências e divulgar a realização de boas práticas. Durante a semana, ocorreram vários eventos divididos pelas temá- ticas da política cultural, permitindo maior aproveitamento dos participantes. Dentre eles: I Fórum de Patrimônio e Museus - o encontro reuniu representantes de associações voltadas a gestão, estudiosos do tema, gestores municipais e servidores da SEC, cujo objetivo foi dis- cutir as políticas públicas, leis e instrumentos que a Secretaria de Estado de Cultura dispõe para a gestão de museus, especialmente a Lei Federal 13.019/2014, que trata sobre as parceri- as com as OSCs – Organizações da Sociedade Civil. Na ocasião foram apresentados os novos parâmetros para a gestão dos museus estaduais e a proposta de Lei do Tombamento, cujo principal resultado foi a criação de um Grupo de Trabalho com representantes da SEC e da sociedade civil para propor melhorias na revisão da Lei 9.107/2009, mais conhecida como Lei de Tombamento e Registro, que dispõe sobre a proteção do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Estado de Mato Grosso. Vale ressaltar que o Grupo de Trabalho após análise e en- tendimentos, realizou os ajustes necessários no projeto de Lei que foi validado pelo Conselho Estadual de Cultura e encontra-se apto a ser encaminhado à Assembleia Legislativa para apreciação. II Fórum de Bibliotecas - o objetivo foi debater as políticas voltadas à sustentabilidade de bibliotecas no Estado. O evento contou com a participação de representantes de diversos mu- nicípios mato-grossenses, que propuseram estratégias para a ressignificação desses espaços. Durante o Fórum, foi realizada a eleição do Grupo de Trabalho da Cadeia Produtiva do Livro que será responsável por validar o Plano Estadual de Livro e Leitura (PELL/MT). O Plano é uma política pública, de natureza abrangente, que vai nortear, programas, projetos e ações 22 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 continuadas nos entes federativos, visando assegurar a democratização do acesso ao livro, o fomento e a valorização da leitura e o fortalecimento da cadeia produtiva do livro como fator relevante para o incremento da produção intelectual e o desenvolvimento da economia. A se- cretária-executiva do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), Renata Silveira da Costa, foi uma das convidadas para explanar sobre a temática, ressaltando a necessidade de os Esta- dos ajudarem a assessorar a elaboração dos planos municipais, tendo em vista as complexida- des de uma atuação efetiva em todo o país. Foto divulgação: II Fórum de Bibliotecas II Fórum de Gestores Municipais – o fórum teve por objetivo reunir os gestores municipais para discutir diretrizes na gestão compartilhada de políticas públicas entre Estado, municípios e a sociedade civil. O evento abrangeu pautas sobre a importância da implantação do “CPF da Cultura” nos municípios e a apresentação de cases de sucesso na gestão da política cultu- ral nas prefeituras de Campo Novo dos Parecis, Tangará da Serra e Juína, exemplos de boas práticas. Também foi realizado o lançamento da 4ª Conferência Estadual de Cultura de Mato Grosso, cujo objetivo foi disseminar entre os gestores municipais e sociedade civil as princi- pais temáticas a serem abordados na conferência, bem como os critérios para realização das conferências municipais, etapa que antecede a estadual. Houve, ainda, a apresentação do pai- nel: “Economia da Criatividade: Um Novo Olhar”, cujo objetivo foi debater acerca do po- tencial da Economia Criativa para geração de emprego e renda, através da profissionalização e da melhoria da gestão dos empreendimentos da arte, cultura, novas mídias, dentre outros. 23 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 Foto divulgação: II Fórum de Gestores Municipais Reunião do Fórum Permanente de Cultural – na ocasião, o fórum debateu as dificuldades encontradas para o efetivo repasse dos recursos ao Fundo Estadual de Cultura, ensejando a necessidade de articulação junto a outros poderes para a defesa das garantias legais alcança- das até o momento com a instituição do CPF da Cultura. Também foram escolhidos represen- tantes dos segmentos culturais para compor a Comissão Organizadora da IV Conferência Es- tadual de Cultura e para as Câmaras Temáticas instituídas pelo Conselho Estadual de Cultura: a) Legislação e Normas, b) Planejamento e Avaliação do Plano Estadual e do Plano Pluria- nual, c) Fiscalização da Aplicação dos Recursos do Fundo Estadual de Cultura. Foto divulgação: Fórum Permanente de Cultura 24 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 RECONHECIMENTO NACIONAL E INTERNACIONAL O Secretário de Cultura de Mato Grosso, Leandro Carvalho, presidiu o Fórum na gestão 2016/2017, sendo a primeira vez que a entidade teve um representante de Mato Grosso na presidên- cia. Em 2017, dirigiu a primeira reunião ordinária do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura (FNSDC) de 2017, à ocasião da eleição da nova gestão. Foto: Reprodução Secult/BA Formado por 27 (vinte e sete) membros efetivos que possuem atribuições de conduzir e exe- cutar a política de cultura em âmbito estadual, o Fórum tem por finalidade possibilitar a participação e atuação dos estados na formulação de diretrizes básicas de uma política cultural comum, respeitan- do as característicasque lhe são próprias, no contexto da diversidade cultural brasileira. A SEC foi convidada para participar do First Nations Cultural Summit, um importante encon- tro mundial dos povos tradicionais que aconteceu em maio/2017 em Melbourne, na Austrália. O evento foi uma iniciativa do British Council Australia em parceria com Governo Australiano e Au- tralian Council for the Arts. Durante três dias, líderes das chamadas Primeiras Nações da Austrália (termo que se refere à etnografia dos povos indígenas, bem com seus descendentes), e de diversas nações e do mundo todo – Ásia, Pacífico e América do Sul – se reuniram para compartilhar informações sobre projetos nos setores criativo e cultural, com foco na preservação e permanência de iniciativas individuais e coleti- vas. 25 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 O reconhecimento internacional ocorreu em razão das iniciativas voltadas ao fortalecimento da herança cultural dos povos indígenas e sua importância para a sociedade como, por exemplo, os prêmios: Circula, Tradições e Territórios. Ainda nesse evento, a SEC foi convidada a integrar a Federação Internacional de Conselhos de Artes e Agências de Cultura (IFACCA). A federação é uma rede global de conselhos de artes e ministérios da cultura, com organizações membros em mais de 70 países. A IFACCA fornece servi- ços, informações e recursos às organizações membros e seus funcionários - de executivos seniores a agentes políticos, a pesquisadores, criadores de bolsas e administradores, bem como a comunidade em geral. O pioneirismo e a qualidade técnica dos chamamentos públicos utilizando o MROSC, a partir de 2016, foram reconhecidos nacionalmente durante o 7º Fórum Nacional de Museus, realizado em Porto Alegre em junho/2017. O modelo implantado em Mato Grosso foi apontado como exemplo a ser seguido pelos demais estados e atualmente é utilizado como referência para realização de parceri- as no Estado de São Paulo e no Distrito Federal. É objetivo do Plano Estadual de Cultura a qualificação da gestão pública na área cultural, dado que a execução da política demanda um conjunto de fatores institucionais que proporcionem as condições necessárias para sua viabilização, articulação e execução. Dentre eles, destaca-se a necessidade de uma estrutura organizacional que tenha um nível de execução programática robusto e bem estruturado de acordo com as funções e competências da polí- tica, no nível de assessoramento superior contar com uma unidade com atribuições bem delineadas, evitando que o assessoramento se sobreponha às áreas programáticas, além disso, é de extrema im- portância a manutenção de um quadro de pessoal qualificado para planejar, executar e monitorar a política, os recursos, a segurança técnica e jurídica e as instâncias de pactuação e diálogo com a soci- edade. A área sistêmica que operacionaliza as demandas das áreas finalísticas deve apresentar um grau elevado de profissionalização para que os processos sejam executados de acordo com os princí- pios legais e com instrumentos modernos de gestão e controle. Nesses 4 anos de gestão, este objetivo foi prioritário e determinante para o conjunto de entregas realizadas pela SEC. QUALIFICAÇÃO DA GESTÃO PÚBLICA NA ÁREA CULTURAL 26 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 REESTRUTURAÇÃO ORGANIZACIONAL DA SEC Com a autonomia da SEC desmembrada da pasta do Esporte e Lazer, através da Lei Complementar nº 572/2015 e do Decreto de Estrutura nº 636/2016, foi realizada uma rees- truturação organizacional que evoluiu de um modelo centralizador e segmentado para uma estrutura mais descentralizada e diversificada, com o objetivo de agilizar as estratégias institucionais traçadas no âmbito do Plano Estadual de Cul- tura, a partir de um modelo voltado para a gestão da política cultural em suas múltiplas dimensões. Essa mudança na estrutura organizacional fica evidente através da ampliação das unidades administrativas da SEC. Em 2014, a secretaria possuía apenas uma Secretaria Adjunta responsável por 02 Superintendências: uma administrativa e financeira e a outra, no nível programático, respon- sável por todas as áreas da SEC. Essa estrutura não era adequada ao desempenho das funções das unidades e das atribuições e competências das equipes. Em 2015 criou-se Secretaria Adjunta da Administração Sistêmica, responsável pela Superin- tendência Administrativa e a Superintendência Orçamentária e Financeira. Na área finalística foram criadas 03 superintendências: a Superintendência de Desenvolvimento da Economia Criativa, em cumprimento à diretriz do PEC, a Superintendência de Infraestrutura e Articulação Institucional, responsável pela gestão do patrimônio histórico e dos equipamentos culturais, e a Superintendência de Política Cultural, cuja atribuição é gerir toda a área de incentivo e fomento às artes e à cultura. A nova estrutura reduziu os níveis de assessoramento superior e ampliou os cargos nas áreas programáticas e sistêmicas, visto que são nessas áreas que a execução da política cultural acontece na prática. Neste sentido, ampliou-se o número das coordenações de 05 para 13, permitindo distribuir de forma mais horizontal os níveis de execução, conforme o comparativo no Quadro 2. QUADRO 2 – Evolução do nº de Unidades Administrativas/SEC Unidades 2014 2018 Secretarias Adjuntas 1 2 Superintendências 2 5 Coordenadorias 5 13 Gerências 18 12 Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas e Documentos 27 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 A estrutura organizacional básica e setorial da Secretaria de Estado de Cultura - SEC, defini- da no Decreto nº 830, de 25 de janeiro de 2017, é composta por 53 cargos comissionados distribuídos nos seguintes níveis: I - NÍVEL DE DECISÃO COLEGIADA 1. Conselho Estadual de Políticas Culturais 1.1. Secretaria Executiva do Conselho Estadual de Políticas Culturais 2. Comitê de Gestão Estratégica – COGE II - NÍVEL DE DIREÇÃO SUPERIOR 1. Gabinete do Secretário de Estado de Cultura 1.1. Gabinete do Secretário Adjunto de Cultura 1.2. Gabinete do Secretário Adjunto de Administração Sistêmica III - NÍVEL DE APOIO ESTRATÉGICO E ESPECIALIZADO 1. Núcleo de Gestão Estratégica para Resultados - NGER 2. Unidade Setorial de Controle Interno - UNISECI 3. Escritório de Gerenciamento de Projetos – EGP IV - NÍVEL DE ASSESSORAMENTO SUPERIOR 1. Gabinete de Direção 2. Unidade de Assessoria V - NÍVEL DE ADMINISTRAÇÃO SISTÊMICA 1. Superintendência Administrativa 1.1. Coordenadoria de Gestão de Pessoas e Documentos 1.1.1. Gerência de Protocolo 1.2. Coordenadoria de Apoio Logístico 1.2.1. Gerência de Apoio Logístico 1.2.2. Gerência de Patrimônio e Almoxarifado 1.2.3. Gerência de Arquivo 1.3. Coordenadoria de Aquisições e Contratos 1.3.1. Gerência de Aquisições 1.3.2. Gerência de Formalização e Gestão de Contratos 28 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 1.4. Coordenadoria de Tecnologia da Informação 2. Superintendência de Orçamento, Finanças e Contabilidade 2.1. Coordenadoria de Convênios 2.1.1. Gerência de Formalização e Gestão 2.1.2. Gerência de Prestação de Contas 2.2. Coordenadoria de Orçamento 2.3. Coordenadoria Financeira 2.4. Coordenadoria Contábil VI - NÍVEL DE EXECUÇÃO PROGRAMÁTICA 1. Superintendência de Políticas Culturais 1.1. Coordenadoria de Fomento e Incentivo à Cultura 1.2. Coordenadoria de Interiorização da Cultura 1.2.1. Gerência de Povos Tradicionais e Comunidades Rurais 2. Superintendência de Infraestrutura e Articulação Institucional 2.1. Coordenadoria de Patrimônio Cultural 2.1.1. Gerência de Equipamentos Culturais 2.1.2. Gerência de Inventário, Tombamento e Registro 2.2. Coordenadoria do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas 2.2.1. Gerência da Biblioteca Pública Estevão de Mendonça 2.2.2. Gerência do Livro e da Leitura3. Superintendência de Desenvolvimento da Economia Criativa 3.1. Coordenadoria de Articulação Institucional A criação e implantação do Comitê de Gestão Estratégica (COGE) contribuiu para a integra- ção do corpo gerencial da SEC, pois propicia o conhecimento e a cooperação entre as áreas para a execução do plano de trabalho da pasta, visando a eficiência e eficácia dos resultados institucionais. No nível de apoio estratégico especializado, buscou-se uma maior qualificação das compe- tências de assessoramento através da criação do Núcleo de Gestão Estratégica para Resultados (NGER) e Do Escritório de Gerenciamento de Projetos (EGP). A NGER cumpre um importante papel ao orientar as unidades da SEC no planejamento e monitoramento das ações, bem como na gestão da informação e do desenvolvimento organizacional. Essa área tem uma vinculação técnica com a Secretaria de Planejamento, pois tem por competência 29 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 disseminar metodologias e orientar o órgão na elaboração dos instrumentos de gestão, tais como: planos, acordos de resultados, orçamento e avaliação. O Escritório de Gestão de Projetos (EGP) tem por objetivo manter um portfólio de projetos para captação de recursos na esfera federal pública e privada, bem como monitorar a execução e prestação de contas dos mesmos, dada sua complexidade e exigência técnica. Neste período o Escritório atuou na identificação de fontes alternativas para o financiamento de projetos da SEC, na recuperação de ativos, nas negociações e representação junto aos órgãos con- cedentes, tendo efetivamente captado em torno de R$ 13,3 milhões, conforme quadro abaixo: QUADRO 3 – Captação de Recursos SEC (2015 – 2018) PROJETO FONTE DE CAPTAÇÃO VALOR TOTAL DO PROJETO VALOR CAPTADO VALOR DA CONTRAPARTIDA Restauração e Aparelhamento do Grande Hotel para Instalação do Centro da Economia Criativa BNDES R$ 5.000.000 R$ 4.000.000 R$ 1.000.000 Implantação do Sistema Estadual de Museus de Mato Grosso MINC/IBRAM R$ 250.000 R$ 200.000 R$ 50.000 Rede Pontos de Cultura (35 novos pontos) MINC R$ 2.500.000 R$ 1.500.000 R$ 1.000.000 Produção de obras Audiovisuais 2016 ANCINE R$ 4.500.000 R$ 3.000.000 R$ 1.500.000 Implantação do Serviço de Biblioteca Digital da BPEEM MINC R$ 125.000 R$ 100.000 R$ 25.000 Reforma e manutenção do Museu de História Natural MINC/IBRAM R$ 100.000 R$ 100.000 R$ 0 Produção de obras Audiovisuais 2017 ANCINE R$ 6.000.000 R$ 4.000.000 R$ 2.000.000 Subtotal R$ 18.475.000 R$ 12.900.000 R$ 5.575.000 RECUPERAÇÃO DE REPASSES DE CONVÊNIOS ANTERIORES - 2018 Criativa Birô R$ 435.783 R$ 150.000 Jogos Indígenas R$ 34.362 Subtotal R$ 620.145 R$ 470.145 R$ 150.000 Total Geral Projetos + Recuperação de Repasses R$ 19.095.145 R$ 13.370.145 R$ 5.725.000 Fonte: Escri tório de Projetos/SEC CAPTAÇÃO DE RECURSOS 2015 a 2018 A restauração e Aparelhamento do Grande Hotel para Instalação do Centro da Economia Cri- ativa terá início em março de 2019. Está na fase de concorrência pública para execução de três meses do cronograma físico financeiro e, após a adjudicação, deverá ser liberado aporte de recursos por parte do BNDES. A implantação do Sistema Estadual de Museus de Mato Grosso tem como objetivo equipar, informatizar e qualificar a equipe técnica dos Museus Estaduais de Mato Grosso. Já foram realizados dois pregões para execução da contratação dos serviços de museólogos, bem como a aquisição dos equipamentos necessários a concepção do projeto. A Rede de Ponto de Cultura de Mato Grosso recebeu um aporte de recursos e foram distribu- ídos R$ 2.500.000,00 através de Edital de Seleção de 35 pontos de Cultura. Atualmente, encontra-se 30 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 em andamento o pregão para produção da Teia Estadual de Cultura, que deverá acontecer em abril de 2019. Outra forte atuação do EGP foi a gestão realizada junto ao Governo Federal para a liberação de recursos bloqueados e dos rendimentos de aplicação financeira de todos os convênios antigos da SEC, o que totalizou um valor de R$ 620 mil reais, evitando, assim, a devolução dos saldos de con- vênio que contribuem imensamente para a continuidade e sustentabilidade das ações ora iniciadas. O Escritório de Projetos, a partir de 2018, passou a incentivar e assessorar as organizações da sociedade civil para participarem de editais de fomento exclusivos para OSCs, mas que resultam no aporte financeiro ou benefícios aos segmentos culturais e à SEC. Exemplo disso, foi a aprovação do Instituto ECOSS, gestor do Museu de História Natural de Mato Grosso - Casa Dom Aquino, no Edi- tal de Modernização de Museus 2018, cuja premiação irá beneficiar a reforma do referido patrimônio histórico. Essa mesma instituição obteve anuência desta Secretaria e já se encontra com proposta inscrita na Lei Rouanet para captação de recursos, cujo escopo é a ampliação das atividades realiza- das no museu. Pretende-se ampliar o assessoramento da SEC nestes novos arranjos. QUADRO DE PESSOAL Atualmente a SEC tem em quadro funcional 131 servidores, sendo 66 do quadro próprio, 43 servidores cedidos de outras secretarias e 22 exclusivamente comissionados (Quadro 4). Todavia, legalmente, a SEC teria direito a ter 214 servidores em seu lotacionograma (Quadro 5), mas apenas 66 cargos estão efetivamente ocupados, assim há uma defasagem de 148 servidores. Para superar esta situação, buscou-se servidores de outras pastas para atuar na SEC e com- plementar seu quadro de pessoal. Atualmente, há 43 servidores cedidos de outras secretarias (Quadro 6), o que demonstra a fragilidade da composição de seu quadro. Durante os 4 anos da gestão, em várias ocasiões, foi solicitada a complementação do quadro da SEC junto à SEGES, todavia não ocorreu a resolução do problema, mantendo-se, assim, a instabi- lidade na continuidade das atividades da secretaria, uma vez que a SEC fica na dependência da boa vontade de secretários de outras pastas em ceder servidores. Embora a cessão tenha garantido a execução das ações no período, a questão do suprimento dos quadros é um desafio a ser enfrentado pelas gestões futuras, conforme diretriz contida no PEC. Assim, é necessária uma ação junto à SEGES para a remoção definitiva de servidores para a Secreta- ria de Cultura de forma a complementar seu organograma. 31 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 Em 2014, havia 109 servidores atuando na SEC, sendo que 37% eram servidores exclusiva- mente comissionados e 63% servidores de carreira. Nos últimos 4 anos, houve um incremento no quadro de servidores de carreira, passando de 69 para 109, ou seja, uma evolução de 158%, por outro lado, reduziu-se em 45% o número de servidores exclusivamente comissionados. QUADRO 4 – Quadro de Pessoal SEC DESCRIÇÃO 2014 % 2018 % Evolução Exclusivamente Comissionados 40 37% 22 17% -45% Servidores de Carreira 69 63% 109 83% 158% TOTAL 109 100% 131 100% - Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas e Documentos QUADRO 5 – Lotacionograma SEC – 3º Trimestre 2018 CARREIRA CARGO CARGOS CRIADOS CARGOS OCUPADO S CARGOS VAGOS CONTRAT ADOS SUBSIDIO Analista de Desenvolvimento Econômico Social 32 18 14 0 Técnico de Desenvolvimento Econômico Social 147 26 121 0 Apoio de Desenvolvimento Econômico Social 16 6 10 0 Analista Administrativo 10 9 1 0 Técnico Administrativo 9 7 2 0 214 66 148 0 Fonte: Setor de Gestão de Pessoas PROFISSIONAIS DE DES. ECONOMICO E SOCIAL Lei nº 7.554 de 10/12/01 T PROFISSIONAIS DA ÁREA MEIO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA Lei Nº 10.052 de 15/01/2014 Decreto Nº 2.226 de 26/03/2014 Totais LOTACIONOGRAMA SEC - 3º TRIMESTRE 2018 32 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 QUADRO 6 – Servidores de Outros órgãos / Poderes cedidos à SEC – 3º Trimestre 2018 QUANT. 1 3 6 1 1 3 3 1 3 5 Secretariade Estado de Segurança Pública - SESP 1 Secretaria de Estado de Saúde - SES 1 Secretaria de Estado de Fazenda - SEFAZ 2 Secretaria de Estado de Gestão - SEGES 6 Secretaria de Estado de Gestão - SEGES 1 2 1 1 1 43 Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas e Documentos TOTAL SERVIDORES DE OUTROS ÓRGÃO/ENTIDADES/PODERES CEDIDOS À Empresa MTI Técnico de TI Secretaria de Estado de Meio Ambiente - SEMA Analista Administrativo Técnico Administrativo Secretaria de Estado das Cidades - SECID Analista de Desenvolvimento Econômico e Social Empresa MTI Agente Administrativo e Operacional Secretaria de Estado de Planejamento - SEPLAN Analista Administrativo CARGOS Técnico Administrativo e Financeiro Prefeitura Municipal de Cuiabá Motorista Secretaria de Estado de Educação - SEDUC AnalistaDesenvolvimento Econômico Social Empresa MTI Analista de TI ORGÃO/ENTIDADE CEDENTE Secretaria de Estado de Educação - SEDUC Prefeitura Municipal de Cuiabá Professores Secretaria de Estado de Planejamento - SEPLAN Gestor Governamental Professores Analista Administrativo Secretaria de Estado de Ciência e Teconologia - SECITEC Analista Administrativo Empresa MTI Instituto de Terras de Mato Grosso - INTERMAT Técnico Administrativo Técnico Nível Médio SUS Analista Administrativo Analista Administrativo Outro ponto importante na gestão de pessoas foi a valorização do servidor efetivo na ocupa- ção dos cargos comissionados da secretaria. Em 2014 apenas 20% dos cargos eram ocupados por servidores de carreira, em 2018 esse percentual subiu para 58% (Quadro 7). Somada a esta reconfi- guração da ocupação, também buscou-se compatibilizar o perfil técnico com as competências de cada função exercida, refletindo positivamente no fortalecimento técnico das equipes, na redução dos desvios de função e na continuidade administrativa das atividades da secretaria. QUADRO 7 – Ocupação dos Cargos Comissionados SEC DESCRIÇÃO 2014 % 2018 % Exclusivamente Comissionados 39 71% 22 42% Servidores de Carreira 11 20% 31 58% Cargos Vagos 5 9% 0 - TOTAL 55 53 QUADRO DE PESSOAL Ocupação de Cargos Comissionados Fonte: Coordenadoria de Gestão de Pessoas e Documentos 33 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 Gestão do Secretário Leandro Carvalho (janeiro/2015 a dezembro/2017) Foto: Chico Valdiner/GCOM-MT Gestão do Secretário Gilberto Luiz Canavarros Nasser (abril a dezembro/2018) Foto: Protásio de Morais/SEC/MT 34 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 PADRONIZAÇÃO DOS FLUXOS E PROCEDIMENTOS A padronização de procedimentos por intermédio dos fluxos e manuais contribui para a ob- tenção de maior celeridade e segurança jurídica para a execução das ações da secretaria, contribuindo para a redução de erros e aumentando a eficiência e produtividade da instituição. A Secretaria Adjunta da Administração Sistêmica (SAAS/SEC) implementou a organização e padronização dos fluxos e processos de trabalho da secretaria, através da confecção de fluxogramas e manuais de procedimentos dos produtos e das competências de cada unidade administrativa. Este trabalho facilitou o entendimento das equipes acerca de suas atribuições nas respectivas superinten- dências e coordenadorias. Além de ser uma orientação dos órgãos de controle, a padronização dos fluxos e procedimen- tos contribui para disseminar e reforçar perante os servidores e os usuários dos serviços culturais, os aspectos legais e normativos a serem praticados. Para a normatização dos procedimentos foram produzidas um conjunto de normativas e ma- nuais, dentre eles: Resolução nº 03/2017-CEC/MT – Estabelece o Regimento Interno do Conselho Estadual de Cultura; Decreto nº 1.041/2017 - Estabelece o Regimento Interno da Secretaria de Estado de Cultura; Portaria Nº 142/2016/SEC - Estabelece o procedimento a ser observado na remessa de do- cumentos à SEC para solicitação de apoio financeiro a projetos culturais, bem como a trami- tação de processos; Portaria Nº 008/2017/SEC - Dispõe sobre a instituição do sistema de envio e recebimento de mensagens de correio eletrônico (e-mail) como procedimento formal de comunicações admi- nistrativas entre as unidades da Secretaria de Estado de Cultura - SEC/MT; Portaria Nº 096/2017/SEC - Aprova o Manual de Fluxos e Procedimentos das Aquisições e Contratos da Secretaria de Cultura e dá outras providências; Portaria Nº 108/2017/SEC - Normatiza os procedimentos de solicitação e prestação de con- tas de adiantamento, no âmbito da Secretaria de Estado de Cultura – SEC; Portaria Nº 055/2017/SEC - Dispõe sobre a concessão de diárias e o Sistema de Gestão de Viagens (GV) no âmbito da Secretaria de Estado de Cultura; Instrução Normativa Nº. 001/2017/SEC - Estabelece normas e procedimentos relativos à fiscalização e gestão dos contratos administrativos no âmbito da Secretaria de Estado de Cul- tura de Mato Grosso; http://www.cultura.mt.gov.br/documents/362998/2946997/Regimento+interno+SEC+2017/3494f09d-63d2-439e-88cd-ae473d9bb924 35 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 Instrução Normativa Nº 002/2017/SEC - Disciplina os procedimentos de controle patrimo- nial, registro e baixa de bens permanentes (móveis) no âmbito da Secretaria de Estado de Cultura – SEC; Fluxo dos Procedimentos de Convênio e Instrumentos Congêneres (1ª e 2ª Versões) Fluxo e Manual da Tomada de Contas Especial; Fluxo e Manual de Procedimentos das Aquisições e Contratos; Manual de Fiscalização e Gestão de Contratos Administrativos; Fluxo e Manual de Instrução de Adiantamentos; Manual de Normas e Procedimentos dos Sistemas de Patrimônio e Serviços; Manual de Normas e Procedimentos Administrativos do Sistema de Gestão de Pessoas e Do- cumentos; Manual de Padrões e Recomendações para os Usuários de Tecnologia da Informação; Manual de Prestação de Contas das Organizações da Sociedade Civil; Manual de Tomada de Contas Especial. TOMADA DE CONTAS ESPECIAL No início da gestão, em 2015, foram realizados levantamentos em todos os setores da SEC acerca dos contratos e convênios existentes. Na ocasião constatou-se um elevado número dos proces- sos que poderiam resultar em Tomada de Contas Especial, mas que ainda se encontravam pendentes de análise e decisão. Tais processos eram: Termos de Convênios, Contratos de Gestão, Termos de Cooperação e, em sua grande maioria, os chamados Termos de Concessão de Auxílio e Contratos de Fomento à Cultura, que são formalizados pela pasta diretamente com pessoas físicas ou jurídicas. No ano de 2015, a Comissão de Tomada de Contas Especial, em conjunto com a Secretaria Executiva do Conselho Estadual de Cultura, levantou 241 (duzentos e quarenta e um) processos fir- mados entre os anos 1999 a 2006 que se encontravam arquivados no Conselho Estadual de Cultura, sem análise e sem nenhuma forma de encaminhamento. Diante da situação, foi decidido que todos os proponentes seriam notificados para apresentarem as respectivas prestações de contas e/ou comple- mentação de informação dos referidos processos. Simultaneamente, o Tribunal de Contas do Estado, ao julgar as contas anuais de gestão da SEC, relativas ao exercício de 2008, recomendou que fosse cumprido o Acórdão 2.261/2009, que http://www.cultura.mt.gov.br/documents/362998/2946997/Manual+de+presta%C3%A7%C3%A3o+de+contas+%C3%A0s+OSCs/58ce494c-c6dc-615e-3c37-d7d6fe1c35b9 36 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 determinava a instauraçãode processos de Tomada de Contas dos convênios relativos ao ano de 2008 e anteriores. Após classificação dos processos, verificou-se o expressivo número de mais de 600 (seiscentos) processos pendentes de análise, sendo esses de vários anos e gestões, provenientes, em sua maioria, da dissolução do Núcleo Sistêmico em 2014 e do Conselho Estadual de Cultura. Somente os processos relativos às gestões anteriores à 2008 expressavam mais da metade do passivo do Setor, em torno de 406 (quatrocentos e seis) processos, de um total de 529 (quinhentos e vinte e nove). Somados a esses processos, também foram encontrados outros sem decisão do ordena- dor de despesa à época, sem Relatório Financeiro, sem Relatório Técnico e com várias outras irregu- laridades procedimentais, como ausência de notificação dos interessados e análise da prestação de contas. Em 2016, a Controladoria Geral do Estado determinou à Comissão, por meio de pareceres de auditoria, a apuração e inclusão como responsáveis solidários todos os ex-gestores que não toma- ram providências, à época, acerca dos processos. De 2015 a 2017, apesar de todos os problemas ocasionados pela insuficiência de servidores, capacidade técnica e operacional, elevado número de processos pendentes e falta de recursos, foi instaurado o montante de 191 (cento e noventa e um) processos, sendo concluídos e encaminhados ao Tribunal de Contas para o devido julgamento, o total de 175 (cento e setenta e cinco) processos. Após várias reuniões da SEC com TCE, SEGES e Controladoria sobre a situação da tomada de contas, bem como da prescrição dos processos, o TCE, em 2018, publicou a Resolução de Consul- ta nº 07/2018 TCE/MT que estabeleceu a prescrição de 10 (anos) para instauração de tomada de con- tas especiais bem como Resolução Normativa 027/2017-TP do TCE/MT que altera o valor de teto para instauração de tomada de conta de R$ 10 mil para R$ 50 mil, o que reduziu sobremaneira o es- toque de processos. Com estas novas diretrizes do TCE, a tomada de contas conseguiu zerar o estoque de pro- cessos aptos à instauração de tomada de contas especial. Resta no momento, classificar e encaminhar para a dívida ativa aqueles processos prescritos (anteriores a 2007). Todavia, a comissão está reali- zando uma análise prévia desses processos, sendo que aqueles que os proponentes executaram a in- tegralidade do objeto proposto no plano de trabalho, possam propor à SEC a realização de ação com- pensatória que atenda a sociedade em determinadas ocasiões, evitando a inscrição dos mesmos na dívida ativa, tal qual preconiza a Lei 13.019/2014, já devidamente regulamentada no Estado. 37 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 SEDE PRÓPRIA e da Galeria de Arte Lava Pés, transformando em DESENVOLVIMENTO DE SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS Na busca de maior eficiência na gestão com a inovação de processos e redução de custos a SEC adotou modelo tecnológico voltado para desenvolvimento de soluções abertas, conjuntas e pa- dronizadas. Entre as iniciativas destacam-se o desenvolvimento da Plataforma “Mapas Culturais”, Site MT- Criativo, o login Cidadão e a viabilização da eleição dos Conselheiros Estaduais de Políticas Culturais via Plataforma Mapas. Também foi implantando o Sistema de Gerenciamento de Viagens – GV para maior controle e eficiência da solicitação e autorização de passagens e diárias. PLATAFORMA MAPAS CULTURAIS MT No PEC há uma orientação para que se implantem ferramentas de informação sobre as diver- sas atividades artísticas e culturais existentes nos municípios do estado. Visando seu cumprimento, a SEC implantou a plataforma “Mapas Culturais”. Construir uma política pública para as pró- ximas gerações requer estrutura e condições ade- quadas. Em abril de 2015, a SEC passou a ocupar o antigo prédio Moitará, localizado no Bairro Duque de Caxias. Em outubro de 2017, através do Decreto nº 1.251, o Governador Pedro Taques declarou o imóvel de utilidade pública e o trans- feriu para a instalação definitiva da SEC um es- paço aberto, democrático e plural, utilizado como plataforma de difusão das artes e do conhecimen- to, constituindo-se em uma grande conquista da sociedade mato-grossense. Foto: Chico Valdiner/GCOM-MT 38 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 O dispositivo virtual democrático foi lançado em 2016, no evento de “Transferência da Capi- tal para Vila Bela da Santíssima Trindade”. O Mapas MT com pouco tempo de uso demonstrou um potencial para divulgar a cultura ma- to-grossense em todo o território nacional e de outros continentes. Para ter acesso a plataforma cultural acesse o site através do link www.mapas.mt.gov.br, seja para consultar a programação cultural e/ou realizar o cadastramento de ações culturais. A plataforma foi desenvolvida a partir de software livre criado em parceria com o Instituto TIM, e possui um sistema de georreferenciamento que permite o mapea- mento de ações, agentes, projetos e espaços culturais, revelando ao cidadão, uma radiografia das iniciativas culturais de Mato Grosso. É colaborativa e pode ser alimentada não só pelo poder público – com a inclusão de informações sobre equipamentos culturais, programações oficiais e editais, entre outros – como também, pela população em geral, que se cadastra como agente de cul- tura (individual ou coletivo) e pode divulgar suas próprias programações. PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA Os programas da SEC foram elaborados com base no Plano Estadual de Cultura e a partir da matriz estratégica do Plano Plurianual 2016 – 2019. É um desdobramento do Eixo “Viver Bem”, e da diretriz: “Promover as artes, a cultura, o esporte e o lazer de forma democrática e descentralizada. ” A SEC possui três programas que abarcam os projetos e as ações que norteiam sua atuação, sendo um na área meio (Programa de Apoio Administrativo) e dois na área finalística (Programa de Desen- volvimento da Economia Criativa e Programa de Fortalecimento da Política Cultural). Os programas e seus respectivos projetos e atividades estão desdobrados nos Planos de Trabalho Anuais - PTA, através das subações, prazos, custos e responsáveis pela sua gestão e execução. 2.357 agentes 567 espaços culturais cadastrados Mais de 66 mil acessos, por 11 mil usuários, oriundos do próprio estado, e de outros estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro Paraná, Goiás, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, e outros países como Estados Unidos, China, Alemanha, Espanha, Portugal, França, Itália. http://www.mapas.mt.gov.br/ 39 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 Programa Fortalecimento da Política Cultural o Gestão do Patrimônio Cultural o Gestão do Sistema Estadual de Biblioteca o Revitalização da Biblioteca Pública Estadual Estevão de Mendonça o Fortalecimento do Sistema Estadual de Cultura Programa Desenvolvimento da Economia Criativa o Assessoramento em Economia Criativa o Articulação para o desenvolvimento da Economia Criativa Programa de Apoio Administrativo o Remuneração de pessoal ativo do estado e encargos sociais o Recolhimento de encargos e obrigações previdenciárias o Manutenção de gabinetes o Manutenção e conservação de bens imóveis o Manutenção de serviços de transportes o Manutenção de serviços administrativos gerais o Manutenção de ações de informática o Manutenção dos órgãos colegiados. o Publicidade institucional e propaganda O Quadro 8 demonstra a execução orçamentária resumida dos programas desenvolvidos pela SEC no período. Houve uma evolução dos gastos, mas em grande parte este incremento refere-se à destinação de emendas parlamentares para a cultura que se intensificou a partir de 2016. Quadro 8 – Execução Orçamentária por Programa (2015 – 2018) PROGRAMA 2015 2016 2017 2018Total Economia Criativa - 286.600 262.730 261.331 810.661 Fortalecimento da Política Cultural 16.709.470 18.359.123 36.206.882 28.173.380 99.448.855 Previdência de Inativos e Pensionistas 1.963.729 3.617.294 704.104 692.886 6.978.013 Apoio Administrativo 18.352.899 19.027.444 21.630.419 17.726.638 76.737.400 Total R$ 37.026.098 41.290.460 58.804.135 46.854.236 183.974.929 Fonte: Fiplan, valores empenhados, com dados de 2018 até 12/11 40 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 As maiores execuções são dos programas: Fortalecimento da Política Cultural e Apoio Admi- nistrativo. O programa de Apoio Administrativo compreende as despesas de pagamento de pessoal e de manutenção e conservação de bens imóveis e dos serviços administrativos geral que abarcam as maiores despesas da área meio como pagamento de pessoal, serviços de reparos para conservação dos equipamentos culturais, segurança patrimonial e os gastos administrativos gerais (energia elétri- ca, telefonia, limpeza, dentre outros), conforme detalhamento no Quadro 9. Quadro 9 – Execução Orçamentária por Ação (2015 – 2018) Descrição Programa Descrição Projeto Atividade 2015 2016 2017 2018 MANUTENÇÃO DE AÇÕES DE INFORMÁTICA 203.503 71.037 72.503 514.109 MANUTENÇÃO DE GABINETES 35.269 37.102 8.365 MANUTENÇÃO DE SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS GERAIS 2.389.936 1.424.107 1.594.517 1.562.803 MANUTENÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTES 310.778 142.211 161.207 199.509 MANUTENÇÃO DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS. 4.590 8.370 18.810 MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DE BENS IMÓVEIS 2.066.569 2.117.400 2.085.198 1.841.623 PUBLICIDADE INSTITUCIONAL E PROPAGANDA 163.000 50.020 - 99.883 REMUNERAÇÃO DE PESSOAL ATIVO 13.219.114 15.182.808 17.671.522 13.481.537 SUBTOTAL R$ 18.352.899 19.027.444 21.630.419 17.726.638 ARTICULAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA ECONOMIA CRIATIVA 141.350 125.870 23.706 ASSESSORAMENTO EM ECONOMIA CRIATIVA 145.250 136.860 237.625 SUBTOTAL R$ 286.600 262.730 261.331 FORTALECIMENTO DO SISTEMA ESTADUAL DE CULTURA. 17.489.736 34.976.449 27.665.735 GESTÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL 737.868 1.098.239 455.155 GESTÃO DO SISTEMA ESTADUAL DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS 66.882 132.194 52.490 IMPLANTAÇÃO DO ESCRITÓRIO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS DA SECRETARIA DE CULTURA - REVITALIZAÇÃO DA BPEEM 64.637 - - SUBTOTAL R$ 18.359.123 36.206.882 28.173.380 PREVIDÊNCIA DE INATIVOS PREVIDENCIÁRIAS DE INATIVOS E PENSIONISTAS 1.963.729 3.617.294 704.104 692.886 SUBTOTAL R$ 1.963.729 3.617.294 704.104 692.886 APOIO TÉCNICO E LOGÍSTICO DOS PROJETOS CULTURAIS 5.530.330 IMPLANTAÇÃO DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS 10.410 MODERNIZAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS 29.447 PAVILHÃO DAS ARTES 14.400 REALIZAÇÃO DE AÇÕES ARTISTICO-CULTURAIS 9.485.097 REALIZAÇÃO DE AÇÕES DE PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL 982.617 SISTEMA ESTADUAL DE MUSEU 657.169 SUBTOTAL R$ 16.709.470 37.026.098 41.290.460 58.804.135 46.854.236 Fonte: Fiplan, valores empenhados, com dados de 2018 até 12/11 TOTAL GERAL R$ APOIO ADMINISTRATIVO ECONOMIA CRIATIVA FORTALECIMENTO DA POLÍTICA CULTURAL VALORIZAÇÃO E PROMOÇÃO DA CULTURA O Projeto Fortalecimento do Sistema Estadual de Cultura que compõe o Programa de Forta- lecimento da Política Cultural é a ação com maior aplicação de recursos, pois contempla as ativida- des do Sistema Estadual de Cultura, Editais de Fomento aos projetos culturais, Pontos de Cultura, contrato de gestão do Cine Teatro Cuiabá e da Orquestra de Mato Grosso, bem como o apoio aos eventos, manifestações culturais e as emendas parlamentares. O Projeto Gestão do Patrimônio Cultural abarca todas as ações relativas à gestão do Sistema Estadual de Museus, a manutenção dos equipamentos culturais do Estado sob a gestão da SEC: Casa Cuiabana, Museu de Arte, Museu Residência dos Governadores, Museu Histórico, Museu de Histó- ria Natural, Biblioteca Pública Estadual Estevão de Mendonca – BPEEM, bem como as atividades de preservação, fiscalização, processos de registro e tombamento do patrimônio cultural do Estado. 41 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 O programa também tem sob seu escopo, os projetos de Gestão do Sistema Estadual de Bi- bliotecas Públicas – SEBP que visa a promoção e fiscalização de 154 bibliotecas localizadas no inte- rior do estado, e o projeto de Revitalização da Biblioteca Pública Estadual Estevão de Mendonça - BPEEM. O programa da Economia Criativa é um programa multissetorial que envolve 7 secretarias e articula uma rede extensa de parceiros, também é responsável pelo assessoramento, capacitação e editais de aceleração aos empreendedores criativos. O Quadro 10 tem por objetivo apresentar a execução tanto orçamentária, quanto financeira da SEC, uma vez que a despesa é composta de 03 estágios: empenho, liquidação e pagamento. Obser- vando o quadro, infere-se que do orçamento atualizado do período: R$ 232 milhões, foram empe- nhados R$ 183,9 milhões (79%), e pagos R$ 120,5 (66%). Quadro 10 – Execução Orçamentária e Financeira SEC (2015 – 2018) ANO INICIAL ATUAL EMPENHADO E/P LIQUIDADO PAGO P/E 2015 24.675.002 45.230.302 37.026.098 82% 32.817.426 29.074.026 79% 2016 58.824.131 50.752.968 41.290.460 81% 30.750.557 33.444.321 81% 2017 60.833.006 68.153.615 58.804.135 86% 56.249.192 36.572.230 62% 2018 62.877.209 68.739.770 46.854.236 68% 42.177.418 21.471.703 46% Total Geral R$ 207.209.347 232.876.655 183.974.930 79% 161.994.593 120.562.280 66% Fonte: Fiplan, com dados de 2018 até 12/11 O orçamento da SEC é financiado por 04 fontes de recurso: Tesouro Estadual, Fundo Esta- dual de Cultura, Fundestec e Convênios Federais. O Quadro seguinte apresenta a distribuição das fontes de recurso empenhados no período de 2015-2018, o que demonstra que a Fonte do Tesouro Estadual tem a maior participação na composição dos recursos totais da SEC, seguida pelas fontes dos Fundos (Fundo Estadual de Cultura e Fundo de Desenvolvimento Sociocultural - Desportivo- Tecnológico). Quadro 11 – Execução Orçamentária por Fonte de Recurso 2015 – 2018 FONTE 2.015 2.016 2.017 2.018 Total TESOURO ESTADUAL 7.542.900 32.376.372 44.824.022 38.695.959 123.439.253 FUNDOS SOB GESTÃO SEC 25.549.266 8.599.689 12.153.342 7.880.015 54.182.313 CONVÊNIOS FEDERAIS 3.933.932 314.400 1.826.770 278.262 6.353.364 Total Geral 37.026.098 41.290.460 58.804.135 46.854.236 183.974.929 Fonte: Fiplan, valores empenhados, com dados de 2018 até 12/11 42 | P á g i n a RELATÓRIO DE GESTÃO 2015 | 2018 O Quadro 12 apresenta a aplicação dos recursos de acordo com os grandes grupos de despe- sas. As despesas com pessoal no período foram
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