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QUESTÕES DE EMPRESARIAL - RESPONDIDAS

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QUESTÕES DE EMPRESARIAL
PROBLEMAS DE DIREITOS DE AUTOR E CONEXOS
1) Conhecido trupe teatral, o Grupo TAPA pretende encenar a peça “Meno Male!”, escrita por Juca de Oliveira. Que tipo de direitos incidirão nesse caso e que deverão ser respeitados, tanto em relação a Juca de Oliveira, como em relação ao grupo teatral, que é dirigido por Eduardo Tolentino de Araujo?
2) Miguel Rios é um artista de rua. Ele se instala todo sábado e domingo pela tarde na calçada da Av. Paulista, em frente ao prédio do Center 3, e interpreta diversas canções, sempre acompanhado pelo seu violão, que toca com grande maestria. O repertório do artista é eclético, passando pela MPB, pop, rock e, sobretudo, músicas consagradas dos Beatles, Elvis, Elton John, Bob Dylan etc. Ele está sujeito ao pagamento de direitos autorais e conexos? Justifique.
ão titulares de direitos conexos, dessarte, artistas que interpretam peças teatrais e músicas (vocalizações), que recitem e interpretem textos, poesia, declamações; artistas que executem peças musicais (tocadores instrumentais, orquestrações) e coreografias; as gravadoras de discos, cd’s e dvd’s e outros suportes materiais que contenham obras, e as empresas de radiodifusão de sons e de sons e imagens, pelo trabalho de irradiação e transmissão de obras protegidas, incluindo-se novas tecnologias como o “streaming” e suas modalidades.
Os direitos conexos conferem aos seus titulares direitos morais e patrimoniais sobre suas interpretações e execuções, sobre suas fixações e sobre suas irradiações, como, por exemplo, o direito de serem identificados como tais, sempre que se fizer uso de suas interpretações, fixações e irradiações; o direito de permitir ou não, em caráter oneroso ou não, a utilização das mesmas; autorizar a reprodução pública de suas interpretações, execuções, fixações e irradiações, autorizar retransmissões etc. Por esse motivo Miguel Rios está sujeito ao pagamento de direitos autorais conexos.
3) João e Maria pretendem se casar numa cerimônia íntima, contando com poucos convidados escolhidos a dedo, entre parentes e amigos. A cerimônia, que será ecumênica, ocorrerá num pequeno, mas charmoso espaço alugado, seguindo-se um coquetel, com comidinhas, bolo e espumante. Os noivos, porém, querem comemorar o enlace com muita música e dança, pois se conheceram justamente numa academia de dança e já estão preparando um “playlist” para tocar por todo o tempo de duração do evento. Pergunta-se: eles deverão pagar direitos de autor e conexos ao ECAD relativamente às músicas que serão tocadas no evento? Justifique.
Não, pois não se trata de uma festa pública, aberta livremente a terceiros, ou muito menos comercial, com objetivo de auferir lucro ou vantagem financeira, dada a sua essência, trata-se de evento especial, íntimo e familiar, cuja natureza é de celebrar o momento particular da vida do casal, assim amparada pela lei 9610/98 no seu art. 46 inciso VI
e §§2º e 3º, do art. 68 da lei 9.610/98, que define o conceito de "execução pública" e apresenta rol exemplificativo dos "locais de freqüência coletiva", quais não enquadram o molde do evento citado.
4) Fernando de Morais está desenvolvendo uma pesquisa séria e aprofundada sobre a vida da cantora Angela Maria, recém-falecida, para escrever sua biografia e publicá-la. Esse intento do jornalista envolve direitos de autor ou conexos? Justifique.
Quando uma pessoa falece, todos os bens, direitos e obrigações que possuía passam a compor o seu espólio, realizando-se a transmissão para os seus herdeiros. É no inventário que se formaliza a partilha de todo esse patrimônio entre os herdeiros e sucessores.
Conforme a lei 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 (Lei de Direitos Autorais) disciplina em seu artigo 411 que os direitos patrimoniais do autor perduram por 70 (setenta) anos, contados do primeiro dia do mês de janeiro do ano subsequente ao falecimento do autor, obedecida a ordem sucessória.
Vale ressaltar que os direitos transmitidos com a morte do autor não se limitam aos aspectos meramente patrimoniais da Obra mas também, aos aspectos morais. Isso porque, nos termos do artigo 24, § 1º da Lei de Direitos Autorais2 há previsão expressa no sentido de que em decorrência da morte do autor, transmitem-se aos seus herdeiros os direitos morais.
Desta feita, não pairam dúvidas de que todos os direitos autorais e conexos referentes ao autor falecido, são transferidos aos seus herdeiros que terão legitimidade sobre eles.
Mas há exceção, elencado no artigo 45 da referida lei na qual dispõe “Além das obras em relação às quais decorreu o prazo de proteção aos direitos patrimoniais, pertencem ao domínio público:
I - as de autores falecidos que não tenham deixado sucessores”. 
Portando se não houver herdeiros os direito autorais e conexos serão de domínio público.
5) Antônio Queiroz é autor do romance intitulado “A Boemia e o Operário” e foi contatado por uma editora inglesa para publicação da obra no Reino Unido. Autorizada a versão, a obra vertida para a língua inglesa será protegida como obra autônoma pelos Direitos de Autor ou pelos Direitos Conexos aos de Autor? Justifique.
A Lei de Direito autoral, em seu artigo 5º. define como obra derivada aquela proveniente de uma obra primígena. A forma mais comum de obra derivada com a qual estamos em contato no dia a dia é a tradução. Ela surge de uma obra pré-existente em outro idioma. Juridicamente, a tradução é uma obra derivada protegida pela legislação autoral, desde que a obra traduzida encontre-se elencada no artigo 7º. da LDA e seja apresentada como criação intelectual nova. ( art.7º.,inc.XI. )
Trata-se de proteção de obra autônoma pelos Direitos de autor pois está na classificação de Obra derivada que já existe, pois a tradução gera uma obra derivada, o autor da tradução é autônomo e ganha direitos autorais sobre a tradução, o sentimento esta na tradução, numa boa tradução. Exemplo: escrevo um romance, aí alguém quer fazer uma minissérie com o meu livro, isso será uma adaptação, a rede Globo por exemplo terá direito de autor.
O tradutor como autor do texto na língua de chegada cria uma obra, cuja originalidade é expressa através de sua maneira de escrever e nas suas habilidades para encontrar correspondências linguísticas na língua para a qual traduz.
6) Em que hipóteses a lei de Direitos de Autor prevê limitação aos Direitos de Autor, isto é, situações onde não há incidência desses direitos e como essas limitações se justificam?
Diante do disposto no art. 46 da LDA, podemos citar as situações onde não há incidência desses direitos e suas justificativas, na reprodução, tendo menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos, quando for publicado em diários, imprensa diária, artigos informativos, dentre outros. Quando a utilização de obras para uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a reprodução, seja sem fins lucrativos e seja feita mediante o sistema Braile ou outro suporte par esses destinatários, que a reprodução não tenha intuito de lucro, em um só exemplar de pequenos trechos, e que, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não prejudique a exploração da obra produzida. A citação em qualquer meio de comunicação, indicando-se o nome do autor e a origem da obra, a utilização de obras em estabelecimentos comerciais, exclusivamente para demonstração à clientela. Não havendo intuito de lucro, quanto à execução musical, e por fim, a utilização de obras para produzir prova judiciária ou administrativa.
7) Qual a diferença entre software proprietário e software livre?
Software livre (Free Software)
É o tipo de software disponibilizado para ser usado, copiado, modificado e redistribuído livremente. Podendo ser pago ou gratuito, todavia, apresentando-se com o código-fonte disponível para modificações posteriores.
Alguns softwares livres e gratuitos: Navegadores Google Chrome e Mozila Firefox, Sistema Operacional Linux, BR Office.
Obs: Um software livre não está apenas associado à gratuidade.
Software proprietário
É o tipode software que tem restringido por parte do proprietário a sua redistribuição, cópia e modificação. Os direitos são exclusivos do produtor tendo de ser respeitados os direitos autorais e as patentes.
Caso precise copiar, redistribuir ou modificar será necessário a autorização do proprietário ou por via de pagamento, adquirindo-se assim a licença.
Alguns softwares proprietário: Real Player, Microsoft Windows, Microsoft Office.
QUESTÕES SOBRE DIREITOS INTELECTUAIS:
1)	O que se entende por Direitos Intelectuais e como eles se subdividem? Qual a razão dessa subdivisão?
De modo amplo e direto, o Direito de Propriedade Intelectual assegura as criações capazes de resultar em vantagens econômicas para o seu criador, protegendo suas ideias e criações intelectuais. Daí a importância em proteger os ativos intelectuais tanto quanto uma empresa física.
A Propriedade Intelectual subdivide-se em Propriedade Industrial, os Direitos Autorais e outros Direitos sobre bens imateriais de vários gêneros, tais como os Direitos Conexos, e as Proteções Sui Generis.
A Propriedade Industrial visa proteger os direitos sobre patentes, marcas, desenhos e indicação geográfica. O Direito Autoral, por sua vez, protege as obras científicas, artísticas e literárias. Incluindo as programações tecnológicas. A roteção Sui Generis: É uma espécie de proteção especial concedida pelo poder público a determinados institutos, tais como as topografias de circuitos integrados, as variedades de plantas chamadas de ‘cultivares’ e seu patrimônio genético, e, até mesmo a determinados conhecimentos denominados ‘tradicionais’. Esta proteção se faz através de legislação própria para cada espécie de instituto e de registro em órgão competente, que garante um prazo de validade, variável conforme instituto protegido.
Tal divisão tem como base o acordo TRIPs - Agreement on Trade-Related Aspects of Intellectual Property Rights, um tratado internacional que em português significa, Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio.
2)	A proteção das criações pelos Direitos Intelectuais é importante? A proteção das criações intelectuais gera que tipo de estímulo?
É de extrema importância a proteção das criações pelos Direitos Intelectuais, uma vez que tais criações intelectuais são objeto de direito de propriedade, de forma a assegurar ao criador a exclusividade da utilização de seu trabalho por pelo menos um determinado período de tempo, garantindo assim como estimulo a estes o reconhecimento e benefícios financeiros. Cabe ao INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial, autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, assegurar a proteção, quando assim registrados, esses direitos. 
Ao conceder o direito de propriedade, mesmo que por um determinado tempo, o que se está fazendo é garantir poder de mercado ao autor da criação, ou seja, criou-se um monopólio que tem sustentação legal.
O conhecimento que gera inovação tem as características de um bem público, ou seja, é indivisível, porque o consumo do conhecimento por parte de um indivíduo ou de um grupo social não prejudica o consumo deste mesmo conhecimento pelos demais integrantes da sociedade, e é não excludente, porque é difícil impedir que outro indivíduo usufrua do conhecimento.
Isso faz com que o custo marginal para um novo usuário de um determinado conhecimento tenda a zero, o que inviabiliza para o criador da inovação a apropriação de lucro, uma vez que o conhecimento está disponível sem custo para todos que queiram utilizá-lo. Essa situação acaba com os incentivos para os agentes investirem em novos conhecimentos. Para resolver essa falha de mercado, criou-se a patente, que é um monopólio jurídico temporário para quem criar uma inovação, garantindo ao autor da invenção condição de obter retorno para os recursos investidos no processo de geração da nova tecnologia. A patente permite que o conhecimento deixe de ser um bem público e ganhe características de um bem privado. (Dosi, Marengo e Pasquali, 2007). Sem direitos de propriedade sobre a inovação, o inventor tenderia a manter seu trabalho em segredo, de forma a tentar lucrar com aquilo, antes que o público se apropriasse de sua ideia. Com direitos de propriedade claros e efetivos, o inventor não terá medo que sua ideia seja roubada. Podendo disseminar seu trabalho, com o devido retorno financeiro pela sua utilização por terceiros, o inovador contribui com um processo dinâmico que propiciará mais inovação.
Como estímulo vê que atualmente, as grandes empresas vêm procurando cada vez mais ampliarem seu direito ao conhecimento, comprando e registrando o máximo de patentes que puderem, pois, além de proporcionarem uma rentabilidade econômica, com as concessões de venda, direito de uso, venda exclusiva (monopólio), entre outros; também torna possível acionar judicialmente àqueles que infligirem a sua concessão ou seus direitos. Por exemplo, podem-se processar concorrentes por pirataria caso eles não atuem de acordo com as normativas sobre sua propriedade. Esta possibilidade aumenta o poder de competitividade de uma empresa, ampliando sua influência mercadológica e, em alguns casos, até mesmo eliminando sua concorrência.
Um empresário que pede o direito de patente tem como objetivo proteger sua invenção e também tem a expectativa de negócio. Caso esse processo demore, tanto a invenção quanto os possíveis negócios se tornam fragilizados, pois, por se tratar de tecnologia, esta provavelmente estará ultrapassada e/ou obsoleta quando for registrada.
Outro poder que fica acessível a empresas nessas condições é a possibilidade delas conseguirem quebrar outras patentes (no Brasil comumente associado à Licença Compulsória) devido à enorme quantidade de informações que ela possui.
3)	Que criações intelectuais são tuteladas através dos Direitos de Autor? Qual a característica preponderante dessas criações e o que ela significa?
O direito de autor, também denominado direito autoral, é ramo do direito privado, e disciplina a criação e utilização econômica de obras intelectuais estéticas e compreendidas na literatura, nas artes e ciência.
Esse direito nasce com a criação da obra pelo próprio criador, respeitando sua face pessoal (direito de paternidade, nominação e integridade da obra), além de sua comunicação ao público e os direito patrimoniais (representações e reprodução da obra).
As obras tuteladas pelo direito autoral visam a sensibilização ou a transmissão de conhecimentos, como, por exemplo, escritos, poemas, romances, contos, que se inscrevem na literatura, assim também reconhecidos a pintura, esculturas, projetos de arquitetura, filmes, fotografias, nas artes, e relatos, teses, pesquisas, bulas medicinais, nas ciências
4)	Quais são as duas categorias de direitos em que se subdividem os Direitos de Autor? Discuta a natureza jurídica deles, mencionando características e exemplos de cada uma dessas categorias de direitos. Quais os prazos de proteção deles?
Direito Autoral ou Direitos Autorais são as denominações utilizadas em referência ao rol dos direitos dos autores de suas obras intelectuais que podem ser literárias, artísticas ou científicas. A doutrina jurídica clássica coube por dividi-los em Direitos Morais, que são os de natureza pessoal - personalíssimos, inalienáveis, onde se inserem os direitos de paternidade e integridade da Obra, pertencendo exclusivamente ao Autor que detêm os direitos de reivindicar, modificar, assegurar sua integridade e objetar quaisquer modificações ou prática de atos que possam prejudicá-la de qualquer forma, em sua reputação ou honra e a qualquer tempo, não podendo ser passíveis de cessão ou de renúncia pelo autor - e os Direitos Patrimoniais, que são os de natureza patrimonial - aqueles que podem ser dispostos aos herdeiros, agentes etc., como os de utilizar, fruir, dispor da obra sob qualquer forma, enfim, os direitos de controle sobre a reprodução (na totalidade ou em parte), a edição, a tradução ou adaptação, a incorporaçãoda obra em um fonograma ou numa obra audiovisual, dentre outros.
A proteção do direito autoral no Brasil é proporcionada pela Constituição Federal em seu artigo 5º., parágrafos 27 e 28, bem como pelo Código Civil Brasileiro e pela Lei 9.610/98.
Todas estas Convenções corroboram a proteção prevista na legislação pátria, estendendo tanto aos autores nacionais dos demais países signatários das convenções a proteção aos seus direitos no Brasil, como a proteção dos direitos de autores nacionais naqueles países.
Segundo as normas e recomendações internacionais aceitas pela maioria dos Países, regra geral, mas não única, a obra autoral inicia-se a partir de sua criação e perdura por 70 anos a contar de 1º. de janeiro do ano seguinte ao do falecimento do Autor, quando entra, então, em domínio público.
5)	O que se entende por Direitos Conexos aos de Autor e a quem são eles atribuídos? Por qual razão a lei reconhece esses direitos? Que tipo de contribuição eles fazem em relação às criações estéticas e que direitos lhes são reconhecidos?
Direitos conexos referem-se à proteção para artistas intérpretes ou executantes, produtores fonográficos e empresas de radiodifusão, em decorrência de interpretação, execução, gravação ou veiculação das suas interpretações e execuções.
Essa proteção não afeta as garantias asseguradas aos autores das obras literárias, artísticas ou científicas. Os direitos de autor e os direitos conexos protegem diferentes pessoas. Por exemplo, no caso de uma canção, os direitos de autor protegem o compositor da música e o criador da letra; já os direitos conexos se aplicam aos músicos e ao cantor que interpretam a canção, ao produtor da gravação sonora (também chamada de fonograma) na qual a música é incluída e às empresas de radiodifusão que transmitem a música.
Os titulares dos direitos conexos têm o direito exclusivo de autorizar ou de proibir os intérpretes e executantes de fixar, reproduzir por meio de radiodifusão ou execução pública de suas interpretações; os produtores de fonogramas de reproduzir, distribuir por meio da venda ou locação de exemplares e comunicar ao público por meio de execução pública ou radiodifusão; as empresas de radiodifusão de retransmitir, fixar e reproduzir em suas emissões.
A validade deste direito é de setenta anos contados a partir de 1º de janeiro do ano subsequente à fixação, para os fonogramas; à transmissão, para as emissões das empresas de radiodifusão; e à execução e representação pública, para os demais casos.
6)	A titularidade para exercício dos direitos de autor decorre do registro da obra? A atribuição de titularidade aos criadores de obras estéticas difere daquela reconhecida aos inventores? Justifique.
Não, pois direitos das obras intelectuais independe de registro. É facultado ao autor registrar a sua obra no órgão público definido. As obras dos criadores é considerada informal pois não precisa de registro diferentemente dos inventores, dos quais é necessário o registro.
7)	 Em que situações a lei permite a utilização de criações protegidas independentemente do pagamento de direitos de autor? 
A lei permite a utilização de criações sem o pagamento dos direitos de autor, conforme as hipóteses dos artigos 46, 47 e 48 da lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998.
Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais:
I - a reprodução:
a) na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos;
b) em diários ou periódicos, de discursos pronunciados em reuniões públicas de qualquer natureza;
c) de retratos, ou de outra forma de representação da imagem, feitos sob encomenda, quando realizada pelo proprietário do objeto encomendado, não havendo a oposição da pessoa neles representada ou de seus herdeiros;
d) de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo de deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja feita mediante o sistema Braille ou outro procedimento em qualquer suporte para esses destinatários;
II - a reprodução, em um só exemplar de pequenos trechos, para uso privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro;
III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra;
IV - o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por aqueles a quem elas se dirigem, vedada sua publicação, integral ou parcial, sem autorização prévia e expressa de quem as ministrou;
V - a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas, fonogramas e transmissão de rádio e televisão em estabelecimentos comerciais, exclusivamente para demonstração à clientela, desde que esses estabelecimentos comercializem os suportes ou equipamentos que permitam a sua utilização;
VI - a representação teatral e a execução musical, quando realizadas no recesso familiar ou, para fins exclusivamente didáticos, nos estabelecimentos de ensino, não havendo em qualquer caso intuito de lucro;
VII - a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas para produzir prova judiciária ou administrativa;
VIII - a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de obras preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes plásticas, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra nova e que não prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem cause um prejuízo injustificado aos legítimos interesses dos autores.
Art. 47. São livres as paráfrases e paródias que não forem verdadeiras reproduções da obra originária nem lhe implicarem descrédito.
Art. 48. As obras situadas permanentemente em logradouros públicos podem ser representadas livremente, por meio de pinturas, desenhos, fotografias e procedimentos audiovisuais.
8)	Quais são os requisitos de patenteabilidade da invenção e o que eles significam? Idem com relação ao modelo de utilidade.
Os requisitos de patenteabilidade, previstos na Lei de Propriedade
Industrial 9.279/96, são:
(1) Novidade - a matéria objeto da pesquisa precisa ser nova, ou melhor, não pode ter sido revelada previamente, seja por via oral, escrita ou seu uso; logo não pode pertencer ao estado da técnica ;
(2) Atividade Inventiva - os resultados da pesquisa não podem ser óbvios para um técnico especializado no assunto, ou seja, não podem ser resultantes de uma mera combinação de fatores já pertencentes ao estado da técnica sem que haja um efeito técnico novo e inesperado,
nem uma simples substituição de meios ou materiais conhecidos por outros que tenham conhecida a mesma função.
(3) Aplicação Industrial - a invenção deve ter aplicação seriada e industrial em qualquer meio produtivo. O ato inventivo é, por definição, a propriedade de uma invenção menor, de uma criação que não se qualifica à proteção por patentes de invenção.
Portanto, com base nessa definição, não podem ser protegidos por patente de modelo de utilidade os seguintes elementos:
fórmulas químicas;
novos materiais;
processos industriais;
métodos;
softwares embarcados;
invenções mais sofisticadas, que vão além do dito “ato inventivo”;
dentre outros elementos que se adéquam somente à proteção por patente de invenção.
9)	 Qual a diferença entre uma invenção e um modelo de utilidade?
A patente de invenção é concedida para uma invenção completamente nova que solucione um problema existente e que também atenda aos requisitos de atividade inventiva e aplicação industrial. Um exemplo de patente é a invenção dos aparelhos telefônicos. A primeira patente de um aparelho elétrico de transmissão de voz foi obtida por Alexander Graham Bell em 1876.
Já o modelo de utilidade se refere à proteção de uma criação que dá a um objeto já existente uma melhoria funcional no seu uso ou fabricação. Este objeto deve apresentar nova forma ou disposição, que envolva ato inventivo e resulte emmelhoria funcional no seu uso ou fabricação. O modelo de utilidade também deve ter aplicação industrial. Um exemplo de modelo de utilidade é a tesoura para canhotos, que foi uma melhoria na tesoura comum que trouxe mais comodidade para o uso de canhotos.
Uma diferença significativa entre patentes de invenção e modelos de utilidade é a duração. As patentes de invenção duram 20 anos contados a partir da data de depósito, ou pelo menos 10 anos após a data de concessão. Já os modelos de utilidade duram 15 anos após da data de depósito ou pelo menos 7 anos após a data de concessão. Também é possível fazer a mudança de natureza de uma patente de invenção para modelo de utilidade por meio de requerimento ao INPI .
10)	 A descoberta de um novo mineral, ou uma nova planta ou espécie animal, pode ser objeto de patenteamento? Por que? E uma teoria científica ou um software?
Não, nenhuma das descobertas pode ser objeto de patenteamento, pois o patenteamento é uma invenção, descobertas de novas espécies e plantas não são invenções. Já a teoria científica e o software também não são objeto de patenteamento, pois segundo o art. 10 da lei de propriedade industrial estabelece aquilo que não se considera invenção nem modelo de utilidade, e que, por essa razão, é expressamente excluído da proteção patenteária, entre eles, descobertas, teorias científicas, métodos matemáticos; concepções puramente abstratas; obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação estética; programas de computador em si; técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; e o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que dela isolados, incluindo o genoma ou germoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais.
11)	 Como a legislação define o micro-organismo transgênico e por que ele pode ser objeto de patente?
Os micro-organismos são definidos segundo a Lei 9.279/96 em seu artigo artigo 18, parágrafo único como “Para os fins desta Lei, micro-organismos transgênicos são organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou de animais, que expressem, mediante intervenção humana direta em sua composição genética, uma característica normalmente não alcançável pela espécie em condições naturais.”
De acordo com o artigo 18, inciso III da mesma Lei “o todo ou parte dos seres vivos, exceto os micro-organismos transgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplicação industrial - previstos no art. 8º e que não sejam mera descoberta.”, desta forma os micro-organismos transgênicos que atenderem os requisitos de patentiabilidade previstos no artigo 8 desta Lei “É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial.” podem ser patenteados.
12)	 É possível a proteção de novas variedades vegetais pelo sistema patentário da Lei de Propriedade Industrial? Justifique.
13)	 É possível patentear um método contábil ou educativo? Como podemos protege-los? 
Nem tudo pode ser patenteado. Os critérios para conseguir a proteção da patente é que o produto seja algo novo e possa ser industrializado. Conforme o artigo 10 da do Código de Propriedade Industrial - Lei 9279/96 um método educativo e contábil não são patenteados.
Estas “obras intelectuais” podem ser protegidas pela Lei de Direito Autorais (Lei 9610/98), a qual protege a relação entre o criador e todos os que utilizam suas obras. Essa será a melhor forma de comprovar a autoria de sua criação e, também, de obter proteção legal, a fim de poder exercer também os direitos de exploração e adotar medidas contra a pirataria, além de contribuir para conservação da sua obra intelectual.
14)	 O que se entende por reivindicação de prioridade em relação a pedidos de patente? Qual o prazo para exercício desse direito?
Pode ser entendido diante do artigo 16 da Lei 9.279/96 que “Ao pedido de patente depositado em país que mantenha acordo com o Brasil, ou em organização internacional, que produza efeito de depósito nacional, será assegurado direito de prioridade, nos prazos estabelecidos no acordo, não sendo o depósito invalidado nem prejudicado por fatos ocorridos nesses prazos.”, em seu parágrafo 1º temos o prazo para a reivindicação como podemos ver “A reivindicação de prioridade será feita no ato de depósito, podendo ser suplementada dentro de 60 (sessenta) dias por outras prioridades anteriores à data do depósito no Brasil.”, e no seu parágrafo 2º encontramos a forma que será comprovada essa reivindicação da prioridade, como podemos observar “A reivindicação de prioridade será comprovada por documento hábil da origem, contendo número, data, título, relatório descritivo e, se for o caso, reivindicações e desenhos, acompanhado de tradução simples da certidão de depósito ou documento equivalente, contendo dados identificadores do pedido, cujo teor será de inteira responsabilidade do depositante.”
15)	 Qual o prazo de vigência da patente de invenção e de modelo de utilidade?
A patente de invenção vigora pelo prazo de 20 anos e a patente de modelo de utilidade pelo prazo de 15 anos, ambos contados da data do depósito respectivo.
Há, porém, prazos mínimos de vigência (10 anos para a patente de invenção e 7 anos para a de modelo de utilidade, a contar da data da concessão), caso haja demora na apreciação e concessão da patente por culpa do INPI (não haverá prorrogação dos prazos se a demora decorrer de impedimento do órgão, de proceder ao exame de mérito do pedido em virtude de pendência judicial ou por motivo de força maior).
16)	 Em que hipóteses a patente poderá ser licenciada compulsoriamente? Quem pode requerer a licença compulsória da patente? Quem decide sobre esse pedido? Na licença compulsória, o titular da patente não receberá nada do licenciado como se fosse uma penalização?
A licença compulsória ou obrigatória de patentes, conhecida como "quebra de patente" significa uma suspensão temporária do direito de exclusividade do titular de uma patente, permitindo a produção, uso, venda ou importação do produto ou processo patenteado, por um terceiro, desde que tenha sido colocado no mercado diretamente pelo titular ou com o seu consentimento.
O licenciamento compulsório pode ser requerido, em regra, por qualquer interessado, observando o devido processo legal, consubstanciado no contraditório do titular do direito. Caso seja deferida a licença compulsória da patente pelo INPI, perderá seu titular a exclusividade, viabilizando a exploração da tecnologia por terceiros, mediante o pagamento de royalties ao proprietário até a data de extinção da patente.
A Lei n. 9.279/96 dispõe de forma taxativa as hipóteses de cabimento para imposição da licença compulsória da patente. São elas:
Comercialização da tecnologia explorada de maneira demasiadamente onerosa ou utilizando-se de abuso de poder, em razão da posição privativa que se encontra;
“Art. 68. O titular ficará sujeito a ter a patente licenciada compulsoriamente se exercer os direitos dela decorrentes de forma abusiva, ou por meio dela praticar abuso de poder econômico, comprovado nos termos da lei, por decisão administrativa ou judicial.”
A não exploração do escopo da patente é considerada pela lei como forma indevida do uso da propriedade. Logo, é dever do particular utilizar o privilégio obtido com a finalidade de extrair benefícios ao interesse social.
Ainda assim, não basta apenas que explore o objeto da patente, mas demonstre que sua exploração atende de forma suficiente os interesses do mercado consumidor.
“ Art. 68 (...)
§ 1º Ensejam, igualmente, licença compulsória:
I - a não exploração do objeto da patente no território brasileiro por falta de fabricação ou fabricação incompleta do produto, ou, ainda, a falta de uso integral do processo patenteado, ressalvados os casos de inviabilidade econômica, quando será admitida a importação; ou
II - acomercialização que não satisfizer às necessidades do mercado.”
Situação onde acaba por ficar obstruída a exploração de uma tecnologia superior, que se vale parcialmente de outra já desenvolvida e tutelada por concessão de patente.
Nesse sentido, visando o interesse social de produção da tecnologia mais desenvolvida, enseja a licença compulsória da primeira patente, caso seu titular se recuse a licenciá-la ou aceite de maneira excessivamente onerosa.
“Art. 70. A licença compulsória será ainda concedida quando, cumulativamente, se verificarem as seguintes hipóteses:
I - ficar caracterizada situação de dependência de uma patente em relação a outra;
II - o objeto da patente dependente constituir substancial progresso técnico em relação à patente anterior; e
III - o titular não realizar acordo com o titular da patente dependente para exploração da patente anterior.”
O Poder Público, consubstanciado em autoridade de caráter federal, pode declarar o licenciamento compulsório baseado em emergência nacional ou no interesse público, legitimando o acesso ao conteúdo de uma patente.
Trata-se de hipótese de prevalência da utilidade pública sobre o interesse privado, geralmente se configurando no contexto de licença compulsória de patentes médicas em decorrência de perigos sociais causados por epidemias.
“Art. 71. Nos casos de emergência nacional ou interesse público, declarados em ato do Poder Executivo Federal, desde que o titular da patente ou seu licenciado não atenda a essa necessidade, poderá ser concedida, de ofício, licença compulsória, temporária e não exclusiva, para a exploração da patente, sem prejuízo dos direitos do respectivo titular.”
17)	 O que se entende por oferta de licença de patente? Que vantagem usufruirá o titular da patente em oferta?
A oferta de licença é um mecanismo de promoção ao comércio introduzido na LPI, conforme disciplinado nos seus Arts. 64 a 67 da LPI e disposto na IN 17/13. O titular de uma patente poderá solicitar ao INPI que a coloque em oferta para fins de exploração. O titular deverá apresentar uma petição solicitando que o INPI coloque a sua patente em oferta, de modo que ela possa ser explorada por terceiros (Art. 64 da LPI). O titular deverá indicar na petição (pode ser uma minuta de um contrato) todas as condições contratuais inerentes à oferta. O INPI publicará a oferta, após verificação da situação da patente e das cláusulas e condições impostas, providenciando a redução das anuidades vincendas para metade do seu valor vigente (Art. 66 da LPI). A publicação será promovida pelo menos uma vez por semestre. Não estando a patente em condições de oferta, como por ex., sob licença voluntária exclusiva, sob argüição de validade ou gravada 33 com ônus, o INPI notificará o titular a respeito. 
A patente somente poderá ser ofertada se estiver em dia com as anuidades. Da publicação da oferta constará, pelo menos, o número da patente, titular, prazo de sua vigência, título, objeto e prazo da licença. O titular deverá renovar anualmente a solicitação de oferta, ratificando seus termos. Na falta de qualquer manifestação quanto à renovação da oferta, pelo prazo de 2 (dois) anos consecutivos, contados da notificação da RPI, presumir-se-á a desistência do titular na oferta, extinguindo-se o benefício da redução de anuidade e da possibilidade de sua renovação.
18)	 Como a lei regula a situação específica de licenciamento compulsório quando ocorrer dependência entre patentes?
Dependência entre patentes – Licença compulsória cruzada (Art. 70): hipóteses em que uma patente, que represente claro avanço tecnológico, dependa da utilização do objeto de outra patente.
A licença de dependência, também conhecida como licença cruzada, encontra-se prevista no art. 70 da Lei nº 9.279/96. “É causa de licença compulsória de uma patente a existência de outra dependente, cujo objeto constitua substancial progresso técnico em relação à patente anterior, desde que, além da efetiva caracterização de dependência, se impossibilite acordo entre os respectivos titulares”
Em outras palavras, a patente depende obrigatoriamente da utilização de uma anterior para a sua exploração. “Esta licença também é cabível para o caso de emergência nacional e interesse público.” afirma que “quando não se chega a um acordo por infrutífera a licença voluntária, cabe a concessão de licença compulsória, tanto em relação à patente principal e o titular da patente dependente, quanto em relação ao titular daquela em relação a esta (licença cruzada), em observância ao princípio da reciprocidade de direitos.” Nesta licença, é requisito essencial que o titular da primeira patente se recuse a firmar licença voluntária nas condições propostas pelo titular da patente ou do pedido dependente.
19)	 Discorra resumidamente sobre a patente de interesse da defesa nacional.
- Conforme o Art 75 da Lei Lei nº 9.279/ 96 “O pedido de patente originário do Brasil cujo objeto interesse à defesa nacional será processado em caráter sigiloso e não estará sujeito às publicações previstas nesta Lei”. 
Como uma exceção ao princípio da publicação obrigatória, o art. 75 da Lei 9.279/96 prevê que o pedido de patente cujo objeto interesse à defesa nacional será processado em caráter sigiloso. Com isso, torna também vedada a divulgação ou o depósito no exterior de pedido de patente cujo objeto tenha sido considerado de interesse da defesa nacional, condicionando ainda a exploração e a cessão do pedido ou da patente à prévia autorização do òrgão competente. Como contrapartida às restrições, a lei prevê indenização ao titular do invento.
20)	 Quais são as hipóteses de extinção da patente?
O artigo 78 da LPI elenca as causas extintivas da patente. Os efeitos são ex nunc, de modo que a patente terá surtido efeito desde a data do depósito até a extinção.
I- Expiração do prazo de vigência:
Causa Natural – Mera expiração do seu prazo de vigência, que produz efeitos imediatamente em razão de ocorrer automaticamente, sem que seja necessário informar o INPI.
II – Renúncia de seu titular, ressalvado o direito de terceiros:
Ocorre quando o titular opta por renunciar à patente. Tal ato pode ser realizado em qualquer tempo, com a condição de que não gere prejuízo ao direito de outras pessoas, pois, caso o isso ocorra, o terceiro prejudicado tem o direito de solicitar o indeferimento da renúncia ao INPI
III- Caducidade: 
Falta de uso. Regulada nos artigos 80 a 83 da LPI
IV- Pela falta de pagamento da retribuição anual (parágrafo 2º do art. 84 e no art 87):
Devida pelo depositante do pedido e pelo titular da patente anualmente. Exceção: art 87 da mesma lei, onde permite que a patente seja restaurada se o titular ou depositante requerer a restauração da patente e pagar uma retribuição específica no prazo de 3 meses contados da data da publicação da extinção ou de arquivamento do pedido.
V- Inobservância do art 217:
Obrigatoriedade de procurador no país: Ocorre quando o titular ou depositante da patente é domiciliado em outro país e não constitui um procurador domiciliado no Brasil com poderes de representação administrativa, judicial e para receber citações.
21)	 Discorra resumidamente sobre os processos administrativo e judicial visando a nulidade da patente.
22)	 O que é desenho industrial, quais as suas espécies e quais são os requisitos para seu registro? 
O desenho industrial – O art. 95 da LPI define o que é desenho industrial: “Considera-se desenho industrial a forma plástica ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e que possa servir de tipo de fabricação industrial.”
 O desenho industrial é a mudança, a modificação, a transformação na forma dos objetos. Segundo Fábio Ulhoa Coelho3, a característica primordial do desenho industrial é a futilidade: “Quer dizer, a alteração que o desenho industrial introduz nos objetos não amplia a sua utilidade, apenas o reveste de um aspecto diferente.”
Espécies
a)Bidimensionais
O desenhoindustrial bidimensional é o elemento formado por duas dimensões (altura e largura) e plano em sua essência, como estampas, padrões de superfície e representações gráficas em geral. Trata-se de conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto.
b) Tridimensionais
O desenho industrial tridimensional é a forma plástica ornamental que possui três dimensões: altura, largura e profundidade, como, por exemplo: móveis, calçados, joias, veículos e embalagens.
Registro de Desenho Industrial – Requisitos para o registro do desenho industrial:
 a) novidade – “O desenho industrial é novo quando não compreendido no estado da técnica.”16 Estado da técnica é definido como “tudo que foi divulgado, por qualquer meio, até a data do depósito do pedido de registro. Integra, também, o estado da técnica o desenho depositado no INPI, embora ainda não publicado.”
 b) originalidade – “É a apresentação de uma configuração visual distintiva, em relação aos objetos anteriores (LPI, art. 97).”
 c) desimpedimento: Para ser registrado no INPI, o desenho industrial tem que estar desimpedido legalmente. “
A lei estabelece três impedimentos à concessão do registro de desenho industrial. Não pode ser registrado o desenho que:
 a) tem natureza puramente artística;
 b) ofende a moral e os bons costumes, a honra ou imagem de pessoas, ou atente contra a liberdade de consciência, crença, culto religioso, ou contra idéias ou sentimentos dignos de respeito e veneração;
c) apresenta forma necessária, comum, vulgar ou determinada essencialmente por considerações técnicas e funcionais (LPI, arts. 98 e 100).”
23)	 Qual o prazo de proteção conferido pelo registro de desenho industrial? Comparando com o prazo de proteção da marca, é preferível o registro do modelo industrial como marca ou como desenho industrial?
O prazo de vigência é de dez anos contados da data de depósito, prorrogáveis por mais três períodos sucessivos de cinco anos. Vale ressaltar que durante o 5º ano de vigência é necessário o recolhimento da taxa qüinqüenal de manutenção, ou seja, o 2º Quinquênio, conforme artigos 119 e 120 da Lei da Propriedade Industrial(LPI) – Lei 9.279, de 1996). O registro do modelo industrial é preferível que seja registrado e gozar dos direitos do desenho industrial, pois diferente do registro da marca, o registro do desenho industrial é prorrogável por mais 3 (três) períodos sucessivos de 5 (cinco) anos, até atingir o prazo máximo de 25 (vinte e cinco) anos contados da data do depósito (Art. 108 da LPI), já na marca o registro é prorrogável por períodos iguais e sucessivos, devendo o interessado realizar a prorrogação sempre no último ano de vigência do registro. Se o prazo de prorrogação for perdido, admite-se que seja apresentado nos 6 (seis) meses seguintes ao termo final do prazo de vigência, mediante o pagamento de uma retribuição adicional.
24)	 O que se entende por marca? Quais são os pressupostos de registrabilidade da marca? Qualquer particular pode pedir o registro de uma marca? O que se entende por princípio da especialidade e qual o prazo de vigência do registro?
Marca é um sinal distintivo cujas funções principais são identificar a origem e distinguir produtos ou serviços de outros idênticos, semelhantes ou afins de origem diversa. De acordo com a legislação brasileira, são passíveis de registro como marca todos os sinais distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais, conforme disposto no art. 122 da Lei nº 9279/96 (Lei da Propriedade Industrial). Sim, a legislação atual prevê que quem pode registrar marca no Brasil são as pessoas físicas e jurídicas, nacionais ou estrangeiras, residentes ou não no país.
A lei exige que o titular exerça licitamente a atividade para a qual quer registrar a marca, isto é, tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem registrar marcas junto ao INPI, desde que tenham relação com o mesmo. O INPI vai nos apontar que a proteção assegurada à marca incide sobre produtos ou serviços equivalentes à atividade do requerente, tendo em vista a distingui-los de outros idênticos ou similares, de origem diversa.
Exemplo: Marca de alto renome
O princípio da especialidade das marcas possibilita a coexistência de diferentes titulares que utilizam-se de marcas similares, contudo, para designar produtos diversos, sem aparente conflito e de modo pacífico e harmônico no mercado. No Brasil o registro de marca é concedido por períodos de dez anos e pode ser renovado a cada 10 anos sem limite máximo de renovações. Mas o titular da marca tem que solicitar a renovação do seu registro durante o nono ano de vigência do registro, caso contrário ele pode perder a marca.
25)	 O pedido de registro de marca também comporta reivindicação de prioridade? Como isso funciona? Dentro de que prazo?
De acordo com o art. 16 da Lei 9.279/1996 “ao pedido de patente depositado em país que mantenha acordo com o Brasil, ou em organização internacional, que produza efeito de depósito nacional, será assegurado direito de prioridade, nos prazos estabelecidos no acordo, não sendo o depósito invalidado nem prejudicado por fatos ocorridos nesses prazos”, é condizente com os preceitos da Convenção da União de Paris, que em seu art. 4º determina que o primeiro pedido de patente depositado em um dos países da União e que sirva de base para depósitos de pedidos de patente futuros confere ao depositante um direito de prioridade, desde que esses depósitos de pedidos de patente futuros sejam feitos nos outros países dentro de 12 meses.
O direito de prioridade garante que o pedido depositado posteriormente em outro país não será invalidado por fatos ocorridos entre a data do primeiro depósito do pedido de patente (no país original) e as datas dos depósitos de pedidos posteriores (em outros países), mas desde que esses depósitos de pedidos posteriores.
26)	 Sinal de caráter comum ou simplesmente descritivo do produto a distinguir pode ser registrado como sua marca? Por que? Tome como exemplo a palavra MINERAL como marca de água extraída de fonte mineral e a palavra BRANCO como marca de leite de vaca comercializada no mercado.
Não, pois a apropriação exclusiva de signo de uso comum, genérico, necessário, vulgar ou descritivo geraria monopólio injusto, uma vez que impediria que os demais concorrentes fizessem uso de termos ou elementos figurativos necessários para sua atuação no mercado.
Tem de respeitar o conjunto marcário que é formado pela combinação de elementos nominativos, figurativos ou tridimensionais, sujeitos a diversos níveis de integração, destinando-se a identificar produtos ou serviços, com variável grau de eficácia distintiva e capaz de gerar uma impressão imediata junto ao público.
27)	 Uma letra ou um número isolado podem ser registrados como marca? Por que?
O Art. 124. Da LPI diz o que não é registrado como marca e entre eles cita que letra e algarismo isolados não são registráveis. Salvo quando revestidos de suficiente forma distintiva, ou seja se você quer como marca apenas a letra “B”, ela deve ser registrada com um logotipo distintivo e você não poderá impedir que outra empresa concorrente entre no mercado com outra letra “B”. Outra forma poderia ser registrar uma combinação de letras e/ou números, pois o inciso fala em isoladamente.
28)	 A forma ou a embalagem de um produto, que seja peculiar e tenha força distintiva, pode ser registrada como marca? De que tipo? Se essa forma ou embalagem puder ser registrada como desenho industrial ou como marca, qual dos registros seria mais interessante? Por que?
A forma do produto ou da respectiva embalagem pode ser registrada como marca tridimensional, desde que sejam adequados a distinguir os produtos ou serviços de uma empresa dos de outras empresas.
Seria melhor ser refistrada como marca, pelas seguintes razões: 
1)	confere ao titular da marca o direito exclusivo de impedir que terceiros comercializem produtos idênticos ou semelhantes com uma marca igual ou semelhante, que possa causar confusão entre os consumidores; 
2)	podem serum fator importante para tornar o consumidor fiel aos produtos ou serviços relacionados à marca registrada; 
3)	uma marca registra pode ser um ativo de valor para a empresa 
4)	uma marca registrada pode ser licenciada, constituindo numa fonte de renda (royalties); 
5)	podem ser úteis para obtenção de financiamento junto às instituições de crédito
29)	 Distinga a marca coletiva da marca de certificação, mencionando sua função, regras relativas à sua titularidade, procedimento de registro e seu uso.
Marca coletiva é aquela destinada a identificar e distinguir produtos ou serviços provenientes de membros de uma pessoa jurídica representativa de coletividade (associação, cooperativa, sindicato, consórcio, federação, confederação, entre outros), de produtos ou serviços iguais, semelhantes ou afins, de procedência diversa (art. 123, inciso III, da LPI. O objetivo da marca coletiva é indicar ao consumidor que aquele produto ou serviço provém de membros de uma determinada entidade. Podem utilizar a marca coletiva os membros da entidade detentora do registro, sem necessidade de licença de uso, desde que estejam previstos no regulamento de utilização da marca. Por sua vez, o titular da marca pode estabelecer condições e proibições de uso para seus associados por meio de um regulamento de utilização.
Marca de certificação é aquela usada para atestar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas, padrões ou especificações técnicas, notadamente quanto à qualidade, natureza, material utilizado e metodologia empregada (art. 123, inciso II, da LPI). O objetivo principal da marca de certificação é informar ao público que o produto ou serviço distinguido pela marca está de acordo com normas ou padrões técnicos específicos. Nos moldes da LPI, a marca de certificação deve ser utilizada somente por terceiros que o titular autorize como forma de atestar a conformidade do produto ou serviço aos requisitos técnicos; ou seja, destina-se apenas à certificação de terceira parte. Estando cumpridos os requisitos, o interessado está apto a incorporar em seu produto/serviço a marca de certificação do titular do registro no INPI.
30)	 Distinga a marca de alto renome da marca notoriamente conhecida.
A marca de alto renome terá proteção legal especial em todos os ramos da atividade, ou seja, bloqueia qualquer possibilidade de registro de marca idêntica ou semelhante em qualquer ramo de atividade na qual queira pleitear o seu uso. Já a marca notoriamente conhecida, goza de proteção especial apenas no ramo de atividade em que estiver vinculada.
31)	 A marca pode reproduzir elemento característico de nome empresarial? Por que? Como devem ser solucionados os conflitos entre nome empresarial e marca?
É fundamental não confundir nome empresarial (ou nome comercial) com marca, pois são diferentes: o nome empresarial é a identificação da empresa (empresário individual ou sociedade empresária) e a marca é a identificação de um produto (bens ou serviços). O nome empresarial protege-se pela inscrição do empresário ou registro de sociedade empresária na Junta Comercial (o Registro Mercantil ou Registro Empresarial); a marca protege-se pelo registro no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).
Diferentemente do nome empresarial, que identifica o empresário em si, a marca identifica tão somente o objeto da empresa, seja um produto ou um serviço. Outro ponto diferencial é o local onde é feito o registro, e seu âmbito. A marca, por ser registrada no INPI, autarquia federal, vinculada ao Ministério da Indústria e do Comércio, tem proteção nacional[xxii], enquanto que o nome empresarial, devidamente registrado na Junta Comercial, como vimos, tem proteção no âmbito da unidade federativa onde se encontra o registro do ato constitutivo.
Outra dissemelhança remete ao âmbito material da tutela. Enquanto o nome empresarial é protegido independentemente do ramo da empresa, a marca somente confere proteção e exclusividade no seu uso no âmbito da classe (ramo de atividade) em que é registrada junto ao INPI (salvo no caso de marca de alto renome, quando será desconsiderada a classe onde a marca é registrada, abrangendo todos os ramos de atividade comercial).
Como última diferença entre os sinais distintivos da marca e do nome empresarial, observa-se o prazo de validade do registro de ambos. O nome, enquanto não dissolvida a sociedade ou extinta a pessoa jurídica, segue protegido por prazo indeterminado. Por outro lado, a marca depende de manifestação do empresário no prazo contínuo de 10 anos. A cada década, o proprietário da marca deve solicitar a prorrogação do registro por novo período, sob pena de perder o registro e a exclusividade.
32)	 Quais são as hipóteses de extinção do registro da marca?
O direito sobre marcas se extingue pelas seguintes hipóteses: expiração do prazo, pela renúncia (total ou parcial), pela caducidade (se o titular não tiver iniciado a exploração da marca em 5 anos a partir da concessão, houver interrupção da sua exploração por mais de 5 anos consecutivos ou ocorrer alteração do caráter distintivo) e no caso de requerente ou titular domiciliado no exterior, pela falta de indicação de procurador residente e domiciliado no país.
33)	 Discorra objetivamente sobre a ação judicial de nulidade do registro de marca (legitimação ativa/passiva, foro, prazo para contestação e de prescrição da ação).
A nulidade do Registro , poderá ser realizado de forma Administrativa no INPI, previsto no artigo 169. O processo de nulidade poderá ser instaurado de ofício ou mediante requerimento de qualquer pessoa com legítimo interesse, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da data da expedição do certificado de registro
O titular tem prazo de 60 dias para se manifestar, caso decorra o prazo, sem a devida apresentação da manifestação, o processo será decidido pelo Presidente do INPI, o que encerra a instancia administrativa. (Art. 170 e Art. 171).
De acordo, com o ( Art. 173) está ação pode ser proposta ( legitimidade), pelo próprio Instituto ou pela parte com legitimo interesse ( autor) e como polo passível a empresa que utilizou a marca e o próprio Instituto que registrou a marca inadequadamente.
A prescrição da ação de nulidade do registro, tem 5 anos, a partir da data da sua concessão e deverá ser ajuizada no foro da Justiça Federal e o INPI , não sendo o autor da ação, deverá participar do feito ( Art. 174 e Art. 175)
A parte contrária, (réu) na ação tem o prazo de 60 dias para apresentar a constatação ( Art.175 § 2°).
34)	 Distinga denominação de origem da indicação de procedência.
A “indicação geográfica” é gênero que compreende duas espécies, a saber: a indicação de procedência e a denominação de origem. Ambas, porém, guardam estreita relação com algum ponto geográfico de referência, que poderá ser um país, uma cidade, uma região ou uma localidade de seu território. As indicações geográficas assumem também um papel protetivo e diferenciador de produtos e serviços advindos de uma determinada região geográfica.
A indicação de procedência estabelece uma relação de pertinência entre um espaço geográfico específico que ganhou fama como centro de extração, produção ou fabricação de um determinado produto ou prestação de serviço e esse mesmo produto ou serviço.
Já a denominação de origem estabelece uma relação de pertinência entre um espaço geográfico específico e um produto ou serviço cujas qualidades ou características são atribuídas exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluindo fatores naturais e humanos.
De modo que a denominação de origem possui vínculos muito mais estreitos com o meio geográfico que a indicação de procedência, uma vez que esta existe apenas em função da fama conquistada por um centro extrator, produtor ou fabricante de um determinado produto ou centro prestador de serviços, sem guardar uma dependência necessária entre o meio geográfico e o produto ou serviço.
 
Exemplos de indicações geográficas: as palavras “champagne” e “cognac”, como denominações de origem de determinadostipos de bebida alcoólica produzidas em regiões determinadas na França; a expressão “Vale dos Vinhedos” como indicação de procedência de vinhos produzidos em área delimitada no Rio Grande do Sul; a expressão “Pampa Gaúcho” como indicação de procedência de carne de determinada região também no Rio Grande do Sul; a palavra “Paraty” como indicação de procedência de cachaça produzida na região de Paraty (requerente: Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça Artesanal de Paraty); a expressão “Vale dos Sinos” como indicação de procedência de calçados e acessórios de determinada região do Rio Grande do Sul (requerente: Associação das Indústrias de Cortumes do Rio Grande do Sul).
35)	 Se uma determinada associação de produtores quiser registrar uma indicação geográfica na categoria de “denominação de origem”, o que ela deverá comprovar perante o INPI?
Deverá comprovar perante o INPI segundo o registro de indicação geografica no Art. 7º e alinea E e F
E)Em pedido de Denominação de Origem, descrição das qualidades ou características do produto ou serviço que se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluindo os fatores naturais e humanos, e seu processo de obtenção ou prestação e 
F)Descrição do mecanismo de controle sobre os produtores ou prestadores de serviços que tenham o direito ao uso exclusivo da Indicação Geográfica, bem como sobre o produto ou serviço distinguido pela Indicação Geográfica;
36)	 Resuma os textos: “selos verdes”, “cheiro de loja”, “meu nome está à venda”, “mitos sobre patentes na área farmacêutica” e outros disponibilizados no SOL.
Resumo do texto de empresarial: “Selos Verdes”
A matéria jornalística trata de empreendimentos imobiliários de baixo e médio padrão que passaram a adotar a sustentabilidade por meio de medidas de eficiência energética e hídrica nas instalações dos condomínios; tais medidas além de economizar recursos naturais propiciam economia nas contas de eletricidade de 17 a 25% e de água de 25 a 35%.
Esclarece que dependendo das medidas adotadas de sustentabilidade há um gasto adicional no custo de construção do empreendimento de 1 a 8%, contudo os gastos são compensados em forma de economia das contas de luz e água em cerca de 6 anos.
Destaca ainda que a obtenção de selos de sustentabilidade agregam valor de venda aos imóveis e ser esta uma tendência que está sendo adotada no Brasil.
37)	Estudar os casos envolvendo conflito entre marca e marca e entre marca e nome empresarial.
Marca e nome empresarial são duas espécies de sinais distintivos, ampla elargamente utilizados pelos empresários, e que embora exerçam funções distintas entre si, há o risco de haver uma colidência entre eles.Apesar de marca e nome empresarial serem utilizados pelo empresário com finalidades distintas, com formas diferentes de proteção ao seu uso, existe a possibilidade de colidência entre tais signos distintivos da atividade empresária em determinados casos. Para aferição de eventual colidência e solução da controvérsia, deve se levar em conta os princípios da territorialidade e da especialidade, bem como o critério da anterioridade, segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.
O conflito aparente se instaura na medida em que há a possibilidade de elementos do Nome Empresarial e da Marca causarem confusão ao consumidor e por consequência natural da confusão ocorra à captação ilícita de clientela entre os empresários envolvidos no conflito.
A exclusividade do uso de determinado nome empresarial ou de marca não se justifica somente pela efetiva proteção do consumidor, mas sim pela proteção do crédito que determinado empresário possui na praça, ou ao abalo no prestigio que o mesmo possui perante seus fornecedores, ou seja, possui dupla proteção uma de viés econômico e outra de proteção aos direitos do consumidor.

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