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63 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS Unidade III 7 REGRAS DO FUTEBOL As pesquisas sobre a evolução do futebol mostram que no início era praticado um jogo com diferentes regras e o seu desenvolvimento está relacionado à uniformização delas. Sabendo‑se da importância do conhecimento das regras para todos os envolvidos em sua prática (jogadores, professores, treinadores, espectadores) e com a finalidade de tornar o jogo mais fácil de ser compreendido, foi elaborado o conteúdo a seguir buscando auxiliar em sua aprendizagem. Saiba mais Acesse os sites da Fifa e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para mais informações: <http://www.cbf.com.br/>. <https://www.fifa.com/>. As modificações nas regras do futebol somente serão permitidas com a aprovação da entidade International Football Association Board (Ifab), que surgiu por iniciativa da Federação Inglesa (FA) após reunião com as federações de futebol de Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte em junho de 1886. A Ifab foi criada com o objetivo de elaborar um conjunto uniforme de regras e continua a preservar, controlar, estudar e aperfeiçoar as regras do futebol. As regras do jogo poderão ser adaptadas e modificadas, desde que sejam respeitados os princípios fundamentais, para partidas disputadas por jogadores com menos de 16 anos, equipes femininas, veteranos (com mais de 35 anos) e jogadores com deficiência física (CBF, 2008, p. 3). Primeiramente devemos identificar o espaço de jogo, com seus nomes, tipo de piso e dimensões, posteriormente iniciaremos um trabalho consciente voltado para o ensinamento de futebol aos nossos futuros alunos. 64 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III 7.1 O campo O campo de jogo deve ser retangular, com a superfície totalmente natural, ou se o regulamento da competição permitir, poderá ser integralmente artificial (na cor verde), ou natural e artificial – sistema híbrido (não podendo haver uma zona com grama natural e outra com grama artificial). As demarcações precisam ser feitas com linhas de 12 cm, sendo que as linhas laterais terão comprimento mínimo de 90 m e máximo de 120 m; e as linhas de meta um mínimo de 45 m e o máximo de 90 m. Em jogos internacionais, as linhas laterais terão no mínimo 100 m e no máximo 120 m; e as linhas de meta o mínimo de 64 m e o máximo de 75 m. A linha média (linha central) divide o campo em duas metades: o centro é marcado pelo ponto central com um círculo central ao seu redor com um raio de 9,15 m. Linha lateral Poste de bandeira (opcional) Poste de bandeira de tiro de canto Ponto central Sem icírculo Ponto penal 6. Área penal 5. Área de m eta Linha de m eta Área de tiro de canto Marcas opcionais Linha central Círculo central 9,15 m Raio 1 m 16,5 m 5,5 m 11 m5,5 m 16,5 m 9,15 m 9,15 m Mín. 90 m / máx. 120 m M ín. 45 m / m áx. 90 m 7,32 m Figura 40 – Campo de jogo e suas dimensões A área do tiro de canto (escanteio) é demarcada por um quarto de círculo com raio de 1 m e um poste de bandeira de canto (obrigatório) com 1,5 m, no mínimo, do chão. 65 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS A área penal, conhecida como grande área, é traçada com duas linhas perpendiculares à linha de meta, a 16,50 m do interior de cada poste de meta. Essas linhas prolongam‑se para dentro de campo por 16,50 m e são unidas por outra, traçada paralelamente à linha de meta. O ponto penal (pênalti) será marcado a 11 m do meio da linha que une os dois postes da meta dentro de cada área penal. Um arco (semicírculo) é traçado no exterior de cada área penal com 9,15 m de raio, tendo a marca do ponto penal como centro. Dentro da área penal, serão traçadas duas linhas perpendiculares à linha de meta, a 5,50 m do interior de cada poste, e prolongam‑se para dentro do campo por 5,50 m além de serem unidas por uma linha paralela à linha de meta, formando a área de meta, também conhecida como pequena área. As metas (gols) são colocadas no centro de cada linha de meta e formadas por dois postes verticais com distância entre eles de 7,32 m e serão unidos por uma barra horizontal (travessão) cuja medida da sua borda inferior até o solo é de 2,44 m. 7.2 A bola A bola utilizada para a prática do futebol tem de ser esférica e devemos nos atentar à faixa etária dos praticantes, pois existem bolas com tamanhos e pesos variados adequados para a característica física pela qual se encontra o indivíduo em crescimento e, assim, não prejudicar o seu desenvolvimento. Como exemplo, a categoria adulta utiliza bolas com peso mínimo de 410 g e máximo de 450 g e tem circunferência de 70 cm no máximo e 68 cm no mínimo, logo, não devem ser utilizadas para as categorias de base. Durante uma partida de futebol, a bola pode ficar defeituosa, e se isso ocorrer na execução de um tiro de meta, tiro de canto, tiro livre, tiro de saída, tiro penal ou arremesso lateral (situações em que a bola está fora de jogo), ela será trocada e o jogo reiniciado conforme a correspondente regra. Caso a bola fique defeituosa depois da execução do tiro livre e do tiro penal e antes de tocar em qualquer jogador, no travessão ou nos postes da meta, a ação será repetida. E se acontecer com bola em jogo, deverá haver interrupção e reinício com a situação de bola ao chão no local em que ocorreu o defeito. Ao redor do campo, são colocadas bolas adicionais para serem utilizadas no decorrer do jogo. O procedimento para a situação de bola ao chão acontece no local onde ela se encontrava no momento em que o árbitro interrompeu a partida, exceto se ocorrer dentro da área de meta (pequena área), que será realizado sobre a linha da área de meta paralela à linha de meta, no ponto mais próximo do local onde a bola se encontrava quando o jogo foi interrompido. O árbitro deixará a bola cair no local e estará em jogo quando tocar no chão. A situação de bola ao chão pode ser disputada por qualquer número de jogadores, inclusive os goleiros, e será repetida caso ocorram as situações a seguir: 66 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III • se um jogador tocar na bola antes de tocar no chão; • se a bola sair do campo de jogo depois de tocar no chão, mas nenhum jogador tocá‑la. • se, na disputa de bola ao chão, um jogador chutá‑la e ela entrar diretamente na meta, o gol não será valido. O árbitro assinalará: • um tiro de meta, se a bola entrar na meta adversária; • um tiro de canto, se a bola entrar na própria meta. Observação O gol, nessa situação, somente será assinalado se tocar em pelo menos dois jogadores. 7.3 Os jogadores Uma partida de futebol terá, no máximo, 11 jogadores em cada equipe, sendo que um será obrigatoriamente o goleiro. Para a CBF (2008), o número mínimo para iniciar‑se um jogo ou continuar uma partida será de sete jogadores, e se uma equipe ficar com um número inferior, porque um ou mais jogadores abandonou o campo, o árbitro aguardará a bola sair do jogo e não poderá continuar a partida sem o número mínimo de jogadores. Ao participar de uma competição de futebol, principalmente nas categorias de base ou recreativas, devemos ler o regulamento para identificar o que foi alterado das regras oficiais e, assim, orientarmos os jogadores, a comissão técnica, enfim, aqueles que estiverem no evento. Como exemplo citamos a importância de relacionar todos os nomes dos jogadorese substitutos antes do início da partida, para que, mesmo chegando atrasados no jogo, possam completar a equipe e participar. Outro padrão é o número de substituições que podem acontecer e o número de substitutos que participam no decorrer da partida. Em competição oficial organizada pela Fifa, devem ser feitas no máximo três substituições, e o número de substitutos será no mínimo 3 e no máximo 12. Os procedimentos para a substituição dos jogadores obedecem algumas condições: • é necessário informar o árbitro antes de qualquer substituição; • o árbitro autoriza o jogador a sair do campo, exceto se já houver saído; 67 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS • o jogador que sair da partida poderá utilizar qualquer lugar mais próximo do qual se encontra para deixar o campo e não deverá retornar e participar do jogo novamente, exceto nos casos que o regulamento permita, como nas categorias de base (que utiliza substituições ilimitadas). O jogador que entrar: • deve aguardar uma paralisação da partida após o indivíduo que for substituído deixar o campo de jogo; • recebe autorização do árbitro; • entra utilizando a linha central (média) do campo. Qualquer jogador pode trocar de posição com o goleiro, desde que o árbitro seja informado e a mudança aconteça durante uma paralisação do jogo. Caso não seja respeitado esse procedimento, os jogadores envolvidos serão advertidos com cartão amarelo; cada equipe terá um capitão. Este jogador não tem qualquer privilégio, mas possuirá um certo grau de responsabilidade pela conduta de sua equipe. Para se jogar o futebol, devem‑se utilizar os seguintes equipamentos obrigatórios: • calçado, embora a regra não especifique o tipo que deva ser utilizado, porém, como a superfície do jogo é grama, o ideal é usar um par de chuteiras, uma vez que são desenvolvidas com material apropriado e, principalmente, por conter travas na sola para auxiliar a pisada dos jogadores nesse tipo de terreno; • meias, normalmente compridas, para cobrir as caneleiras; • caneleiras que são feitas com material apropriado para garantir uma proteção razoável; • calções e, para o goleiro, calças compridas; • camiseta com mangas. Observação Se no decorrer da partida um jogador perder acidentalmente a caneleira ou o calçado, assim que possível, deverá recompor o equipamento, e no mais tardar, na primeira paralisação do jogo; se, antes de o fazer, jogar a bola e/ou marcar um gol, esse será válido. Visando à segurança dos jogadores, não é permitido usar qualquer tipo de joia (anéis, colares, pulseiras, brincos etc.), devendo ser retiradas antes do início da partida. O árbitro e os outros oficiais da arbitragem inspecionam os atletas para evitar que estejam utilizando algum artigo que seja perigoso. 68 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III As equipes devem utilizar uniformes com cores que as diferenciem entre si e também dos oficiais de arbitragem. O goleiro precisa usar cores diferentes dos outros jogadores e dos oficiais de arbitragem. Alguns equipamentos para proteção, não perigosos, como bonés de goleiros, protetores de cabeça, máscaras faciais, óculos desportivos e cotoveleiras de materiais maleáveis, são autorizados. Saiba mais Os detalhes sobre especificações da utilização desses materiais podem ser encontrados nas regras do jogo em: THE INTERNATIONAL FOOTBALL ASSOCIATION BOARD (Ifab). Laws of the game 2016/17. Zurich: Ifab, 2016. Disponível em: <http://www.fifa.com/ mm/Document/FootballDevelopment/Refereeing/02/79/92/44/Laws.of.the. Game.2016.2017_Neutral.pdf>. Acesso em: 22 mar. 2017. 7.4 Os árbitros As regras do futebol devem ser respeitadas e aplicadas, mas, para que isso aconteça, existe a figura do árbitro, que possui total autoridade e deve tomar medidas adequadas para se cumprir as regras. Terá a colaboração dos demais oficiais da equipe de arbitragem, atuando como cronometrista (controlando a duração da partida), supervisionará e/ou indicará o reinício do jogo, anotando os incidentes ocorridos antes, durante e depois do jogo e enviando‑os através de relatório às autoridades competentes. As decisões tomadas não podem ser alteradas caso a partida já tenha sido reiniciada, ou se já houver saído do campo de jogo, após o encerramento do primeiro tempo, da partida, ou da prorrogação. Enfim, atua visando às medidas disciplinares e com informações dos outros oficiais de arbitragem sobre incidentes que estejam fora do seu campo visual. O árbitro possui alguns equipamentos obrigatórios: apito, relógio, cartões amarelo e vermelho, além de um bloco de notas para registrar as ocorrências do jogo. Em competições oficiais, estão autorizados spray e equipamentos para comunicação entre os oficiais de arbitragem, como fones auriculares, bandeiras eletrônicas etc. Mesmo utilizando o apito, o árbitro deverá sinalizar tudo o que foi ou estiver sendo marcado: 69 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS Tiro livre indireto Pênalti Tiro livre direto Cartão vermelho ou amarelo Vantagem (1) Tiro de canto Vantagem (2) Tiro de meta Figura 41 – Gestos realizados pelo árbitro para indicação das ações a serem realizadas na partida Como mencionado, o árbitro é auxiliado por outros oficiais de arbitragem, que ajudam a inspecionar o campo de jogo, as bolas, o equipamento dos jogadores, além de fazerem registro do tempo de jogo, gols, condutas incorretas etc., que são árbitros assistentes, conhecidos como bandeirinhas; auxiliam o árbitro indicando quando: • um jogador estiver em posição de impedimento; • a bola sair completamente do campo e se o reinício acontecer por meio de tiro de meta ou de canto e qual equipe deve executar o arremesso lateral; • for solicitada uma substituição e devem supervisionar esse procedimento; • o goleiro se mover para frente antes que a bola seja tocada ou se ultrapassou totalmente a linha de gol nas cobranças de pênalti; • estiverem mais próximo do lance, entrarem no campo para controlar a distância dos 9,15 m. O quarto árbitro tem a função de: • informar sobre qualquer conduta incorreta dos integrantes das áreas técnicas; 70 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III • indicar o tempo de jogo adicional mínimo que o árbitro comunica que concederá no fim de cada período de jogo; • supervisionar o procedimento de substituição e o equipamento do jogador; • verificar o retorno do jogador ao campo depois do sinal de autorização do árbitro. Árbitros assistentes adicionais se posicionam ao lado da meta (gol) e atrás da linha de meta (fundo) para indicar: • quando a bola ultrapassar completamente a linha de meta, saindo do campo de jogo, informando se o reinício será através do tiro de meta ou de canto; • se um gol for marcado; • quando, nas cobranças de pênaltis (tiro penal), o goleiro se mover para frente antes que a bola seja tocada. Árbitro assistente reserva deve substituir um árbitro assistente (bandeirinha) ou o quarto árbitro que não possa continuar a desempenhar suas funções. Substituição Falta cometida por defensor Tiro de canto Tiro de meta Impedimento Impedimento próximo ao árbitro assistente Impedimento na zona central do campo Impedimento do lado oposto ao árbitro assistente Falta cometida por atacante Arremeso lateral para o ataque Arremeso lateral para a defesa Figura 42 – Sinais do árbitroassistente 71 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS 7.5 Tempo de jogo Uma partida de futebol terá duração de 90 minutos, divididos em dois períodos iguais de 45 minutos cada, mais a recuperação do tempo perdido, em cada um deles, em razão de substituições, atos indisciplinares, perdas de tempo (como atraso na comemoração de gols ou a cera praticada pelo jogador na cobrança do tiro de meta), avaliação de lesões ou transporte dos jogadores lesionados para fora do campo de jogo, enfim, qualquer atraso significativo para o reinício de jogo será acrescido como tempo adicional, decidido pelo árbitro e indicado pelo quarto árbitro no fim do último minuto de cada período de jogo. Um intervalo entre os dois períodos, normalmente de 15 minutos no máximo, acontece para o descanso dos jogadores e poderá ser modificado com a permissão do árbitro. Observação A duração de cada período de jogo deve ser prolongada para que um tiro penal (pênalti) seja executado ou repetido. Uma partida de futebol começará com o tiro inicial (saída executada no ponto central) em cada período, inclusive se houver prorrogações (também conhecido por tempo extra), e depois que um gol for marcado. O procedimento para o tiro inicial, utilizando uma moeda, será realizado com um sorteio, e a equipe vencedora escolherá a direção para atacar no primeiro período, ficando com a posse de bola a outra equipe que perdeu o sorteio e fará o tiro inicial (saída). Para iniciar o segundo período, as equipes trocam de lado (campo) e atacam na direção contrária ao do primeiro período, sendo que a equipe que venceu o sorteio (escolheu o lado de atacar no início do jogo) realiza o tiro de saída para começar o segundo período. Sempre após a marcação de um gol, o tiro de saída acontece a favor da equipe que o sofreu. No tiro de saída, a bola será colocada no chão sobre o ponto central; todos os jogadores devem permanecer na sua própria metade do campo (lado de defesa); e os adversários da equipe com o direito a executar o tiro de saída necessitam ficar a uma distância de 9,15 m da bola (fora do círculo central), até que ela entre em jogo. 72 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III 9 8 10 11 7 6 2 5 3 4 6 7 8 9 5 4 3 6 11 10 G G Figura 43 – Tiro de saída O árbitro autoriza o tiro de saída dando o sinal, e a bola entra em jogo logo após ser tocada e se mover. Será válido o gol marcado diretamente de um tiro de saída contra a equipe adversária. Observação Será marcado a favor da equipe adversária um tiro livre indireto se o jogador que executar o tiro de saída tocar a bola consecutivamente. Se utilizar as mãos, será marcado um tiro livre direto. No futebol é comum ouvirmos as expressões bola fora de jogo e bola em jogo. Estará fora de jogo, quando o árbitro interromper a partida e ultrapassar completamente as linhas de meta ou as linhas laterais, pelo chão ou pelo alto, para fora do campo de jogo. Estará em jogo se permanecer no campo em todas outras situações, mesmo se tocar em um oficial da equipe de arbitragem (posicionado dentro do campo) e nos postes e travessões da meta, além dos mastros de tiro de canto. 7.6 Determinação do resultado Uma equipe será considerada vencedora quando marcar o maior número de gols; caso ambas marquem o mesmo número de gols ou não marquem nenhum, o jogo terminará empatado. Será considerado gol, quando a bola ultrapassar completamente a linha de meta, entre os postes e por baixo do travessão, desde que nenhuma infração tenha sido cometida pela equipe que o marque. 73 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS Figura 44 – É necessário que a bola passe completamente pela linha da meta Dependendo do regulamento da competição na qual a partida está vinculada, e for exigido um vencedor após um jogo, ou uma série de jogos, serão permitidos os seguintes critérios de desempates: • regra de gols marcados fora de casa (quando não é o mandante do jogo); • prorrogação; • tiros livres desde a marca penal. 7.7 Impedimento O impedimento é uma regra do futebol que causa muita polêmica, principalmente quando acaba por interferir no resultado da partida; por exemplo, um gol é anulado devido a essa regra. Com isso, para que o jogador seja considerado em posição de impedimento, é necessário que, no momento do passe: • qualquer parte de sua cabeça, corpo ou pés esteja na metade do campo adversário (excluindo a linha de meio de campo); • qualquer parte de sua cabeça, corpo ou pés esteja mais próxima à linha de meta adversária do que a bola e o penúltimo adversário (CBF, 2008). 74 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III 9 8 7 6 2 5 3 4 7 8 9 11 10 G G Deslocamento da bola Figura 45 – Situação na qual o jogador que recebe o passe está em impedimento 9 8 7 6 2 5 3 4 7 8 9 11 10 G G Deslocamento da bola Figura 46 – Situação na qual o jogador que recebe o passe não está em impedimento E fique atento, pois um jogador que estiver em posição de impedimento não está infringindo as regras. Ele estará cometendo algo no momento em que a bola for jogada ou tocada por um companheiro de equipe e só deverá ser punido se participar ativamente, interferindo no jogo ao jogar ou ao tocar na bola, que foi passada ou tocada por um companheiro, ou interferir em um adversário de uma das seguintes maneiras: • impedindo o adversário de jogar a bola, obstruindo sua linha de visão; • disputando a bola com o adversário; 75 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS • praticando uma ação clara que apresente um impacto efetivo na possibilidade de o adversário jogar a bola. Também é considerado participar ativamente ao ganhar vantagem da posição de impedimento por jogar a bola ou interferir em um adversário, quando a bola tiver sido: • desviada ou rebatida nos postes ou no travessão da meta ou em um adversário; • jogada por um adversário para fazer uma defesa deliberada (impedir que a bola entre na meta). Observação Uma defesa deliberada acontece quando um atleta, intencionalmente, joga a bola que vai em direção ou que está próxima de sua meta, com qualquer parte do corpo, exceto as mãos, a menos que seja o goleiro em sua própria área de pênalti. O impedimento não acontecerá quando o indivíduo receber a bola diretamente em três situações: • tiro de meta; • arremesso lateral; • tiro de canto. Quando for cometido um impedimento, o árbitro irá conceder a favor da equipe adversária um tiro livre indireto, no local onde ocorreu a infração, inclusive se for na própria meta do campo do jogador. 7.8 Faltas e incorreções 7.8.1 Tiro livre direto Para CBF (2008), o tiro livre direto será consentido à equipe adversária a do jogador que praticar ações julgadas pela arbitragem como imprudentes, temerárias ou com uso excessivo da força. São elas: • fazer carga em um adversário; • saltar sobre um adversário; • dar ou tentar dar um pontapé em um adversário; • empurrar um adversário; 76 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III • golpear ou tentar golpear um adversário,inclusive com a cabeça; • dar uma entrada ou disputar a bola com um adversário; • dar ou tentar um calço ou uma rasteira em um adversário; • tocar intencionalmente a bola com as mãos, com exceção do goleiro dentro de sua área penal; • segurar ou agarrar um adversário; • impedir que o adversário se movimente com um contato físico; • cuspir em um adversário. Se alguma dessas ações envolverem contato, a equipe do jogador que o cometeu será punida com um tiro livre direto ou pênalti. A imprudência de um jogador se relaciona à falta de atenção ou sem preocupação no que se refere a seu adversário, quando participa de uma disputa com ele. Não é necessário qualquer tipo de sanção disciplinar. Uma ação temerária se relaciona ao jogador que não considera os riscos ou as consequências que suas ações possam causar em seu adversário e com isso ele deva ser advertido com um cartão amarelo. O uso da força excessiva significa que o jogador excedeu a força necessária para a realização de determinada ação e, assim, assume o risco de provocar uma lesão em seu adversário. Devido à gravidade, o jogador deverá ser expulso. 7.8.2 Tiro livre indireto O gol, a partir da cobrança, somente será válido se a bola for tocada por outro atleta, independentemente se for ou não da equipe que realizou a cobrança. O tiro livre indireto será concedido à equipe contrária ao jogador que realizou alguma ação, como: • Jogar de maneira perigosa: toda ação de tentar jogar a bola quando houver risco para alguém. As tesouras e as bicicletas são permitidas, desde que não causem perigo para o adversário. • Impedir o movimento de um adversário sem qualquer contato: se colocar no caminho na tentativa de obstruir seu avanço, fazendo diminuir a velocidade ou alterar a direção, quando a bola não estiver em disputa. • Impedir o goleiro de jogar ou tentar jogar a bola com as mãos ou com os pés quando estiver em processo de colocação da bola em disputa. 77 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS Observação Todos os jogadores têm o direito de ocupar um espaço no campo, porém estar no caminho de um adversário é diferente de se colocar em seu caminho. Para o goleiro, também existem algumas ações que não podem ser efetuadas ou resultarão em tiro livre indireto. São elas: • manter a bola nas mãos durante mais de 6 segundos, antes de soltá‑la; • tocar a bola com as mãos depois de: — ter colocado em disputa e antes de a bola ser tocada por outro jogador; — receber a bola passada intencionalmente com os pés por um companheiro; — receber a bola diretamente de um arremesso lateral efetuado por um companheiro. É considerado que o goleiro tenha o controle e a posse da bola quando: • mantiver a bola nas mãos ou quando ela se encontrar entre a sua mão e uma superfície, por exemplo: o chão e seu corpo; • estiver tocando na bola com qualquer parte das mãos ou dos braços, exceto se a bola rolar acidentalmente ou mesmo após fazer uma defesa intencional; • tiver a bola na palma da mão aberta; • estiver quicando a bola no chão ou a jogando para o ar. Quando o goleiro possuir a bola em suas mãos sob seu controle ou domínio, nenhum jogador adversário poderá disputar a bola com ele. 7.8.3 Medidas disciplinares O árbitro tem autoridade para aplicar as sanções disciplinares que a regra da modalidade coloca antes, durante ou após o término da partida. As sanções disciplinares são os cartões amarelo e vermelho. O cartão amarelo tem a função de comunicar uma advertência, enquanto o cartão vermelho serve para informar a expulsão do jogo. Tais cartões só podem ser mostrados para jogadores, substitutos e jogadores substituídos. 78 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III Quando o árbitro decidir mostrar um cartão, ele poderá retardar o reinício da partida até aplicá‑lo. Porém em caso de lei da vantagem, após uma falta passível de cartão, a advertência ou a expulsão será aplicável quando a bola estiver fora de jogo ou quando ocorrer uma clara oportunidade de gol. As infrações nas quais o jogador é punível com advertência, ou seja, o cartão amarelo são: • retardar o reinício do jogo; • discordar das decisões da arbitragem com palavras ou ações; • entrar, regressar ou deixar o campo de jogo sem a autorização do árbitro; • não respeitar a distância exigida para o reinício do jogo, como em tiros de canto, tiros livres e arremessos laterais; • infringir por diversas vezes as regras do jogo; • praticar atitude antidesportiva. Saiba mais Para saber quais as atitudes antidesportivas passíveis de advertência, consulte as leis do jogo em: CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL (CBF). Regras de futebol 2016/17. Rio de Janeiro: CBF, 2016. Disponível em: <http://cdn.cbf.com.br/ content/201612/20161220181822_0.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2017. Na comemoração de gols, são passíveis de punição com cartão amarelo as seguintes ações: • subir nos equipamentos de proteção do campo; • fazer gestos provocativos, debochados ou inflamatórios; • cobrir a cabeça ou o rosto com máscaras ou artigo semelhante; • tirar a camisa ou utilizá‑la para cobrir a cabeça. No retardamento do reinício do jogo, as ações dos jogadores puníveis com cartão amarelo são: • fingir executar um arremesso lateral, mas deixar a bola para o companheiro realizar a cobrança; 79 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS • demorar para sair do campo quando for substituído; • retardar excessivamente o reinício do jogo; • tocar ou carregar a bola para longe do local de reinício do jogo; • cobrar o tiro de reinício no local errado para provocar a repetição no local correto. As infrações que um jogador, um substituto ou um jogador substituído devem cometer para ser expulso são: • impedir intencionalmente com a mão um gol ou uma clara oportunidade de gol para a equipe adversária; não se aplicando ao goleiro quando ele estiver em sua própria área penal; • impedir uma clara oportunidade de gol, quando o adversário segue para meta contrária, cometendo uma ação punível com tiro direto; • efetuar jogo brusco grave; • cuspir em um adversário; • usar linguagem ou gestos ofensivos, injuriosos ou grosseiros; • receber uma segunda advertência (cartão amarelo) no mesmo jogo. 7.8.4 Reinício do jogo após faltas e incorreções Se a bola não estiver em jogo e o jogador cometer qualquer infração dentro do campo de jogo contra: • um adversário: tiro livre indireto, tiro livre direto ou pênalti; • um companheiro, um substituto ou um jogador substituto, um oficial de equipe ou um oficial de arbitragem: tiro livre direto ou pênalti; • qualquer outra pessoa: bola ao chão. Quando a bola estiver em jogo e o jogador cometer a infração fora do campo de jogo: • se o jogador se encontrava fora do campo de jogo: o reinício do jogo será dado com uma bola ao chão; • se o jogador sair do campo de jogo para cometer a infração, o jogo será reiniciado com um tiro indireto do local em que a bola se encontrava no momento da interrupção. 80 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III Quando um jogador atirar um objeto contra o seu adversário, será realizado um tiro livre direto no local onde acertar ou tentar acertar o adversário ou tiro penal. O jogo será reiniciado com um tiro livre indireto quando: • um jogador que se encontra dentro do campo lançar um objeto contra qualquer pessoa de fora do campo; • um substitutoou jogador substituído lançar um objeto contra qualquer pessoa de fora do campo. 7.9 Tiro livre e penal Os tiros livres direto e indireto são concedidos a favor da equipe adversária do jogador que cometeu uma infração ou falta. A indicação de qual tipo de tiro é marcado, relaciona‑se ao gesto executado pelo árbitro. Para o árbitro indicar um tiro livre direto, deverá estender o braço na altura do ombro. Para informar um tiro livre indireto, o arbitro irá levantar o braço acima da cabeça. Ele permanecerá nesta posição até que o tiro indireto seja executado. Tiro livre indireto Tiro livre direto Figura 47 – Gesto do árbitro para indicar o tiro livre direto e indireto A principal diferença entre os tiros direto e indireto está relacionada à questão de validação do gol a partir desse tiro. Sendo assim, se a bola entrar na meta adversária em um tiro livre direto, será validado o gol. Porém, se a bola entrar diretamente na meta adversária em um tiro indireto, será marcado tiro de meta. É assinalado um tiro de meta em um tiro livre indireto, devido ao fato da necessidade de um segundo jogador ter que tocar na bola antes de ela entrar na meta adversária, por isso o nome de tiro indireto. 81 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS Os procedimentos para a realização dos tiros livres obedecem alguns requisitos, por exemplo, a sua execução sempre se dará no local onde a infração ou a falta ocorreu. A bola deve estar imóvel e o jogador que executa o tiro, ou seja, efetua o primeiro toque, não poderá fazê‑lo novamente antes de outro atleta. Antes de a bola entrar em jogo, os adversários da equipe, que irá executar o tiro, devem estar pelo menos a 9,15 m da bola e fora da área penal quando for cobrado um tiro livre direto na área penal. Um tiro penal ou pênalti será marcado quando um jogador cometer uma infração punível com um tiro livre direto dentro de sua própria área penal. Os procedimentos para execução do tiro livre direto na área penal são: • a bola precisa estar imóvel na marca penal; • o executante do pênalti tem de ser devidamente identificado, para que todos saibam que irá realizar o tiro; • o goleiro deve permanecer sobre a linha da meta, de frente para o executante e entre os postes, ou seja, não poderá se movimentar para frente até a bola ser tocada. Todos os outros jogadores, com exceção do goleiro, deverão estar: • a pelo menos 9,15 m da marca penal; • atrás da marca penal; • dentro do campo de jogo; • fora da área penal. Com isso o árbitro irá autorizar a cobrança do tiro direto, a qual o executante deverá tocar a bola para frente, mesmo que seja de calcanhar. O jogador que realizar o tiro direto não poderá tocar na bola novamente, até que outro atleta o faça. O tiro penal somente será concluído quando a bola parar completamente, sair do jogo ou o árbitro interromper o jogo por qualquer infração às regras do jogo. Existem algumas regras que precisam ser observadas durante a execução do tiro penal que podem resultar em anulação do tiro, em repetição do tiro e em gol. A seguir identificaremos as ações e suas consequências para o tiro penal. 82 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III Quadro 5 – Resultado do tiro penal Gol Não gol Invasão por jogador atacante Repete o pênalti Tiro livre indireto Invasão por jogador defensor Gol Repete o pênalti Infração do goleiro Gol Repete o pênalti e apresenta cartão amarelo para o goleiro Bola tocada para trás Tiro livre indireto Tiro livre indireto Finta ilegal Tiro livre indireto e apresenta cartão amarelo para o executante Tiro livre indireto e apresenta cartão amarelo para o executante Executante não identificado Tiro livre indireto e apresenta cartão amarelo para o executante não identificado Tiro livre indireto e apresenta cartão amarelo para o executante não identificado Fonte: CBF (2016, p. 101). 7.10 Arremesso lateral, tiro de canto e tiro de meta Conforme CBF (2008), o arremesso lateral é uma ação realizada a favor da equipe adversária a do último jogador que tocar na bola antes da sua saída total do campo de jogo pela linha lateral tanto pelo chão como pelo alto. Sendo que não poderá ser marcado gol diretamente do arremesso lateral. Apesar dessa regra, o arremesso lateral é recurso muito utilizado principalmente por equipes que têm jogadores com grande potência em seus membros superiores, para arremessar a bola em longas distâncias, como dentro da área penal adversária, criando diversas situações que possam ser transformadas em gol. Algumas situações precisam ser observadas para a execução correta do arremesso lateral. O jogador que irá executá‑lo deverá: • estar de frente para o campo de jogo; • ter parte de cada pé sobre a linha lateral ou no chão fora do campo de jogo; • lançar a bola com ambas as mãos vindas de trás da cabeça, desde o local por onde a bola saiu do campo de jogo. Todos os adversários deverão estar a pelo menos 2 m de distância do local de arremesso lateral. Já o tiro de canto será marcado quando a bola ultrapassar por completo a linha de meta tanto pelo chão como pelo alto e for tocada por último em um jogador do time adversário. O gol marcado diretamente após o tiro de canto será válido somente se a bola entra na meta do adversário. Se a bola entrar diretamente na própria meta do executante, será marcado novo tiro de canto para a equipe adversária. 83 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS A bola deverá ser colocada na área de canto mais próxima do local por onde ela saiu pela linha de meta. A bola precisará estar imóvel e ser tocada por um jogador da equipe que ataca, entrando, assim, em jogo no momento do toque. Os jogadores da equipe adversária deverão estar a, pelo menos, 9,15 m da área de canto, até a bola entrar em jogo. Para a concessão do tiro de meta, é necessário que a bola ultrapasse também a linha de meta tanto pelo chão como pelo alto, depois de ser tocada por um jogador de equipe atacante, sem que seja marcado um gol. Um gol poderá ser marcado a partir de um tiro de meta, desde que a bola entre na meta adversária. Se a bola entrar na meta do executante do tiro de meta, será marcado um tiro de canto a favor da equipe adversária. A bola deverá estar imóvel e ser tocada de qualquer ponto da área de meta por um jogador da equipe defensora. Ela entrará em jogo assim que sair diretamente da área penal. Todos os jogadores da equipe adversária precisarão estar fora da área penal até que a bola entre no jogo. 8 REGRAS DO FUTSAL A prática do futsal sob a orientação do profissional da educação física requer conhecimento sobre os detalhes que compõem cada regra da modalidade para obter um trabalho consciente no processo de ensino e desenvolvimento do futsal. Com a intenção de facilitar a aprendizagem, algumas adaptações devem acontecer nas atividades, buscando a prática do jogo de forma simples e aos poucos serão apresentadas com sua complexidade para que o praticante possa utilizá‑las quando jogar o futsal em qualquer parte do mundo. O futsal surgiu como adaptação do futebol de campo para ser praticado em espaço reduzido, em uma quadra esportiva, com cinco jogadores em cada time. O objetivo, como no futebol, é de marcar gol, e um ponto será adicionado para a equipe que colocar a bola dentro da meta adversária, definida por dois postes verticais unidos por uma trave horizontal. O goleiro é o único jogador que, dentro de sua própria área penal, está autorizado a utilizar todasas estruturas corporais, inclusive as mãos, para evitar o gol. Sendo considerada vitoriosa a equipe que marcar o maior número de gols durante uma partida. Contribuindo para o estudo do futsal, elaboramos um resumo sobre as regras que compõem a modalidade, mas lembramos que é indicado uma leitura minuciosa das regras do jogo com suas infrações, sanções e recomendações. Com relação à demarcação da quadra: dimensões, linhas limítrofes, espessuras, diâmetros, formato da área penal e metas são previstos pelas regras internacionais e encontrados na literatura atual referenciada. 84 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III Para auxiliar na identificação do espaço de jogo, relacionamos as demarcações com algumas medidas para efeito de conhecimento e não a necessidade de decorar, para ser utilizada durante aulas e treinos, além de contribuir na assimilação do conhecimento da modalidade. 8.1 O espaço de jogo A quadra de jogo é um retângulo com o comprimento mínimo de 25 m e máximo de 42 m e sua largura mínima de 16 m e máxima 25 m. Em partidas internacionais, essas medidas têm uma pequena variação. Todas as linhas demarcatórias, com 8 cm de largura, pertencem às zonas que delimitam. Portanto, se a bola estiver em contato com a linha lateral, estará em jogo. Figura 48 – Espaço de jogo do futsal Para CBFS (2015), as linhas limítrofes são denominadas como linhas laterais (de maior comprimento) e linhas de meta, também conhecida como linha de fundo (as de menor comprimento). A linha média é uma divisória na metade da quadra, também conhecida como linha central; é traçada de uma extremidade a outra das linhas laterais, equidistantes às linhas de meta. Ainda, segundo CBFS (2015), o centro da quadra, situado no meio da linha divisória, é demarcado por um pequeno círculo com 10 cm de raio, onde acontece o início e o reinício da partida. O círculo central da quadra, formado com um raio de 3 m, será fixado ao redor do pequeno círculo. A área penal, situada em ambas as extremidades da superfície de jogo, é demarcada a 6 m de distância de cada poste de meta, na parte externa, com um semicírculo perpendicular à linha de meta, que se estenderá ao interior da quadra com um raio de 6 m ligados à linha reta de 3,16 m, paralela à linha de meta, entre os postes. 85 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS 15,16 m 3 m 3,16 m 6 m Figura 49 – Área penal e suas medidas De acordo com CBFS (2015), a penalidade máxima (pênalti) será cobrada do ponto penal, a uma distância de 6 m do ponto central da meta, assinalada por um pequeno círculo de 10 cm de raio. O tiro livre sem barreira, também cobrado no segundo ponto penal, está a uma distância de 10 m do ponto central da meta, marcado por um retângulo de 10 cm por 8 cm. Para o tiro de canto (escanteio), será demarcado, nos quatro cantos da quadra, no encontro das linhas laterais com as linhas de meta, 1/4 de círculo com 25 cm de raio. 5 m 5 m 5 m 5 m 5 m 5 m 3 m10 m 6 m r = 0,25 m Figura 50 – Medidas do espaço de jogo do futsal A zona de substituição está localizada na linha lateral, do lado onde se encontra a mesa de anotações e cronometragem, a uma distância de 5 m da linha divisória do meio da quadra. 86 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III As metas (gols) são colocadas no centro de cada linha de meta e formadas por dois postes verticais separados em 3 m entre eles (medida interior) e ligados por um travessão horizontal cuja medida interior está a 2 m do solo. 0,08 m 0,08 m 0,08 m 2,08 m2 m 3 m 3,16 m Figura 51 – Medidas do gol do futsal 8.2 A bola Muitas vezes encontramos garotos jogando futsal com qualquer tipo de bola, principalmente pela força e influência que o futebol tem sobre a cultura do Brasil, porém é interessante a criança pequena desenvolver o jogo de futsal com uma bola de dimensões oficiais? Se os alunos não tiverem orientação de professores, pais e entendidos da modalidade, jogarão futsal com qualquer tipo de bola. Em alguns lugares o aviso, por escrito, limita a utilização de bolas de futebol de campo e outras, mas o adequado seria os praticantes terem a consciência de utilizar a bola adequada para sua idade. Com relação à bola, nos lembramos de que deve ser esférica e precisamos nos atentar à faixa etária dos praticantes, pois existem bolas com tamanhos e pesos variados adequados para a característica física pela qual se encontra o indivíduo em crescimento e assim não prejudicar o seu desenvolvimento. A bola utilizada para jogar rúgbi e futebol americano é oval, e não esférica. Para a prática do futsal de forma adequada, é correto indicarmos uma bola apropriada conforme as regras do jogo. 87 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS Tabela 2 – Dimensões de bolas para as categorias Categoria Sexo Peso Circunferência Adulto Sub‑20/17 e 15 Masc./Fem. 400 g a 440 g 62 cm a 64 cm Sub‑13 Masc./Fem. 350 g a 380 g 55 cm a 59 cm Sub‑11 e 9 Masc./Fem. 300 g a 330 g 50 cm a 55 cm Inferior ao Sub‑9 Masc./Fem. 250 g a 280 g 40 cm a 43 cm Adaptado de: CBFS, 2017. 8.3 Número de jogadores Para CBFS (2015), o número de jogadores para disputar uma partida de futsal é de no máximo cinco jogadores por equipe, sendo que um será obrigatoriamente o goleiro. Atualmente o número de reservas para substituições em competição oficial é de nove jogadores, permitindo‑se um número indeterminado de substituições durante a partida. Ao participar de uma competição, é necessário ficar atento ao regulamento, pois algumas alterações das regras oficiais devem estar claras para não acontecerem equívocos no dia do jogo, por exemplo, jogadores e membros da comissão técnica que não forem relacionados em súmula, antes do início da partida, não poderão participar dela. Outro item importante é que será vedado o início da partida, como também não terá continuação ou prosseguimento, se uma das equipes tiver menos de três jogadores na quadra de jogo. A regra permite ao jogador substituído voltar a participar da partida, exceto durante os pedidos de tempo técnico (sendo necessário aguardar seu término para entrar na partida) e desde que seja respeitado o procedimento de substituição. As alterações são realizadas com a bola em jogo ou fora de jogo e cada equipe tem sua zona de substituição, correspondente ao lado da quadra que está defendendo no período. O jogador que entra na quadra de jogo deverá fazê‑lo pela zona de substituição (entregando seu colete, utilizado nos dias atuais para facilitar a visualização no momento da saída e entrada dos jogadores, nas mãos do jogador substituído) e nunca antes de o jogador que for substituído sair completamente da quadra, pois seria aplicado um cartão amarelo. O jogador que sair também deverá fazê‑lo pela zona de substituição, e somente em caso de contusão grave por ele sofrida e com autorização do árbitro poderá deixar a quadra por outro local, assim, a partida será interrompida para a troca ser efetuada. Neste caso, o jogador que entrar no jogo entregará o colete ao árbitro/anotador. Para a substituição do goleiro, não será necessário avisar aos árbitros e paralisar o jogo. Agora, se a equipe for trocar um jogador de quadra com o goleiro, isso será permitido, mas com a partida paralisada e avisando previamente os árbitros. Não podemos nos esquecer de que o jogador reserva ou de quadra 88 Re visã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III que trocar de posição com o goleiro deverá utilizar uma camisa de cor igual a dos goleiros, mas com o mesmo número que está relacionado em súmula. Um jogador reserva substituirá um jogador expulso e entrará na partida depois de transcorridos 2 minutos cronometrados após a expulsão. Ou se for marcado um gol antes dos 2 minutos transcorridos. Algumas situações podem ocorrer durante os dois minutos para o cumprimento da expulsão: • quando uma equipe com cinco jogadores enfrenta outra com quatro atletas e a equipe em superioridade numérica marcar um gol, aquela com inferioridade numérica poderá, nesse instante, ser completada com a entrada de um reserva; • se a equipe em inferioridade numérica marcar um gol, o jogo continuará com o mesmo número de jogadores; • se ambas as equipes jogam com quatro ou três jogadores e for marcado um gol, elas continuam com o mesmo número de atletas. Saiba mais Outras situações que podem acontecer durante o jogo e suas explicações devem ser consultadas no livro de regras em: CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL DE SALÃO (CBFS). Livro nacional de regras 2017. Fortaleza: CBFS, 2017. Disponível em: <http:// www.cbfs.com.br/2015/futsal/regras/livro_nacional_de_regras_2017.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2017. A função de capitão será atribuída a um jogador de cada equipe, identificado através do uso de uma braçadeira colocada em um dos braços. Ele representará sua equipe durante a partida, podendo dirigir‑se aos árbitros, buscando alguma informação ou interpretação, quando necessário, mas sempre com respeito e cortesia. Existe a possibilidade da substituição do jogador expulso por um reserva. 8.4 Duração da partida A duração da partida será de 40 minutos cronometrados, divididos em dois períodos iguais, no masculino e no feminino, para as categorias Adulta, Sub‑20 e Sub‑17, com intervalo de até 15 minutos para descansar. Para a categoria Sub‑15, a partida com 30 minutos de duração será dividida em dois tempos de 15 minutos com intervalo de até 15 minutos. 89 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS Para outras categorias menores, é necessário se observar as regras das federações estaduais a respeito da duração da partida e do intervalo, mas sempre tendo como referência a menor resistência dos indivíduos em formação e que não se pode exigir a mesma intensidade e duração do jogo de categorias maiores. Durante a partida, as equipes terão direito a solicitar um tempo técnico, com duração de 1 minuto cada, por período. O capitão poderá solicitá‑lo ao árbitro ou uma plaqueta de pedido de tempo técnico deverá ser apresentada pelo técnico, treinador ou membro da comissão técnica ao anotador ou ao cronometrista, que o concederá quando a bola estiver fora de jogo e a reposição for a favor da equipe solicitante. Atualmente, os jogadores podem permanecer dentro ou fora da quadra de jogo para ouvirem as orientações (caso queiram beber algum líquido para reidratar, deverão sair da quadra) e não será permitido que os reservas e os membros da comissão técnica entrem na quadra. Se a equipe não o solicitar no primeiro período, não poderá usá‑lo no segundo período. Algumas partidas poderão ser decididas no tempo suplementar para que se conheça um vencedor, estipulado pelo regulamento, podendo ser de 3 ou 5 minutos cada. Vale lembrar que as equipes não terão direito à solicitação de tempo técnico durante a prorrogação. Deve‑se ficar atento para não perder o tempo técnico. 8.5 Início da partida Para iniciar uma partida de futsal, o árbitro executará um sorteio com o capitão de cada equipe. É definido que o time perdedor começará com a posse de bola no primeiro período e a equipe vencedora escolherá a meia quadra onde começará defendendo. Após o intervalo, as equipes trocarão de lado e o reinício da partida será efetuado pela equipe contrária àquela que iniciou a partida no primeiro período. O mesmo procedimento, do sorteio, acontecerá se tiver tempo suplementar. 22 33 44 55 G G Figura 52 – Início da partida, no qual cada equipe deverá estar posicionada em sua quadra defensiva 90 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III Para iniciar a partida, cada equipe deverá estar na sua quadra de defesa e após o apito do árbitro, a bola (precisa estar imóvel no pequeno círculo no centro da quadra) será movimentada em direção à quadra de ataque com os pés, por um dos jogadores. Estará em jogo quando ultrapassar completamente a linha média. 22 33 44 55 G G Figura 53 – Início da partida com a bola no centro da quadra 22 33 44 55 G G Deslocamento da bola Figura 54 – O início da partida, com a movimentação da bola em direção à quadra de ataque Sempre que acontecer um gol, a partida recomeçará da mesma forma, com a posse de bola para a equipe que sofreu o gol. No tiro de saída, o gol não será válido se o jogador chutar e a bola entrar diretamente na meta adversária. Será reiniciado o jogo com um arremesso de meta para a equipe adversária. 91 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS 2 2 3 3 4 4 5 5 G G Finalização Figura 55 – Não será validado o gol no tiro de saída, se a bola entrar diretamente no gol Não é permitido ao jogador que executar o tiro de saída ter contato com ela pela segunda vez antes de ser jogada ou tocada por outro jogador da mesma equipe ou do adversário. Caso ocorra, será concedido um tiro livre indireto em favor da equipe adversária, e a bola será colocada no local onde o toque ocorreu. Para qualquer outra incorreção, será repetida a bola de saída, mantendo a posse para a mesma equipe. Se durante uma partida de futsal a bola bater no teto ou em equipamentos de outros desportos, como a tabela de basquetebol colocada nos limites da quadra de jogo, ou atravessar completamente as linhas laterais ou de meta, pelo solo ou pelo alto, ou o árbitro interromper a partida, será considerado bola fora de jogo. Em outras ocasiões, a bola estará em jogo, inclusive se tocar nos árbitros e eles estiverem dentro da quadra, ou se bater no travessão ou nas traves, permanecendo dentro da quadra de jogo. Para que o gol seja válido, a bola deverá ultrapassar completamente a linha de meta entre os postes de meta e sob o travessão. Não é comum acontecer, mas ao cobrar um tiro lateral, tiro de canto ou tiro livre direto ou indireto contra sua própria meta e a bola entrar diretamente, não será válido o gol. Nessas situações, seria válido somente se a bola tocasse em qualquer outro jogador. Observação Se o goleiro arremessa a bola com as mãos, após uma defesa ou na reposição através do arremesso (tiro) de meta, e essa entra diretamente no gol adversário, não será válido. Se na sua trajetória a bola tocar ou for 92 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III tocada por qualquer outro jogador, será marcado gol. Para ser válido o gol na cobrança do tiro livre indireto ou tiro lateral contra o gol adversário, será necessário que na sua trajetória a bola toque, ou seja tocada por qualquer outro atleta. 8.6 Faltas As faltas no futsal são penalizadas com tiro livre direto e tiro livre indireto, mas devem acontecer com bola em jogo e na superfície do jogo. O tiro livre direto é indicado pelo árbitro levantando um dos braços na horizontal,informando a direção que deve ser cobrada. Figura 56 – Indicação do árbitro para marcação de tiro livre direto e tiro penal O tiro livre direto e/ou tiro penal é anotado em súmula como falta acumulativa. Para ser classificada como tiro livre direto, o jogador cometerá uma das seguintes infrações contra o seu adversário, conforme estipulado na regra 12 (CBFS, 2017, p. 51): • dar ou tentar dar pontapé em adversário; • calçar o adversário; • pular ou atirar‑se sobre o adversário; • trancar o adversário por trás ou de maneira violenta e perigosa; • bater, tentar bater ou lançar uma cusparada no adversário; • segurar um adversário com as mãos ou impedi‑lo de ação com qualquer parte do braço; • empurrar o adversário; • trancar o adversário com o ombro; • segurar ou desviar a bola, carregá‑la, batê‑la ou impulsioná‑la com a mão ou o braço, excetuando‑se o goleiro dentro de sua área penal; 93 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS • projetar‑se ao solo, deliberadamente, de maneira deslizante, e com uso dos pés tentar tirar a bola que esteja sendo jogada ou de posse do adversário, levando perigo; • sendo o goleiro, com a bola em jogo, ao arremessá‑la com as mãos, ultrapassar o limite da área penal, com a bola ainda em seu poder; • praticar qualquer jogada, sem visar ao adversário, mas involuntariamente atingi‑lo. As infrações que acontecerem durante a partida, e não forem classificadas na relação mencionada, serão penalizadas com tiro livre indireto. O árbitro indicará esse tipo de falta com um dos braços erguido para o alto. Não será anotado em súmula e será executado no local onde ocorreu a infração, se acontecer fora da área penal da equipe infratora. Figura 57 – Indicação do árbitro para marcação de um tiro livre indireto Se acontecer dentro da área penal da equipe infratora, deverá ser executado sobre a linha da área penal, no ponto mais próximo do local onde ocorreu a infração. Figura 58 – Indicação de onde deverá ser executado o tiro livre indireto, quando for cometido dentro da área penal 94 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III Lembrete As faltas classificadas como tiros livres direto serão registradas em súmula como faltas acumulativas. As cinco primeiras faltas acumulativas (em cada período de jogo) serão anotadas em súmula, e a equipe infratora terá direito à formação de barreira de atletas. A bola será colocada no local onde foi executada a infração, exceto dentro da área penal, que será posicionada sobre a marca do tiro penal. A barreira de atletas (e qualquer jogador da equipe infratora) ficará a uma distância de 5 m da bola. A partir da sexta falta, em cada período de jogo, classificada como tiro livre direto, não haverá mais a formação de barreira e a colocação da bola para a cobrança do tiro livre direto acontecerá de modo diferente: I ‑ da marca do segundo ponto penal se o jogador cometer uma falta na meia quadra adversária ou em sua meia quadra (no espaço que corresponde à linha do meio da quadra e uma linha imaginária, ligando as linhas laterais e passando pelo segundo ponto penal). Figura 59 – Se a equipe sofrer a sexta falta na área destacada, a bola seguirá para o segundo ponto penal 95 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS 2 2 3 3 4 4 5 5G G Figura 60 – Local para cobranças a partir da 6ª falta II ‑ a equipe atacante decidirá se cobra do local onde ocorreu a infração ou na marca do segundo ponto penal se o jogador cometer uma falta na sua meia quadra de jogo, no espaço que corresponde à linha imaginária, ligando as linhas laterais e passando pelo segundo ponto penal até a linha de meta (e fora da área penal). Figura 61 – Se a equipe sofrer a sexta falta na área destacada, o atacante irá decidir se a falta será cobrada onde o jogador da equipe a sofreu ou no segundo ponto penal A bola estará em jogo no momento em que for chutada e entrar em movimento. Na cobrança do tiro livre direto, a partir da sexta falta acumulativa, o jogador deverá chutar com a intenção de marcar o gol; se isso não acontecer, o árbitro paralisa a partida e marca um tiro livre indireto para a equipe adversária no local onde foi cobrado o referido tiro. A bola não poderá ser passada para outro companheiro de 96 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III equipe. Após o chute, nenhum jogador poderá tocar na bola enquanto ela não tocar no goleiro defensor, rebater nos postes ou no travessão ou sair da quadra de jogo. 8.7 Tiro penal Se um jogador dentro de sua própria área penal cometer uma falta classificada como tiro livre direto, será marcado um tiro penal para a equipe adversária, estando a bola em jogo em qualquer parte da quadra. O tiro penal (pênalti) será dado contra a equipe que cometer uma das infrações classificadas como tiro livre direto, dentro de sua própria área penal quando a bola estiver em jogo. Para ser cobrado um tiro penal, será concedido tempo adicional, seja no fim de cada período, seja no fim do tempo suplementar. A bola estará colocada no ponto penal e entrará em jogo no momento em que for chutada e entrar em movimento. Os jogadores adversários devem respeitar a distância de 5 m da bola e posicionarem‑se fora da área penal. O jogador que fará a cobrança do tiro penal deverá ser identificado e chutará a bola para frente. Caso isso não aconteça, o árbitro marcará um tiro livre indireto a favor da equipe adversária, colocando a bola no ponto penal. O goleiro defensor do tiro penal poderá se movimentar lateralmente sobre a linha de meta (entre os postes), de frente para o executor do tiro até que a bola esteja em jogo. Os demais jogadores deverão estar dentro da quadra de jogo, fora da área penal, atrás do ponto penal e a uma distância mínima de 5 m da bola. Após o árbitro autorizar a cobrança do tiro penal e antes que a bola esteja em jogo, não será permitido que um ou mais jogadores da equipe, beneficiada ou infratora, descumpram a regra ao mesmo tempo. O tiro penal será repetido. • Caso o jogador da equipe beneficiada com o tiro penal infrinja a regra, o árbitro permitirá que seja executado: — se a bola entrar na meta, o tiro penal será repetido; — se a bola não entrar na meta, será marcado um tiro livre indireto, com a bola colocada na marca penal, a favor da equipe adversária. • Caso o jogador da equipe infratora descumpra a regra, o árbitro permitirá que o tiro penal seja executado: — se a bola entrar na meta, o gol será válido; — se a bola não entrar na meta, será repetida a cobrança. 97 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS • Depois que foi cobrado o tiro penal, se o jogador que executou a cobrança tocar na bola pela segunda vez consecutiva, antes que tenha tocado em outro jogador, será marcado um tiro livre indireto para a equipe adversária no local onde ocorreu a infração. Essa situação inclui: — se ao cobrar o tiro penal a bola rebate no travessão ou nas traves e o mesmo jogador tocar na bola em seguida. • Se o goleiro se adiantar antes de a bola ser movimentada: — e mesmo assim a bola entrar na meta, o gol será validado; — e não resultar em gol, o tiro será repetido. 8.8 Ação do goleiro A participação do goleiro em uma partida de futsal requer atenção especial, pois está limitadaquanto às regras do jogo. É considerado como infração do goleiro e será concedido um tiro livre indireto se: • Ficar de posse de bola em sua meia quadra de jogo por mais de 4 segundos. Lembrando‑se de que ao executar uma defesa ou na cobrança do arremesso de meta, ele controla a bola com as mãos dentro de sua área penal e esta fica na sua meia quadra, valendo também o mesmo tempo de posse. G G Figura 62 – A ação do goleiro é restrita a uma posse de bola de 4 segundos dentro da área penal ou em sua meia quadra de jogo • Tocar na bola, em qualquer parte da quadra, e fazê‑lo novamente em sua meia quadra, jogada intencionalmente por um companheiro de equipe, sem que a bola tenha sido jogada ou tocada por um adversário. 98 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III G G 3 3 (1) (2) Deslocamento da bola Figura 63 – Ação em que o goleiro recebe a bola após ter realizado um toque, resultando em tiro livre indireto Deslocamento da bola G GG 3 33 2 22 (2) (3)(1) Figura 64 – Ação incorreta na qual o goleiro recebe a bola de um companheiro após realizar um toque, resultando em tiro livre indireto • Receber a bola de um companheiro, na meia quadra ofensiva (adversária) e conduzi‑la para sua meia quadra (defensiva); será considerada como segunda devolução. 99 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS G G 1 2 Deslocamento dos jogadores com a bola Figura 65 • Tocar ou controlar a bola com suas mãos, dentro de sua própria área penal, depois que um jogador da sua equipe tenha passado intencionalmente com os pés; ou vinda diretamente de tiro lateral, tiro de canto, tiro livre direto e tiro livre indireto, cobrado por um companheiro de equipe. G G 3 3 1 1 2 ‑ Recepção com as mãos2 ‑ Recepção com as mãos Deslocamento da bola Figura 66 – Ação de recepção com as mãos do goleiro, onde a bola vem de seu companheiro de equipe, resultando em tiro indireto O tiro livre indireto será cobrado no local onde o goleiro tocou ou jogou irregularmente. Caso ocorra dentro de sua própria área penal, a bola será colocada sobre a linha da área penal, no ponto mais próximo da infração. 100 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III Observação Na meia quadra ofensiva (adversária), o goleiro poderá permanecer com posse de bola por tempo indeterminado, trocar passes e receber a bola diretamente de seus companheiros normalmente. Quando um tiro livre direto ou indireto, a favor da equipe defensora, ocorrer dentro da sua própria área penal, a bola somente estará em jogo quando for chutada diretamente para fora (e sair) da área penal. O tiro livre será repetido se algum jogador impedir que tal situação seja cumprida. 8.9 Retorno da bola em jogo Quando a bola sair da quadra de jogo atravessando completamente as linhas laterais, pelo solo, pelo alto ou tocar no teto, será marcado um tiro lateral. No futsal, o retorno da bola ao jogo acontece com a utilização dos pés e a equipe deverá fazê‑lo nos 4 segundos posteriores aos quais a bola esteja à disposição. Um jogador adversário da equipe que tocou a bola por último deverá colocá‑la no local da saída, podendo ser jogada em qualquer direção. A bola precisará estar apoiada no solo, sobre a linha lateral ou no máximo 25 cm para fora da linha, imóvel (ou podendo mover‑se levemente). O indivíduo poderá estar com a parte de um dos pés sobre a linha lateral ou na parte externa da quadra de jogo. Não poderá estar com o pé totalmente dentro da quadra, pois será marcada a reversão, com a posse de bola a favor da equipe adversária. 3 3 Errado Certo Figura 67 – Cobrança correta e incorreta do tiro de lateral 101 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS A bola estará em jogo, seguindo as observações citadas, e depois de movimentada entrará ou tocará a linha lateral da quadra. Se o jogador que executar o tiro lateral tocar na bola pela segunda vez consecutiva, ocorrerá penalização com tiro livre indireto para a equipe adversária no local da infração. Se tocar com a mão, será penalizado com tiro livre direto. Não será valido o gol marcado diretamente, sem tocar ou ser jogada por qualquer outro jogador, na cobrança do tiro lateral. Seja contra a meta adversária, e nessa situação a reposição da bola em jogo será feita através da cobrança do arremesso de meta, em favor da equipe adversária ou contra a própria meta, em que a reposição se dará através do tiro de canto a favor da equipe adversária. Os adversários deverão estar na quadra, exceto quando em uma jogada saírem e a equipe beneficiada executar rapidamente a cobrança, e respeitar a distância mínima de 5 m da bola. Será advertido com cartão amarelo, o jogador que se aproximar da bola tentando impedir ou dificultar a cobrança, retardando o reinício da partida. Se o goleiro cobrar o tiro lateral, não poderá receber a bola em sua meia quadra vinda de um companheiro enquanto ela não tocar em um jogador adversário. Se for um companheiro que executou a cobrança, o goleiro poderá receber uma vez em sua meia quadra, desde que ainda não tenha tocado no ataque; por exemplo na situação em que o jogador realiza a cobrança para o goleiro, que está na quadra de ataque, faz o passe a qualquer atleta da sua equipe e retorna para a quadra de defesa e recebe a bola novamente (em sua quadra de defesa) sem que tenha sido tocada ou jogada por um adversário, será marcado um tiro livre indireto. O goleiro poderá receber a bola, utilizando os pés em qualquer setor da quadra, quando esta se encontra fora de jogo, por exemplo, em tiro de canto, tiro lateral, tiro livre direto e indireto. Quando a bola atravessar completamente a linha de meta (linha de fundo) pelo alto ou pelo solo e passar fora da meta (gol), após ter sido tocada ou jogada por um indivíduo da equipe atacante pela última vez, será marcada uma reposição de bola para a equipe adversária, através do arremesso de meta. Somente o goleiro com o uso das mãos e respeitando o tempo máximo de 4 segundos, de qualquer parte da sua área penal, poderá executar o arremesso de meta. A bola entrará em jogo quando ultrapassar inteiramente a linha demarcatória e sair da área penal. Se o goleiro demorar mais de 4 segundos para a reposição da bola em jogo, um tiro livre indireto a favor da equipe adversária será marcado, e a bola será colocada sobre a linha da área penal e no ponto mais próximo de onde ocorreu a infração. Após a bola entrar em jogo, o goleiro não poderá recebê‑la de um companheiro de equipe, em sua meia quadra (de defesa), sem que a bola tenha antes sido jogada ou tocada por um adversário. Essa situação será punida com tiro livre indireto no local onde ocorreu a infração. Se o contato do goleiro 102 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III ocorreu dentro de sua própria área penal, a bola será colocada sobre a linha da área penal e no ponto mais próximo de onde ocorreu a infração, como já citado. Observação Essa situação deve ser bem explicada aos jogadores, uma vez que eles confundem achando que o goleiro, ao sair da área penal, estará apto a participar do jogo; e isto só poderá acontecer se a bola tocar ou for jogada por um adversário. Mesmo na execução do arremesso de meta, após a bola sair da área penal, o goleiro não deverá tocar na bola novamente antesque ela seja tocada ou jogada por qualquer outro jogador. Será marcado um tiro livre indireto a favor da equipe adversária no local onde ocorreu a infração e um tiro livre direto se ele tocar com as mãos fora da sua área penal. O goleiro e os demais jogadores devem ser orientados sobre a importância do local da bola quando ele estiver efetuando uma defesa com as mãos ou no momento do arremesso, de meta ou na reposição de bola após a defesa efetuada. Pois, se estiver com o corpo fora, mas com as mãos, segurando a bola, dentro da sua própria área, será permitida a continuação do lance. Porém, deve‑se ficar atento às seguintes situações: • se ao efetuar um arremesso colocando a bola em jogo, o seu corpo estiver dentro, mas com a mão que está a bola, fora da sua própria área penal, será marcado um tiro livre direto a favor da equipe adversária; • se após o arremesso de meta a bola entrar diretamente na meta adversária, não será válido o gol. Será marcado um arremesso de meta para a equipe adversária; • se após o arremesso de meta a bola tocar em qualquer outro jogador, inclusive o goleiro adversário, e entrar na meta, o gol será válido; • no arremesso de meta, os jogadores adversários deverão estar posicionados fora da área penal do goleiro executor. Se algum jogador adversário estiver na área penal, mas não atrapalhar o lançamento, o goleiro poderá fazê‑lo; • se após o arremesso do goleiro a bola não sair da área (não entrou em jogo) e qualquer outro jogador tocá‑la ou jogá‑la, será repetido o arremesso de meta. Um tiro de canto (escanteio) será marcado quando a bola atravessar completamente a linha de meta (linha de fundo) pelo alto ou pelo solo, e passar fora da meta (gol), após ter sido tocada ou jogada pela última vez por um jogador da equipe que está na defensiva e deverá ser executado no canto mais próximo de onde saiu a bola. 103 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS Para a execução do tiro de canto, a bola deverá estar apoiada no solo, dentro do quadrante (espaço demarcado onde se unem as linhas laterais e de meta), podendo mover‑se levemente. 3 Figura 68 – Tiro de canto O jogador executante do tiro de canto deverá fazê‑lo em até 4 segundos, utilizando os pés para repor a bola em jogo, não existindo restrição para a colocação do pé de apoio, ou seja, poderá estar com o pé de apoio em cima da linha lateral, da linha de meta e dentro ou fora da quadra. A bola estará em jogo, de acordo com o supracitado, e após ter sido movimentada, não sendo necessário sair do quadrante. Se ao chutar a bola contra sua própria meta, ela entrar diretamente, não será válido o gol. A partida será reiniciada com a cobrança de tiro de canto a favor da equipe adversária. A distância mínima de 5 m da bola deverá ser respeitada pelos jogadores adversários. E se a bola estiver fora do quadrante no momento da execução, o árbitro mandará repetir a cobrança, mas levará em consideração o tempo que já tinha passado após a primeira autorização. Se ultrapassar os 4 segundos para execução do tiro de canto, a equipe perderá a posse de bola e a partida será reiniciada com a cobrança de um arremesso de meta para a equipe adversária. Se o jogador ao executar o tiro de canto tocar na bola pela segunda vez consecutiva, será penalizado com tiro livre indireto para a equipe adversária no local da infração. Lembrete O gol marcado diretamente através do tiro de canto será válido somente contra a equipe adversária. 104 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 Unidade III 8.10 A lei da vantagem A lei da vantagem no futsal deve ser empregada em todos os momentos da partida, assegurando aos árbitros deixar de assinalar faltas nas quais os infratores se beneficiem e após a conclusão do lance o árbitro pode mandar anotar na súmula uma falta acumulativa, ou aplicará um cartão amarelo ou vermelho ao infrator que tentou impedir, sem êxito, a continuação do lance que resultará na punição maior, a conquista do gol pelo adversário. Se na continuidade da jogada a equipe atacante não aproveitar a vantagem, o árbitro não precisará beneficiá‑la uma segunda vez, marcando a falta. Exemplo de aplicação As regras oficiais do jogo são fundamentais para que uma partida seja realizada, e para o professor de Educação Física é imprescindível que se conheça, no mínimo, as exigências básicas de cada uma das regras para que possa orientar seus alunos sobre o comportamento necessário na sua participação em um jogo. Após o conhecimento delas, em especial as que fazem parte do jogo em si e que envolvem além do conhecimento, também interpretação, assista a alguns jogos para avaliar todo o seu aprendizado e comparar com a maneira pela qual o árbitro se comportou na aplicação das regras. Resumo É do conhecimento de todos aqueles que, de alguma maneira, estão envolvidos com o futebol e o futsal – professores, treinadores, jogadores, imprensa e torcedores – a importância do saber das regras e de sua compreensão. Apresentamos no livro‑texto uma leitura especial de todas as regras dessas modalidades esportivas, de forma resumida e comentada, principalmente no que tange à parte envolvida em interpretações pessoais. No conteúdo, são mostrados apenas seus aspectos básicos necessários para que se entenda como eles interferem em um jogo. As regras podem ser adaptadas e modificadas, desde que respeitados os princípios fundamentais, para partidas disputadas por jogadores com menos de 16 anos, equipes femininas, veteranos (com mais de 35 anos) e jogadores com deficiência física. Primeiramente devemos identificar o espaço de jogo, com seus nomes, tipo de piso, dimensões para, assim, iniciamos um trabalho consciente voltado ao ensinamento do futebol aos nossos futuros alunos. O campo e 105 Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : J ef fe rs on - 2 7/ 03 /1 7 FUTEBOL: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS a quadra, com suas formas e medidas externas e internas, com suas linhas demarcatórias nos seus padrões internacionais – mínimos e máximos –, o que as tornam oficiais. As bolas também seguem padrões definidos, em tamanho, peso e circunferência para as diversas categorias que envolvem a prática do jogo. Para cada uma dessas modalidades, é permitida a participação de um número mínimo e máximo no espaço de jogo para que a partida possa começar ou terminar. Os jogadores devem usar equipamentos (uniformes e calçados) definidos. A condução do jogo é realizada por árbitros e auxiliares que possuem direitos e deveres como autoridades para aplicação das regras durante a partida, sempre lembrando que algumas formas de sansões, podem ser aplicadas antes do início ou após o término do jogo. O tempo de jogo no futebol é controlado exclusivamente pelo árbitro principal, enquanto no futsal isso é feito por um cronometrista; uma vez que o cronômetro será paralisado quando a bola estiver fora de jogo e com isso é considerado apenas o tempo de bola em jogo. O jogo se desenvolve com início e reinício, pautado por paralizações e continuidade, o que define quando a bola está em jogo ou fora dele. A partir da regra oito, começam a ser aplicadas as regras do jogo, às quais exigem, além do conhecimento, muita sensibilidade de interpretação e tomadas de decisão rápidas por parte da arbitragem. Essas interpretações estão diretamente relacionadas com os lances capitais e é preciso que todos os envolvidos na partida saibam os significados, os procedimentos e as punições. As regras nessas situações se referem às condições para se considerar gol, impedimento, faltas e incorreções,
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