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ANÁLISE APLICADA DA PAISAGEM DA REVITALIZAÇÃO DA AVENIDA JERÔNIMO GONÇALVES NA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO UTILIZANDO A METODOLOGIA MULTIMÉTODOS 1. DESCRIÇÃO DA PAISAGEM O caso que será analisado a seguir se trada da Avenida Jerônimo Gonçalves, avenida que margeia o "ribeirão" denominado Preto; o nome da cidade de Ribeirão Preto advém desse córrego, a partir de 1960, a avenida passou por importantes transformações, mas se manteve como um “elemento de representação da identidade cultural de Ribeirão Preto, sendo sua imagem apresentada, ainda nos dias de hoje, como principal cartão postal da cidade. Apesar de abrigar uma série de casarões e prédios antigos, a avenida hoje possui dois imóveis tombados: o Hotel Brasil e o antigo prédio da Cervejaria Paulista como mostra o mapa da cidade. Figura 1 – Mapa Avenida Jerônimo Gonçalves, Ribeirão Preto – SP. Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto Com Palmeiras imperiais pertencentes à família "Palmer Mater" da espécie centenária, foram plantadas em 1.818 por Max Bartsch e expressam toda a austeridade e grandiosidade dos tempos do império, demostrando o paisagismo histórico do local. Figura 2 – Avenida Jerônimo Gonçalves 1940 Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto 2. MUDANÇA DA PAISAGEM (REVITALIZAÇÃO) Contudo hoje é um dos mais polêmicos marcos históricos da cidade. Retificado e canalizado no início do século XX, sem não antes receber propostas de projetos de uso comercial, cultural e em 2011 recebeu o projeto antienchentes. A avenida junto com outros equipamentos faz parte da paisagem e abre-se espaço para novos, que engloba um estudo da cidade e do entorno urbano, levando em conta a ocupação e uso do centro com habitação, universidade, auditório, biblioteca, edifício de esportes, piscinas públicas e praia urbana. É o Plano Urbanístico do Centro de Ribeirão Preto que pode ser implantado pela Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto em até dez anos. O projeto inclui um bolsão de estacionamentos e um centro de compras, propõe mudança na infra-estrutura urbana com represas de retenção, uma praia urbana, ciclovia e alterações no sistema viário incluindo um edifício de esportes sobre o córrego Ribeirão Preto. Figura 3 – Avenida Jerônimo Gonçalves 1920 Fonte: Pirâmide Imóveis Figura 4 – Canalização do Ribeirão Fonte: Pirâmide Imóveis Figura 5 – Avenida Jerônimo Gonçalves1990 Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto Figura 6 – Avenida Jerônimo Gonçalves 2016 Fonte: Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto Outras áreas estão inclusas no projeto aproveitando o curso d’água existente. O desafio é grande: a região central, desde a década de 1970, transformou-se em nó de transportes, seu caráter de espaço público foi dissolvido efetivamente: hoje um parque urbano existente, o Parque Maurílio Biagi, espaço todo restaurado e aberto a população com novo mobiliário e agora com segurança adequada, fez com que a população tenha qualidade de vida na região que anteriormente era precária e de extrema violência Não podendo negar o passado a partir do zero uma das principais preocupações é equilibrar os equipamentos existentes, dando-lhes melhor acessibilidade e funcionalidade, liberando a maior quantidade possível de solo para recuperar permeabilidade e garantir a qualidade de espaço público. O plano também considera a presença de edifícios tombados pelo Patrimônio Histórico, hoje essenciais para a caracterização do Centro de Ribeirão Preto. Reconhecendo, por exemplo, o caráter irrevogável de nó de transporte público foi criado novas praças de transportes urbanos, dois terminais de ônibus urbanos foram implantados desafogando o antigo terminal rodoviário que era suporte para todo transporte público. O plano ainda busca propostas para racionalizar os modos de transporte: no projeto ainda, denominam-se os corredores verdes que se organizam a partir das calhas existentes das avenidas os ônibus, VLT (Veículos Leves sobre Trilhos), ciclovia e malha viária dos automóveis. O entorno o Plano Urbanístico considera inicialmente uma rede verde, denominada a partir dos cursos d’agua existente e bacia hidrográfica do Rio Pardo, a ideia é que o projeto irradie qualidade urbana para toda a cidade incentivando o adensamento na região central. Além das edificações de uso habitacional, será locado no projeto edifícios comerciais e de serviços para assegurar o uso misto da área e garantir vida diurna e noturna. O fortalecimento do uso habitacional deve, inclusive, corrigir o contraste dessa região que frequência intensiva durante o dia, mas esvaziam-se completamente à noite. Outro ponto importante é o resgate da relação do Mercado Municipal e o Camelódromo com a área do córrego e universidade e biblioteca, auxiliando com a implementação da ligação em nível com o a outra margem do córrego e avenida. Na proposta, não só os edifícios tombados serão preservados como também se manteriam outros edifícios com boa conservação e de uso habitacional, além do acréscimo de 300 unidades no trecho. As novas edificações se acoplariam as antigas respeitando forma e gabarito. Outra parte importante é a necessidade de articulação dos espaços públicos existentes onde será implantado novas conexões de pedestres, a área de comércio será reforçada, com 600 vagas de estacionamento subterrânea. Esta implantação está sendo pensada em etapas, para as vias de trânsito não fossem prejudicados. A primeira seria o deslocamento das vias e extensão da Avenida Saudade e Marechal Costa e Silva, criando rótulas de conexão para outras regiões da cidade. Logo em seguida vem a demolição gradual dos prédios sem valor histórico da Cervejaria Antártica e outros, logo em seguida seria a retirada do Terminal Rodoviário possibilitando a abertura do canal do córrego Ribeirão Preto e seu rebaixamento deixando as lagoas de retenção para a última etapa. Por ser de uma complexidade muito grande, está programado para ser a longo prazo, sendo que muitas vezes o projeto não é construído em sua totalidadeou sofrendo alterações durante a execução, outro problema que a cidade de Ribeirão Preto enfrenta é o crescimento desordenado, conflito de interesses eleitoreiros e privados, resultando na fragmentação e descaracterização do planejamento urbano da cidade. A esperança é que um plano nesta escala seja implantado como idealizado, sem interrupções, adaptações ou adiamentos, melhorando a qualidade urbana da cidade. Bibliografia Jornal Diário da Manhã. 18/abril de 1952 - pág. 1; 28/março/1952 - Edição Especial de Aniversário de Ribeirão Preto ; 14/junho/1979 - Edições Douradas - pág. 15. Nascimento S. - Vitrúvios - Antecipar a discussão entre o esvaziamento do centro e a expansão urbana de Ribeirão Preto. 2012. Disponível em <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/minhacidade/12.142/4320>. Acesso 28 set. 2016. Pirâmide Imóveis. 2016. Disponível em < http://www.imobiliariapiramide.com.br/referencias/Ribeirao- Preto/SP/Logradouro/Jer%F4nimo+Gon%E7alves,+av-87.xhtml-1.html>. Acesso em 28 set. 2016. Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto. Arquivo público e histórico de ribeirão preto. Ruas e Caminhos. Disponível em < https://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/scultura/arqpublico/historia/i14jeronimo.htm#fonte s>. Acesso 28 set. 2016
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