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Aluna: Thayná Daniele Silva RA: C7802J-1 9º semestre. Trabalho de Complementos de sistemas estruturais. Industrialização da Madeira Na construção civil são utilizados diversos materiais extraídos do meio natural, um deles facilmente encontrado é a madeira que pode ser utilizada para contrução de residências e edificações das seguintes maneiras: de forma temporária, na instalação de canteiro de obras, produção de formas, escoramentos e andaimes, mas também de forma definitiva como é o caso de pisos, foros, esquadrias e estruturas de cobertura, muito utilizadas no Brasil. O fato da madeira ser resultado de um ser vivo, apresenta algumas peculiaridades que permitem alterar a qualidade do material dependendo da sua finalidade. Dentre as desvantagens do seu uso, estão, a susceptibilidade ao fogo e as caracteristicas do local de origem como o teor de umidade, que ocasiona na perda de propriedades mecânicas responsaveis pela resistência da madeira em situações de compressão, tração, flexão, cisalhamento e fendilhamento. No entanto essas desvantagens podem ser eliminadas ou, ao menos, minimizadas, por meio do emprego de tecnologias já bastante utilizadas nos países desenvolvidos. No Brasil, a madeira serrada é a mais comercializada, porém a sustentabilidade da industria madereira está comprometida devido a tradicional destruição das florestas e insuficiência de plantio que causam a escassez da madeira, outro ponto a ser melhorado é o padrão tecnológico, necessário para evitar o desperdicío e ampliar a qualidade do produto. A respeito do teor de umidade, ainda predomina a falta de informação, muitas vezes não são levados a sério os critérios para manter a umidade em equilibrio e as peças de madeira acabam secando no depósito do comprador, tal pratica pode ocasionar em empenamentos e rachamento do material. Cobertura em madeira Podemos observar atualmente, uma grande variedade nos sistemas estruturais de madeira, dentre elas, pórticos para barracões, pórticos de vários andares para grandes edificações, além de arcos e abóbadas. Porém os elementos de madeira serrada no Brasil, são empregados com mais frequencia na construção de telhados, em conjunto de tesouras, terças, ripas e caibros. Figura 1. - Elementos do telhado Fonte: Infoescola. Figura 2. - Madeira serrada Fonte: MFRURAL. O telhado é composto por duas partes principais: cobertura (telhas) e agrupamento dos elementos estruturais para sustentação da cobertura, que pode ser de madeira ou metálica. A treliça, composta por banzos superiores e inferiores, montantes e diagonais, desenpenha uma função essecial recebendo e transferindo as ações do suporte de telhas para o restante da estrutura. Figura 3. - Treliça howe Fonte: GESUALDO (1999) I - banzo superior; II- banzo inferior, linha tirante; III- montante ou pendural; IV- diagonal ou escora. Madeira laminada colada A madeira laminada colada é um material estrutural produzido por meio da junção de seguimentos individuais de madeira, colados com um adesivo certificado para uso estrutural, á prova d'água. Aproveitando os pequenos pedaços de madeira para formar uma peça maior, resistente e duravel, sua produção se torna mais sustentavel pois permite o uso consciente das florestas plantadas. A inserção desse tipo de madeira no Brasil se deu em meados do século XX, e a primeira frabrica iniciou seus serviços em 1934, no estado do Paraná, com base na tecnologia trazida por imigrantes alemães, mas somente na década de 60 chegou ao estado de São Paulo a primeira fábrica da região sudeste. Atualmente estão em funcionamento 07 fábricas produtoras de MLC dispostas estre os estados da região sul, sudeste e centro-oeste. A MLC possui algumas características que podem ser abordadas: a flexibilidade de fabricação de peças em formatos e dimensões variados, incluindo a configuração curva e seções variáveis; boa resistencia ao fogo se comparada a do aço e concreto; potencial de vencer grandes vãos. Mesmo com tantas qualidades, disponibilidade florestal e empresas produtoras, ainda existem dificuldades a respeito da industrialização da mesma no país, essas ocorrem devido a falha de conhecimento técnico, pela baixa demanda ou pelo custo final do produto. A deficiência na formação de profissionais na área da construção civil (arquitetos e engenheiros) sobre o material e sua correta utilização, pode acarretar em erros de projetos resultando em patologias e dificuldades de compatibilização com projetos complementares; outros fatores que implicam na difussão da MLC no Brasil. Figura 4. - Madeira laminada colada. Fonte: Archdaily. Madeira laminada colada cruzada (CLT) A madeira laminada é produto da união de lâminas para formar uma única unidade estrutural, gerando elementos lineares, que podem ser curvos ou retos, mas sempre lineares. A CLT, no entanto, provoca a união de tábuas em camadas perpenticulares, expandindo as possibilidades de fabricação, para placas ou superficies, como por exemplo: pisos, paredes, forros, mobiliários e telhados Figura 5. - CLT Fonte: Arthdaily. Devido ao posicionamento de cada uma de suas camadas londitudinais e verticais, os graus de contração e dilatação da maneira nos painéis são minimizados, enquanto a carga estática e estabilidade da forma são ampliadas consideravelmente, dessa forma a placa apresenta boa resistencia á tração e compressão. A CLT começou a ser fabricada inicialmente com o propósito de reutilizar o material de menor valor. Atualmente, o uso da madeira está se tornando um fator relevante na industria em virtude de seu impacto ambiental. Compado ao concreto, que emite grantes quantidades de CO2 na atmosfera, a produção da madeira é mais limpa e sustentável, se extraidas das áreas de reflorestamento. Quando se trata de projetos com a madeira laminada cruzada, o manuseio deve ser mais cuidadoso, o projeto leva mais tempo para ser concluído e o custo do material é alto, no entanto, esses fatores podem ser compensados com o menor tempo de obra, durando apenas alguns dias, e a minima geração de resíduos. Painéis de madeira Existem alguns tipos de paineis de madeira presentes no mercado, sendo eles: MDF, MDP, Compesado e OSB. O maior crescimento em produtos de madeira no Brasil é dos painéis industrializados, exceto o Compensado, que vem perdendo competitividade nas últimas duas décadas por conta da crescente dificuldade de explorar e vender madeira tropical da Amazônia, tal como aos custos de produção no Brasil, principalmente devido ao valor de energia, logística e dificuldades de crédito. O segmento de painéis de madeira, é um dos mais acentuados na produção florestal, sendo o Brasil o sétimo maior produtor mundial. Quanto ao consumo, segundo BNDS (2014), ocupa a oitava posição, apresentando o consumo de painéis maior relacionado com padrãos culturais, hábitos e oferta local de produtos. O MDF (Medium Density Fiberboard) é um material bastante utilizado na decoração e composição de ambientes interiores, já que permite diversos tipos de acabamentos, como pintura simples ou laqueada, colagem de lâminas naturais ou melamínicas e até a impressão de padrões. É um material leve e resistente, constituido por fibras de madeira ligadas atraves de resinas sintéticas e aditivos, comprimidos pela ação de pressão e calor, resultando em placas maciças e uniformes, no entanto, deixa a desejar quando se trata de resistencia ao fogo. Por serem maleáveis, as placas de MDF aceitam vários tipos de intervenções podendo ser cortadas, lixadas, pregadas, perfuradas, entalhadas, coladas e parafusadas. As peças podem receber variados acabamentos, como bordas arredondadas e entalhes, essa característica faz com que o MDF apresente vantagem sobre os outros tipos de placas como o OSB e o MDP por exemplo, já que essesmateriais só oferecem a possibilidade de cortes retos. Figura 6. - MDF Fonte: Alcadiadeapopa. Figura 7. - Painéis de MDF. Fonte: Archdaily. O Aglomerado e MDP, são produtos da prensagem com calor de resíduos da madeira, como seragem e pó, compactados com adesivo sintético. Podem receber pinturas, vernizes, mas não a colagem de lâminas, já que a superficie não é tão lisa e uniforme. Sua principal vantagem, é o baixo custo. A diferença entre eles é que no MDP as particulas mais finas de acomodam na face, e as mais grossas, no miolo, o que permite um melhor acabamento, estanqueidade ao painel e mais possibilidades de aplicação de revestimentos. Figura 8. - MDP. Fonte: myhomegranjaviana. Figura 9. - painéis MDP. Fonte: archdaily. Os painéis compensados são formados de lâminas de madeira sobrepostas e perpenticuares entre si, ligadas com cola e prensadas com calor, normalmente em número ímpar de lâminas. Assim como a madeira laminada cruzada, é capaz de suportar tensões maiores mediante a posição das fibras em angulos retos. Figura 10. - Madeira compensada. Fonte: LAB madeiras. Já os painéis em OSB são bastante incorporados em arquitetura devido a sua estética característica, tratam-se de lascas de madeira prensadas e unidas com resina aplicada por alta pressão e calor. Tem boa capacidade de isolamento acústico, boa resistencia mecânica e rigidez, além de ser uniforme, não possuir espaços vazios em seu interior, sem nós ou fendilhados. Figura 11. - OSB. Fonte: o telhadão. Figura 12. - painel OSB. Fonte: hometeka. Wood frame Essa técnica construtiva é baseada em moldes de madeira e placas estruturais, que trabalhando em conjunto, são utilizados para criar de casas á edificações de até 5 pavimentos. Ou, como conhecemos aqui, é o processo que resulta nas casas pré-moldadas. O termo Wood Frame vem do inglês, traduzindo significa estrutura de madeira. Faz uso de perfis leves que são extremamente flexíveis, permitindo bastante acabamentos interior ou exterior. O processo de uma obra em wood frame se baseia na instalação da estrutura de madeira, reponsável por sustentar todo projeto arquitetônico, depois o espaço entre as guias de madeira é preenchido com mantas que vão atuar como isolante térmico, e por último, a fase de cobertura e vedação do projeto. Figura 13. - Obra em wood frame. Fonte: Blog do light steel frame. Dentre as vantagens de seu uso, estão: Sustentabilidade A construção civil é o setor que mais gera resíduos sólidos para o meio ambiente, oriundos da obra em alvenaria, como sobras de argamassa, concreto e areia que não podem ser reaproveitados. Diante desse contexto, a principal vantagem da construção em wood frame é a redução dos resíduos gerados durante a obra. Madeira de reflorestamento O uso consciente da madeira está relacionado desde sua origem, a madeira de reflorestamento é obtida de florestas plantadas, que já foram cuidadas com a finalidade de servir para determinado uso, ou seja, não existe devastamento de mata nativa. Conforto térmico e isolamento acústico A madeira é um mau condutor térmico em consequência de sua estrutura celular, o que significa que ela funciona melhor como isolante do que como condutor de temperatura, absorvendo até 40 vezes menos calor do que a alvenaria de tijolos. Aplicação de diversos revestimentos A superficie permite o uso de vários tipos de revestimentos, como tinta azulejo, cerâmica, porcelanato, entre outros. Para áreas expostas a umidade, como banheiro e cozinha, é recomendado o uso de drywall sob o revestimento, com placa RU (Resistente à umidade), que protege a infraestrutura contra respingos, escorrimento de água e vapor condensado. Já as desvantagens consistem em: Necessidade de mão de obra demasiadamente especializada. Pelo fato de não ser um sistema construtivo muito utilizado no Brasil, implica em conhecimentos, ferramentas e materiais específicos. Figura 14. - Casa em wood frame. Fonte: vivadecora. 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