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EXPONDO 23 DA BÍBLIA REVELADA EXPLICADO ( Somente os DEPOIS DA DAKE A DI NELSON Por: Prof. Roberto dos Santos, PhD 3INTERPRETAÇÕES DUVIDOSAS DA BÍBLIA REVELADA – NOVO TESTAMENTO EXPLICADO DI NELSON Somente os Comentários Selecionados da Carta aos Efésios) DEPOIS DA DAKE A DI NELSON Por: Prof. Roberto dos Santos, PhD * Pastor. Teólogo. Exegeta 1 INTERPRETAÇÕES DUVIDOSAS NOVO TESTAMENTO Comentários Selecionados da DEPOIS DA DAKE A DI NELSON 2 INTRODUÇÃO Ao tomar conhecimento da chegada de mais uma Bíblia de Comentário no Brasil, alguns crentes sérios se preocuparam com as diferenças dessas Bíblias “particulares” em relação à verdadeira interpretação Palavra de Deus. Torna-se difícil, às vezes, o trabalho dos pastores simples e crentes que pouco conhece de exegese bíblica e a formação da Palavra de Deus. Nos seus comentários da carta de Paulo aos Efésios, portanto, o pastorAldery Nelson Rocha comete no mínimo 23 erros cujas citações serão analisadas e corrigidas a seguir. O nosso objetivo foi o de esclarecer algumas doutrinas da Palavra de Deus , que , supostamente , foram interpretadas equivocadamente pelas notas da Bíblia Revelada. Não tivemos a intenção de criticar a conduta ilibada do responsável pela dita Bíblia , mas tão-somente o de contribuir com a igreja de Jesus Cristo , uma vez que muitos irmãos simples e até obreiros nos pediram que fizéssemos uma avaliação critico-exegética e teológica dos comentários expostos pelo Pastor Aldery Nelson Rocha. Ao ser questionado por inúmeros obreiros no Brasil sobre a dita Bíblia de Comentário, resolvi apresentar a Igreja Evangélica Assembleia de Deus uma resposta de acordo com o que diz a Palavra de Deus, seguindo as regras da hermenêutica bíblica e exposição teológicas de renomados pastores e interpretes do cristianismo. Como não nos foi possível até o presente momento analisar todos os comentários dos vinte e sete livros do Novo testamento Explicado da Bíblia Revelada, achamos por bem apenas começarmos com a carta de Paulo aos Efésios, por ser considerada pelos eruditos da teologia como a Rainha das Cartas Paulinas. São Paulo 16 de junho de 2011. Roberto dos Santos, PhD 3 1. " Não há eleição sem decisão. Deus não nos pred estinaria para a salvação incondicionalmente, pois isto invalidaria o sacrifício de Cristo, que entregou a sua vida em favor de todos..." (Com entário Efésios 1.4). RESPOSTA: Aquela era a última ceia de Páscoa que Jesus celebraria com Seus discípulos antes da crucificação. Enquanto comiam, Jesus tomou um cálice, agradeceu e disse: “isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissã o de pecados ” (Mt 26.28). É incerto quanto os discípulos entenderam desse pronunciamento profético. Porém, seu significado se esclareceria pouco depois, ao testemunharem a morte sacrificial de Jesus na cruz e lembrarem as palavras que Ele dissera ao erguer o cálice. Foi através de Sua morte e do Seu sangue derramado que Jesus estabeleceu uma Nova Aliança que mudaria o rumo da história da humanidade, tanto para os judeus quanto para os gentios. Lendo Hebreus 8-10 , podemos verificar sua relação com Mateus 26.28 . Jesus não usa a expressão”...que entregou sua vida em favor de todos “, conforme comentário da Bíblia Revelada. Jesus disse: “em f avor de muitos” 2. “ Mas o homem não passou no teste e comeu da árvore proibida que pertencia a Deus e era o dízimo da criação” (Comen tário de Efésios 3.4)" RESPOSTA: Em primeiro lugar, devemos notar que não há na Bíblia NADA que fale de Dízimo da Criação . Isto não passa de uma nova doutrina. Os pormenores sobre esta árvore são muito escassos no texto bíblico. Refere-se apenas a sua localização central no Jardim do Éden e que o primeiro casal humano foi impedido de alcançar esta árvore após terem desobedecido ao mandamento divino. Foram assim expulsos desse jardim ou paraíso original. Como forma de impedir que, tanto Adão e Eva, como provavelmente a sua descendência voltassem a entrar no Jardim, e consequentemente tomarem dos frutos da Árvore da Vida, a Bíblia refere que Deus colocou criaturas sobre- humanas, designadas por querubins, que possuíam uma espada de fogo que se revolvia continuamente. Segundo o relato bíblico, esta árvore já havia sido colocada no jardim antes da criação do primeiro homem, Adão. Muitos comentaristas afirmam que esta árvore não possuiria qualidades intrinsecamente vitalizadoras nos seus frutos, mas seria um símbolo representativo da garantia de vida eterna, da parte de Deus, para aqueles a quem Ele permitisse comer do fruto dela. Visto que Deus colocou essa árvore ali, crê-se que o objectivo seria permitir a Adão que comesse do seu fruto, talvez após ficar provada a sua fidelidade ao ponto que Deus julgasse satisfatório e suficiente. Quando Adão desobedeceu, foi-lhe cortada a oportunidade de comer daquela árvore, impedindo-o a ele e à sua descendência de alcançar a vida eterna. 4 A Arvore da Vida aqui é simbolismo, representa Jesus Cristo. Joao em seu Evangelho nos deixa bem claro que Jesus Cristo estava aqui desde o principio (Jo 1.1-14). Outro ponto de vista aponta para o fato de que Deus já permitia que Adão e Eva comessem do fruto da árvore da vida, pois foi dito: "E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente," (Gen 2:16)Com exceção de UMA, a do conhecimento do bem e do mal . Isso implica que eles já podiam comer o fruto da árvore da vida sem aguardar autorização posterior. Aceitando esse raciocínio, era o fruto literal da árvore que garantia a vida eterna. A Bíblia faz referência directa a esta árvore apenas no primeiro e no último livro: • Génesis 2:9 "Jeová (Deus) fez assim brotar do solo toda árvore de aspecto desejável e boa para alimento, e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau." - Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas , (1986) • Génesis 3:22-24 "Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, o Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida." - Almeida, Versão Corrigida e Fiel. No último livro da Bíblia, o Apocalipse ou Revelação, ao se mencionarem sete cartas enviadas por Jesus Cristo a igrejas ou congregações em sete cidades, faz-se a seguinte referência concernente aos cristãos em Éfeso: • Revelação ou Apocalipse 2:7 "Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor darei de comer (do fruto) da árvore da vida, que se acha no paraíso de Deus." - Bíblia Avé Maria Apesar de não terem associação com esta árvore do Jardim do Éden, existem outras referências simbólicas a árvores frutíferas, de folhas curativas, mencionadas nas visões registadas por Ezequiel e por João, em Ezequiel 47:7, 12 e Revelação 22:2, 14. No livro de Provérbios surge a expressão "árvore de 5 vida" associada com a verdadeira sabedoria, com os frutos do justo, com a realização de uma coisa desejada, e com a calma da língua (Provérbios 3:18; 11:30; 13:12; 15:4). 3. “Quem criou o mal? Deus criou o mal. Satanás nã o é criado de nada. Mas, há um segredo: Deus não criou o mal como pess oa, mas como instrumento de justiça; criou o mal como um estado (condição em que encontra-se um sistema). Então criou o mal como um ser ativo, mas na condição estacionária,inativo” (Comentário de Efés ios 1.4) RESPOSTA: ISAÍAS 45:7 - Deus é o autor do mal? PROBLEMA: Deacordo com este versículo, Deus forma a luz e cria as trevas, faz a paz e cria o mal (Lm 3.38; Am 3.6). Mas muitos outros textos das Escrituras nos informam que Deus não é mau (1Jo 1.5), que ele não pode nem mesmo ver o mal (Hc 1.13), nem pode ser tentado pelo mal (Tg 1.13). SOLUÇÃO: A Bíblia é clara ao dizer que Deus é moralmente perfeito (Dt 32. 4; Mt 5:48), e que lhe é impossível pecar (Hb 6.18). Ao mesmo tempo, sua absoluta justiça exige que ele puna o pecado. Este juízo assume ambas as formas: temporal e eterna (Mt 25:41; Ap 20.11-15). Na Sua forma temporal, a execução da justiça de Deus às vezes é chamada de "mal", porque parece ser um mal aos que estão sujeitos a ela ( Hb12.11). Entretanto, a palavra hebraica correspondente a mal (rá) empregada no texto nem sempre tem o sentido moral. De fato, contexto mostra que ela deveria ser traduzida como "calamidade" ou "desgraça", como algumas versões o fazem (por exemplo, a BJ). Assim, se diz que Deus é o autor do "mal" neste sentido, mas não no sentido moral - pelo menos não da forma direta. Além disso, há um sentido indireto no qual Deus é o autor do mal em seu sentido moral. Deus criou seres morais com livre escolha, e a livre escolha é a origem do mal de ordem moral no universo. Assim, em última instância Deus é responsável por fazer criaturas morais, que são responsáveis pelo mal da ordem moral. Deus tornou o mal possível ao criar criaturas livres, mas estas em sua liberdade fizeram com que o mal se tornasse real. É claro que a possibilidade do mal (i.e., a livre escolha) é em si mesma uma boa coisa. Portanto, Deus criou apenas boas coisas, uma das quais foi o poder da livre escolha, e as criaturas morais é que produziram o mal. Entretanto, Deus é o autor de um universo moral, e neste sentido indireto, ele, em última instância, é o autor da possibilidade do mal. É claro, Deus apenas permitiu o mal, jamais o promoveu, e por fim irá produzir um bem maior através dele ( Gn 50.20; Ap 21- 22). 4. “ Se o homem não tivesse comido do fruto da árv ore do bem e do mal, seria eleito nas mesmas condições em que se e ncontra hoje, depois de aceitar o sacrifício de Cristo em seu lugar e de crer no Senhor Jesus Cristo; se comesse do fruto da árvore da vida, pas saria a experimentar 6 da natureza divina, conhecendo o amor de Deus para com os homens através de Cristo. O homem comeria da árvore da vid a e tornar-se-ia eterno e santo como os anjos eleitos” (Comentário de Efésios 1.4) RESPOSTA: Quando Pelágio se fez notar dentro da Igreja Cristã, Agostinho já era uma figura influente. Pelágio era um monge britânico que apareceu em Roma, por volta do ano 400 d.C., para refutar as doutrinas de Agostinho. Pelágio escreveu um comentário sobre as epístolas paulinas em 409 d.C.. A sua posição teológica pode ser denominada de “monergismo humano”, e esta foi expressa de forma mais desenvolvida pelo seu principal discípulo Celestius. Esse “monergismo humano” de Pelágio é assim chamado porque para ele o poder da vontade humana é decisivo e suficiente na experiência da salvação. Sua célebre frase expressa claramente essa mentalidade, quando ele afirma “se eu devo, eu posso”. O posicionamento da Bíblia Revelada é o mesmo do monge Pelágio: condicionalismo teológico. A expressão “se” não existe no programa divino, pois tudo foi muito bem planejado por Deus desde a eternidade. Pensar que a eleição ou salvação divina seria aplicada pelo sacrifício de Cristo mesmo sem a intervenção do pecado ou o ato de comer do fruto da arvore do conhecimento do bem e do mal , fica bem claro que o comentarista nada entendeu do verdadeiro significado soteriológico de Jesus Cristo na Cruz dentro do programa divino. Por conseguinte, se o homem não pecasse a semelhança de Gn 3 não seria necessário nenhum sacrifico expiatório. A tese acima defendida pelo autor da Bíblia Revelada cárcere de lógica e hermenêutica bíblica. 5. "Deus não tinha corpo humano, mas o homem havia sido preparado uma imageme semelhança de Deus. Logo, havia prepara do uma imagem, um corpo, pelo qual baseou-se para a formação do ho mem , Hb 10.5;Gn 1.16. Tendo sido provada a parentela do homem com a sua imagem original” (Comentário de Efésios 1.7). RESPOSTA: Seria interessante que o comentarista da Bíblia Revelada lesse a seguinte obra: A imagem e Semelhança de Deus – a visão antropológica de Irineu de Lyon. Do pensamento ireneano, destaca-se a importância da unidade. A unidade que se deve traduzir na compreensão de Deus como Pai e Criador em oposição aos gnósticos. O mesmo Deus que cria, que plasma a obra é também o mesmo Deus que replasma , ou seja, que salva a obra criada. Esta unidade traduz-se, logicamente, na Escritura. Tanto o Antigo como o Novo Testamento nos falam de um único Deus que ao longo da história humana se revelou nas suas economias , ou seja, nas suas disposições. Um Deus que paulatinamente se deu a conhecer para que o Homem conhecendo-O se torne naquele que conhece. O Homem composto de corpo e alma só se realiza em plenitude na medida em que responde positivamente ao convite de Deus. O Homem Perfeito ou Espiritual só se alcança pela ação do Espírito de Deus, ou seja, pelo Espírito Santo. O Homem para St. Ireneu não é apenas carne ( sarx ), nem só alma ( psique ), como também o Espírito ( Pneuma ) de forma isolada não constitui o Homem. É na totalidade das partes que encontramos o Homem 7 perfeito. Os gnósticos, porém, defendiam três categorias de Homens: os hílicos (matéria), os psíquicos e os pneumáticos. Apenas os últimos eram passíveis de salvação. Só o elemento spiritus teria capacidade para empreender a viagem de regresso e reintegrar o pleroma inical. Só o homem pneumático possuía o conhecimento de si e o sentido da realidade efêmera. Perante esta compreensão antropológica, o bispo de Lyon contrapõe uma visão mais harmoniosa da Salvação. Em Irineu, tudo gira à volta da Salus carnis . Na verdade, a salvação é possível à carne porque lhe foi prometida a ressurreição e a incorruptibilidade em Jesus Cristo. Neste admirável mistério entra a participação do Espírito Santo. O Espírito anima, desde sempre, a história humana. Presente, com o Filho na Criação, colabora incansavelmente na plasmação do Homem à imagem e semelhança de Deus. Porque fomos feitos à imagem e semelhança divina, Deus ama a sua criatura e com perseverança a ensina a voltar-se para o seu Criador. Paulatinamente Deus acostuma-se ao Homem para que este também se habitue e conviva com Deus. Neste longo e paciente processo, a ação do Espírito Santo é inestimável. As páginas que o nosso teólogo consagra a tão admirável desempenho são de uma beleza e de uma intuição únicas. Ireneu está convicto de que existe uma harmonia ao longo de toda a História da Salvação. O Deus único e verdadeiro criou o Homem para conduzi-lo até a vida perfeita e incorruptível. O Homem que pelo Verbo recebeu a imagem de Deus e que no Espírito recebeu a possibilidade de fazer-se semelhante a Deus, só alcançará a sua inoperação plena uma vez habituado a ter Deus, tornando-se Homem Espiritual de forma que no Filho pelo Espírito Santo se torne filho e participe da imortalidade de Deus. A Exegese de Gênesis 1.26, contrária ao ensinamento da Bíblia Revelada Di Nelson, onde interpreta imagem e semelhança como sendo o corpo físico de Jesus.Somente o homem foi criado à imagem de Deus. A importância disto é enfatizada quando Deus, na primeira vez na semana da criação, deliberou isto consigo mesmo [vers. 26]. O pronome no plural [vers. 26] novamente indica a Tri-unidade de Deus. Nós deveríamos questionar a nós mesmos o que significa a expressão "imagem de Deus?" Alguns têm sugerido que isto se refere à fala, inteligência, capacidade de domínio e a alma imortal. Enquanto estas coisas podem ser incluídas no conceito, o ponto principal, entretanto, é a original natureza santa do homem. O ser humano foi criado comum amor a Deus e à sua bondade. Esta imagem foi corrompida e principalmente perdida na queda de Adão [Romanos 5:12]. Através de Jesus Cristo esta imagem é restaurada no Novo Nascimento [Colossenses 3:10; Efésios 4:24]. Sem dúvida nenhuma a imagem será realmente mais clara na ressurreição, quando nós seremos completamente redimidos por Cristo [Romanos 8:29; I João 3:2]. 6. " Um corpo lhe foi preparado, Hb 10.5. Sua alma o encarnou e ele veio habitar com os homens, Jo 1.14 “ (Comentário de Efé sio 1.7). RESPOSTA: Segunda a nota exegética de Strong (4983 do NT) , a palavra corpo no grego é soma e significa tanto de seres humanos como de animais. 8 O Concílio de Caledônia, diante de Constantinopla, em 451; foi o mais concorrido da antigüidade, pois dele participaram mais de 600 membros, entre os quais três delegados episcopais A assembléia rejeitou o “latrocínio de Éfeso”; depôs Dióscoro e aclamou solenemente a Epístola Dogmática de Leão a Flaviano; esta serviu de base a uma confissão de fé, que rejeitava os extremos do Nestorianismo e do Monofisismo, propondo em Cristo uma só pessoa e duas naturezas: “Ensinamos e professamos um Único e idêntico Cristo... em duas naturezas, não confusas e não tra nsformadas, não divididas, não separadas, pois a união das natureza s não suprimiu as diferenças; antes, cada uma das naturezas conservou as suas propriedades e se uniu com a outra numa Única pesso a e numa Única hipóstase”. Assim terminou a fase principal das disputas cristológicas: em Cristo não há duas naturezas e duas pessoas, pois isto destruiria a realidade da Encarnação e da obra redentora de Cristo; mas também não há uma só natureza e uma só pessoa, pois Cristo agiu como verdadeiro homem, sujeito à dor e à morte para transfigurar estas nossas realidades. Havia, pois, uma só pessoa (um só eu) divina, que, além de dispor da na tureza divina desde toda a eternidade, assumiu a natureza humana no sei o de Maria e viveu na terra agindo ora como Deus, ora como homem, mas sempre e somente com o seu eu divino. O Espírito que havia em Jes us Cristo era o próprio Deus e a alma que ele recebeu procedia de sua hum anidade. Portanto, afirmar que Jesus possuia uma pré-alma é heresia , pois o Verbo Divino é Deus em sua natureza e não precisa de alma. A alma é parte da antropologia. Jesus possuia uma ALMA RACIONAL e u m ESPÍRITO DIVINO. O Significado de Alma No Antigo Testamento ALMA (נפׁש, nephesh, hebraico;grego, psuche; Latin anima): (1) Alma, assim como espírito, tem várias nuanças de significado no Antigo Testamento, que podem ser resumidas da seguinte forma: “alma”, “ser vivo”, “vida”, “eu”, “pessoa”, “desejo”, “apetite”, “emoção” e “paixão” (BDB sob a palavra). Em primeira instância, ela significava aquilo que respira, e como tal, distingue-se de basar, “carne” (Isa 10:18; Deu 12:23); de she'ēr, “a carne interior”, próximo dos ossos (Prov 11:17, “a própria carne”); de beten, “barriga” (Sal 31:10, “Minha alma e meu ventre são consumidos com dor”), etc (2) Como o fôlego de vida, que se afasta na morte (Gen 35:18; Jer 15:2). Daí, o desejo dos santos do Antigo Testamento de serem livrados do Sheol (Sal 9 16:10, “Tu não deixarás a minha alma ao Sheol”) e de shachath, “a cova” (Jó 33:18, “para reter a sua alma da cova”; Isa 38:17, “Tu ... livra-a (minha alma) a partir do poço de corrupção”). (3) Por uma transição fácil a palavra vem a significa a vida individual e pessoal, a pessoa, com dois tons distintos de sentido que poderiam ser melhor indicados pelo latim anima e animus. Como anima, “alma”, da vida inerente ao corpo, o princípio animador no sangue é denotado (compare Deut 12:23, 12:24, “Certificai-vos de não comer o sangue: Pois o sangue é a alma. Não deveis comer a alma com a carne”). Como animus, “mente”, o centro de nossas atividades mentais e passividades. Assim, lemos de “uma alma faminta” (Psa_107: 9), “uma alma cansada” (Jer 31:25), “uma alma repugnante” (Lev 26:11), “uma alma sedenta” (Psa_42: 2), “uma alma triste” (Jó 30:25), “alma amorosa” (Son 1:7), e muitas outras expressões. Cremer tem caracterizado este uso da palavra em uma frase: “nephesh(alma) no homem é o assunto da vida pessoal, da qual pneuma, ou ruah (espírito), é o princípio”(Léxico,795) (4) Esta individualidade do homem, entretanto, pode ser indicada por pneuma também, mas com uma distinção. Nephesh, ou “alma”, só pode denotar a vida individual com uma organização de material ou corpo. Pneuma, ou “espírito” não é tão restrito. Escritura fala de “espíritos dos justos aperfeiçoados” (Heb 12:23), onde não pode haver pensamento de algo material, físico ou organização corpórea. Eles são “seres espirituais livres de definhamentos e corrupções da carne” (Delitzsch, no local citado). Para uma utilização excepcional de psuche no mesmo sentido ver Ap 6:9; 20:4, e (independentemente do sentido de Sal 16:10) Fonte: International Standard Bible Encyclopedia de James Orr, M.A., D.D., Editor General 7. “ O Pai é a primeira pessoa de sua divindade, e há uma pluralidade de pessoas. Evidencias de sua divindade plural em pes soas, uma essência espiritual diversa em suas manifestações. Na criaçã o do homem, eles falaram de uma imagem para os três , Gn 1.26. Quand o Adão foi expulso do Éden , eles falaram : o homem tornou-se como cad a um de nós, Gn 3.22. Quando houve a confusão em babel, Deus falo u no plural: Desçamos e confundamos ali sua imagem” (Comentário de Efésios 1.10) RESPOSTA: Os termos Imagem e Semelhança de Gn 1.16, nada tem de relação com a doutrina da trindade de Deus. As expressões que aparecem no Genesis no plural dizem apenas a respeito da ação de Deus em conjunto com os anjos. Talvez o sentido da Trindade de Deus nunca foi afirmado melhor do que está por A. H. Strong ! "em a natureza do Deus único há três distinções eternas que se nos representam sob a figura de pessoas e estas três são iguais" (Systematic Theology, pág. 144). A doutrina da Trindade não quer dizer que Deus meramente Se manifesta em três diferentes maneiras. Há três distinções atuais na Divindade. A verdade disto aparecerá mais claramente depois. Isto está provado, de um lado, pela imutabilidade de Deus. Se já houve um tempo em que estas distinções não existiram, então, quando vieram a 10 existir, Deus mudou. Provado está outra vez pelas Escrituras, as quais afirmam ou implicam a eternidade do Filho e do Espírito Santo. Vide João 1:1,2; Apocalipse 22:13,14; Hebreus 9:14. "Não é resposta a isto, que as expressões "gerado" e "procedido de" envolvem, a idéia da existência antecedente do que gera e de quem há processão, porque estes são termos da linguagem humana aplicados a ações divinas e devem ser entendidos ajustadamente a Deus. Não há aqui dificuldade maior do que em outros casos em que este princípio está prontamente reconhecido (Boyce, Abstract of Systematic Theology, págs. 138, 139). A Doutrina da Trindade não quer dizer triteismo. Quando falamos das distinções da Divindade como pessoas, devemos entender que usamos o termo figuradamente. Não há três pessoas na Divindade no mesmo sentido em que três seres humanos são pessoas. No caso de três seres humanos há divisão de natureza, essência e ser, mas Deus não é assim. Tal concepção de Deus está proibida pelo ensino da Escritura quanto à unidade de Deus. Ao estudar por mais de vinte anos a famosa obra de teologia Sistemática de Louis Berkhof, compreendi que para entender a doutrina da Trindade depende decisivamente da revelação. Isto para evitar interpretações heréticas e antibiblicas. É verdade que a razão humana pode sugerir algumas idéias para consubstanciar a doutrina, e que os homens, fundados em bases puramente filosóficas, por vezes abandonaram a idéia de uma unidade nua e crua em Deus, e apresentaram a idéia do movimento vivo e de auto-distinção. Também é verdade que a experiência cristã pareceexigir algo parecido com esta construção da doutrina de Deus. Ao mesmo tempo, é uma doutrina que não teríamos conhecido, nem teríamos sido capazes de sustentar com algum grau de confiança, somente com base na experiência, e que foi trazida ao nosso conhecimento unicamente pela auto-revelação especial de Deus. Portanto, é de máxima importância reunir suas provas escriturísticas. a . Provas do Velho Testamento. Alguns dos primeiros pais da igreja, assim chamados, e mesmo alguns teólogos mais recentes, desconsiderando o caráter progressivo da revelação de Deus, opinaram que a doutrina da Trindade foi revelada completamente no Velho Testamento. Por outro lado, o socinianos e os arminianos eram de opinião que não há nada desta doutrina ali. Tanto aqueles como estes estavam enganados. O Velho Testamento não contém plena revelação da existência trinitária de Deus, mas contém várias indicações dela. É exatamente isto que se poderia esperar. A Bíblia nunca trata da doutrina da Trindade como uma verdade abstrata, mas revela a subsistência trinitária, em suas várias relações, como uma realidade viva, em certa medida em conexão com as obras da criação e da providência, mas particularmente em relação à obra de redenção. Sua revelação mais fundamental é revelação dada com fatos, antes que com palavras. E esta revelação vai tendo maior clareza, na medida em que a obra redentora de Deus é revelada mais claramente, como na encarnação do Filho e no derramamento do Espírito.E quanto mais a gloriosa realidade da Trindade é exposta nos fatos da história, mais claras vão sendo as afirmações da doutrina. Deve-se a mais completa 11 revelação da Trindade no Novo Testamento ao fato de que o Verbo se fez carne, e que o Espírito Santo fez da igreja Sua habitação. Têm-se visto, por vezes, provas da Trindade na distinção entre Jeová e Elohim, e também no Plural Elohim, mas a primeira não tem nenhum fundamento, e a última é, para dizer o mínimo, duvidosa, embora ainda defendida por Rottenberg, em sua obra sobre De Triniteit in Israels Godsbegrip. É muito mais plausível entender que as passagens em que Deus fala de Si mesmo no plural, Gn 1.26; 11.7, contêm uma indicação de distinções pessoais em Deus, conquanto não surgiram uma triplicidade, mas apenas uma pluralidade de pessoas. Indicações mais claras dessas distinções pessoais acham-se nas passagens que se referem ao Anjo de Jeová que, por um lado, é identificado com Jeová e, por outro, distingue-se dele. Ver Gn 16.7-13; 18.1.21; 19.1-28; Ml 3.1. E também nas passagens em que a Palavra e a Sabedoria de Deus são personificadas, Sl 33.4, 6; Pv 8.12-31. Em alguns casos mencionam-se mais de uma pessoa, Sl 33.6; 45.6, 7 (com. Hb 1.8,9), e noutros quem fala é Deus, que menciona o Messias e o Espírito, ou quem fala é o Messias, que menciona Deus e o Espírito, Is 48.16; 61.1; 63. 9,10. Assim, o Velho Testamento contém clara antecipação da revelação mais completa da Trindade no Novo Testamento. b. Provas do Novo Testamento. O Novo Testamento traz consigo uma revelação mais clara das distinções da Divindade. Se no Velho Testamento Jeová é apresentado como o Redentor e Salvador do Seu povo, Jó 19.25; Sl 19.14; 78.35; 106.21; Is 41.14; 43.3, 11, 14; 47.4; 49.7, 26; 60.16; Jr 14.3; 50.14; Os 13.3, no Novo Testamento e o Filho de Deus distingue-se nessa capacidade, Mt 1.21; Lc 1.76-79; 2.17; Jo 4,42; At 5.3; Gl 3.13; 4.5; Fl 3.30; Tt 2.13, 14. E se no Velho Testamento é Jeová que habita em Israel e nos corações dos que O temem, Sl 74.2; 135.21; Is 8.18; 57.15; Ez 43.7-9; Jl 3.17, 21; Zc 2.10, 11, no Novo testamento é o Espírito Santo que habita na igreja, At 2.4; Rm 8.9, 11; 1 Co 3.16; Gl 4.6; Ef 2.22; Tg 4.5 O Novo Testamento oferece clara revelação de Deus enviando Seu filho ao mundo, Jo 3.16; Gl 4.4; Hb 1.6; 1 Jo 4.9; e do pai e Filho enviando o Espírito, Jo 14.26; 15.26; 16.7; Gl 4.6. Vemos o pai dirigindo-se ao Filho, Mc 1.11; Lc 3.22, o Filho comunicando-se com o Pai, Mt 11.25, 26; 26.39; Jo 11.41; 12.27, 28, e o Espírito Santo orando a Deus nos corações dos crentes, Rm 8.26. Assim, as pessoas da Trindade, separadas, são expostas com clareza às nossas mentes. No batismo do Filho, o pai fala, ouvindo-se do céu a Sua voz, e o Espírito Santo desce na forma de pomba, Mt 3.16, 17. Na grande comissão Jesus menciona as três pessoas: “batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”, Mt 28.19. Também são mencionadas juntamente em 1 Co 12. 4-6; 2 Co 13.13; e 1 Pe 1.2. A única passagem que fala de tri-unidade é 1.Jo 5.7, mas sua genuinidade é duvidosa, razão pela qual foi eliminada das mais recentes edições críticas do Novo Testamento. 8. "...A seguir, vem a predestinação, que começa n o nosso espírito e termina no nosso corpo. O conhecimento é do Espírit o Santo e a predestinação é do Pai...” (Comentário de Efésios 1.11). 12 RESPOSTA: Eleição e predestinação envolvem a salvação total do ser humano. O conhecimento e a predestinação são de toda a trindade. Sendo assim, dividir as habilidades metafísicas da divindade é transformar as três pessoas da trindade em interdependentes entre si e isso invalida a unidade que há nas pessoas da trindade. Deus só tem uma consciência! O comentarista da Bíblia Revelada fica inventando “interpretação “ que acaba próximo ao gnosticismo. Deus não age em etapas; Ele age em unidade. Por isso, dividir as ações de Deus, como se o próprio Deus estivesse dividido em três consciências seria o mesmo que admitir o politeísmo. O comentarista da Bíblia Revelada – Novo testamento Explicado , deveria ter lido e estudado Romanos 8.29-30 , e observar que o texto bíblico não diz nada disto. Antes de verificarmos o alcance dos decretos divinos é necessário compreendermos a estreita relação entre os decretos e a natureza de Deus. Os decretos são: Imutáveis , pois baseiam-se na onisciência, presciência, sabedoria e imutabilidade divina: “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as cousas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Is 46.10; 14.26-27; Sl 33.11). O Senhor não muda o seu plano, pois é fiel e verdadeiro. De acordo com Agostinho: “Deus não deseja uma coisa agora e outra, daqui a pouco; mas de uma vez só, e imediatamente, e sempre, Ele deseja todas as coisas que Ele deseja; não repetidas vezes, agora isto, depois aquilo; nem deseja depois o que antes não queria; nem não deseja o que antes desejava; porque tal tipo de vontade é mutável; e nenhuma coisa mutável é eterna”. Exeqüíveis , pois tudo o que Deus, no seu eterno conselho decretou, é factível: “ Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o executarei.” (Is 46.11b; 14.26-27). Inquestionáveis , “Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes.” (Dn 4.35). Absolutos , o decreto não depende, em nenhuma de suas particularidades, de qualquer coisa que lhe seja externa, como, por exemplo, das ações livres das criaturas morais e racionais, da desobediência ou fé previstas. Deus não só determinou o que vai acontecer, mas também em que condições será realizado (At 2.23; Ef 2.8; 1 Pe 1. 2). Fundamentados na sabedoria divina , “.. segundo o propósito daquele que faz todas as cousas conforme o conselho da sua vontade” (Ef 1.11; cf 3.10,11). Embora o estudo dos decretos divinos leve-nos a muitos labirintos, é certo que Deus elaborou Seu plano com sabedoria. O poeta entoa no Salmo 104.24: 13 “Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com sabedoria as fizeste; cheia está a terra das tuas riquezas”. Eternos , isto é, Deus criou o seu decreto na eternidade, embora a sua execução seja no tempo. Sendo o decreto eterno, todas as suas partes são, na mente de Deus, uma única intuição, emborana sua realização haja sucessão. É assim que o decreto, aparece sempre no singular, uma vez que Deus tem apenas um único plano todo inclusivo. O decreto é antes do princípio do tempo, mas sua realização acontece no curso da historicidade humana. É nessa projeção que Pedro vê a efetuação do plano salvífico em Cristo: “Conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós” (1 Pe 1.20). No entanto, o decreto não é eterno, no sentido em que Deus é eterno, pois resulta da livre e soberano vontade de Deus. Tudo o que transpirou no tempo foi decretado desde a eternidade por Deus. Alguns eventos decretados ocorrem mediante a agência divina, tais como a eleição, a criação, a regeneração, e a encarnação do Verbo. Outros são realizados na história mediante a atuação direta do homem, como por exemplo, na crucificação de Jesus Cristo. Livres , as Escrituras asseveram: “Quem guiou o Espírito do Senhor? Ou, como o seu conselheiro, o ensinou? Com quem tomou conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e lhe mostrou o caminho do entendimento?” (Is 40.13,14). Suas determinações não foram influenciadas por nenhum outro ser. Permissivos no campo moral e espiritual . Podemos afirmar que o decreto divino – considerando aquilo que é bom em oposição àquilo que é mal – pode ser dividido em dois aspectos: por designação e permissão divina. É a segunda categoria que trata do chamado decreto permissivo. O decreto de Deus com relação ao pecado é chamado de permissivo, porque não podemos admitir: Que Deus tenha desejado o mal para suas criaturas. O ato de Deus saber que o homem pecaria não o faz responsável pelo pecado ou mal moral. Se Deus não é o autor do pecado, então de onde procede o mal? Na verdade, o ato de você saber que uma pessoa vai errar não lhe faz responsável pelo erro. Suponhamos que você observa um indivíduo que constantemente atravessa uma rodovia movimentada sem respeitar a sinalização de trânsito. Você sabe que isso é errado, mas, se num desses dias, ele atravessar e sofrer um acidente, você se sentiria culpado por isso? Ou você dirá: “eu sabia que isto, um dia ou outro, iria acontecer”. O ato de Deus saber que o homem iria pecar, não o faz responsável pelo pecado, visto que o pecado é anterior a criatura humana, mas não à criação. Não é parte da criação perfeita de Deus, mas uma realidade introduzida na criação pela própria criatura. É a rebelião voluntária da criatura contra a vontade revelada de Deus (Tg 1.13,14). Assim mesmo, como poderia ser Deus o autor do pecado e daí condenar o homem a um inferno sem fim por fazer aquilo que Ele o havia induzido? A filosofia de que Deus é o autor do pecado porque sabia que o homem haveria de pecar, é antibíblica e repugna a perfeição dos atributos divinos. Mas, como afirma Thiessen: 14 “Baseado em Seu sábio e santo conselho, Ele decretou permitir que o pecado viesse. Isto Ele fez à luz do que sabia que a natureza do pecado viria a ser; do que sabia que o pecado faria à criatura; e do que sabia que teria que fazer para salvar quem quer que fosse” . Se é correto o decreto permissivo acerca do pecado, também o é, da derrota do pecado. Ele decretou permiti-lo, mas também derrotá-lo pelo bem (Gn 50.20; Sl 33.10,11; Sl 76.10; Dn 3.19-30; Fp 1.19,20). Em cada um destes textos, o pecado é derrotado pelo bem. Conforme Berkhof: “O decreto de Deus com referência ao pecado é comumente chamado decreto permissivo. Torna o ato pecaminoso futuro absolutamente certo, mas não significa que Deus, por Seu próprio ato, o fará acontecer. Deus decretou não impedir o ato pecaminoso da auto-determinação da criatura, mas regular e controlar os seus resultados (Sl 78.29; 105.15; At 14.16; 17.30)” (Fonte : Teologia & Graça). 9. "...O selo é para o corpo aquilo que o batismo c om o Espírito Santo é para a alma e o corpo , conjuntamente. O selo gar ante a ressurreição e o batismo no Espírito Santo garante o testemunho...” (Comentário de Efésios 1.13). RESPOSTA: A Bíblia não diz que o selo é para o corpo e que o batismo com o Espírito santo é para a alma e o corpo. Na verdade , quando Deus trata com o homem , Ele o trata em sua plenitude. A obra do Espírito Santo envolve toda existência humana, todo o ser humano, integral, pleno e por inteiro. Esta doutrina não passa de mais uma inovação mística do novo gnosticismo. Podemos considerar a resposta a seguir pelo seu teor escriturístico. Neste parágrafo, o apóstolo Paulo move-se da eternidade (Ef. 1.4-6), onde explica a doutrina da eleição de Deus em Cristo, da história passada (Ef. 1.7- 12) para a experiência e expectativa futura dos crentes (Ef. 1.13,14). O apóstolo Paulo destaca duas bênçãos gloriosas procedentes do Espírito Santo: selo e garantia: Em primeiro lugar, temos o selo do Espírito Santo ( Ef. 1.13) “Nele, também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa”. Paulo é enfático: O Espírito Santo selou-nos. O processo da salvação é ensinado nesse versículo. Ele mostra como um pecador torna-se santo: ele ouve o evangelho da salvação, como Cristo morreu pelos seus pecados e ressuscitou; ele crê com a fé que traz a salvação e, depois, é selado 15 com o Espírito Santo. Nós recebemos o Espírito imediatamente após confiar em Cristo, como nosso Senhor e Salvador. O que representa o selo do Espírito? William Hendriksen, ilustre escritor reformado, fala das três funções do selo: garantir o caráter autêntico de um documento (Et 3.12), marcar uma propriedade (Ct 8.6) e proteger contra violação e dano (Mt 27.66). Dr. Warren Wiersbe, amplia esta idéia falando sobre quatro aspectos da selagem do Espírito, como veremos a seguir: O selo fala de uma transação comercial consumada. Até hoje, quando documentos legais importantes são tramitados, recebem um selo oficial para indicar a conclusão da transação. Jesus consumou sua obra de redenção na cruz. Ele comprou-nos com seu sangue. Somos propriedade exclusiva dele. Portanto, fomos selados como garantia dessa transação final. Os compradores de madeira em Éfeso colocavam o selo na madeira e, depois, enviavam seus mercadores para buscá-la. O selo fala de um direito de posse. No mundo antigo, o selo representava o símbolo pessoal do proprietário ou do remetente de alguma coisa importante, por isso, tal como numa carta, distinguia o que era verdadeiro do que era espúrio. Era também a garantia de que o objeto selado havia sido transportado intacto. Deus pôs o seu selo sobre nós porque nos comprou para sermos sua propriedade exclusiva (1 Co 6.19,20; 1 Pe 2.9). John Stott diz que o selo é uma marca de possessão e autenticidade. O gado e até mesmo os escravos eram marcados com um selo por seus donos a fim de indicar a quem pertenciam. Mas tais selos eram externos, ao passo que o de Deus está no coração. Deus põe seu Espírito no interior de seu povo a fim de marcá-lo como sua propriedade. O selo fala de segurança e proteção O selo romano sobre a tumba de Jesus era a garantia de que ele não seria violado (Mt 27.62-66). Assim o crente pertence a Deus. O Espírito foi-nos dado 16 para estar sempre conosco. Ele somente nos deixará se pecarmos e apostatarmos da fé. O selo fala de autenticidade O selo, bem como a assinatura do dono, atesta a genuinidade do documento. O apóstolo Paulo diz: “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo” (Rm 8.9). Em segundo lugar, temos a garantia do Espírito Sant o (Ef. 1.14). “Que é a garantia da nossa herança, para a redenção da propriedade de Deus, para o louvor da sua glória”. O apóstolo Paulo também falou do Espírito Santo como garantia. O Espírito nos foi dado como garantia. A palavra grega (arrabon), de origem hebraica, entrou no uso da língua gregaprovavelmente por intermédio dos fenícios. Dr. William Barclay diz que, no grego clássico, Selo – significava o sinal em dinheiro que um comerciante tinha de depositar com antecedência ao fechar um contrato, dinheiro que perderia casa a operação não se concretizasse. Portanto, a palavra garantia, representa a primeira parcela de um pagamento, a garantia de que o pagamento integral será efetuado. O Espírito Santo é o primeiro pagamento que garante aos filhos de Deus que Ele terminará sua obra em nós, levando-nos para a glória (Rm 8.18-23; 1 Jo 3.1-3). A experiência do Espírito Santo que temos neste mundo é uma antecipação das alegrias e bênçãos do céu. Assim, a garantia, ou primeira parcela, é a comprovação da glória por vir, glória que não se manifestará apenas quando a alma e o corpo se separarem, mas também, e especialmente, na grande consumação de todas as coisas, na segunda vida de Cristo. O que é o batismo do Espírito Santo? Ao estudar o Got Questions.org , podemos definir o Batismo do Espírito Santo como a obra através da qual o Espírito de Deus coloca o crente em união com Cristo e em união com outros crentes no Corpo de Cristo, no momento da salvação. I Coríntios 12:12-13 e Romanos 6:1-4 são as passagens centrais na Bíblia onde encontramos esta doutrina. I Coríntios 12:13 declara: “Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer 17 judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito.” Romanos 6:1-4 declara: “Que diremos pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” Apesar de Romanos 6 não mencionar especificamente o Espírito de Deus, descreve a posição dos crentes perante Deus e I Coríntios 12 nos diz como isto acontece. É necessário que observemos três fatos que ajudam a solidificar nossa compreensão do Batismo do Espírito. Primeiramente, I Coríntios 12:13 afirma claramente que todos fomos batizados no momento em que bebemos (recebemos o Espírito para habitar em nós). Em segundo lugar, em nenhum lugar das Escrituras ela exorta que os crentes sejam batizados com/ no/ pelo Espírito. Isto indica que todos os crentes já experimentaram este ministério. Por último, Efésios 4:5 parece se referir ao batismo do Espírito. Se este é mesmo o caso, o batismo do Espírito já é a realidade de cada crente, assim como o são “uma fé” e “um Pai”. Concluindo, o batismo do Espírito Santo faz duas coisas: (1) nos une ao Corpo de Cristo, e (2) valida nossa co-crucificação com Cristo. Sermos parte de Seu corpo significa que somos levantados com Ele para novidade de vida (Romanos 6:4). Devemos então exercitar nossos dons espirituais a fim de mantermos este corpo funcionando adequadamente como afirma o contexto de I Coríntios 12:13. Experimentar o batismo do Espírito funciona como base para mantermos a unidade da igreja, como no contexto de Efésios 4:5. Sermos associados com Cristo em Sua morte, sepultamento e ressurreição através do batismo do Espírito estabelece a base para a conquista da nossa separação do poder do pecado que está dentro de nós e nossa caminhada em novidade de vida (Romanos 6:1-10, Colossenses 2:12) . O QUE É O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO? Revestimento de poder - Lc 24:49- “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.” Unção - I Jo 2:27 – “E a unção que vós recebestes dele fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas como a sua unção vos 18 ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis.” Virtude do Espírito - At 1:8 – “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda Judéia e Samaria e até os confins da terra.” Virtude é poder em ação. É o poder divino para testemunhar de Cristo, para ganhar os perdidos para Ele e ensinar-lhes a observar tudo quanto Ele ordenou. Diferença entre receber o Espírito Santo e o Batism o no Espírito Santo Receber: Jo 20.19-22 - “ ... assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.” Receber o Batismo: At 1.5, 8; At 2.4; At 2.39 Para quem é? – PARA TODOS At 2:38-39 – “...Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.”/ Joel 2:28-32 –“E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne.....” Existem duas coisas básicas que impedem uma pessoa de receber o batismo com o Espírito Santo : a incredulidade ou pecados não confessados. 10. "... Os principados são lideranças internaciona is. Jesus está assentado acima deles. As potestades são lideranças nacionais. Dominam nações. Jesus está assentado acima deles. Não devemos confundir as potestades com os principados. Os pri ncipados atuam coletivamente enas instituições internacionais. As potestades atuam sobre as nações. Os dominadores dominam as nações , e também pelos lideres do povo...” (Comentário de Efésios 1.21). " RESPOSTA: O que são "tronos, dominações, principados e potestades", segundo Colossenses 1.16?O apóstolo Paulo usa uma figura de linguagem chamada "hipérbole" (exagero), como faz em Romanos 8.38-39, quando diz, por exemplo, que nem altura, nem profundidade nos podem separar do amor de Jesus Cristo. O primeiro sentido, portanto, é este: tudo foi criado por Deus. Imagine a pessoa com mais poder no mundo: está sob o poder de Deus. Imagine a maior potência política, econômica e militar: está debaixo da onipotência de Deus. A teologia judaica da época entendia que os anjos se organizavam em ordens e esses termos (dominações, principados e potestades) são uma descrição desta organização. O apóstolo Paulo usa os termos da época, que seus leitores entendessem. Não estava ele referendando esta teologia rabínica, mas 19 buscando fazer uma ponte com seus leitores, para dizer "Até os anjos, dos mais aos menos importantes, foram criados por Deus Antes vejamos o que a Palavra de Deus nos diz: Romanos 8:38 – “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades ...” Efésios 2:2 - nos quais outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos de desobediência, Efésios 3:10 - para que agora seja manifestada, por meio da igreja, aos principados e potestades nas regiões celestes, Efésios 6:12 - pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades , conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões celestes. Colossenses 1:16 - porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades ; tudo foi criado por ele e para ele. Colossenses 2:15 - e, tendo despojado os principados e potestades , os exibiu publicamente e deles triunfou na mesma cruz. I Pedro 3:22 - que está à destra de Deus, tendo subido ao céu; havendo- se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potestades . De acordo com a Bíblia potestades , tem 2 significados e se refere a anjos e poderes . 11. "Jesus quis revelar esse mistério aos seus dis cípulos quando disse- lhes:“Naquele dia compreendereis que eu estou em meu Pai”. O Espírito Santo está em Cristo porque somos parte do Corpo d e Cristo. Jesus assume o corpo (cabeça da Igreja). O corpo é a Igr eja, mas o Pai habitará no corpo do filho porque, no fim de tudo , o Filho de sujeitará ao Pai, para que eles sejam tudo em tos (no seu corpo, e isto so mente será possível em um só corpo. Veremos no fim de todas as coisas q uando todas as coisas estiverem sujeitas ao Filho; veremos diant e de nossos olhos o Pai habitado no corpo do Filho , 1 Cor 15.26-28, e o mistério estará plenamente revelado...” (Comentário de Efésios 1.2 3). RESPOSTA: Em nenhuma parte da Escritura temos o ensinamento de que Deus no fim de tudo habitará no corpo de Jesus. Segundo a metafísica, tal doutrina não passa de fantasia. O comentarista diz “ para que eles sejam tudo em todos (no seu corpo, e isto somente será p ossível em um só corpo). Eu não sei onde o nosso irmão estudou teologia e filosofia, porque o que ensina contradiz todos os princípios da lógica, da metafísica e da teologia. Podemos classificar nesta tese da Bíblia Revelada – Novo Testamento 20 Explicado , os seguintes erros teológicos: 1). Que Deus habitará no fim de tudo no corpo de Jesus; 2) Que eles (isto é, os três membros da trindade), habitarão no corpo de Jesus; 3) Que veremos diante de nossos olhos o Pai habitado no corpo do Filho. Vamos por parte. Primeiro, o texto bíblico diz:” E, quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio Filho se sujeitará àquele (Deus – Pai) que todas as coisas lhe sujeitou , a fim de que Deus (Divindade em Plenitude) seja tudo em todos” (1 Co 15.28). É um absurdo como a nota do referido texto bíblico na Bíblia Revelada diz a mesma heresia: “Quando o Pai habitará no Corpo do Filho – Cl 1.19;2.9;Ef 4.3-4, P. 719); Segundo, a Bíblia não diz que Deus será revelado na eternidade no corpo de Jesus. Pelo contrário, na eternidade, a Bíblia diz que Deus será tudo em todos, isto é, todos os seres espirituais terão plena consciência de Deus; Terceiro, a Bíblia não diz que Deus – Pai habitará o corpo de Jesus. Os que sabemos segundo 1 João 3.2 lemos: “ Mas amados, agora somos filhos de Deus, e até agora não se manifestou o que haveremos de ser. Mas nós sabemos que quando ele manifestar-se, seremos semelhante a ele, e o veremos como ele é” (Bíblia Revelada). Como é possível Deus habitar no corpo de Jesus se Jesus é Deus revelado nas naturezas divina e humana de Jesus? E ainda: Jesus após a ressurreição recebeu um corpo glorificado , espírito vivificante , exaltado por Deus. De acordo com a Bíblia não é o Pai que revela o Filho , é o filho que revela o Pai (Mt 11.27; Jo 1.18). É Jesus , o Filho de Deus , que revelada Deus. Agora esse negócio de Deus habitar em um só corpo, o corpo de seu Filho , é doutrina que desconhecemos na Bíblia e na história da teologia cristã. A Bíblia diz que Deus (Pai-Filho-Espírito Santo) será tudo em todos, e não que o Pai habitará em um só corpo. Não haverá corpo para Deus habitar na eternidade. O que a Bíblia ensina é que Deus será tudo em todos (isto é, todos os espíritos dos justos aperfeiçoados, inclusive os anjos eleitos de Deus). O grande mistério é que todos os salvos e seres celestiais terão o mesmo privilégio da manifestação da glória de Deus em suas consciências, espíritos, poderes cognitivos da natureza criada. Veremos a Jesus , assim como ele é , mas ao sujeitar-se todas as coisas a Deus, Deus será tudo em todos. Ensinar o que a bíblia não diz é cometer enganos . 12. "...A eternidade tem três dimensões , de acord o com o nome do Senhor Jeová: era é e será...” (Comentário de Efési os 3.2). RESPOSTA: “Veja a exegese de dispensação no origina l grego: (oikonomeo) de 3623 (oikonomos); administração – de uma casa ou propriedade; especialmente uma administração religi osa: dispensação, administração” (Bíblia de Estudo PALAVRAS CHAVES : Hebraico/Grego). No Novo Testamento encontramos as seguintes refe rências bíblicas sobre a palavra diispensação: Ef.110; Ef. 3.2; Ef. 3.9 e Cl 1.25. Portanto, a palavra dispensação não tem nehuma implicação com a invenção de três dimensões, ou mesmo com o nome “Senhor Jeová: era é e será”. Tudo isto não passa de uma falácia hermenêutica. A expressão de Ap 1.4 , diz respeito a ação do Logos no Tempo/Espaço e não na eternidade . 21 O comentário de rodapé de Êxodo 3.14 da Bíblia de Estudo PALAVRAS CHAVES – hebraico/grego publicada pela CPAD não e stá muito claro ou bem colocado , pois o Nome do Eterno (IHVH) não pos sui corresponde em nenhuma língua ou dialeto. Mesmo a nota de refer ência do hebraico (1961) do termo (hãyah) raiz primitiva - compare com 1933; existir, isto é., ser ou vir a ser , acontecer (sempre enfático, e não um mero verbo de ligação ou auxiliar): - vir a ser, ser fazer-se; a lcançar , cumprir , andar fazendo , haver (semelhante) , passar , dar ocasião , será que, fazer , enfrequecer , vir, + seguir , suceder, X ter , dura r, pertencer, portai(vos), era (apressado), X ser/servir (para). Vervo que si gnifica existir , ser, vir a ser, acontecer , suceder ,ser feito. É usado mais de 3.500 vezes no Antigo Testamento” (Bíblia de Estudo – PALAVRAS CHAVES – H ebraico/Grego, CPAD”> Na verdade a explicação acima em nada coorpera par a explicar a relação de Deus com a temporalidade, a especialidade, a exi stencialidade e materialidade em uma perspectiva metafísica da na tureza de Deus em sua relação com o universo e o próprio homem. Est a questão exige muito conhecimento de lógica, metafísica e ontolog ia. Primeiro, vamos desmistificar o termo Jeová. Veja a explicação dos estudiosos a respeito do nome Jeová: “No hebraico moderno do século VI depois de Cristo, os Massoretas colocaram os sinais das vogais adonay nas consoantes do tetragrama, daí em diante que os clérigos católicos começaram a tentar escrever o nome divino: Iahweh, Jehovah, Iavé e Jeová.A partir do ano de 1514 depois de Cristo, começaram a usar o nome JEOVÁ e assim ficou conhecido e usado não porque seja a forma correta, mas por questão de ser bem mais conhecidaPortanto, em algumas traduções João Ferreira de Almeida, revista e corrigida, antigas, ali encontram o nome Jeová (somente no Antigo Testamento). Esta é a forma incorreta. O certo é Senhor ou Iahweh que estão com as vogais de Adonay que se traduz por Senhor” (www.cacp.org.br). Não existe no hebraico a expressão Senhor Jeová. Ou é Senhor(Adonay) ou é Jeová (com sinais das vogais de Adonay). Segundo, entende-se por eternidade a duração de um ser que exclui todocomeço e todo fim , bem como toda mudança ou sucessão . Boécio define a eternidade como "posse total, simultânea e perfeita de uma vida interminável". Convém unicamente a Deus . — A eternidadenão permite nenhuma verdadeira comparação com os acontecimentos temporais; propriamente não os precede, nem os acompanha, nem se segue a eles. Deus é presente a todos os tempos e coisas , na medida em que as conserva.Dizer que eternidade tem dimensões, é o mesmo que compará-la com o tempo. A expressão era é e será nada tem de comparação com a metafísica da eternidade, apenas diz respeito as etapas da revelação da história (tempo- espaço). Trata-se de uma linguagem condicional ao pensamento judaico- cristão. 13. "A imagem é o corpo do Filho que foi preparado antes da fundação do mundo, e foi criada. Por isso, Paulo diz que ele, na imagem, no seu corpo(somente), é o primogênito da criação. A image m do seu corpo foi o principio da criação, a primeira coisa a ser criad a. O corpo de Adão não 22 foi criado, mas formado, pois a imagem de seu cor po já havia sido criada..." (Comentário de Efésios 3.4). RESPOSTA: Se a imagem é o corpo do Filho e foi criada, então o filho foi criado, porqueneste caso, o comentarista na separa a imagem do Filho, criando assim, uma espécie de arianismo moderno. Temos aqui três grandes problemas teológicos: Primeiro, que a imagem criada por Deus é a essência do corpo do seu Filho; segundo, que a imagem é a base da criação; terceiro, cria-se um problema seriíssimo entre imagem e espírito, porque tanto no hebraico quanto no grego , as expressões imagem e espírito não são a mesma coisa. Vamos considerar a exegese do Rev. Gildásio Reis , a seguir: “Este talvez seja um dos capítulos mais importantes que estudaremos. Tentaremos responder perguntas como: Em que consiste a imagem de Deus no homem? Que efeito teve a queda do homem sobre a imagem de Deus? O que queremos dizer quando afirmamos que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus? O conceito de imagem de Deus é o coração da antropologia cristã. Precisamos entender bem este conceito. O homem distingue-se das demais criaturas de Deus, porque foi criado de uma maneira singular. Apenas do homem é dito que ele foi criado à imagem de Deus. Esta expressão descreve o homem na totalidade de sua existência, ele é um ser que reflete e espelha Deus. (Gn 1:26-28). Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra. (Gn 1:26-28). A imagem de Deus no homem não é algo acidental(como o corpo de Jesus) , mas é algo essencial à natureza humana. O homem não pode ser homem sem a imagem de Deus. O homem é a imagem de Deus, não simplesmente a possui, como se fosse algo que lhe foi acrescentado. “Imagem” e “Semelhança”? Qual o significado destas palavras? 23 Aqui eu quero ver com os irmãos, os 4 estágios da imagem de Deus no homem. A imagem original, a imagem desfigurada, A imagem original, a Imagem desfigurada, A imagem restaurada e a Imagem aperfeiçoada. 1 - A imagem de Deus no homem originalmente No Velho Testamento encontramos apenas três passagens que tratam de forma específica a questão da imagem de Deus. (Gen. 1:26-28; 5:1-3; 9:6). “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” . Sobre o significado das palavras "Imagem e Semelhança" entendemos que elas não se referem a coisas diferentes, embora alguns defensores da fé do passado tivessem crido diferente (1). Veja as razões porque entendemos que estes dois termos querem significar a mesma coisa: Em Gen. 1:26, aparecem as duas palavras "imagem e semelhança"; em 1:27 o autor usou apenas o termo "imagem"; em 5:1 ele resolve substituir o termo por outro - "semelhança", e, em 5:3, o autor novamente volta a usar as duas palavras , contudo em ordem diferente daquela usada em 1:26 - "semelhança e imagem" e em 9:6 ele volta a usar apenas um dos termos, optando agora pelo termo "imagem". Isto, deixa suficientemente claro para nós que "imagem e semelhança" são termos sinônimos, e que querem dizer a mesma coisa. Caso não fosse assim, o autor não faria estas mudanças alternando os termos. O Que Significa ser Criado á Imagem e Semelhança? Mas o que entendemos por Imagem e Semelhança? Por estes dois termos queremos dizer que o homem foi criado para refletir, espelhar e representar Deus. Nossos primeiros pais foram criados para refletir as qualidades que haviam em Deus, e isto em perfeita obediência, sem pecado. Agostinho diz que o homem foi criado "capaz de não pecar" (2). O homem podia agir perfeitamente e obedientemente na adoração , no serviço a Deus, no domínio e cuidado da criação e no amor e companheirismo uns com os outros. Berkhof diz que na concepção reformada, a Imagem de Deus consiste na integridade original da natureza do homem, integridade esta expressa: a. No Conhecimento Verdadeiro - Cl 3:10 “E vos revestistes do novo homem, que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou”. b. Na Justiça - Ef. 4:24 “E vos revestais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade”. 24 c. Na Santidade - Ef 4:24 “E vos revestiais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (3). Van Groningen assevera que: Ao criar a humanidade á sua própria imagem, Deus estabeleceu uma relação na qual a humanidade poderia refletir, de modo finito, certos aspectos do infinito Rei-Criador. A humanidade deveria refletir as qualidades éticas de Deus, tais como "retidão e verdadeira santidade"... e seu "conhecimento" (Cl 3:10). A humanidade deveria dar expressão ás funções divinas em ralação ao cosmos e atividades tais como encher a terra, cultivá-la e governar sobre o mundo criado. A humanidade em uma forma física, também refletiria as próprias capacidades do Criador: apreender, conhecer, exercer amor, produzir, controlar e interagir (4). Percebemos nas palavras do Dr. Van Groningen que ele apresenta a imagem de Deus como tendo uma tríplice relação: A. Relação com Deus, B. Relação com o próximo C. Relação com a criação. Iremos verificar em nosso estudo que em seu estado glorificado, os santos refletirão esta imagem e semelhança restaurando no estado final, esta tríplice relação em sua perfeição. Antes do homem cair em pecado, ele refletia perfeitamente a imagem de Deus. Tudo estava em perfeita harmonia. Mas em que consistia este refletir a imagem de Deus?(5) 1 - O homem reflete a imagem de Deus como um ser que é relacional. Ele não é um ser que vive isolado, assim como Deus não vive só. Deus é Tripessoal, e se relaciona entre as pessoas da Trindade (Gn 1:26 - "Façamos o homem ... ") O homem é uma pessoa, e como tal ele se relaciona. Foi por isto que Deus lhe fez uma companheira. 2 - O homem reflete a imagem de Deus pela sua capacidade de dominar sobre as outras coisas criadas. O homem foi colocado como "senhor" da terra, para governá-la e cuidar dela. (Gn 1:26-28). O domínio do homem sobre as coisas criadas é parte essencial de sua natureza. Nesse sentido, o homem imita o Seu Criador, pois Deus é o Senhor soberano e absoluto exercendo domínio sobre toda a terra. 3 - O homem reflete a imagem de Deus por Ter atributo que chamamos "essenciais" nele; sem os quais ele não poderia continuar sendo o que é: 25 a) Poder intelectual: É a faculdade de raciocinar, inteligência e outras capacidades intelectivas em geral, que refletem aquilo que Deus tem. b) Afeições naturais: É a capacidade que o homem tem de ligar-se emocionalmente e afetivamente a outros seres e coisas. Deus tem esta capacidade. c) Liberdade moral: Capacidade que o homem tem de fazer as coisas obedecendo a princípios morais. d) Espiritualidade: A Escritura diz que o homem foi criado "alma vivente" (Gn 2:7). É a natureza imaterial do homem. Deus é espírito, e num certo sentido, o homem tem traços desta espiritualidade. e) Imortalidade: Depois de criado, o homem não deixa mais de existir. A morte não é para o corpo, mas para o homem. Morte é separação e não cessação de existência. A imortalidade é essencial para Deus (I Tm 6:16). O homem, num caráter secundário derivado, passa a Ter a imortalidade. 2 - A queda e a Imagem Desfigurada Como sabemos, este estado de integridade (“posso não pecar”) não foi mantido até o fim pelos nossos primeiros pais. Veio a desobediência e consequentemente a queda. Nossos primeiros pais, criados para refletir e representar Deus não passaram no teste. Provados, caíram e deformaram a imagem de Deus neles. Podemos fazer a seguinte pergunta: Quando o homem caiu, perdeu ele totalmente a Imago Dei? Respondemos que em seu aspecto estruturalou ontológico (aquilo que o homem é), não foi eliminado com a queda, o homem continuou homem, mas após a queda, o aspecto funcional (aquilo que o homem faz) da imago Dei, seus dons, talentos e habilidades passaram a ser usados para afrontar a Deus. Para Calvino, a imagem de Deus não foi totalmente aniquilada com a Queda, mas foi terrivelmente deformada Ele descreveu esta imagem depois da queda como “uma imagem deformada, doentia e desfigurada” (6). O homem antes criado para refletir Deus, agora após a queda, precisa ter esta condição restaurada. Restauração esta que se estenderá por todo o processo da redenção. Esta renovação da imagem original de Deus no homem significa que o homem é capacitado a voltar-se para Deus, a voltar-se para o próximo e também voltar-se para a criação para governá-la. 3 - Cristo e a Imagem Renovada Num sentido, como já dissemos, o homem ainda é portador da imagem de Deus, mas também num sentido, ele precisa ser renovado nesta imagem. 26 Esta restauração da imagem só é possível através de Cristo, porque Cristo é a imagem perfeita de Deus, e o pecador precisa agora tornar-se mais semelhante a Cristo. Lemos em Cl. 1:15 "Ele é a imagem do Deus invisível" e em Romanos 8:29 que Deus nos predestinou para sermos "Conforme a imagem de Seu Filho ..." (I Jo 3:2; II Co 3:18) 4 - A Imagem Aperfeiçoada A completação da perfeição dos cristãos será a participação da final glorificação de Cristo Jesus. Não somos apenas herdeiros de Deus, mas também co-herdeiros com Cristo, “Se com ele sofremos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). Não podemos pensar em Cristo separado de seu povo, nem de seu povo separado dele. Assim será na vida futura: a glorificação dos cristãos ocorrerá junto com a glorificação do Senhor Jesus . É exatamente isto que Paulo nos ensina em Cl 3:4: “Quando Cristo que é a nossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestados com ele, em glória”. A glorificação é voltar à perfeição com a qual fomos criados por Deus, é voltar a imagem de Deus. Este é o propósito último de nossa redenção. Esta perfeição da imagem será o auge, a consumação do plano redentivo de Deus para o seu povo. E isto só é possível em Cristo. Em Cristo, o eleito não apenas volta ao que era Adão antes de pecar, mas vai um pouco mais à frente: Note as palavras de Anthony Hoekema: Devemos ver o homem à luz de seu destino final (...) Adão ainda podia perder a impecabilidade e bem aventurança, mas aos santos glorificados isso não poderá mais ocorrer. Adão era "Capaz de não pecar e morrer"(posse non peccare et mori), os santos na glória, porém "não serão capazes de pecar e morrer" (non posse peccare et mori). Esta perfeição, que não se poderá perder, é aquilo para o qual o homem foi destinado e nada menos do que isto (7) Sabemos que os santos glorificados, em seu estado final não vão pecar nem morrer. Várias passagens das Escrituras nos garantem isto. (Is. 25:8 I Cor. 15:42,54; Ef. 5:27; Ap. 21:4) Paulo em sua carta aos Efésios nos ensina que o propósito de Deus para sua igreja, é apresentá-la “a si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito” ( Ef. 5:27) Nesta dispensação, até a Segunda Vinda de Cristo, carregamos conosco, conforme lemos em I Cor. 15:49, a “imagem do que é terreno”, mas na glorificação, teremos plena e perfeitamente a “imagem do celestial”, ou seja, a imagem de Cristo. No porvir, nossa vida será gloriosa, porque teremos a 27 imagem de Cristo, seremos como Ele é, e Cristo sendo a imagem de Deus, teremos a imagem de Deus de volta em nós de forma completa e perfeita. Calvino comentando este texto de I Cor. 15:49 diz: Pois agora começamos a exibir a imagem de Cristo, e somos transformados nela diária e paulatinamente; porém esta imagem depende da regeneração espiritual. Mas depois seremos restaurados à plenitude, que em nosso corpo, quer em nossa alma, o que agora teve início será levado à completação, e alcançaremos, em realidade, o que agora esperamos(8) Note ainda as palavras de João: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-lo como ele é” (I Jo. 3:2). O que João nos diz, é que, na ocasião da Segunda Vinda de Cristo, seremos assemelhados a Ele, perfeita e completamente. E como Cristo é a imagem de Deus invisível, os santos glorificados terão a imagem de Cristo. Isto significa dizer que a nossa imagem na glorificação, será restaurada à imagem de Deus. Esta semelhança a Deus e a Cristo é o propósito final da nossa redenção, ou seja, a glorificação. Por enquanto, a imagem de Cristo em nós está em processo contínuo conforme nos diz Paulo em II Cor. 3:18 que estamos “sendo transformados de glória em glória” , mas após a nossa ressurreição, poderemos refletir a perfeição desta imagem, que Deus começou em nós, e assim, só então, poderemos ser tudo aquilo para o qual fomos destinados pelo Pai. Neste processo de restauração da imagem de Deus em nós, através de Cristo, chamamos de santificação que é a “conformidade progressiva à imagem de Cristo aqui e agora (...); a glória é a conformidade perfeita a imagem de Cristo lá e então, Santificação é a glória começada; glória é a santificação completada” (9) Gerrit C. Berkouwer, teólogo holandês, nos mostra que a verdadeira imagem de Deus se pode conseguir apenas em Jesus Cristo que é a imagem perfeita de Deus. Ser renovado á imagem de Deus é tornar-se parecido com Jesus (10). Todo o povo de Deus, de todas as nações, tribos, línguas, estará então com Deus por toda a eternidade, glorificando a Deus pela adoração, serviço e louvor. Todos nossos atos serão enfim feitos sem pecado com perfeição e aí o propósito que Deus estabeleceu para seus remidos terá sido alcançado. A Imagem de Deus para João Calvino (1509 - 1564) - Veja como Calvino responde ás seguintes questões sobre a Imagem de Deus: 28 1 - Onde situa-se a imagem de Deus no homem? R: Segundo Calvino, ela é encontrada fundamentalmente na alma do homem. 2 - Em que constitui originalmente a imagem de Deus? R: Com base em Cl 3:10 e Ef 4:24, Calvino conclui que a imagem de Deus no homem incluía originalmente o verdadeiro conhecimento, justiça e santidade. 3 - Existe algum aspecto sob o qual o homem decaído ainda é a imagem de Deus? R: Antes da queda, de acordo com Calvino, o homem possuía a imagem de Deus em sua perfeição. A queda, contudo, teve um efeito devastador sobre esta imagem. A imagem de Deus não é totalmente aniquilada pela queda, mas é terrivelmente afetada, deformada. 4 - O que a queda fez à imagem de Deus? R: O que aconteceu foi que quaisquer dons ou habilidades que o homem reteve, tais como razão e a vontade foram pervertidos e deturpados pela queda. Todas as suas faculdades estão viciadas e corrompidas. 5 - Como a imagem de Deus é renovada no homem? R: Para Calvino, esta imagem é restaurada pela fé e começa na conversão. É a nossa conformação com a pessoa de Cristo. Isto é uma obra da graça de Deus que se inicia na regeneração e progressivamente termina na glorificação dos santos. 6 - Quando será completada a renovação da imagem de Deus? R: Calvino responde: Na vida por vir. Seu explendor pleno será alcançado apenas no céu. NOTAS (1) Tertuliano (160-225); Orígenes e Clemente de Alexandria Deus (São Paulo, Ed. Cultura Cristã, 1999), 46-8. (2) Santo Agostinho, citado por Hoekema, op cit, p. 98. (3) L. Berkhof, Teologia Sistemática (São Paulo: Luz para o Caminho, 1990), 206. (4) Gerard Van Groningen, Revelação Messiânica no Velho testamento (Luz para o caminho: Campinas) 1995. (5) Extraído adaptado de Apostila do Dr. Héber C. de Campos. 29 (6) As Institutas, I, XV, 3. (7) Anthony Hoekema - Criados Á Imagem de Deus (São Paulo, Ed. Cultura Cristã , 1999), 108. (8) João Calvino, Comentáriode I Coríntios , (Edições Paracletos, São Paulo, 1996), 488. (9) F. F. Bruce, citado por Geoffrey B. Wilson, Romanos - Um Resumo de Pensamento Reformado, (SP - PES) 130. (10) G.C.Berkouwer, Man, The image of God, p. 107. Em termos bem simples, ter a “imagem” e “semelhança” de Deus significa que fomos feitos para nos parecermos com Deus. Adão não se pareceu com Deus no sentido de que Deus tivesse carne e sangue. As Escrituras dizem que “Deus é espírito” (João 4:24) e portanto existe sem um corpo. Entretanto, o corpo de Adão espelhou a vida de Deus, ao ponto de ter sido criado em perfeita saúde e não ser sujeito à morte. A imagem de Deus se refere à parte imaterial do homem. Ela separa o homem do mundo animal, e o encaixa na “dominação” que Deus pretendeu (Gênesis 1:28), e o capacita a ter comunhão com seu Criador. É uma semelhança mental, moral e social. Mentalmente, o homem foi criado como um agente racional e com poder de escolha: em outras palavras, o homem pode raciocinar e fazer escolhas. Isto é um reflexo do intelecto e liberdade de Deus. Todas as vezes que alguém inventa uma máquina, escreve um livro, pinta uma paisagem, se delicia com uma sinfonia, faz uma conta ou dá nome a um bichinho de estimação, esta pessoa está proclamando o fato de que somos feitos à imagem de Deus. Moralmente, o homem foi criado em justiça e perfeita inocência, um reflexo da santidade de Deus. Deus viu tudo que tinha feito (incluindo a humanidade), e disse que tudo era “muito bom” (Gênesis 1:31). Nossa consciência, ou “bússola moral” é um vestígio daquele estado original. Todas as vezes que alguém escreve uma lei, volta atrás em relação ao mal, louva o bom comportamento ou se sente culpado, esse alguém está confirmando o fato de que somos feitos à própria imagem de Deus. Socialmente, o homem foi criado para a comunhão. Isto reflete a natureza triúna de Deus e Seu amor. No Éden, o primeiro relacionamento do homem foi com Deus (Gênesis 3:8 indica comunhão com Deus), e Deus fez a primeira mulher porque “não é bom que o homem esteja só” (Gênesis 2:18). Todas as vezes que alguém escolhe uma esposa e se casa, faz um amigo, abraça uma criança ou vai à igreja, esta pessoa está demonstrando o fato de que somos feitos à semelhança de Deus. 30 Parte de sermos feitos à imagem de Deus significa que Adão tinha a capacidade de tomar decisões livres. Apesar de ter sido dada a ele uma natureza reta, Adão fez uma má escolha em se rebelar contra seu Criador. Fazendo isto, Adão manchou a imagem de Deus dentro de si, e passou adiante esta semelhança danificada a todos os seus filhos, incluindo a nós (Romanos 5:12). Hoje, ainda trazemos conosco a imagem de Deus (Tiago 3:9), mas também trazemos as cicatrizes do pecado. Mentalmente, moralmente, socialmente e fisicamente, mostramos os efeitos. As boas novas são que, quando Deus redime uma pessoa, Ele começa a restaurar a imagem original de Deus, criando “o novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Efésios 4:24; veja também Colossenses 3:10). 14. "O homem tinha algo a mais, o corpo que Deus me smo não tinha. Deus era dicótomo (duas partes). As partes imateri ais (espirituais) têm capacidade de compartilhar do mesmo espaço ao mesmo tempo, sem perder a sua identidade... " (Comentário de Efésio s 3.9). RESPOSTA: Que loucura de tese teológica! Declarar que Deus é dicótomo (duas partes) me parece que beira ao dualismo, politeismo, gnosticismo, paganismo, mitologia grega,etc. “As partes imateriais”. Deus não se divide em sua essência; Deus não têm parte ; Deus é Único , Dt 6.4. Verifiquei em vários sites que esta heresia está se espalhando rapidamente. É só buscar pelo termo: Deus dicótomo. Teologia é para poucos. Não é qualquer pessoa que tem capacidade de compreender as profundezas da teologia. É por isso que resolvemos refutar ensinamentos contrários a revelação bíblica e aos ensinamentos da igreja de Jesus Cristo, desde a época dos apóstolos, passando pelos concílios eclesiásticos , chegando na reforma e até nós com o movimento do pentecostalismo que nos trouxe grandes aberturas para a Palavra de Deus . Afinal, quem é Deus? O que constitui a natureza divina? Qual é o modo de ser de Deus? Estas perguntas nos levam à sarça ardente e à terra santa. Nós devemos caminhar suavemente, andar humildemente e evitar suposições. Mas podemos ir até onde a revelação divina for. Existe realmente uma natureza divina. Com a palavra "natureza" indicamos as características que diferenciam um ser dos demais. Falamos, portanto, da natureza angélica, da natureza humana e da natureza das bestas feras. A possibilidade de falarmos da natureza de Deus foi sugerida pelo apóstolo Paulo quando disse que os gálatas, antes de serem convertidos, serviam aqueles que por natureza não eram deuses. Gálatas 4:8. Isto claramente implica a existência de alguém que por natureza é Deus. DEUS É UM SER PESSOAL A pessoa de Deus é bem distinta do panteísmo, que diz que tudo o que é agregado é Deus. Deus é tudo e tudo é Deus. Como um ser pessoal, Deus é imanente e transcendente, isto significa que, Ele está na Sua criação e ao 31 mesmo tempo acima de Sua criação. Ele é uma pessoa na Sua criação e ao mesmo tempo Ele está separado e bem distinto dela. Ele também está acima de Sua criação, isto é, Ele é maior que Sua criação, distinto dela e não faz parte dela. Na oração de Salomão por ocasião da dedicação do templo, ele prestou tributos à grandeza transcendental de Deus com estas palavras: "Mas na verdade habitará Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus, te não poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado". 1 Reis 8:27. Existem três marcas de personalidade: a auto-consciência, auto-determinação e consciência moral e todas estas três qualidades pertencem a Deus. DEUS É UM SER ESPIRITUAL Deus é exclusivamente espírito. João 4:24. O leitor deverá reconhecer esta verdade ou terá problema para entender as três pessoas da trindade. Como espírito Deus não pode ser dividido ou composto. Como espírito Ele é invisível e intangível. "Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito que está no seio do Pai, esse o fez conhecer". João 1:18. ARGUMENTO 1. Ele é o criador dos espíritos, e desde que o ser espiritual é o nível mais alto de ser, Ele deve ter a natureza pertencente a este nível. 2. As Escrituras atribuem espiritualidade a Deus. João 4:24, Hebreus l2:9. 3. Sua espiritualidade pode ser argumentada do ponto de Sua imensidade e eternidade. Ele é infinito quanto a espaço e tempo. A matéria é limitada ao tempo e espaço, mas Deus é onipresente e eterno. 4. Sua espiritualidade pode ser argumentada através de Sua independência e imutabilidade. Tudo o que é matéria pode ser dividido, somado ou diminuído. A matéria é sujeita as mudanças, mas Deus é imutável. 5. Sua espiritualidade pode também ser argumentada através de Suas perfeições absolutas. A matéria impõe limitações e não é sistemática nem consistente com a perfeição absoluta. A palavra perfeição é usada aqui com um significado amplo e não só no sentido de não ter pecado. O Salvador, em Seu corpo humano tinha Seus limites ainda que sem pecado. Ele não podia estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Ele não estava imune à fome, sede, cansaço e dor. OBJEÇÃO Muitas passagens nas Escrituras atribuem partes do corpo a Deus. Falam de Seus olhos, Sua face, Suas mãos e Seus braços, etc. Em réplica podemos dizer que a linguagem é figurativa e é usada de modo conveniente ao 32 entendimento humano. Tal linguagem é chamada de antropomorfismo, isto é atribuição de características humanas a seres que não são humanos. O corpo de Jesus é apenas o veículo da revelação (Jo 1-14). Deus não precisa de um corpo. Negar a humanidade de Jesus e a manifestação divina no corpo de Jesus é heresia, como da mesma forma, é heresia dizer que Deus
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