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EXPONDO 23
DA BÍBLIA REVELADA 
EXPLICADO
( Somente os 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEPOIS DA DAKE A DI NELSON
Por: Prof. Roberto dos Santos, PhD
 
3INTERPRETAÇÕES DUVIDOSAS
DA BÍBLIA REVELADA – NOVO TESTAMENTO
EXPLICADO DI NELSON 
Somente os Comentários Selecionados da 
Carta aos Efésios) 
DEPOIS DA DAKE A DI NELSON
Por: Prof. Roberto dos Santos, PhD * 
Pastor. Teólogo. Exegeta 
1 
INTERPRETAÇÕES DUVIDOSAS 
NOVO TESTAMENTO 
Comentários Selecionados da 
DEPOIS DA DAKE A DI NELSON 
2 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Ao tomar conhecimento da chegada de mais uma Bíblia de Comentário no 
Brasil, alguns crentes sérios se preocuparam com as diferenças dessas Bíblias 
“particulares” em relação à verdadeira interpretação Palavra de Deus. Torna-se 
difícil, às vezes, o trabalho dos pastores simples e crentes que pouco conhece 
de exegese bíblica e a formação da Palavra de Deus. Nos seus comentários 
da carta de Paulo aos Efésios, portanto, o pastorAldery Nelson Rocha 
comete no mínimo 23 erros cujas citações serão analisadas e corrigidas a 
seguir. 
 O nosso objetivo foi o de esclarecer algumas doutrinas da Palavra de 
Deus , que , supostamente , foram interpretadas equivocadamente pelas 
notas da Bíblia Revelada. Não tivemos a intenção de criticar a conduta ilibada 
do responsável pela dita Bíblia , mas tão-somente o de contribuir com a 
igreja de Jesus Cristo , uma vez que muitos irmãos simples e até obreiros 
nos pediram que fizéssemos uma avaliação critico-exegética e teológica dos 
comentários expostos pelo Pastor Aldery Nelson Rocha. 
 Ao ser questionado por inúmeros obreiros no Brasil sobre a dita Bíblia 
de Comentário, resolvi apresentar a Igreja Evangélica Assembleia de Deus 
uma resposta de acordo com o que diz a Palavra de Deus, seguindo as 
regras da hermenêutica bíblica e exposição teológicas de renomados 
pastores e interpretes do cristianismo. 
 Como não nos foi possível até o presente momento analisar todos os 
comentários dos vinte e sete livros do Novo testamento Explicado da Bíblia 
Revelada, achamos por bem apenas começarmos com a carta de Paulo aos 
Efésios, por ser considerada pelos eruditos da teologia como a Rainha das 
Cartas Paulinas. 
 
São Paulo 16 de junho de 2011. 
Roberto dos Santos, PhD 
 
 
 
 
3 
 
 
 
1. " Não há eleição sem decisão. Deus não nos pred estinaria para a 
salvação incondicionalmente, pois isto invalidaria o sacrifício de Cristo, 
que entregou a sua vida em favor de todos..." (Com entário Efésios 1.4). 
RESPOSTA: Aquela era a última ceia de Páscoa que Jesus celebraria com 
Seus discípulos antes da crucificação. Enquanto comiam, Jesus tomou um 
cálice, agradeceu e disse: “isto é o meu sangue, o sangue da [nova] 
aliança, derramado em favor de muitos, para remissã o de pecados ” (Mt 
26.28). É incerto quanto os discípulos entenderam desse pronunciamento 
profético. Porém, seu significado se esclareceria pouco depois, ao 
testemunharem a morte sacrificial de Jesus na cruz e lembrarem as palavras 
que Ele dissera ao erguer o cálice. Foi através de Sua morte e do Seu sangue 
derramado que Jesus estabeleceu uma Nova Aliança que mudaria o rumo da 
história da humanidade, tanto para os judeus quanto para os gentios. Lendo 
Hebreus 8-10 , podemos verificar sua relação com Mateus 26.28 . Jesus não 
usa a expressão”...que entregou sua vida em favor de todos “, conforme 
comentário da Bíblia Revelada. Jesus disse: “em f avor de muitos” 
2. “ Mas o homem não passou no teste e comeu da árvore proibida que 
pertencia a Deus e era o dízimo da criação” (Comen tário de Efésios 3.4)" 
RESPOSTA: Em primeiro lugar, devemos notar que não há na Bíblia NADA 
que fale de Dízimo da Criação . Isto não passa de uma nova doutrina. Os 
pormenores sobre esta árvore são muito escassos no texto bíblico. Refere-se 
apenas a sua localização central no Jardim do Éden e que o primeiro casal 
humano foi impedido de alcançar esta árvore após terem desobedecido ao 
mandamento divino. Foram assim expulsos desse jardim ou paraíso original. 
Como forma de impedir que, tanto Adão e Eva, como provavelmente a sua 
descendência voltassem a entrar no Jardim, e consequentemente tomarem dos 
frutos da Árvore da Vida, a Bíblia refere que Deus colocou criaturas sobre-
humanas, designadas por querubins, que possuíam uma espada de fogo que 
se revolvia continuamente. 
Segundo o relato bíblico, esta árvore já havia sido colocada no jardim antes da 
criação do primeiro homem, Adão. Muitos comentaristas afirmam que esta 
árvore não possuiria qualidades intrinsecamente vitalizadoras nos seus frutos, 
mas seria um símbolo representativo da garantia de vida eterna, da parte de 
Deus, para aqueles a quem Ele permitisse comer do fruto dela. Visto que Deus 
colocou essa árvore ali, crê-se que o objectivo seria permitir a Adão que 
comesse do seu fruto, talvez após ficar provada a sua fidelidade ao ponto que 
Deus julgasse satisfatório e suficiente. Quando Adão desobedeceu, foi-lhe 
cortada a oportunidade de comer daquela árvore, impedindo-o a ele e à sua 
descendência de alcançar a vida eterna. 
4 
 
A Arvore da Vida aqui é simbolismo, representa Jesus Cristo. Joao em seu 
Evangelho nos deixa bem claro que Jesus Cristo estava aqui desde o principio 
(Jo 1.1-14). 
Outro ponto de vista aponta para o fato de que Deus já permitia que Adão e 
Eva comessem do fruto da árvore da vida, pois foi dito: 
"E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim 
comerás livremente," (Gen 2:16)Com exceção de UMA, a do conhecimento 
do bem e do mal . Isso implica que eles já podiam comer o fruto da árvore da 
vida sem aguardar autorização posterior. Aceitando esse raciocínio, era o fruto 
literal da árvore que garantia a vida eterna. 
A Bíblia faz referência directa a esta árvore apenas no primeiro e no último 
livro: 
• Génesis 2:9 
"Jeová (Deus) fez assim brotar do solo toda árvore de aspecto desejável 
e boa para alimento, e também a árvore da vida no meio do jardim e a 
árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau." - Tradução do 
Novo Mundo das Escrituras Sagradas , (1986) 
• Génesis 3:22-24 
"Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, 
sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome 
também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, o Senhor Deus, 
pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora 
tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do 
jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para 
guardar o caminho da árvore da vida." - Almeida, Versão Corrigida e 
Fiel. 
No último livro da Bíblia, o Apocalipse ou Revelação, ao se mencionarem sete 
cartas enviadas por Jesus Cristo a igrejas ou congregações em sete cidades, 
faz-se a seguinte referência concernente aos cristãos em Éfeso: 
• Revelação ou Apocalipse 2:7 
"Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor 
darei de comer (do fruto) da árvore da vida, que se acha no paraíso de 
Deus." - Bíblia Avé Maria 
Apesar de não terem associação com esta árvore do Jardim do Éden, existem 
outras referências simbólicas a árvores frutíferas, de folhas curativas, 
mencionadas nas visões registadas por Ezequiel e por João, em Ezequiel 47:7, 
12 e Revelação 22:2, 14. No livro de Provérbios surge a expressão "árvore de 
5 
 
vida" associada com a verdadeira sabedoria, com os frutos do justo, com a 
realização de uma coisa desejada, e com a calma da língua (Provérbios 3:18; 
11:30; 13:12; 15:4). 
3. “Quem criou o mal? Deus criou o mal. Satanás nã o é criado de nada. 
Mas, há um segredo: Deus não criou o mal como pess oa, mas como 
instrumento de justiça; criou o mal como um estado (condição em que 
encontra-se um sistema). Então criou o mal como um ser ativo, mas na 
condição estacionária,inativo” (Comentário de Efés ios 1.4) 
RESPOSTA: ISAÍAS 45:7 - Deus é o autor do mal? 
PROBLEMA: Deacordo com este versículo, Deus forma a luz e cria as trevas, 
faz a paz e cria o mal (Lm 3.38; Am 3.6). Mas muitos outros textos das 
Escrituras nos informam que Deus não é mau (1Jo 1.5), que ele não pode nem 
mesmo ver o mal (Hc 1.13), nem pode ser tentado pelo mal (Tg 1.13). 
SOLUÇÃO: A Bíblia é clara ao dizer que Deus é moralmente perfeito (Dt 32. 4; 
Mt 5:48), e que lhe é impossível pecar (Hb 6.18). Ao mesmo tempo, sua 
absoluta justiça exige que ele puna o pecado. Este juízo assume ambas as 
formas: temporal e eterna (Mt 25:41; Ap 20.11-15). 
Na Sua forma temporal, a execução da justiça de Deus às vezes é chamada de 
"mal", porque parece ser um mal aos que estão sujeitos a ela ( Hb12.11). 
Entretanto, a palavra hebraica correspondente a mal (rá) empregada no texto 
nem sempre tem o sentido moral. De fato, contexto mostra que ela deveria ser 
traduzida como "calamidade" ou "desgraça", como algumas versões o fazem 
(por exemplo, a BJ). Assim, se diz que Deus é o autor do "mal" neste sentido, 
mas não no sentido moral - pelo menos não da forma direta. 
Além disso, há um sentido indireto no qual Deus é o autor do mal em seu 
sentido moral. Deus criou seres morais com livre escolha, e a livre escolha é a 
origem do mal de ordem moral no universo. Assim, em última instância Deus é 
responsável por fazer criaturas morais, que são responsáveis pelo mal da 
ordem moral. Deus tornou o mal possível ao criar criaturas livres, mas estas em 
sua liberdade fizeram com que o mal se tornasse real. É claro que a 
possibilidade do mal (i.e., a livre escolha) é em si mesma uma boa coisa. 
Portanto, Deus criou apenas boas coisas, uma das quais foi o poder da livre 
escolha, e as criaturas morais é que produziram o mal. Entretanto, Deus é o 
autor de um universo moral, e neste sentido indireto, ele, em última instância, é 
o autor da possibilidade do mal. É claro, Deus apenas permitiu o mal, jamais o 
promoveu, e por fim irá produzir um bem maior através dele ( Gn 50.20; Ap 21-
22). 
4. “ Se o homem não tivesse comido do fruto da árv ore do bem e do 
mal, seria eleito nas mesmas condições em que se e ncontra hoje, depois 
de aceitar o sacrifício de Cristo em seu lugar e de crer no Senhor Jesus 
Cristo; se comesse do fruto da árvore da vida, pas saria a experimentar 
6 
 
da natureza divina, conhecendo o amor de Deus para com os homens 
através de Cristo. O homem comeria da árvore da vid a e tornar-se-ia 
eterno e santo como os anjos eleitos” (Comentário de Efésios 1.4) 
RESPOSTA: Quando Pelágio se fez notar dentro da Igreja Cristã, Agostinho 
já era uma figura influente. Pelágio era um monge britânico que apareceu em 
Roma, por volta do ano 400 d.C., para refutar as doutrinas de Agostinho. 
Pelágio escreveu um comentário sobre as epístolas paulinas em 409 d.C.. A 
sua posição teológica pode ser denominada de “monergismo humano”, e esta 
foi expressa de forma mais desenvolvida pelo seu principal discípulo Celestius. 
Esse “monergismo humano” de Pelágio é assim chamado porque para ele o 
poder da vontade humana é decisivo e suficiente na experiência da salvação. 
Sua célebre frase expressa claramente essa mentalidade, quando ele afirma 
“se eu devo, eu posso”. O posicionamento da Bíblia Revelada é o mesmo do 
monge Pelágio: condicionalismo teológico. A expressão “se” não existe no 
programa divino, pois tudo foi muito bem planejado por Deus desde a 
eternidade. Pensar que a eleição ou salvação divina seria aplicada pelo 
sacrifício de Cristo mesmo sem a intervenção do pecado ou o ato de comer 
do fruto da arvore do conhecimento do bem e do mal , fica bem claro que o 
comentarista nada entendeu do verdadeiro significado soteriológico de Jesus 
Cristo na Cruz dentro do programa divino. Por conseguinte, se o homem não 
pecasse a semelhança de Gn 3 não seria necessário nenhum sacrifico 
expiatório. A tese acima defendida pelo autor da Bíblia Revelada cárcere de 
lógica e hermenêutica bíblica. 
5. "Deus não tinha corpo humano, mas o homem havia sido preparado 
uma imageme semelhança de Deus. Logo, havia prepara do uma imagem, 
um corpo, pelo qual baseou-se para a formação do ho mem , Hb 10.5;Gn 
1.16. Tendo sido provada a parentela do homem com a sua imagem 
original” (Comentário de Efésios 1.7). 
RESPOSTA: Seria interessante que o comentarista da Bíblia Revelada lesse a 
seguinte obra: A imagem e Semelhança de Deus – a visão antropológica de 
Irineu de Lyon. 
Do pensamento ireneano, destaca-se a importância da unidade. A unidade que 
se deve traduzir na compreensão de Deus como Pai e Criador em oposição 
aos gnósticos. O mesmo Deus que cria, que plasma a obra é também o mesmo 
Deus que replasma , ou seja, que salva a obra criada. Esta unidade traduz-se, 
logicamente, na Escritura. Tanto o Antigo como o Novo Testamento nos falam 
de um único Deus que ao longo da história humana se revelou nas suas 
economias , ou seja, nas suas disposições. Um Deus que paulatinamente se 
deu a conhecer para que o Homem conhecendo-O se torne naquele que 
conhece. O Homem composto de corpo e alma só se realiza em plenitude na 
medida em que responde positivamente ao convite de Deus. O Homem 
Perfeito ou Espiritual só se alcança pela ação do Espírito de Deus, ou seja, 
pelo Espírito Santo. O Homem para St. Ireneu não é apenas carne ( sarx ), 
nem só alma ( psique ), como também o Espírito ( Pneuma ) de forma isolada 
não constitui o Homem. É na totalidade das partes que encontramos o Homem 
7 
 
perfeito. Os gnósticos, porém, defendiam três categorias de Homens: os hílicos 
(matéria), os psíquicos e os pneumáticos. Apenas os últimos eram passíveis de 
salvação. Só o elemento spiritus teria capacidade para empreender a viagem 
de regresso e reintegrar o pleroma inical. Só o homem pneumático possuía o 
conhecimento de si e o sentido da realidade efêmera. Perante esta 
compreensão antropológica, o bispo de Lyon contrapõe uma visão mais 
harmoniosa da Salvação. Em Irineu, tudo gira à volta da Salus carnis . Na 
verdade, a salvação é possível à carne porque lhe foi prometida a ressurreição 
e a incorruptibilidade em Jesus Cristo. Neste admirável mistério entra a 
participação do Espírito Santo. O Espírito anima, desde sempre, a história 
humana. Presente, com o Filho na Criação, colabora incansavelmente na 
plasmação do Homem à imagem e semelhança de Deus. Porque fomos feitos 
à imagem e semelhança divina, Deus ama a sua criatura e com perseverança a 
ensina a voltar-se para o seu Criador. Paulatinamente Deus acostuma-se ao 
Homem para que este também se habitue e conviva com Deus. Neste longo e 
paciente processo, a ação do Espírito Santo é inestimável. As páginas que o 
nosso teólogo consagra a tão admirável desempenho são de uma beleza e de 
uma intuição únicas. Ireneu está convicto de que existe uma harmonia ao 
longo de toda a História da Salvação. O Deus único e verdadeiro criou o 
Homem para conduzi-lo até a vida perfeita e incorruptível. O Homem que pelo 
Verbo recebeu a imagem de Deus e que no Espírito recebeu a possibilidade de 
fazer-se semelhante a Deus, só alcançará a sua inoperação plena uma vez 
habituado a ter Deus, tornando-se Homem Espiritual de forma que no Filho 
pelo Espírito Santo se torne filho e participe da imortalidade de Deus. 
A Exegese de Gênesis 1.26, contrária ao ensinamento da Bíblia Revelada Di 
Nelson, onde interpreta imagem e semelhança como sendo o corpo físico de 
Jesus.Somente o homem foi criado à imagem de Deus. A importância disto é 
enfatizada quando Deus, na primeira vez na semana da criação, deliberou isto 
consigo mesmo [vers. 26]. O pronome no plural [vers. 26] novamente indica a 
Tri-unidade de Deus. Nós deveríamos questionar a nós mesmos o que significa 
a expressão "imagem de Deus?" Alguns têm sugerido que isto se refere à fala, 
inteligência, capacidade de domínio e a alma imortal. 
Enquanto estas coisas podem ser incluídas no conceito, o ponto principal, 
entretanto, é a original natureza santa do homem. O ser humano foi criado comum amor a Deus e à sua bondade. Esta imagem foi corrompida e 
principalmente perdida na queda de Adão [Romanos 5:12]. Através de Jesus 
Cristo esta imagem é restaurada no Novo Nascimento [Colossenses 3:10; 
Efésios 4:24]. Sem dúvida nenhuma a imagem será realmente mais clara na 
ressurreição, quando nós seremos completamente redimidos por Cristo 
[Romanos 8:29; I João 3:2]. 
6. " Um corpo lhe foi preparado, Hb 10.5. Sua alma o encarnou e ele veio 
habitar com os homens, Jo 1.14 “ (Comentário de Efé sio 1.7). 
RESPOSTA: Segunda a nota exegética de Strong (4983 do NT) , a palavra 
corpo no grego é soma e significa tanto de seres humanos como de animais. 
8 
 
O Concílio de Caledônia, diante de Constantinopla, em 451; foi o mais 
concorrido da antigüidade, pois dele participaram mais de 600 membros, entre 
os quais três delegados episcopais A assembléia rejeitou o “latrocínio de 
Éfeso”; depôs Dióscoro e aclamou solenemente a Epístola Dogmática de Leão 
a Flaviano; esta serviu de base a uma confissão de fé, que rejeitava os 
extremos do Nestorianismo e do Monofisismo, propondo em Cristo uma só 
pessoa e duas naturezas: “Ensinamos e professamos um Único e idêntico 
Cristo... em duas naturezas, não confusas e não tra nsformadas, não 
divididas, não separadas, pois a união das natureza s não suprimiu as 
diferenças; antes, cada uma das naturezas conservou as suas 
propriedades e se uniu com a outra numa Única pesso a e numa Única 
hipóstase”. 
Assim terminou a fase principal das disputas cristológicas: em Cristo 
não há duas naturezas e duas pessoas, pois isto destruiria a realidade da 
Encarnação e da obra redentora de Cristo; mas também não há uma só 
natureza e uma só pessoa, pois Cristo agiu como verdadeiro homem, sujeito à 
dor e à morte para transfigurar estas nossas realidades. Havia, pois, uma só 
pessoa (um só eu) divina, que, além de dispor da na tureza divina desde 
toda a eternidade, assumiu a natureza humana no sei o de Maria e viveu 
na terra agindo ora como Deus, ora como homem, mas sempre e somente 
com o seu eu divino. O Espírito que havia em Jes us Cristo era o próprio 
Deus e a alma que ele recebeu procedia de sua hum anidade. Portanto, 
afirmar que Jesus possuia uma pré-alma é heresia , pois o Verbo Divino é 
Deus em sua natureza e não precisa de alma. A alma é parte da 
antropologia. Jesus possuia uma ALMA RACIONAL e u m ESPÍRITO 
DIVINO. 
O Significado de Alma No Antigo Testamento 
 
ALMA (נפׁש, nephesh, hebraico;grego, psuche; Latin anima): 
(1) Alma, assim como espírito, tem várias nuanças de significado no Antigo 
Testamento, que podem ser resumidas da seguinte forma: “alma”, “ser vivo”, 
“vida”, “eu”, “pessoa”, “desejo”, “apetite”, “emoção” e “paixão” (BDB sob a 
palavra). Em primeira instância, ela significava aquilo que respira, e como tal, 
distingue-se de basar, “carne” (Isa 10:18; Deu 12:23); de she'ēr, “a carne 
interior”, próximo dos ossos (Prov 11:17, “a própria carne”); de beten, “barriga” 
(Sal 31:10, “Minha alma e meu ventre são consumidos com dor”), etc 
(2) Como o fôlego de vida, que se afasta na morte (Gen 35:18; Jer 15:2). Daí, o 
desejo dos santos do Antigo Testamento de serem livrados do Sheol (Sal 
9 
 
16:10, “Tu não deixarás a minha alma ao Sheol”) e de shachath, “a cova” (Jó 
33:18, “para reter a sua alma da cova”; Isa 38:17, “Tu ... livra-a (minha alma) a 
partir do poço de corrupção”). 
 
(3) Por uma transição fácil a palavra vem a significa a vida individual e pessoal, 
a pessoa, com dois tons distintos de sentido que poderiam ser melhor 
indicados pelo latim anima e animus. Como anima, “alma”, da vida inerente ao 
corpo, o princípio animador no sangue é denotado (compare Deut 12:23, 12:24, 
“Certificai-vos de não comer o sangue: Pois o sangue é a alma. Não deveis 
comer a alma com a carne”). Como animus, “mente”, o centro de nossas 
atividades mentais e passividades. Assim, lemos de “uma alma faminta” 
(Psa_107: 9), “uma alma cansada” (Jer 31:25), “uma alma repugnante” (Lev 
26:11), “uma alma sedenta” (Psa_42: 2), “uma alma triste” (Jó 30:25), “alma 
amorosa” (Son 1:7), e muitas outras expressões. Cremer tem caracterizado 
este uso da palavra em uma frase: “nephesh(alma) no homem é o assunto da 
vida pessoal, da qual pneuma, ou ruah (espírito), é o princípio”(Léxico,795) 
 
(4) Esta individualidade do homem, entretanto, pode ser indicada por pneuma 
também, mas com uma distinção. Nephesh, ou “alma”, só pode denotar a vida 
individual com uma organização de material ou corpo. Pneuma, ou “espírito” 
não é tão restrito. Escritura fala de “espíritos dos justos aperfeiçoados” (Heb 
12:23), onde não pode haver pensamento de algo material, físico ou 
organização corpórea. Eles são “seres espirituais livres de definhamentos e 
corrupções da carne” (Delitzsch, no local citado). Para uma utilização 
excepcional de psuche no mesmo sentido ver Ap 6:9; 20:4, e 
(independentemente do sentido de Sal 16:10) 
Fonte: International Standard Bible Encyclopedia de James Orr, M.A., D.D., 
Editor General 
7. “ O Pai é a primeira pessoa de sua divindade, e há uma pluralidade de 
pessoas. Evidencias de sua divindade plural em pes soas, uma essência 
espiritual diversa em suas manifestações. Na criaçã o do homem, eles 
falaram de uma imagem para os três , Gn 1.26. Quand o Adão foi expulso 
do Éden , eles falaram : o homem tornou-se como cad a um de nós, Gn 
3.22. Quando houve a confusão em babel, Deus falo u no plural: 
Desçamos e confundamos ali sua imagem” (Comentário de Efésios 1.10) 
RESPOSTA: Os termos Imagem e Semelhança de Gn 1.16, nada tem de 
relação com a doutrina da trindade de Deus. As expressões que aparecem no 
Genesis no plural dizem apenas a respeito da ação de Deus em conjunto 
com os anjos. Talvez o sentido da Trindade de Deus nunca foi afirmado melhor 
do que está por A. H. Strong ! "em a natureza do Deus único há três distinções 
eternas que se nos representam sob a figura de pessoas e estas três são 
iguais" (Systematic Theology, pág. 144). A doutrina da Trindade não quer dizer 
que Deus meramente Se manifesta em três diferentes maneiras. Há três 
distinções atuais na Divindade. A verdade disto aparecerá mais claramente 
depois. Isto está provado, de um lado, pela imutabilidade de Deus. Se já houve 
um tempo em que estas distinções não existiram, então, quando vieram a 
10 
 
existir, Deus mudou. Provado está outra vez pelas Escrituras, as quais afirmam 
ou implicam a eternidade do Filho e do Espírito Santo. Vide João 1:1,2; 
Apocalipse 22:13,14; Hebreus 9:14. 
"Não é resposta a isto, que as expressões "gerado" e "procedido de" envolvem, 
a idéia da existência antecedente do que gera e de quem há processão, porque 
estes são termos da linguagem humana aplicados a ações divinas e devem ser 
entendidos ajustadamente a Deus. Não há aqui dificuldade maior do que em 
outros casos em que este princípio está prontamente reconhecido (Boyce, 
Abstract of Systematic Theology, págs. 138, 139). 
A Doutrina da Trindade não quer dizer triteismo. Quando falamos das 
distinções da Divindade como pessoas, devemos entender que usamos o 
termo figuradamente. Não há três pessoas na Divindade no mesmo sentido em 
que três seres humanos são pessoas. No caso de três seres humanos há 
divisão de natureza, essência e ser, mas Deus não é assim. Tal concepção de 
Deus está proibida pelo ensino da Escritura quanto à unidade de Deus. 
 Ao estudar por mais de vinte anos a famosa obra de teologia Sistemática de 
Louis Berkhof, compreendi que para entender a doutrina da Trindade depende 
decisivamente da revelação. Isto para evitar interpretações heréticas e 
antibiblicas. É verdade que a razão humana pode sugerir algumas idéias para 
consubstanciar a doutrina, e que os homens, fundados em bases puramente 
filosóficas, por vezes abandonaram a idéia de uma unidade nua e crua em 
Deus, e apresentaram a idéia do movimento vivo e de auto-distinção. Também 
é verdade que a experiência cristã pareceexigir algo parecido com esta 
construção da doutrina de Deus. Ao mesmo tempo, é uma doutrina que não 
teríamos conhecido, nem teríamos sido capazes de sustentar com algum grau 
de confiança, somente com base na experiência, e que foi trazida ao nosso 
conhecimento unicamente pela auto-revelação especial de Deus. Portanto, é 
de máxima importância reunir suas provas escriturísticas. 
a . Provas do Velho Testamento. Alguns dos primeiros pais da igreja, assim 
chamados, e mesmo alguns teólogos mais recentes, desconsiderando o 
caráter progressivo da revelação de Deus, opinaram que a doutrina da 
Trindade foi revelada completamente no Velho Testamento. Por outro lado, o 
socinianos e os arminianos eram de opinião que não há nada desta doutrina 
ali. Tanto aqueles como estes estavam enganados. O Velho Testamento não 
contém plena revelação da existência trinitária de Deus, mas contém várias 
indicações dela. É exatamente isto que se poderia esperar. A Bíblia nunca trata 
da doutrina da Trindade como uma verdade abstrata, mas revela a subsistência 
trinitária, em suas várias relações, como uma realidade viva, em certa medida 
em conexão com as obras da criação e da providência, mas particularmente 
em relação à obra de redenção. Sua revelação mais fundamental é revelação 
dada com fatos, antes que com palavras. E esta revelação vai tendo maior 
clareza, na medida em que a obra redentora de Deus é revelada mais 
claramente, como na encarnação do Filho e no derramamento do Espírito.E 
quanto mais a gloriosa realidade da Trindade é exposta nos fatos da história, 
mais claras vão sendo as afirmações da doutrina. Deve-se a mais completa 
11 
 
revelação da Trindade no Novo Testamento ao fato de que o Verbo se fez 
carne, e que o Espírito Santo fez da igreja Sua habitação. 
Têm-se visto, por vezes, provas da Trindade na distinção entre Jeová e Elohim, 
e também no Plural Elohim, mas a primeira não tem nenhum fundamento, e a 
última é, para dizer o mínimo, duvidosa, embora ainda defendida por 
Rottenberg, em sua obra sobre De Triniteit in Israels Godsbegrip. É muito mais 
plausível entender que as passagens em que Deus fala de Si mesmo no plural, 
Gn 1.26; 11.7, contêm uma indicação de distinções pessoais em Deus, 
conquanto não surgiram uma triplicidade, mas apenas uma pluralidade de 
pessoas. Indicações mais claras dessas distinções pessoais acham-se nas 
passagens que se referem ao Anjo de Jeová que, por um lado, é identificado 
com Jeová e, por outro, distingue-se dele. Ver Gn 16.7-13; 18.1.21; 19.1-28; Ml 
3.1. E também nas passagens em que a Palavra e a Sabedoria de Deus são 
personificadas, Sl 33.4, 6; Pv 8.12-31. Em alguns casos mencionam-se mais de 
uma pessoa, Sl 33.6; 45.6, 7 (com. Hb 1.8,9), e noutros quem fala é Deus, que 
menciona o Messias e o Espírito, ou quem fala é o Messias, que menciona 
Deus e o Espírito, Is 48.16; 61.1; 63. 9,10. Assim, o Velho Testamento contém 
clara antecipação da revelação mais completa da Trindade no Novo 
Testamento. 
b. Provas do Novo Testamento. O Novo Testamento traz consigo uma 
revelação mais clara das distinções da Divindade. Se no Velho Testamento 
Jeová é apresentado como o Redentor e Salvador do Seu povo, Jó 19.25; Sl 
19.14; 78.35; 106.21; Is 41.14; 43.3, 11, 14; 47.4; 49.7, 26; 60.16; Jr 14.3; 
50.14; Os 13.3, no Novo Testamento e o Filho de Deus distingue-se nessa 
capacidade, Mt 1.21; Lc 1.76-79; 2.17; Jo 4,42; At 5.3; Gl 3.13; 4.5; Fl 3.30; Tt 
2.13, 14. E se no Velho Testamento é Jeová que habita em Israel e nos 
corações dos que O temem, Sl 74.2; 135.21; Is 8.18; 57.15; Ez 43.7-9; Jl 3.17, 
21; Zc 2.10, 11, no Novo testamento é o Espírito Santo que habita na igreja, At 
2.4; Rm 8.9, 11; 1 Co 3.16; Gl 4.6; Ef 2.22; Tg 4.5 O Novo Testamento oferece 
clara revelação de Deus enviando Seu filho ao mundo, Jo 3.16; Gl 4.4; Hb 1.6; 
1 Jo 4.9; e do pai e Filho enviando o Espírito, Jo 14.26; 15.26; 16.7; Gl 4.6. 
Vemos o pai dirigindo-se ao Filho, Mc 1.11; Lc 3.22, o Filho comunicando-se 
com o Pai, Mt 11.25, 26; 26.39; Jo 11.41; 12.27, 28, e o Espírito Santo orando 
a Deus nos corações dos crentes, Rm 8.26. Assim, as pessoas da Trindade, 
separadas, são expostas com clareza às nossas mentes. No batismo do Filho, 
o pai fala, ouvindo-se do céu a Sua voz, e o Espírito Santo desce na forma de 
pomba, Mt 3.16, 17. Na grande comissão Jesus menciona as três pessoas: 
“batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”, Mt 28.19. 
Também são mencionadas juntamente em 1 Co 12. 4-6; 2 Co 13.13; e 1 Pe 
1.2. A única passagem que fala de tri-unidade é 1.Jo 5.7, mas sua genuinidade 
é duvidosa, razão pela qual foi eliminada das mais recentes edições críticas do 
Novo Testamento. 
8. "...A seguir, vem a predestinação, que começa n o nosso espírito e 
termina no nosso corpo. O conhecimento é do Espírit o Santo e a 
predestinação é do Pai...” (Comentário de Efésios 1.11). 
12 
 
RESPOSTA: Eleição e predestinação envolvem a salvação total do ser 
humano. O conhecimento e a predestinação são de toda a trindade. Sendo 
assim, dividir as habilidades metafísicas da divindade é transformar as três 
pessoas da trindade em interdependentes entre si e isso invalida a unidade 
que há nas pessoas da trindade. Deus só tem uma consciência! O 
comentarista da Bíblia Revelada fica inventando “interpretação “ que acaba 
próximo ao gnosticismo. Deus não age em etapas; Ele age em unidade. Por 
isso, dividir as ações de Deus, como se o próprio Deus estivesse dividido em 
três consciências seria o mesmo que admitir o politeísmo. 
O comentarista da Bíblia Revelada – Novo testamento Explicado , deveria ter 
lido e estudado Romanos 8.29-30 , e observar que o texto bíblico não diz 
nada disto. 
Antes de verificarmos o alcance dos decretos divinos é necessário 
compreendermos a estreita relação entre os decretos e a natureza de Deus. Os 
decretos são: 
Imutáveis , pois baseiam-se na onisciência, presciência, sabedoria e 
imutabilidade divina: “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e 
desde a antiguidade, as cousas que ainda não sucederam; que digo: o meu 
conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Is 46.10; 14.26-27; 
Sl 33.11). O Senhor não muda o seu plano, pois é fiel e verdadeiro. De acordo 
com Agostinho: 
“Deus não deseja uma coisa agora e outra, daqui a pouco; mas de uma vez só, 
e imediatamente, e sempre, Ele deseja todas as coisas que Ele deseja; não 
repetidas vezes, agora isto, depois aquilo; nem deseja depois o que antes não 
queria; nem não deseja o que antes desejava; porque tal tipo de vontade é 
mutável; e nenhuma coisa mutável é eterna”. 
Exeqüíveis , pois tudo o que Deus, no seu eterno conselho decretou, é factível: 
“ Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também o 
executarei.” (Is 46.11b; 14.26-27). 
Inquestionáveis , “Todos os moradores da terra são por ele reputados em 
nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os 
moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que 
fazes.” (Dn 4.35). 
Absolutos , o decreto não depende, em nenhuma de suas particularidades, de 
qualquer coisa que lhe seja externa, como, por exemplo, das ações livres das 
criaturas morais e racionais, da desobediência ou fé previstas. Deus não só 
determinou o que vai acontecer, mas também em que condições será realizado 
(At 2.23; Ef 2.8; 1 Pe 1. 2). 
Fundamentados na sabedoria divina , “.. segundo o propósito daquele que 
faz todas as cousas conforme o conselho da sua vontade” (Ef 1.11; cf 3.10,11). 
Embora o estudo dos decretos divinos leve-nos a muitos labirintos, é certo que 
Deus elaborou Seu plano com sabedoria. O poeta entoa no Salmo 104.24: 
13 
 
“Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com sabedoria as fizeste; cheia 
está a terra das tuas riquezas”. 
 
Eternos , isto é, Deus criou o seu decreto na eternidade, embora a sua 
execução seja no tempo. Sendo o decreto eterno, todas as suas partes são, na 
mente de Deus, uma única intuição, emborana sua realização haja sucessão. 
É assim que o decreto, aparece sempre no singular, uma vez que Deus tem 
apenas um único plano todo inclusivo. O decreto é antes do princípio do tempo, 
mas sua realização acontece no curso da historicidade humana. É nessa 
projeção que Pedro vê a efetuação do plano salvífico em Cristo: “Conhecido, 
com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos 
tempos, por amor de vós” (1 Pe 1.20). No entanto, o decreto não é eterno, no 
sentido em que Deus é eterno, pois resulta da livre e soberano vontade de 
Deus. Tudo o que transpirou no tempo foi decretado desde a eternidade por 
Deus. Alguns eventos decretados ocorrem mediante a agência divina, tais 
como a eleição, a criação, a regeneração, e a encarnação do Verbo. Outros 
são realizados na história mediante a atuação direta do homem, como por 
exemplo, na crucificação de Jesus Cristo. 
Livres , as Escrituras asseveram: “Quem guiou o Espírito do Senhor? Ou, como 
o seu conselheiro, o ensinou? Com quem tomou conselho, para que lhe desse 
compreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, e 
lhe mostrou o caminho do entendimento?” (Is 40.13,14). Suas determinações 
não foram influenciadas por nenhum outro ser. 
Permissivos no campo moral e espiritual . Podemos afirmar que o decreto 
divino – considerando aquilo que é bom em oposição àquilo que é mal – pode 
ser dividido em dois aspectos: por designação e permissão divina. É a segunda 
categoria que trata do chamado decreto permissivo. O decreto de Deus com 
relação ao pecado é chamado de permissivo, porque não podemos admitir: 
Que Deus tenha desejado o mal para suas criaturas. O ato de Deus saber que 
o homem pecaria não o faz responsável pelo pecado ou mal moral. Se Deus 
não é o autor do pecado, então de onde procede o mal? Na verdade, o ato de 
você saber que uma pessoa vai errar não lhe faz responsável pelo erro. 
Suponhamos que você observa um indivíduo que constantemente atravessa 
uma rodovia movimentada sem respeitar a sinalização de trânsito. Você sabe 
que isso é errado, mas, se num desses dias, ele atravessar e sofrer um 
acidente, você se sentiria culpado por isso? Ou você dirá: “eu sabia que isto, 
um dia ou outro, iria acontecer”. O ato de Deus saber que o homem iria pecar, 
não o faz responsável pelo pecado, visto que o pecado é anterior a criatura 
humana, mas não à criação. Não é parte da criação perfeita de Deus, mas uma 
realidade introduzida na criação pela própria criatura. É a rebelião voluntária da 
criatura contra a vontade revelada de Deus (Tg 1.13,14). Assim mesmo, como 
poderia ser Deus o autor do pecado e daí condenar o homem a um inferno sem 
fim por fazer aquilo que Ele o havia induzido? A filosofia de que Deus é o autor 
do pecado porque sabia que o homem haveria de pecar, é antibíblica e 
repugna a perfeição dos atributos divinos. Mas, como afirma Thiessen: 
14 
 
“Baseado em Seu sábio e santo conselho, Ele decretou permitir que o pecado 
viesse. Isto Ele fez à luz do que sabia que a natureza do pecado viria a ser; do 
que sabia que o pecado faria à criatura; e do que sabia que teria que fazer para 
salvar quem quer que fosse” . 
Se é correto o decreto permissivo acerca do pecado, também o é, da derrota 
do pecado. Ele decretou permiti-lo, mas também derrotá-lo pelo bem (Gn 
50.20; Sl 33.10,11; Sl 76.10; Dn 3.19-30; Fp 1.19,20). Em cada um destes 
textos, o pecado é derrotado pelo bem. Conforme Berkhof: 
“O decreto de Deus com referência ao pecado é comumente chamado decreto 
permissivo. Torna o ato pecaminoso futuro absolutamente certo, mas não 
significa que Deus, por Seu próprio ato, o fará acontecer. Deus decretou não 
impedir o ato pecaminoso da auto-determinação da criatura, mas regular e 
controlar os seus resultados (Sl 78.29; 105.15; At 14.16; 17.30)” (Fonte : 
Teologia & Graça). 
9. "...O selo é para o corpo aquilo que o batismo c om o Espírito Santo é 
para a alma e o corpo , conjuntamente. O selo gar ante a ressurreição e o 
batismo no Espírito Santo garante o testemunho...” (Comentário de 
Efésios 1.13). 
RESPOSTA: A Bíblia não diz que o selo é para o corpo e que o batismo com 
o Espírito santo é para a alma e o corpo. Na verdade , quando Deus trata 
com o homem , Ele o trata em sua plenitude. A obra do Espírito Santo envolve 
toda existência humana, todo o ser humano, integral, pleno e por inteiro. Esta 
doutrina não passa de mais uma inovação mística do novo gnosticismo. 
Podemos considerar a resposta a seguir pelo seu teor escriturístico. 
Neste parágrafo, o apóstolo Paulo move-se da eternidade (Ef. 1.4-6), onde 
explica a doutrina da eleição de Deus em Cristo, da história passada (Ef. 1.7-
12) para a experiência e expectativa futura dos crentes (Ef. 1.13,14). O 
apóstolo Paulo destaca duas bênçãos gloriosas procedentes do Espírito Santo: 
selo e garantia: 
Em primeiro lugar, temos o selo do Espírito Santo ( Ef. 1.13) 
“Nele, também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa 
salvação, e nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da 
promessa”. Paulo é enfático: O Espírito Santo selou-nos. O processo da 
salvação é ensinado nesse versículo. Ele mostra como um pecador torna-se 
santo: ele ouve o evangelho da salvação, como Cristo morreu pelos seus 
pecados e ressuscitou; ele crê com a fé que traz a salvação e, depois, é selado 
15 
 
com o Espírito Santo. Nós recebemos o Espírito imediatamente após confiar 
em Cristo, como nosso Senhor e Salvador. 
O que representa o selo do Espírito? William Hendriksen, ilustre escritor 
reformado, fala das três funções do selo: garantir o caráter autêntico de um 
documento (Et 3.12), marcar uma propriedade (Ct 8.6) e proteger contra 
violação e dano (Mt 27.66). 
Dr. Warren Wiersbe, amplia esta idéia falando sobre quatro aspectos da 
selagem do Espírito, como veremos a seguir: 
O selo fala de uma transação comercial consumada. 
Até hoje, quando documentos legais importantes são tramitados, recebem um 
selo oficial para indicar a conclusão da transação. Jesus consumou sua obra 
de redenção na cruz. Ele comprou-nos com seu sangue. Somos propriedade 
exclusiva dele. Portanto, fomos selados como garantia dessa transação final. 
Os compradores de madeira em Éfeso colocavam o selo na madeira e, depois, 
enviavam seus mercadores para buscá-la. 
O selo fala de um direito de posse. 
No mundo antigo, o selo representava o símbolo pessoal do proprietário ou do 
remetente de alguma coisa importante, por isso, tal como numa carta, 
distinguia o que era verdadeiro do que era espúrio. Era também a garantia de 
que o objeto selado havia sido transportado intacto. Deus pôs o seu selo sobre 
nós porque nos comprou para sermos sua propriedade exclusiva (1 Co 6.19,20; 
1 Pe 2.9). John Stott diz que o selo é uma marca de possessão e 
autenticidade. 
O gado e até mesmo os escravos eram marcados com um selo por seus donos 
a fim de indicar a quem pertenciam. Mas tais selos eram externos, ao passo 
que o de Deus está no coração. Deus põe seu Espírito no interior de seu povo 
a fim de marcá-lo como sua propriedade. 
O selo fala de segurança e proteção 
O selo romano sobre a tumba de Jesus era a garantia de que ele não seria 
violado (Mt 27.62-66). Assim o crente pertence a Deus. O Espírito foi-nos dado 
16 
 
para estar sempre conosco. Ele somente nos deixará se pecarmos e 
apostatarmos da fé. 
O selo fala de autenticidade 
O selo, bem como a assinatura do dono, atesta a genuinidade do documento. 
O apóstolo Paulo diz: “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a 
Cristo” (Rm 8.9). 
Em segundo lugar, temos a garantia do Espírito Sant o (Ef. 1.14). 
“Que é a garantia da nossa herança, para a redenção da propriedade de Deus, 
para o louvor da sua glória”. O apóstolo Paulo também falou do Espírito Santo 
como garantia. O Espírito nos foi dado como garantia. A palavra grega 
(arrabon), de origem hebraica, entrou no uso da língua gregaprovavelmente 
por intermédio dos fenícios. 
Dr. William Barclay diz que, no grego clássico, Selo – significava o sinal em 
dinheiro que um comerciante tinha de depositar com antecedência ao fechar 
um contrato, dinheiro que perderia casa a operação não se concretizasse. 
Portanto, a palavra garantia, representa a primeira parcela de um pagamento, a 
garantia de que o pagamento integral será efetuado. O Espírito Santo é o 
primeiro pagamento que garante aos filhos de Deus que Ele terminará sua obra 
em nós, levando-nos para a glória (Rm 8.18-23; 1 Jo 3.1-3). 
A experiência do Espírito Santo que temos neste mundo é uma antecipação 
das alegrias e bênçãos do céu. Assim, a garantia, ou primeira parcela, é a 
comprovação da glória por vir, glória que não se manifestará apenas quando a 
alma e o corpo se separarem, mas também, e especialmente, na grande 
consumação de todas as coisas, na segunda vida de Cristo. 
O que é o batismo do Espírito Santo? 
Ao estudar o Got Questions.org , podemos definir o Batismo do Espírito 
Santo como a obra através da qual o Espírito de Deus coloca o crente em 
união com Cristo e em união com outros crentes no Corpo de Cristo, no 
momento da salvação. I Coríntios 12:12-13 e Romanos 6:1-4 são as passagens 
centrais na Bíblia onde encontramos esta doutrina. I Coríntios 12:13 declara: 
“Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer 
17 
 
judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um 
Espírito.” Romanos 6:1-4 declara: “Que diremos pois? Permaneceremos no 
pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos 
mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou não sabeis que todos 
quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De 
sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como 
Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós 
também em novidade de vida.” Apesar de Romanos 6 não mencionar 
especificamente o Espírito de Deus, descreve a posição dos crentes perante 
Deus e I Coríntios 12 nos diz como isto acontece. 
É necessário que observemos três fatos que ajudam a solidificar nossa 
compreensão do Batismo do Espírito. Primeiramente, I Coríntios 12:13 afirma 
claramente que todos fomos batizados no momento em que bebemos 
(recebemos o Espírito para habitar em nós). Em segundo lugar, em nenhum 
lugar das Escrituras ela exorta que os crentes sejam batizados com/ no/ pelo 
Espírito. Isto indica que todos os crentes já experimentaram este ministério. Por 
último, Efésios 4:5 parece se referir ao batismo do Espírito. Se este é mesmo o 
caso, o batismo do Espírito já é a realidade de cada crente, assim como o são 
“uma fé” e “um Pai”. 
Concluindo, o batismo do Espírito Santo faz duas coisas: (1) nos une ao Corpo 
de Cristo, e (2) valida nossa co-crucificação com Cristo. Sermos parte de Seu 
corpo significa que somos levantados com Ele para novidade de vida 
(Romanos 6:4). Devemos então exercitar nossos dons espirituais a fim de 
mantermos este corpo funcionando adequadamente como afirma o contexto de 
I Coríntios 12:13. Experimentar o batismo do Espírito funciona como base para 
mantermos a unidade da igreja, como no contexto de Efésios 4:5. Sermos 
associados com Cristo em Sua morte, sepultamento e ressurreição através do 
batismo do Espírito estabelece a base para a conquista da nossa separação do 
poder do pecado que está dentro de nós e nossa caminhada em novidade de 
vida (Romanos 6:1-10, Colossenses 2:12) . 
O QUE É O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO? 
Revestimento de poder - Lc 24:49- “E eis que sobre vós envio a promessa de 
meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos 
de poder.” 
Unção - I Jo 2:27 – “E a unção que vós recebestes dele fica em vós, e não 
tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas como a sua unção vos 
18 
 
ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, 
assim nele permanecereis.” 
Virtude do Espírito - At 1:8 – “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que 
há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em 
toda Judéia e Samaria e até os confins da terra.” 
Virtude é poder em ação. É o poder divino para testemunhar de Cristo, para 
ganhar os perdidos para Ele e ensinar-lhes a observar tudo quanto Ele 
ordenou. 
 
Diferença entre receber o Espírito Santo e o Batism o no Espírito Santo 
Receber: Jo 20.19-22 - “ ... assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o 
Espírito Santo.” Receber o Batismo: At 1.5, 8; At 2.4; At 2.39 
Para quem é? – PARA TODOS 
At 2:38-39 – “...Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de 
Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. 
Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos que estão 
longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.”/ 
Joel 2:28-32 –“E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a 
carne.....” 
Existem duas coisas básicas que impedem uma pessoa de receber o 
batismo com o Espírito Santo : a incredulidade ou pecados não confessados. 
10. "... Os principados são lideranças internaciona is. Jesus está 
assentado acima deles. As potestades são lideranças nacionais. 
Dominam nações. Jesus está assentado acima deles. Não devemos 
confundir as potestades com os principados. Os pri ncipados atuam 
coletivamente enas instituições internacionais. As potestades atuam 
sobre as nações. Os dominadores dominam as nações , e também pelos 
lideres do povo...” (Comentário de Efésios 1.21). " 
RESPOSTA: O que são "tronos, dominações, principados e potestades", 
segundo Colossenses 1.16?O apóstolo Paulo usa uma figura de linguagem 
chamada "hipérbole" (exagero), como faz em Romanos 8.38-39, quando diz, 
por exemplo, que nem altura, nem profundidade nos podem separar do amor 
de Jesus Cristo. O primeiro sentido, portanto, é este: tudo foi criado por Deus. 
Imagine a pessoa com mais poder no mundo: está sob o poder de Deus. 
Imagine a maior potência política, econômica e militar: está debaixo da 
onipotência de Deus. 
A teologia judaica da época entendia que os anjos se organizavam em ordens 
e esses termos (dominações, principados e potestades) são uma descrição 
desta organização. O apóstolo Paulo usa os termos da época, que seus 
leitores entendessem. Não estava ele referendando esta teologia rabínica, mas 
19 
 
buscando fazer uma ponte com seus leitores, para dizer "Até os anjos, dos 
mais aos menos importantes, foram criados por Deus 
Antes vejamos o que a Palavra de Deus nos diz: 
 Romanos 8:38 – “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, 
nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem 
potestades ...” 
 Efésios 2:2 
 - nos quais outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o 
príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos de 
desobediência, 
 Efésios 3:10 - para que agora seja manifestada, por meio da igreja, aos 
principados e potestades nas regiões celestes, 
 Efésios 6:12 - pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas 
sim contra os principados, contra as potestades , conta os príncipes do 
mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiões 
celestes. 
 Colossenses 1:16 - porque nele foram criadas todas as coisas nos céus e 
na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam 
principados, sejam potestades ; tudo foi criado por ele e para ele. 
 Colossenses 2:15 - e, tendo despojado os principados e potestades , os 
exibiu publicamente e deles triunfou na mesma cruz. 
 I Pedro 3:22 - que está à destra de Deus, tendo subido ao céu; havendo-
se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potestades . 
De acordo com a Bíblia potestades , tem 2 significados e se refere a anjos 
e poderes . 
11. "Jesus quis revelar esse mistério aos seus dis cípulos quando disse-
lhes:“Naquele dia compreendereis que eu estou em meu Pai”. O Espírito 
Santo está em Cristo porque somos parte do Corpo d e Cristo. Jesus 
assume o corpo (cabeça da Igreja). O corpo é a Igr eja, mas o Pai habitará 
no corpo do filho porque, no fim de tudo , o Filho de sujeitará ao Pai, para 
que eles sejam tudo em tos (no seu corpo, e isto so mente será possível 
em um só corpo. Veremos no fim de todas as coisas q uando todas as 
coisas estiverem sujeitas ao Filho; veremos diant e de nossos olhos o 
Pai habitado no corpo do Filho , 1 Cor 15.26-28, e o mistério estará 
plenamente revelado...” (Comentário de Efésios 1.2 3). 
RESPOSTA: Em nenhuma parte da Escritura temos o ensinamento de que 
Deus no fim de tudo habitará no corpo de Jesus. Segundo a metafísica, tal 
doutrina não passa de fantasia. O comentarista diz “ para que eles sejam 
tudo em todos (no seu corpo, e isto somente será p ossível em um só 
corpo). Eu não sei onde o nosso irmão estudou teologia e filosofia, porque o 
que ensina contradiz todos os princípios da lógica, da metafísica e da teologia. 
Podemos classificar nesta tese da Bíblia Revelada – Novo Testamento 
20 
 
Explicado , os seguintes erros teológicos: 1). Que Deus habitará no fim de 
tudo no corpo de Jesus; 2) Que eles (isto é, os três membros da trindade), 
habitarão no corpo de Jesus; 3) Que veremos diante de nossos olhos o Pai 
habitado no corpo do Filho. Vamos por parte. Primeiro, o texto bíblico diz:” E, 
quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio Filho 
se sujeitará àquele (Deus – Pai) que todas as coisas lhe sujeitou , a fim de 
que Deus (Divindade em Plenitude) seja tudo em todos” (1 Co 15.28). É um 
absurdo como a nota do referido texto bíblico na Bíblia Revelada diz a mesma 
heresia: “Quando o Pai habitará no Corpo do Filho – Cl 1.19;2.9;Ef 4.3-4, P. 
719); Segundo, a Bíblia não diz que Deus será revelado na eternidade no 
corpo de Jesus. Pelo contrário, na eternidade, a Bíblia diz que Deus será 
tudo em todos, isto é, todos os seres espirituais terão plena consciência de 
Deus; Terceiro, a Bíblia não diz que Deus – Pai habitará o corpo de Jesus. Os 
que sabemos segundo 1 João 3.2 lemos: “ Mas amados, agora somos filhos 
de Deus, e até agora não se manifestou o que haveremos de ser. Mas nós 
sabemos que quando ele manifestar-se, seremos semelhante a ele, e o 
veremos como ele é” (Bíblia Revelada). Como é possível Deus habitar no 
corpo de Jesus se Jesus é Deus revelado nas naturezas divina e humana de 
Jesus? E ainda: Jesus após a ressurreição recebeu um corpo glorificado , 
espírito vivificante , exaltado por Deus. De acordo com a Bíblia não é o Pai 
que revela o Filho , é o filho que revela o Pai (Mt 11.27; Jo 1.18). É Jesus , o 
Filho de Deus , que revelada Deus. Agora esse negócio de Deus habitar em 
um só corpo, o corpo de seu Filho , é doutrina que desconhecemos na Bíblia 
e na história da teologia cristã. A Bíblia diz que Deus (Pai-Filho-Espírito Santo) 
será tudo em todos, e não que o Pai habitará em um só corpo. Não haverá 
corpo para Deus habitar na eternidade. O que a Bíblia ensina é que Deus 
será tudo em todos (isto é, todos os espíritos dos justos aperfeiçoados, 
inclusive os anjos eleitos de Deus). O grande mistério é que todos os salvos e 
seres celestiais terão o mesmo privilégio da manifestação da glória de Deus 
em suas consciências, espíritos, poderes cognitivos da natureza criada. 
Veremos a Jesus , assim como ele é , mas ao sujeitar-se todas as coisas a 
Deus, Deus será tudo em todos. Ensinar o que a bíblia não diz é cometer 
enganos . 
12. "...A eternidade tem três dimensões , de acord o com o nome do 
Senhor Jeová: era é e será...” (Comentário de Efési os 3.2). 
RESPOSTA: “Veja a exegese de dispensação no origina l grego: 
(oikonomeo) de 3623 (oikonomos); administração – de uma casa ou 
propriedade; especialmente uma administração religi osa: dispensação, 
administração” (Bíblia de Estudo PALAVRAS CHAVES : Hebraico/Grego). 
No Novo Testamento encontramos as seguintes refe rências bíblicas 
sobre a palavra diispensação: Ef.110; Ef. 3.2; Ef. 3.9 e Cl 1.25. Portanto, a 
palavra dispensação não tem nehuma implicação com a invenção de 
três dimensões, ou mesmo com o nome “Senhor Jeová: era é e será”. 
Tudo isto não passa de uma falácia hermenêutica. A expressão de Ap 
1.4 , diz respeito a ação do Logos no Tempo/Espaço e não na eternidade . 
21 
 
O comentário de rodapé de Êxodo 3.14 da Bíblia de Estudo PALAVRAS 
CHAVES – hebraico/grego publicada pela CPAD não e stá muito claro ou 
bem colocado , pois o Nome do Eterno (IHVH) não pos sui corresponde 
em nenhuma língua ou dialeto. Mesmo a nota de refer ência do hebraico 
(1961) do termo (hãyah) raiz primitiva - compare com 1933; existir, isto 
é., ser ou vir a ser , acontecer (sempre enfático, e não um mero verbo de 
ligação ou auxiliar): - vir a ser, ser fazer-se; a lcançar , cumprir , andar 
fazendo , haver (semelhante) , passar , dar ocasião , será que, fazer , 
enfrequecer , vir, + seguir , suceder, X ter , dura r, pertencer, portai(vos), 
era (apressado), X ser/servir (para). Vervo que si gnifica existir , ser, vir a 
ser, acontecer , suceder ,ser feito. É usado mais de 3.500 vezes no Antigo 
Testamento” (Bíblia de Estudo – PALAVRAS CHAVES – H ebraico/Grego, 
CPAD”> 
Na verdade a explicação acima em nada coorpera par a explicar a relação 
de Deus com a temporalidade, a especialidade, a exi stencialidade e 
materialidade em uma perspectiva metafísica da na tureza de Deus em 
sua relação com o universo e o próprio homem. Est a questão exige 
muito conhecimento de lógica, metafísica e ontolog ia. 
Primeiro, vamos desmistificar o termo Jeová. Veja a explicação dos 
estudiosos a respeito do nome Jeová: “No hebraico moderno do século VI 
depois de Cristo, os Massoretas colocaram os sinais das vogais adonay nas 
consoantes do tetragrama, daí em diante que os clérigos católicos começaram 
a tentar escrever o nome divino: Iahweh, Jehovah, Iavé e Jeová.A partir do ano 
de 1514 depois de Cristo, começaram a usar o nome JEOVÁ e assim ficou 
conhecido e usado não porque seja a forma correta, mas por questão de ser 
bem mais conhecidaPortanto, em algumas traduções João Ferreira de Almeida, 
revista e corrigida, antigas, ali encontram o nome Jeová (somente no Antigo 
Testamento). Esta é a forma incorreta. O certo é Senhor ou Iahweh que estão 
com as vogais de Adonay que se traduz por Senhor” (www.cacp.org.br). Não 
existe no hebraico a expressão Senhor Jeová. Ou é Senhor(Adonay) ou é 
Jeová (com sinais das vogais de Adonay). 
Segundo, entende-se por eternidade a duração de um ser que exclui 
todocomeço e todo fim , bem como toda mudança ou sucessão . Boécio 
define a eternidade como "posse total, simultânea e perfeita de uma vida 
interminável". Convém unicamente a Deus . — A eternidadenão permite 
nenhuma verdadeira comparação com os acontecimentos temporais; 
propriamente não os precede, nem os acompanha, nem se segue a eles. Deus 
é presente a todos os tempos e coisas , na medida em que as conserva.Dizer 
que eternidade tem dimensões, é o mesmo que compará-la com o tempo. A 
expressão era é e será nada tem de comparação com a metafísica da 
eternidade, apenas diz respeito as etapas da revelação da história (tempo-
espaço). Trata-se de uma linguagem condicional ao pensamento judaico-
cristão. 
13. "A imagem é o corpo do Filho que foi preparado antes da fundação do 
mundo, e foi criada. Por isso, Paulo diz que ele, na imagem, no seu 
corpo(somente), é o primogênito da criação. A image m do seu corpo foi o 
principio da criação, a primeira coisa a ser criad a. O corpo de Adão não 
22 
 
foi criado, mas formado, pois a imagem de seu cor po já havia sido 
criada..." (Comentário de Efésios 3.4). 
RESPOSTA: Se a imagem é o corpo do Filho e foi criada, então o filho foi 
criado, porqueneste caso, o comentarista na separa a imagem do Filho, 
criando assim, uma espécie de arianismo moderno. Temos aqui três grandes 
problemas teológicos: Primeiro, que a imagem criada por Deus é a essência 
do corpo do seu Filho; segundo, que a imagem é a base da criação; terceiro, 
cria-se um problema seriíssimo entre imagem e espírito, porque tanto no 
hebraico quanto no grego , as expressões imagem e espírito não são a 
mesma coisa. Vamos considerar a exegese do Rev. Gildásio Reis , a seguir: 
 “Este talvez seja um dos capítulos mais importantes que estudaremos. 
Tentaremos responder perguntas como: Em que consiste a imagem de Deus 
no homem? Que efeito teve a queda do homem sobre a imagem de Deus? O 
que queremos dizer quando afirmamos que o homem foi criado à imagem e 
semelhança de Deus? 
O conceito de imagem de Deus é o coração da antropologia cristã. Precisamos 
entender bem este conceito. 
O homem distingue-se das demais criaturas de Deus, porque foi criado de uma 
maneira singular. Apenas do homem é dito que ele foi criado à imagem de 
Deus. Esta expressão descreve o homem na totalidade de sua existência, ele é 
um ser que reflete e espelha Deus. (Gn 1:26-28). 
Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa 
semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos 
céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis 
que rastejam pela terra. 
Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem 
e mulher os criou. 
E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a 
terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e 
sobre todo animal que rasteja pela terra. (Gn 1:26-28). 
A imagem de Deus no homem não é algo acidental(como o corpo de Jesus) , 
mas é algo essencial à natureza humana. O homem não pode ser homem sem 
a imagem de Deus. O homem é a imagem de Deus, não simplesmente a 
possui, como se fosse algo que lhe foi acrescentado. 
 
“Imagem” e “Semelhança”? 
Qual o significado destas palavras? 
23 
 
Aqui eu quero ver com os irmãos, os 4 estágios da imagem de Deus no 
homem. A imagem original, a imagem desfigurada, A imagem original, a 
Imagem desfigurada, A imagem restaurada e a Imagem aperfeiçoada. 
1 - A imagem de Deus no homem originalmente 
No Velho Testamento encontramos apenas três passagens que tratam de 
forma específica a questão da imagem de Deus. (Gen. 1:26-28; 5:1-3; 9:6). 
“Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” . Sobre o significado das 
palavras "Imagem e Semelhança" entendemos que elas não se referem a 
coisas diferentes, embora alguns defensores da fé do passado tivessem crido 
diferente (1). 
Veja as razões porque entendemos que estes dois termos querem significar a 
mesma coisa: 
Em Gen. 1:26, aparecem as duas palavras "imagem e semelhança"; em 1:27 o 
autor usou apenas o termo "imagem"; em 5:1 ele resolve substituir o termo por 
outro - "semelhança", e, em 5:3, o autor novamente volta a usar as duas 
palavras , contudo em ordem diferente daquela usada em 1:26 - "semelhança e 
imagem" e em 9:6 ele volta a usar apenas um dos termos, optando agora pelo 
termo "imagem". Isto, deixa suficientemente claro para nós que "imagem e 
semelhança" são termos sinônimos, e que querem dizer a mesma coisa. Caso 
não fosse assim, o autor não faria estas mudanças alternando os termos. 
 
O Que Significa ser Criado á Imagem e Semelhança? 
Mas o que entendemos por Imagem e Semelhança? Por estes dois termos 
queremos dizer que o homem foi criado para refletir, espelhar e representar 
Deus. Nossos primeiros pais foram criados para refletir as qualidades que 
haviam em Deus, e isto em perfeita obediência, sem pecado. Agostinho diz que 
o homem foi criado "capaz de não pecar" (2). O homem podia agir 
perfeitamente e obedientemente na adoração , no serviço a Deus, no domínio e 
cuidado da criação e no amor e companheirismo uns com os outros. 
Berkhof diz que na concepção reformada, a Imagem de Deus consiste na 
integridade original da natureza do homem, integridade esta expressa: 
a. No Conhecimento Verdadeiro - Cl 3:10 
“E vos revestistes do novo homem, que se refaz para o pleno conhecimento, 
segundo a imagem daquele que o criou”. 
b. Na Justiça - Ef. 4:24 
“E vos revestais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão 
procedentes da verdade”. 
24 
 
c. Na Santidade - Ef 4:24 
“E vos revestiais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão 
procedentes da verdade” (3). 
Van Groningen assevera que: 
Ao criar a humanidade á sua própria imagem, Deus estabeleceu uma relação 
na qual a humanidade poderia refletir, de modo finito, certos aspectos do 
infinito Rei-Criador. A humanidade deveria refletir as qualidades éticas de 
Deus, tais como "retidão e verdadeira santidade"... e seu "conhecimento" (Cl 
3:10). A humanidade deveria dar expressão ás funções divinas em ralação ao 
cosmos e atividades tais como encher a terra, cultivá-la e governar sobre o 
mundo criado. A humanidade em uma forma física, também refletiria as 
próprias capacidades do Criador: apreender, conhecer, exercer amor, produzir, 
controlar e interagir (4). 
Percebemos nas palavras do Dr. Van Groningen que ele apresenta a imagem 
de Deus como tendo uma tríplice relação: 
A. Relação com Deus, 
B. Relação com o próximo 
C. Relação com a criação. 
Iremos verificar em nosso estudo que em seu estado glorificado, os santos 
refletirão esta imagem e semelhança restaurando no estado final, esta tríplice 
relação em sua perfeição. 
Antes do homem cair em pecado, ele refletia perfeitamente a imagem de Deus. 
Tudo estava em perfeita harmonia. Mas em que consistia este refletir a imagem 
de Deus?(5) 
1 - O homem reflete a imagem de Deus como um ser que é relacional. Ele não 
é um ser que vive isolado, assim como Deus não vive só. Deus é Tripessoal, e 
se relaciona entre as pessoas da Trindade (Gn 1:26 - "Façamos o homem ... ") 
O homem é uma pessoa, e como tal ele se relaciona. Foi por isto que Deus lhe 
fez uma companheira. 
2 - O homem reflete a imagem de Deus pela sua capacidade de dominar sobre 
as outras coisas criadas. 
O homem foi colocado como "senhor" da terra, para governá-la e cuidar dela. 
(Gn 1:26-28). O domínio do homem sobre as coisas criadas é parte essencial 
de sua natureza. Nesse sentido, o homem imita o Seu Criador, pois Deus é o 
Senhor soberano e absoluto exercendo domínio sobre toda a terra. 
3 - O homem reflete a imagem de Deus por Ter atributo que chamamos 
"essenciais" nele; sem os quais ele não poderia continuar sendo o que é: 
25 
 
a) Poder intelectual: É a faculdade de raciocinar, inteligência e outras 
capacidades intelectivas em geral, que refletem aquilo que Deus tem. 
b) Afeições naturais: É a capacidade que o homem tem de ligar-se 
emocionalmente e afetivamente a outros seres e coisas. Deus tem esta 
capacidade. 
c) Liberdade moral: Capacidade que o homem tem de fazer as coisas 
obedecendo a princípios morais. 
d) Espiritualidade: A Escritura diz que o homem foi criado "alma vivente" (Gn 
2:7). É a natureza imaterial do homem. Deus é espírito, e num certo sentido, o 
homem tem traços desta espiritualidade. 
e) Imortalidade: Depois de criado, o homem não deixa mais de existir. A morte 
não é para o corpo, mas para o homem. Morte é separação e não cessação de 
existência. A imortalidade é essencial para Deus (I Tm 6:16). O homem, num 
caráter secundário derivado, passa a Ter a imortalidade. 
 2 - A queda e a Imagem Desfigurada 
Como sabemos, este estado de integridade (“posso não pecar”) não foi 
mantido até o fim pelos nossos primeiros pais. Veio a desobediência e 
consequentemente a queda. Nossos primeiros pais, criados para refletir e 
representar Deus não passaram no teste. Provados, caíram e deformaram a 
imagem de Deus neles. 
Podemos fazer a seguinte pergunta: Quando o homem caiu, perdeu ele 
totalmente a Imago Dei? 
Respondemos que em seu aspecto estruturalou ontológico (aquilo que o 
homem é), não foi eliminado com a queda, o homem continuou homem, mas 
após a queda, o aspecto funcional (aquilo que o homem faz) da imago Dei, 
seus dons, talentos e habilidades passaram a ser usados para afrontar a Deus. 
Para Calvino, a imagem de Deus não foi totalmente aniquilada com a Queda, 
mas foi terrivelmente deformada Ele descreveu esta imagem depois da queda 
como “uma imagem deformada, doentia e desfigurada” (6). 
O homem antes criado para refletir Deus, agora após a queda, precisa ter esta 
condição restaurada. Restauração esta que se estenderá por todo o processo 
da redenção. Esta renovação da imagem original de Deus no homem significa 
que o homem é capacitado a voltar-se para Deus, a voltar-se para o próximo e 
também voltar-se para a criação para governá-la. 
3 - Cristo e a Imagem Renovada 
Num sentido, como já dissemos, o homem ainda é portador da imagem de 
Deus, mas também num sentido, ele precisa ser renovado nesta imagem. 
26 
 
Esta restauração da imagem só é possível através de Cristo, porque Cristo é a 
imagem perfeita de Deus, e o pecador precisa agora tornar-se mais 
semelhante a Cristo. Lemos em Cl. 1:15 "Ele é a imagem do Deus invisível" e 
em Romanos 8:29 que Deus nos predestinou para sermos "Conforme a 
imagem de Seu Filho ..." (I Jo 3:2; II Co 3:18) 
 
4 - A Imagem Aperfeiçoada 
A completação da perfeição dos cristãos será a participação da final 
glorificação de Cristo Jesus. Não somos apenas herdeiros de Deus, mas 
também co-herdeiros com Cristo, “Se com ele sofremos, para que também com 
ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). Não podemos pensar em Cristo separado 
de seu povo, nem de seu povo separado dele. Assim será na vida futura: a 
glorificação dos cristãos ocorrerá junto com a glorificação do Senhor Jesus . É 
exatamente isto que Paulo nos ensina em Cl 3:4: 
“Quando Cristo que é a nossa vida, se manifestar, então vós também sereis 
manifestados com ele, em glória”. 
A glorificação é voltar à perfeição com a qual fomos criados por Deus, é voltar 
a imagem de Deus. Este é o propósito último de nossa redenção. Esta 
perfeição da imagem será o auge, a consumação do plano redentivo de Deus 
para o seu povo. E isto só é possível em Cristo. 
Em Cristo, o eleito não apenas volta ao que era Adão antes de pecar, mas vai 
um pouco mais à frente: 
Note as palavras de Anthony Hoekema: 
Devemos ver o homem à luz de seu destino final (...) Adão ainda podia perder 
a impecabilidade e bem aventurança, mas aos santos glorificados isso não 
poderá mais ocorrer. Adão era "Capaz de não pecar e morrer"(posse non 
peccare et mori), os santos na glória, porém "não serão capazes de pecar e 
morrer" (non posse peccare et mori). Esta perfeição, que não se poderá perder, 
é aquilo para o qual o homem foi destinado e nada menos do que isto (7) 
Sabemos que os santos glorificados, em seu estado final não vão pecar nem 
morrer. Várias passagens das Escrituras nos garantem isto. (Is. 25:8 I Cor. 
15:42,54; Ef. 5:27; Ap. 21:4) 
Paulo em sua carta aos Efésios nos ensina que o propósito de Deus para sua 
igreja, é apresentá-la “a si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem 
coisa semelhante, porém santa e sem defeito” ( Ef. 5:27) 
Nesta dispensação, até a Segunda Vinda de Cristo, carregamos conosco, 
conforme lemos em I Cor. 15:49, a “imagem do que é terreno”, mas na 
glorificação, teremos plena e perfeitamente a “imagem do celestial”, ou seja, a 
imagem de Cristo. No porvir, nossa vida será gloriosa, porque teremos a 
27 
 
imagem de Cristo, seremos como Ele é, e Cristo sendo a imagem de Deus, 
teremos a imagem de Deus de volta em nós de forma completa e perfeita. 
Calvino comentando este texto de I Cor. 15:49 diz: 
Pois agora começamos a exibir a imagem de Cristo, e somos transformados 
nela diária e paulatinamente; porém esta imagem depende da regeneração 
espiritual. Mas depois seremos restaurados à plenitude, que em nosso corpo, 
quer em nossa alma, o que agora teve início será levado à completação, e 
alcançaremos, em realidade, o que agora esperamos(8) 
Note ainda as palavras de João: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda 
não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que quando Ele se 
manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-lo como ele é” 
(I Jo. 3:2). 
O que João nos diz, é que, na ocasião da Segunda Vinda de Cristo, seremos 
assemelhados a Ele, perfeita e completamente. E como Cristo é a imagem de 
Deus invisível, os santos glorificados terão a imagem de Cristo. Isto significa 
dizer que a nossa imagem na glorificação, será restaurada à imagem de Deus. 
Esta semelhança a Deus e a Cristo é o propósito final da nossa redenção, ou 
seja, a glorificação. 
Por enquanto, a imagem de Cristo em nós está em processo contínuo 
conforme nos diz Paulo em II Cor. 3:18 que estamos “sendo transformados de 
glória em glória” , mas após a nossa ressurreição, poderemos refletir a 
perfeição desta imagem, que Deus começou em nós, e assim, só então, 
poderemos ser tudo aquilo para o qual fomos destinados pelo Pai. 
Neste processo de restauração da imagem de Deus em nós, através de Cristo, 
chamamos de santificação que é a “conformidade progressiva à imagem de 
Cristo aqui e agora (...); a glória é a conformidade perfeita a imagem de Cristo 
lá e então, Santificação é a glória começada; glória é a santificação 
completada” (9) 
Gerrit C. Berkouwer, teólogo holandês, nos mostra que a verdadeira imagem 
de Deus se pode conseguir apenas em Jesus Cristo que é a imagem perfeita 
de Deus. Ser renovado á imagem de Deus é tornar-se parecido com Jesus 
(10). 
Todo o povo de Deus, de todas as nações, tribos, línguas, estará então com 
Deus por toda a eternidade, glorificando a Deus pela adoração, serviço e 
louvor. Todos nossos atos serão enfim feitos sem pecado com perfeição e aí o 
propósito que Deus estabeleceu para seus remidos terá sido alcançado. 
 
A Imagem de Deus para João Calvino (1509 - 1564) - 
Veja como Calvino responde ás seguintes questões sobre a Imagem de Deus: 
28 
 
1 - Onde situa-se a imagem de Deus no homem? 
R: Segundo Calvino, ela é encontrada fundamentalmente na alma do homem. 
2 - Em que constitui originalmente a imagem de Deus? 
R: Com base em Cl 3:10 e Ef 4:24, Calvino conclui que a imagem de Deus no 
homem incluía originalmente o verdadeiro conhecimento, justiça e santidade. 
3 - Existe algum aspecto sob o qual o homem decaído ainda é a imagem de 
Deus? 
R: Antes da queda, de acordo com Calvino, o homem possuía a imagem de 
Deus em sua perfeição. A queda, contudo, teve um efeito devastador sobre 
esta imagem. A imagem de Deus não é totalmente aniquilada pela queda, mas 
é terrivelmente afetada, deformada. 
4 - O que a queda fez à imagem de Deus? 
R: O que aconteceu foi que quaisquer dons ou habilidades que o homem 
reteve, tais como razão e a vontade foram pervertidos e deturpados pela 
queda. Todas as suas faculdades estão viciadas e corrompidas. 
5 - Como a imagem de Deus é renovada no homem? 
R: Para Calvino, esta imagem é restaurada pela fé e começa na conversão. É a 
nossa conformação com a pessoa de Cristo. Isto é uma obra da graça de Deus 
que se inicia na regeneração e progressivamente termina na glorificação dos 
santos. 
6 - Quando será completada a renovação da imagem de Deus? 
R: Calvino responde: Na vida por vir. Seu explendor pleno será alcançado 
apenas no céu. 
NOTAS 
(1) Tertuliano (160-225); Orígenes e Clemente de Alexandria Deus (São Paulo, 
Ed. Cultura Cristã, 1999), 46-8. 
 
(2) Santo Agostinho, citado por Hoekema, op cit, p. 98. 
 
(3) L. Berkhof, Teologia Sistemática (São Paulo: Luz para o Caminho, 1990), 
206. 
(4) Gerard Van Groningen, Revelação Messiânica no Velho testamento (Luz 
para o caminho: Campinas) 1995. 
(5) Extraído adaptado de Apostila do Dr. Héber C. de Campos. 
29 
 
(6) As Institutas, I, XV, 3. 
(7) Anthony Hoekema - Criados Á Imagem de Deus (São Paulo, Ed. Cultura 
Cristã , 1999), 108. 
(8) João Calvino, Comentáriode I Coríntios , (Edições Paracletos, São Paulo, 
1996), 488. 
(9) F. F. Bruce, citado por Geoffrey B. Wilson, Romanos - Um Resumo de 
Pensamento Reformado, (SP - PES) 130. 
(10) G.C.Berkouwer, Man, The image of God, p. 107. 
 
Em termos bem simples, ter a “imagem” e “semelhança” de Deus significa que 
fomos feitos para nos parecermos com Deus. Adão não se pareceu com Deus 
no sentido de que Deus tivesse carne e sangue. As Escrituras dizem que “Deus 
é espírito” (João 4:24) e portanto existe sem um corpo. Entretanto, o corpo de 
Adão espelhou a vida de Deus, ao ponto de ter sido criado em perfeita saúde e 
não ser sujeito à morte. 
A imagem de Deus se refere à parte imaterial do homem. Ela separa o homem 
do mundo animal, e o encaixa na “dominação” que Deus pretendeu (Gênesis 
1:28), e o capacita a ter comunhão com seu Criador. É uma semelhança 
mental, moral e social. 
Mentalmente, o homem foi criado como um agente racional e com poder de 
escolha: em outras palavras, o homem pode raciocinar e fazer escolhas. Isto é 
um reflexo do intelecto e liberdade de Deus. Todas as vezes que alguém 
inventa uma máquina, escreve um livro, pinta uma paisagem, se delicia com 
uma sinfonia, faz uma conta ou dá nome a um bichinho de estimação, esta 
pessoa está proclamando o fato de que somos feitos à imagem de Deus. 
Moralmente, o homem foi criado em justiça e perfeita inocência, um reflexo da 
santidade de Deus. Deus viu tudo que tinha feito (incluindo a humanidade), e 
disse que tudo era “muito bom” (Gênesis 1:31). Nossa consciência, ou “bússola 
moral” é um vestígio daquele estado original. Todas as vezes que alguém 
escreve uma lei, volta atrás em relação ao mal, louva o bom comportamento ou 
se sente culpado, esse alguém está confirmando o fato de que somos feitos à 
própria imagem de Deus. 
Socialmente, o homem foi criado para a comunhão. Isto reflete a natureza 
triúna de Deus e Seu amor. No Éden, o primeiro relacionamento do homem foi 
com Deus (Gênesis 3:8 indica comunhão com Deus), e Deus fez a primeira 
mulher porque “não é bom que o homem esteja só” (Gênesis 2:18). Todas as 
vezes que alguém escolhe uma esposa e se casa, faz um amigo, abraça uma 
criança ou vai à igreja, esta pessoa está demonstrando o fato de que somos 
feitos à semelhança de Deus. 
30 
 
Parte de sermos feitos à imagem de Deus significa que Adão tinha a 
capacidade de tomar decisões livres. Apesar de ter sido dada a ele uma 
natureza reta, Adão fez uma má escolha em se rebelar contra seu Criador. 
Fazendo isto, Adão manchou a imagem de Deus dentro de si, e passou adiante 
esta semelhança danificada a todos os seus filhos, incluindo a nós (Romanos 
5:12). Hoje, ainda trazemos conosco a imagem de Deus (Tiago 3:9), mas 
também trazemos as cicatrizes do pecado. Mentalmente, moralmente, 
socialmente e fisicamente, mostramos os efeitos. 
 
As boas novas são que, quando Deus redime uma pessoa, Ele começa a 
restaurar a imagem original de Deus, criando “o novo homem, que segundo 
Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Efésios 4:24; veja também 
Colossenses 3:10). 
14. "O homem tinha algo a mais, o corpo que Deus me smo não tinha. 
Deus era dicótomo (duas partes). As partes imateri ais (espirituais) têm 
capacidade de compartilhar do mesmo espaço ao mesmo tempo, sem 
perder a sua identidade... " (Comentário de Efésio s 3.9). 
RESPOSTA: Que loucura de tese teológica! Declarar que Deus é dicótomo 
(duas partes) me parece que beira ao dualismo, politeismo, gnosticismo, 
paganismo, mitologia grega,etc. “As partes imateriais”. Deus não se divide 
em sua essência; Deus não têm parte ; Deus é Único , Dt 6.4. Verifiquei em 
vários sites que esta heresia está se espalhando rapidamente. É só buscar 
pelo termo: Deus dicótomo. 
Teologia é para poucos. Não é qualquer pessoa que tem capacidade de 
compreender as profundezas da teologia. É por isso que resolvemos refutar 
ensinamentos contrários a revelação bíblica e aos ensinamentos da igreja de 
Jesus Cristo, desde a época dos apóstolos, passando pelos concílios 
eclesiásticos , chegando na reforma e até nós com o movimento do 
pentecostalismo que nos trouxe grandes aberturas para a Palavra de Deus . 
Afinal, quem é Deus? O que constitui a natureza divina? Qual é o modo de ser 
de Deus? Estas perguntas nos levam à sarça ardente e à terra santa. Nós 
devemos caminhar suavemente, andar humildemente e evitar suposições. Mas 
podemos ir até onde a revelação divina for. 
Existe realmente uma natureza divina. Com a palavra "natureza" indicamos as 
características que diferenciam um ser dos demais. Falamos, portanto, da 
natureza angélica, da natureza humana e da natureza das bestas feras. A 
possibilidade de falarmos da natureza de Deus foi sugerida pelo apóstolo Paulo 
quando disse que os gálatas, antes de serem convertidos, serviam aqueles que 
por natureza não eram deuses. Gálatas 4:8. Isto claramente implica a 
existência de alguém que por natureza é Deus. 
DEUS É UM SER PESSOAL 
A pessoa de Deus é bem distinta do panteísmo, que diz que tudo o que é 
agregado é Deus. Deus é tudo e tudo é Deus. Como um ser pessoal, Deus é 
imanente e transcendente, isto significa que, Ele está na Sua criação e ao 
31 
 
mesmo tempo acima de Sua criação. Ele é uma pessoa na Sua criação e ao 
mesmo tempo Ele está separado e bem distinto dela. Ele também está acima 
de Sua criação, isto é, Ele é maior que Sua criação, distinto dela e não faz 
parte dela. Na oração de Salomão por ocasião da dedicação do templo, ele 
prestou tributos à grandeza transcendental de Deus com estas palavras: "Mas 
na verdade habitará Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus, te 
não poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado". 1 Reis 
8:27. 
Existem três marcas de personalidade: a auto-consciência, auto-determinação 
e consciência moral e todas estas três qualidades pertencem a Deus. 
DEUS É UM SER ESPIRITUAL 
Deus é exclusivamente espírito. João 4:24. O leitor deverá reconhecer esta 
verdade ou terá problema para entender as três pessoas da trindade. Como 
espírito Deus não pode ser dividido ou composto. Como espírito Ele é invisível 
e intangível. "Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito que está no 
seio do Pai, esse o fez conhecer". João 1:18. 
ARGUMENTO 
1. Ele é o criador dos espíritos, e desde que o ser espiritual é o nível mais alto 
de ser, Ele deve ter a natureza pertencente a este nível. 
2. As Escrituras atribuem espiritualidade a Deus. João 4:24, Hebreus l2:9. 
3. Sua espiritualidade pode ser argumentada do ponto de Sua imensidade e 
eternidade. Ele é infinito quanto a espaço e tempo. A matéria é limitada ao 
tempo e espaço, mas Deus é onipresente e eterno. 
4. Sua espiritualidade pode ser argumentada através de Sua independência e 
imutabilidade. Tudo o que é matéria pode ser dividido, somado ou diminuído. A 
matéria é sujeita as mudanças, mas Deus é imutável. 
5. Sua espiritualidade pode também ser argumentada através de Suas 
perfeições absolutas. A matéria impõe limitações e não é sistemática nem 
consistente com a perfeição absoluta. A palavra perfeição é usada aqui com 
um significado amplo e não só no sentido de não ter pecado. O Salvador, em 
Seu corpo humano tinha Seus limites ainda que sem pecado. Ele não podia 
estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Ele não estava imune à fome, 
sede, cansaço e dor. 
 
OBJEÇÃO 
Muitas passagens nas Escrituras atribuem partes do corpo a Deus. Falam de 
Seus olhos, Sua face, Suas mãos e Seus braços, etc. Em réplica podemos 
dizer que a linguagem é figurativa e é usada de modo conveniente ao 
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entendimento humano. Tal linguagem é chamada de antropomorfismo, isto é 
atribuição de características humanas a seres que não são humanos. O corpo 
de Jesus é apenas o veículo da revelação (Jo 1-14). Deus não precisa de 
um corpo. Negar a humanidade de Jesus e a manifestação divina no corpo 
de Jesus é heresia, como da mesma forma, é heresia dizer que Deus

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