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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 1 RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996. FÍSICA 3 CAPÍTULO 33 – CIRCUITOS DE CORRENTE CONTÍNUA 02. (a) Qual o trabalho realizado por uma fonte de fem de 12 V sobre um elétron que vai do seu terminal positivo até o negativo? (b) Se 3,40 10 18 elétrons passam através da fonte, por segundo, qual a potência de saída da fonte? (Pág. 128) Solução. (a) A fem de uma fonte de potencial é definida como sendo o trabalho, por unidade de carga, gasto para transportar cargas de um pólo ao outro da fonte. Ou seja: dW dq O trabalho médio W para transportar uma carga q será dado por: 1912 V 1,60 CW q (1) 181,92 JW É bom lembrar que, por definição, a energia gasta para transportar um elétron contra um potencial V é numericamente igual a V, expresso em elétrons-volt (eV). No presente caso, W = 12 eV (1 eV = 1,60 10 19 J). (b) Vamos dividir a Eq. (1) por um intervalo de tempo t para obter a potência média da fonte: W q t t O termo q/ t corresponde à corrente elétrica média i que atravessa a fonte. 18 19elétrons C12 V 3,40 1,60 6,528 W s elétron P i 6,53 WP 07. Qual deve ser o valor de R, no circuito da Fig. 18, para que a corrente seja igual a 50 mA? Considere 1 = 2,0 V, 2 = 3,0 V e r1 = r2 = 3,0 . (b) Qual será, então, a potência dissipada sob a forma de calor na resistência R? (Pág. 126) Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 2 Solução. (a) Vamos aplicar a lei das malhas de Kirchhoff ao circuito, arbitrando o sentido da corrente como anti-horário e percorrendo-o nesse sentido a partir da extremidade superior direita. 1 1 2 2 0ir iR ir 2 1 1 2 3 3,0 V 2,0 V 3,0 3,0 50 10 A R r r i 14 R (b) A potência dissipada por R será: 22 14 50 mA 0,035 WP Ri 35 mWP [Início] 08. A corrente num circuito de malha única é 5,0 A. Quando uma resistência adicional de 2,0 é colocada em série, a corrente cai para 4,0 A. Qual era a resistência no circuito original? (Pág. 127) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: Como a fem da fonte de potencial do circuito não variou, temos: 1 1 1 2 2R i R R i 1 1 2 2 2R i i R i 2 1 2 1 2 4,0 A 2,0 5,0 A 4,0 A i R R i i 1 8,0 R 08. A corrente num circuito de malha única é 5,0 A. Quando uma resistência adicional de 2,0 é colocada em série, a corrente cai para 4,0 A. Qual era a resistência no circuito original? (Pág. 127) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: R1 i1 R1 i2 R2 Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 3 Como a fem da fonte de potencial do circuito não variou, temos: 1 1 1 2 2R i R R i 1 1 2 2 2R i i R i 2 1 2 1 2 4,0 A 2,0 5,0 A 4,0 A i R R i i 1 8,0 R 11. O motor de arranque de um automóvel gira muito devagar, e o mecânico tem de decidir entre substituir o motor, o cabo ou a bateria. O manual do fabricante diz que a bateria de 12 V não pode ter mais de 0,020 de resistência interna, o motor não pode ter mais de 0,200 de resistência e o cabo não pode ter mais de 0,040 de resistência. O mecânico liga o motor e mede 11,4 V na bateria, 3,0 V entre os extremos do cabo e uma corrente de 50 A. Qual parte está com defeito? (Pág. 127) Solução. Considere o seguinte esquema: Em primeiro lugar vamos verificar o valor da resistência interna, r, da bateria. Para isso vamos computar a diferença de potencial nos terminais da bateria, VBat. a bV ir V a bV V ir BatV ir Bat 12 V 11,4 V 0,012 50 A V r i Como a bateria pode ter resistência interna de até 0,020 , ela está em bom estado. Agora vamos verificar a resistência do cabo, RCabo. Cabo Cabo 3,0 V 0,060 50 A V R i R1 i1 R1 i2 R2 V V VBat VCabo r RMotor RCabo Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 4 Como a resistência do cabo não pode ser maior do que 0,040 , o cabo deverá ser trocado. Vamos ainda verificar a resistência do motor, RMotor. Cabo Motor 0iR iR ir Motor Cabo 12 V 0,060 0,012 0,168 50 A R R r i Motor 0,17 R Como a tolerância para a resistência interna do motor é de 0,200 , este está em bom estado. 13. Uma célula solar gera uma diferença de potencial de 0,10 V quando ligada a um resistor de 500 e uma diferença de potencial de 0,16 V quando ligada a um resistor de 1.000 . Quais são (a) a resistência interna e (b) a fem da célula solar? (c) A área da célula é 5,0 cm 2 e a intensidade da luz que a atinge é 2,0 mW/cm 2 . Qual a eficiência da célula em converter energia da luz em energia interna no resistor de 1.000 ? (Pág. 127) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: (a) Aplicando-se a lei das malhas de Kirchhoff ao circuito da esquerda teremos: 1 1 1 0i R i r 1 1i R r (1) Fazendo o mesmo para o circuito da direita: 2 2i R r (2) Igualando-se (1) e (2) e resolvendo-se para r: 1 1 2 2 2 1 i R i R r i i (3) Agora temos de calcular as correntes i1 e i2. Para isso basta se utilizar das diferenças de potencial nos terminais dos resistores R1 e R2. 4 1 1 0,10 V 2,0 10 A 500 abVi R 4 2 2 0,16 V 1,6 10 A 1.000 abVi R Substituindo-se esses valores em (3): r R1 i1 r R2 i2 a b a b Célula solar Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 5 4 4 2 2 4 4 2,0 10 A 500 1,6 10 A 1.000 1.500 1,6 10 A 2,0 10 A i R r 1,5 kr (b) Da Eq. (1), temos: 4 1 1 2,0 10 A 500 1.500 i R r 0,40 V (c) A eficiência e da célula é a razão entre a potência dissipada pelo resistor R1 ou R2 (PR) e a potência recebida do Sol pela célula (PS). Esta é o produto da intensidade da luz solar que atinge a célula I e a área A da célula. 2 43 32 2 3 2 2 1,6 10 A 1.000 2,56 10 W 2,0 10 5,0 cm cm R S P i R e P IA 0,26 %e 19. Um circuito contendo cinco resistoresligados a uma bateria de 12 V é mostrado na Fig. 21. Ache a queda de potencial através do resistor de 5,0 . (Pág. 127) Solução. Para resolver este problema, precisamos determinar a corrente elétrica que atravessa o resistor de 5,0 e resolver a equação V = Ri. Para isso vamos aplicar a lei das malhas de Kirchhoff à malha inferior do circuito, cuja corrente circula no sentido horário, percorrendo-o nesse sentido a partir do nó da extrema direita. 12,0 V 3,0 5,0 0i i 12,0 V 1,5 A 8,0 i Logo: 5,0 1,5 AV Ri 7,5 VV Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 6 20. Uma fonte de potência de 120 V é protegida por um fusível de 15 A. Qual o número máximo de lâmpadas de 500 W que podem ser simultaneamente alimentadas, em paralelo, por esta fonte? (Pág. 127) Solução. Considere o esquema abaixo, onde F é um fusível e L é lâmpada: V Fi0 P P P LNL2L1 i i i Como as lâmpadas L1, L2, ... , LN estão associadas em paralelo, todas estão sujeitas à mesma diferença de potencial V. Logo, a corrente elétrica em cada uma delas vale: P i V (1) A soma das correntes que abastecem as lâmpadas deve ser, no máximo, igual a i0: 0 1 2 Ni i i i Ni (2) Substituindo-se (1) em (2): 0 P i N V 0i VN P lâmpadas (15 A)(120 V) 3,6 (500 W) N lâmpadas Como não pode haver número fracionário de lâmpadas: N = 3 lâmpadas 22. Dado um certo número de resistores de 10 , cada um capaz de dissipar somente 1,0 W, qual é o número mínimo desses resistores necessário para fazer uma associação em série ou em paralelo, equivalente a um resistor de 10 , capaz de dissipar pelo menos 5,0 W? (Pág. 127) Solução. Seja uma associação em série de M resistores iguais. Agora tome N conjuntos desses resistores e construa uma associação em paralelo. O resultado é esquematizado a seguir: A resistência equivalente desse conjunto vale: M resistores em série N resistores em paralelo Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 7 1 1eq 1 1 1 1N N M i i j j N R MR MR R Se N = M, teremos Req = R. Portanto, os arranjos possíveis serão: A potência P1 dissipada por um resistor R atravessado por uma corrente i é: 2 1P Ri No caso da associação de quatro resistores, cuja corrente de entrada na associação também seja i, cada resistor será atravessado por uma corrente igual a i/2. Portanto, a potência P4 dissipada por cada resistor da associação será: 2 2 2 4 1 1 1 0,25 W 2 4 4 4 i i P R R Ri P Para que a associação de quatro resistores trabalhe a pleno, a corrente deverá ser dobrada, o que fará com que cada resistor dissipe 1 W. No total, haverá dissipação de 4 W para toda a associação. No caso da associação de nove resistores, a corrente deverá ser triplicada para que a associação trabalhe a pleno, dissipando 9 W. E assim por diante. Portanto, como o problema exige que a associação deve poder dissipar no mínimo 5 W, o menor número de resistores que a associação deverá ter é nove. 26. No circuito da Fig. 23, , R1 e R2 têm valores constantes, mas R pode variar. Ache uma expressão para R que torne máximo o aquecimento deste resistor. (Pág. 128) Solução. Considere o esquema abaixo, que representa a parte superior central do circuito, onde 1 e 2 representam as malhas da esquerda e da direita, respectivamente, e in representam as correntes elétricas: Potência dissipada por R: 2 ( ) 2RP i R (1) 1 resistor = 10 10 = 10 4 resistores 9 resistores = etc... i0 i2 i1 1 2 Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 8 Cálculo de i2 (leis de Kirchhoff): 0 1 2i i i (2) 1 0 2 1 0R i R i (3) 2 2 1 0Ri R i (4) Resolvendo-se o sistema (2), (3) e (4): 2 2 1 2 1 2 R i R R R R R (5) Substituindo-se (5) em (1): 2 2 2 ( ) 2 1 2 1 2 R R R P R R R R R Valor de R que maximiza a dissipação de calor em R: ( ) 0 RdP dR 2 2 2 1 2 1 2 3 1 2 1 2 0 R R R R R R R R R R R Como todas as grandezas que aparecem no primeiro membro desta equação são positivas, ela só será verdadeira se: 1 2 1 2 0R R R R R Logo: 1 2 1 2 R R R R R 30. Calcule o valor da corrente em cada um dos resistores e a diferença de potencial entre os pontos a e b para o circuito da Fig. 26. Considere 1 = 6,0 V, 2 = 5,0 V, 3 = 4,0 V, R1 = 100 e R2 = 50 . (Pág. 128) Solução. Considere o seguinte esquema simplificado do circuito, onde os sentidos das correntes i1, i2 e i3 foram arbitrados: Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 9 Na malha A, temos (sentido horário, partindo do ponto a): 2 1 1 0R i 2 1 1 5,0 V 0,050 A 100 i R 1 50 mAi Na malha B, temos (sentido horário, partindo do ponto a): 1 2 2 3 2 0R i 2 3 1 2 2 5,0 V 4,0 V 6,0 V 0,060 A 50 i R 2 60 mAi No ramo ab, temos: 2 3a bV V 2 3 5,0 V 4,0 Vab a aV V V 9,0 VabV 31. Duas lâmpadas, uma de resistência R1 e outra de resistência R2 ( R1), são ligadas (a) em paralelo e (b) em série. Qual das lâmpadas é mais brilhante em cada caso? (Pág. 128) Solução. Neste problema, é preciso reconhecer que o brilho de uma lâmpada que funciona à base do aquecimento (potência dissipada) de uma resistência apresenta brilho que, ao menos em princípio, é proporcional à sua temperatura. Portanto, brilhará mais a lâmpada que conseguir dissipar mais energia num determinado arranjo, que no presente caso é em série ou em paralelo. (a) Quando as lâmpadas estão ligadas em paralelo, ambas estarão sujeitas à mesma diferença de potencial, V. Como a potência dissipada por um resistor vale P = V 2 /R, a lâmpada com menor resistência (R2) irá dissipar mais energia e, consequentemente, brilhar mais. (b) Se as lâmpadas estão em série, ambas serão percorridas pela mesma corrente. Como a potência dissipada por um resistor vale P = i 2 R, a lâmpada com maior resistência (R1) irá dissipar mais energia e, consequentemente, brilhar mais. i1 i3 i2 A B a b R1 i R2 Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 10 33. Qual a leitura no amperímetro A, Fig. 27, e R? Suponha que A tenha resistência interna nula. (Pág. 128) Solução. Considere o esquema simplificado da Fig. 27 abaixo: Equações de Kirchhoff para o circuito. Nó a: 1 2 3i i i Nó b: 6 3 4i i i Nó c: 2 4 5i i i Malha A: 3 62 0Ri Ri Malha B: 3 22 0Ri Ri Malha C: 6 5 0Ri Ri As equações acima formam um sistema com seis incógnitas. A solução é laboriosa e tem o seguinte resultado: 1 6 7 i R , 2 4 7 i R , 3 2 7 i R , 4 7i R , 5 3 7 i R , 6 3 7 i R A corrente que passa pelo amperímetro é i4. Logo, a resposta do problema é: R1 i R2 i1 i2 i3 i6 i4 i5 A B C a b c d Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 11 4 7i R 34. Quando as luzes de um carro são ligadas, um amperímetro em série com elas marca 10,0 A e um voltímetro em paralelo marca 12,0 V. Veja a Fig. 28. Quando o motor de arranque elétrico é ligado, a leitura no amperímetro baixa para 8,00 V e as luzes diminuem um pouco seu brilho. Se a resistência interna da bateria for 50 m e a do amperímetro for desprezível, quais são (a) a fem da bateria e (b) a corrente que atravessa o motor de arranque quando as luzes estão acesas? (Pág. 128) Solução. (a) Quando as luzes são ligadas, mas o motor de arranque ainda está desligado, o circuito pode ser representado pela figura abaixo, em que é a fem da bateria, r é a resistência interna da bateria, i0 é a corrente elétrica e L representa as luzes do carro: Aplicação da regra das malhas de Kirchhoff a este circuito, onde V é a diferença de potencial nos terminais das luzes: 0 0V ri 0V ri 3(12,0 V) (50 10 )(10,0 A) 12,5 V (b) Quando o motor de arranque é ligado, o circuito passa a ser representado pela figura abaixo, em que M representa o motor de arranque: Aplicação das regras de Kirchhoff a este circuito, em que RM é a resistência elétrica do motor e RL é a resistência das luzes: 2 1 0MR i ri (1) L r i0 L r i1 M i2 i3 Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 12 3 2 0L MR i R i (2) 1 2 3i i i (3) (1) + (2): 1 3 0Lri R i (4) Resistência das luzes, obtida do circuito analisado no item (a): 0 L V R i (5) Resolvendo-se (4) para i1 e substituindo-se (5) na expressão obtida para i1: 1 3 0 1V i i i r 1 3 (12,0 V) 1 (12,5 V) (8,00 A) 58,0 A (10,0 A) (50 10 ) i Resolução de (3): 2 1 3i i i 2 (58,0 A) (8,00 A)i 2 50,0 Ai 35. A Fig. 29 mostra uma bateria ligada a um resistor uniforme R0. Um contato deslizante pode mover-se sobre o resistor de x = 0 à esquerda, até x = 10 cm à direita. Ache uma expressão para a potência dissipada no resistor R como uma função de x. Trace o gráfico desta função para = 50 V, R = 2.000 e R0 = 100 . (Pág. 128) Solução. Considere o esquema simplificado da Fig. 29 abaixo: Potência dissipada no resistor R: 2 3P Ri (1) i1 i2 i3 A B a L x Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 13 O cálculo da potência está na dependência de i3, que será calculado por meio da aplicação equações de Kirchhoff ao circuito. Nó a: 1 2 3i i i (2) Malha A: 2 0 1 0 0 x L x i R i R L L 1 2 0 1 0 0 x i i R i R L (3) Substituindo-se (2) em (3): 3 0 1 0 0 i x R i R L (4) Malha B: 3 1 0 0 L x i R i R L (5) Multiplicando-se ambos os membros de (5) por L L x 3 1 0 0 L L i R i R L x L x (6) (4) + (6): 3 0 3 1 0 1 0 0 i xL L R i R i R i R L x L L x 3 01 0 L x L i R R L x L L x 2 0 3 ( ) ( ) ( ) L x xR L R L L x i L L x L x 3 2 0 ( ) Lx i L R R L x x (7) Substituindo-se (7) em (1): 2 2 2 2 2 0 ( ) L Rx P L R R L x x (b) x P(x) Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 14 37. (a) Calcule a intensidade das três correntes que aparecem no circuito da Fig. 31. (b) Calcule o valor de Vb Va. Suponha que R1 = 1,20 , R1 = 2,30 , 1 = 2,00 V, 2 = 23,80 V e 3 = 5,00 V. (Pág. 129) Solução. (a) Considere o esquema simplificado da Fig. 31 abaixo: Equações de Kirchhoff. Malha A: 1 1 1 2 2 2 1 1 0R i R i R i 1 2 1 1 2 22 0R i R i (1) Malha B: 3 1 3 2 2 2 1 3 0R i R i R i 3 2 1 3 2 22 0R i R i (2) Nó a: 1 2 3i i i (3) Substituindo-se (3) em (1): 1 2 1 2 1 3 2 22 2 0R i R i R i (4) (2) + (4): 1 2 3 1 2 22 2 0R R i 1 2 3 2 1 2 2 2 i R R (5) 2 (2,00 V) 2(3,80 V) (5,00 V) 0,085714 A 2 (1,20 ) (2,30 ) i 2 85,7 mAi Logo, a corrente i2 tem o sentido para cima. Substituindo-se (5) em (2): i1 i2 i3 A B a b Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 15 2 1 3 1 1 2 3 2 3 1 1 2 2 2 4 R R R R i R R R (6) 3 0,582 Ai Logo, a corrente i3 tem o sentido para cima. Substituindo-se (6) em (5): 1 1 2 1 1 2 3 2 1 1 1 2 2 2 4 R R R R i R R R 1 0,668 Ai Logo, a corrente i1 tem o sentido para baixo. (b) Contabilidade de ganhos e perdas de potencial elétrico no caminho ab, considerando-se o sentido correto da corrente i2 (para cima): 2 2 2b aV R i V 2 2 2b aV V R i (2,30 )(0,668 A) (3,80 V) 3,60285 Vb aV V 3,60 Vb aV V 46. A resistência variável da Fig. 36 pode ser ajustada de modo que os pontos a e b tenham exatamente o mesmo potencial. (Verificaremos essa situação ligando momentaneamente um medidor sensível entre os pontos a e b. Não havendo diferença de potencial, não haverá deslocamento no ponteiro do medidor.) Mostre que, após essa ajustagem, a seguinte relação torna-se verdadeira: 2 1 X S R R R R , A resistência (Rx) de um resistor pode ser medidapor este processo (chamado de Ponte de Wheatstone), em função das resistências (R1, R2 e R3) de outros resistores calibrados anteriormente. (Pág. 130) Solução. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 16 Considere o esquema abaixo: Contabilidade de ganhos e perdas de potencial elétrico no caminho adb: 1 1 2a S b aV R i R i V V 1 1 2SR i R i (1) Contabilidade de ganhos e perdas de potencial elétrico no caminho acb: 2 1 2a X b aV R i R i V V 2 1 2XR i R i (2) Dividindo-se (1) por (2): 1 2 S X RR R R 2 1 X S R R R R 47. Mostre que se os pontos a e b da Fig. 36 forem ligados por um fio de resistência r este será percorrido por uma corrente igual a 2 2 s x s x s x R R i R r R R R R , onde fizemos R1 = R2 = R,R0 = 0, e é o valor da fem da bateria. Esta fórmula é consistente com o resultado do problema 46? (Pág. 130) i1 i0 i2 a c d b R R RxRs Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 17 Solução. Considere o esquema abaixo: Equações de Kirchhoff. Nó a: 2 3 6i i i Nó b: 5 4 6i i i Nó c: 1 2 4i i i Malha A: 5 4 52 0xR i R i Malha B: 2 6 5 4 0Ri ri R i Malha C: 3 5 6 0xRi R i ri As equações acima formam um sistema com seis incógnitas. A solução é laboriosa e tem o seguinte resultado: 1 2 2 2 s x s x s x s x R R R R r R R R i R R R r R R R 2 2 2 s x s x s x s x R R R r R R i R R R r R R R 3 2 2 s s x s x s x rR r R R R i R R R r R R R 4 2 2 2 x s x s x r R R i R R r R R R 5 2 2 2 s s x s x r R R i R R r R R R 6 2 2 s x s x s x R R i R R r R R R i2 i1 i3 i5i4 i6 B C A a c d b R R RxRs r Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 18 A corrente que passa por r é i6. Logo, a demonstração está completa. 48. Num circuito RC série, 1 = 11,0 V, R = 1,42 M e C = 1,80 F. (a) Calcule a constante de tempo. (b) Ache a carga máxima que se acumulará no capacitor. (c) Quanto tempo é necessário para a carga no capacitor atingir 15,5 C? (Pág. 130) Solução. O circuito RC série está esquematizado a seguir: (a) A constante de tempo é dada por: 6 61,42 10 1,80 10 F 2,556 sRC 2,56 s (b) A carga que o capacitor recebe neste circuito é função do tempo e é dada por: 1 t RCq C e A carga máxima qmáx é obtida quando o tempo é muito grande ou infinito. 6 5 má x 1 1 0 1,80 10 F 11,0 V 1,98 10 C RCq C e C C má x 19,8 Cq (c) 1 t t RC RCq C e C C e 1 t RC q e C 1 t RC q e C ln 1 t q RC C ln 1 q t RC C 6 6 6 6 15,5 10 C 1,42 10 1,80 10 F ln 1 1,9031 s 1,80 10 F 11,0 V t 1,90 st R i C Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 19 51. Um capacitor é descarregado, através de um circuito RC, fechando-se a chave no instante t = 0. A diferença de potencial inicial através do capacitor é igual a 100 V. Se a diferença de potencial baixou para 1,06 V após 10,0 s, (a) qual é a constante de tempo do circuito? (b) Qual será a diferença de potencial no instante t = 17 s? (Pág. 130) Solução. Considere o esquema abaixo: (a) Equação de descarga do circuito RC, onde q(t) é a carga elétrica nas placas do capacitor em função do tempo e q0 é a carga inicial nas placas: / ( ) 0 t RC tq q e (1) Diferença de potencial nas placas do capacitor em função do tempo: ( ) ( ) t t q V C (2) Substituindo-se (2) em (1): /0 ( ) t RC t q V e C / ( ) 0 t RC tV V e (3) ( ) / 0 t t RC V e V ( ) 0 ln tV t V RC ( ) 0 ln t t RC V V (10,0 s) 2,1993 s 1,06 V ln 100 V RC 2,20 RC s (b) Partindo-se de (3): / ( ) 0 t RC tV V e (17 s) /(2,1993 s) (17 s) 0(100 V) 0,043956 VV e (17 s) 0,0440 VV 53. A Fig. 37 mostra o circuito de uma lâmpada de sinalização, como aquelas colocadas em obras nas estradas. A lâmpada fluorescente L é ligada em paralelo ao capacitor C de um circuito RC. A lâmpada é percorrida por uma corrente somente quando a diferença de potencial entre seus C R Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 20 terminais atinge um valor mínimo VL, necessário para ionizar o elemento químico dentro da lâmpada, em geral mercúrio; quando isto acontece, o capacitor descarrega através da lâmpada e ela brilha durante um tempo muito pequeno. Suponha que desejamos que a lâmpada brilhe duas vezes por segundo. Usando uma lâmpada com voltagem mínima de partida VL = 72 V, uma bateria de 95 V e um capacitor de 0,15 F, qual deve ser a resistência R do resistor? (Pág. 130) Solução. A lâmpada e o capacitor estão sujeitos à mesma diferença de potencial. Isto significa que o tempo que a lâmpada leva para atingir o potencial VL é igual ao tempo que o capacitor leva para atingir o mesmo potencial. Para que a lâmpada pisque duas vezes por segundo é necessário que o potencial VL seja alcançado duas vezes a cada segundo, ou seja, VL deve ser alcançado num tempo tL = 0,50 s. A dependência do potencial do capacitor em relação ao tempo é dada pela seguinte relação: / ( ) 1 t RC tV e / 1 L t RC LV e / 1L t RC LVe ln 1L L t V RC 6 6 0,50 s 2,35009 72 V ln 1 0,15 F ln 1 95 V L L t R V C 2,35 MR 54. Um capacitor de 1,0 F tem uma energia igual a 0,50 J armazenada. Ele então descarrega através de um resistor de 1,0 M . (a) Qual é a carga inicial do capacitor? (b) Qual a corrente que percorre o resistor no início da descarga? (c) Determine VC, a voltagem nos terminais do capacitor, e VR, a voltagem nos terminais do resistor, como funções do tempo. (d) Expresse a taxa de geração de energia interna (potência dissipada) no resistor como função do tempo. (Pág. 131) Solução. (a) A energiapotencial elétrica U0 de um capacitor de capacitância C carregado com carga q0 é dada por: 2 0 0 2 q U C Logo: Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 21 6 3 0 02 2 0,50 J 1,0 10 F 1,0 10 Cq U C 0 1,0 mCq (b) Embora a corrente gerada na descarga de um capacitor através de um resistor dependa do tempo, de acordo com a relação: ( ) t RC ti e R , (1) no instante t0 = 0, a corrente não depende do tempo, uma vez que o termo exponencial resulta em 1. Logo: 0i R (2) A fem pode ser obtida a partir da energia potencial inicial U0. 2 0 1 2 U C 02U C (3) Substituindo-se (3) em (2): 30 0 6 6 2 0,50 J21 1 1,0 10 A 1,0 10 1,0 10 F U i R C 0 1,0 mAi (c) A carga nas placas de um capacitor C que descarrega através de um resistor R, em função do tempo é dada por: ( ) 0 t RC tq q e A diferença de potencial no capacitor vale: ( ) ( ) t t q V C Logo: 6 63 1,0 10 1,0 10 F 0 ( ) 6 1,0 10 C 1,0 10 F t t RC t q V e e C 30 ( ) 1,0 10 V t tRC t q V e e C 310 tCV e A diferença de potencial do capacitor e do resistor está relacionada por: C RV V Isto se deve ao fato de os terminais do capacitor estarem ligados diretamente aos terminais do capacitor e, seguindo o sentido da corrente, enquanto o potencial aumenta no capacitor ele diminui no resistor (veja esquema a seguir). Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 22 Logo: 310 tRV e (4) (d) A potência PR dissipada no resistor também é função do tempo, pois depende da corrente i que atravessa o resistor e da diferença de potencial V nos terminais do resistor; tanto i como V dependem do tempo. ( )R t RP i V (5) A corrente no resistor é dada pela Eq. (1), lembrando que, neste problema, RC = 1: 30 0 ( ) 0 1,0 10 A t t t tRC RC RC t V q i i e e e e R RC (6) Substituindo-se (4) e (6) em (5): 3 310 10t tRP e e 2t RP e 58. Um capacitor inicialmente descarregado C é completamente carregado por uma fem constante em série com um resistor R. (a) Mostre que a energia final armazenada no capacitor é metade da energia fornecida pela fonte de fem. (b) Mostre, por integração direta de i 2 R de 0 a t, onde t é o tempo necessário para o capacitor ficar totalmente carregado, que a energia dissipada pelo resistor é, também, metade da energia fornecida pela fonte de fem. (Pág. 131) Solução. (a) A energia total fornecida pela fonte de fem é definida em termos do trabalho realizado pela fonte sobre os portadores de carga: dW dq dW dq CdV 0 0 W CdV C dV 2W C A energia acumulada no capacitor, na forma de energia potencial elétrica, é dada por: 2 2 2 2 q C U C Como U é igual à metade de W, está demonstrado que a energia acumulada no capacitor equivale à metade da energia gasta pela fonte de fem. (b) No processo de carga de um capacitor temos: R i C Potencial diminue no sentido da corrente Potencial aumenta no sentido da corrente Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Resnick, Halliday, Krane - Física 3 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 33 – Circuitos de Corrente Contínua 23 t RC dq i e dt R (1) A potência dissipada pelo resistor vale: 2dUP i R dt (2) Substituindo-se (1) em (2): 2 22 2 2 t t RC RC dU e R e dt R R 22 t RCdU e dt R 22 0 0 t U RCdU e dt R A integração no tempo deve ser até um tempo infinito, pois somente após um tempo muito longo o capacitor ficará plenamente carregado. 22 2 0 0 1 2 2 t RC RC C U e R 2 2 C U