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APOSTILA A2 - REGULAÇÃO DA PROFISSÃO, REVOLUÇÕES PRODUTIVAS E TECNOLÓGICAS

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ENGENHARIA E INOVAÇÃOENGENHARIA E INOVAÇÃO
REGULAÇÃO DA PROFISSÃO,REGULAÇÃO DA PROFISSÃO,
REVOLUÇÕES PRODUTIVAS EREVOLUÇÕES PRODUTIVAS E
TECNOLÓGICASTECNOLÓGICAS
Autor: Esp. Lorena Tâmara Sena da Silva
R e v i s o r : R a f a e l A ra ú j o
I N I C I A R
introdução
Introdução
Olá, seja bem-vindo a mais uma unidade da disciplina de Engenharia e Inovação.
Você conhece as principais entidades que regem a atuação pro�ssional dos(as)
engenheiros(as)? Como elas podem atuar em defesa da classe, como são organizadas e que
atribuições descrevem? Esse conhecimento é essencial para projetar sua carreira! Com o
intuito de prepará-los da forma mais competitiva, este será o conteúdo de parte desta
unidade: a explanação sobre o sistema CONFEA/CREA. Posteriormente, continuando com o
objetivo inicial da disciplina, de contextualizar o panorama tecnológico e econômico que o
engenheiro(a) está inserido, apresentaremos a evolução dos sistemas produtivos e as
revoluções tecnológicas: do artesanato ao Volvismo, da Primeira Revolução Industrial à atual
indústria 4.0.
Toda atuação pro�ssional, de qualquer área, segue uma série de regulamentações
estabelecidas pelos órgãos o�ciais. Esses órgãos, além de regulamentarem, possuem uma
série de leis, regimentos e outros documentos que listam direitos, deveres e atribuições para
toda a pro�ssão e por modalidade. Conhecer profundamente o conselho pro�ssional é
importante, não apenas por questões de responsabilidade pro�ssional, ética e social, mas
também para o planejamento de carreira, na medida em que descreve os escopos de
atividades que cada tipo de engenharia está apto e capaz de atuar.
Histórico
A primeira menção regulamentada do exercício da prática pro�ssional de engenharia data de
1933, remete ao Decreto Federal nº 23.196 (BRASIL, 1933a), que regulava o exercício da
pro�ssional do agrônomo ou engenheiro agrônomo.
Logo em seguida, no mesmo ano, surgia o Decreto Federal nº 23.569 (BRASIL, 1933b), que
regulamentou as pro�ssões de Engenharia, Arquitetura e Agrimensura, criando o Conselho
Federal de Engenharia, Arquitetura e Agrimensura (CONFEA), bem como os Conselhos
Regionais (CREA).
Vale ressalvar que décadas depois, em 1966, a Lei nº 5.194 (BRASIL, 1966) revogou os
decretos anteriores, regulando o exercício das pro�ssões de engenheiro, arquiteto e
engenheiro agrônomo. A lei conferiu maior autonomia ao Confea e incluiu a expressão
Agronomia nas denominações dos conselhos.
Regulamentação de CarreiraRegulamentação de Carreira
Fato importante e relativamente recente é que o exercício da Arquitetura e Urbanismo foi
separado em 2010. É de responsabilidade de outros conselhos, pela Lei nº 12.378: o
Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) e os Conselhos de Arquitetura e
Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal (BRASIL, 2010).
Por �m, a sigla CONFEA, atualmente, signi�ca Conselho Federal de Engenharia e Agronomia,
e CREA, Conselho Regionais de Engenharia e Agronomia.
Componentes e Objetivos
Segundo Colla e Reinehr (2013), são componentes do sistema CONFEA/CREA:
1. Entidades associativas: organizações de direito privado e sem �ns lucrativos, que
congregam pro�ssionais a�ns e em torno de interesses comuns.
2. Entidades sindicais: entidades de direito privado que representam uma determinada
categoria pro�ssional (engenheiros, comerciários, professores, dentre outros) ou
trabalhadores de um ramo de produção (alimentício, metalúrgico, químico, dentre outros),
que têm como objetivo defender e reivindicar os interesses trabalhistas.
3. Instituições de ensino: instituições responsáveis pela formação pro�ssional, pela geração
de tecnologias, por meio da pesquisa, e pela integração à comunidade por meio da extensão.
O sistema CONFEA/CREA é criado pelo Decreto Federal nº 23.569 (BRASIL, 1933b) e regula
o exercício das pro�ssões de engenharia, de arquitetura e de agrimensura. Ao Conselho
Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) cabe:
discutir e rati�car decisões e resoluções dos CREAs (conselhos regionais);
de�nir atribuições e a veri�cação/�scalização do exercício dos(as) pro�ssionais
vinculados;
ser a última instância para recursos em processos.
Já os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREA), são autarquias subordinadas
às regulamentações do CONFEA (BRASIL, 1933b), que têm como objetivos, dentre outros:
atuar em defesa da comunidade, ou seja, zelar pelos interesses sociais e humanos;
�scalização, orientação, controle e aprimoramento do exercício do pro�ssional;
reprimir a atividade de pessoas físicas e jurídicas não habilitadas ou que
ultrapassem as suas atribuições.
Registro
Por se tratarem de pro�ssões regulamentadas, ao se graduar em um dos cursos cadastrados
e regulamentados pelo CREA, como Engenharia, Agronomia, Geologia, Geogra�a e
Meteorologia, o desempenho de qualquer atividade será validada pelo registro e obtenção
da carteira do CREA/ESTADO, com a qual o(a) pro�ssional pretende desempenhar suas
atividades e realizar o pagamento da anuidade. Caso um(a) pro�ssional sem habilitação e
registro exercer atividade delimitada pelo conselho de classe, haverá enquadramento no
artigo 6º da Lei 5.194/66, por exercício ilegal da pro�ssão (CREA, 2019).
E com obter a carteira do CREA? Pode-se solicitar o registro com o diploma de graduação, de
um curso devidamente reconhecido pelo MEC e cadastrado no CREA no estado da IES, e será
cobrada uma anuidade.
Responsabilidades e Código de Ética
O exercício da pro�ssão sujeita o(a) pro�ssional de engenharia a diversas responsabilidades.
É possível listar três tipos: a responsabilidade civil, a criminal/penal e a administrativa
(CONFEA, 2019).
O Código de Ética Pro�ssional, vigente desde 2002, foi estabelecido na resolução 1.002 do
CONFEA. Nele, são descritos os diversos deveres e direitos relacionados à ética pro�ssional,
pertinentes à prática da engenharia (CONFEA, 2002). Dentre os princípios no código, estão
destacados:
Do objetivo da pro�ssão: I) A pro�ssão é bem social da humanidade, somente o(a)
engenheiro(a) é o agente capaz de exercê-la. Tem como objetivos a preservação e o
desenvolvimento sustentável do ser humano,bem como do seu ambiente e de seus
valores;
Da natureza da pro�ssão: II) A pro�ssão é bem cultural da humanidade construído
permanentemente pelos conhecimentos técnicos e cientí�cos e pela criação
artística, manifestando-se pela prática tecnológica, colocado a serviço da melhoria
da qualidade de vida do homem;
Da honradez da pro�ssão: III) A pro�ssão é considerada uma honraria e sua
prática exige conduta honesta, digna e cidadã;
Da e�cácia pro�ssional: IV) A pro�ssão deve ser cumprida da forma mais
responsável e competente dos compromissos pro�ssionais, usando as técnicas
adequadas, com o objetivo de garantir os resultados propostos e a qualidade nos
serviços e produtos, além de zelar pela segurança nos seus procedimentos; 
Do relacionamento pro�ssional: V) A pro�ssão é praticada através do
relacionamento honesto, justo e com espírito progressista dos pro�ssionais para
com os gestores, ordenadores, destinatários, bene�ciários e colaboradores de seus
serviços, com igualdade de tratamento entre os pro�ssionais e com lealdade na
competição; Da intervenção pro�ssional sobre o meio: VI) A pro�ssão é exercida
com base nos preceitos do desenvolvimento sustentável na intervenção sobre os
ambientes natural e construído, e na incolumidade das pessoas, de seus bens e de
seus valores; 
Da liberdade e segurança pro�ssionais: VII) A pro�ssão é de livre exercício aos
quali�cados, sendo a segurança de sua prática de interesse coletivo (CONFEA,
2002, on-line).
Atribuições
Além de direitos, deveres e responsabilidades, um dos objetivos principais do CONFEA se
refere à regulamentação de atribuições. A pro�ssão engenharia foi inicialmente
regulamentada em 1933; já as atividades das diferentes modalidades são discriminadas na
Resolução n° 1.073, de 19 de abril de 2016, do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia,
que dispõesobre as atividades pro�ssionais (CONFEA, 2016). As atividades do(a)
engenheiro(a) abrangem o projeto e execução de empreendimentos, tais como:
aproveitamento e utilização de recursos naturais do país, desenvolvimento industrial e
agropecuário do Brasil (CONFEA, 1973).
Segundo o CONFEA, as atividades do engenheiro permeiam:
a) supervisão, coordenação e orientação técnica;
b) estudo, planejamento, projeto e especi�cação; 
c) estudo de viabilidade técnico-econômica; 
d) assistência, assessoria e consultoria; 
e) direção de obra e serviço técnico; 
f) vistoria, perícia, avaliação arbitramento, laudo e parecer técnico; 
g) desempenho de cargo e função técnica; 
h) ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica,
extensão; 
i) elaboração de orçamento; 
j) padronização, mensuração e controle de qualidade; 
k) execução de obra e serviço técnico; 
l) �scalização de obra e serviço técnico; 
m)produção técnica e especializada; 
n) condução de trabalho técnico; 
o) condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou
manutenção; 
p) execução de instalação, montagem e reparo; 
q) operação e manutenção de equipamento e instalação;
r) execução de desenho técnico (CONFEA, 1973, on-line).
Com esse embasamento, a partir do desenvolvimento de novas especialidades da
engenharia, novas legislações foram somadas, descrevendo as atribuições devidas.
Quadro 2.1 - Atribuições
Fonte: Adaptado de CONFEA (2019).
Exempli�cando, o Quadro 2.1 ilustrou as resoluções e artigos que regem algumas
Engenharias.
CURSO TÍTULO ATRIBUIÇÕES
ENGENHARIA
ELÉTRICA
Engenheiro Eletricista
Artigos 8° e 9° da Resolução nº
218/73 do CONFEA.
ENGENHARIA
MECÂNICA
Engenheiro Mecânico
Artigo 12 da Resolução nº 218/73
do CONFEA
ENGENHARIA DE
SEGURANÇA DO
TRABALHO
Engenheiro de
Segurança do Trabalho
 
Artigo 4º da Resolução nº 359/91
do CONFEA
ENGENHARIA DE
COMPUTAÇÃO
Engenheiro de
Computação
Resolução nº 380/1993 do
CONFEA.
ENGENHARIA CIVIL Engenheiro Civil
Artigo 7º da Resolução nº 218/73
do CONFEA
ENGENHARIA DE
ALIMENTOS
Engenheiro de
Alimentos
Art. 19 da Resolução nº. 218/73
do CONFEA
ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO
Engenheiro de
Produção
Resolução nº 235/75 do CONFEA
ENGENHARIA DE
CONTROLE E
AUTOMAÇÃO
Engenheiro de Controle
e Automação
Resolução nº 427/99 do
CONFEA.
atividadeAtividade
A sigla CREA signi�ca Conselho Regional de Engenharia e Agronomia. Possui representação por
cada estado do Brasil e compõem o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA).
Ambos legislam sobre deveres, direitos e atribuições pertinentes ao exercício pro�ssional do(a)
engenheiro(a).
Outra função essencial dos órgãos é referente às diretrizes éticas para o exercício pro�ssional.
Assinale a alternativa correta, em relação aos princípios do Código de Ética Pro�ssional:
a) Da honradez da pro�ssão - título de honra cuja prática exige conduta honesta, digna e
cidadã.
b) Da liberdade e segurança pro�ssionais - preservação e o desenvolvimento harmônico do
ser humano, de seu ambiente e de seus valores.
c) Da natureza da pro�ssão - a pro�ssão é praticada por meio do relacionamento honesto,
justo e com espírito progressista.
d) Do objetivo da pro�ssão - a pro�ssão realiza-se pelo cumprimento responsável e
competente dos compromissos pro�ssionais.
e) Do relacionamento pro�ssional - a pro�ssão é de livre exercício aos quali�cados, sendo a
segurança de sua prática um interesse coletivo.
A base das revoluções industriais perpassa o conhecimento da evolução dos modos de
produção. Os sistemas produtivos ao longo da história extrapolam meros apanhados de
ferramentas. Esses sistemas são �loso�as ou modelos operacionais que impactam vários
nichos produtivos e sociedades. De forma geral, os modelos produtivos que remodelaram
economias foram: artesanal, Fordismo, Toyotismo e Volvismo. Essa classi�cação varia em
termos de denominação, conforme podemos veri�car no Quadro 2.2:
Evolução dos ProcessosEvolução dos Processos
ProdutivosProdutivos
Moreira (1996) preconiza que os sistemas de produção são a integração de
atividades e operações inter-relacionadas, com o objetivo de produção de bens de
consumo, tangíveis ou intangíveis. Todo o processo produtivo engloba recursos a
serem transformados e recursos transformadores que, depois de processados,
emergem como bens e serviços para a organização (PEINADO; GRAEML, 2007).
Segundo Slack et al. (2009), qualquer operação produz bens ou serviços, ou ambos,
e faz isso por um processo de transformação. O modelo de transformação é
representado na Figura 2.1:
Quadro 2.2 – Modelos produtivos referenciados
Fonte: Elaborado pela autora.
AUTOR MODELOS PRODUTIVOS
Womack et al. (1992) Artesanal, massa (Fordismo), enxuto (Toyotismo)
Clarke (2002) Fordismo, Toyotismo e Volvismo
Wood (1992) Fordismo, Toyotismo e Volvismo
Zilbovicius (1999)
Artesanal, Fordismo puro, Fordismo maduro e
Toyotismo
Sampaio (2006)
Pré-taylorismo, Taylorismo, Fordismo, Sloanismo,
Toyotismo e Volvismo
Zilbovicius (1999) esclarece que um novo modelo teórico de sistema produtivo,
geralmente, aparece como solução para as mudanças mercadológicas com as quais
as empresas se deparam. Ou seja, pressões da economia, sociedade ou tecnológicas
fazem com que novas adoções sejam necessárias, pois a usual não agrega mais valor
ou soluciona novos problemas. Nos próximos subtópicos, apresentaremos os
principais sistemas produtivos.
Sistema Artesanal
Engana-se quem pensa que o sistema artesanal caiu em desuso por remeter a algo
arcaico e ultrapassado ou que se trata apenas de um trabalho manual, sem
mecanização. Hoje em dia, existem exímios artesãos em nichos diversos do design
para decoração de alto padrão, até veículos de luxo produzidos sob encomenda.
Reconhecemos um sistema artesanal especialmente pela centralização e domínio
de todas as tarefas e atividades entre a matéria-prima (insumos) até o produto ser
produzido e comercializado, por apenas um pro�ssional (ou cooperativa): o artesão.
Em termos de cronologia, o sistema artesanal é formalmente o primeiro modelo de
produção. Para Maximiano (2004), no período medieval, a produção direcionada
para a subsistência se tornou obsoleta e sobrecarregada pelas primeiras formas de
cooperativas/organizações, que adquiriam produtos das pequenas o�cinas de
produção familiar e faziam o comércio de bens em larga escala, em suas cidades, nas
cidades vizinhas, ou até entre lugares com a logística mais complexa. Nesse
contexto, surgiu a �gura do capitalista, que passou a dominar a comercialização e,
posteriormente, a produção de bens da época.
Figura 2.1 – Modelo de Transformação
Fonte: Adaptado de Slack et al. (2009).
Womack, Jones e Roos (1992) caracterizaram esse sistema por:
artesão altamente quali�cado em todas as atividades ou etapas de
produção;
organizações extremamente descentralizadas;
emprego de máquinas de uso geral;
volume baixíssimo de produção, alta variedade de produtos e
exclusividade de customização.
Womack, Jones e Roos (1992) esclarecem, ainda, que uma das di�culdades do
sistema de produção artesanal era a falta de padronização e con�abilidade dos
produtos. Isso ocorria, pois o sistema de produção artesanal, por se ausentar no uso
de métodos/processos replicáveis, não conseguia garantir a conformidade e
qualidade nos produtos, aos olhos do consumidor.
Fordismo
O Fordismo surgiu, também, em meio a um novo paradigma no contexto econômico
social nos Estados Unidos. Boa parte do seu modelo se baseia nos estudos de
Frederick Taylor, engenheiro considerado o “pai” da Administração Cientí�ca e que
teve diversas contribuições para que o sistema artesanal, limitado em termos de
volumes e quantidades de produtos capazes de serem produzidas, fosse suplantado
pela possibilidade da produção em massa.
Segundo Guilhermenti (2004), o ambiente americano era o da queda do modelo
geral do capitalismo. A evolução industrial, baseada e orientada pelos lucros
comerciais, fez com que oaumento da produtividade fosse visto como a alternativa
para a geração de lucros e desenvolvimento industrial/econômico. Nesse contexto,
Taylor direcionou sua pesquisa em busca da ampliação do ritmo de produção e
diminuição do custo do trabalho. Isso foi feito por meio da redução da
complexidade das tarefas dos postos de trabalho, possibilitando o descarte de uma
maior quali�cação pro�ssional. Taylor desenvolveu a supervisão funcional, a
padronização de ferramentas e instrumentos, o planejamento de tarefas e sua
execução. Assim, compreendeu que o cumprimento e�caz das tarefas estaria
relacionado a um sistema bem de�nido e simples da rotina de trabalho.
Ainda para Guilhermenti (2004), os princípios cientí�cos de administração são:
1. princípio do planejamento - os processos de produção deveriam ser projetados
pelos gestores, a partir de estudos cientí�cos;
2. princípio da preparação dos trabalhadores - os operários deveriam ser
selecionados conforme suas habilidades técnicas, para atender às exigências do
posto de trabalho; em seguida, receber instruções e treinamentos que os
preparassem para seguir a rotina de trabalho padrão, com métodos planejados de
produção, com o objetivo de produzirem mais em menos tempo e com maior
qualidade;
3. princípio do controle - a atividade deveria ser controlada por meio da supervisão
dos operários, para que seguissem as normas estabelecidas para o dado posto de
trabalho;
4. princípio da execução - atividades distintas deveriam ser distribuídas conforme
as aptidões dos operários. O modelo de Henry Ford, baseado nos conceitos da
administração cientí�ca, só é coerente e viável em um ambiente estável, com
produtos com poucas mudanças ao longo do tempo e previsibilidade dos recursos
humanos (WOOD JR., 1992).
Para Bondarik e Pilatti (2007), o Fordismo evidencia uma divisão bastante
acentuada e visível do trabalho, com o objetivo de reduzir o esforço humano na
montagem. A existência de linhas móveis exclui a necessidade de movimentações
do operário pela fábrica, causando um aumento da produtividade e diminuição dos
custos proporcionalmente à elevação do volume produzido (WOOD JR., 1992).
Segundo Freitas (2003), a padronização das máquinas, equipamentos e peças é um
dos motivadores para o sucesso do sistema fordista, pois aumentou
exponencialmente o volume de produção, principalmente se contrastados com o
sistema de produção anterior: o artesanal. Essa padronização agilizou o trabalho de
montagem. Consoante Drucker (2003), o aumento na produção do fordismo
introduziu o conceito de economia de escala. Ford observou que quanto mais
veículos produzisse, menor seria o custo unitário.
Ford procurou aplicar os métodos da organização cientí�ca de Taylor,
concentrando-se em cinco raciocínios principais (MORAES NETO, 1991):
a simpli�cação das operações efetuadas pelos operários, com o objetivo
de reduzir o tempo de produção, os custos e, por �m, o preço de venda do
bem �nal;
a baixa quali�cação dos operários;
a criação e uso da linha de produção, através da esteira rolante. Foi
possível �xar o operário num certo posto de trabalho. A execução poderia
ser feita em tarefas sequenciais, por vários operários, ao longo de todas as
etapas do processo;
automatização das fábricas.
Uma das maiores críticas e limitações, no que diz respeito ao Fordismo, era a falta
de variedade de produtos e o alto grau de padronização. Com os critérios exigidos
dos consumidores aumentando, mudanças nesse aspecto foram necessárias.
Somado a isso, quanto ao aspecto humano dos colaboradores (operários), o
fordismo contribuiu para a precarização, desmotivação e rotatividade do
trabalhador. Esses aspectos são questões que o Toyotismo visou mitigar.
Toyotismo
O Japão pós-guerra estava devastado. As limitações de recursos produtivos se
acentuaram mais, o crescimento e disseminação do Fordismo pelo mundo
pressionaram as indústrias japonesas a pensarem como produzir de forma
inteligente, usando poucos recursos e dentro do contexto cultural japonês. Apostar
em grandes volumes, com trabalhadores com pouca versatilidade ou quali�cação,
não fazia sentido naquele país.
Taiichi Ohno (1997), um dos criadores do Toyotismo, em seu livro sobre o Sistema
Toyota de Produção (STP), descreve que, no Japão, a economia se mostrava
desfavorável à produção em grande escala de produtos idênticos, o que fez a Toyota
prezar outro fator chave: a qualidade, baseada na diminuição dos desperdícios.
A crise do petróleo no outono de 1973, seguida de recessão, afetou
governos, empresas e sociedades no mundo inteiro. Em 1974, a economia
japonesa havia caído para um nível de crescimento zero e muitas
empresas estavam com problemas. Mas na Toyota Motor Company,
embora os lucros tenham diminuído, ganhos maiores do que os de outras
empresas foram mantidos em 1975, 1976 e 1977. A diferença, cada vez
maior entre ela e as outras companhias, fez com que as pessoas
perguntassem sobre o que estaria acontecendo na Toyota. Depois da
segunda guerra mundial o Japão iniciou sua entrada no mercado mundial.
Impulsionadas pela concorrência natural deste mercado, as empresas
japonesas tinham necessidade de melhorar sua produtividade baixando
seus custos. Além disso, a economia do Japão necessitava ser re-
equilibrada, era séria a recessão da época naquele país (OHNO, 1997, p.
23).
Para Xavier e Sarmento (2004), o mercado nacional era ainda incipiente e
procurava por uma grande variedade e opções de modelos de carros, geralmente,
de luxo, para políticos e pessoas com alta renda; carros pequenos para centros
populosos, pequenos e grandes caminhões para agricultores e industriais. A
produção de grandes volumes sem variação de alternativas de produtos
(padronizada) geraria insatisfação aos japoneses. Assim, segundo Ohno (1997), o
sistema convencional de produção em massa americano não era uma boa estratégia
a ser aplicada na indústria japonesa.
Ohno (1997) relata que a Toyota notou que diminuir custos aumentando as
quantidades produzidas não era viável, pois havia muitos desperdícios e alto custo
de fabricação.
Em suma, o foco do STP era o diagnóstico, gestão, controle e eliminação de custos
que não agregassem valor: os desperdícios. Nesse sentido, os desperdícios,
segundo Ohno (1997) se dividem em sete grupos distintos, e cada um geraria,
posteriormente, ferramentas qualitativas e quantitativas da produção e da
qualidade nos sistemas produtivos:
1. desperdício por superprodução;
2. desperdício por espera;
3. desperdício por transporte;
4. desperdício no próprio processamento;
5. desperdício por estoque;
6. desperdício por movimentação;
7. desperdício por fabricação de produtos defeituosos.
Os japoneses criaram métodos avançados de gestão dos processos, raciocinando a
organização como um organismo, em que seus setores e colaboradores são
interdependentes. O STP aumentou a produtividade e a qualidade dos produtos,
por meio da eliminação e diminuição dos desperdícios (NUNES et. al., 2009).
Quanto às relações industriais e à relação salarial, o Toyotismo mudava o olhar na
forma de tratar os colaboradores, sendo antagônico aos modelos ocidentais, com
particularidades advindas das mobilizações trabalhistas.
O sistema de emprego japonês possui cinco traços principais, segundo Coriat
(1994):
emprego vitalício;
salário por antiguidade, sendo uma parte �xa (Nenko), uma parte variável
(bônus bianual), além de um prêmio por aposentadoria;
sindicalismo de empresa;
mobilidade e a promoção interna claras e muito respeitadas;
prática sistemática da quali�cação dos funcionários.
Até os dias de hoje, o STP é um dos sistemas mais relevantes e presentes em vários
nichos produtivos, com vários desdobramentos (ferramentas e metodologias
originadas do Toyotismo) desde a gestão de projetos até a gestão de startups.
Sistema Sueco de Produção – Volvismo
O Volvismo, assim como o STP, foi uma resposta ao contexto do país onde estava
inserida. A Volvo (Volvo Group) iniciou suaprodução em 1926, montando
automóveis e caminhões. O maior foco da empresa era produzir o seu portfólio de
automóveis seguros, resistentes, mais adequados aos trechos do país com a
principal intempérie: clima extremamente frio da Suécia.
Quando a Volvo começou, suas atividades eram restritas ao mercado interno Sueco
até o início da década de 1970. Nas décadas de 1960 e 1970, a Volvo enfrentou
problemas para contratar mão de obra, em razão da mínima quantidade de
desempregados na Suécia e da abundância de pro�ssionais quali�cados. A massa de
pro�ssionais jovens se recusava a ter empregos repetitivos e monótonos. Esse
contexto levou a uma série de con�itos laborais na Suécia (GRAÇA, 2002).
A Volvo teve por objetivo criar condições para tornar tanto operários
como ambiente produtivo mais saudáveis. Sendo a planta e os processos
da fábrica projetados em conjunto com os sindicatos e voltados para a
satisfação do trabalhador. A Volvo que era responsável por 15% do
Produto Interno Bruto da Suécia em 1992, e mesmo com seu grande
porte, sempre deu ênfase na prática de experimentos buscando inovar
suas ações produtivas. A planta é iluminada com luz natural e os
ambientes são extremamente limpos. Antes de iniciar o trabalho, cada
novo operário passa por um período de treinamento de quatro meses
seguidos posteriormente de mais três períodos de aperfeiçoamento.
Espera-se que, ao �nal de dezesseis meses, ele seja capaz de montar
totalmente um automóvel. Uma característica interessante é que 45% da
mão-de-obra é feminina, o que é causa e consequência de várias
alterações no sistema de produção (CLETO, 2002, p. 39).
Assim, a exemplo dos outros modelos apresentados, o objetivo do modelo
desenvolvido pela Volvo era aumentar a capacidade produtiva, reduzindo custos e
produzindo cada vez mais com qualidade superior, satisfazendo os clientes e
aumentando sua participação no mercado.
atividadeAtividade
Seguindo a ideia da linha de montagem móvel, o Modelo Fordista inovou em relação ao sistema
artesanal, com o uso da economia de escala. Na lógica da Ford, quanto mais automóveis fossem
produzidos, menor seria o custo unitário.
PEINADO, J.; GRAEML, A. R. Administração da produção: operações industriais e de serviços.
Curitiba: UnicenP, 2007.
Apesar de todos os ganhos do Sistema Ford de Produção, posteriormente surgiram outros, como o
STP e o Volvismo, que eliminam ou minimizam questões de foco apenas no menor custo unitário.
Levando em consideração as características problemáticas do Fordismo, assinale a alternativa
correta:
a) Produção de produtos sem padrão.
b) Baixo volume de produção.
c) De�nição de tarefas complexas para os trabalhadores.
d) Alta autonomia do trabalhador.
e) Baixa valorização e incentivo à quali�cação dos funcionários.
O setor industrial sempre foi o impulsionador do desenvolvimento de economias, nações e
sociedade. Desde o �nal do século 18, a indústria vem vivendo transformações que
remodelaram a forma como os bens são fabricados, especialmente no que diz respeito ao
incremento da produtividade. O progresso tecnológico impulsionou mudanças para toda a
sociedade. (LASI et al., 2014). Apresentaremos, agora, as quatro revoluções industriais.
As 3 primeiras Revoluções Industriais
As 3 primeiras revoluções industriais, com sua base de inovações tecnológicas e sociais,
resultaram em alguns marcos, que transformaram os meios de produção e consumo de cada
época. Exemplos de inovações que desencadearam impactos em novos produtos, formas de
produzir e comercializar foram: a produção em massa, as linhas de montagem, a eletricidade
e a tecnologia da informação, alterando a dinâmica trabalhador-empresa, incentivando a
competição tecnológica e, por conseguinte, o desenvolvimento econômico. A mais recente
das revoluções, a Quarta Revolução Industrial, terá um impacto mais impressionante do que
as anteriores, caracterizando-se por um conjunto de tecnologias que permite a fusão do
mundo físico, digital e biológico (ABDI, 2019).
A Primeira Revolução Industrial se caracterizou pela transposição da manufatura e tração
animal, como forma energética, para máquinas alimentadas a vapor. A Primeira Revolução
Industrial teve como base a mudança da energia mecânica para a vapor, iniciando no �nal do
século 18 e tendo, dentre as indústrias mais bene�ciadas, a têxtil (ABDI, 2019). Ou seja,
Revoluções TecnológicasRevoluções Tecnológicas
marcou a mudança dos meios de produção artesanais para processos de produção com
embasamento mecânico.
Em meados do século 20, com o início do uso da eletricidade nos sistemas produtivos,
inaugura-se a Segunda Revolução Industrial, identi�cada pela produção em massa e divisão
do trabalho, resultando na indústria de produção em massa. O exemplo mais célebre é linha
de montagem de Henry Ford, em 1913 (ABDI, 2019).
A Terceira Revolução, que vai desde a década de 1970 até os anos 2020 (podendo continuar
por alguns anos), é representada pelo uso da eletrônica e tecnologia da informação (TI), para
aprimorar a automação na produção (BITKOM et al., 2016). Tem como produtos memoráveis
o primeiro controlador lógico programável, que possibilitou a programação de sistemas
digitais (DRATH; HORCH, 2014).
O uso de computadores mainframe, computadores pessoais e a internet, auxiliou na
automação de tarefas mecânicas, previsíveis e repetitivas.
Quarta Revolução Industrial: a Indústria 4.0
Desde a década de 1970, com o surgimento dos primeiros esboços de ações no âmbito das
tecnologias de informação (TI) e a sua integração nos processos de produção, o
desenvolvimento da complexidade das tecnologias impulsionaram a produtividade
industrial, pois auxiliou na redução dos custos de produção e no fornecimento de soluções
e�cazes para atender os clientes (CHENG et al., 2015).
A primeira menção ao termo Indústria 4.0, com o signi�cado de Quarta Revolução Industrial,
aconteceu em 2011, na Alemanha (DRATH; HORCH, 2014). De acordo com Schwab (2016),
as mudanças causadas indústria 4.0 serão presenciadas em praticamente todos os membros
e atividades da cadeia de abastecimento, incluindo novas demandas dos clientes e dos
parceiros, exigindo soluções cada vez mais customizadas e complexas. A Indústria 4.0 tem a
possibilidade de agregar valor a toda a cadeia produtiva, desde a manufatura, o projeto, os
produtos até as operações (FIRJAN, 2016).
Segundo Hermann, Pentek e Otto (2016) a Indústria 4.0 tem em sua composição algumas
tecnologias fundamentais, como:
(i) Sistemas Ciber-Físicos - integram o mundo físico ao virtual; são equipamentos que
armazenam dados sobre o seu estado e realizam operações, o que irá gerar ganhos de
produtividade, e�ciência e �exibilidade para a cadeia produtiva, concomitantemente a
otimização da tomada de decisão e a rastreabilidade de ponta a ponta do processo
(KAGERMANN; WAHLSTER; HELBIG, 2013);
(ii) Internet das Coisas - responsável pela conectividade da Indústria 4.0, podendo integrar
objetos do cotidiano, até os artefatos mais complexos de nichos produtivos de tecnologia de
ponta. Criando uma rede de comunicação entre pessoas e dispositivos;
(iii) Internet de Serviços - habilita a oferta e demanda de serviços, utilizando a estrutura da
Internet;
(iv) Fábricas Inteligentes - com a integração da conectividade a partir da Internet das Coisas
e disponibilização de serviços da Internet dos Serviços, será possível que as decisões e
gerências de alta complexidade sejam feitas de forma remota por pessoas orientando
máquinas. Segundo Hermann, Pentek e Otto (2015), os princípios essenciais que embasam a
implementação da Indústria 4.0 são:
interoperabilidade: capacidade dos sistemas se comunicar com outros sistemas;
virtualização: criação uma exibição virtual em software de um processo físico;
descentralização: a independência do CPS no processo decisório, dentro das
determinações da produção em tempo real;
capacidade em tempo real: coleta, análise e transformação de dados em
informações de forma ágile instantânea.
Modularidade: o sistema é dividido em módulos ou partes. Essa prática permite
uma maior �exibilidade e adaptação a mudanças.
A Indústria 4.0 deve auxiliar a solucionar vários desa�os que a sociedade enfrenta,
atualmente, como nos eixos de saúde, mobilidade urbana e e�ciência energética. (CNI, 2016).
Concomitantemente, Hecklau (2016) faz uma ressalva sobre os desa�os ambientais, em
virtude da �nitude dos recursos naturais e aumentos das demandas dos consumidores. As
empresas são pressionadas naturalmente pela busca de soluções sustentáveis. Contudo, os
impactos mais relevantes nos contextos social e humano acontecerão nos postos de
trabalho, nas tipologias de emprego e na pressão que existirá do mercado, para que as
pessoas atualizem suas competências, a �m de estarem adequadas ao contexto das novas
tecnologias (SCHWAB, 2016).
atividadeAtividade
Leia o trecho a seguir:
“Os impactos da Indústria 4.0 sobre a produtividade, a redução de custos, o controle sobre o
processo produtivo, a customização da produção, dentre outros, apontam para uma transformação
profunda nas plantas fabris. Segundo levantamento da ABDI, a estimativa anual de redução de
custos industriais no Brasil, a partir da migração da indústria para o conceito 4.0, será de, no mínimo,
R$ 73 bilhões/ano”.
ABDI. Ministério da Indústria, Comércio e Serviços. Indústria 4.0. [2019]. Disponível em:
http://www.industria40.gov.br. Acesso em: 20 nov. 2019.
Assinale a alternativa correta, em relação aos princípios da indústria 4.0, que auxiliam no aumento
da produtividade:
a) Centralização da gestão.
b) Modularidade.
c) Internet das Coisas.
d) Manufatura.
e) Divisão de trabalho.
indicações
Material
Complementar
L I V R O
Gestão dos postos de trabalho
Editora: Bookman
Autor: Taiichi Ohno
ISBN-10: B016ADPFRI
Comentário: nessa obra, o autor ex-diretor e ex-vice-presidente
da Toyota, considerado o pai do Sistema Toyota de Produção,
Taiichi Ohno, explana sobre suas considerações sobre o trabalho
dentro do toyotismo, com a perspectiva de orientar os futuros
gestores/engenheiros fabris.
FILME
Fome de Poder
Ano: 2016
Comentário: esse �lme conta a história da criação da rede, modelo
de franquias e da marca do fast-food McDonalds. Já se perguntou o
motivo da e�ciência e velocidade nos preparos? Como conseguem
manter os padrões dos seus sanduíches, não importa em qual
restaurante do mundo você esteja? Muito do sucesso e respostas
estão na visão apurada sobre processos e no uso de princípios do
Toyotismo/Fordismo.
T R A I L E R
conclusão
Conclusão
Nesta unidade, continuamos a contextualização de mercado para o(a) engenheiro(a),
apresentando os principais órgãos regulamentadores, relacionados ao exercício pro�ssional
da engenharia, em especial, o sistema CONFEA/CREA. Seguimos com a apresentação da
linha cronológica dos sistemas produtivos, que, de forma sintética, são sumarizados como:
sistema artesanal, cuja variedade de produtos era alta, porém com pouca ou nenhuma
padronização de processos, o que acarretava falta de conformidade e não atendimento da
demanda; sistema Fordista, um marco da Segunda Revolução Industrial, em que, com base
nos estudos de Taylor e na divisão do trabalho, criou-se a produção em massa; STP, cujo
sistema era baseado no controle de qualidade e diminuição dos custos, pelo diagnóstico e
eliminação dos desperdícios e da valorização do trabalhador; Volvismo, com o incentivo à
inovação e maior valorização e capacitação dos trabalhadores. E, por �m, compreendemos as
revoluções industriais e seus marcos tecnológicos, com ênfase na Indústria 4.0, cujo acúmulo
de uma série de tecnologias e boas práticas das revoluções industriais anteriores culminou
na revolução 4.0, a mais disruptiva de todas as revoluções industriais já vividas. O impacto
dessa mais recente revolução terá consequências que presenciaremos por mais algumas
décadas.
referências
Referências
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