Buscar

A Dominação Masculina

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

A Dominação Masculina
Uma comparação entre o gênero.
No presente trabalho retrataremos a dominação Masculina de acordo com Pierre Bourdieu, analisando princípios e valores relacionados ao senso comum, que são indutores por excelência de preconceitos e classificações naturalizados da vida social. Assim podemos entender que a ordem do mundo com suas relações de dominação, torna-se constante nos costumes, fazendo com que as condições de vida tornam-se aceitáveis. Então a dominação masculina é ligada como parte de um contexto em que a ordem social, que seria exatamente o lugar de onde surgem diversas dominações. 
Pierre criou esse termo – dominação masculina – para ser usado dentro do campo da sociologia, que para nós, no senso comum é o machismo. A partir do que vivenciamos e descritos inclusive por Bourdieu entende-se que a imposição dos modos a serem seguidos pela dominação masculina se tornam obrigação: ter uma posição superior por conta de ser homem, ou seja, deixar de lado toda fraqueza ou atitudes que são interpretados pela sociedade com não pertencente ao sexo masculino. 
A maior parte da pesquisa de Pierre com relação à dominação feminina foi realizada na sociedade Cabila, que é andocêntrica, o feminino e o másculo são opostos, e o homem é o superior, visto isso, sabemos que essa tradição está presente em todas culturas do mundo. Temos em nossa sociedade diferenças que se deixam guiar pelos princípios de visão e divisão que são vistos como comum pela sociedade. a dominação masculina acaba gerando a chamada violência simbólica, que muitas vezes passa despercebida, porém ela é muito presente e notável se pararmos para analisar.
A produção cultural propõe uma relação de comportamentos e interesses, novos estilo de vida e tendências as mais diversas respostas aos papéis desempenhados hoje como “Homem e Mulher” A sociedade impõe essa cultura à todos. As diferenças de “[footnoteRef:1]gênero” são construídas socialmente e culturalmente, em processo contínuo, havendo a necessidade de entender o desenvolvimento da contraposição de ideias desse homem, que transforma diferenças em desigualdades. Homens e mulheres são produtos da realidade social e não decorrência da anatomia de seus corpos. Por exemplo, o fato de as mulheres, em razão da reprodução, serem tidas como mais próximas da natureza, tem sido apropriado por diferentes culturas como símbolo de sua fragilidade ou de submissão à ordem natural. [1: Os diferentes sistemas de gênero masculino e feminino e de formas de operar nas relações sociais de poder entre homens e mulheres são decorrência da cultura, e não de diferenças naturais instaladas nos corpos de homens e mulheres.] 
 Podemos ver isso se analisarmos as “características” femininas e masculinas: a mulher deve ser dotada de sutiliza, postura, organização, dentre outros requisitos, quanto aos homens, estes são obrigados a agirem como “homens”. O sexo masculino deve ser viril, mostrar força. Mas não é somente nestas comparações notamos essas diferenças impostas pela sociedade, essas imposições estão presentes nas cores das roupas, no comportamento no meio social, e a postura que o homem deve manter, para ser respeitado e entendido como um indivíduo do sexo Masculino, suas atitudes não podem fugir das imposições sociais e culturais, tratando-se de uma percepção histórica pois esse pensamento vem se reerguendo de geração em geração, exemplos claros que podem ser dados neste contexto seria o fato de que o Homem não pode ser visto chorando, ou cruzando suas pernas como fazem as mulheres, ou até mesmo vestindo roupas de cores que são utilizadas pelas Mulheres, assim entendemos que essas imposições tiram a essência Humana do Homem, pois o mesmo e visto como um ser que está cumprindo com seus direitos e deveres, mas que muitas das vezes perde sua própria essencial, por conta das imposições. 
Segundo Bourdieu atenta para o fato de que homens e mulheres estão inscritos no objeto a ser apreendido, o que faz com que o pesquisador incorpore as estruturas históricas da ordem masculina ou da submissão feminina, O autor ressalta, portanto, a necessidade de uma estratégia prática para efetivar uma objetivação do sujeito da investigação científica: explorar, com base em Durkheim, as formas de classificação com as quais construímos o mundo. (BOURDIEU, 1999 p.2).
Assim podemos concluir que se a dominação masculina adequa-se à ordem simbólica do mundo social, seus mecanismos efetivos de atuação ocorrem através de uma submissão entendida como uma condição logica, compreendendo que o domínio de violência simbólica, seria então, a violência suave, insensível, invisível às suas próprias vítimas e exercida pelas vias mais sutis de dominação, assim dizendo que essa dominação trataria de um processo de desconstrução de princípios percebidos como sendo naturais e verdadeiros deveria guiar, segundo Bourdieu, o pensamento do investigador, comprometido por um lado, com a elucidação de fatos históricos, e por outro, com a descoberta do lado menos visível da dominação.
Referências Bibliográficas:
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999. P. 2 Disponível em: <www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/10082/1/1999_art_iafbarreira.pdf >. Acesso em: 10 Dez.2019.
Disponível em: <http://ead.bauru.sp.gov.br/efront/www/content/lessons/24/G%C3%AAnero%20-%20texto1.pdf>. Acesso em: 10 Dez.2019.

Outros materiais