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Atenção à saúde da gestante Introdução: Ainda existe um tabu de que a gestante não pode estar realizando tratamento odontológico; O atendimento odontológico é um assunto bastante controverso, principalmente em função dos mitos que são baseados em crenças antigas. Mortalidade materno-infantil: Introdução: As medidas de mortalidade são utilizadas internacionalmente, como indicadoras da situação de saúde e na avaliação e planejamento de políticas e programas de saúde Entre essas medidas, a taxa de mortalidade infantil é uma das mais aceitas para mensurar o estado de saúde da população, por se referir a mortes precoces, em grande parte evitáveis. Indicadores de saúde “Indicadores são medidas síntese que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde”. “Medir saúde é uma tarefa complicada, tendo em vista as dificuldades de conceitua-la, de acompanhá-la e de sistematizar parâmetros para estas definições” Importante para o processo de tomada de decisões. Apesar do declínio observado no Brasil, a mortalidade infantil permanece como uma grande preocupação em Saúde Pública. Os níveis atuais são considerados elevados e incompatíveis com o desenvolvimento do País, havendo sérios problemas a superar, como as persistentes e notórias desigualdades regionais e intra-urbanas, com concentração dos óbitos na população mais pobre, além das iniquidades relacionadas a grupos sociais específicos. Mortalidade materna: A morte de uma mulher durante a gestação ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, independentemente da duração ou da localização da gravidez, devido a qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou por medida tomadas em relação a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais. O estudo da mortalizada materna permite avaliar as ações do governo para promover a saúde da mulher estão sendo bem-sucedidas. O indicador utilizado nesse estudo é denominado razão de mortalidade materna (RNM), que mede o risco de uma mulher morrer no ciclo gravídico puerperal. Razão de mortalidade materna (taxa de mortalidade materna, coeficiente de mortalidade materna) Número de óbitos maternos, por 100 mil nascidos vivos de mães residentes em determinado espaço geográfico, no ano considerado. Reflete a qualidade da atenção à saúde da mulher. Taxas elevadas de mortalidade materna estão associadas à insatisfatória prestação de serviços de saúde a esse grupo, desde o planejamento familiar e a assistência pré-natal, até a assistência ao parto e ao puerpério. Cenário atual: RNM: 1990- 143 RNM 2010- 66 RNM 2015- 62 RNM 2016- 64,4 RNM Meta: até 2015 35 RNM Grupo de causas: Causas de óbitos maternos classificados pela CID-10, são divididas em três grupos. Obstétricas diretas; Obstétricas indiretas Não especificadas Obstétricas diretas São aquelas resultantes de complicações obstétricas na gravidez, parto ou puerpério devidas a intervenções, omissões, tratamento Políticas públicas de saúde 8 Layara Aquino incorreto ou a uma cadeia de eventos resultantes de quaisquer das causas acima mencionadas. Hemorragia no parto; Hipertensão decorrente à gravidez; Obstétricas indiretas São aquelas resultantes de doenças existentes antes da gravidez ou de doenças que se desenvolveram durante a gravidez não devidas a causas obstétricas diretas, mas que foram agravadas pelos efeitos fisiológicos da gravidez. Hipertensa mesmo antes a gravidez; HIV; Não especificadas: Morte materna não obstétrica é a resultante de causas incidentais ou acidentais não relacionadas à gravidez e seu manejo. Também chamada por alguns autores, como morte não relacionada. Estes óbitos não são incluídos no cálculo da razão de mortalidade materna. Panorama de mortalidade materna no Brasil: PORTARIA Nº 1.119, DE 5 DE JUNHO DE 2008 - Regulamenta a Vigilância de Óbitos Maternos. Houve uma tendência de queda da RNM entre 1990 e 2010 (de 143 óbitos por 100 mil nascidos vivos para 66 mortes maternas por 100.000 nascidos vivos) que representou uma queda de 54%. Mortalidade infantil Número de óbitos de menores de um ano de idade, por mil nascidos vivos, em determinado espaço geográfico, no ano considerado. PORTARIA Nº 72, DE 11 DE JANEIRO DE 2010: Estabelece que a vigilância do óbito infantil e fetal é obrigatória nos serviços de saúde (públicos e privados) que integram o Sistema Único de Saúde (SUS). A mortalidade infantil é: A mortalidade infantil refere- se à morte de crianças menores de 1 ano. A mortalidade neonatal se refere ao período de tempo do nascimento até o 27 dia de vida. O período pós-neonatal tem início no 28 e vai até o 364 dia de vida. PERÍODO NEONATAL: Neonatal precoce- 0 à 6 dias; Neonatal tardia- 7 à 27 dias; Método de cálculo direto: Número de óbitos de residentes com menos de um ano de idade Número total de nascidos vivos de mães residentes Apresenta dois componentes principais: mortalidade neonatal e a pós- neonatal; Portaria 72/2010: É a morte de um produto da concepção, antes da expulsão ou da extração completa do corpo da mãe, com peso ao nascer igual ou superior a 500 gramas. Quando não se dispuser de informações sobre o peso ao nascer, considerar aqueles com idade gestacional de 22 semanas (154 dias) de gestação ou mais. Quando não se dispuser de informações sobre o peso ao nascer e idade gestacional, considerar aqueles com comprimento corpóreo de 25 centímetros cabeça calcanhar ou mais. A expulsão ou extração de fetos com menos de 22 semanas ou menos de 500 gramas e / ou estatura menor que 25 cm, é considerado como abortamento. Não sendo obrigatório declaração de óbito; Taxa de mortalidade neonatal (óbitos de 0 a 27 dias/mil nascidos vivos Reflete principalmente as condições de assistência à gravidez, ao parto e ao período perinatal. Neste caso, a redução da mortalidade infantil depende da estrutura assistencial médica hospitalar, de uma efetiva rede de maternidades, • É a expulsão ou extração completa do corpo da mãe, independentemente da duração da gravidez, de um produto de concepção que depois da separação respire ou apresente qualquer outro sinal de vida Nascido vivo • É a morte do produto de concepção, antes da expulsão ou da completa extração do corpo da mãe, independentemente da duração da gravidez Óbito fetal • É a criança, que, nascida viva, morreu em qualquer momento antes de completar um ano de vida Óbito infantil Mortalida de na infânica Menores de 1 ano (infantil) Neonatal (0 a 27 doas) Precoce (0 a 6 dias) tardia (7 a 27 dias) Pós neonatal (28 a 364 dias) Mortalida de 1 a 4 anos Crianças de 1 a menos de 5 anos completos X 1.000 Determinantes mais sensíveis ao ambiente sócio econômico Determinante s mais sensíveis às condições da assistência berçários e UTIs pediátricas e neonatais de alta complexidade (PREMATURIDADE, INFECÇÕES...) Taxa de mortalidade pós-neonatal (óbitos de 28 a 1 ano de vida/mil nascidos vivos Este indicador é sensível às ações de saúde mais primárias, como as vacinações, a terapia de reidratação oral, o incentivo ao aleitamento materno, cuidados adequados às infecções respiratórias agudas, entre outras (TEIXEIRA et al., 2012). As taxas de mortalidade infantil são geralmente classificadas em: altas (50 ou mais) médias (20- 49) e baixas (menos de 20), em função da proximidade ou distância de valores já alcançados em sociedades mais desenvolvidas Altas taxas de mortalidade infantil refletem, de maneira geral: Baixos níveis de saúde; De desenvolvimento socioeconômico e de condições de vida. Taxas reduzidas também podem encobrir más condições de vida em segmentos sociais específicos. Qual a sua utilização? Analisar variações geográficas e temporais da mortalidade infantil; Contribuir na avaliação dos níveisde saúde e de desenvolvimento socioeconômico da população; Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas e ações de saúde voltadas para a atenção pré-natal, o parto e a proteção da saúde infantil. Sistema de informações sobre mortalidade (SIM) do ministério de saúde (MS) Criado em 1976 a partir da implantação do modelo padronizado da declaração de óbito (DO) em todo o território nacional O SIM é justificado não só para o atendimento de exigências legais, mas tem o objetivo principal de fornecer subsídios para traçar o perfil de mortalidade no país No que se refere às informações referentes aos nascimentos, em 1990, o MS implantou o Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). Condições sociais da população (moradia, trabalho, renda, nível de informação e proteção social); Disponibilidade de saneamento básico e de serviços de saúde adequados; Brasil, os níveis da mortalidade em menores de um ano de idade diferem entre os vários estados inclusive entre estados de macrorregiões nacionais mais desenvolvidas, como a Sudeste, com maiores níveis no estado de Minas Gerais durante todo o período 1990 2011 PERIGO! Após um período de declínio sustentado dos coeficientes de mortalidade no primeiro ano de vida em todo o país, em 2016 houve a reversão desta queda. Embora seja prematuro afirmar que esse aumento da mortalidade infantil será mantido nos próximos anos, é importante observar que a reversão da tendência de queda em 2016 foi decorrente do aumento de óbitos no período PÓS NEONATAL. Óbitos, estes, que ocorrem justamente em consequência da exposição a fatores externos associados à piora das condições de vida e do acesso a serviços de saúde. A mortalidade materna está sofrendo os mesmos efeitos dos fatores associados ao aumento da mortalidade infantil, como a crise econômica, o ajuste fiscal e os cortes de investimentos em saúde. O Brasil está assistindo a estes aumentos e à queda nas coberturas de imunização e o risco do surgimento de epidemias de doenças já controladas no passado Não devemos aceitar que depois de tantas conquistas estejamos caminhando para trás a passos largos. Da mesma forma que para o óbito materno, conhecer a causa do óbito infantil é importante para orientar as intervenções para sua prevenção. As mortes cujas causas são evitáveis ou reduzíveis referem se àquelas que podem ser prevenidas, TOTAL OU PARCIALMENTE, por ações de serviços de saúde acessíveis e efetivos. Como evitar essa taxa de mortalidade? 1. Condições biológicas maternas e infantis; 2. Idade da mãe; 3. Intervalo entre os partos; 4. Prematuridade (cesarianas desnecessárias); 5. Baixo peso ao nascer; 6. Retardo no crescimento intrauterino etc.; 7. Condições ambientais (existência dos serviços de saúde e da acessibilidade da população); 8. Abastecimento de água potável; 9. Saneamento básico adequados, poluição etc. 10. Moradia, trabalho, renda, nível de informação, proteção social etc. MEDIDAS: Atenção à mulher na gestação; Atenção à mulher no parto; Atenção ao recém-nascido; Ações adequadas de diagnóstico e tratamento; Ações adequadas de promoção à saúde; Principais causas de mortalidade: POR ATENÇÃO À MULHER NA GESTAÇÃO Síndrome da angústia respiratória do recém nascido Transtornos gestacionais de curta duração e peso baixo ao nascer; Enterocolite necrotizante do feto e recém-nascido; POR ADEQUADA ATENÇÃO À MULHER NO PARTO Hipóxia intrauterina e asfixia ao nascer; Síndrome da aspiração neonatal; Feto e recém-nascido afetados por placenta prévia e descolamento da placenta; POR ADEQUADA ATENÇÃO AO RECÉM NASCIDO Transtornos respiratórios específicos do período perinatal; Infecções específicas do período neonatal, exceto síndrome da rubéola congênita e hepatite viral congênita; POR AÇÕES ADEQUADAS DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO Pneumonia Outras doenças bacterianas Meningite POR AÇÕES ADEQUADAS DE PROMOÇÃO À SAÚDE Doenças infecciosas intestinais; Deficiências nutricionais; Outros riscos acidentais à respiração A ESF, criada em 1994 pelo Ministério da Saúde, teve como principal propósito, a reorganização à prática de atenção à saúde em novas bases, levando a saúde para mais perto da família e melhorando a qualidade de vida dos brasileiros; A NOB 96 estabeleceu também regras fundamentadas no risco epidemiológico e favoreceu, por meio de incentivos financeiros, programas considerados estratégicos, como o de saúde da família e os de agentes comunitários de saúde Modificações estiveram frequentemente relacionadas à extensão do acesso ao saneamento básico, em especial ao abastecimento de água, à melhoria do poder aquisitivo, permitindo o acesso das camadas de baixa renda aos produtos da cesta básica, e à ampliação da cobertura vacinal, das consultas de pré-natal e dos serviços médico hospitalares de alta complexidade Foram algumas das medidas responsáveis não só pela redução do óbito A implantação do SUS; Imunização; O incentivo ao aleitamento materno e a terapia de reidratação oral; O seguimento das crianças com problemas respiratórios e nutricionais nos serviços da atenção primária; O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança e o controle do meio ambiente; Ampliação do saneamento básico; Estatuto da criança e adolescente (ECA): O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a medida privativa de liberdade § 1 o Os profissionais das unidades primárias de saúde desenvolverão ações sistemáticas, individuais ou coletivas, visando ao planejamento, à implementação e à avaliação de ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e à alimentação complementar saudável, de forma contínua. Estratégias preventivas; Pré-natal como, por exemplo, o controle do diabetes materno e a suplementação de ácido fólico antes e durante a gestação; Aconselhamento das gestantes a evitar bebidas alcoólicas, drogas ou auto medicação durante a gravidez; RAS- Redes de atenção à saúde: Arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado Portaria 4279/2010 Portaria de consolidação 3 /2017 OBJETIVOS: PROMOVER: A integração sistêmica, de ações e serviços de saúde; PROVER: Ação contínua e integral, de qualidade responsável e humanizada; INCRMENTAR: o desempenho do sistema, em termos de acesso, equidade, eficácia clínica e sanitária e eficiência econômica; Caracteriza se pela formação de relações horizontais (no mesmo nível de atenção) e verticais (em níveis de atenção diferentes) Com APS atuando como centro de comunicação, ordenação e coordenação Primeiro nível de atenção Porta de entrada Função resolutiva dos problemas mais comuns, Longitudinal Elementos constitutivos: População e região de saúde: RAS deve ser capaz de identificar claramente a população e a área geográfica sob sua responsabilidade, conhecendo suas necessidades em saúde. Região de Saúde o espaço geográfico contínuo constituído por agrupamento de Municípios limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde. Estrutura operacional: APS como centro de comunicação; Os pontos de atenção secundária e terciária; Sistemas de apoio; Sistemas logísticos e governança. LEMBRANDO.... Atenção primária à saúde primeiro contato; longitudinalidade; integralidade; coordenação; centralidade na família; Sistemas de Apoio lugares institucionais da Rede onde se prestam serviços comuns a todos os pontos de atenção. São constituídos pelos: 1. Sistemas de apoio diagnósticos e terapêuticos (Patologia clínica,imagens entre outros). 2. Sistema de assistência farmacêutica que envolve a organização dessa assistência em todas as suas etapas: seleção, programação, aquisição, dispensação 3. Sistemas de informação em saúde SISTEMAS LOGÍSTICOS: Consiste na efetivação de um sistema eficaz de referência e contrarreferência de pessoas e de troca eficiente de produtos e de informações ao longo dos pontos de atenção. Promovem integração dos pontos de atenção à saúde. São eles: 1. Sistemas de identificação e acompanhamento do usuário 2. Centrais de regulação (acesso regulado). 3. Registro eletrônico (PEC) 4. Sistemas de transporte sanitário 5. Sistema de informação em saúde Modelo de atenção a saúde: É um sistema lógico que organiza o funcionamento da RAS. Preconiza uma contraposição ao modelo atual que é centrado na doença e no cuidado médico e em especial ao atendimento à demanda espontânea e na agudização das condições crônicas. A Rede Cegonha é uma rede temática que foi instituída em 2011, como uma inovadora estratégia do Ministério da Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da Portaria nº 1.459. A Rede Cegonha é uma estruturação estratégica para implementar uma rede de cuidados com a finalidade de assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e às crianças o direito ao nascimento seguro, ao crescimento e ao desenvolvimento saudáveis Pré-natal: Inicialmente, no pré-natal há a captação precoce das gestantes, o acolhimento com classificação de risco e vulnerabilidade, a consulta integrada, os exames pré-natais, os programas educativos, a vinculação da gestante ao local de parto e a implantação da consulta odontológica (BRASIL, 2012). Parto e nascimento: As ações relacionadas ao parto e ao nascimento correspondem à presença de acompanhante, visita hospitalar da equipe de saúde, centro de parto normal e agendamento da consulta puerperal. Puerpério e atenção integral à saúde da criança: Em relação ao puerpério, encontram se as visitas domiciliares na primeira semana após o parto, promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Quanto à atenção integral à saúde da criança de 0 a 24 meses: apoio ao aleitamento materno e alimentação complementar saudável, promoção do crescimento e desenvolvimento, acompanhamento do calendário vacinal e informação para prevenção de hábitos bucais deletérios Sistema logístico: Transporte sanitário e regulação visam garantir o acesso aos serviços em tempo hábil e com qualidade. A Rede Cegonha foi estruturada objetivando superar os elevados níveis de segmentação e fragmentação dos sistemas de atenção à saúde das mulheres e crianças e tem como prioridade a redução da mortalidade materna e infantil, por meio da ampliação e qualificação das ações e serviços de saúde, do combate da violência obstétrica, oferta de boas práticas, da redução da medicalização e mercantilização do parto. Co m po ne nt es d a re de c eg on ha Pré natal Puerpério e atenção integral a saúde da criança Parto e nascimento Sistema logístico, transporte sanitário e regulação Saúde bucal da gestante: Introdução: O significado depende da vivência De cada mulher: Expectativa Responsabilidade Medo Amor Conexão Mitos e crendices: “A cada gestação se perde um dente”; “Não pode tomar anestesia”; “O bebê rouba o cálcio dos dentes da mãe”. Primeiro mês: Mulher não sabe da gestação Não há mudança de peso Surgem primeiras modificações: Mamas sensíveis Mudanças de humor Alterações progesterona e estrógeno 66% das gestantes sentem náuseas e azia. Associados a gonadotrofina Alteração de sono. Segundo mês: Desejos (sem evidências científicas) Enjoos e vômitos Instabilidade emocional Formação: Papilas gustativas Desenvolvimento do paladar Influência da dieta da mãe Mães que comem doces em excesso terão maior probabilidade de terem filhos que gostem de doces. Alguns sabores experimentados pelo bebê na composição do líquido amniótico e no leite materno podem influenciar as escolhas da criança. O leite materno pode influenciar as preferências alimentares da criança, já que o sabor muda de mamada para mamada, e varia de acordo com a dieta da mãe. Terceiro mês: OBS: três primeiros meses período da embriogênese; período de risco de abortos Formação - órgãos fetais. Normalmente nesse período se divulga a gravidez. Diminuem a partir de então, as alterações de humor. Quarto mês: Melhora no humor e na disposição física Quinto mês: Sexto mês: Sétimo ao nono mês: Criança ganha peso Aumento da barriga Alterações posturais significativas Azia, náuseas, vômitos Pré-natal odontológico: Pré-natal odontológico também conhecido como Odontologia intrauterina, é o acompanhamento odontológico da gestante. Por que fazer? Nessa fase ocorre mudanças fisiológicas e psicológicas quem podem afetar direta ou indiretamente a saúde bucal da futura mamãe. Devido a essas mudanças a mulher fica mais frágil, ficando mais propensa à cárie e aos problemas periodontais(gengiva). Além de outros problemas que podem ocorrer durante a gestação. Quando fazer? Se você está grávida ou está pensando em engravidar, é hora de redobrar os cuidados com dentes e gengivas e começar seu pré-natal odontológico. BRASIL SORRIDENTE: Garante as gestantes que ao iniciar o pré-natal na atenção básica à saúde, as mesmas devem ser encaminhadas para uma consulta odontológica; 6.5.3. Grupo de Gestantes: Considerando que a mãe tem um papel fundamental nos padrões de comportamento apreendidos durante a primeira infância, ações educativo preventivas com gestantes qualificam sua saúde e tornam se fundamentais para introduzir bons hábitos desde o início da vida da criança. Deve se realizar ações coletivas e garantir o atendimento individual. Em trabalho conjunto com a equipe de saúde, a gestante, ao iniciar o pré-natal, deve ser encaminhada para uma consulta odontológica, que minimamente inclua os seguintes atos: a. Orientação sobre possibilidade de atendimento durante a gestação; b. Exame de tecidos moles e identificação de risco à saúde bucal; c. Diagnóstico de lesões de cárie e necessidade de tratamento curativo; d. Diagnóstico de gengivite ou doença periodontal crônica e necessidade de tratamento; e. Orientações sobre hábitos alimentares (ingestão de açúcares) e higiene bucal; f. Em nenhuma hipótese a assistência será compulsória, respeitando se sempre à vontade da gestante, sob pena de gravíssima infração ética. 4.3.2.5 Cirurgião dentista: Orientar as mulheres e suas famílias sobre a importância do pré-natal, da amamentação e da vacinação; Verificar o fornecimento do Cartão da Gestante e ver se o documento está devidamente preenchido (o cartão deve ser verificado e atualizado a cada consulta de pré-natal); Realizar a consulta odontológica de pré-natal de gestação de baixo risco; Solicitar exames complementares e orientar o tratamento, caso necessário; Orientar a vacinação das gestantes (contra tétano e hepatite B); Realizar a avaliação geral da gestante observando o período de gravidez; Avaliar a saúde bucal da gestante, a necessidade e a possibilidade de tratamento, observando os cuidados indicados em cada período da gravidez; Atender as intercorrências/urgências odontológicas observando os cuidados indicados em cada período da gravidez e encaminhar a gestante para níveis de referência de maior complexidade, caso necessário; Orientar as gestantes e a sua equipe quanto aos fatores de risco e à vulnerabilidade em relação à saúde bucal; Desenvolver atividades educativas e de apoio à gestante e aos seus familiares; Realizar busca ativa das gestantes faltosas de sua área de abrangência; Realizar visitas domiciliares durante o período gestacional e puerperal; Acompanharo processo de aleitamento materno e os cuidados com o futuro bebê, enfatizando a importância do papel da amamentação na dentição e no desenvolvimento do aparelho fonador, respiratório e digestivo da criança; Medo de dentista: Um dos fundamentos mais importantes no pré-natal odontológico é o estabelecimento do vínculo de confiança mútua entre profissional e paciente, que culmina na redução do medo e do estresse das consultas. Qual o melhor período para atender a gestante? Não há contra indicações em nenhum período ou tipo de procedimento, depende das características e das necessidades da paciente (bom senso do dentista). Primeiro trimestre: Organogênese fetal risco de teratogenicidade Cuidados com prescrição medicamentosa (riscos x benefícios) Náuseas e enjoos recomendável evitar consultas matinais, já que neste período as gestantes têm mais ânsia de vômito e risco de hipoglicemia. Informar sobre as mudanças que ocorrerão no corpo da gestante e a repercussão dessas mudanças na cavidade bucal. Das instruções de higiene bucal, reforçando o controle do biofilme dental. Fazer exame clínico e profilaxia. Segundo trimestre: Da 14 até a 17 semana fetal. Período mais indicado para o tratamento odontológico. Grande bem estar e disposição. Posição da gestante na cadeira odontológica (não há restrição). Podemos realizar todos os procedimentos odontológicos, sempre de acordo com as indicações. É seguro realizar raspagem e alisamento radicular, restaurações, tratamento endodôntico, exodontias simples, tomadas radiográficas. É importante reforçar as orientações sobre o controle do biofilme dental e realizar terapia periodontal. Terceiro trimestre: 28 semana até o nascimento Cansaço, fadiga, fraqueza. Volume máximo do útero gravídico. Inchaço ela não aguenta ficar numa mesma posição. Dificuldade respiratória. Síndrome hipotensiva supina (pressão na veia cava) Instrução de higiene oral e controle de placa. Curetagem e polimento se necessário. Preferencialmente no início do período. Procedimentos o mais breves possível, girando em torno de 30 minutos de atendimento. SÍNDROME HIPOTENSIVA SUPINA: O QUE É? é a diminuição da pressão arterial e da frequência cardíaca quando a paciente está em decúbito dorsal. CAUSA: obstrução da veia cava inferior pelo útero gravídico. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: aumento inicial transitório da frequência cardíaca e pressão arterial, seguido de hipotensão, bradicardia e síncope. Como posicionar a gestante na cadeira odontológica? A posição ideal é de decúbito lateral para esquerda, em um ângulo aproximado de 15°. Cadeira com inclinação de 45º Atendimento odontológico: Acolhimento; Identificação do contexto familiar e social; Anamnese minuciosa; Exame clínico Andamento da gestação, peso, tabagismo, hiperêmese gravídica, infecções, parasitoses, anemias e doenças debilitantes; Prontuário medico Plano de tratamento Alimentação e hidratação antes da consulta. Compressão da bexiga Avaliar a necessidade de sessões mais curtas Compressão do diafragma. Diminuição da capacidade respiratória. Inclinar encosto da cadeira. RX odontológico: Avaliação da real necessidade do exame. Evite radiografias de rotina. Uma radiografia periapical expõe o paciente a cerca de 0,01 milirad de radiação, sendo esta dose 40 vezes menor que a dose de radiação cósmica recebida diariamente ATENÇÃO A GESTANTE: Cuidado integral; Trabalho em equipe multiprofissional; Articulação da ESF com a ESB no pré-natal; Promoção em saúde: A gestação deve ser um momento para construir a educação em saúde, voltada par o bem estar do binômio mãe filho. Maior parte das gestantes necessitam apenas de aconselhamento educativo preventivo, que pode ser instituído de forma simples e eficaz, visando a orientação das pacientes quanto à sua saúde bucal e de seus bebês. Neste momento em que a mãe está voltada para o feto e disposta a aprender novos conhecimentos para a sua saúde e a do seu filho, informações importantes para a prevenção de doenças e promoção da saúde devem fazer parte da consulta odontológica. Toda a família deve ser envolvida no processo. As práticas devem ser desenvolvidas tanto em ações individuais como coletivas. De forma contínua, processual (gestação e puerpério) Aleitamento materno. Prevenção de cáries. Prevenção de hábitos deletérios Desmistificação sobre o tratamento odontológico. Cárie e doença periodontal na gestação: Introdução De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 28 milhões de brasileiros nunca foram ao dentista. 10 milhões não tem dentes ou dentaduras, falta diagnóstico precoce e é baixa a cobertura da saúde bucal. A realidade de mulheres gestantes, principalmente aquelas com condições socioeconômicas precárias, não é diferente. A falta de informação e de acesso aos serviços, aliada a crenças e aspectos culturais, que desempenham um papel importante no cotidiano destas mulheres, as impedem de buscar ajuda de profissionais da área de problemas bucais. Os estudos que relacionam as más condições de saúde bucal ao baixo nível socioeconômico e de instrução de gestantes, alertam para os riscos potenciais dessa associação, não só para a própria mulher como também para o concepto. O acesso aos serviços de atenção à saúde bucal é dificultado por diferentes tipos de barreiras. Sendo o próprio estado gravídico uma delas. A crença popular de que mulheres grávidas não podem e não devem ir ao dentista parece não estar restrita apenas à camada menos informada da população. Como vimos: A gravidez é um fenômeno fisiológico que evolui para a criação de um novo ser, e a mãe passa por transformações físicas e psicológicas, preparando a para o parto e amamentação (ANDRADE, 2014). Doenças orais mais frequentes em gestantes e puérperas: As principais alterações na cavidade bucal incluem 1) As doenças periodontais (gengivites, hiperplasia gengival e granuloma piogênico 2) Alterações salivares (fluxo e capacidade tampão) e 3) A doença cárie. Também podem ocorrer os melasmas na pele da face da paciente. Doenças peiodontais: As doenças como cárie dentária e problemas periodontais têm grande prevalência no Brasil e ocasionam, além da perda de dentes, desequilíbrio do sistema estomatognático comprometendo, assim, a mastigação, a deglutição e a fala As mudanças no sistema imunológico, especialmente a supressão da função dos neutrófilos, podem estar associada a doença periodontal e ser a principal causa da exacerbação da ação do biofilme dental na indução da inflamação gengival. A elevação nos níveis de estrogênio que aumentam a permeabilidade capilar predispõe a gestante a gengivite e hiperplasia gengival. Os hormônios sexuais por si só não são suficientes para produzir mudanças no tecido gengival. No entanto eles podem alterar as reações dos tecidos periodontais na presença da placa bacteriana e assim indiretamente contribuir para doença periodontal. Se no início da gravidez a gengiva estiver sadia e a limpeza adequada dos dentes for mantida durante toda gestação, a gengiva não ficará inflamada. REAÇÕES INFLAMATÓRIAS MAIS FREQUENTES: A inflamação gengival iniciada pela placa e/ou exacerbada por essas alterações hormonais iniciam se geralmente entre segundo e terceiro mês da gravidez é denominada, por muitos gengivite gestacional Características: 1. Gengiva cor vermelho escura (hiperemiada). 2. Edemaciada 3. Sangrante 4. Sensível Gengivite gestacional: A terapia periodontal supragengival e/ou subgengival deve ser imediatamente instituída e a educação em higiene bucal iniciada (CDA..., 2010), uma vez que a doença periodontal pode elevar os níveis plasmáticos de prostaglandinas que é um mediador da inflamação e responsável pelo trabalho de parto. Periodontite: Bactérias e toxinas resposta inflamatóriacrônica liberação de citocinas pró-inflamatórias e prostaglandinas inflamação pode aumentar o risco de complicações na gravidez. Baseadas na comprovação da disseminação sanguínea de citocinas e/ou bactérias provenientes da infecção periodontal, acredita se haver associação entre esta afecção e algumas alterações sistêmicas. Doença periodontal e complicações gestacionais: NASCIMENTO PRÉ-TERMO: Refere-se ao nascimento de um bebê antes de completar 37 semanas de gestação; BAIXO PESO AO NASCIMENTO: É determinado por um peso do bebê ao nascimento inferior a 2500 g; PRÉ ECLÂMPSIA: Refere-se à gestante com níveis pressóricos maiores que 140/90 mmHg, com proteinúria e idade gestacional acima de 20 semanas de gestação; A Academia Americana de Periodontia (2017) e a Federação Europeia de Periodontia indicam que as mulheres com doença periodontal podem estar em risco de resultados adversos da gravidez, como dar à luz a um bebê pré-termo ou com crescimento intrauterino restrito. Destaca-se que as pesquisas apontam não haver um consenso entre sua relação causal com parto prematuro/baixo peso ao nascer. Os resultados desse estudo são heterogêneos dificultando a interpretação dos achados e sua transposição para a prática clínica. Ainda não está claro se o tratamento periodontal durante a gravidez tem impacto no parto prematuro e há pouca evidência de que o tratamento periodontal pode reduzir o baixo peso ao nascer. Por meio de pesquisas publicadas, até o momento pode se concluir que a relação de risco entre infecção periodontal e complicações gestacionais tem merecido atenção. Há muitos resultados já publicados em que os próprios autores discutem as limitações de suas conclusões. Embora a literatura disponível atual não possibilite uma conclusão efetiva da ocorrência de complicações obstétricas influenciadas por problemas bucais, a ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL DA GESTANTE não pode ser dispensada. Durante a gravidez, algumas mulheres ficam vulneráveis à pré- eclâmpsia, hipertensão arterial que pode aparecer geralmente a partir da 20ª semana de gestação. O problema pode evoluir para a eclâmpsia, quando ocorre um descontrole da pressão arterial colocando em risco a vida da mãe e a do feto. Além de comparecer a todas as consultas do pré-natal, as gestantes devem manter bons hábitos alimentares para evitar a pré-eclampsia e outras complicações que podem surgir durante a gestação “A gravidez saudável depende de exercício físico e uma boa alimentação a base de frutas, legumes, proteínas, redução das frituras, das gorduras e do açúcar; usar o sal de forma comedida, lembrando que refrigerante tem sal, que bolacha, inclusive de doce tem sal, tudo que tem conservante tem sal; redução do café e, principalmente, álcool, drogas, o cigarro”. Aumento da profundidade de sondagem Aparecimento ou exacerbação da inflamação gengival pré existente Aparecimento ou aumento da mobilidade dentária pré existente Granuloma piogênico: Em algumas gestantes, aproximadamente 1% a 5% (KURIEN et al., 2013) a gengivite poderá progredir localmente, evoluindo para um granuloma piogênico, ou melhor, granuloma gravídico ou cisto gravídico. O granuloma piogênico tem sido denominado de granuloma gravídico quando ocorre no período gestacional, clinicamente se manifesta como Uma lesão plana ou lobulada, Superfície ulcerada, Coloração que varia de rosa a vermelho ou roxo; Indolor Que sangra com facilidade. Lesão Benigna; Lesão reacional e multifatorial; Resultantes de agressões repetitivas, irritação local; Desenvolve se normalmente entre o primeiro e segundo trimestre da gestação e regride após o parto. Dependendo das consequências funcionais e estéticas da lesão e das necessidades da paciente, pode ser feita uma intervenção. Cárie dentária: Questão de saúde pública. Desinformação da população Acesso e Qualidade dos serviços de saúde bucal públicos ou privados. Aumento de incidência durante a gravidez Fatores comportamentais e fatores sistêmicos ALTERAÇÕES NA GESTAÇÃO: Hormonal; Dieta e nutrição materna; náusea e vômito; Atenção na prática de higiene bucal com dentifrícios fluoretados para controle, e ainda, considerar a possibilidade de uso do flúor tópico. Outro ponto é o reforço de hábitos de higiene para redução de biofilme, essencial para controle não só da cárie como das doenças periodontais. Êmese gravídica Hiperêmese Gravídica Diminuição da capacidade tampão. Diminuição do ph Erosão dentária: Durante a gestação devido aos episódios de náuseas e vômitos, frequentes entre 70% a 85% das grávidas, o meio bucal torna se mais ácido, aumentando a probabilidade de desmineralização do esmalte dental. A hiperêmese pode levar a erosão dentária, manifestando se principalmente nas faces linguais e palatinas, podendo provocar hipersensibilidade dentária. Orientar a utilização de colutório com flúor após o vômito e evitar escovar os dentes imediatamente após o vômito. Recomenda se o uso de escovas com cerdas macias para evitar danos adicionais ao esmalte. Flúor Introdução 1945 EUA Fluoretação das águas. 1953 Baixo Gandu (Espírito Santo). 1989 Dentifrícios (comercialização em escala populacional no Brasil). O fluoreto (F) vem sendo utilizado como instrumento eficaz e seguro na prevenção e controle da cárie dentária Desse modo, o F consiste em um importante elemento estratégico nos sistemas de prevenção da cárie dentária, quando corretamente aplicado. A presença de F constantemente na cavidade bucal (saliva) para interagir nesses eventos de des e remineralização que ocorrem diariamente na superfície dentária, é o principal mecanismo de sua ação na prevenção da cárie. Portanto, mais importante do que ter F incorporado na estrutura mineral do dente, é ter fluoreto disponível na cavidade bucal. Não oferece resistência permanente à cárie Pessoas privadas da exposição do flúor voltam a ter as mesmas chances de desenvolver cárie dental que aquelas nunca expostas O flúor sozinho não paralisará o desenvolvimento e progressão da cárie Controle dos fatores etiológicos. Flúor sistêmico Ingestão de água fluoretada ou alimentos preparados com água fluoretada. Aumento transitório da concentração de F salivar F ingerido é absorvido e retorna à cavidade bucal pela secreção salivar. Aumento do consumo de açucar Aumento dos patógenos e da desmineralização Dentes mais suscetiveis às lesões de cárie Abcessos e celulites Negligencia com a saúde bucal Alteração da composição salivar (incluindo estrogênios da saliva) Proliferação e descamação das células da mucosa oral Flúor tópico: GEL (diferentes concentrações 1,23% e neutro); SOLUÇÃO (0,05% e 0,2%); Verniz; Dentifrícios (creme dental) Meios coletivos de uso do flúor: No Brasil, a fluoretação das águas está prevista pela Lei n.6.050, de 24 de maio de 1974. A região brasileira que apresenta a maior porcentagem de municípios com água fluoretada é a Sudeste (aproximadamente 70%), seguida de região Sul (69%), e da região Centro-Oeste (cerca de 41%). Região Nordeste apresenta, aproximadamente, 16% dos municípios. Norte possui, aproximadamente, 7% municípios. FLUORTERAPIA- Meios coletivos de uso de flúor: água de abastecimento público VIGILÂNCIA SANITÁRIA A efetividade da medida continuidade da sua execução manutenção do teor adequado de flúor O valor máximo permitido de fluoreto é 1,5 ppm ou seja 1,5 mg de fluoreto por litro de água. Brasil os teores ótimos de fluoreto na água tratada (com máximo de benefício anticárie e mínimo de risco de fluorose dentária), variam entre 0,6 e 0,8 mg F/L. Para algumas cidades do Sul do País, até 0,9 mg F/L é admitido. Enquanto não se dispõe de outras fontes de captação de água potável nem de tecnologias de custo aceitável para o ajuste ou a remoção de fluoreto das águas, o VMP de 1,5 mg F/L podeser aceito como nível tolerável em águas para consumo humano cuja ocorrência de fluoreto seja natural. Quando a concentração de fluoreto de ocorrência natural estiver acima de 0,9 mg F/L Os responsáveis pelos sistemas e soluções alternativas coletivas de abastecimento de água devem fornecer aos consumidores a seguinte informação: “Esta água não deve ser consumida diariamente por menores de oito anos de idade”, conforme a legislação vigente. O advento do decreto nº 76.872 de dezembro de 1975, regulamentada pela lei nº 6.050/74 que preconiza a fluoretação da água dos sistemas de abastecimento público, em todo território brasileiro, representa uma tomada de posição do governo federal no sentido de fomentar a política de fluoretação da água, proporcionando às populações carentes esse benefício social. A fluoretação da água de abastecimento é medida recomendada pela OMS/MS, como forma de proporcionar à população teores adequados desse elemento químico, que, comprovadamente, reduz em média 60% da incidência de CPO (dentes cariados, perdidos e obturados). Água de abastecimento público Elemento essencial da estratégia de promoção da saúde: integração da saúde bucal às demais práticas de saúde coletiva. Fundamentação científica: compostos de flúor, na forma sólida ou solução aquosa, podem ser adicionados às águas de abastecimento público, nas estações de tratamento ou poços de captação, previamente ao seu envio à rede de distribuição e, assim, agirem na prevenção da cárie dentária “A fluoretação das águas de abastecimento beneficia proporcionalmente mais aqueles que mais precisam dela, pois seu impacto preventivo é maior quanto maior a desigualdade social tanto em dentes decíduos quanto em dentes permanentes (RILEY et al 1999 JONES WORTHINGTON, 2000 “Brasil fluoretação de águas concentra se nas regiões e municípios com melhores indicadores sociais Dentifrício fluoretado é considerado um dos métodos mais racionais de prevenção das cáries, pois alia a remoção do biofilme dental à exposição constante ao flúor. Sua utilização tem sido considerada responsável pela diminuição nos índices de cárie observados hoje em todo mundo, mesmo em países ou regiões que não possuem água fluoretada. Dentifrícios: Os dentifrícios podem ter diversas concentrações: 1. Baixa concentração de flúor (500 ppm F) 2. Concentração convencional (1000 a 1500 ppm F) Dentifrícios com baixa concentração de fluoretos (500 ppm F): foi encontrada redução da eficácia desses produtos na prevenção de cáries, principalmente em crianças com atividade de cárie (LIMA et al.,2008). Concentração de flúor adicionada aos dentifrícios (1.100 ou 1.500ppm): tem efeito sobre a prevalência e gravidade da cárie e populações. Embora o produto comercial seja adquirido pelos indivíduos e famílias no mercado, é considerado um meio coletivo de obtenção de flúor, uma vez que a possibilidade da aquisição do produto, independentemente do poder aquisitivo dos indivíduos e famílias, depende de decisões governamentais, no âmbito das políticas. Dois tipos de compostos fluoretados são comumente utilizados nos dentifrícios: Fluoreto de sódio Monofluorfosfato de sódio. Bochechos: Solução concentrada de fluoreto de sódio, para ser Bochechada diária NaF a 0 05 e semanal ou quinzenalmente NaF a 0 2 No Brasil, os primeiros programas que recomendaram bochechos fluoretados foram realizados pela Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, em 1971 Meios individuais de uso do flúor: Bochechos de NaF a 0,05 Indicados para pacientes com alto risco ou atividade de cárie que não estão conseguindo controlar a cárie com meios convencionais de uso de flúor, por exemplo, aqueles usando aparelhos ortodônticos fixos Suplementos para uso individual na gestação e infância Por falta de evidências científicas, não há indicação de uso de suplementos de F pré natal Suplementos: Nenhum estudo comprovou a eficácia da ingestão de flúor durante gravidez na diminuição da incidência de cárie em dentes decíduos; Vernizes: Recomendam se, no mínimo, duas aplicações anuais para pacientes com alta atividade de cárie ou com história passada de alta experiência de cárie. Em âmbito de programas de saúde pública/coletiva, recomendam se de duas a quatro aplicações anuais. Fluorose: Altas prevalências têm sido relatadas em regiões onde a fluorose é endêmica devido à alta concentração de flúor nas fontes naturais de água Baixa prevalência de fluorose no Brasil, embora com nítidas disparidades regionais Toxicidade aguda do flúor: ingestão de grande quantidade de flúor provocando desde irritação gástrica até a morte. Nenhuma pessoa pode estar exposta a concentrações iguais ou superiores a 5,0 mgF /kg (Dose Provavelmente Tóxica) TRATAMENTO: Até 5 mg F/ kg: Cálcio via oral (leite); Observação Acima de 5 mg F/ kg; Ca ++ via oral (leite, gluconato de cálcio); Induzir vômito; Observação (hospitalizar se necessário Uso de medicações na gestante Introdução Medo Transferência dos fármacos, por meio da placenta, para o compartimento fetal. (POLITANO; ECHEVERRIA, 2014) Automedicação deve ser exaustivamente desencorajada, principalmente durante a gravidez, prática considerada a segunda principal causa de teratogênese fetal, superada apenas por defeitos genéticos. (ANDRADE, 2014) Muitos medicamentos têm a capacidade de atravessar a membrana placentária, por difusão passiva. Para Andrade (2014), a barreira placentária é, na verdade, uma “peneira seletiva” e os fármacos comuns ao atendimento odontológico, como anestésicos, ansiolíticos, analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos, passam, com certa facilidade, mãe para o feto, por serem moléculas de baixo peso molecular e lipossolúveis. Normas gerais de conduta com as gestantes: Relação dentista/médico/gestante Tipo de procedimento Cirurgias mais invasivas e reabilitações oclusais pós parto Época de atendimento 2º trimestre Horário das consultas e posicionamento da cadeira Anestésicos: Administração injeção lenta da solução, com aspiração negativa prévia (para evitar a injeção intravascular) Com a técnica anestésica adequada, para evitar a necessidade de repetições não ultrapassar dose de 2 tubetes (3,6) 1ml por minuto A escolha: lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 Embora a articaína reúna ótimas características farmacocinéticas, como baixa lipossolubilidade, alta taxa de ligação proteica e rápida metabolização e eliminação renal, ainda não tem evidências científicas para justificar seu uso. Prilocaína: evitar Atravessa a placenta com velocidade superior aos demais anestésicos disponíveis no mercado brasileiro. Além de poder provocar metemoglobinemia Vasoconstritor associado: felipressina prilocaína com felipressina ), que por sua semelhança estrutural com ocitocina ação sobre a musculatura lisa uterina provocando contrações. A metemoglobinemia é um distúrbio hematológico no qual a hemoglobina é oxidada para metemoglobina, tornando se uma molécula incapaz de transportar oxigênio. Assim, desenvolve se um quadro semelhante à cianose. Outro fato a ser considerado, é que muitas mulheres grávidas podem desenvolver anemia durante a gestação, tornando ainda maior a suscetibilidade à metemoglobinemia. Por esta mesma razão, devemos usar a prilocaína com precaução não somente nas gestantes, mas também nos idosos e nas crianças, pela maior incidência de anemia nestes pacientes. Analgésicos e AINES: Riscos X Benefícios Remoção da causa primária Necessidade de medicamentos (coadjuvante) Paracetamol 500mg 750mg a cada 6 horas. AINES e AAS devem ser evitados, principalmente no 3º trimestre Fechamento prematuro do ducto arterioso fetal PARACETAMOL: Analgésico para dor suave a moderada. Fármaco de escolha em qualquer período da gestação. Deve ser prescrito na concentração de 500 mg 750 mg, a cada 6 horas. DIPIRONA: É o segundo fármacode escolha. A indústria farmacêutica não recomenda seu uso no 1º trimestre nem no último trimestre Risco de provocar fechamento prematuro do ducto arterial. Analgésicos opioides tramadol e codeína Devem ser evitados, pois o uso prolongado ou doses altas estão associados a anomalias congênitas e depressão respiratória. Na circulação fetal há um ducto unindo as artérias pulmonar e aorta, o que é necessário para manutenção da circulação. Caso esse ducto arterioso se feche precocemente pode causar diversas alterações cardíacas e/ou pulmonares ou mesmo levar a óbito. Sabe se que as prostaglandinas são grandes responsáveis pela manutenção desse ducto dilatado. AINES inibidores da síntese de prostaglandinas no último trimestre fechamento prematuro desses. Prostaglandinas responsáveis pela contração uterina no final da gestação. AINES os níveis sanguíneos de prostaglandinas inibição da contração uterina Em casos de infecções bacterianas, o principal tratamento consiste na remoção da causa, como a drenagem de um abcesso periodontal ou endodôntico. Infecção: Disseminação; Manifestações sistêmicas (febre, mal estar geral), deve-se complementar a descontaminação local com uso de antibióticos. Antibióticos: Penicilinas: Primeira escolha amoxicilina. INFECÇÕES AVANÇADAS: Amoxicilina + metronidazol Amoxicilina comp. 500 mg 1 comprimido via oral de 8/8 horas por 5-7 dias Metronidazol 400 mg, 1 comp. via oral de 8/8 horas por 5- 7 dias Clindamicina (alérgicos) comp. 300 mg 1 comprimido via oral de 8/8 horas por 5-7 dia. Alérgicas: azitromicina ou clindamicina Clindamicina comp. 300 mg 1 comprimido via oral de 8/8 horas por 5-7 dias. Azitromicina 500 mg, 1 comprimido via oral a cada 24 horas por 3 a 5 dias. As tetraciclinas são contraindicadas, pois atravessam a membrana placentária e são capazes desse ligar à hidroxiapatita, provocando uma coloração que vai do amarelo claro ao marrom escuro e que pode afetar a dentição decídua. Dentição decídua 44° mês de gestação até 9 meses após o nascimento. Os dentes permanentes, quando a tetraciclina é administrada em crianças de 3 meses a 8 anos de idade.
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