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ESTUDOS TRANSVERSAIS IV - Inteligência Emocional

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IntelIgêncIa 
emocIonal
Estudos Transversais
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Autores: Kelly Molinari 
 Kelvin Cutodio Maciel
1ª Edição
Centro Universitário Leonardo da vinCi - UniasseLvi
UNIASSELVI
Indaial - 2020
3IntelIgêncIa emocIonal
estudos transversaIs
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
APRESENTAÇÃO
Olá, acadêmico(a)!
Seja bem-vindo(a) ao e-book sobre Inteligência Emocional. Nele abor-
daremos diversos assuntos interessantes que lhe proporcionarão mais co-
nhecimentos sobre o tema e orientará você em como desenvolver e apri-
morar sua competência emocional, a qual tem forte influência para o seu 
sucesso pessoal e profissional. 
Vamos lá!
Tenho certeza que este tema será de grande valia para sua vida. 
4IntelIgêncIa emocIonal
estudos transversaIs
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
A CONCEPÇÃO 
DE INTELIGÊNCIA 
EMOCIONAL SOB 
A PERSPECTIVA 
DE DIFERENTES 
ABORDAGENS
COMPETÊNCIA 
EMOCIONAL: O QUE É 
E COMO É POSSÍVEL 
MEDIR
A expressão “Inteligência Emo-
cional” foi se tornando amplamente 
conhecida em virtude dos estudos 
do professor da famosa Universida-
de de Harvard, Daniel Goleman. Em 
FIGURA 1 — DANIEL GOLEMAN
FONTE: Figura 1: Disponível em: 
<http://bit.ly/38DX5W5>. Acesso em: 
15 de nov. de 2019.
ESCOLA NILSON SILVA
Underline
ESCOLA NILSON SILVA
Underline
5IntelIgêncIa emocIonal
estudos transversaIs
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
1995, Goleman publicou o livro intitulado Inteligência Emocional. Contudo, 
ele não foi o pioneiro a pesquisar sobre essa temática, já que os psicólogos 
americanos Peter Salovey e John Mayer foram os primeiros a explicar esse 
conceito (COBÊRO, p. 95, 2003).
FIGURA 2 — JOHN MAYER
FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/2Sz-
1gfV>. Acesso em: 15 de nov. de 2019.
FIGURA 3 — PETER SALOVEY 
FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/2S-
zcRvH>. Acesso em: 15 de nov. de 2019.
6IntelIgêncIa emocIonal
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Índice
1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
É válido lembrar que, em 1990, na primeira vez que utilizaram o termo 
"Inteligência Emocional", Peter Salovey e John Mayer estavam partindo dos 
estudos do psicólogo Howard Gardner acerca das "Inteligências Múltiplas", 
com o intuito de questionar a supremacia da inteligência cognitiva nas pes-
quisas sobre inteligência (ALMEIDA; SOBRAL, 2005). 
O que significa supremacia da inteligência cognitiva? Até 
então, a quantidade massiva de pesquisas que diziam 
respeito à inteligência era aquela que se concentrava nas 
esferas intelectuais, que envolvia lógica, razão, habilidades 
de memorizar e analisar proposições, características que 
se destacam na escola, relacionadas à apropriação dos 
conteúdos que eram abordados no ambiente 
7IntelIgêncIa emocIonal
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Índice
1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
Agüera (2008), por sua vez, 
atribui a criação do termo “Inteligên-
cia Emocional” ao psicólogo israelita 
Reuvem Baron, em 1985, que tam-
bém foi o pesquisador que criou a de-
nominação “quociente emocional”. 
Segundo Woyciekoski e Hutz 
(2009), a inteligência emocional ex-
plicita um convite à reflexão sobre os 
conceitos tradicionais de inteligên-
cia, passando a agregar à inteligên-
cia dimensões emocionais e senti-
mentais. Conforme Almeida e Sobral 
(2005), tão logo a expressão inteli-
gência emocional tenha sido cunha-
da, já foi embebida com os sentidos 
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Índice
1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
de perceber, compreender e regular as próprias emoções. Em linhas gerais, 
a inteligência emocional se refere à consonância entre a razão e a emoção. 
Trata-se, assim, de manejar as emoções de modo inteligente.
Já para Agüera (2008), a inteligência emocional equivale à capacidade 
humana de fazer a gestão das emoções, isto é, adaptar-se às circunstâncias que 
emergem no dia a dia. Por conseguinte, facilmente pode-se supor os motivos 
pelos quais tantas pessoas têm procurado saber mais sobre esse assunto. 
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Índice
1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
FIGURA 4 — INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/2P26VZN>. Acesso em: 15 de nov. de 2019.
Santos, Almeida e Lemos (1999) esclarecem que está cada vez mais 
evidente que a inteligência não é uma habilidade de teor exclusivamente 
cognitivo, isto é, intelectual/mental. Não basta se destacar em habilidades 
e competências intelectuais e não conseguir controlar as próprias emoções. 
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Índice
1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
Seguindo essa linha de raciocínio, Roberts, Flores-Mendoza e Nascimento 
(2002) acrescentam que a inteligência emocional de uma pessoa possibilita 
que se anteveja seu futuro desempenho profissional. Por isso, as empresas 
têm procurado analisar as habilidades cognitivas, comportamentais e emo-
cionais, antes de efetuar a contratação de profissionais.
FIGURA 5 — INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NAS EMPRESAS
FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/2uK5gRY>. Acesso em: 15 de nov. de 2019.
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
Para Santos, Almeida e Lemos (1999, p. 401), “[...] ser emocionalmente 
inteligente está se tornando requisito imprescindível para todo profissional”, 
principalmente porque o mercado de trabalho tem se mostrado cada vez mais 
competitivo, na medida em que passa a ser mediado por dispositivos tecnoló-
gicos e apresenta baixos níveis de emprego, aumentando assim a concorrên-
cia e a disputa por uma vaga de trabalho entre os desempregados. Portanto, 
as pessoas que têm investido no desenvolvimento de sua inteligência emocio-
nal estão apresentando um diferencial, potencializando sua empregabilidade. 
Santos, Almeida e Lemos (1999, p. 403) são ainda mais contundentes ao decla-
rarem que "[...] não existe mais espaço para o profissional que não consegue 
desenvolver habilidades de compreender como se efetuam os mecanismos 
de manejo relacionados ao controle, estabilização e utilização das emoções". 
Por essas e outras, a inteligência emocional vem sendo discutida em 
inúmeros países, e diversas áreas do conhecimento têm contribuído nos es-
tudos sobre ela. Por isso, ela está se caracterizando como uma temática de 
interesse multidisciplinar. Algumas áreas que estão se debruçando sobre ela 
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Índice
1 INTRODUÇÃO2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
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DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
são a Psicologia, a Sociologia, a Comunicação Social, a Administração, a Me-
dicina, a Biologia e a Educação (GONZAGA; MONTEIRO, 2011). 
Além de ampliarem as chances no mercado de trabalho, as pessoas que 
são mais hábeis no comando das próprias emoções provavelmente desfrutam 
de melhor qualidade de vida (ROBERTS; FLORES-MENDOZA; NASCIMENTO, 
2002). Por quê? Porque ter capacidade para coordenar o que pensam e o que 
sentem, provavelmente lhes dará possibilidades mais eficazes de:
• ter um melhor relacionamento consigo;
• enfrentar circunstâncias adversas;
• conquistar seus objetivos;
• lutar por seus sonhos;
• portar-se diante dos relacionamentos interpessoais, envolvendo famí-
lia, amigos etc.;
• conduzir adequadamente uma negociação quando forem comprar ou 
vender algo.
ESCOLA NILSON SILVA
Underline
13IntelIgêncIa emocIonal
estudos transversaIs
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
FIGURA 6 — CONTROLE DAS EMOÇÕES
FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/328jIzh>. Acesso em: 15 de nov. de 2019.
Talvez seja mais fácil entender que o desenvolvimento da inteligên-
cia emocional possibilite que uma pessoa seja "bem resolvida" consigo. Mas 
será que esse atributo poderia interferir nos relacionamentos com outras 
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
pessoas? "Acredita-se que ela [Inteligência Emocional] esteja associada à 
capacidade das pessoas de perceber e gerenciar suas próprias emoções as-
sim como perceber e, porque não, conduzir as dos outros (ROBERTS; FLO-
RES-MENDOZA; NASCIMENTO, 2002, p. 89).
Caso você discorde que a inteligência emocional dá o poder de "con-
duzir as emoções de outrem", ao menos, faça o exercício de imaginar uma si-
tuação tensa entre duas pessoas. Pode ser no contexto jurídico, por exemplo, 
dois advogados oponentes em uma audiência. Se aquele que dispõe de uma 
inteligência emocional mais desenvolvida não puder interferir diretamente 
nas emoções do outro advogado, ao menos terá uma suposta vantagem por 
conseguir manter-se calmo, concentrado na ocasião, assumindo uma postura 
mais profissional. O advogado opositor, por sua vez, poderá perder a asserti-
vidade, entregar-se por completo às emoções e perder o controle no tribunal. 
É possível que você esteja pensando que desenvolver a inteligência 
emocional lhe dará garantias de sucesso na vida pessoal, familiar, profis-
sional etc. No entanto, é necessário clarificar que a inteligência emocional 
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
pressupõe um construto psicológico que surgiu há pouco tempo, além de 
apresentar um campo conceitual complexo, se considerarmos o estilo e ma-
terial de seu conteúdo. Consequentemente, tem demonstrado dificuldades 
metodológicas (WOYCIEKOSKI; HUTZ, 2009). 
Tanto as investigações quanto os debates em torno da inteligência 
emocional ainda estão em estágio inicial, portanto, há impasses conceitu-
ais, além dos metodológicos, cujas medidas necessitam ser aprimoradas. Por 
exemplo: a inteligência emocional diz respeito a um tipo específico de inteli-
gência, ou seria mais adequado enquadrá-la no campo da personalidade? É 
possível medir, mensurar o grau de inteligência emocional de cada pessoa? 
(ROBERTS; FLORESMENDOZA; NASCIMENTO, 2002). 
Essas são apenas algumas perguntas que permanecem sem respos-
tas conclusivas sobre essa temática, alguns questionamentos que dividem 
opiniões entre os pesquisadores. Mas não é por ser um conhecimento que 
está em fase de construção (se é que algum conhecimento pode-se afirmar 
como completamente concluído) que deve ser desprezado. Sendo assim, 
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
agora que você já tem uma noção do que a inteligência emocional abrange 
e de como anda o desenvolvimento de suas pesquisas, vamos aprofundar 
um pouco mais esse conceito? 
A inteligência emocional (IE) constitui um campo de estudo que reúne pesquisas 
extensivas sobre a inter-relação entre pensamentos, sentimentos e habilidades. 
Sobretudo, investigam-se as reações e interpretações emocionais de sujeitos, 
bem como a função das emoções no comportamento inteligente. A consideração 
das interações entre cognição e emoção poderia resultar no reconhecimento da 
capacidade do homem em lidar com suas emoções de forma inteligente e compatível 
com seus mais caros objetivos de vida (WOYCIEKOSKI; HUTZ, 2010, p. 152). 
Essa citação parece se articular aos tópicos que foram listados nos 
parágrafos anteriores, sobre a forma de lidar com os relacionamentos, so-
nhos, situações funestas etc. Assim, passa-se a fortificar a ideia de que o ser 
humano tem virtudes que lhe permite direcionar seu estado emocional de 
modo perspicaz, em sintonia com seus propósitos de vida. Acadêmico, essas 
frases disparam algum gatilho de memória de cunho religioso em você? Pa-
recem assemelhar-se às ideias contidas nos versículos bíblicos que seguem?
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estudos transversaIs
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
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EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
• "Melhor é o homem paciente do que o guerreiro, mais vale controlar o 
seu espírito do que conquistar uma cidade". Provérbios 16:32
• "Como a cidade com seus muros derrubados, assim é quem não sabe 
dominar-se". Provérbios 25:28
• "Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, 
bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas 
não há lei". Gálatas 5:22-23 (BÍBLIA ON, 2019, s.p.).
Talvez as frases que você tem lido nesse livro estão lhe fazendo re-
cordar das "filosofias" orientais que enfatizam o aniquilamento da ira. Na 
concepção de Agüera (2008), a ideia de não se deixar apoderar-se pelas pai-
xões remonta à Idade Antiga, sendo Platão, um filósofo que a defendia. Na 
filosofia platônica, as paixões e sensações pertencem ao mundo das ilusões 
e das ideias imperfeitas. Para o pensador, não devemos nos conduzir pelas 
paixões, pois as paixões são efêmeras e passageiras.
ESCOLA NILSON SILVA
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
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FIGURA 7 — PLATÃO
Fonte: Disponível em: <http://bit.ly/38DX5W5>. 
Acesso em: 15 de nov. de 2019.
Porventura, você que conhe-
ce um pouco sobre abordagens re-
lacionadas à Psicologia, está se per-
guntando se a contenção das emo-
ções pode causar danos psicológicos 
à pessoa que tem buscado frear as 
emoções que julga nocivas para ela. 
Porém, o que acontece com as pes-
soas que soltam totalmente os freios 
e lançam-se por inteiro aos impulsos 
emocionais? Será que elas correm 
riscos de desenvolver psicopatolo-
gias? E o que dizer das perdas (que 
poderiam ser evitadas) que elas po-dem sofrer em seu cotidiano? 
Só para constar, o desregra-
mento emocional pode acarretar:
19IntelIgêncIa emocIonal
estudos transversaIs
Índice
1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
• Término de relacionamentos amorosos/familiares/profissionais/ami-
gáveis.
• Diversos prejuízos financeiros (dívidas, compras ou vendas das quais 
depois se arrepende).
• O contágio de doenças (DST, por exemplo).
• O surgimento de doenças que não são contagiosas (o descontrole so-
bre o apetite pode desencadear a obesidade, por exemplo).
• Desistência de sonhos ou de objetivos (como os estudos, uma viagem 
que se almeja, aquisições, hobbies).
• Dificuldades para conseguir se inserir no ambiente de trabalho ou man-
ter-se nele. Na Psicologia e em muitas de suas áreas afins, raramente po-
de-se dar garantias tangíveis, por envolver assuntos subjetivos (influen-
ciados por incontáveis fatores e nem sempre plenamente previsíveis). 
De qualquer modo, Agüera (2008) argumenta que a inteligência emo-
cional pode interferir na saúde e na qualidade das relações que a pessoa es-
tabelece com outrem. 
Segundo Miguel, Zuanazzi e Villemor-Amaral (2017, p. 1853): “Inte-
ligência emocional diz respeito à capacidade de perceber e compreender 
ESCOLA NILSON SILVA
Highlight
20IntelIgêncIa emocIonal
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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
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DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
adequadamente as emoções e gerenciá-las de maneira adaptativa e cons-
trutiva”. Você já deve ter notado que as palavras “perceber”, “compreender”, 
“gerenciar”, “adaptar”, associadas à palavra “emoções”, frequentemente fa-
zem parte dos conceitos de inteligência emocional. 
A palavra “construtiva” não havia aparecido nos conceitos que foram 
apresentados nas páginas anteriores. “Construtiva” foi um vocábulo acerta-
damente utilizado por Miguel, Zuanazzi e Villemor-Amaral (2017), pois seus 
significados envolvem algo positivo, edificante, instrutivo, no sentido de le-
vantar, crescer, valorizar. Para Dantas e Noronha (2006, p. 59) a inteligência 
emocional refere-se à “capacidade de perceber, entender e usar precisa-
mente as emoções em si e em relação aos outros, bem como gerenciá-las 
para facilitar os processos cognitivos e promover o crescimento pessoal e 
intelectual”. Nessa conceituação, fica evidente que é possível gerir as emo-
ções em prol dos processos intelectuais, visando a um progresso ou eleva-
ção inclusive na dimensão pessoal. 
A palavra “construtiva” não havia aparecido nos conceitos que foram 
apresentados nas páginas anteriores. “Construtiva” foi um vocábulo acerta-
damente utilizado por Miguel, Zuanazzi e Villemor-Amaral (2017), pois seus 
significados envolvem algo positivo, edificante, instrutivo, no sentido de le-
ESCOLA NILSON SILVA
Highlight
21IntelIgêncIa emocIonal
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
vantar, crescer, valorizar. Para Dantas e Noronha (2006, p. 59) a inteligência 
emocional refere-se à “capacidade de perceber, entender e usar precisa-
mente as emoções em si e em relação aos outros, bem como gerenciá-las 
para facilitar os processos cognitivos e promover o crescimento pessoal e 
intelectual”. Nessa conceituação, fica evidente que é possível gerir as emo-
ções em prol dos processos intelectuais, visando a um progresso ou eleva-
ção inclusive na dimensão pessoal.
FIGURA 8 — GESTÃO DAS EMOÇÕES
FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/2uTCqOP>. Acesso em: 15 de nov. de 2019.
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DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
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EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
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Talvez você esteja se fazendo uma dessas perguntas:
• Mas um dos motivos que estimulou as primeiras pesquisas sobre in-
teligência emocional não foi justamente romper com a hegemonia da 
intelectualidade que repousava sobre o termo inteligência?
• E, agora, vemos uma pesquisa de 2006 afirmando que a inteligência 
emocional pode contribuir para o desenvolvimento intelectual de uma 
pessoa. Não parece contraditório?
O que ocorre é que até a década de 90, os pesquisadores pareciam 
considerar “mais inteligentes” aquelas pessoas que apresentavam os melho-
res resultados nos testes de QI, que se destacavam no desempenho acadê-
mico, que “sabiam” sobre mais conteúdos geralmente vistos na escola. Não 
importava se essas pessoas soubessem gerir as próprias emoções ou não. O 
que a pesquisa de Dantas e Noronha (2006) sugere é que a inteligência global 
das pessoas pode resultar da junção de dimensões cognitivas/intelectuais e 
emocionais, e que essa somatória pode contribuir para o desenvolvimento 
intelectual da pessoa (dentre outros desenvolvimentos).
23IntelIgêncIa emocIonal
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
Caso isso ainda não ficou compreensível para você, aproveite a opor-
tunidade para desenvolver sua paciência. Fique tranquilo, nos próximos pa-
rágrafos isso poderá ficar mais claro. Enquanto você procura assimilar essas 
novas informações, compreendê-las, já consegue presumir o que é a com-
petência emocional?
Antes de entregar esse novo conceito para você, segue um trecho da 
pesquisa feita por Ferreira et al. (2018, p. 22) acerca da prevenção do aban-
dono dos estudos por parte de estudantes da educação em nível superior: 
No que se refere aos resultados da relação entre o abandono esco-
lar com as variáveis sociodemográficas e com as competências emocionais, 
verificou-se que a perceção emocional estabelece uma relação direta com 
a dimensão organizacional, sugerindo que quanto mais perceção emocional 
os estudantes têm menos percepcionam a dimensão organizacional como 
fator de abandono escolar. 
24IntelIgêncIa emocIonal
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
A expressão emocional estabelece uma relação direta com a dimen-
são gestão de vida, sugerindo que quanto mais expressão emocional os es-
tudantes têm, menos percecionam a dimensão gestão de vida como fator 
de abandono escolar, enquanto o sexo estabelece uma relação inversa, indi-
cando que, independentemente do sexo, os estudantes mais perceção têm 
da dimensão gestão de vida como potencial fator de abandono escolar.
A expressão emocional também estabelece uma relação inversa com 
a dimensão relacional, sugerindo que quanto menos expressão emocional os 
estudantes têm, maior é perceção da dimensão relacional como fator de aban-
dono escolar, enquanto a capacidade de lidar com a emoção estabelece uma 
relação direta, indicando que quanto menos capacidade de lidar com a vida 
têm os estudantes mais percepção têm da dimensão relacional como latente 
fator de abandono escolar. O sexo estabelece uma relação inversa com a di-
mensão profissão/carreira e com o abandono escolar global, sugerindo que, 
independentemente do sexo, maior é perceção da dimensão profissão/carrei-
ra como fator de abandono escolar e do abandono escolar na sua globalidade.
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Índice
1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DEINTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
A palavra “perceção” existe! Ela é mais utilizada em Portugal, 
onde se encontravam boa parte dos pesquisadores durante a rea-
lização da pesquisa que acabou de ser mencionada. O significado 
da palavra é muito parecido com o da palavra “percepção”. 
Com base nesse trecho da pesquisa, sobre o abandono dos estudos, você 
já se aventura a rascunhar um conceito de “competência emocional”? Conforme 
Agüera (2008), a competência emocional consiste nas habilidades de:
• monitorar e refrear os impulsos emocionais;
• desvencilhar-se de estados de ânimo desfavoráveis;
• entender que para obter grandes gratificações geralmente é necessá-
rio abrir mão de pequenas gratificações, ou, no mínimo, deixá-las para 
depois.
Essas habilidades parecem se articular harmoniosamente com as pa-
lavras de Primi, Bueno e Muniz (2006, p. 29): 
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26IntelIgêncIa emocIonal
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
A emoção, como facilitadora do ato de pensar, diz respeito à influência que as 
emoções têm nos processos cognitivos, e, ao mesmo tempo, à eficácia com que 
a pessoa compreende e utiliza a informação desse sistema de alerta que dirige 
a atenção e o pensamento para as informações (internas ou externas) mais 
importantes no processo de solução de problemas.
Para que isso fique mais perceptível para você, convidamos você a 
refletir sobre suas atitudes, agora que está ocupando o papel de universitá-
rio. Você sente vontade de estudar o tempo todo? Você se sente empolga-
do todos os dias para ler ou fazer as atividades de estudo? Você sempre se 
sente com energia suficiente para continuar concentrado por horas em seus 
estudos? Ou, às vezes, você sente vontade de trocar as leituras, atividades 
acadêmicas por atividades de lazer?
Sejamos francos! Cursar uma graduação requer muitos esforços. Uma 
pessoa, que sempre e prontamente cede aos impulsos emocionais de largar 
os livros para dormir, para passear ou para ficar navegando nas redes sociais, 
têm menor chance de concluir os estudos universitários, simplesmente por-
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
que ela provavelmente desistirá deles ou acabará reprovando em várias dis-
ciplinas. Então, ser universitário exige uma coibição de impulsos emocionais 
dia após dia.
Enquanto cursamos a faculdade, nossa vida continua paralelamente, 
e assim como com todas as pessoas, surgem problemas vez ou outra. Apare-
cem situações adversas, queiramos ou não. Se nos deixarmos abater por elas, 
e passarmos longos períodos entristecidos, irritados, irados, desanimados, 
também corremos grande risco de sairmos da instituição de Ensino Superior 
antes de concluirmos o curso. Já que estamos aprendendo sobre inteligên-
cia emocional, lembre-se de que você precisará conseguir sair, libertar-se 
de estados emocionais negativos para conseguir se concentrar nos estudos. 
Não significa fingir que nada está acontecendo. Significa ser resiliente e dar 
continuidade aos seus projetos de vida, ainda que em meio aos problemas.
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
FIGURA 9 — RESILIÊNCIA
FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/3bN8kx2>. Acesso em: 15 de nov. de 2019.
 E as gratificações? Só quem conclui um curso superior pode dizer quantas 
festas, viagens, jantares, almoços, precisou deixar de frequentar para ficar estu-
dando – ou para economizar dinheiro para pagar as mensalidades da faculdade. 
Quantas horas de sono foram perdidas? E o distanciamento de seus hobbys? De 
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2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
um jeito ou de outro, é necessário abrir concessões para seguir a vida acadêmica. 
Quem não consegue trocar os prazeres imediatos vindos dessas ou outras situa-
ções, pela gratificação da obtenção de conhecimento, da conquista de um novo 
diploma, também pode ter maiores dificuldades de prosseguir nos estudos.
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
Ficou claro, agora, por que Dantas e Noronha (2006) afirmam que a inteli-
gência emocional pode ser proveitosa para o crescimento pessoal ou intelectual 
de uma pessoa? Quem sabe, nessas alturas das suas leituras e reflexões, você es-
teja se perguntando se é possível desenvolver a própria inteligência emocional, 
ou se é algo que já está determinado geneticamente. A pesquisa realizada por 
Bueno e Primi (2003) lhe permitiu constatar que sujeitos na fase adulta deram 
maiores demonstrações de inteligência emocional do que os adolescentes. Isso 
parece sinalizar que, com o transcorrer dos anos de vida e das experiências que 
cada um vai vivenciando, a inteligência emocional vai sendo enriquecida. 
Agüera (2008) alega que por meio da reflexão íntima e interior, costumei-
ramente chamada de introspecção e da prática, ou seja, do aprendizado, treino, 
exercício, a inteligência emocional pode ser aperfeiçoada, otimizada. 
Diante dessa afirmação, não seria espantoso se uma pergunta que pas-
sasse a pulsar em meio aos seus pensamentos, nesse momento fosse: “como eu 
posso desenvolver a minha inteligência emocional? Ou: “o que eu tenho que fa-
zer para melhorar competência emocional?”. Que tal algumas respostas? O pri-
meiro passo é ler e ponderar sobre o quadro que segue:
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
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DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
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REFERÊNCIAS
COMO AUMENTAR A SUA COMPETÊNCIA EMOCIONAL
QUADRO 1 – PARA DESENVOLVER A COMPETÊNCIA EMOCIONAL
Como aumentar a sua competência emocional?
Produza, suscite motivação para si.
Se você se deparar com fracassos, não aceite ficar triste, acabrunhado por 
muito tempo. Levante-se. Persevere. Siga adiante.
Comande seus impulsos em vez de permitir que eles comandem você.
Policie e contenha seus estados de ânimo.
Se esforce para ter compreensão com os outros. Faça o exercício de ten-
tar olhar para as circunstâncias a partir do ponto de vista deles.
Viva de modo que suas ações demonstrem segurança, credibilidade, con-
fiabilidade.
Tente transformar positivamente o ambiente em que está.
Comporte-se de modo gentil, cortês e benevolente.
FONTE: Adaptado de Agüera (2008)
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃODE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
Você percebeu que habilidades 
como autocontrole, entusiasmo, au-
tomotivação, expressão e empatia en-
tremeiam essas orientações? Antes de 
passar para o próximo subtópico, releia 
o quadro que acabou de ser exposto. 
Você observou que algumas das frases 
dizem mais respeito ao relacionamen-
to consigo e outras se referem ao rela-
cionamento com outrem?
Precisa de algumas dicas para 
desenvolver a sua abertura para outros 
pontos de vista? Agüera (2008) tem al-
gumas delas para você: Seja eclético e 
flexível. Permita-se considerar atenta-
mente os argumentos das outras pes-
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2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
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DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
soas, até mesmo daquelas que pensam de maneira totalmente diferente da sua. 
Não é preciso mudar de opinião sempre, mas é benéfico recordar que grande 
parte das discordâncias possuem mais dois pontos de vista além do seu! Ou seja, 
o de seu interlocutor e de outras pessoas que olhem para a situação a partir de 
outro lugar (observam as coisas por um prisma diferente do seu e do seu interlo-
cutor). Além do mais, quem garante que você é realmente o detentor da verda-
de? Assim como o seu interlocutor pode estar equivocado, você também pode. 
Cuidado para não cair na armadilha de julgar as circunstâncias de modo irrefle-
tido, tomado exclusivamente por emoções. Procure não rejeitar com veemência 
os argumentos dos outros. 
Existem maneiras mais socialmente aceitas de ouvir contrapalavras e de 
se posicionar diante delas. Tomando esses cuidados, você aumenta as probabi-
lidades de desenvolver a sua empatia! Existem conselhos para melhorar a com-
petência emocional nos dois sentidos, porque elas dividem-se em competências 
pessoais e sociais, como você poderá conferir a seguir.
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2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL E 
GESTÃO DAS EMOÇÕES
COMPETÊNCIAS PESSOAIS
Acadêmico, frisamos que desenvolver sua competência emocional é de suma 
importância para o seu sucesso pessoal e profissional. Perceba que, atualmente, 
temos inúmeros profissionais com muito conhecimento técnico, porém são raros 
os profissionais que se preocupam em desenvolver sua competência emocional, 
a fim de se tornarem mais seguros e confiantes para entrar em ação e buscarem 
realizar aquilo que realmente trará sentido para suas vidas. O desenvolvimento da 
competência emocional contribui também para melhorar o nosso relacionamento 
intrapessoal e os relacionamentos interpessoais no contexto do trabalho, da 
família, escola e demais contextos que convivemos.
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
FIGURA 10 — COMPETÊNCIA SOCIAL
FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/3bMvML6>. Acesso em: 15 de nov. de 2019.
Dito isso, na concepção de Agüera (2008), as competências pessoais 
definem a maneira pela qual uma pessoa se conecta com suas emoções e 
sentimentos individuais e sobre como ela estabelece relações com o que 
sente. As competências pessoais pressupõem a consciência de si, a autorre-
gulação e a motivação, como você pode visualizar na sequência:
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
Consciência de si: Engelmann (2002) esclarece que a consciência é a 
via pela qual cada um pode tanto sentir-se quanto saber-se algo. A consci-
ência é imprescindível para a construção do conhecimento, para o saber, e é 
individual. Isso inclui o sentir e o saber sobre as próprias emoções, estados 
de ânimo e sentimentos.
FIGURA 11 — AUTOCONHECIMENTO
FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/2HvFdAv>. Acesso em: 14 de nov. de 2019.
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
Quer desenvolver sua consciência de si? Que tal começar literalmen-
te pela escrita de sua própria história? “O exercício de (re)memora-
ção autobiográfica é desencadeador de um processo de produção de 
consciência de si. Escrever sua história de vida é, portanto, o disposi-
tivo que, ao ser acionado, permite a construção de uma representa-
ção de si” (CUNHA, 2016, p. 96, grifo do autor).
Autorregulação: para Bendassolli et al. (2016, p. 2), a autorregulação 
é um “[...] processo psicológico individual que contribui bastante com o de-
sempenho profissional, já que influencia e agencia as ações”. A autorregu-
lação inicia com o policiamento das próprias sensações e afetos, bem como 
com a análise de ambos. Tendo identificado as emoções, os sentimentos e os 
estados de ânimo, a pessoa tem condições de manejá-las em certa medida, 
controlando-as de modo a ajustar as próprias atitudes e ações positivamen-
te. Trata-se do autocontrole emocional, que está associado ao autorreforço 
e autoeficácia orientados para metas, por exemplo.
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2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
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DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
FIGURA 12 — EQUILÍBRIO EMOCIONAL
FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/3bJX1px>. Acesso em: 15 de nov. de 2019.
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2 A CONCEPÇÃO DE 
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DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
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DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
Você sabia que a palavra autorre-
gulação tem sido muito associada 
com a aprendizagem atualmente? 
Indicamos ler o artigo Atividades de 
Ensino que desenvolvem a Autor-
regulação da Aprendizagem, publi-
cado em 2018 por Basso e Abrahão. 
Clique aqui para ler o artigo.
Motivação: você já deve ter 
ouvido alguém dizer que as empresas 
deveriam investir mais na motivação 
de seus funcionários, ou, que os pro-
fessores deveriam instigar a motiva-
ção de seus alunos. Então, será que a 
motivação é algo que só vem de fora 
para dentro? Ou uma pessoa pode ser 
capaz de produzir motivação em si?
FIGURA 13 — MOTIVAÇÃO
FONTE: Disponível em: <http://bit.
ly/37yTXt7>. Acesso em: 15 de nov. 
de 2019.
http://www.scielo.br/pdf/edreal/v43n2/2175-6236-edreal-43-02-495.pdf
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2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
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REFERÊNCIAS
Há indícios de que é possível gerar uma motivação em si. É o que pa-
rece defender Clement et al. (2014, p. 46) ao propalarem a expressão: “[..] 
motivação autônoma (formas autodeterminadas de motivação extrínseca 
e motivação intrínseca)”.Vale lembrar que a palavra extrínseca se refere ao 
que é externo, de fora, enquanto intrínseca significa inerente, interno, de 
dentro. “A motivação intrínseca se caracteriza pelo interesse e satisfação 
pela atividade em si, ou seja, o envolvimento é livre e voluntário e não ne-
cessita de recompensas ou punições” (CLEMENT et al., 2014, p. 46). Dito em 
outras palavras, a motivação abrange inclinações, predisposições internas 
que favorecem que objetivos sejam atingidos.
Portanto, ao analisarmos as correlações entre essas três característi-
cas, que, para Agüera (2008), compõem o substrato das competências pes-
soais da inteligência emocional, podemos inferir que o autoconhecimento, 
a percepção e o entendimento das próprias emoções, ânimos e ponderações 
são qualidades que definem as pessoas que possuem a intrínseca inteligên-
cia emocional.
ESCOLA NILSON SILVA
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DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
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REFERÊNCIAS
No entanto, é válido lembrar que não é possível dominar completamen-
te as emoções, desde o surgimento até o seu desfecho. Até porque, quando 
somos repentinamente afetados por uma emoção, não conseguimos ante-
ver o que pode acontecer, reduzindo assim nosso poderio sobre ela. Algumas 
emoções nos acometem de modo totalmente inesperado (AGÜERA, 2008).
Por que, às vezes, nos sentimos surpreendidos por emoções e ficamos 
sem saber como reagir, ou agimos impensadamente em resposta a elas?
O sistema límbico assume o controle antes que a parte do cérebro pensante 
(neocórtex) tenha tomado consciência de nossa emoção (sentimento) e tenha 
elaborado uma decisão. O sistema emocional “decide” uma atuação com base nas 
lembranças e impressões guardadas em nossas memórias emocionais, antes que 
chegue à consciência do neocórtex de que emoção se trata e que ação estamos 
tomando (AGÜERA, 2008, p. 97).
O que é o sistema límbico? Está relacionado às estruturas cerebrais 
cujas bases neurais estão associadas às emoções (ESPERIDIÃO-AN-
TONIO et al., 2008).
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REFERÊNCIAS
FIGURA 14 — SISTEMA LÍMBICO
FONTE: <https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2010/10/sistema-
limbico-450x340.jpg>. Acesso em: 15 jan. 2019.
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O que é o neocórtex? São as regiões cerebrais responsáveis pela co-
ordenação de distintas informações obtidas pelas vias sensitivas e senso-
riais do corpo humano. Pode-se dizer que é o núcleo do planejamento de 
ações, abrangendo também a organização e administração até das ações 
desencadeadas pelas emoções (RIBAS, 2007). Por isso, algumas vezes so-
mos precipitados, impulsivos, agimos imponderadamente, porque o com-
portamento se desdobra antes que dê tempo para a reflexão, a análise dos 
fatos, a ponderação.
Para exemplificar uma situação em que o comportamento antecede 
o pensamento, sugerimos a apreciação da música “Refrão de Bolero”, 
do grupo Engenheiros do Hawaii. Um dos trechos da música é esse: 
Mas eu falei sem pensar...
Coração na mão...
Como um refrão de um bolero...
Eu fui sincero como não se pode ser...
FONTE: <http://bit.ly/2SVE36V>. Acesso em: 14 jan. 2019.
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Falar sem pensar, ser sincero além do que deveria revela uma situa-
ção em que a pessoa não refletiu antes de agir, e acabou "metendo os pés 
pelas mãos". Segundo Primi, Bueno e Muniz (2006), o processo decisório, 
isto é, as tomadas de decisão podem ser beneficiadas, incrementadas quan-
do a pessoa desenvolve sua capacidade de gerar sentimentos em si mesma. 
Assim, a pessoa pode avaliar as circunstâncias, treinando a si própria para 
gerar suas emoções, examiná-las sensatamente, senti-las de modo conve-
niente e manuseá-las positivamente antes de definir sua escolha.
Ainda assim, Agüera (2008) defende que prontamente podemos con-
trolar a durabilidade da emoção, ou seja, pelo menos é possível reger, sem 
demora, o espaço de tempo que a emoção ocupará. A capacidade de co-
medir a extensão da emoção é fundamental para que ela não se apodere 
inteiramente do nosso estado de ânimo ou para que ela não perdure mais 
tempo do que o inevitável. Assim, podemos reagir de forma mais apropria-
da perante os dilemas e percalços da vida.
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REFERÊNCIAS
Existem pessoas que não conseguem se ajustar adequadamente as 
suas emoções, permitindo-se ser o tempo todo sugestionáveis pelo o que 
sentem. Entregam-se globalmente às emoções e, assim, correm riscos de 
paulatinamente serem desmantelados por elas, ou, minimamente danifica-
dos. Inclusive, seus relacionamentos ficam vulneráveis, prestes a ruir. Esses 
são mais alguns motivos para que tais pessoas procurem psicólogos e/ou 
médicos (AGÜERA, 2008). Quando a motivação está muito baixa, as demais 
habilidades da inteligência emocional podem ser avariadas, abaladas, dei-
xando de ser demonstradas de forma propícia (AGÜERA, 2008).
Antes de avançarmos para a temática das competências sociais, va-
mos recapitular que o conhecimento emocional inclui algumas capacidades, 
conforme Primi, Bueno e Muniz (2006):
• identificar as emoções;
• indicar as diferenças e gradações entre elas;
• compreender sentimentos complexos;
• passar de um sentimento para outro.
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DIFERENTES ABORDAGENS
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Você quer mais orientações para desenvolver suas competências pes-
soais? Aceitar os próprios erros e procurar o lado positivo das coisas 
sãos dois conselhos deixados por Agüera (2008). Veja as demais su-
gestões deixadas pelo mesmo autor:
• Lembre-se que seus erros podem lhe propiciar aprendizado, depois 
de terem sido assimilados por você.
• Todos os seres humanos são suscetíveis a errar, e ter a hombridade 
para admitir que um erro foi cometido por você pode, inclusive, ele-
var o nível de confiança nas pessoas que convivem ao seu redor.
• Faça o máximo possível para consertar as complicações que seus er-
ros causaram.
• Focar no lado positivo das coisas pode lhe ajudar a superar os mo-
mentos mais sofríveis.
• Procure ampliar seu campo de visão. Não focalize tanto nos proble-
mas. Olhe para os lados, em outras direções. Talvez você descubra 
oportunidades em meio às adversidades.
• Ter uma atitude positiva pode melhorar o seu entorno e a sua vida 
como um todo!
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DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
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REFERÊNCIAS
Acadêmico, frisa-se o que foi 
abordado até o momento com a pers-
pectiva dopsicólogo Daniel Goleman, 
pesquisador referência quando nos 
referimos a Inteligência Emocional. 
Goleman, defende a concepção que 
temos “duas mentes”, ou seja, nos-
so cérebro é formado por uma par-
te mais emocional (sistema límbico) 
e por uma parte mais racional (neo-
córtex). É primordial frisar, que am-
bas se complementam e a harmonia 
entre essas duas mentes é essencial 
para um bom desempenho em nos-
sas vidas. 
FIGURA 15 — LIVRO INTELIGÊNCIA 
EMOCIONAL, DE DANIEL GOLEMAN.
FONTE: Disponível em: <http://bit.
ly/37Cp8n8>. Acesso em: 14 de nov. 
de 2019.
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Índice
1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
Nesse sentido, vamos conhecer as aptidões para desenvolver a Inteli-
gência Emocional, que se expandem em cinco domínios principais de acor-
do com Goleman (2012):
Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é 
ser inteligente
1. Conhecer as próprias emoções (reconhecer-se): A capacidade de iden-
tificar e controlar os sentimentos quando eles ocorrem é primordial 
para o discernimento emocional e para a autocompreensão. Pesso-
as que são mais seguras em relação aos seus sentimentos tem maior 
consciência de como se sentem ao tomar uma decisão.
2. Lidar com as emoções (confortar-se): É a capacidade de confortar-se e se 
livrar da ansiedade, tristeza ou irritabilidade que nos incapacitam frente 
as situações. Pessoas que não possuem essa aptidão desenvolvida cons-
tantemente lutam contra sentimentos de desespero, enquanto as que 
possuem recuperam-se rapidamente dos reveses e perturbações da vida. 
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
3. Motivar-se (autocontrole emocional): É a capacidade de colocar as emo-
ções em prol de uma meta, é essencial para centrar a atenção, automo-
tivar-se, controlar-se e elevar a criatividade. Pessoas com essa aptidão 
entram em estado de fluxo (flow), desempenham melhor e são mais 
produtivas e eficazes em qualquer atividade que exerçam. 
4. Reconhecer emoções nos outros (empatia): É a capacidade do não julga-
mento e de compreender melhor as emoções do outro, é a escuta aten-
ta. Pessoas com essa aptidão estão mais conectadas com os sutis sinais 
no mundo externo, que são indicadores do que o outro precisa ou quer. 
5. Lidar com relacionamentos (relacionar-se): É a arte de se relacionar, 
que está relacionada em grande parte com a aptidão de lidar com as 
emoções do outro. Pessoas com essa acotiado são estrelas sociais, con-
seguem interagir com tranquilidade em qualquer situação. 
Na essência, Inteligência Emocional é a autoconsciência de si e a em-
patia com o outro. 
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1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
Nesse contexto, vamos explicitar melhor o que são as emoções. Gole-
man (2012), compreende a emoção como um sentimento, que está relacio-
nado a pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos e uma série 
de tendências para agir. 
FIGURA 16 — DIVERTIDAMENTE
FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/2uRmYCQ>. Acesso em: 15 de nov. de 2019.
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2 A CONCEPÇÃO DE 
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SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
• Embora ainda existam discussões, vejamos algumas emoções conside-
radas básicas por alguns pesquisadores e aquelas que correspondem a 
suas famílias básicas respectivamente (GOLEMAN, 2012): 
• Ira: fúria, revolta, ressentimento, raiva, exasperação, indignação, vexa-
me, acrimônia, animosidade, aborrecimento, irritabilidade, hostilidade 
e, talvez no extremo, ódio e violência patológicos.
• Tristeza: sofrimento, mágoa, desânimo, desalento, melancolia, autopie-
dade, solidão, desamparo, desespero, e, quanto patológica, severa de-
pressão.
• Medo: ansiedade, apreensão, nervosismo, preocupação, consternação, 
cautela, escrúpulo, inquietação, pavor, susto, terror e, como psicopa-
tologia, fobia e pânico. 
• Prazer: felicidade, alegria, alívio, contentamento, deleite, diversão, or-
gulho, prazer sensual, emoção, arrebatamento, gratificação, satisfação, 
bom humor, euforia, êxtase e, no extremo, mania.
• Amor: aceitação, amizade, confiança, afinidade, dedicação, adoração, 
paixão, ágape.
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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
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DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
• Surpresa: choque, espanto, pasmo, maravilha.
• Nojo: desprezo, desdém, antipatia, aversão, repugnância, repulsa.
• Vergonha: culpa, vexame, mágoa, remorso, humilhação, arrependimen-
to, mortificação e contrição. 
Ficou claro para você em que consiste a Inteligência Emocional e quais 
aptidões você precisa desenvolver para ser competente emocionalmente? 
O que você acha de verificar como está o nível da sua Inteligência 
Emocional? 
Disponibilizamos um teste para você responder e descobrir,
Clique aqui para responder o teste.
 No próximo tópico, abordaremos as habilidades sociais que influen-
ciam sermos ou competentes emocionalmente.
https://blog.runrun.it/recursos-humanos-teste-inteligencia-emocional/
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DIFERENTES ABORDAGENS
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DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
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DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
COMPETÊNCIAS SOCIAIS
Acadêmico, partimos do prin-
cípio que somos seres biopsicosso-
ciais e o ato de se relacionar faz parte 
da evolução da nossa espécie. Para 
Sigmund Freud, se relacionar é da es-
sência do homem, ou seja, essa ca-
racterística é nata. Nós sempre bus-
camos nos vincular com alguém.
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DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
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DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
A Psicologia e a Sociologia são as áreas do conhecimento que tem 
como objeto de estudo o relacionamento interpessoal, que pode ser defini-
do como a ligação, conexão ou vínculo entre duas ou mais pessoas dentro 
de um determinado contexto (familiar, escolar, de trabalho, por exemplo). 
Nossa vida é repleta de relações interpessoais, constantemente esta-
mos em interação com o outro nos diversos contextos do nosso cotidiano e, 
muitas vezes, dúvidas podem surgir, no modo como iremos nos comunicar, 
por exemplo: Como vou agir em determinada situação? Como esperam que 
eu atue em situações específicas? Por que as pessoas interpretam de modo 
errôneo meus atos e palavras? Como me comunicar de modo assertivo? 
Como compreender corretamente o que a outra pessoa está falando?
Dependendo do contexto, em que se desenvolve o processo de in-
teração, as variáveisdesse relacionamento são diferentes, podendo conter 
vários níveis e envolver diferentes sentimentos positivos, como: amor, ami-
zade, solidariedade, entre outros. Pode ser marcado também por caracte-
rísticas e situações, como competência, transações comerciais, inimizade, 
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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
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DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
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entre outros. São nesses contextos que conflitos podem surgir por uma di-
vergência entre dois ou mais indivíduos, o que pode determinar e alterar o 
relacionamento. 
Por mais que sejamos seres relacionais em nossa essência, a conivência 
humana apresenta um certo grau de complexidade, e para que possamos apri-
morar nossos relacionamentos interpessoais, veremos a seguir algumas habili-
dades e estratégias que lhe auxiliarão em seu desenvolvimento interpessoal. 
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DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
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FIGURA 17 — RELAÇÕES INTERPESSOAIS
FONTE: Disponível em: <https://www.crbasso.com.br/blog/qual-importancia-
das-relacoes-interpessoais/>. Acesso em: 14 de nov. de 2019.
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DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
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REFERÊNCIAS
A maneira pela qual uma pessoa se comporta em âmbito social, isto 
é, quando seus comportamentos são diretamente direcionados a outrem, é 
influenciada por seus pensamentos acerca das interações sociais e pelo seu 
repertório de habilidades sociais. Os pensamentos dela acerca dos contatos 
sociais incluem suas impressões sobre os acontecimentos sociais em que 
está inserida (PEREIRA; DUTRA-THOME; KOLLER, 2016). 
Assim, pode-se afirmar que as competências sociais explicitam a ma-
neira pela qual nos relacionamos com as outras pessoas, e são compostas 
pela empatia e pelas habilidades sociais (AGÜERA, 2008)
Empatia: é a capacidade de reparar quais são/perceber como são as 
emoções, os sentimentos, as necessidades, as apreensões das outras pesso-
as. Para desenvolver a empatia é essencial saber ouvir e ter capacidade para 
observar outrem atentamente.
Então, é possível captar e concatenar os indícios verbais e não ver-
bais do estado de ânimo alheio. A empatia é imprescindível para formar re-
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DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
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lacionamentos sociais adequados tanto na esfera pessoal (íntima, familiar) 
quanto na esfera profissional, acadêmica (SOMBRA NETO et al., 2017). “É a 
sensibilidade para detectar os sinais externos que mostram o que os outros 
querem ou precisam” (AGÜERA, 2008, p. 97).
FIGURA 18 — EMPATIA
FONTE: Disponível em: <https://conteudo.movidesk.com/o-que-e-empatia/>. 
Acesso em: 14 de nov. de 2019.
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DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
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Se você constata que necessita desenvolver-se em termos de empatia, 
que tal iniciar por prestar atenção na vida e no cotidiano de seus fami-
liares ou de pessoas que são importantes por você? Observe-os. Ouça-
-os. Mantenha-se concentrado no que dizem quando falam com você.
Entretanto, a empatia não é suficiente para estabelecer relaciona-
mentos interpessoais saudáveis. Agüera (2008) chama a atenção para o fato 
de que há pouca serventia em ter habilidade refinada de compreender as 
emoções de outrem, se não souber manobrá-las ou usá-las. Por isso, o se-
gundo fator que compõe as competências sociais são as habilidades sociais:
Habilidades sociais: capacidades melindrosas formadas por vários 
elementos e aspectos que permitem ao sujeito a emissão de comportamen-
tos interpessoais relativos à expressão adequada de sentimentos (SIMÕES; 
CASTRO, 2018). De acordo com Agüera (2008, p. 97), as habilidades sociais 
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DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
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representam “[...] as capacidades para induzir respostas desejáveis nos ou-
tros”. Habilidades sociais revelam a capacidade de relacionar-se bem com as 
emoções alheias, coerentemente. Englobam ainda a maestria em solucionar 
conflitos entre pessoas, ter inclinação para confiar nos outros e transmitir 
confiança a eles.
 Para Carneiro et al. (2007), as habilidades sociais abrangem distin-
tos comportamentos sociais realizados para lidar apropriadamente com as 
situações interpessoais. Assim, as habilidades sociais parecem estar relacio-
nadas à autoconfiança, atitudes/pensamentos positivos acerca das intera-
ções sociais, disposição para apresentar-se a outrem, facilidade para iniciar 
conversas e sustentá-las, competências para o diálogo, demonstração de 
sentimentos, estratégias de enfrentamento, assertividade e moderação de 
comportamentos coléricos ou aborrecidos.
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FIGURA 19 — HABILIDADES SOCIAIS
FONTE: <http://bit.ly/2HAHxX6>. 
Acesso em: 14 de nov. de 2019.
Você sabia que pessoas com um 
repertório enriquecido de ha-
bilidades sociais tendem a ser 
mais saudáveis e a desfrutar de 
melhor qualidade de vida quan-
do idosas? Para saber mais so-
bre o assunto, indicamos a lei-
tura do artigo intitulado Qua-
lidade de vida, apoio social e 
depressão em idosos: relação 
com habilidades sociais, publi-
cado em 2007 por Carneiro et 
al. Clique aqui para acessar.
http://www.scielo.br/pdf/prc/v20n2/a08v20n2.pdf
62IntelIgêncIa emocIonal
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DIFERENTES ABORDAGENS
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SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
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Além de maiores indicadores de saúde e de melhor qualidade de vida, 
pessoas com vasto repertório de habilidades sociais costumam estabelecer 
relações de amizade de melhor qualidade (PEREIRA; DUTRA-THOME; KOL-
LER, 2016). As habilidades sociais não interferem apenas em relacionamen-
tos entre amigos, mas também a outros estilos de relacionamentos: “[...] 
um repertório bem desenvolvido em habilidades sociais pode melhorar as 
relações interpessoais, tendo como consequência melhor bem-estar psico-
lógico” (QUELUZ et al., 2018, p. 537).
As habilidades sociais consideradas como recursos convenientes uti-
lizados pelos estudantes afetam positivamente no seu próprio desempenho 
escolar, como apontam Fernandes et al. (2018). Pessoas que dispõem de 
diversificadas habilidades sociais ainda são mais propensas a solicitar aju-
da quando precisam, portanto, possuem maiores chances de resolver pro-
blemas (PEREIRA; DUTRA-THOME; KOLLER, 2016), “[...] além de saber esta-
belecer boas equipes de colaboradores para enfrentar questões coletivas” 
(AGÜERA, 2008, p. 98). Assim, pode-se afirmar que as habilidades sociais 
possibilitam vantagens no que tange o suporte social.63IntelIgêncIa emocIonal
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DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
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Queluz et al. (2018) trazem uma informação que pode parecer con-
traditória. Alegam que quanto mais desenvolvida for uma pessoa em termos 
de habilidades sociais, ela tende a usufruir de maior suporte emocional, bem 
como de maior autoestima e de melhor qualidade da relação. Em contrapar-
tida, pode experimentar sobrecarga, níveis mais elevados de estresse além 
da presença de conflitos. Você pode levantar hipóteses das causas de mais 
estresse, conflito e sobrecarga em pessoas mais hábeis socialmente?
Em geral, pessoas ricas em habilidades sociais possuem empatia, por-
tanto se importam com os outros e possuem maior propensão a serem sen-
síveis às emoções deles. Isso faz com que elas fiquem preocupadas com o 
bem-estar alheio, contribuindo para a elevação do estresse e para a sobre-
carga. Talvez você conheça alguém que busque resolver os problemas de 
várias pessoas que o cercam. Isso pode gerar alto investimento de tempo e 
de energia na tentativa de ajudar os outros. Agora, vamos pensar na pessoa 
que não possui um repertório muito rico de habilidades sociais. Possivel-
mente, é uma pessoa que não se implica tanto com os problemas alheios, 
nem se aplica sobremaneira em tentar resolvê-los – por isso, menos estres-
sada e menos sobrecarregada.
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FIGURA 20 — RELAÇÕES SAUDÁVEIS
FONTE: Disponível em: <http://bit.
ly/2uUtadp>. Acesso em: 14 de nov. 
de 2019.
E quanto a presença de confli-
tos? Dispor de variadas habilidades 
sociais não isenta a pessoa de lidar 
com conflitos. Ela pode ter empatia e 
facilidades de resolver impasses que 
emerjam em seu relacionamento 
com outras pessoas, mas nem sem-
pre as outras pessoas estão dispos-
tas a solucioná-los. Então, hipotetica-
mente, uma pessoa com escasso re-
pertório de habilidades sociais pode 
simplesmente afastar-se das pessoas 
com quem estabelece conflitos. Fugir 
dos conflitos não é necessariamente 
positivo, ou se ela não fugir, tende a 
não se preocupar muito com o fato 
de que sua opinião diverge da opi-
nião de alguém. 
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Pessoas com mais habilidades sociais dificilmente se satisfarão em sim-
plesmente afastar-se de quem discorda delas. Há uma tendência ao diálogo e 
à construção coletiva de novas possibilidades de solução. E enquanto o con-
flito continuar, tendem a ficar pensando em maneiras de resolver a situação. 
Elas se importam. É válido destacar que mesmo entre duas pessoas que de-
senvolveram suas habilidades sociais, é inevitável o surgimento de conflitos. 
Conflitos não podem ser considerados como algo necessariamente ne-
gativo! Barrios (2016) nos lembra de que os conflitos interpessoais são cons-
titutivos da personalidade, sendo assim, relevantes nos processos de sociali-
zação, desenvolvimento e educação moral desde a infância. Por isso, a escola 
representa um lócus privilegiado para o desencadeamento de tais experiências 
que contribuem para o desenvolvimento psicológico e social, como indicam as 
palavras de Barrios (2016, p. 263, tradução nossa): “[...] a perspectiva sociocul-
tural construtivista, que enfatiza a importância dos conflitos interpessoais no 
processo de socialização, desenvolvimento e educação moral da criança, além 
de ver a escola como um contexto central para esses processos”. Ser paciente, 
tolerante, flexível, benevolente e tratar as pessoas com respeito são ótimas 
formas de safar-se de conflitos que por vezes são evitáveis e infrutíferos.
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Algo que precisa ficar compreensível, antes que você dê continuidade 
a sua leitura, é que a falta de inteligência emocional pode acarretar di-
versos dispêndios ou malefícios a si mesmo e/ou aos demais. Come-
çando pelo fato de que pessoas que necessitam desenvolver sua inteli-
gência emocional com urgência estão fadadas a dilacerar suas relações 
pessoais em qualquer uma das esferas (profissional, familiar, social), 
podendo, ainda, gerar impactos preocupantes na saúde física, enquan-
to protelam em fazer algo para desenvolver sua inteligência emocional 
(AGÜERA, 2008) esclarece que a inteligência intrapessoal pode auxiliar 
tanto na escolha por um parceiro (em qualquer esfera), ou na escolha 
do ambiente de trabalho, quanto no processo de adaptação a eles.
Precisando de dicas para agir durante as discussões? De acordo com 
Agüera (2008), é ideal, antes de mais nada, acalmar-se. Mesmo que seu opo-
nente se mostre irado ou descontrolado, a melhor coisa que você pode fazer 
é mostrar-se pacífico e tranquilo. Não se deixe dominar pelo nervosismo ou 
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pela raiva. O melhor a fazer é preservar o silêncio até que você e a outra pes-
soa estejam calmos. Porém, não aja com desdém, pois isso pode deixar o ou-
tro ainda mais furioso. Demonstre estar prestando atenção a ele, responda 
breve e serenamente às perguntas que ele fizer. Você até pode demonstrar 
que está descontente, desde que evite o uso de palavras ou ações agressivas 
das quais poderá se arrepender posteriormente. Procure lembrar-se de que 
a pessoa que está perante você supostamente seja muito mais valiosa para 
você do que o ponto de vista que ela está defendendo naquele momento – 
com o qual você não necessita consentir. Se for possível adiar a continuação 
do diálogo para outro dia, quando ambos estiverem mais serenos, é melhor. 
Enquanto ainda estiverem conversando, deixe claro que respeita a opinião 
que diverge da sua, ainda que você não concorde com ela.
Você possui dificuldades para apresentar seu ponto de vista com fir-
meza? Quiçá Agüera (2008) possa auxiliá-lo! Concentre-se em falar sobre 
seu ponto de vista com honestidade e franqueza. Procure enfraquecer os 
pensamentos que lhe fazem sentir com vergonha, com medo ou ridículo, ou 
inconveniente na hora em que expor seus argumentos. Lembre-se de que se 
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você não defender seus interesses, não existem muitas pessoas por aí que 
se prontificarão a fazer isso por você. Se você sinceramente acreditar estar 
certo, não tem por que se calar. Quando sobrevierem os pensamentos de 
que procurar apresentar seus interesses não vai ajudar em nada, lembre-se 
de que guardá-los para você talvez também não ajude. 
Além do mais, defender sua posição pode ser proveitoso, desde que 
você o faça de modo assertivo. Cuidado com as mentiras! Geralmente elas 
requerem outras mentiras para se manterem!A verdade pode vir à tona e 
lhe trazer complicações. O mais adequado é falar a verdade desde o começo. 
Assim você não corre o risco de ser flagrado mentindo e piorar ainda mais as 
coisas. Você tem excesso de firmeza para expor a sua opinião? Ou seja, você 
se vê instituindo seus pontos de vista, recorrendo à imposição, coação, força? 
Agüera (2008) explica que o foco não deveria ser "vencer" a conversa. Não 
se trata de uma batalha. É melhor focar em "convencer" seu interlocutor por 
meio de argumentos analíticos, até porque impor as coisas forçosamente po-
dem fazer com que seu interlocutor vire um inimigo, ao passo que convencer 
de modo argumentativo, tende a tornar o interlocutor seu aliado.
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FIGURA 21 — COMUNICAÇÃO SOCIAL
FONTE: Disponível em: <http://bit.ly/39GXVBl>. Acesso em: 14 de nov. de 2019.
E quando você se sente coagido a engolir a opinião de outrem forço-
samente? Agüera (2008) recomenda que você não aceite tal situação silen-
ciosamente. É mais adequado você respeitar seus pensamentos e suas emo-
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ções e não deixar que outras pessoas 
mandem deliberadamente neles. Se 
você não tiver outra solução, deixe 
claro que até se dá por vencido, mas 
que não está persuadido ou conven-
cido disso. Apenas se dá por vencido 
para manter a amizade, por exemplo.
Esperamos que a sua leitura 
até aqui tenha deixado elucidado 
que inteligência emocional é o co-
nhecimento processual que permi-
te a alguém:
• Sondar, discernir, explorar, as-
sumir seus próprios sentimen-
tos e emoções.
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Índice
1 INTRODUÇÃO
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
• Averiguar e identificar as emoções e os sentimentos alheios.
• Regular os níveis de suas próprias emoções.
• Germinar, produzir motivação em si mesmo para encarar as circunstâncias 
que se descortinam e para fazer as atividades necessárias, mesmo que exis-
tam insatisfações, desilusões, empecilhos, insucessos ou desgotos.
• Lidar satisfatoriamente com as interações sociais.
• Lidar devidamente consigo.
Agora que você está ciente da importância do desenvolvimento da 
inteligência emocional em nossas vidas, recomendamos que utilize sua in-
teligência emocional e aja em prol do alcance dos seus sonhos.
Sucesso em sua jornada!
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Índice
1 INTRODUÇÃO
REFERÊNCIAS
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
REFERÊNCIAS
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Acesso em: 10 de nov. 2019.
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estudos transversaIs
Índice
1 INTRODUÇÃO
REFERÊNCIAS
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
3 AUTOCONSCIÊNCIA 
EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
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estudos transversaIs
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1 INTRODUÇÃO
REFERÊNCIAS
2 A CONCEPÇÃO DE 
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
SOB A PERSPECTIVA DE 
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DA COMPETÊNCIA 
SOCIAL
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EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
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INTELIGÊNCIA EMOCIONAL 
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DIFERENTES ABORDAGENS
4 DESENVOLVIMENTO 
DA COMPETÊNCIA 
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EMOCIONAL E GESTÃO 
DAS EMOÇÕES
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2 A CONCEPÇÃO DE

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