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CASO CONCRETO TRIBUTARIO II

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José Manuel contratou um contador para fazer a sua declaração de imposto de renda. O contador lhe solicitou todos os documentos e informações necessários e conferiu todos os dados, com base em possíveis cruzamentos de informações. Como resultado da declaração apresentada, restou apurado o dever de recolher pouco mais de três mil reais. O contador entrega a José Manuel a declaração impressa e em versão digital, acompanhada da guia de recolhimento da primeira parcela, dentro do prazo legal e orienta-o a recolher as demais parcelas. José Manuel recebe e paga a primeira parcela, mas se esquece de fazer qualquer pagamento nos meses seguintes. José Manuel se habilita em um certame público para prestar serviços públicos como temporário em virtude de grande evento esportivo que ocorrerá em sua cidade, conduzido pelas forças armadas. Para isso, lhe é solicitada a entrega de certidões que comprovem sua regularidade fiscal. José Manuel solicita este documento à receita federal e recebe a informação de que em seu nome consta dívida ativa inscrita pelo não pagamento de imposto de renda declarado. Insurge-se e entra em contato com seu contador que lhe relembra que deveria pagar as demais parcelas pela declaração feita recentemente, mas ele reclama, pois a RFB inscreveu seu nome sem sequer lhe notificar antes. Indaga-se:
1) O caso concreto trata de que espécie de lançamento?
 Trata-se do lançamento por homologação Art 158, CTN
2) A inscrição é regular ou deveria haver alguma notificação prévia?
 É regular, conforme entendimento da Sumula 436 do STF, que o fisco não precisa notificar previamente. 
Questão	objetiva
A alíquota do ITR, em 1995, era de 1,5%; em 1996, de 2%; e em 1997, de 1%. Durante o ano de 1997, o Fisco Federal, verificando que Joaquim de Souza não pagara o ITR de 1995, efetuou o lançamento à alíquota de 2% e promoveu a notificação. Joaquim entende que a aliquota aplicavel é de 1%. Na verdade:
( ) a. Joaquim está com o entendimento correto, pois 1% era a alíquota do exercício em;
( ) b. o entendimento do Fisco é correto, pois, no caso, deve prevalecer a alíquota maior; ( ) c. a alíquota aplicável é a de 1%, por consequência do princípio in dubio pro reo; ( ) d. a alíquota correta é a da data da ocorrência do fato gerador, ou seja, 1,5%; ( ) e. a alíquota correta é a de 1,5%, por representar a média das três alíquotas, em face do princípio da razoabilidade.
DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031
Título	
Caso Concreto 2
Descrição	
CASO CONCRETO:
Diante de ato de autoridade público supostamente eivado de ilegalidade, CREMILDO BULGAR impetra Mandado de Segurança com pedido de liminar para suspender a exigibilidade do crédito tributário referente ao imposto de renda, que monta em R$ 20.000,00. Deferida a liminar, o Juízo de Primeiro Grau leva três anos para julgar o mérito, e, ao fazê-lo, denega a segurança. O contribuinte, então, interpõe Apelação, acreditando que, ao ser recebido no duplo efeito, esta preservará os efeitos da liminar. A Fazenda, por sua vez, ajuíza a competente execução fiscal para a satisfação do seu crédito, que a esta altura já alcança R$ 24.000,00, por estar acrescido de juros de mora e devidamente corrigido monetariamente. Na execução, o contribuinte alega que a mesma deve ser extinta em face da existência de mandado de segurança ainda não transitado em julgado. Pergunta-se:
a) Nas condições apresentadas, a Execução Fiscal deve ser extinta sem resolução de mérito?
Não. A execução fiscal não deve ser extinta sem resolução do mérito porque apelação em mandado de segurança não é recebida em duplo efeito, sendo assim, o crédito passa a ser exigível, podendo, portanto, ser executado. De acordo com a súmula 405, STJ a apelação não tem efeito suspensivo.
b) Quais os efeitos da sentença denegatória da segurança?
 Poderá ocorrer a exigibilidade do crédito e o acrescimo dos juros de mora.
c) No caso em tela é cabível a incidência de juros e correção monetária?
Sim. Porque os efeitos da denegatória são ex-tunc, sendo o crédito exigível desde a data do lançamento do crédito. A forma de impedir os juros seria o depósito do montante integral.
Questão objetiva:
O depósito do montante integral, previsto no art. 151, II do Código Tributário Nacional é:
a) concedido pelo Julgador desde que o interessado preencha os requisitos legais;
b) condição de procedibilidade para o processamento da Ação Anulatória de Lançamento;
c) direito subjetivo da parte concedido por lei;
causa	de	suspensão	da	exigibilidade	do	crédito	tributário	desde	que, concom
DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031
Título	
Caso Concreto 3
Descrição	
Caso	Concreto
Durante os anos de 1989 a 1994 o Governo Federal, através do extinto DAC (Departamento de Aviação Civil) tabelou os preços das passagens aéreas que as empresas cobrariam dos passageiros, e na composição daquele preço o ICMS não foi incluído. Não obstante, os Estados cobravam das Cias aéreas uma vultosa quantia a título de ICMS. Posteriormente, aquele ICMS veio a ser considerado inconstitucional, sendo possível, em tese, o pedido de restituição. Imediatamente a CIA AÉREA VOE BEM - tempestivamente - pleiteou a restituição, via ação de repetição de indébito, em dobro, do ICMS indevidamente recolhido. A Fazenda Estadual, no entanto, contestou o pedido alegando, em preliminar, a ilegitimidade da CIA AÉREA, por descumprimento do art. 166 do CTN, uma vez que o ICMS é imposto indireto, no qual ocorre a transferência do encargo financeiro, bem como ocorreu a prescrição. No mérito, sustenta a impossibilidade de devolução do valor pago em dobro. Enfrente todos os argumentos trazidos pelas partes e aborde, com fundamento na doutrina, na legislação e na jurisprudência, se são procedentes ou improcedentes as alegações apresentadas.
A Lei 5172/65 preceitua que a empresa aérea Voe Bem terá resguardado o seu direito de restituição, por repetição de indébito, conforme o descrito no art. 166 dessa lei. No entanto, a Empresa Voe Bem não possui direito à repetição de indébito em dobro, como pretendido, em virtude do que explicita o art. 167, que prevê a restituição proporcional de juros de mora e demais sanções pecuniárias. Em conformidade com o art. 168, parágrafo II do CTN, o pedido de restituição em dobro prescreveu, não havendo mérito para a seu requerimento.
Questão	objetiva
João realizou pagamento a maior do IPVA relativo ao fato gerador ocorrido em 2007. Tendo consultado o valor do imposto em relação ao fato gerador ocorrido em 2008, o contribuinte identificou que o valor pago a maior em 2007 é suficiente para quitar o tributo devido em 2008. Diante disso, pretende requerer a seu Estado a utilização do excesso pago em 2007 para liquidar o imposto de 2008. Considerando que inexiste lei específica disciplinando a matéria no Estado, marque a alternativa correta:
a. ( )	João deverá proceder ao pagamento do IPVA/2008 e requerer a restituição do IPVA/2007 pago a maior.
b. ( ) João poderá compensar o IPVA/2007 com o IPVA devido em 2008.
c. ( )	O pedido de compensação deverá ficar sobrestado até que sobrevenha lei estadual específica.
d. ( )	O pedido de compensação será indeferido porque o IPVA/2007 pago a maior só pode ser utilizado na compensação de débitos de exercícios anteriores
Caso Concreto 4
Descrição
Caso Concreto
Em 10/05/2010, a fiscalização estadual lavrou auto de infração e notificou a empresa
COMÉRCIO DE BRINQUEDOS EDUCATIVOS ABC LTDA. para recolher ICMS
relativo a fatos geradores ocorridos no período de 01/06/2008 a 31/12/2008. Este tributo
deveria ter sido recolhido, conforme legislação estadual até o dia 10 do mês subsequente
à data da ocorrência do fato gerador. A notificada impugnou, sem sucesso, a autuação e
recorreu tempestivamente ao Conselho de Contribuintes, em 20/06/2010.
Em face da sobrecarga de processos na 2a. instância administrativa, o recurso restou
paralisado, semqualquer despacho nem petição das partes, até 20/09/2010, vindo a ser
julgado, também desfavoravelmente ao contribuinte, em 10/10/2010. Publicada a decisão
(e o aresto unânime) em 15/10/2010, foi a sociedade dela notificada, esgotando-se o
prazo para pagar o débito em 22/10/2010. Não advindo pagamento nem pedido de parcelamento, foi o crédito tributário inscrito em dívida ativa, em 22/11/2016, vindo, contudo, a execução fiscal a ser ajuizada somente em 29/11/2016. Citada, a executada ofereceu bens suficientes à penhora e, efetuada esta, ajuizou embargos à execução, alegando haver ocorrido a decadência e, ad argumentandum, a prescrição.
Pergunta-se:
a) Procede a alegação de decadência? Se positivo, quando ocorreu?
R= Não tem decadência, porque segundo o art.173, CTN o prazo decadencial é de cinco anos.
b) Procede a alegação de prescrição? Se positivo, em que data teria ocorrido?
R= Sim, 22/10/2001 que começa a contar os cinco anos, esta prescrito em 22/10/2006
c) Quais as causas de suspensão e as de interrupção do prazo prescricional da ação
de cobrança do crédito tributário? (Mencione os dispositivos legais)
R= art. 151, CTN. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001).
VI - o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001).
d) Esgotado o prazo prescricional dessa ação, o que se extingue?
R= Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.
Se extingue o direito de ação e o credito tributário art.156,caput,CTN.
e) A prescrição pode ser reconhecida de ofício pelo juízo?
Sim, art.219,§ 5º, CPC, O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição
Questão objetiva
(FGV-2016) Em dezembro de 2015, a pessoa jurídica X efetuou a entrega da declaração
do imposto sobre a renda pessoa jurídica (IRPJ), relativo a fatos geradores ocorridos no
mês de julho de 2015, na qual reconheceu o débito fiscal, na sua integralidade.
No entanto, a pessoa jurídica X não realizou o pagamento do IRPJ, vencido em dezembro
de 2015.
Sobre a hipótese, é correto afirmar que a União Federal deverá
A ( ) constituir o crédito, por meio de lançamento, até julho de 2020.
B ( ) constituir o crédito, por meio de lançamento, até janeiro de 2021.
C ( ) inscrever o crédito em dívida ativa, até julho de 2020.
D ( ) ajuizar execução fiscal, até julho de 2020.
E ( ) ajuizar execução fiscal, até dezembro de 2020.
DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031
Título	
Caso Concreto 5
Descrição	
Caso Concreto
Em 2013, determinado Município concedeu isenção do ISSQN, por 10 (dez) anos, para as empresas prestadoras de serviços que viessem se instalar naquele território, gerando, em cada uma delas 25(vinte e cinco) empregos diretos. Várias dessas empresas, atraídas por esse incentivo fiscal, lá se instalaram. E no ano de 2016, surgiu outra norma jurídica revogando essa isenção do ISSQN. Responda:
a) Este caso concreto refere-se a qual espécie de isenção?
Isenção com prazo certo, onerosa, subjetiva e condicionada.
b) Pode esta isenção ser revogada? Qual (is) princípio(s) deve(m) ser observado(s)?
De acordo com o Art. 178, da CTN, não se pode revogar a insenção a insenção por prazo certo. O principio da segurança juridica pode ser violado.
c) É possível o ajuizamento de alguma ação para evitar a revogação da isenção mencionada no caso concreto? Caso positivo, qual(is)?
Sim, por meio de Mandado de Segurança ou Ação Declaratória. Deve-se pedir liminar para suspender os efeitos da revogação, ja que o autor possui direito adquirido que é protegido por lei.
Questão objetiva
O Tribunal de Contas
( ) a. auxilia o Legislativo na fiscalização da aplicação de subvenções e na apreciação de renúncia de receitas.
( ) b. é subordinado ao Poder Legislativo, ao qual auxilia no exercício do Controle Externo.
( ) c. integra o Poder Legislativo, por força de disposição constitucional.
( ) d. não integra nenhum dos Poderes, condição assegurada por cláusula pétrea constitucional.
( ) e. tem a titularidade do exercício do controle externo e suas decisões de que resultem multa ou imputação de d
DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031
Título	
Caso Concreto 6.
Descrição	
Caso	Concreto
Em dificuldade para saldar seus débitos, inclusive tributários, a sociedade comercial Irmãos Tavares & Cia. Ltda., decidiu cerrar suas portas sumariamente, deixando de dar baixa regular em seus registros e obrigações comerciais e fiscais. Tomando conhecimento do fato, fiscais da Receita Federal verificaram não ter sido recolhido o Imposto de Renda dos dois últimos exercícios, tendo em consequência procedida ao lançamento. Notificada regularmente a empresa, na pessoa de seu sócio-gerente, deixou de defender-se administrativamente, correndo o processo administrativo-fiscal à revelia e culminando com a inscrição do crédito tributário em dívida ativa e imediato ajuizamento da execução fiscal. Alertado por seu antigo contador, o sócio-gerente aliena vários bens sociais. Pergunta-se:
a) São válidos esses atos de alienação? Em que circunstâncias?
Os atos de alienação serão validos desde que exista como garantia outro(s) bens para serem reservados na quitação do debito. No caso em tela fica comprovado o dolo na medida que esta alienando varios bens sociais o que pode caracterizar a ilegalidade.
b) Pode a Fazenda Pública requerer a falência da sociedade?
Mesmo a própria legislação afirma, sem fazer nenhuma distinção, que qualquer credor pode requerer a falência do devedor (art. 97, IV, da Lei nº 11.101/2005), a falência de uma empresa não é missão e muito menos interesse do Estado, vez por isto não será também desejo da Fazenda Publica. Raciocínio diverso, isto é, legitimar a Fazenda Pública a requerer falência das empresas inviabilizaria a superação da situação de crise econômica financeira do devedor, não permitindo a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores, tampouco dos interesses dos credores, desestimulando a atividade econômica capitalista.
(REsp 363.206/MG, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA,
c) É possível ao fisco determinar à instituição bancária que lhe forneça os dados das movimentações financeiras da sociedade e do sócio gerente para buscar identificar as irregularidades, independente de ação judicial?
Sim é permitida a migração do sigilo fiscal. Como os dados ficam em poder da Receita Federal, ficam resguardados de terceiros e permite que se mantenha o sigilo.
Questão objetiva
Em processo de falência, a ordem de preferência do crédito tributário constituído antes da decretação da falência de determinado contribuinte que deve também créditos trabalhistas anteriores à quebra, equivalentes a vinte mil reais; créditos trabalhistas anteriores à quebra, cedidos a terceiros, equivalentes a quinze mil reais; crédito garantido com hipoteca até o limite do valor do bem gravado; remuneração devida ao administrador judicial equivalente a cinco mil reais corresponderá ao:
A) Primeiro	pagamento
B) Segundo pagamento
C) Terceiro pagamento
D) Quarto pagamento
E) Quinto pagamento

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